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4.

LINHAS DE INFLUÊNCIA
PONTES I
Deciv / EM / UFOP

Refs.: 1. Teoria das Estruturas,Vol. 2, autor: Flávio Antônio Campanari


2. Curso de Análise Estrutural, autor: José Carlos Süssekind
3. Notas de aulas, provas, listas de exercícios
4.1 DEFINIÇÃO

LINHA DE INFLUÊNCIA DE UM EFEITO ELÁSTICO E EM


UMA DADA SEÇÃO S É A REPRESENTAÇÃO GRÁFICA OU
ANALÍTICA DO VALOR DESTE EFEITO, NAQUELA SEÇÃO S,
PRODUZIDO POR UMA CARGA UNITÁRIA, DE CIMA PARA
BAIXO, QUE PERCORRE A ESTRUTURA.
EXEMPLO

P = 1

A s rótula B

- - b
a
+

• Ms = a  P = 1 em A
• Ms = - b  P = 1 em B
OBSERVAÇÕES

• A seção e o efeito estudados são fixos;


A posição da carga é que varia

• Não confundir: linha de influência x diagrama solicitante

• Efeitos elásticos: Momento Fletor,


Esforço Cortante,
Reação de Apoio,
Deformação (flechas)

• Considerar válido o princípio da superposição de efeitos


4.2 FASES DE SOLUÇÃO DO PROBLEMA

1a FASE: definida a classe da ponte e as plantas arquitetônicas,


OBTER O TREM-TIPO

2a FASE: dada a estrutura, o efeito elástico E, e a seção S,


OBTER A LINHA DE INFLUÊNCIA

3a FASE: conhecidos o trem-tipo e a linha de influência,


OBTER OS EFEITOS DEVIDO A ESSE TREM-TIPO
4.3 OBTENÇÃO DOS EFEITOS ELÁSTICOS (conhecidos o trem-tipo e a LI)

1. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR


CARGAS CONCENTRADAS

P1 P2 Pi Pn

LIEs
  i n

n
E s   Pi  i ( Princípio da superposição de efeitos)
i 1
2. TREM-TIPO FORMADO APENAS POR CARGAS DISTRIBUÍDAS
b
a qd z

q
dz
LIEs
A i

E s   ( qdz )  i , ou seja ,
a
b b

E s  q   i dz  q A , pois , A    i dz ( Princípio da
a a superposição de efeitos)

3. CASO GERAL (superposição dos casos 1 e 2)


n
E s   Pi i  q A ( Princípio da superposição de efeitos)
i 1
OBSERVAÇÕES

• OS PRINCÍPIOS ESTUDADOS ATÉ AQUI SÃO VÁLIDOS


PARA ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS E HIPERESTÁTICAS

• É FÁCIL VER QUE AS UNIDADES DAS


LINHAS DE INFLUÊNCIA DE MOMENTOS FLETORES SÃO
UNIDADES DE COMPRIMENTO, E QUE AS LINHAS DE
INFLUÊNCIA DE ESFORÇOS CORTANTES, NORMAIS E
REAÇÕES DE APOIO SÃO ADIMENSIONAIS
4.4 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS

1. VIGA ENGASTADA-LIVRE
P = 1
z

A s

x
L

Efeitos elásticos:
• Reações de apoio
• Esforços simples
• REAÇÕES DE APOIO
P = 1
z

A s

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

+1 + +1
RA = + 1 LIRA
A

45 o

MA = - z A
LIMA
L
• ESFORÇOS SIMPLES
P = 1
z

A s

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

0, p/ z  x +1 + +1
s
Vs = A
LIVS
x
+1, p/ z  x

(L - x)
-
0, p/ z  x 45 o

Ms = A
s
LIMS
x
- (z - x), p/ z  x
2. VIGA SIMPLESMENTE APOIADA
P=1
z

A s B

x
L

EFEITOS ELÁSTICOS:
• REAÇÕES DE APOIO
• ESFORÇOS SIMPLES
• REAÇÕES DE APOIO P=1
z

A s B

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

1
+
RA = + (L - z)/L A B
LIRA

1
+
RB = z/L A B
LIRB
• ESFORÇOS SIMPLES P=1
z

A s B

x
L

Representação Analítica Representação gráfica

1
- z/L (= - RB), p/ z  x - s
A B
Vs = + LIVS
+ (L - z)/L (= RA), p/ z  x 1

s
A B
z/L (L - x) , p/ z  x
+ +
Ms = LIMS
x
(L - z) x/L , p/ z  x L -x
OBSERVAÇÕES

• NO ESTUDO DAS L.I. DE ESFORÇOS SIMPLES, DEVEMOS


SEMPRE EXAMINAR SEPARADAMENTE AS
POSSIBILIDADES DA CARGA UNITÁRIA ESTAR
À ESQUERDA OU À DIREITA DA SEÇÃO EM ESTUDO

• A L.I. DE ESFORÇO CORTANTE NUMA SEÇÃO APRESENTA


SEMPRE UMA DESCONTINUIDADE IGUAL A 1
NESTA SEÇÃO, CONFORME PODEMOS CONCLUIR
DOS CASOS JÁ ESTUDADOS
4.5 LISTA DE EXERCÍCIOS

1. Obter as reações de apoio máximas para uma ponte engastada-livre de 10 m, provocadas pelo
trem-tipo abaixo:

20 tf 10 tf

3m
1 tf/m

2. Para a ponte abaixo obter as envoltórias de MF e EC, cotando-as nas seções indicadas.
São dados:
a. Carga permanente: g = 2 tf/m;
b. Trem-tipo: 20 tf 10 tf

3m
1 tf/m

A 1 2 3 B

3m 3m 3m 3m

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3. Para a ponte de CLASSE 45 abaixo, pede-se:
a. O modelo estrutural de análise indicando a carga permanente;
b. Os esforços atuantes no tabuleiro devido: empuxo; vento; e aceleração (ou frenagem);
c. MF e EC (carga permanente) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;
d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto;
e. L.I.MF e L.I.EC das seções 1, 2, 4, 6 e 7;
f. MF e EC (carga móvel - trem-tipo de anteprojeto) nas seções 1, 2, 4, 6 e 7;
g. Tabela de envoltória para as seções 1, 2, 4, 6 e 7.
(Não precisa incluir a influência do coeficiente de impacto.)

na
A na
1 2 3 4 5 6 7
5
A
cortina 5 10 12 7.5 7.5
(b=largura
da ponte) pilar encontro
15 São dados:
pilar pilar pilar
(rigidez elevada;
b=largura da p onte)
1. Carga permanente: conc = 2.5 tf/m3;  asfalto =
2.0 tf/m3.
obs.: as seções 2 e 4 estão 2.  sat = 1.9 tf/m3;  água = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 -
no meio do vão
/2);  = 30o
revestimento(asfalto)
3. Vento:
0.15
0.1 0.25 a. ponte descarregada: 0.15 tf/m2
1
0.2 barreira b. ponte carregada: 0.1 tf/m2; (altura do veículo =
Corte A-A: concreto lateral 2 m)
4 2 4. Aceleração (ou frenagem):
a. 30% do veículo tipo
0.4 10 0.4 b. 5% da carga móvel aplicada no tabuleiro
4. Para o modelo estrutural da ponte abaixo, pede-se:

5 tf 5 tf
carga permanente
q=2.5 tf/m 10 tf
A B
engaste
rótula
1 2 3
3 4 5
2 3 engaste

4 6 6

a. O coeficiente de impacto, indicando seu valor em cada trecho da ponte. 1.40.7%L 1


b. Carga permanente: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;
c. L.I.MF e L.I.EC das seções A, 1, 2, 3 e 5;
d. Carga móvel: MF e EC nas seções A, 1, 2, 3 e 5;
Obs.: Trem-tipo
7 .5 tf

1 .5 tf/m

e. Tabela de envoltória para as seções A, 1, 2, 3 e 5.


Inclua a influência do coeficiente de impacto (Ex.: ).

M  M g M q
5. Para a ponte CLASSE 30 (veículo tipo com três eixos) a seguir, pede-se:
a. Os esforços atuantes devido:
• Empuxo no pilar encontro (considere: nível da água = nível do terreno)
• Aceleração (ou frenagem) no trecho central da ponte: FG
• Vento no trecho central da ponte: FG
b. O modelo estrutural de análise para a VIGA PRINCIPAL (VP2)
c. Carga permanente – VP2:
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
d. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da VP2
e. Linha de Influência – VP2:
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
f. Carga móvel – VP2 (Trem-tipo de anteprojeto):
• Esforço cortante: Seção Dd
• Momento fletor: Seção L
• Reação de apoio: Seção I
g. Tabela de envoltória, sem considerar o coeficiente de impacto.
Observações:
1. Carga permanente: conc = 2.5 tf/m3; revestim. = 2.0 tf/m3
2. Empuxo: sat = 2.1 tf/m3; água = 1.0 tf/m3; KA = tg2(45 - /2);  = 30o
3. Aceleração (ou frenagem): 30% VT (veículo tipo); b. 5% carga móvel aplicada no tabuleiro
4. Vento: Ponte descarregada: 0.15 tf/m2; Ponte carregada: 0.1 tf/m2 (altura do veículo = 2 m)
Componente longitudinal: Vento na superestrutura: 25%; Vento na carga móvel: 40%.
trecho central

A Junta Junta D L E Junta Junta H I Junta K

B C F G J
3m 3m 3m 3m 3m 3m
10 m

12 m 8m 9m 8m 9m

Pilar
Encontr
(rig. elevada) P1 P2 P3 P4 P5

indicador de
simetria Área de
0,2 influência de VP3

0,8 hr(média) = 0,075 m revestimento


0,2
2,5 m 2,5 m

5,0 m 5,0 m 5,0 m


2,0

VP1 0,3 VP2 VP3 0,3 VP4

pilar pilar pilar pilar

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6. Para a ponte CLASSE 12 (veículo tipo com dois eixos) a seguir, pede-se:
a. Trem-tipo de projeto e anteprojeto para cálculo da viga VP4 (1.0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA,
com as transversinas apresentando rigidez bastante elevada.
b. Linha de Influência – VP4:
• Esforço cortante: Seção A (LIVA) e Seção I (LIVI)
• Momento fletor: Seção C (LIMc) e Seção H (LIMH)
• Reação de apoio: Seção C (LIRc)
c. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de anteprojeto):
• Esforço cortante: Seções A e I (0.5)
• Momento fletor: Seções C e H (0.5)
• Reação de apoio: Seção C (0.5)

Consideração Importante:
Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA):
P Pe
Pi   xi
n  x i2

onde:
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais)
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i)
transversina transversina
A B C D Junta E F Junta Junta G Junta H I J K

2m 2m 5m 2,5 m

3m 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

indicador de
simetria
0,2 0,2

1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento


0,25

transversina transversina transversina

2,0
5,0 m 5,0 m 5,0 m VP4
VP1
0,4 0,4 0,4
VP2 VP3

pilar pilar pilar pilar


7. Para a PONTE MISTA (RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA) mostrada na página seguinte, pede-se:
a. Carga Permanente – VP4: q(p.próprio) = 4 tf/m; q(lastro+dormentes) = 1 tf/m; P(transversina) = 2 tf
• M. fletor: Seção D
• E. cortante: Seção Je
• R. apoio: Seção E
b.Trem-tipo de projeto e anteprojeto - VP4
Hipótese de Cálculo:
Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada);
Ver detalhe do carregamento abaixo.
c. Linha de Influência – VP4:
• M. fletor: Seção D (LIMD)
• E. cortante: Seção Je (LIJe)
• R. apoio: Seção E (LIE)
d. Carga móvel – VP4 (Trem-tipo de projeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção Je
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção E
e. Envoltória de solicitações ( = 1)
Considerações Importantes:
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): 2. Carga móvel ferroviária:
A ponte ferroviária será projetada para suportar
P Pe apenas a carga de um trem (locomotiva + vagões)
Pi   xi
n  x i2
P = 10 tf 10 tf P = 10 tf
onde:
q = 5 tf/m
n = número de vigas principais
e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais) 1,5 m 1,5 m 1,5 m
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais
Pi = carga atuante na viga genérica (i)
indicador de
simetria
transversinas
Junta Junta Junta Junta Junta
A B C D E F G H K L
I J
2m 2m 6m 2m 2m 4m

2m 10 m 10 m 10 m 10 m 12 m 6m

P1 P2 P3 P4 P5 P6

indicador de
simetria
Carga aplicada
junta de no centro de gravidade
0,1 vagão
dilatação

trilho
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,25

transversina transversina
6,0 m 6,0 m 3,0 m 3,0 m
2,0 2,25
VP4 trans-
trans- VP5 ver-
VP6
0,2 ver-
0,2 0,6 0,6 0,6
VP1 VP2 VP3 0,2 sina sina

pilar parede
pilar pilar
8. Para a PONTE MISTA (PEDESTRE, RODOVIÁRIA e FERROVIÁRIA)
mostrada na página seguinte, pede-se:
a. Carga Permanente – VP3: q(p.próprio+revestimento)  7,5 tf/m; P(transversina) = 2,0 tf
• M. fletor: Seção D*
• E. cortante: Seção I
• R. apoio: Seção G
b. Trem-tipo de anteprojeto – VP3 (2,0)
Hipótese de Cálculo: Sistema estrutural em GRELHA (transversinas com rigidez bastante elevada)
Considerar: Classe rodoviária: 30; Ver detalhe abaixo da carga ferroviária a ser aplicada
Pedestre: 0,3 tf/m2
c. Linha de Influência – VP3:
• M. fletor: Seção D* (LIMD*)
• E. cortante: Seção I (LII)
• R. apoio: Seção G (LIG)
d. Carga móvel – VP3 (Trem-tipo de anteprojeto):
• M. fletor (máximo positivo e negativo): Seção D*
• E. cortante (máximo positivo e negativo): Seção I
• R. apoio (máxima positiva e negativa): Seção G
e. Envoltória de solicitações ( = 1)

Considerações Importantes: P P e
Pi   xi
1. Distribuição transversal da carga no tabuleiro (GRELHA): n  x i2
Onde: n = número de vigas principais; e = excentricidade da carga (medida a partir do centro de gravidade das vigas principais);
xi = distância de uma viga principal genérica ao centro de gravidade das vigas principais; Pi = carga atuante na viga genérica (i).
2. Carga móvel ferroviária:
q = 3 tf/m
indicador de simetria

transversinas

Junta D* Junta Junta Junta Junta

A B C D E F G H I J K L M
5m 2 8m 2 5m 2 8m 2
5m
2 10 m 10 m 10 m 10 m 10 m 10m 2

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7

vagão Centro de gravidade


Carga aplicada Passeio
no centro de gravidade
das vigas principais
(Pedestre)
0,15 Parte 0,15
Rodoviária
trilho
1,0
1,0 hr(média) = 0,05 m revestimento
0,40
0,30

2,5 m 2,0 m transversina


7,0 m 7,0 m 2,0 m
2,5

0,3 0,3
VP2 VP3 0,3
VP1

pilar parede

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