Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
REDES DE COMPUTADORES E A
CAMADA FÍSICA
MÓDULO 2
CAPÍTULO 8
Dispositivos de Redes e Segmentação
SUMÁRIO
1
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
8.1 Introdução
Da mesma forma que uma casa precisa ter uma base antes de ser construída, a rede
também precisa ter uma base na qual possa ser construída. No modelo de referência
OSI, essa base é chamada de camada 1 ou de camada física. Os termos são usados
neste capítulo para descrever como a rede local funciona e está vinculada à camada 1
do modelo de referência OSI. A camada física define as especificações elétricas,
mecânicas, funcionais e de procedimentos para ativar, manter e desativar o link físico
entre sistemas finais.
Neste capítulo, você vai aprender sobre as funções de rede que ocorrem na camada
física do modelo OSI. Voce vai conhecer como os dispositivos de rede, as
especificações de cabo, topologias de rede, colisões e os domínios de colisão podem
ajudar a determinar coisas como a quantidade de dados que pode trafegar pela rede e
com que velocidade.
As três tecnologias de LAN mais conhecidas: Ethernet, Token Ring e FDDI têm uma
grande quantidade de dispositivos e componentes da camada 1. O foco deste capítulo
será as tecnologias Ethernet 10BaseT, uma vez que abrange a maioria das instalações
nas redes locais no mundo inteiro. Quando foi desenvolvida, a Ethernet foi projetada
para ocupar um espaço entre as redes de longa distância e baixa velocidade e as redes
especializadas de salas de CPD que transportavam dados em alta velocidade por
distâncias muito limitadas. A Ethernet é bem adequada a aplicações em que um meio
de comunicação local tem de transportar tráfego esporádico, ocasionalmente intenso,
a taxas de velocidade de pico.
8.2.1 Conectores
4
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
8.2.2 Cabeamento
O cabo 10BaseT padrão atualmente é um cabo de par trançado CAT5 composto por
quatro pares trançados que reduzem os problemas de ruído. O CAT5 é fino, barato e
fácil de instalar. A função do cabo CAT5 é transportar bits, portanto, é um
componente da camada 1.
Os patch panels são agrupamentos convenientes de conectores RJ-45. Eles vêm com
12, 24 e 48 portas e são normalmente montados em rack padrão com largura 19’. Os
lados da frente são conectores RJ-45. Os lados de trás são blocos punchdown que
fornecem conectividade ou caminhos condutores.
5
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
SIMBOLOGIA:
8.2.5 Repetidores
SIMBOLOGIA:
A desvantagem em usar repetidores é que eles não podem filtrar o tráfego da rede. Os
dados (bits) que chegam à porta de um repetidor são enviados por todas as outras
portas. Os dados são passados adiante para todos os outros segmentos da LAN de
uma rede, não importa se eles precisam ou não ir para lá.
6
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
O Hub em uma rede 10BaseT funciona como um repetidor multiporta: na forma mais
básica desse dispositivo de rede ele recebe, retemporiza e regenera sinais recebidos de
quaisquer uma das estações à ele conectadas. O hub também funciona como um filtro:
descarta quadros distorcidos.
Em adição, um hub 10BaseT que segue as especificações da IEEE 802.3, testa cada
uma das conexões, detecta e trata excessivas colisões, além de ignorar quadros de
tamanho maior que o do IEEE 802.3. O teste de integridade de um link é realizado
através de um envio de um sinal especial para a estação conectada. Caso esta não
responda, o hub desabilita a porta (podendo ligar/desabilitar um LED indicador de
status).
A monitoração das colisões e dos links causadores destas, permite ao hub desligar os
links em que, por exemplo, estações (NICs) faltosas possam estar enviando dados
continuamente. O desligamento deve ocorrer a partir de 30 colisões consecutivas
(patamar mínimo fixado pela IEEE 802.3).
7
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
O termo concentrador é as vezes utilizado no lugar de hub, embora não seja muito
usual. Os hubs 10BaseT normalmente incorporam 8, 10 12 ou 24 portas RJ-45 (para a
conexão das estações), um conector BNC ou/e porta AUI para interconexão da rede
com segmentos 10Base2 e 10Base5. Além disso um hub pode ser conectado a um
outro através de um conector RJ45.
Quando um hub é conectado a um outro, um cabo especial deve ser utilizado, isto
porque os sinais devem ser cruzados (cross-over cable) de forma que o sinal de
transmissão de dados seja conduzido para a recepção de dados do outro modem.
Observe-se que em condições de conexão de uma estação a um Hub o cabo é direto
ou pino à pino (straight-through cable). Alguns hubs, no entanto, possuem uma chave
– MDIX – que permite, para uma determinada porta, realizar o cruzamento dos sinais
internamente. Neste caso o cabo a ser utilizado é o direto.
A medida que uma rede 10BaseT é expandida, pode ser necessário ampliar o número
de portas de hub. O processo de conectar um hub em outro através de suas portas para
atingir este objetivo é chamado de cascateamento.
eles só lidam com bits e são dispositivos da camada 1. Os Hubs gerenciáveis através
de software específico ou padrão já podem alcançar funções até camada 4, mas
mantém sua concepção original como dispositivo.
SIMBOLOGIAS:
As LANs possuem distâncias máximas que podem ser utilizadas na sua construção,
incluindo nesta distância o uso de repetidores físicos do sinal. Entretanto, é possível
ampliar o tamanho destas redes, formando LANs estendidas (ELAN, XLAN ou
BLAN) através do uso de pontes (“bridges”).
9
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
É importante conhecer os parâmetros de uma ponte uma vez que estes influenciam o
comportamento global de uma rede estendida. Os parâmetros mais importantes são:
número máximo de pacotes por segundo que uma ponte pode filtrar (receber e
processar);
número máximo de pacotes por segundo que uma ponte pode retransmitir;
tempo médio de latência de um pacote: é o tempo que decorre desde o momento
em que o pacote é lido para dentro da ponte até o momento em que ele é
retransmitido.
10
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
O algoritmo spanning tree foi criado para se executar em cada ponte do sistema, de
forma a gerar a partir da LAN estendida que está fisicamente em um loop, em uma
LAN lógica na forma de árvore. Em caso de falhas nas rotas primárias criadas pelo
sistema, o algoritmo deve fazer com que a rede se reconfigure rapidamente, sem
formação de loops nesta operação.
uma porta adicional para conexão em WAN através de um protocolo típico de linha,
tal como o HDLC ou PPP. As Bridges comercializadas atualmente, normalmente
estão associadas a um DCE utilizando qualquer um dos meios básicos de transmissão.
Deve se observar que uma ponte não deve ser utilizada para construir redes em malha
neste caso, uma vez que o algoritmo spanning tree deve fazer com que alguns links
fiquem logicamente inativos, o que acarretará em custos desnecessários. Neste caso o
correto é utilizar-se de roteadores.
8.3.4 Switches
Deve-se lembrar que os hubs convencionais reencaminham cada quadro recebido para
todos os demais segmentos a ele conectados. Isto restringe o fluxo de dados das
estações, uma vez que colisões podem ocorrer quando duas estações tentam acessar o
meio ao mesmo tempo. Desta forma, a largura de banda (“bandwidth”) é limitada, na
média, para cada dispositivo. Por exemplo, um hub com 8 portas proporciona em
média 10Mbps/8 de taxa para cada porta, sem considerar as probabilidades de colisão
no sistema, o que reduz esta taxa efetiva. A medida que mais usuários são colocadas
na rede o desempenho cairá, uma vez que aumenta o congestionamento no sistema.
12
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
Métodos de Chaveamentos
Chaveamento baseado em porta: Neste método o switch opera como uma matriz de
n x n portas, lendo um endereço do quadro de uma porta (provindo de uma estação) e
encaminhando para a porta destino. Um único endereço é suportado por porta. A taxa
de operação neste caso pode chegar a n X 10 Mbps.
1 3
2 4
13
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
Switch
HUB
de Segmento
8.3.5 Routers
Deve-se notar que o roteador é um equipamento ativo no sentido que possui endereços
e é portanto endereçável na rede, ao contrário do que ocorre nas pontes.
Um roteador recebe pacotes que lhe são endereçados por estações ou por um outro
roteador. Em função do endereço de destino e das informações contidas em uma
tabela de roteamento, o roteador determina a próxima subrede sobre a qual ele deve
retransmitir o pacote. O processo de roteamento como um todo baseia-se no salto do
pacote de roteador em roteador, onde caminhos alternativos ou redundantes podem
existir.
Todos esses dispositivos e componentes - passivos e ativos - criam ou atuam nos bits.
Eles não reconhecem nenhum padrão de informação nos bits, nem endereços, nem
dados. Sua função é simplesmente mover os bits de um lado para o outro. A camada 1
é fundamental para a solução de problemas de rede e não deve ser subestimada.
Muitos problemas de rede podem ser atribuídos às terminações RJ-45, aos conectores,
aos repetidores, aos hubs ou aos transceivers danificados.
16
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
LANs Básicas
17
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
ambiente para que ele possa acomodar multi-acesso ou mais usuários. Existem, no
entanto, aspectos negativos e positivos quanto a isso.
• Ambiente de rede ponto a ponto - é o mais amplamente usado nas WANs e é com
o qual você está mais provavelmente familiarizado. É um ambiente de rede
compartilhado onde um dispositivo está conectado apenas a um outro dispositivo
através de um link.
• Comutado por pacote - em vez de dedicar um link como uma conexão exclusiva
de circuito entre dois hosts em comunicação, a origem envia mensagens em
pacotes. Cada pacote contém informações suficientes para que possam ser roteados
para o host de destino correto. A vantagem é que vários hosts podem compartilhar
o mesmo link. A desvantagem é que pode haver conflitos.
18
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
Um problema que pode ocorrer, quando dois bits se propagam ao mesmo tempo, na
mesma rede, é uma colisão. Uma rede pequena e lenta poderia funcionar em um
sistema que permitisse que apenas dois computadores enviassem mensagens, cada um
concordando em revezar-se. Isso significaria que ambos poderiam enviar mensagens,
mas só existiria um bit no sistema. O problema é que muitos computadores estão
conectados a grandes redes, cada um querendo comunicar bilhões de bits a cada
segundo. É também importante lembrar que os "bits" são na verdade pacotes contendo
muitos bits.
Problemas sérios podem ocorrer como resultado de muito tráfego na rede. Se houver
apenas um cabo interconectando todos os dispositivos em uma rede ou se os
segmentos de uma rede estiverem conectados apenas por dispositivos sem filtro, como
os repetidores, a possibilidade de haver mais de um usuário tentando enviar dados
pela rede ao mesmo tempo, é muito alta. A Ethernet permite apenas que um pacote de
dados acesse o cabo a qualquer momento. Se mais de um nó tentar transmitir ao
mesmo tempo, ocorrerá uma colisão e os dados de cada dispositivo serão afetados.
19
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
20
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
Você já aprendeu que o outro nome do hub é um repetidor multiporta. Qualquer sinal
que entre em uma porta do hub é gerado novamente, retemporizado e enviado para as
outras portas. Portanto, os hubs, que são úteis para conectar um grande número de
computadores, estendem os domínios de colisão. O resultado final será uma
diminuição no desempenho da rede se todos os computadores naquela rede estiverem
solicitando, simultaneamente, grandes larguras de banda.
A regra dos quatro repetidores na Ethernet afirma que não mais de quatro
repetidores ou hubs de repetição podem ficar entre dois computadores na rede. Cada
repetidor adiciona latência ou retarda os bits à medida que a força dos sinais aumenta.
21
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
Exceder a regra dos quatro repetidores pode levar à violação do limite de delay
máximo. Quando esse limite de delay for excedido, o número de colisões retardadas
aumentará muito. Uma colisão retardada, é quando ocorre uma colisão depois que os
primeiros 64 bytes do quadro são transmitidos. Os conjuntos de chips nas placas de
rede não são necessários para retransmitir automaticamente quando uma colisão
retardada ocorre. Esses quadros de colisão retardada adicionam delay chamados de
delay de consumo. À medida que o delay de consumo e a latência aumentam, o
desempenho da rede diminui. Essa regra fundamental da Ethernet é também
conhecida como a regra 5-4-3-2-1. Cinco sessões de rede, quatro repetidores ou hubs,
três seções da rede são segmentos "de mistura" (com hosts), duas seções são
segmentos de link (para fins de link) e um grande domínio de colisão.
22
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
23
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
HUB
1. INSTALAÇÃO
2. ESTRUTURA
24
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
3. NÚMERO DE PORTAS
4. CASCATEAMENTO
25
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
b) com filtragem: São transmitidos os pacotes cujo MAC não pertence ao segmento
local.
7. ARMAZENAMENTO
8. GERENCIAMENTO
26
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
SWITCH
1. INSTALAÇÃO
a) Desktop ou Rack;
b) Rack 19’ou chassi especial.
2. ESTRUTURA
3. FUNÇÕES
a) Camada 2:
- Multicast – endereçamento para um grupo de máquinas específico
- Agregação de Enlaces (ou Trunking): Permite que vários enlaces físicos (de 2 à
255) sejam agregados como único enlace lógico de maior velocidade (portas
100BaseTX/FX ou 1000BaseT/SX/LX.
- Criação de LAN virtual (VLAN) com tabelas independentes.
b) Camada 3 (ou até 4)
- Encaminhamento de pacotes IP, IPX ou Appletalk;
- Endereçável por nº IP para gerenciamento pela rede;
- Funções especiais de servidor DHCP ou DNS e interface WAN (routing)
4. NÚMERO DE PORTAS
a) Não modulares:
- UTP/STP – 10/100/1000Mbps – até 48 ou 80 portas (Cisco);
- Fibra – 10/100/1000Mbps – até 24 portas;
- AUI – até 2 portas.
b) Modulares: Número de slots e de portas por slot do equipamento. Cada slot pode
conter:
- 10BaseFL/10baseTX – até 8 portas
- 10/100baseT – até 48 portas;
27
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
5. CASCATEAMENTO/EMPILHAMENTO (STACK)
6. ARMAZENAMENTO
7. ALGORÍTIMOS
- Spaning-tree
- Store and Forward
- Auto-negociação e Auto-sensing para UTP/STP de taxas de transmissão e
modos (full/half);
- Auto MDIX
28
MÓDULO 2 CAPÍTULO8 – Dispositivos de Rede e Segmentação
8. PROTOCOLOS
a) Multicast
- GMRP-GARP – Multicast Register Protocol;
- IGMP snooping.
b) Virtual LAN (VLAN) – conforme IEEE802.1q
- VLANtag – Capaz de reconhecer e tratar quadros que contenham tag de
VLAN;
- Aprendizado de VLAN – Aprendizado do endereço e mapeamento de estações:
Independente: tabela de cada VLAN com os MAC/porta;
Compartilhado: Tabela única com os MAC/porta/VLAN.
- GVRP – GARP VLAN Register Protocol – Registro do equipamento em
VLANs.
9. PERFORMANCE
10. GERENCIAMENTO
29