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RESUMO

CONCEITOS RELAÇÕES INTERNACIONAIS e GEOPOLÍTICA


GUIA DE ESTUDOS CAP Av GEALH – PPGCA/UNIFA

DEFINIÇÕES ESTATOLOGIA
ESTADO: Ator central das RI dotada de população permanente, de território
reconhecido, de governo aceito e de exercício de soberania estatal no plano interno e
externo.
ESTATOCENTRISMO (Sistema Internacional Estatocêntrico): Sistema criado e
reconhecido após o Tratado de Westphalia de 1648.
SOBERANIA NACIONAL: Prerrogativa exclusiva do exercício da capacidade de mando
do Estado nacional reconhecido internacionalmente (summa potestas).
PODER NACIONAL (Manual ESG, 2008, p. 28): “Capacidade que tem o conjunto de
homens e meios que constituem a nação para alcançar e manter os objetivos nacionais,
em conformidade com a vontade nacional”
CRATOLOGIA: Estudo sistematizado das relações de poder na sociedade.
AXIOLOGIA: Estudo do conjunto dos valores sociais, morais, intelectuais e filosóficos de
um determinado grupo que leva a uma aceitação hegemônica.
PODER: Capacidade de alterar o comportamento de outros atores internacionais por
meio de exercício de dominação e controle.
AUTORIDADE: Poder reconhecido por força da lei.
POLO DE PODER: Centro de capacidade de poder.
POLARIDADE: Quantidade de polos de poder ou de centros hegemônicos.
TEORIA DO PODER GRAVITACIONAL (TPG): Conjunto de esferas de influência bem
marcadas em razão da força de atração de polos/eixos de maior densidade de poder
aos Estados menores vizinhos.
LIDERANÇA: Exercício de poder local/regional cuja obediência é reconhecida.
SUPREMACIA: Reconhecimento global da liderança de um ator em esfera regional.
HEGEMONIA: Exercício de hiperpoder multidimensional por um ou mais Estados em
escala global, percebido e reconhecido por meio de governança.
ORDEM MUNDIAL: Recorte temporal de longa duração com determinação da
governança entre Estados por meio de poder hegemônico aceito pela maioria.
LATERALIDADE: Quantidade de Estados ou outros atores internacionais envolvidos em
um determinado processo jurídico-negocial.
SÍNTESE DO EQUILÍBRIO NORMATIVO DINÂMICO (SEND) DE CASTRO (2012):
Escola de pensamento criada por Castro (2012) baseada na dialética entre acúmulo de
Capital de Força-Poder-Interesse e Padrões de Dissuasão-Normas Valores das RI.
CAPITAIS DE FORÇA-PODER-INTERESSE (KFPI): Base fundamental da explicação e
previsão dos fenômenos da política internacional, segundo Castro (2012) (tese)
PADRÕES DE DISSUASÃO-NORMAS-VALORES (PDNV): Forma de contenção do
impulso motriz das KFPI que geram a lógica da interação externa, segundo Castro (2012)
CONSTRANGIMENTOS: Limitações fáticas ou barreiras ao uso dos KFPI.
BALANÇA DE PODER: Regra geral de pesos e contrapesos ao exercício dos KFPI em
conjunto com os PDNV no âmbito das relações dos Estados.
DILEMA DE SEGURANÇA: Contradição causal entre o exercício da soberania estatal
como fonte de segurança para os cidadãos e, ao mesmo tempo, riscos pontuais e
ameaças internas e externas
LEALDADE: Capacidade de aderir a determinados padrões, regras e condutas de
acordo com os KFPI e PDNV disponíveis num contexto.
LINKAGES E VETORES DA POLÍTICA EXTERNA E INTERNA IRREDENTISMO
Política Ambiente
EXTERNA Internacional
Linha de fronteira da
ESTADO agenda interna/externa
Política
INTERNA Ambiente
doméstico

Instituições Instituições Instituições


AGENTES DA POLÍTICA INTERNACIONAL
1) ESTADOS E SUAS INSTITUIÇÕES
2) ATORES SUPRAESTATAIS: ONU, OMC, OIT, FAO, OEA, UNESCO, FMI, BIRD
DESMEMBRACIONISMO
etc. Alguns blocos dotados também de personalidade jurídica internacional
(Mercosul, União Européia, etc.), devidamente reconhecidos pelos seus Estados;
3) ATORES INFRAESTATAIS: Algumas áreas infranacionais de exercício limitado
(parcial) permitido pelo Estado nacional de titularidade política internacional, como,
por exemplo: Catalunha, País Basco, Porto Rico, Regiões semiautônomas, etc.
4) ATORES ANTIESTATAIS OU PARAESTATAIS: Grupos revolucionários,
guerrilheiros ou fundamentalistas que, por meio do uso da violência, da intimidação,
dos armamentos e da disciplina paramilitar visa a minar a autoridade do Estado e de
sua soberania ou summa potestas (FARC, Al Quaeda, IRA, Sendero Luminoso, etc.)
5) ATORES NÃO-ESTATAIS:
a. Do segundo setor: Grandes Corporações Transnacionais: GE, GM, Shell,
WalMart, Petrobras, Vale, Microsoft, Shell, Exxon Mobil, etc.
b. Do terceiro setor: A esfera pública não estatal e as ONGs globais: Anistia FUNDAMENTOS GERAIS DE GEOPOLÍTICA
Internacional, Human Rights Watch, Médicos Sem Fronteiras, Viva Rio, POLÍTICOS
Greenpeace, World Wildlife Fund, etc. PODER BÉLICO (Hard power) PODER CULTURAL/ECONÔMICO (Soft power)
6) ATORES INDIVIDUAIS: Ente de capacidade de influência na política BÉLICO + CULTURAL = PODER RESULTANTE (Smart power)
internacional por meio de sua atuação e história pessoal, não necessariamente GEOGRÁFICOS
atrelados ao exercício da summa potestas estatal como, por exemplo: Gandhi, Dalai 1) LOCALIZAÇÃO,2) DIMENSÃO TOTAL, 3) TOPOGRAFIA 4) CLIMATOLOGIA 5)
Lama, Osama Bin Laden, Madre Teresa, Barack Obama, Greta Thunberg, etc. FORMATO TERRITORIAL, 6) DISTRIBUIÇÃO DEMOGRÁFICA, 7) GOVERNO.
FENÔMENOS DE CLIVAGEM ESTATAIS ESCOLAS DE PENSAMENTO DA GEOPOLÍTICA
SEPARATISMO DETERMINISTA (Alemã): Friedrich Ratzel (1882) - Espaço vital
POSSIBILISTA (Francesa): Atuação humana abre possibilidades
INTEGRALIZADA = DETERMINISTA + POSSIBILISTA: Compreensão mais ampla
e aberta dos sistemas políticos e geográficos. (Meira Mattos, Spykman...)
GEOESTRATÉGIAS DOMINANTES
Expansão terrestre - HEARTLAND (McKinder) x (Spykman) RIMLAND - Contenção
Geoestratégia Naval (Mahan)
FÓRMULAS DE QUOCIENTES GEOGRÁFICOS
Fronteiras terrestres (FT)
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Fronteiras marítimas (FM)
∑ População do(s)país(es)vizinho(s)
𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐 𝐃𝐃𝐃𝐃 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏Ã𝐎𝐎 𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃𝐃Á𝐅𝐅𝐅𝐅𝐅𝐅𝐅𝐅 Qd =
População total do Estado em análise
∑ PIB do(s)país(es)envolvido(s)
𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐𝐐 𝐃𝐃𝐃𝐃 𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏𝐏Ã𝐎𝐎 𝐄𝐄𝐄𝐄𝐄𝐄𝐄𝐄Ô𝐌𝐌𝐌𝐌𝐌𝐌𝐌𝐌 Qe =
PIB do Estado em análise
TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DEFINIÇÃO DE TEORIA: Ferramenta intelectual que formula sistematicamente perguntas denominadas hipóteses e oferece melhores explicações para uma série de problemas
que se considera relevante investigar. Torna-se Paradigma quando passa a ser amplamente aceita por uma grande quantidade de observadores e analistas.
FUNÇÕES DAS TEORIAS: a) DESCREVER como as coisas funcionam ou porque acontecem; FUNÇÃO DESCRITIVA
b) INTERPRETAR o que significa tal ou qual ação ou resultado da ação; FUNÇÃO INTERPRETATIVA
c) PREVER o desenrolar do objeto de estudo no contexto de curto, médio ou longo prazo; FUNÇÃO PREDITIVA
d) PRESCREVER o que deve ser feito para alcançar um fim, ou qual ação ou resultado é moralmente correto. FUNÇÃO NORMATIVA
LINHA DO ESCOLA REALISTA CENÁRIO-COMUNIDADE INTERNACIONAL E SUAS GRADAÇÕES
TEMPO PRINCIPAIS TEÓRICOS: Tucídides (séc. V a.C.), Maquiavel (séc.
XVI), Thomas Hobbes (séc. XVI), Edward Carr (1930), Hans
séc. V Morgenthau (1948).
NÍVEIS DE ANÁLISE:
a.C. a) Indivíduos: São egoístas e agressivos por natureza. Buscam por
interesse pessoal e poder a qualquer preço;
b) Estados: São guiados por interesse nacional que impõe
incessante acúmulo de poder;
c) Internacional: Anarquia, ausência de poder supranacional;
PRESSUPOSTOS-CHAVE:
Paz é sempre provisória, ao se atingir equilíbrio de poder. Soberania é
o que define o Estado, tanto no âmbito externo quanto interno.
Natureza antagônica da política. Estados tendem a aumentar
constantemente seu poder militar para dissuadir ou impedir ataques e
qualquer aliança internacional estará sempre baseada nos interesses
imediatos de segurança para promover equilíbrio de poder.
1867 ESCOLA MARXISTA E TEORIA CRÍTICA
PRINCIPAIS TEÓRICOS: Marx & Engels (1867), Lenin (1910),
Gramsci (1937), Adorno & Horkheimer (1947), Fernando Henrique
Cardoso (1969).
NÍVEIS DE ANÁLISE:
a) Indivíduos: O capitalismo cria classes de pessoas Oprimidas e
Opressoras: (burguesia x proletariado/(feminismo x machismo), etc;
b) Estados: Superestrutura opressora do sistema vigente;
c) Internacional: A busca por novos mercados, recursos e lucros
SÍNTESE DO EQUILÍBRIO NORMATIVO DINÂMICO (SEND) de Thales Castro (2012)
leva a uma associação entre os Estados capitalistas centrais e suas
empresas para explorar economicamente outros Estados e ao
estabelecimento de colonialismo (Imperialismo x Comunismo).
PRESSUPOSTOS-CHAVE:
A competição entre potências imperialistas provoca guerras entre
países capitalistas. Dialética e luta de classes é inevitável e os
oprimidos do mundo todo devem se unir para formar uma Comunidade
Internacional capaz de contrapor o Imperialismo e a dominação dos
opressores em conluio com seus Estados. A revolução organizada em
um partido é a forma de acabar com o capitalismo e sua opressão. O
comunismo é o sistema econômico no qual as classes são abolidas e
o Estado desaparece como aparelho repressivo, cada pessoa trabalha
de acordo com suas habilidades e recebe conforme suas
necessidades. O socialismo é menos opressor e é uma etapa para o
comunismo que um dia porá fim à exploração, criando uma
Comunidade Internacional fraterna, sem opressão e sem classes.
1918 ESCOLA INTERNACIONALISTA LIBERAL (OU IDEALISMO)
PRINCIPAIS TEÓRICOS: 14 pontos propostos pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson (1918), Rui Barbosa (1922).
NÍVEIS DE ANÁLISE:
a) Indivíduos: São bons por natureza. O interesse fundamental pelo bem-estar dos outros motiva o progresso e a riqueza, por meio da cooperação e do comércio;
b) Estados: com instituições democráticas não tem interesse na expansão militar e territorial; Estados com instituições não representativas são dominados por elites
autoritárias e são agressivos.
c) Internacional: Anarquia pode ser reduzida ou erradicada com estabelecimentos de organizações (ONU) e leis internacionais eficazes (Direito Internacional).
PRESSUPOSTOS-CHAVE:
Oposição ao realismo inspirado em Immanuel Kant e no Iluminismo. Paz democrática é possível e deve ser alcançada. Como Estados democráticos não lutam entre
si, a expansão de governos democráticos pelo mundo reduz a probabilidade de guerra. É possível haver harmonia de interesses por meio de instituições
internacionais, promover a comunicação e o entendimento resultando em uma comunidade internacional que limita a possibilidade de guerra. A Comunidade
Internacional e a cooperação levam a jogos de benefício mútuo (soma positiva). A expansão de Estados governados democraticamente estimula a criação e
manutenção de organizações internacionais e de comunidade internacional que, por sua vez, facilita a difusão da democracia em âmbito internacional, resultando em
círculo virtuoso. O livre comércio constrói a riqueza dos indivíduos e das nações, satisfazendo seus desejos, promove a democracia e consequentemente a paz.
1977 ESCOLA NEORREALISTA RACIONAL
PRINCIPAIS TEÓRICOS: Robert Keohane & Joseph Nye (1977), Keneth Waltz (1979).
NÍVEIS DE ANÁLISE:
a) Indivíduos: Não existe natureza humana (não são bons nem maus), são movidos para maximizar seus interesses por meio de comportamentos estratégicos.
b) Estados: devem agir levando em consideração suas capacidades e recursos para extrair o máximo de benefícios, seja competindo ou cooperando, para isso
utilizam não somente o Hard Power (poder militar convencional, tropas, etc.), mas também o Soft Power (poder econômico, cultural, político, etc.), equilibrando os
dois em termos de Smart Power (uso conjunto e sincronizado do seu poder militar + Soft Power), procuram obter o máximo proveito.
c) Internacional: Existe uma distribuição real de poder em um Sistema Internacional e os Estados que o ignoram tendem a perder poder ou mesmo serem excluídos
do sistema.
PRESSUPOSTOS-CHAVE:
Paz é provisória, é um equilíbrio de poder resultante da ação racional de cada Estado, tendo em vista os interesses de cada um em garantir sua segurança. O Estado
possui objetivos nacionais bem específicos que não meramente acúmulo de poder como fim em si mesmo, existe uma escala de interesses para serem priorizados.
Excesso de poder gera passivo de responsabilidades insustentáveis, escassez de poder coloca a segurança dos Estados em risco. Não existe jogo de benefício
mútuo, a política mundial é um jogo de “soma zero”, porém alguns atores podem cooperar para maximizar seus próprios interesses e essa cooperação internacional
vai depender dos interesses de uma potência hegemônica e da distribuição de poder no Sistema Internacional, caracterizado pela “Interdependência Complexa”, em
que transações internacionais constituídas por fluxos de dinheiro, pessoas e cadeias de produção produzem efeitos recíprocos entre países.
1985 ESCOLA DE COPENHAGUE (OU CONSTRUTIVISMO)
PRINCIPAIS TEÓRICOS: Copenhagen Peace Research Institute (1985), Ole Wæver & Barry Buzan (1995), Anthony Giddens (1996)
NÍVEIS DE ANÁLISE:
a) Indivíduos: Não existe natureza humana, nem são movidos por escolhas racionais por meio de comportamentos estratégicos. A ação dos indivíduos é fruto dos
sistemas de crenças, da interpretação e do conhecimento compartilhado que é atribuído a uma determinada questão, que geralmente está sempre em construção.
b) Estados: São guiados por problemas de segurança e questões de identidades construídas ao longo da sua história no âmbito das relações internacionais.
c) Internacional: A anarquia vigente no Sistema Internacional não é necessariamente caótica e possui padrões socialmente construídos.
PRESSUPOSTOS-CHAVE:
Revisão ampliada do realismo considerando a segurança como conceito não propriamente de Defesa/militar, mas como chave interpretativa do discurso para
apresentar critérios que definam determinada questão como ameaça existencial (Teoria da Securitização). No que se refere à separação amigo/inimigo, o inimigo
seria tudo que representa uma ameaça à vida e à sobrevivência dos cidadãos de um Estado (terroristas, um conjunto de imigrantes cujo deslocamento gera
consequências, queimadas na Amazônia, traficantes internacionais, etc.). O processo de securitização passa primeiro pela politização e depende de três categorias
operacionais: (1) objetos referentes; (2) agente securitizador; (3) atores funcionais. A realidade é constantemente construída (construtivismo) e mudada pela
interpretação que os indivíduos fazem dela ao interagirem com o mundo real e seus sistemas de crenças, com isso, qualquer assunto pode ser securitizado. Essa
perspectiva considera a segurança como multidimensional, devendo ser analisada através de cinco dimensões: (1) Militar, 2) Política, (3) Econômica, (4) Sociedade e
(5) Meio ambiente. Essa visão ampliada de segurança invariavelmente extrapola a esfera doméstica e se expande, “em complexos regionais de segurança que são,
de forma ampla: “um conjunto de unidades cujos principais processos de securitização, dessecuritização, ou ambos são tão interligados que seus problemas de
segurança não podem ser analisados ou resolvidos separados uns dos outros” (BUZAN e WAEVER, 2003) (Teoria dos Complexos Regionais de Segurança).
DIREITO INTERNACIONAL desnecessário;
Criado em 1648 com o Tratado de Westphalia, quando o declínio da Igreja Católica vii. As partes em conflito devem distinguir civis e combatentes de modo a poupar a
na Europa exigiu que os Estados se ajustassem estabelecendo leis que evitassem população e as propriedades.
guerras intermináveis por motivos religiosos ou familiares, cria a Axiologia normativa viii. Países NÃO podem utilizar armas químicas;
das Relações Internacionais. ix. Proibidos projéteis explosivos ou materiais que causem sofrimento
FONTES PRIMÁRIAS DO DIREITO INTERNACIONAL desnecessário
1) TRATADO: Acordo escrito e explícito entre Estados que regula comportamentos, x. Bombardeio com balões é proibido;
também conhecido pelos nomes: Convenção, Protocolo, Carta e Declaração. xi. Prisioneiros de guerra devem fornecer seu nome e posto/graduação. Aquele
a. Esboço: representantes dos Estados negociam o texto do Tratado; que mentir perde sua condição de proteção;
b. Adoção: representantes assinam o texto indicando sua aprovação; xii. Mortos e feridos devem ser identificados e as nações devem informar seus
c. Ratificação: endosso pelo departamento de governo responsável para tal; familiares;
d. Entrada em vigor: quando um número expressivo de Estados tiver ratificado o xiii. Deve existir uma zona demarcada nas áreas de batalha onde feridos e doentes
Tratado passando a fazer parte do Direito Internacional. possam ser transferidos e tratados;
e. Extinção ou alteração do Tratado: xiv. É permitida passagem livre de medicamentos;
i. Expiração: fim do prazo de duração do Tratado; xv. Tripulantes de navios afundados pelo adversário devem ser resgatados e
ii. Emenda: alteração negociada do Tratado; levados com segurança para terra firme;
iii. Impossibilidade de atuação: quando o comportamento xvi. Qualquer exército que tome controle de um país, deve providenciar comida
exigido pelo Tratado não é mais possível, deixa de vigorar. para seus habitantes locais;
2) COSTUME: Padrão que consiste em prática de Estado que passa a vigorar como xvii. Ataques a cidades desprotegidas são proibidos;
lei, inclusive para aqueles Estados que não a praticam. xviii. Submarinos não podem afundar navios mercantes ou de passageiros que
a. Uma vez estabelecida, a lei internacional se estende a todos os Estados contenham pessoas a bordo;
b. Elementos do costume: xix. Todo prisioneiro pode ser visitado por um representante do seu país e tem o
i. Fato material: qual a prática adotada pelos Estados; direito de conversar reservadamente sem a presença do inimigo.
ii. Duração: a reiteração da prática ao longo do tempo; 4) VIOLAÇÕES: Será conduzido o devido processo legal diante do Tribunal
iii. Opinio juris: opinião do Direito no sentido de obrigação legal. Internacional de Justiça ou Corte Penal Internacional no Palácio da Paz, em Haia.
LEIS DE GUERRA HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS TRATADOS E CONVENÇÕES
1) PRINCIPAIS TRATADOS: CONTROLE INTERNACIONAL DE
DIREITOS HUMANOS
a. Convenções de Genebra; ARMAMENTO MILITAR
b. Convenções de Haia. 1864 Convenção de Genebra & Proibição parcial de testes
2) JUS AD BELLUM: Regula o direito de entrar em guerra, por três razões: a 1963 nucleares de superfície
a. Autodefesa: Ato de repulsa a um ataque de outro Estado; 1949 Convenção de Haia (DICA)
b. Autodefesa coletiva: Ajuda a outro Estado atacado; Declaração Universal dos Direitos Não-ploriferação de armas
1948 1970
c. Com autorização do Conselho de Segurança da ONU Humanos nucleares (NPT)
3) JUS IN BELLUM: Regula a conduta em tempo de guerra, por princípios básicos: 1948 Convenção do Genocídio 1972 Mísseis antibalísticos
a. Proporcionalidade: Uso de um nível de força militar restrito ao necessário, Redução e controle de
Convenção da ONU sobre
com táticas e armamentos que não causem sofrimento desnecessário; 1965 1972 armamentos estratégicos
Eliminação da discriminação racial
b. Discriminação: Diferenciação entre alvos civis, militares e aqueles que não nucleares (SALT I)
estão envolvidos no conflito. 1966 Direitos políticos e civis 1979 SALT II
c. Leis básicas da Convenção de Genebra (Direito Humanitário e Direito Convenção da ONU sobre Direitos Forças nucleares de alcance
Internacional dos Conflitos Armados - DICA) 1966 1987
sociais, culturais, econômicos intermediário (INF)
i. Pessoas que estejam fora do combate ou não desejem participar, devem Redução de Armas
ser preservadas; Eliminação de todas as formas de 1991
1967 Estratégicas (START I)
ii. É proibido ferir ou matar um inimigo que se renda; discriminação contra as mulheres
1993 START II
iii. Os símbolos da CRUZ VERMELHA devem ser respeitados e os feridos ou Proibição abrangente de testes
doentes devem ser acolhidos e tratados; 1984 Convenção sobre a tortura 1996
de armas nucleares
iv. Civis e combatentes capturados (PRISIONEIROS) devem ter suas vidas, 1989 Convenção Direitos da criança 1997 START III
dignidade, direitos e convicções respeitados;
ESPAÇO SIDERAL – 1967 Tratado do Espaço Sideral
v. Ninguém deve ser culpado por ato que não cometeu ou torturado;
LEGENDAS: Redução de nº de armas Congelamento/Limitação de utilização
vi. As partes em conflito não podem se utilizar de meios que causem sofrimento
POLÍTICA ECONÔMICA INTERNACIONAL entre preços e salários (controle da inflação), assim como juros e taxas.
Interação entre as forças políticas e econômicas na política mundial b) Planejamento indutivo: o Estado deve estar capacitado para induzir os setores
SISTEMAS ECONÔMICOS da economia a realizar os objetivos governamentais. Isso pode ser feito diretamente
CAPITALISMO por meio de Empresas Estatais ou de economia mista, ou indiretamente por aparato
Sistema hegemônico atualmente, respeitando a liberdade individual e a propriedade legal e administrativo (ministérios, autarquias, agências reguladoras, etc)
privada, enfatizando a acumulação de riqueza por meio do comércio orientado pelo c) Protecionismo: Para garantir os níveis de crescimento econômico, o Estado
livre mercado e investimento de capital voltado para produção e lucro. deve proteger os setores menos competitivos da sua economia, investindo na
FUNDAMENTOS: capacitação desses setores, recusando a livre concorrência como mecanismo de
a) Intervenção mínima do governo na economia; estímulo à eficiência dos mercados.
b) Lei da Oferta e Procura determinam a produção e os preços; DIVISÃO ECONÔMICA DOS ESTADOS
c) Livre circulação de pessoas, dinheiro e serviços para maximização de lucro. PRIMEIRO MUNDO: Países ricos e capitalistas industrializados, com sistemas
SOCIALISMO econômicos sofisticados e alta renda per capita e expectativa de vida.
Sistema que se baseia na propriedade coletiva dos meios de produção e enfatiza o TERCEIRO MUNDO: Países da África, Ásia e América Latina que possuem
planejamento econômico de acordo com as necessidades básicas da população e a sistemas econômicos capitalistas ainda em formação, semi-industrializados ou
distribuição igualitária de bens e serviços. agrícolas, exportadores de matéria prima e renda per capita e expectativa de vida
FUNDAMENTOS: baixos.
a) Controle direto das relações econômicas pelo governo por meio de EM DESENVOLVIMENTO ou EMERGENTES: BRICS e demais países em vias de
planejamento centralizado; se tornarem Primeiro Mundo.
b) Restrições à Lei da Oferta e Procura com controle de preços; PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES ECONÔMICAS INTERNACIONAIS
c) Mercados controlados atuando, a princípio, em nome dos trabalhadores. FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL – FMI: Instituição que fornece assistência
TEORIAS ECONÔMICAS VIGENTES econômica de curto prazo a países que sofrem de problemas econômicos. Estados
NEOLIBERALISMO que solicitam essa ajuda são devem adotar as condições que o FMI obriga.
PRINCIPAIS TEÓRICOS: Escola Austríaca: Ludwig Mises (1906) & Friedrich Hayek BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO
(1944), Escola de Chicago: Milton Friedman (1962) (BANCO MUNDIAL) – BIRD: Instituição que oferece empréstimos de longo prazo a
PRESSUPOSTOS-CHAVE: juros baixos, para países em desenvolvimento fomentarem sua infraestrutura,
Teoria dominante a partir dos anos 1980, enfatiza a derrubada de barreiras modenizarem seu setor público e implementarem políticas públicas visando redução
internacionais ao investimento, ao comércio e à produção, assim como a redução ao de desigualdades econômicas e sociais.
mínimo necessário dos mecanismos de regulação direta das atividades econômicas. ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMÉRCIO – GATT: Série de acordos
FUNDAMENTOS: multilaterais e Tratados para coordenar e controlar as tarifas de importação até 1995.
a) Estado Mínimo: O Estado restringe a liberdade dos indivíduos e sua propensão ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO – OMC: Instituição criada em 1995
natural pela busca pela riqueza e bem estar, portanto deve restringir sua intervenção para substituir o GATT e que passa a ter o poder para regular as normas de
na economia ao mínimo necessário apenas para corrigir falhas como monopólios e comércio internacional e decidir conflitos.
competição predatória. POLÍTICA MONETÁRIA NACIONAL
b) Desregulação Do Mercado: Eliminação das regulamentações legais Políticas definidas pelos Bancos Centrais dos países, cujas medidas buscam
administrativas que inibem a liberdade da iniciativa privada e do cidadão. adequar a oferta de moeda e crédito dispensável às necessidades da economia
c) Livre Concorrência Internacional: Eliminação/redução de tarifas alfandegárias BANCO CENTRAL: Instituição cujo objetivo é supervisionar e dar estabilidade ao
que restringem a livre circulação do mercado e afirma a necessidade de cada país sistema financeiro nacional e formular/implementar as políticas monetária e cambial
concentrar seus investimentos em setores nos quais é naturalmente mais produtivo e BASE MONETÁRIA: Corresponde ao total de papel-moeda em circulação mais as
mais competitivo. reservas bancárias do Banco Central que controla a oferta da moeda, mas não a sua
KEYNESIANISMO circulação.
PRINCIPAIS TEÓRICOS: Maynard Keynes (1936) VISÃO CLÁSSICA (Teoria Quantitativa da Moeda): A política monetária não pode
PRESSUPOSTOS-CHAVE: ser usada para resolver problemas de renda, produção e emprego, mas pode
Propõe intervenção direta e contínua do Estado nos mercados, tanto no âmbito manobrar a taxa de juros e a inflação, induzindo o crescimento econômico.
nacional como internacional, visando manter elevados os níveis de poupança e VISÃO KEYNESIANA: Usada para combater a recessão e a inflação, mas pode
investimento produtivo que garantam um ritmo de crescimento constante e planejado precisar ser complementada pela política fiscal para combater a recessão e por
da economia. políticas de renda, produção e emprego para combater a inflação.
FUNDAMENTOS: VISÃO MONETARISTA (Milton Friedman): A política monetária deve controlar a
a) Estado intervencionista: Para garantir os parâmetros necessários ao inflação, mas com oferta monetária à mesma taxa do crescimento econômico.
crescimento econômico, o Estado deve intervir no mercado, preservando o equilíbrio

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