Os apontamentos foram retirados do Livro “Pensamento e Vida” de
Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, lição número 2, intitulada Vontade. Quando falamos de vontade, imediatamente remetemos o nosso pensamento, as realizações do que somos capazes de fazer, quando apreendemos o pensamento numa direção qualquer. Quando a vontade é exercida pelo homem “otimista”, as suas realizações correspondem aos ensejos do “pensamento positivo”, entretanto, quando estacionamos as nossas vontades pelas incertezas, entramos num “campo minado”. Podemos nos deparar com o “pessimismo”, incapacitando nossas possibilidades, e fazendo nossa vontade “estacionar”, desacreditando de nós mesmos.
Podemos trabalhar de duas formas a vontade:
1. A vontade de ordem material: Temos vontade de comer,
vontade de ir ao banheiro, vontade de ter um carro novo, vontade de ter uma casa dos nossos sonhos, etc. 2. A vontade de ordem espiritual: Vontade de trabalhar para Jesus, vontade de ler um livro, vontade de ver alguém, vontade de mudar um pensamento infeliz, etc.
Para Emmanuel, nossa “MENTE” funciona como grande
“ESCRITÓRIO”, dividido em 4 departamentos. Departamento do desejo, departamento da inteligência, departamento da imaginação e departamento da memória. Vamos supor que dentro de todos esses departamento, tivéssemos dois funcionários, que tivessem livre acesso entre todos os departamentos: - o “funcionário pensamento” e a “funcionária ilusão”. Vamos teorizar as atividades que cada departamento exerce nesse grande “ESCRITÓRIO”.
• Departamento do Desejo: Apontam nossos propósitos,
aspirações e anseios. Aqui o funcionário “pensamento” traz esperança, porque tem como lema de trabalho a VIDA. Somos aquilo que construímos de dentro pra fora de nós mesmos. Portanto um “pensamento” equivocado gera um “desejo” equivocado. Otimizar o pensamento no bem é possibilitar “desejos” salutares escondidos em nós mesmos. E pra isso acontecer o pensamento é o principal instrumento que temos para que isso aconteça. “Felizes são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é sagrado! (Salmo 1:1)” A funcionária “ilusão” de camufla nesse departamento, incitando o funcionário “pensamento” mudar do “plano espiritual” para o “plano material”, para que a sensação através do imediatismo seja sentida no lugar da leveza que um vida com Deus possibilitaria.
• Departamento da Inteligência: Temos os patrimônios da
evolução e da cultura dilatados. Nosso espírito adquiriu a idade da razão. Por esse motivo, alcançamos a possibilidade de aproveitar os conhecimentos adquiridos ao longo das experiências vividas. Se nossa moralidade está apontada para o bom caminho, através da boa utilização do pensamento e do livre-arbítrio, entramos na faixa vibratória da “INTELIGÊNCIA DIVINA”, abrindo possibilidades novas de viver intensamente. Entretanto, se a ilusão ainda se faz presente em nossa vida, desenvolvemos a “INTELIGÊNCIA ILUSÓRIA”, onde utilizamos as nossas “reservas de energias” para TER o que não precisamos ao invés de SER o que deveríamos. Acumulando frustrações e fracassos, despertados pela funcionária “ilusão”, que “corrompe seduzindo “ o funcionário “pensamento”.
• Departamento da Imaginação: Nos permite amealhar as
riquezas do ideal e da sensibilidade. Somos aquilo que pensamos. Esse departamento é o que guarda a porção material ou espiritual de nossas aspirações. O materialismo fica alojado nesta sede, assim como, por exemplo, a depressão. Por outro lado, nossa Fé é cultivada nesse espaço. Enquanto encarnados, nossas realizações são premeditadas aqui, antes de materializarmos no mundo real. Esse departamento está cheio de espelhos, que dependendo do “pensamento” que emitimos, refletem as “ilusões” que reluzimos.
• Departamento da Memória: acumula todo o aprendizado
Elegemos os documentos mais importantes para nós, e arquivamos os mesmos nesse departamento. Temos a “liberdade sagrada”, e “respeitada por Deus”, para escolher o que queremos “reviver”, neste imenso Banco de Dedos organizado pela “Consciência”. A funcionária “ilusão” tem uma influência enorme nesse departamento, levando em conta nossa atual evolução, e por esse motivo, dos deixa em nossas mãos demiti-la por “justa causa”, contratando em seu lugar o competente funcionário “discernimento”. O funcionário “pensamento” nesse departamento tem grande importância, porque ele é quem assegura a veiculação do nosso sucesso, ou do nosso fracasso nas experiências importantes da existência como um todo. Por esse motivo nos enjaula, ou nos liberta na direção de Deus. Conclusão: Se a nossa MENTE é um grande escritório, freqüentado por dois principais funcionários, o “pensamento” e a “ilusão”, não podemos nos esquecer que somos “administradores” desse ESCRITÓRIO MENTE”. Enquanto o “pensamento” trabalha “duro”, a ilusão de “acomoda” pelas brechas de nossa ignorância. A “dúvida” por esse motivo é o “irmão mais velho” da ilusão, servindo de freio ao nosso crescimento enquanto Espírito. Não devemos mandar o pensamento “embora”, porque ele é quem mantém a comunicação entre todos os “departamentos” da nossa “mente”, por outro lado, a “ilusão”, confunde, atrapalha e impede o desenvolvimento natural desta instituição inaugurada por Deus. Pensemos nisso e analisemos cada um de nossos departamentos como administradores do nosso próprio destino. Somente assim não teremos mais dúvida se somos capazes de algo, mas a certeza do que Deus espera da gente.
Grupo Valerium, Irmão Unidos Espíritas e Unificação