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“Voltarei a curtíssimo prazo para Portugal para participar nesta batalha histórica, num momento

tão difícil que o país vive. Para mim este não é o tempo de abandono, é um tempo de combate, de
afirmação das nossas respostas, dos nossos valores, dos nossos princípios.” Ferro Rodrigues

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Director Carlos Zorrinho | defenderportugal@ps.pt

entrevista

José Sócrates
“Este é o momento de
defender Portugal”
Apostado no sucesso das propostas socialistas para vencer
a crise, em contraste com o derrotismo que se instalou
à sua direita e à sua esquerda, o secretário-geral
do PS apela à mobilização dos portugueses.
“Sim, nós vamos ser capazes de superar
as dificuldades”, diz José Sócrates,
perspectivando o futuro. P2

Diga lá... CONSTRUIR O FUTURO

“PARA O PS, OS DIREITOS


E AS LIBERDADES NÃO 12 marcas de mudança
ESTÃO EM FILA DE ESPERA” Uma governação moderna
Isabel Moreira
Especialista em Direito e com sensibilidade social
Constitucional
O Serviço Nacional de Saúde, a Escola Pública e a Segurança
Testemunhos dos presidentes de Social, hoje seriamente ameaçadas pela estratégia neoliberal da
P6 Câmara de Abrantes e Guimarães. direita, são três importantes bandeiras socialistas, que temos de
defender a 5 de Junho. P4

DEFENDERPORTUGAL.NET construir o futuro


LEGISLATIVAS 2011
ENTREVISTA 2

JOSÉ SÓCRATES

“Dispersão de votos à esquerda


favorece o caminho da direita”
Num apelo à mobilização para as eleições de 5 de Junho, determinantes para o futuro de Portugal, José Sócrates
adverte para o facto de a dispersão de votos à esquerda favorecer o caminho da direita para o poder. E lembrando
que o PCP e o Bloco se posicionaram, várias vezes, ao lado da direita, conclui que “só a concentração de votos no
PS poderá travar a agenda liberal”.
O PS apresenta-se a estas eleições com a ideia de que é im- mo tempo os pilares essenciais da protecção social do Estado gente do que os agentes económicos privados, mas porque
prescindível “Defender Portugal”, de que esta é a hora de os e protegendo as pessoas, especialmente as que estão em maior tem a preocupação de defesa do interesse geral e nacional, que
portugueses se unirem para defender o país. Porquê? risco ou privação. nem sempre é defendido pelos mercados. Há investimento
A crise das dívidas soberanas, que resulta da maior crise mun- que os privados não fariam sem a participação do Estado, e
dial dos últimos 80 anos, afectou Portugal e todos os outros Ao bater-se pela Escola Pública, pelo Serviço Nacional de isso tem ficado muito claro em sectores estratégicos de ponta,
países. A situação difícil em que nos deixou, foi irresponsa- Saúde, por uma Caixa Geral de Depósitos pública, o PS como as energias renováveis, a mobilidade eléctrica ou a
velmente agravada por uma crise política perigosa e desneces- assinala três grandes diferenças para com o PSD. Que outras investigação científica.
sária. É preciso, por isso, defender o interesse nacional, face diferenças podemos identificar?
ao eleitoralismo e sofreguidão pelo poder que outros demons- As diferenças com o PSD não estão apenas nas prioridades Uma preocupação virada para os mais carenciados?
traram, defender Portugal de um projecto radical, apostado sectoriais, mas na filosofia, nomeadamente quando se fala no Não. O Estado Social é para todos os cidadãos, não apenas
em desmantelar os pilares do nosso Estado Social – a Saúde, papel do Estado, no crescimento e produção de riqueza e na para os indivíduos mais carenciados. Este é o significado do
a Educação, as Leis Laborais e a Segurança Social. Não protecção dos cidadãos. O papel do Estado é essencial no in- universalismo, que é – claro está – conciliável com políticas
tenhamos ilusões, é este o projecto do PSD. Por tudo isto, nós vestimento público e na coordenação do investimento privado diferenciadoras e de compensação para os mais desprotegidos.
reafirmamos que este é o momento de defender Portugal. estratégico. O PSD defende, numa opção ideológica radical, Mas essa compensação é feita num quadro de universalismo,
um “Estado mínimo”, esquecendo que o Estado desempenha e não de apoio residual e discriminatório. Um Estado Social
E como vamos fazer isso? em inúmeros sectores um papel que nenhum agente económi- só para pobres é sempre – as experiências noutros países
Pondo as contas públicas em ordem, salvaguardando ao mes- co privado pode desempenhar. Não porque seja mais inteli- provam-no – um Estado Social pobre em recursos, em eficácia

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LEGISLATIVAS 2011
EDITORIAL
e em dignidade. A começar pela dignidade dos que recebem
os apoios públicos.
pontuações que nos situam, pela primeira vez, na média da
OCDE. E a taxa de abandono escolar precoce passou de 39%
para 28,7%, a maior redução em décadas.
Uma
Reduzir a taxa de pobreza?
Isso mesmo. As estatísticas internacionais da última meia déca- E houve também grandes avanços no processo de acolhi- escolha
da mostram o progresso que Portugal tem feito na redução da
taxa de pobreza e das desigualdades, em resultado de políticas
públicas inteligentes e eficazes. A visão do PS está em plena
mento e integração dos imigrantes.
É verdade, o que me deixa particularmente satisfeito. Vários
relatórios internacionais têm elogiado o trabalho que fizemos
por
sintonia com o modelo social europeu, que representa um avan-
ço civilizacional face às concepções assistencialistas do séc.
XIX, que o PSD parece querer ressuscitar.
nesta área, reconhecendo Portugal como um dos países que
melhor trata os imigrantes. Portugal
Como responde aos que o acusam de optimismo?
É isso que justifica a afirmação de que o PSD tem uma agen- Não me importo nada que me chamem optimista por acreditar
da escondida? que sim, nós somos capazes, vamos ser capazes, de superar as
A agenda escondida do PSD revela-se em todas as ideias que dificuldades. Não esqueço a lição de quem aproveitou as Novas
Carlos Zorrinho

E
têm vindo a público pela voz dos seus responsáveis, a começar Oportunidades para concluir o ensino básico; a família que vê
pelo líder. Quando esbarram com as críticas – de irresponsa- um dos seus filhos licenciado e o outro doutorado; os empre- m 5 de Junho os portugueses vão escolher
bilidade, irrealismo, neoliberalismo, insensibilidade social – sários que investiram tudo na reconversão das empresas, apro- entre o prosseguimento de um caminho
apressam-se a esconder essa agenda. veitando os apoios públicos às exportações e agora concorrem de modernização com sensibilidade social
com os melhores. Estes exemplos são parte da razão pela qual ou uma opção de retrocesso, enfraquecimento do
Está-se a referir a quê? tenho confiança no meu país. Estado e da Escola Pública e de desmantelamento
À eliminação da justa causa de despedimento, aos contratos do Serviço Nacional de Saúde.
verbais, aos ataques à Escola Pública, ao fim da gratuitidade do O objectivo principal é inspirar confiança? Num contexto difícil e no quadro da adopção de
Serviço Nacional de Saúde, à privatização parcial da Segurança Inspirar confiança é um dever das lideranças políticas, contra um pacote de ajuda externa que o Governo do PS
tudo fez para responsavelmente evitar, mas que
a voragem pelo poder do PSD tornou inevitável, a
Cumpriremos um exigente programa de consolidação orçamental, diferença nos valores e nas prioridades políticas é
ainda mais importante.
intervindo pelo lado da redução da despesa pública, sem colocar em Governar para os portugueses e com os portugue-
causa os fundamentos do Estado Social, e continuando a nossa aposta na ses, defendendo a Europa e uma visão moderna

Educação e na qualificação, no Serviço Nacional de Saúde, na Segurança


O PS não se candidata para gov-
Social pública e na modernização administrativa
ernar com a agenda do FMI ou
Social, à privatização da CGD, ao chamar aos desempregados o derrotismo e o baixar os braços, que não aceito de maneira
da “troika” como se propõe o
“malandros e aldrabões”. nenhuma, sobretudo nas horas difíceis. Só com espírito de PSD. Candidata-se para governar,
O apelo aos eleitores de esquerda, para que concentrem o
confiança, sustentado no conhecimento da realidade, podemos
vencer as adversidades.
assegurando o cumprimento dos
seu voto no PS, explica-se pela gravidade do momento? compromissos assumidos com as
Estas eleições são muito importantes para o país. São eleições
onde se fará uma escolha muito importante entre um Gover-
No actual cenário macroeconómico é possível conciliar a con-
solidação das contas públicas com políticas de crescimento
agências internacionais, com a
no liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD. A económico sustentado? agenda das pessoas, da moderni-
dispersão de votos à nossa esquerda favorece o caminho da
direita para o poder, o que seria perverso, Já viu o que seria
É difícil, mas é possível. Já o fizemos em 2005, em circuns-
tâncias também difíceis. O que podemos e devemos fazer é
dade, da igualdade de oportuni-
votos de esquerda a resultar num governo de direita? Creio que não desistir das políticas públicas essenciais ao crescimento dades, da qualificação, da com-
os eleitores compreendem bem este perigo. Neste ano e meio,
o PCP e o Bloco aliaram-se inúmeras vezes à direita, apresen-
sustentado a médio e longo prazo e que sempre marcaram a
nossa agenda: a qualificação dos recursos humanos.
petitividade e do progresso.
tando moções de censura e juntando-se à direita para derrubar
o Governo do PS. Com esta atitude, abriram as portas à entrada Quais são os principais desafios que Portugal tem pela
do FMI. Em particular o Bloco, que alimentou tantas ilusões frente? e cosmopolita do mundo. Este é o sentido de
em tanta gente, é hoje – lamento dizê-lo – uma grande desilu- Consolidar as contas públicas, de modo a assegurar o finan- responsabilidade com que defendemos Portugal.
são. É cada dia mais claro que só a concentração de votos no PS ciamento da nossa Economia. Cumpriremos um exigente Defendemos Portugal porque acreditamos em
poderá travar a agenda liberal, aventureira e perigosa da direita programa de consolidação orçamental, intervindo pelo lado da Portugal e nos portugueses. Defendemos Portu-
contra os serviços públicos e a protecção social. redução da despesa pública, sem colocar em causa os fun- gal porque as nossas dificuldades económicas
damentos do Estado Social, e continuando a nossa aposta na podem ser vencidas se sobre elas não se verificar
Não acha que o comentário político em Portugal está inteira- Educação e na qualificação, no Serviço Nacional de Saúde, na uma acção especulativa injustificada. Defendemos
mente dominado por uma visão negativa e enviesada do país? Segurança Social pública e na modernização administrativa. Portugal porque ao contrário das oposições não
A pergunta é interessante, mas a verdade é que existe um país nos entregamos ao desejo do exercício do poder
que não se deixa contaminar por esse negativismo, que vê as E quanto à competitividade da economia? pelo poder ou ao exercício do poder como simples
coisas boas que têm sido feitas e os progressos alcançados na Aí, a grande aposta é na internacionalização, no apoio ao sector atitude de protesto. Defendemos Portugal porque
Educação, na Ciência, nas Energias Renováveis. A maioria dos exportador, na redução dos factores de endividamento externo, governamos e governaremos em nome de um
portugueses entende a necessidade dos esforços para combater para retomar o crescimento e combater o desemprego. futuro melhor para todos.
e atenuar os efeitos da crise difícil que estamos a viver. O país
que trabalha, as empresas que produzem e exportam, a Admi- Que razões têm os portugueses para renovarem a confiança
nistração que se renova e moderniza, compreende isso. Esse no PS? FICHA TÉCNICA Director Carlos Zorrinho | Editor Orlando Raimundo
Redactores Castelo Branco, Glória Rebelo, João Mata, Filipa Jesus,
é o país real, de que tanto me orgulho. Ainda em Dezembro A certeza de que o PS lutará sempre para defender Portugal Nelson Lage, Rui Ribeiro, Sónia Fertuzinhos e Vanda Nunes | Fotografia
foram divulgados os resultados de uma importante avaliação nas instâncias internacionais, e, internamente, os cidadãos Jorge Ferreira (editor), Pedro da Silva e Ricardo Oliveira | Grafismo
da OCDE, o PISA, em que Portugal se destacou como o 2.º daqueles que querem apanhar a boleia do FMI para impor um e Paginação Miguel Andrade (coordenação) e Francisco Sandoval
país que mais progrediu nas Ciências e o 4.º que mais avançou modelo ultra-liberal, que teria consequências gravíssimas para Administrador André Figueiredo | Propriedade Partido Socialista,
Largo do Rato 2, 1269-143 Lisboa.
em Leitura e em Matemática. Os alunos portugueses atingiram o país.

CONSTRUIR O FUTURO
construir o futuro 4 4
12 marcas
de mudança
Uma governação moderna
e com sensibilidade social

A
modernização administrativa, científica e o inglês. Distribuímos um milhão e 700 mil computado-
tecnológica de Portugal e a protecção social res, reabrimos a porta do conhecimento a igual número
dos cidadãos, grandes apostas da governação de portugueses, com as Novas Oportunidades. Para além
socialista, são marcos na paisagem, sinais reve- disso, aumentámos para 50 mil os estágios profissionais
ladores da clareza e do alcance da linha de rumo remunerados para jovens e criámos planos de integração
interrompida. A sede passista de ir ao pote não foi a tempo de em empresas exportadoras.
impedir que grandes decisões, criteriosamente programadas, Somos líderes mundiais nas energias renováveis e o 4.º
obtivessem sucesso. As 12 marcas de mudança, que aqui des- maior produtor de energia eólica do mundo. Já produzimos
tacamos, provam o que o primeiro-ministro tantas vezes tem 53% da electricidade consumida em Portugal, estamos a
dito: que à inutilidade de só diagnosticar se responde com a construir nove barragens e a reforçar seis, e somos pionei-
capacidade de agir. A redução do abandono escolar, a promo- ros na mobilidade eléctrica.
ção da inovação e o reforço da independência energética só Aumentámos o Salário Mínimo para 485 euros, criámos
serão devidamente avaliadas no futuro. Mas os avanços de 411 creches, distribuímos 810 milhões de euros em Abono
efeito imediato aí estão – do aumento das exportações à inte- de Família e abrimos 841 equipamentos sociais.
gração dos imigrantes. A eles haverá que juntar – e, sobre- Na Investigação Científica, já estamos acima da média
tudo, defender – as opções hoje ameaçadas, como o reforço europeia, com a produção científica a aumentar quase três
do Serviço Nacional de Saúde, a defesa da Escola Pública e vezes. As parcerias internacionais – com a Microsoft, Cis-
sustentabilidade da Segurança Social. co, MIT e as Universidades de Carnegie Mellon, Harvard e
É impossível sintetizar aqui tudo quanto foi feito nestes Texas – são um sucesso. E criámos o Laboratório Ibérico de
anos. Ainda assim, importa recordar o que de mais emble- Nanotecnologia, pioneiro mundial nesta área.
mático se fez nos sectores mais determinantes da sociedade Todas as escolas públicas têm acesso à banda larga, e já li-
portuguesa. deramos nos serviços públicos “online”. As mais de 70 mil
Na Saúde, reorganizámos os centros de saúde, atribuindo empresas apoiadas pelo Programa PME Investe revelam
médico de família a mais 450 mil portugueses. Criámos boa preparação para a Economia Digital e as compras do
uma Rede Nacional de Cuidados Continuados, oferecendo, Estado por via electrónica poupam mais de 100 milhões de
pela primeira vez, resposta à necessidade de cuidados de euros/ano.
convalescença. Diminuímos para um terço os tempos de No caminho para uma sociedade moderna, livre e descom-
espera para cirurgia. plexada, despenalizámos o aborto, reduzimos a violência
Na Educação, construímos 600 centros escolares e moder- doméstica e escolar, aprovámos o casamento entre pessoas
nizámos 400 escolas. O pré-escolar é para todos, tal como do mesmo sexo e simplificámos o processo de divórcio.

e do 7. O reforço do sector exportador


1. A redução do abandoano ia do
insucesso escolar e m edorucativo
elh
8. A qualificação do Serviço Nacional
desempenho do sistema de Saúde
2. A modernização do parque escolar 9. O reforço da rede de equipamentos
ência e o sociais
3. O investimento em Ciso
to do aces ao ensino
alargamen abilidade da
10. A garantia da sustentbli
superior Segurança Social pú ca
a promoção ínimo, em
4. O Plano Tecnológico e 11. O aumento do salário m
da inovação diálogo social
5. A Reforma da Admini stração Pública nacionalidade e as políticas
ati va 12 . A
lei da
e a simplificação administr de integração dos imigrantes
ia energética
6. O reforço da independênc

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LEGISLATIVAS 2011
NÓS E ELES
Nós defendemos uma economia competitiva, Eles defendem uma economia
empreendedora e inovadora, baseada na indiferenciada, baseada nos baixos salários
qualificação e na criação de valor. e na competição pelo custo dos factores.
Pretendemos ligar grandes e pequenas empresas em rede e Esta opção desvalorizaria os nossos recursos. Além disso,
exportar mais, criar emprego, apostar na internacionalização, não conhecemos propostas claras sobre o modelo energético,
nas novas tecnologias, no território e nos recursos endógenos as redes competitivas e o apoio às pequenas e médias
– energia, floresta, mar. empresas (PME).

Nós defendemos um Serviço Nacional de Eles propõem o desmantelamento do


Saúde sustentável, socialmente justo, de Serviço Nacional de Saúde, o fim do acesso
acesso universal e tendenciamente gratuito. universal e a sua privatização.
Querem privatizar partes significativas dos cuidados
Pretendemos optimizar a prestação de cuidados de saúde
de saúde, aumentando os custos e impedindo os mais
primários, hospitalares e continuados de qualidade, garantindo
desfavorecidos de terem acesso a um direito fundamental.
apoio de proximidade às populações e, simultâneamente,
Trata-se de uma nova forma de estigmatização social e de um
serviços hospitalares altamente diferenciados.
retrocesso de mais de 30 anos.

confronto de ideias
Como uma mesma questão é vista por nós e por eles.
São muitas as diferenças entre PS e PSD.
Votar é escolher entre dois modelos de sociedade e desenvolvimento.

Nós defendemos a Escola Pública, a Eles pretendem levar por diante a


requalificação do parque escolar e a privatização da escola, criando vários
avaliação e qualificação dos docentes. patamares e sistemas de oferta.
Pretendemos melhorar e fortalecer o acesso universal dos
O sucesso desta estratégia seria a criação de escolas para ricos
jovens portugueses a uma escola de qualidade. Queremos
e escolas para pobres, a segregação e o fim do sistema público
uma escola para todos, dotada dos mais modernos
e gratuito de acesso universal.
equipamentos de suporte à aprendizagem.

Nós defendemos um Estado Moderno,


Eles defendem um Estado Mínimo, frágil e
forte e ágil, garantindo serviços públicos de
sujeito ao poder dos interesses.
elevada qualidade. A progressiva privatização de funções, implícita nesta atitude,
Somos pelo empreendedorismo, pelo emprego e pelas faria com que o Estado deixasse de assegurar respostas sociais
dinâmicas sociais inovadoras. Continuaremos a fazer o que adequadas, em domínios tão vitais quanto a protecção e a
tem de ser feito para uma protecção social justa, universal e Segurança Social.
sustentável.

CONSTRUIR O FUTURO
DIGA LÁ... 6 O QUE ELES PENSAM SOBRE...
Contra
o medo
votar PS
A GOVERNAÇÃO DO PS
As mudanças operadas na sociedade portuguesa, no decorrer dos seis anos de governação
Isabel Moreira socialista, imprimiram uma nova dinâmica ao Poder Local, que registou avanços

D
urante muitos anos, fui observadora interes- significativos, à vida empresarial e à criação de empresas, à Educação e aos movimentos
sada do fenómeno político, escrevendo, opi- culturais. Os depoimentos que se seguem são testemunhos de vida, relatos de experiências
nando e dando a cara como cidadã em lutas
que nunca teriam chegado a bom porto sem o PS. Foi gratificantes, manifestações de esperança no futuro incerto que se avizinha.
o caso da aprovação do casamento entre pessoas do
mesmo sexo no dia 8 de Janeiro de 2010, dia em que
Portugal deu um exemplo de igualdade, contra um
discurso da direita que insistia que matérias daquelas leonel moura
não eram prioritárias. Ficou claro que o país ficou a
saber que, por este exemplo, para o PS, os direitos e Artista objectivos. Há quem pretenda proteger os desfavore-
as liberdades não estão numa fila de espera. Ficou cidos, mas é contra a modernização; quem queira
claro que o país percebeu que o PS tem a percepção
60 anos
modernizar alguma coisa, mas não se preocupe com
de que não cabe ao poder moralizar comportamentos os menos afortunados; e quem se perca no labirinto
nem ter a ingenuidade de pensar que a felicidade se Só o PS está em condições de realizar o necessário. das ideias avulsas e contraditórias. Para realizar este
decreta, mas a certeza de que a lei não pode ser, sem Reduzir ao mínimo o impacte social das medidas de programa é indispensável ter visão e determinação.
fundamento racional, um obstáculo à felicidade. austeridade; abreviar a duração da crise; continuar E, nesse domínio, José Sócrates já demonstrou que
Este é um exemplo. Mas é o exemplo que mostra de o processo de desenvolvimento e modernização não lhe falta nem uma coisa nem outra. Por isso tem
que lado está a capacidade de olhar o outro como do país. Nenhum outro partido partilha estes três o meu apoio.
absolutamente igual, sem medo, esse medo que cega
a direita e que a paralisa perante tudo o que fuja aos
seus padrões éticos, estéticos e morais que pretende
ver colonizados na sociedade civil. Maria do céu albuquerque
O mesmo se diga da despenalização da IVG, um
passo essencial no sentido do respeito pela dignidade autarca -se como territórios mais competitivos e inovadores,
da mulher. com qualidade de vida e de ambiente, bem planeados e
40 anos
governados, coesos socialmente e de cidadania, como
O Governo do PS tudo fez para se deseja para uma sociedade democrática.
O papel preponderante do Poder Local no desenvol- Investimos nas pessoas, nas empresas e nas
manter o país controlado e sem vimento de sociedades mais justas, mais iguais, só se instituições, para fazer Avançar Portugal. Em Inovação
necessidade de apoio externo. exerce quando o poder central o capacita para isso. Foi e Tecnologia. Na Educação. Na requalificação urbana.
o que aconteceu nos últimos seis anos, com a assunção Na agenda da energia e na modernização administra-
Foi trabalho sério e focado no de políticas transformadoras e qualificantes da função tiva. Na promoção da igualdade. Hoje, cumpre-nos
interesse nacional. das autarquias. Com elas, os municípios assumiram- Defender Portugal e Construir o Futuro.

Há outro partido focado no


interesse nacional? RICARDO MACHADO
Tendo em conta a minha especialização em Direito TÉCNICO OFICIAL colaborar, durante o estágio curricular, na realização
Constitucional, é natural que recorde estes temas. DE CONTAS de várias candidaturas. Muito bem estruturado, sem
Eles marcam a diferença entre a abertura à diversida- 29 ANOS complexidades técnicas e com o apoio permanente dos
de e à tolerância, por um lado, e a obscuridade, por serviços do IEFP, era o desafio ideal para um jovem
outro lado. O programa Iniciativas Locais de Emprego deu-me a que quisesse lançar-se no mercado. Decidi por isso,
Os portugueses sabem que o PS controlou o défice confiança necessária para investir na criação da minha em 2009, não perder a oportunidade e fiz a aposta
em 2007, após o total desgoverno da direita, e que própria empresa, numa altura em que a conjuntura correcta. Boa parte do meu sucesso deve-se a este
demonstrou uma persistência e capacidade de com- económica não era a mais favorável. Era estudante programa, uma vez que sem ele os obstáculos teriam
bate raras, quando explodiu uma crise internacional da Faculdade de Economia e tive a oportunidade de sido mais difíceis de ultrapassar.
à qual a própria Europa não conseguiu dar resposta
adequada.
Vendo que a estratégia do maior partido da oposição
era a do medo, fazendo cair o Governo num acto que ANTÓNIO MAGALHÃES
ficará para a História, sem alternativas, sem capa-
cidade de diálogo, disparando sobre os cidadãos o AUTARCA política cultural descentralizada, que estimula a frui-
terror dos próximos tempos assacando-o ao PS, fica 67 ANOS ção e a produção artística.
a certeza de que o medo não era o soprado ao país, Aqui sentimos, no momento mais crítico da crise
mas de quem o soprava. de 2008, o ombro amigo do Governo, no apoio ao
Soube então que chegara a altura de dizer sim e de Como autarca, desejo que nas eleições de 5 de Junho tecido empresarial, a muitas empresas e a milhares de
contribuir como cidadã, como mulher de esquerda o povo saiba reconhecer, no interesse nacional, a empregos, que sem isso teriam soçobrado e provoca-
e como activista ao convite para ir a eleições para a necessidade de continuarmos a contar com o PS no do uma gravíssima crise social. Portugal precisa de
casa da democracia. Governo de Portugal. Em Guimarães, não esquece- continuar a contar com o profundo sentimento social
Contra o medo. remos a distinção e o apoio à nossa designação como do PS. É nos momentos de crise agudizada que ele é
Capital Europeia da Cultura 2012, na senda de uma mais necessário.

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JUVENTUDE
go. A aprovação recente de legislação neste sentido, intro-
duzindo ainda a obrigatoriedade de redução a escrito do
contrato de estágio e estipulando um limite máximo para a
duração do mesmo, representou um novo passo no sentido
de conceder uma maior protecção laboral para quem acede
ao mercado de trabalho.
Mas estas medidas não podem ser vistas de forma desgar-
rada, uma vez que com elas está intrinsecamente ligado o
reforço das qualificações dos portugueses, sendo que dados
estatísticos recentes relativos ao desemprego e ao acesso ao
primeiro emprego vêm confirmar um aspecto que tem sido
determinante das políticas públicas prosseguidas pelo PS e
defendidas pela JS nesta área nos últimos anos: o reforço
das qualificações dos portugueses é um factor de aumento
de sucesso na procura de emprego. Os jovens que apresen-
tam hoje níveis de qualificações mais elevados são aqueles
cujo o tempo necessário à obtenção de primeiro emprego é
menor, são também aqueles que se encontram menos tempo
registados como desempregados e também aqueles que têm
índices de precariedade da relação laboral mais reduzidos.
A realidade desmontra que, não obstante as dificuldades
de obtenção de trabalho por um jovem licenciado, parti-
cularmente nas áreas que mais directamente se relacionam
com a sua formação, a sua posição é mais favorável do
que a de um jovem que não dispõe de um mesmo nível de
qualificações.

Reforço das qualificações Estes dados desmascaram aquela que tem sido quer a des-
consideração da importância do reforço das qualificações,
quer a importância de implementação e disponibilização de

Apostar no futuro
estágios profissionais remunerados.
O caminho faz-se caminhando, pelo que é importante
continuar o combate à precariedade, apostando no reforço
dos meios de fiscalização como uma resposta dos poderes
públicos. Nesse domínio, nos últimos seis anos, houve um
aumento significativo dos quadros inspectivos da Autori-
Mais do que um conjunto de medidas avulsas, os últimos seis anos revelam um dade para as Condições de Trabalho, uma medida indis-
percurso de respostas aos problemas de acesso ao emprego pensável no que toca a assegurar a eficácia do combate
ao recurso fraudulento a recibos verdes em situações de

A
verdadeiras relações laborais. Por outro lado, tiveram lu-
s políticas na área do emprego desempenharam dade definitiva dos estagiários na casa dos 80%, quebrando gar duas importantes reformas legislativas assumidas pelo
nos últimos seis anos uma principal prioridade assim um ciclo vicioso da exigência prévia de experiência PS: a introdução de uma presunção redobrada da existên-
na acção governativa. Continuarão, no futuro, a profissional para o ingresso no mercado de trabalho, o que cia de relação laboral, na revisão do Código do Trabalho,
ter o mesmo lugar quanto à agenda de Gover- constituía, por vezes, um requisito inultrapassável para o e a aprovação do novo Código Contributivo, que procura
no, porque o caminho feito até aqui tem que acesso rápido de um jovem a um primeiro emprego digno. incentivar o recurso a formas de contratação não precária
prosseguir. Ganha que está essa aposta, que beneficiou milhares de pelos empregadores.
A aposta em estágios profissionais tem vindo a revelar-se jovens e que passará a ter um valor anual fixo de 50 mil es- O maior desafio enfrentado pelas novas gerações no seu
uma opção política acertada, contribundo para empregabi- tágios, procedeu-se à eliminação de estágios não-remunera- processo de emancipação é aquele que se prende com o
lidade dos mais jovens integrantes da população activa e dos, quebrando com um considerável número de ausências acesso ao mercado de trabalho. Já vimos que mais do que
para a redução da precariedade das relações laborais. Estas de remuneração, que constituiam situações de exploração medidas avulsas, há uma estratégia coordenada nesse âmbi-
medidas revelaram ter sucesso, com taxas de empregabili- das necessidades dos jovens em busca de primeiro empre- to. Agora não podemos voltar para trás.

DEPOIMENTOS
Pedro Heitor Rebelo Carina Ferro Ivan Gonçalves

Técnico Superior Gestora Estudante


de Serviço Social de Projectos Universitário

Há que recordar que foi com o PS que se construíram as O debate político, a mobilização da sociedade ao voto Num momento decisivo para o país e para a nossa gera-
grandes infra-estruturas rodoviárias no interior do país; que útil, a renovação e reconhecimento do contributo dos ção, eu voto no PS porque é o único partido que garante
se edificaram os parques escolares (Escola Pública); que jovens para este projecto, por amor ao nosso Portugal, uma política responsável de efectiva aposta no Estado
houve o maior investimento de sempre nas mais diversas são fruto de uma geração que faz a diferença. Social.
áreas, desde a saúde, à área social, não descurando a das
energias renováveis. Por tudo isto, deve ser dado novamente
o voto de confiança ao PS!

CONSTRUIR O FUTURO
SABIA QUE... 8
... Portugal atingiu, pela primeira
vez, a média dos países mais
desenvolvidos (OCDE), tendo
mais de 80% dos jovens dos
15 aos 19 anos a frequentar o
sistema educativo

… a abertura de 282 Unidades


de Saúde Familiar (USF)
permitiu desde 2007
atribuir médico de família a
450 mil portugueses

… mais de metade da
electricidade que consumimos
provém de fontes renováveis e
nacionais

... o Complemento Solidário


para Idosos, criado em
2006, abrange mais de 256
mil pessoas, melhorando as
suas condições de vida

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