Você está na página 1de 3

Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades

Português – 11º TAGD / TPI

Ficha de Gramática

Lê o texto.
Os heterónimos

Quando criou Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, Fernando Pessoa deu-lhes
vidas e estilos próprios, em que não faltaram informações e pormenores, tais como data e local de
nascimento, aspeto físico, profissão, opiniões políticas e credos.
A complexidade da construção heteronímica de Fernando Pessoa trouxe-lhe muitos equívocos.
5 E se até o seu melhor amigo, Mário de Sá-Carneiro, lhe pediu mais explicações, antes de se ter
rendido à ideia dos heterónimos, não poderá espantar-nos que outros achassem a heteronímia
pessoana até um sintoma de transtornos psiquiátricos.
Claro que basta ler Fernando Pessoa, com olhos de ver, para perceber que os heterónimos não
são mais que um instrumento e motor de criação. Invulgar, sim; estranho, com certeza; mas, sem
10 dúvida, também genial e único. [...]
Quando afirma taxativamente “Sinto-me múltiplo”, Fernando Pessoa mostra-nos que criou
outros para acrescentar uma mais-valia à sua obra. Frise-se: não se dividiu, não se estilhaçou –
multiplicou-se, criando mais para si próprio.

MORAIS, Ricardo Belo de, 2015. Fernando Pessoa para todas as pessoas. Lisboa: verso de Kapa (pp. 94-95)

1. Identifica a função sintática dos constituintes:


a) “informações e pormenores” (l. 2);  Sujeito
b) “da construção heteronímica de Fernando Pessoa” (l. 4); Complemento do nome
c) “nos” (l. 6); Complemento direto
d) “até um sintoma de transtornos psiquiátricos” (l. 7);
e) “Fernando Pessoa” (l. 8). Complemento direto

2. Completa o quadro, classificando cada uma das orações e identificando a respetiva função sintática.

Classificação Função sintática


(A) “Quando criou Ricardo Reis, Álvaro de Oração subordinada adverbial temporal
Campos e Alberto Caeiro” (l. 1)
(B) “em que não faltaram informações e
pormenores” (l. 2)
(C) “que outros achassem a heteronímia
pessoana até um sintoma de transtornos
psiquiátricos” (ll. 6-7)
(D) “que criou outros para acrescentar uma
mais-valia à sua obra” (ll. 11-12)
(E) “para acrescentar uma mais-valia à sua
obra” (l. 12)
Prof. Margarida Figueiredo Página 1 de 3
Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades
Classifica as orações nas frases que se seguem:

1. Ricardo Reis nem ficou com Marcenda, nem assumiu o filho.

2. Ricardo Reis foi o grande heterónimo do Classicismo, todavia reconhece Caeiro como
seu mestre.

3. Camões invocou as Tágides para que conseguisse escrever a sua obra.

4. Todas as vezes que a viagem marítima parecia bem, sofria um contratempo.

5. Camões acreditava que elevaria valor do povo lusitano.

6. Quem lê Pessoa percebe a grande multiplicidade dos seus sentimentos.

7. Os textos heteronímicos, cujos autores são quatro, mostram influências diferentes.

8. Simão não desistiria de Teresa, ainda que recebesse dinheiro por isso.

9. As personagens que pertencem à cultura greco-latina são diferentes.

10. Os dois velhos tanto insistiram que conseguiram ler o jornal de Ricardo Reis.

11. Mal acabar a leitura do poema, farei um intervalo.

12. O estudo é essencial para conseguir notas brilhantes.

Identifica as funções sintáticas:

1. Os habitantes de Alcaria e Batola ficaram entusiasmados com a telefonia.

2. Inês Pereira revela a sua angústia.

3. Caeiro voltava das viagens pela Natureza com energia renovada.

Prof. Margarida Figueiredo Página 2 de 3


Escola Básica e Secundária de Oliveira de Frades

4. A escrita de Manuel Alegre assumiu-se como uma arma.


5. Álvaro de Campos nomeou a máquina sua musa.

6. Alexandre O’Neill, poeta multifacetado, experimentou técnicas surrealistas.

7. Quem lê Mário de Carvalho encontra muitas sequências irónicas.

8. “Os Lusíadas” foram lidos pelo rei.

Lê o excerto e identifica os tipos de coesão nas sequências destacadas.

1. A jovem descia a avenida com o corpo, mas a mente esvoaçava por um mundo
que nada tem que ver com a cidade. Nesse mundo ela era feliz e não o
escondia: vivia num palácio encantado. Ela preferia a pintura: o
Impressionismo para relaxar e o Surrealismo para ativar os mecanismos
cerebrais.

Prof. Margarida Figueiredo Página 3 de 3

Você também pode gostar