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DIREITO CIVIL  

-   Profª   Maria do Carmo Troiani


2018 Celi 
 
DIREITO DE FAMÍLIA (1º Semestre)
DIREITO DAS SUCESSÕES (2º Semestre)
 
 
Avaliações :       -25/04 (também haverá prova à noite. Se justificar, poderá vir no outro
período)
          -Fim de  maio ou começo de junho.
                    -Trabalho de pesquisa a jurisprudência (com exposição) (até 6) Vale 0,5 na
média.
 
Testes e questões dissertativas (sem consulta)
 
Autores:
 
Maria Helena Diniz
Carlos Roberto Gonçalves 
Venosa
Maria Berenice Dias (livro muito bom!) (desembargadora aposentada,
agora advogada)
juntamente com o ministro Pelluso, levantou a bandeira de igualdade entre os
filhos  qualquer que fosse sua origem, união estável, união homoafetiva...
Usou o termo FAMÍLIAS, porque não há só a tradicional, mas sim muitas outras,
como homoafetivas....
Cuidado,  porque há posições que são só dela, diferentes da lei, então não pode
estudar só por ela.
Ex. Ela defende a ideia de que parentes em linha colateral devem alimentos também,
usando o raciocínio de que se têm direitos sucessórios, devem ter também obrigação
de alimentos.No CC, diz que é só até parentes de segundo grau que devem alimentos e
ponto.
 
Vice presidente do IBDFAM (INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE
FAMÍLIA. (O IBDFAM tem um projeto para alterar o direito de família tal qual está
no CC para ESTATUTO DAS FAMÍLIAS, mas por enquanto é só um projeto. Ela
sempre usou o termo FAMÍLIAS, porque sempre levou em conta outros tipos de
família, não só a tradicional.
                
Constituição Federal
Código Civil
E outras leis específicas
 
*Consultar obras atualizadas! O assunto muda constantemente.
 
 
 
 
 
 
 
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____________07/02/2018
DIREITO DE FAMÍLIA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
 
Lei Maior (CF/1988): começa no artigo 226 (diz respeito ao direito de família).
Evolução da CF 1967 para a de 1988:
Art. 175 da CF/67 (e todas as outras anteriores) diziam que:
“A família  é constituída pelo casamento  e terá direito à proteção dos Poderes Públicos.”
 
A CF/88 não mais diz que a família é constituída pelo casamento. Fala de casamento só depois nos parágrafos. Art.
226/88, caput:  
“A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”
 
Assim, todos os tipos de família têm especial proteção do Estado, não só mais as constituídas pelo
casamento. (famílias constituídas por união estável, família mosaico,   família decorrente de união homoafetiva...)
 
A CF/88 traz a noção de União estável: CF/88 - art. 226/88, § 3º (e  CC - 1656 e ss)
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar*, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
 
Essa constituição de 1988 fala pela primeira vez em união estável;
Antes, falava-se em sociedade de fato. Falava-se também em concubinato (puro: as pessoas não estavam impedidas
para casar, mas não queriam; e o imputo: decorrente de adultério.)Art. 1723 de ss
A CF/88 não reconhecia união estável homoafetiva; Falava expressamente em homem e mulher.
Mas em 2011, o STF, (ADI -ação direta de inconstitucionalidade  -4277, ADPF- 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental- maio 2011), reconheceu a partir dessa decisão a união
estável homoafetiva. A partir daí a união homoafetiva já tem proteção constitucional.
A partir daí pode-se fazer escrituras em cartório de casamento de pessoas do mesmo sexo. (Editais de casamento de
pessoa de mesmo sexo) – a partir de maio de 2011.
 
Obs. 226/88, § 3º, CF/88 :
 
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar*, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
 
*usou o termo “entidade familiar” que   na prática é como família.  Isso foi criticado por várias entidades.  O
IBDFAM quer que se mude para família.
*“devendo a lei facilitar sua conversão em casamento”: conversão: acaba   discriminando casamento como instituto
diferente.
 
Entidade familiar vem novamente mencionada no § 4º.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
 
Depois dessa consideração, veio o reconhecimento de outros direitos, como por exemplo, alimentos.
 
SENTIDO DO VOCÁBULO FAMÍLIA: 
 
Em um sentido mais amplo, família seria todas as pessoas decorrentes de um ascendente comum. Mas não é esse para
o direito de família:
 
Para o Direito de Família, interessa tratar as relações entre pai, mãe e filhos. Ainda das relações entre irmãos.
Também abrange as relações com avós. (sentido mais restrito)
 
Art. 226, § 5º, CF
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
 
§ 5º fala da igualdade entre os cônjuges. O CC anterior separava os direitos entre homens e mulheres.  Hoje, homens e
mulheres vivem em absoluta igualdade de direitos e deveres, sem prevalência de nenhum.
CC 1916 estabelecia uma sociedade patriarcal, quem mandava era o pai. Separava os direitos e deveres dos homens e
depois das mulheres. E o dele prevalecia.
 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Emenda Const. nº 66,  2010)
 
  Ideia da evolução: além das CF falarem que casamento era entre homem e mulher, diziam que o casamento era
indissolúvel.  Existia o  desquite ( amigável ou litigioso:era obrigado a provar culpa).  Com ele,  não se desvinculava
do casamento. Constituía-se só sociedade de fato ou concubinato.  
Só em 28/06/77 que mudou isso, aprovando o DIVÓRCIO, com a   aprovação da  Emenda Constitucional. LEI
6515/77. Fazia-se a separação judicial e só depois de três anos que  se convertia aquela separação em  divórcio. Não
se permitia o  divórcio imediato. Podia ser amigável ou litigioso. Podia fazer o divórcio se se provasse que estava
em separação de fato há mais de 5 anos para quem estava separado antes de 28/06/1977. Depois dessa data, podia
provar só 2 anos de separação de fato.
Aí veio a  EMENDA CONSTITUCIONAL 66/2010, que dizia que o casamento civil pode ser dissolvido pelo
divórcio  (sem prazo). Então não foi mais necessário que a pessoa tivesse primeiro a separação judicial ou de fato,
para depois conseguir o divórcio.Está assim até hoje.
Obs. Mas em nenhum lugar estava escrito que não tinha mais separação. Mas a maioria entendia que não existia
mais.
*** Mas o Novo CPC traz  a possibilidade  de separação judicial!
 
Importante desta aula:
➔Divórcio  no Brasil desde 1977
➔Emenda Constitucional 66 de 2010 determinou que o casamento pode ser dissolvido pelo
Divórcio e “ponto final”.
 
 
 
➔ALTERAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL (Lei 10.406 de 2002) por causa das seguintes leis:
GUARDA COMPARTILHADA
Lei 11.698/08 : guarda compartilhada
Alterações trazidas pela lei  13.048/2014
    Ambas alteram dispositivos do Código Civil: Artigos: 1584, 1582, 1632...
 
LEI DA ALIENAÇÃO  PARENTAL (Lei 12.318/2010)
    LEI DOS DIREITOS DOS AVÓS (Até2011 não tinham direitos no Código Civil)
Lei nº 12.398/2011 (Os avós têm direitos e deveres, p.e.  podem ser chamados para complementar os
alimentos  dos netos)
ADOÇÃO:
Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e sofreu alterações pela lei 12.010/2009 (Lei da adoção).
 
LEI DE ALIMENTOS:
Lei número: 5478/68
Lei de alimentos gravídicos 
 
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA:
Alterou muitos dispositivos do CC, parte da curatela.
 
 
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_____________09/02/2018
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS QUE REGEM O DIREITO DE FAMÍLIA
 
1. Pp da dignidade da pessoa humana: art. 1º, III, CF : está previsto na relação entre cônjuges,
pais e filhos, companheiros...
2. Pp da solidariedade: art. 3º, I, CF: 
3. Pp da igualdade entre homem e mulher: Art. 226, V, CF (antes da CF/88, o homem exercia
primazia sobre a mulher).
4. Pp da liberdade: art. 226, § 7º, CF (fala do pp da paternidade responsável, da dignidade, da
liberdade) ninguém é obrigado a ter um número limite de filhos)
5. Pp do superior interesse do menor (e também estende-se ao incapaz): CF, art. 227  (obs.Aqui
está a base da guarda-compartilhada e também da convivência – não se fala mais do direito de
visita, como era antigamente, mas sim de convivência com os filhos).
6. Pp da absoluta igualdade entre os filhos  Art. 227, §6º, CF: não há mais nenhuma
discriminação de filhos, não importando se são do casamento ou não.  (antes o filho fora do
casamento não tinha direito ao registro constando a paternidade, mas tinha direito a alimentos.
Podia até anular a certidão de nascimento em que se constava a paternidade, caso fosse solicitado,
se o pai já era casado.)
7. Pp da dignidade da pessoa humana e solidariedade – tanto para os filhos quanto aos pais,
estendendo aos netos (em situação complementar, quando os pais não têm condições): Art. 229,
CF.
8. Art. 230, CF, também muito importante!
9. Pp da afetividade: não está escrito em nenhum artigo da CF, mas decorre da dignidade da
pessoa.
 
 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS QUE REGEM O DIREITO DE FAMÍLIA  (COM OS ARTIGOS)
 
Princípio da dignidade da pessoa humana: previsto no art. 1º, III, CF. Deve reger as
relações entre os cônjuges/companheiros, pais e filhos, irmãos, etc.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:

[...]

III - a dignidade da pessoa humana;


Princípio da solidariedade: previsto no art. 3º, I, CF.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
Princípio da igualdade entre homem e mulher:art. 226, § 5º, CF.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo
homem e pela mulher.
Princípio da liberdade: art. 226, § 7º, CF. Trata da liberdade para o planejamento familiar. 
No Brasil não se estabelece número mínimo/máximo de filhos. Lei do Planejamento Familiar –
Lei nº 9.263/1996.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o
planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos
educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por
parte de instituições oficiais ou privadas.
Princípio da paternidade responsável: art. 226, § 7º, CF. ?
Princípio do superior interesse do menor:art. 227,caput e § 1º, CF. Estende-se também
do incapaz.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.     
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do
adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante
políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
Esse artigo aborda também o princípio da dignidade da pessoa humana. É o ponto de partida
para a guarda compartilhada (“convivência familiar”).
Princípio da absoluta igualdade entre os filhos: Art. 227, § 6º, CF. Trata da igualdade
entre os filhos, sejam fruto do casamento ou de relação adulterina.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e
ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.     
[...]
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 229, CF: reforça os princípios da dignidade da pessoa humana e da solidariedade.
“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
Art. 230, CF: trata do princípio da dignidade da pessoa humana.
“Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito à vida.”
Princípio da afetividade: não está expresso na Constituição, mas é reconhecido pela
doutrina. Decorre do princípio da dignidade da pessoa humana.
Código Civil  a matéria começa no art. 1511 – 1783 : DIREITO DE FAMÍLIA 
 
Art. 1511: 
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos
cônjuges.
FAZ REFERÊNCIA À UNIÃO ESTÁVEL, UNIÃO HOMOAFETIVA...( A comunhão plena de vida vale
também para as uniões estáveis e para as uniões homoafetivas)
 
FAZ REFERÊNCIA AOS PRINCÍPIOS DA CF:
Pp da dignidade da pessoa humana: art. 1º, III, CF : está previsto na relação entre cônjuges, pais e filhos,
companheiros...
Pp da solidariedade: art. 3º, I, CF: 
Pp da igualdade entre homem e mulher: Art. 226, V, CF
 
Art. 1512:
 
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos,
emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.
 
CASAMENTO É CIVIL E GRATUITO
A gratuidade não é para todos! É gratuito só para aqueles que declararem que são pobres (insuficiência de
recursos) no sentido da lei.
Existe casamento religioso. Se a pessoa só casa no religioso, gera efeitos de uma união estável, mas não civis.
Existe uma modalidade de casamento religioso com efeito civil! Tem que cumprir uma série de requisitos:
 
Este artigo repete o exposto no art. 226, § 1º, CF.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.

O casamento religioso por si só não gera os efeitos do casamento civil. Contudo, existe uma
modalidade de casamento religioso (casamento religioso com efeitos civis) que gera os
mesmos efeitos do casamento civil.
Art. 1513 CC
 
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.

Reforça o princípio da liberdade. Ninguém pode interferir no número de filhos que o casal deseja ter, ou nas
decisões familiares.
O juiz de direito, por exemplo, não pode interferir de ofício. Só pode agir se for provocado pelas partes.
- Art. 1.514, CC.: momento do casamento.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz*, a sua
vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
*juiz de casamento!
Resolução 175 de 14 de maio de 2013,CNJ, prevendo casamento de pessoas do mesmo sexo. Dispõe sobre a
habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas
de mesmo sexo.
Aplicação do pp da liberdade no âmbito da vida em comum;
 
Art. 1515: CASAMENTO RELIGIOSO
 
Não é qualquer casamento religioso. É somente aquele que atende às exigências legais para o casamento.
EXISTE O CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS: o casamento religioso equipara-se ao civil só se
atender às exigências previstas em lei CIVIL;
 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a
este, desde que registrado no registro próprio*, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
 
*Registro do Cartório de Registro Civil (precisa levar lá no Cartório para ser registrar)- Vem escrito na certidão:
“Certidão de casamento religioso com efeito civil”;
 
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
 
Remete à lei dos registros públicos (LRP 6015/73, artigos 71 a 75)
Os nubentes  têm   prazo de  90 dias para levar a  certidão religiosa para o cartório civil.
 
Art. 1516 CC
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
 
§ 1  O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua
o

realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado,


desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro
dependerá de nova habilitação.
O casamento deve ser celebrado em até 90 dias após a habilitação. Se passar esse prazo, deve-
se começar o processo de habilitação novamente.
§ 2  O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a
o

requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação (faz
novamente) perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. (que é o prazo de 90 dias).
 
§ 3  SERÁ NULO o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído
o

com outrem casamento civil.


quem é divorciado não pode casar na igreja católica. Obs. Só pode casar novamente quem estiver divorciado. Só
separado não pode.
Comparar com a matéria da Ana  que vem a seguir, ou ouvir novamente a aula.
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____________16/02/18
 
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO: MAIORIDADE CIVIL: 18 ANOS
 
Após 18 anoscapacidade civil
Exceção: pessoas incapazes – pessoas com deficiência (estatuto do deficiente alterou a capacidade civil, agora podem
casar)
Art.2º CC 
Art. 3º CC
Inciso I ao III: foram revogados. Falavam da incapacidade da pessoa com deficiência. Por exemplo, os de síndrome de
Dawn não podiam casar-se. Agora pode.
Hoje em dia, a interdição atinge só aqueles que são absolutamente incapazes. Ex. em estado neurovegetativo.
Auszhaimer em estado avançado. Os demais,  que não comprometem ....., podem praticar atos mas com “apoio” (.....)
Mas para casar precisa de IDADE NÚBIL (IDADE PARA SE CONTRAIR NÚPCIAS)
Ocorre aos 16 anos. 
O menor impúbere é o que tem menos de 16 anos de idade.
O menor púbere é o que tem mais de 16 anos e menos de 18.
O menor de 16 anos de idade é absolutamente incapaz para todos os atos, até para o casamento.  Representado pela
mãe, pai. Ele não assina nada, nenhum documento. 
O maior de 16 anos e menor de 18, é relativamente capaz, parcialmente incapaz. Assistido(vai assinar a procuração
assistido pela mãe).
 
Obs. Menores de 16 anos não podem casar!  
Exceção 1: mas se houver GRAVIDEZ COMPROVADA, o juiz de direito (e não o juiz de casamento) pode autorizar
por meio de processo judicial. (SUPRIMENTO DE IDADE) entra-se com esse processo pedindo o SUPRIMENTO
DE IDADE pelo pai e mãe. Se houver divergência de opinião entre os pais, um só pode pedir, ou o pai ou a mãe.
Agora, se nem o pai, nem a mãe não concordam, então a própria moça pode pedir para que o juiz nomeie um curador. 
O SUPRIMENTO DE IDADE é suprido pelo juiz.
 
Exceção 2. Além da gravidez, pode será autorizado de quem tem menos de 16 anos, para evitar imposição de pena
criminal. Isso porque havia punição para quem se relacionasse com menor de 16 anos (estupro de vulnerável).
 
Obs. Maiores de 16 e menores de 18 anos  vai precisar da autorização dos pais da menina e do menino. Se a mãe
não concordar ou o pai não concordar, precisa do pedido ao juiz de direito do SUPRIMENTO DE
CONSENTIMENTO PATERNO (ou MATERNO, dependendo daquele que não está consentindo com o casamento).
Se ambos não permitem, vai pedir ao juiz de direito o SUPRIMENTO DE IDADE, mas nesse caso, não precisa estar
grávida.
O juiz vai verificar e ouvir todos e observar se os motivos alegados pelos pais para não autorização. 
Por exemplo, motivo religioso, de raça não  vão interferir. O que pode interferir é se a recusa é por ter caráter ruim,
tráfico de drogas, criminalidade... o juiz então vai analisar e ver se autoriza o casamento ou não.
 
Consequência para  a concessão do suprimento de idade: separação total de bens.
Se o juiz autorizar, o regime será SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS.
 
Quem está sob TUTELA:
Quem tem menos de 18 anos de idade está sob o poder familiar (pai/mãe). 
- Se um dos dois morrer, o outro exercerá sozinho.
- Se ambos morrerem (ou o poder familiar foi destituído), esse menor órfão ficará sob TUTELA. O tutor (avô, avó,
tio, tia...)  será nomeado pelo juiz e entre suas funções, existe essa de autorizar o casamento. A tutela é um processo no
qual é avaliada a pessoa mais adequada tendo em vista o melhor interesse da criança/adolescente (é feito estudo
social).
 
Tutela - para aqueles que têm menos de 18 anos. Situação transitória.Um dia acaba.
Curatela – para aqueles com mais de 18 anos. Pode nunca acabar.
 
Art. 1517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus
representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.
 
Art. 1518: Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização. (NÃO TEM MAIS
CURADOR!   por causa do Estatuto do Deficiente)
Art. 1519: A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
 
Art. 1520: Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (maior de 16 anos)
(art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.
 
 
 
16/02/2018   Matéria da Ana
Capacidade para o casamento
Maioridade civil – 18 anos: após os 18 anos de idade, a pessoa pode praticar todos os atos da
vida civil.Arts. 3º e 4º, CC.
Art. 3o   São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:              
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;         
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;         
IV - os pródigos.
Parágrafo único.  A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência alterou as regras do Código Civil relativos à capacidade
civil.
Art. 1.518, CC. Também foi alterado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. As regras com
relação à curatela foram alteradas, e agora existe o instituto da tomada de decisões apoiada.
Art. 1.518.   Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.
Idade núbil: é a idade mínima para casar. Ocorre aos 16 anos de idade. Com menos de 16
anos de idade a pessoa ainda não atingiu a idade para casar, mesmo que os pais concordem
com o casamento.
Motivo – estudos comprovam que, com menos de 16 anos de idade, a gravidez é
desaconselhável.
* Menor impúbere: menos de 16 anos de idade. É absolutamente incapaz para todos os atos
da vida civil.
Menor púbere: mais de 16 e menos de 18 anos de idade. É relativamente capaz. Deve ser
assistido em seus atos da vida civil.
Exceção – se houver gravidez comprovada, a lei permite que o juiz de direito autorize esse
casamento, por meio de um processo de suprimento de idade de casamento.O menor deve
estar representado por um de seus pais ou por curador especial nomeado para este fim (se
nenhum dos pais concordar). Vale para ambos os sexos (menina grávida e menino que
engravidou uma mulher).
Há uma corrente doutrina que entende ser necessária a autorização dos pais. Outra, entende
que basta a autorização do juiz de direito.
Após o casamento, automaticamente ocorre a emancipação. Contudo, na prática, os pais
ainda podem se acionados para arcar com o sustento dos e netos.
Exceção 2 – pode ser autorizado o casamento de quem tem menos de 16 anos para evitar a
imposição de pena criminal. Havia no Código Penal uma regra que impunha a penalização de
quem se relacionava com menor impúbere.
O relativamente capaz (mais de 16 e menos de 18 anos) pode casar se tiver autorização de
ambos os pais. Se apenas um dos pais concorda, o menor deve entrar com pedido de
suprimento de consentimento paterno/materno perante o juiz de direito, assistido pelo seu
genitor que concorda. Se nenhum dos dois concorda, deve pedir a nomeação de um curador
especial para este fim.
Quando o filho tem mais de 16 e menos de 18 anos, ainda está sobre o poder familiar, e
ambos os genitores têm o direito de opinar sobre tudo.
As recusas decorrentes de religião, cor, condição social não serão aceitas perante o juiz. Já as
recusas decorrentes de caráter, antecedentes criminais ou outros motivos relevantes podem
ser aceitas pelo juiz.
Todos aqueles que casam perante a autorização judicial tem a imposição do regime de
separação obrigatória de bens. Nenhum patrimônio será comunicado entre os cônjuges.
Ocorre também para aqueles que casam com mais de 70 anos.
No Brasil existem os regimes da comunhão parcial de bens (regime legal – adotado no
silêncio das partes), comunhão universal de bens (antigo regime legal), separação absoluta
de bens.
- Comunhão parcial de bens: o patrimônio anterior ao casamento não será comunicado
(inclusive heranças e doações que vierem a ser recebidas), apenas o patrimônio
- Comunhão universal de bens: todo o patrimônio será dividido entre os cônjuges, mesmo os
bens anteriores ao casamento. Depende de um pacto antenupcial.
- Separação absoluta de bens: nenhum patrimônio será comunicado entre os cônjuges.
Depende de pacto antenupcial.
No Código Civil anterior, o juiz podia ainda impor o regime da separação de corpos aos
nubentes com menos de 16 anos.
Tutela
Quem tem menos de 18 anos de idade está sob o poder familiar, exercido pelo pai e pela
mãe, em igualdade de condições. Se um dos pais falece, o poder familiar é exercido pelo
genitor restante, isoladamente.
Se ambos os pais falecem antes do filho ficar maior de idade, o menor deverá ficar sob
tutela.
Tutela – instituto protetivo para aqueles que tem menos de 18 anos de idade e os pais
morreram ou foram destituídos do poder familiar.
O tutor será nomeado pelo juiz e terá várias atribuições, entre elas, a atribuição de autorizar
o casamento nas hipóteses mencionadas acima.
A escolha do tutor não é automática. Mesmo que os pais tenham deixado testamento
designando uma pessoa para tal função, o juiz deverá verificar se aquela pessoa está apta ao
exercício do cargo.
O juiz deverá tomar essa decisão sempre com base no melhor interesse da criança ou do
adolescente.
Atingida a idade de 18 anos, a tutela acaba e o tutor deve prestar contas.
A tutela existe para os menores de 18 anos. Já a curatela existe para os que têm mais de 18
anos de idade e são incapazes de exercer os atos da vida civil.
A curatela não tem prazo determinado para acabar.
Art. 1.517, CC. Idade núbil – 16 anos.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização
de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade
civil.
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único
do art. 1.631.
Art. 1.631, CC.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na
falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a
qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Art. 1.518, CC. Sofreu alteração diante do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Art. 1.518.   Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.
Art. 1.519, CC. É o pedido de suprimento de consentimento.
Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.
Art. 1.520, CC.
Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a
idade núbil (art. 1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso
de gravidez.
 
__________________________________________________________________________
____________21/02/2018
 
CAPÍTULO III    IMPEDIMENTOS                            Art. 1521 (I a VII)                                        
 
 tem muito a ver com a questão do parentesco.
Os impedimentos são situações graves que o código não admite que haja o casamento, por princípios de ordem
pública, de incesto...
 NÃO PODEM CASAR = É PROIBIDO    NULIDADE DO CASAMENTO – IMPRESCRITÍVEL
 Diferente de  CAUSAS SUSPENSIVAS (art. 1523)
    Os impedimentos não se confundem com as causas suspensivas.
 No outro caso, nas CAUSAS SUSPENSIVAS,  existem situações que o código diz, não devem. Caso ocorra, o
casamento é válido, mas é imposto o regime de separação total de bens.
 
PARENTESCO:   Há três tipos: (Artigo 1591 e ss)
 
I- parentesco em linha RETA
(Parte da pp pessoa e parte para ascendentes e descendentes)
 
Ascendente: pai, mãe (1º grau)
avós (por parte de pai, por parte de mãe) (2º grau)
          bisavós (3º grau)....
Descendente: filhos, netos, bisnetos...
*vai infinitamente.
 
II- parentesco em linha COLATERAL (transversal)
(são aqueles que estão ao nosso lado; vai até o quarto grau para o direito de família e sucessões, todavia vai
infinitamente também, mas sem o direito sucessório)
 
- irmão  (colateral bilateral de  2º grau)    (obs.não existe colateral de 1º grau!);
Bilateral=germano=“meio-irmão”(cotidiano)    (colateral por parte de pai e mãe).
- tio e sobrinho têm sempre parentesco de 3º grau.
- primos irmãos têm parentesco de 4º grau.
- tios avós e sobrinhos netos : também parentesco de 4º grau.
(não interessa para o direito de família e sucessões depois do 4º grau,  se quiserem se casar, não tem
nenhum impedimento)
 
II- parentesco em linha de AFINIDADE: forma-se em razão do casamento: 
EM LINHA RETA: cônjuge, sogro(a),   enteado(a)
EM LINHA COLATERAL: irmãos do cônjuge (1585)
Obs. Na linha sucessória, direito ao benefício da herança só até 4º grau. Pode para os demais, por testamento.
 
Uu
 art.1591 até 1595
 
Art. 1.591. Não havendo testamento, a herança é jacente, e ficará sob a guarda, conservação e administração de um
curador:
I - se o falecido não deixar cônjuge, nem herdeiros, descendente ou ascendente, nem colateral sucessível,
notoriamente conhecido;
II - se os herdeiros, descendentes ou ascendentes, renunciarem a herança, e não houver cônjuge, ou colateral
sucessível, notoriamente conhecido.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um só tronco,
sem descenderem uma da outra.
Art. 1593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou outra origem.
Art. 1594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na
colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar
o outro parente.
Art. 1595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou
companheiro.
§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
 
IMPEDIMENTOS:      “ROL TAXATIVO”
 
Art. 1.521. Não podem casar:
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural (biológico) ou civil(adoção);
II - os afins em linha reta; (ex. sogro)
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
V - o adotado com o filho do adotante;
VI - as pessoas casadas;
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
 
I.  para evitar qualquer relação incestuosa.
II. NÃO PODEM CASAR OS AFINS EM LINHA RETA (SOGRO(A)), o parentesco em linha reta não se
extingue; Já na linha colateral, se extingue, por exemplo, com o divórcio. (ex. mãe morre no parto e irmã dela vai
ajudar a cuidar do bebê: esses cunhados podem se casar, sem impedimentos. Mas se o rapaz quiser casar com a
sogra, não pode).
IV.  TIO COM A SOBRINHA (HÁ UM DECRETO LEI 3200/41,   QUE PERMITE QUE SE CASAM DESDE
QUE  COM EXAMES QUE DEMONSTREM O NÃO HÁ IMPEDIMENTO GENÉTICO.
V.NÃO PODE CASAR O ADOTADO COM O FILHO DO ADOTANTE,  pois ambos se tornam irmãos.
VI.QUEM JÁ É CASADO não pode. Esse casamento é nulo e ainda tem processo de bigamia. Só divorciados, viúvos.
VII. Cônjuge sobrevivente como assassino do marido (crime doloso) -  Ex. aquela moça cujo marido foi assassinado
por Y, crime doloso, não pode se casar com esse Y.
 
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer
pessoa capaz.
Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será
obrigado a declará-lo.
Existe edital de casamento para que se existir algum impedimento, seja este alegado, por pessoa.
(Faltei)____________________________________________________________________
_________23/02/2018 
 
CAUSAS SUSPENSIVAS                                                                                            ART. 1523
 
➔NÃO DEVEM CASAR.
➔São causas que interessam somente àquela família. Não são de interesse da sociedade como um
todo.
➔Causas suspensivas – sua não observância não gera nulidade do casamento. Deve-se apenas
observar o regime de separação obrigatória de bens.
 
Art. 1.523, I a IV, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha
aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da
viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas
previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro,
para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de
filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
 
Inciso I – tem a finalidade de proteger os filhos do falecido. Só é aplicado se os filhos do viúvo forem do cônjuge
falecido, se forem de outro relacionamento, não se aplica (não são herdeiros).
Inciso II – não é inconstitucional, pois a gestação só ocorre com as mulheres. Serve para evitar a dúvida sobre a
paternidade do filho.
Inciso III – nessa hipótese, o divorciado só pode se casar novamente no regime da separação obrigatória de bens, para
evitar confusão patrimonial.
Inciso IV – o legislador vê o tutor com muita cautela. A restrição do tutor é maior do que dos pais.
Art. 1.524, CC: São situações que só interessam àquela família.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um
dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou
afins.
Habilitação para casamento:                     Art. 1.525, CC.
Resolução nº 175/2013, do CNJ  autoriza o casamento de pessoas do mesmo sexo.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou,
a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir
impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento,
transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.
Se o casamento for por procuração, o instrumento deve ter poderes específicos para o processo de habilitação/casamento
com aquela determinada pessoa.
Inciso II – refere-se ao menor entre 16 e 18 anos de idade, ou, para os menores impúberes, autorização judicial.
Inciso III – esses não são os “padrinhos” do casamento. Na celebração do casamento, haverá também mais duas
testemunhas/”padrinhos”.
Art. 1.526 e 1.527, CC.
Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério
Público.     
Parágrafo único.   Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de terceiro, a habilitação será submetida
ao juiz.                    
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas
circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação.
O edital só será extraído após a autorização do MP e do juiz.
Situações excepcionais/urgentes: exemplo, um dos nubentes está muito doente e corre risco de morte, viagem inadiável e
que necessita de prova do casamento, etc. Art. 69 da Lei de Registros Públicos – Lei nº 6.015/1973.
Arts. 1.528 e 1.529, CC.
Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade
do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada,
instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Quem resolve opor um impedimento não pode fazê-lo por vingança pessoal, picuinha, brincadeira.
Se ficar provado que o impedimento existe, o juiz não conferirá a habilitação para o casamento.
Se ficar provado que o impedimento foi oposto falsamente ou de forma leviana: se foi falso fica sujeito às penas de
falsidade, e se foi de forma leviana fica sujeito à eventual reparação de danos.
Arts. 1.530 a 1.532, CC.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os
fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e
promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do
registro extrairá o certificado de habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.
A habilitação para o casamento tem validade de 90 dias.
 
 
Da celebração do casamento
Local da habilitação – definido de acordo com o domicílio dos nubentes.
Local do casamento – definido de acordo com o local de celebração do casamento.
Art. 1.533 e 1.534, CC.
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de
presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo
menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade
celebrante, noutro edifício público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não
puder escrever.
Se o casamento é celebrado no cartório – 2 testemunhas.
Se o casamento é celebrado em edifício particular – 4 testemunhas.
O lugar deve ficar aberto durante a celebração do casamento.
Art. 1.535, CC.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial
do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea
vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar
perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Se algum dos noivos diz que não quer casar, mesmo de brincadeira, o juiz deverá suspender o casamento, e só poderá
retomar a celebração 24h depois, se ainda estiver dentro do prazo de habilitação.
Art. 1.538, CC.
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será
admitido a retratar-se no mesmo dia.
Art. 1.536, CC.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento, assinado
pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura
antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Informações que devem constar na certidão de casamento.
Art. 1.537, CC.
Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial.
No livro de casamento, e não na escritura antenupcial.
 
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____________28/03/2018
 
Situações  excepcionais -   CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
 
1) art. 1539 – urgência
 
Ou as pessoas já se habilitaram ou conseguiram autorização, mas não dá para ir ao cartório no horário
convencional. Isso porque um dos nubentes está contraído por moléstia grave.
(A habilitação pode ser dispensada.)
 
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo
urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1º A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos
legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2º. O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas
testemunhas, ficando arquivado.
 
Obs. Na prática, é difícil de ocorrer. Há juiz de casamento e oficial de registro civil.
 
2) Art. 1540 e 1541 – casamento nuncupativo “in extremis”
 
Não há juiz de casamento, não há oficial de registro civil e há um casamento de viva voz. Os dois declaram perante 6
testemunhas  não parentes em linha reta e nem colateral até o 2º grau, que querem se casar e que um deles está
em IMINENTE RISCO DE VIDA. Caso não morra, precisa regularizar. Não é artigo bem visto pelos juristas.  
É realizado pelo juiz de direito e não de paz, por procedimento específico, para não correr risco de falcatrua. Por isso é
visto com bastante restrição.   (ART.1541 CC)
 
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à
qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis
testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.

Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais
próxima, dentro em 10 dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I – que foram convocadas por parte do enfermo;
II – que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III – que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os
contraentes podiam ter se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze
dias.
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso
voluntário às partes.
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará
registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o
casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
 
 
3) Art. 1542 : casamento mediante procuração
 
Eficácia: 90 dias.
 
O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o
mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará 90 dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
 
 
COMO SE PROVA UM CASAMENTO: CERTIDÃO DE CASAMENTO.
Mesmo no caso de casamento  nuncupativo, ainda que feita por juiz de direito, depois se lavra
a certidão de casamento.
 
Art. 1543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
 
 
 
Art. 1544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser
registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em
sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
 
 
Art. 1545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se
pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando
contraiu o casamento impugnado.
 
Art. 1545 não se confunde com a união estável:
Houve documento, mas perderam-se as provas. Então vai se provar com pessoas que
provem isso (ex. vizinhos, filhos...). Mas se alguém provar que um dos dois  já era casado,
então não vai ser reconhecido o casamento, mas sim a união estável.
 
 
 
Art. 1546. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do Registro
Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento.
 
 Esse código entrou em vigor em 2003, mas tem regras antigas que não teriam mais razão
de existir. Nasceu velho.
Isso porque a CF/88 já tinha alterado.
 
 
Art. 1547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo casamento se
impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
 
Posse de estado de casado não se confunde com união estável.
 
 
 
 
            INVALIDADE DO CASAMENTO
 
SÃO OS IMPEDIMENTOS DO ARTIGO 1521.
Passe o tempo que passar, a consequência é a NULIDADE (CASAMENTO NULO).
 
Se violar algum desses incisos do artigo 1521, o casamento é inválido. Mas tem que ser por
ação.
 
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar: (1)

I – os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;


(2 – 3)

II – os afins em linha reta; (4)

III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; (5)

IV – os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 


(6)

V – o adotado com o filho do adotante;  (7)

VI – as pessoas casadas; 
(8)

VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. (9)

 
 
 
 
 
Art. 1548. É nulo o casamento contraído:
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - por infringência de impedimento.

 
 
 
 
Art. 1549.
A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por
qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.

 
Quem pode propor essa ação? Qualquer interessado ou MP
(diferente de opor na hora do casamento que pode ser qq pessoa)
 
Anulação é diferente de nulidade
Não é toda situação que gera anulação.
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________________________
____________02/03/2018
 
Da  invalidade:
Nulidade e impedimentos (art. 1521) – IMPRESCRITÍVEIS
Anulação – SUJEITA-SE A PRAZOS DECADENCIAIS
Até 1977, (emenda constitucional   nº 09 de 28/6/77) não havia o divórcio.
A  emenda instituiu, mas a Lei 6515/77 de 26/12/1977.
Com  desquite, só se dissolvia a sociedade conjugal, (do cônjuge, de morar
junto, de ser fiel....), mas não se dissolvia o casamento, tanto é que não
poderia mais se casar.
Por isso as pessoas almejavam a anulação (mas tinha que ser antes dos dois
anos), diante de um casamento mal sucedido, se conseguiam se encaixar em
uma daquelas hipóteses. Isso porque voltavam ao estado de solteiro. 
Mas esses processo de anulação não admitiam acordo para anulação, e ainda
não admitem!
Acordo só para desquite.
*obs.CURADOR DO VÍNCULO DO CASAMENTO: existia  a função do
advogado como defensor do casamento. Ele opinava para dizer se era caso de
anulação ou não. Depois, foi extinta essa função.
Quando veio o divórcio, foi uma luz no fim do túnel.
Não podia se divorciar imediatamente.
E hoje, desde a emenda const. 66/2010 é possível divórcio em qualquer
tempo. Não se pensa mais em anulação.  É muito rara.
 
➔CASOS DE ANULAÇÃO DO CASAMENTO:
 
Art. 1550.
É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e
não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1º. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Redação dada pela Lei nº 13.146,
de 2015) 

(outorgou-se uma procuração, mas o problema está no mandato. Ex. fiz uma procuração por
instrumento particular. Não vale, porque tem que ser por instrumento público.)
 
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia (ERRO! IDADE NÚBIO) poderá
contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou
curador. (Incluído pela Lei nº 13.146/2015)
 
(Os portadores de síndrome de Dawn podem se casar quando expressarem sua vontade ou por meio
de seu responsável ou curador.)
 
 
1. Defeito de idade (menos de 16 anos não tem capacidade para casar; e 16-18,
precisa de autorização do pai ou da mãe.), sem anuência do juiz.
Inciso I e II dizem respeito à defeito de idade quando não sanado pelo juiz.
1551: não se anulará o casamento se dele resultar gravidez.
PERDI.....
Se aqueles que tinham o poder de assistir e negar, se aceitaram tacitamente,
ex. participaram da festa.
Vício de vontade: erro essencial: quando a pessoa casou mas cometeu um
erro. 1556 a 1558 CC 
Competência (racione locci)
Art. 1556.
O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao
consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
 
 
 
Art. 1557.
Considera-se ERRO ESSENCIAL* sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado*;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida
conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência
ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do
outro cônjuge ou de sua descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Defeito físico irremediável: que impede relações sexuais. (pode ser um problema mental, ex. o geólogo
da novela) (impotência para o coito – impotência “coeundi”)
Obs. Não se anula casamento pela impotência para gerar filhos (por parte de qq deles).
moléstia grave e transmissível (lepra, AIDS, sífilis, ...desde que não soubesse),
ERRO ESSENCIAL* - é a pessoa não saber que está sendo enganada.   ex. moça que se diz recatada,
pura e depois do casamento, verifica-se que era  prostituta. Tem que ser ignorância daquilo que se está
fazendo.
Sempre que foi ERRO ESSENCIAL: “ não se sabia...”

 
Art. 1558.  CASO DE COAÇÃO
É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges
houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a
honra, sua ou de seus familiares.
Ex. O pai ameaçou. Ou com um velho porque o pai mandou por causa de uma dívida...

 
Só vai exigir dois prazos:
O prazo para entrar com anulação de casamento 
Por erro essencial – 3 anos
Por coação – 4 anos
 
Art. 1553
O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a
autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
 
ou com a autorização dos pais ou do juiz.
Art. 1554.
Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer
publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro
Civil.
 
  o sujeito não era juiz de casamento
 
 
 
 
 
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____________07/03/2018
 
Legitimidade para propor a ação de anulação do casamento é daquele cônjuge que foi
enganado ou coagido. Art. 1559, do Código Civil. O art. 1557, inciso III foi modificado
e o inciso IV foi revogado pelo estatuto da pessoa com deficiência.
Se um mulher se casa com um sujeito que não sabe ser um bandido, traficante de
drogas, ela deverá sair de casa, pois se ela continua coabitando com ele e usufruindo
dos bens e do dinheiro, ela não poderá alegar que deseja anular o casamento, pois a
partir do momento em que ela tomou conhecimento, deveria

Prazo para anular o casamento em razão de erro essencial- prazo para anular é de três
anos contados da celebração do casamento. Ex: mulher que se casa com um cara que
não sabia ser um estelionatário, e após cinco anos casada decide propor uma ação de
anulação, não poderá, pois o prazo é decadencial, ou seja, ela deverá se divorciar.
Prazo para anular o casamento em razão de coação- prazo de 4 anos contados da
celebração do casamento.

Separação de corpos- art. 1.562, CC- Diz que antes de mover uma ação de nulidade, uma
ação de anulação de casamento divórcio, dissolução de união estável, etc, a Lei assegura a
possibilidade de engrossar com um pedido separação de copos, que deve ser antecedente às
ações supramencionadas, para que a parte consiga sair de casa. Essa separação pode ser
requerida como tutela de urgência, nos termos do art. 300, NCPC. SERVE PARA EVITAR
UMA SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO, ENQUANTO OCORRE A LITIGÂNCIA.
Se a pessoa que pediu a separação de corpos é aquela que decide sair da residência
coabitada, então tudo correrá bem, o juiz não precisa autorizar.
Se a pessoa que pedir a separação de corpos é aquela que deseja ficar na residência, então
deverá ser provado que ela precisa permanecer nela, independe da propriedade do imóvel.

CASAMENTO PUTATIVO (art. 1.561) Vem do verbo putare, que significa “de boa fé”. Os
filhos não sofrem nenhuma restrição, seja qual for a concepção dos mesmos (transa
esporádica, casamento nulo, anulável, etc..). A pessoa que estava de boa fé, tem todos os
direitos assegurados pelo casamento putativo, até que se chegue a sentença de nulidade ou
anulação do casamento. Ex: primeira mulher de um sujeito com dois casamentos, que
desconhecia essa situação, contudo, a partir da ciência desse fato deseja propor a ação de
anulação do casamento, momento em que poderá socorrer-se dos direitos assegurados pelo
casamento putativo, visto que casou-se de boa fé. Um dos direitos é a garantia da ação de
alimentos, por exemplo. Ex 2: Dois irmãos que se casam, que desconhecem que são irmãos.

Art. 1.563- A sentença que decretar a nulidade do casamento , retroagira a sua celebração.

Art. 1.564- esponsais- vem da palavra esponsa, que se chama promessa de casamento,
popularmente conhecida como noivado. Muitas pessoas ajustam o casamento e dispensam as
formalidades. Se os esponsais romperem de comum acordo, não haverá reclamações,
contudo, se um deles rompeu imotivadamente às vésperas da data do casamento, então
incorrerá em danos materiais.
Alguns julgados versam que dependendo do momento e da situação em que ocorre o
rompimento, enseja o pagamento de dano moral.
Os esponsais não estão previstos no código Civil, e a doutrina somente que trata desse tema,
estudar Maria Helena Diniz.
Os presentes recebidos de terceiro, deverão ser devolvidos pelos esponsais que rompem a
relação. Os presentes trocados entre os esponsais, também deverão ser devolvidos,
sobretudo se for um anel de grande valia, por exemplo.
Se não forem devolvidos (art. 546, CC).

Art. 1.565- CC:


Eficácia do casamento- todos eles têm a ver com a igualdade de direitos entre os homens e as
mulheres dentro do casamento, além da igualdade entre pessoas do mesmo sexo.
Parágrafo primeiro- ler o artigo.
Parágrafo segundo – trará do princípio da liberdade, livre decisão do casal o número de
filhos que queira ter é que o Estado deve intervir possibilitando um planejamento familiar.

Art. 1.566, CC- Deveres e direitos são de ambos: fidelidade específica; vida comum no
domicílio conjugal, que pode ser mitigada se as pessoas combinarem de outra forma, como
por exemplo, cada um morar na própria casa, em razão dos trabalhos que possuem, dos
filhos que possuem separadamente, etc; mútuo assistência, tato moral quanto material e a
solidariedade imaterial (ex: marido ajuda a mulher no TCC, ajuda com os cuidados de
parentes doentes); sustento, guarda e educação dos filhos e respeito e condenação mútuos,
inerente às relações de convivência.

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____________09/03/2018
Capitulo 10- Da dissolução da sociedade conjugal e do vínculo conjugal.

VINCULO CONJUGAL-é o vínculo que se cria no momento em que ocorre casamento, o


vínculo do casamento só se dissolve PELA MORTE DE UM DOS CÔNJUGES OU PELO
DIVÓRCIO. A pessoa vira viúva quando seu cônjuge morre (permanecia casada com o
cônjuge).
Quando há uma sentença de nulidade do casamento ou anulação de casamento o vínculo é
conhecido como inválido, NÃO HÁ ROMPIMENTO DO VÍNCULO.
Um homem e uma mulher que vivem em união estável, não possuem o vínculo do
casamento, na verdade trata-se de uma sociedade de fato. Sociedade conjugal ocorre apenas
través do vínculo pelo casamento.
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL- quando se cria o vínculo do
casamento/vínculo conjugal, cria-se a sociedade conjugal, que é uma consequência do
vínculo do casamento. Se há anulação do casamento, ou sentença de nulidade do casamento,
o vínculo se extingue.

Antes da emenda 66/2010: para a realização do divórcio precisava provar dois anos de
separação de fato (casal vivendo separadamente sem reconciliação).

Emenda 66/2010 alterou:


Art. 226, parágrafo sexta, CF (vigorando atualmente).
O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
Com essa emenda não tornou-se mais preciso provar os dois anos da separação de fato.
Não há mais prazos e discussão de culpa no processo de divórcio. Não há separação.

NCPC, 2015- Para o espanto de todos fala sobre o divórcio e separação.


A separação poderia ser uma opção para a pessoa que estivesse em duvida sobre o que fazer.
Na separação pode-se discutir culpa? Há posicionamento minoritário que concorda com essa
questão. O IBDFAM abomina essa história de discussão de culpa.

A discussão de culpa ANTES afetava a questão da guarda de filho. A mulher que era
responsável pelo desquite, por exemplo, poderia perder a guarda dos filhos, contudo, ao
longo dos anos isso foi sendo mitigado. Essa discussão também refletia na questão dos
alimentos. O que pode acontecer também é que se for provado um dano moral grave, poderá
ensejar um ação de indenização por danos morais. A discussão de culpa não afeta questões
de partilha.

Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:


I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo
divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge
poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a
sentença de separação judicial.

A sociedade conjugal termina: pela morte de um dos cônjuges, pela nulidade ou


anulação do casamento, que declara inválido aquele casamento inválido, pela
separação judicial e pelo divórcio.
Parágrafo primeiro: O casamento válido (vínculo do casamento) só se dissolve pela
morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.

Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial,
imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do
casamento e torne insuportável a vida em comum.
§ 1o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar
ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua
reconstituição. 
§ 2o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver
acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne
impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois
anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.  
§ 3o No caso do parágrafo 2o, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver
pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento,
e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância
da sociedade conjugal.

O artigo 1.572 está em desuso. Era o artigo usado como argumento para a discussão
de culpa.
Parágrafo segundo-As pessoas tinham certo receio de entrar com uma ação nesse
sentido, em razão da violação do princípio de mútuo assistência. Além disso, se
alguém entrasse com esse tipo de ação, deveria arcar com pagamento de alimentos,
entretanto, com o divórcio tudo foi simplificado.

É possível dissolver somente a sociedade conjugal?


Separação judicial consensual e separação judicial litigiosa.

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______14/03/2018

Vínculo conjugal válido somente será dissolvido através do divórcio ou da morte de um dos
cônjuges, o que acarretará a dissolução da sociedade conjugal também.
Se houver somente a separação judicial, seja consensual ou não, apenas ocorre a dissolução
da sociedade conjugal e não do vínculo conjugal.
Divórcio rompe o vínculo do casamento e co sequentemente dissolve a sociedade conjugal.
Art. 226, parágrafo sexto, CF:
O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
 Emenda constitucional 66/2010 e NCPC2015: Faz com que todos os prazos que existiam
para a concessão do divórcio e separação judicial (consensual ou litigiosa) sejam
eliminados.
NCPC/2015- restabeleceu a palavra separação judicial e várias vezes da ênfase a questão da
mediação e conciliação, para que as pessoas façam acordos.
Em uma separação de corpos homologada os cônjuges estabelecem que não há mais dever
de fidelidade, estabelecem também guarda de filhos, partilha de alimentos, etc, cada um vai
pro seu lado, contudo, uma simples separação de copos, quer dizer que cada um vai pro seu
lado somente.
Art. 1.573, Código Civil:
Podem caracterizar a impossibilidade de comunhão de vida:
Adultério- é o primeiro motivo que é utilizado quando um cônjuge que entrar com uma
separação judicial contra o outro, mas esse adultério tem que ser caracterizado pelo encontro
do outro cônjuge com seu amante na concepção do ato sexual. O fato de um dos cônjuges ser
encontrado com outra pessoa em atitudes suspeitas é consideradas como injúria grave.
Tentativa de morte- um dos cônjuges tentou matar o outro.
Sevícias ou injúria grave- sevícias são maus tratos físicos e injúrias graves (agressões
verbais, xingamentos, o are mesmo se o outro cônjuge deixar de levar alimentos para a casa
e for aquele possui recursos financeiros para tal).
HÁ UMA HIPÓTESE DO ARTIGO QUE EU NÃO CONSEGUI ANOTAR.
A conduta desonrosa: confunde-se um pouco com a injúria grave, contudo, é a frequência a
locais inadequados (locais de uso de drogas, prostíbulos, bares, etc).
Parágrafo único- o juiz poderá considerar outros fatos que tornem impossível a convivência
em comum.
Art. 1574- Separação judicial com mútuo consentimento dos cônjuges, se forem casados por
mais de um ano (NÃO HÁ MAIS ESSE PRAZO) e o manifestarem perante o juiz
Parágrafo único: fala sobre separação, mas também se aplica ao divórcio.
Se o casal tem filhos menores de idade e decidem se separar, se for proibido o direito do pai
ou da mãe de visitarem os filhos, então não será homologado, posto que os interesses da
criança e da parte prejudicada não foram preservados.
A INTERFERÊNCIA DO MP É NECESSÁRIA SEMPRE QUE A SEPARAÇÃO DOS
CÔNJUGES ENVOLVER CRIANÇAS MENOR DE IDADE OU INCAPAZES.

Art. 1.575, Código Civil:


Pessoas sensatas quando assinam o divórcio e conseguem conviver se forma pacífica na
mesma residência podem estabelecer um prazo para que uma das partes deixem o local
comum, porem, se esse prazo não for respeitado será realizada a saída compulsória.

Não necessariamente tem que ser feita a partilha de bens na hora da separação ou do
divórcio. Pode ser feita o divórcio e a separação, realizando-se a partilha de bens
posteriormente.
Aquele que não fez a separação de bens tem que casar pelo regime de separação obrigatória
de bens.
O juiz decidirá a partilha de forma a homologar o acordo efetuado entre as parte, c tudo, nos
casos em que o juiz se vê obrigado a decidir, deverá dividir os bens meio a meio, metade
para cada parte.

Art. 1.576, Código Civil:


Processos personalíssimos, outra pessoa não pode tomar uma atitude pela parte que está
envolvida na relação conjugal, exceto se a parte estiver em situação em que não seja capaz
de fazer isso.

Art. 1.577, Código Civil: Cônjuges que se divorciam e desejam reatar o casamentos, poderão
fazê-lo desde que precedido de um processo de habilitação de casamento ou conviver em
união estável.

1.578, Código Civil: O cônjuge que se divorcia pode continuar usando o nome de casado.

Art. 1.579, Código Civil: A conjugalidade rompida não significa o rompimento da


parentalidade. O divórcio não prejudicará os direito e deveres dos pais envolvidos sobre os
filhos.

Art. 1.580.0, Código Civil: NÃO HÁ MAIS PRAZO- RISCAR DO CÓDIGO.

Art. 1.581, Código Civil: O divórcio pode ser concedido sem que haja previa partilha dos
bens.

Art. 1.582- O pedido de divórcio somente repetirá ao cônjuge.

Existe a possibilidade de fazer um divórcio ou uma separação através do cartório, se os


cônjuges estão de acordo, ambos estabelecem a guarda dos filhos, divisão de alimentos,
partilha de bens, etc, tudo isso deve ser acompanhado por um advogado.

Lei 11.441/2007- Não podem realizar a separação ou o divórcio por meio do cartórios, os
cônjuges que possuam filhos menores de idade, incapazes ou se a mulher envolvida estiver
grávida (nascituro).

16/03/2018
 Superior interesse dos filhos menores de idade -previsto na CF, permanece em todos os
casos.
Sempre que houver uma dissolução do casamento, seja por uma separação ou por um
divórcio, ou se os cônjuges se separaram e conviviam em uma união estável, ou se eles
nunca convieram juntos, mas acabaram tendo um filho decorrente de uma relação
esporádica, em todos esses casos devem ser resguardados os interesses dos filhos oriundos
dessa relação. A partir dos 18 anos o poder familiar cessa, entretanto, permanece o dever de
pagar alimentos aos filhos e o dever moral de cuidar deles.
Poder familiar-nomenclatura a partir do Código Civil de 2002.
Pátrio poder- nomenclatura anterior, no Código Civil de 1916- a ideia era de que o homem
mandava em tudo.
Art. 226, parágrafo quinto, CF/1988- estabelece a igualdade entre os homens e mulheres no
casamento, mudou-se a nomenclatura de pátrio poder para poder familiar.
Guarda compartilhada- a criança tem um ponto de referencia, pousei um domicílio que será
estabelecido, de maneira que os pais permanecerão responsáveis por tudo o que diz respeito
ao filho, contudo, o domicílio da criança estar resguardado, devendo os pais estarem de
acordo com o domicílio estabelecido.
A guarda compartilhada é a regra, pois nela há um domicílio fixo, a criança ficará com o
pai, ou com a mãe. Será fixado também um horário de convivência, que não é somente uma
visita, mesmo que seja de 15 em 15 dias. O fato da guarda ser compartilhada não significa
que não haverá pagamento de alimentos.
Guarda alternada- Pesquisar.
A questão dos alimentos abrange o sustento (o sustento é composto por: habitação,
alimentação, educação, saúde, vestuário, transporte, lazer e extras).
A grande maioria dos casos tem guarda compartilhada e alimentos fixados.
Nidação- Ao invés da criança ir para a casa do pai ou da casa da mãe, é o pai ou mãe que
permanecem na residência da criança.
Alienação parental- Uma lei de 2010.

CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 


Institui o Código Civil.
SUBTÍTULO I
Do Casamento
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº
11.698, de 2008).
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém
que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização
conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo
teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. (Incluído pela Lei nº 11.698, de
2008). 
§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para
exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores:
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de
forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e
os interesses dos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
I - afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; (Incluído pela Lei nº
11.698, de 2008). 
I - afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; (Incluído pela Lei nº
11.698, de 2008). 
II - saúde e segurança; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
II - saúde e segurança; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
III - educação. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
§ 3o A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os
interesses dos filhos. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será
aquela que melhor atender aos interesses dos filhos. (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014) 
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a
supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão,
qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações
e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações
que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação
de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014).j

Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada


pela Lei nº 11.698, de 2008).
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em
ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou
em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em
razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a
mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 1o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado
da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos
atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas.
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008). 
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008). 
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o
pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar
informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de
multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia
pelo não atendimento da solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014 )

__________________________________________________________________________
________21/03/201
Art. 1.584, CC: Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
(Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).

I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em
ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou
em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em
razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a
mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 1o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado
da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos
atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas.
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008). 
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008). 
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o
pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). 
§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar
informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de
multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia
pelo não atendimento da solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)

Mediação é um procedimento que visa abrir caminho para o diálogo.


O mediador ou mediadora devem se apresentar e acompanhar os clientes para que
sejam norteados. Eles explicam o que é o processo de mediação, que ele difere da
conciliação e tudo aquilo que é falado na mediação não será colocado nos autos e na
produzirá provas, que é possível chegar a um acordo.
Se a mediação for encerrada de acordo com posicionamento judicial ocorrerá o
seguimento do processo para a produção das demais provas.

Se o juiz impor uma guarda compartilhado e a residência da criança for com a mãe e
no horário de convivência foi assegurado ao pai um limite temporal, contudo, o pai
passa na casa da criança para buscá-la e no momento ela não estava, pois
encontrava-se em uma aula de ballet, por exemplo, caso os pais não entrem em um
acordo, então configurar-se um descumprimento de uma cláusula contratual.

Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sobre a guarda do pai ou da mãe,
então ele determinará que a mesma fique com uma terceira pessoa, pode ser um avô,
uma avó, tio, tia, etc. Isso não aplica em adoção ou tutela, pois não há perda do poder
familiar
Se, além da pessoa não estar apta a permanecer com a criança e não ter condições de
permanecer com o poder familiar, o juiz então destituirá a pessoa do poder familiar por
atos graves em outro processo e essa criança será colocado sobre tutela por parte de
um avô, avó, tia, etc.
Adoção é um procedimento tratado pelo ECA, depois de esgotadas os laços com a
família extensa, a criança irá para um abrigo.
Os avós e os irmãos do adotando não podem adota, mas podem ter a criança sobre
tutela.
O parágrafo sexto foi útil no sentido de garantir aos pais as informações necessárias às
questões relacionadas aos estabelecimentos em que se encontram, ou seja, se o filho
está na escola e reside somente com sua mãe, o colégio é obrigado a esclarecer as
questões perguntadas por ambos os pais.

Art. 1.585. Em sede de medida cautelar de separação de corpos, aplica-se


quanto à guarda dos filhos as disposições do artigo antecedente .

Atualmente, não há mais as medidas cautelas mas sim as tutelas de urgência. As


liminares são preferencialmente deferidas de acordo com a concordância das partes.

Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a


bem dos filhos, regular de maneira diferente da estabelecida nos artigos
antecedentes a situação deles para com os pais .

O juiz pode sempre, em respeito ao melhor interesse da criança, estabelecer algo


diverso.

Art. 1.587. No caso de invalidade do casamento, havendo filhos comuns,


observar-se-á o disposto nos arts. 1.584 e 1.586.

Art. 1.588, CC- O pai ou mãe que contrair novas núpcias não perdem o direito de
exercer a guarda dos filhos, exceto se houver medida judicial que a proibir em
razão da incapacidade para tal.

Art. 1.589, CC: O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,
poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com
o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua
manutenção e educação.
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a
critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.
(Incluído pela Lei nº 12.398, de 2011)

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____________00/03/2018
Filiação e. reconhecimento dos filhos- capitulo que a professora vai pular.
Adoção- capitulo que a professora vai pular. Mesmo que elas sejam para pessoas maiores de
idade, aplicam-se as regras do ECA.
Trate do poder familiar e alienação parental- professora vai explicar.

Das relações de parentesco:


.
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as
outras na relação de ascendentes e descendentes
Meu parentes em linha reta ascendente são meus pais, avós , etc. Na linha reta
descendentes serão meus filhos, netos, bisnetos, etc.

Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto


grau, as pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma
da outra.
NÃO EXISTE COLATERAL DE PRIMEIRO GRAU.
Parentes colaterais de segundo grau- são os irmãos.
Parentes colaterais de terceiro grau- tios e sobrinhos.
Colaterais de quarto grau são os primos irmãos, tios avós e sobrinhos netos.

Consanguinidade- parentesco biológico. Outra origem (adoção ou filiação socioafetiva)


Parentes por afinidade em linha reta- são os ascendentes do meu marido, por exemplo. Se ele
já tivesse filhos decorrentes de outra relação também me tornaríamos parente por afinidade
de seus filhos.

Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as
pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra .

Na linha reta o parentesco por afinidade não se extingue com a morte ou com o divórcio, ou
seja, se o meu viúvo desejasse casar com a minha mãe ele não poderia, visto que há um
impedimento.
Com a morte ou com o divórcio o parentesco por afinidade em linha colateral se extingue, ou
seja, se o meu viúvo desejar se casar com a minha irmã não haverá impedimento.

Das Relações de Parentesco


Poder familiar- poder exercido pelo pai e pela mãe, enquanto os filhos são menores de
idade.

Art. 1.630, CC- Os filhos estão sujeitos ao poder familiar enquanto menores .

Art. 1.631, CC-Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete


o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o
exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder
familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do
desacordo.

Poder familiar não se confunde com a guarda, a pessoa pode não ter a guarda do filho, mas
mesmo assim detém o poder familiar. Para perder o poder familiar é necessário que se
configure algo grave.
Na falta, ou seja, morte de um dos pais, quem exercerá o poder familiar é aquele que está
vivo.
Se ambos os pais falecerem, a criança será colocada sob tutela por um parente próximo,
poder ser um avô, uma avó, tio, tia, etc. A adoção é medida em último caso.

Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável


não alteram as relações entre pais e filhos senão quanto ao direito, que
aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.
A separação judicial, o divórcio e a dissolução não alteram a relação entre pais e filhos,
senão em relação às questões de guarda.

Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar
exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-
se-á tutor ao menor.

O filho não reconhecido pelo pai ficar sobre poder familiar escolhido pela mãe.
Compete a ambos dos país qualquer que seja a situação, ou seja, separados, divorciados,
casamento anulado, etc.

Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto
aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014) 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (Redação
dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014) 

Se um dos pais se recusar a deixar o filho viajar para o exterior com a


mãe, por exemplo, então a mãe precisará ingressar com uma ação de
suprimento do consentimento do pai, e se o juiz verificar que a recusa
foi injustificada, então deverá conceder a autorização.
es consentimento para mudarem sua residência permanente para outro
Município; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)  
A criança está sob a guarda compartilhada ou sob a guarda da mãe e ela
deseja se mudar para outro local (Estado, município, etc...) dentro do Brasil
mesmo, tem que ter autorização do pai e poderá ingressar com ação de
suprimento do consentimento deste. Se o juiz entender que a mãe quer se
mudar para dificultar o contato da criança com o pai, por exemplo, então
poderá recusar a autorização.
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro
dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder
familiar; (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)  
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis)
anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em
que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; (Redação dada pela Lei
nº 13.058, de 2014) 
Até os 16 anos são absolutamente incapazes devendo ser representados, se
forem maiores de 16 anos são relativamente capazes deverão ser assistidos.
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; (Incluído pela Lei nº
13.058, de 2014) 
IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de
sua idade e condição. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
Um filho de 14 anos de idade, por exemplo, pode arrumar seu quarto e ajudar
nas tarefas de casa, d bem ser condições próprias de sua idade e condição.

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:


I - pela morte dos pais ou do filho;
II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;
III - pela maioridade;
IV - pela adoção;
V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638 .

Extingue-se o poder familiar, através da morte do pai e do filho.


Extingue-se o poder familiar também pela emancipação, de modo que ambos os pias devem
consentir com ela.
Extinguia-se pela maioridade.
Extingue se pela adoção.
Extingui-se por decisão judicial que determinar que o pai ou mãe não estão aptos ao exercício
do poder familiar.
00/03/2018
 
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____________20/04/2018
 Artigos que não caem na prova:1.543 a 1.547- não caem. (sobre as provas do casamento).
Da proteção dos filhos cai tudo- art. 1.583 a 1.590 (houve atualização de 2014).
Professora pode perguntar se uma pessoa que esta separada judicialmente há vinte anos e
agora quer reestabelecer o casamento, ela poderá? Sim, contudo, se já estiver divorciada não
poderá reestabelecer, deverá casar novamente.
Parentes transversais de quarto grau, quem são? As palavras colaterais e transversais
significam a mesma coisa. Irmãos germânicos significam o mesmo que irmãos bilaterais.
MATÉRIA SOBRE ESPONSAIS, FILIAÇÃO E RECONHECIMENTO DE FILHOS,
MATÉRIAS QUE NÃO CAEM.

Toda a pessoa que vai casar precisa se dirigir ao cartório de registro civil para se habilitar. O
oficial do registro civil irá explicar sobre o regime de bens, há algumas pessoas que estão
obrigadas a casar sob o regime de separação obrigatória (aqueles que têm mais de 70 anos de
idade, aqueles que se enquadram em alguma das causas suspensivas e aqueles que dependem
de autorização judicial para casar).
A lei protege aqueles que têm mais de 70 anos, de sorte que impõe a elas o regime da
separação obrigatória, porque a lei considera que o idoso fica vulnerável a eventuais
aventureiros com o intuitos econômico.
Separação obrigatória- é um regime em que tudo aquilo que a pessoa leva ao casamento não
se comunica, assim como os bens vindos de herança e doação também não se comunicam,
contudo, há uma súmula que permite a comunicação dos aquestos (bens havidos durante o
casamento), porem, só haverá essa comunicação desde que provado o esforço comum.
Regime de separação total ou separação absoluta ou separação convencional de bens: exige a
elaboração de um pacto antenupcial (antes do casamento) deve-se fazer uma escritura em
tabelionato que deve ser levada ao cartório de registro civil e depois ao cartório de registro
de imóveis. A pessoa que se casa nesse regime está livre da comunicação dos bens, formam-
se dois patrimônios, o patrimônio do homem e o patrimônio da mulher. Tanto os bens
vindos de herança e doação assim como os Bins havidos durante o casamento em vida, não
se comunicarão. E se o casal desejar comprar algo em comum, eles poderão? Sim, devem
efetuar a compra em condomínio.
Regime de comunhão parcial de bens- regime habitual, que diz que aquilo que vem por
herança ou por doação antes do casamento pertence ao cônjuge que o possui, já os bens
havidos durante o casamento pertencem a ambos os cônjuges.

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____________00/03/2018
 
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____________00/03/2018
 

MATÉRIA ANA
NÃO DEVEM CASAR.
São causas que interessam somente àquela família. Não são de
interesse da sociedade como um todo.
Art. 1.523, I a IV, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade
conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos
bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados
ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela
ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam
aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,
provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o
ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente
deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do
prazo.
Inciso I – tem a finalidade de proteger os filhos do falecido. Só é
aplicado se os fillhos do viúvo forem do cônjuge falecido, se forem de
outro relacionamento, não se aplica (não são herdeiros).
Inciso II – não é inconstitucional, pois a gestação só ocorre com as
mulheres. Serve para evitar a dúvida sobre a paternidade do filho.
Inciso III – nessa hipótese, o divorciado só pode se casar novamente
no regime da separação obrigatória de bens, para evitar confusão
patrimonial.
Inciso IV – o legislador vê o tutor com muita cautela. A restrição do
tutor é maior do que dos pais.
Causas suspensivas – sua não observância não gera nulidade do
casamento. Deve-se apenas observar o regime de separação
obrigatória de bens.
Art. 1.524, CC.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas
pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e
pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
São situações que só interessam àquela família.
 
Habilitação para casamento
 
Resolução nº 175/2013, do CNJ  autoriza o casamento de pessoas
do mesmo sexo.
Art. 1.525, CC.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por
ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser
instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou
ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem
conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e
de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou
de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de
divórcio.
Se o casamento for por procuração, o instrumento deve ter poderes
específicos para o processo de habilitação/casamento com aquela
determinada pessoa.
Inciso II – refere-se ao menor entre 16 e 18 anos de idade, ou, para
os menores impúberes, autorização judicial.
Inciso III – esses não são os “padrinhos” do casamento. Na
celebração do casamento, haverá também mais duas
testemunhas/”padrinhos”.
Art. 1.526 e 1.527, CC.
Art. 1.526.  A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro
Civil, com a audiência do Ministério Público.    
Parágrafo único.  Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de
terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.                  
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se
afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os
nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a
publicação.
O edital só será extraído após a autorização do MP e do juiz.
Situações excepcionais/urgentes: exemplo, um dos nubentes está
muito doente e corre risco de morte, viagem inadiável e que
necessita de prova do casamento, etc. Art. 69 da Lei de Registros
Públicos – Lei nº 6.015/1973.
Arts. 1.528 e 1.529, CC.
Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos
fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os
diversos regimes de bens.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em
declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a
indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Quem resolve opor um impedimento não pode faze-lo por vingança
pessoal, picuinha, brincadeira.
Se ficar provado que o impedimento existe, o juiz não conferirá a
habilitação para o casamento.
Se ficar provado que o impedimento foi oposto falsamente ou de
forma leviana: se foi falso fica sujeito às penas de falsidade, e se foi
de forma leviana fica sujeito à eventual reparação de danos.
Arts. 1.530 a 1.532, CC.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota
da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova
contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o
oponente de má-fé.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a
inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de
habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que
foi extraído o certificado.
A habilitação para o casamento tem validade de 90 dias.
 
Da celebração do casamento
 
Local da habilitação – definido de acordo com o domicílio dos
nubentes.
Local do casamento – definido de acordo com o local de celebração
do casamento.
Art. 1.533 e 1.534, CC.
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente
designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos
contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a
portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos
contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro
edifício público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas
durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum
dos contraentes não souber ou não puder escrever.
Se o casamento é celebrado no cartório – 2 testemunhas.
Se o casamento é celebrado em edifício particular – 4 testemunhas.
O lugar deve ficar aberto durante a celebração do casamento.
Art. 1.535, CC.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial,
juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida
aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade,
declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que
ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher,
eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Se algum dos noivos diz que não quer casar, mesmo de brincadeira,
o juiz deverá suspender o casamento, e só poderá retomar a
celebração 24h depois, se ainda estiver dentro do prazo de
habilitação.
Art. 1.538, CC.
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos
contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo,
der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Art. 1.536, CC.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro
de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as
testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e
residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e
residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do
casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas
notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão
parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Informações que devem constar na certidão de casamento.
Art. 1.537, CC.
Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á
integralmente na escritura antenupcial.
No livro de casamento, e não na escritura antenupcial.

Wolf Madaleno: alimentos compensatório


Art. 1.049 à 1.065:

Trabalhos individual e digitado: fala/ analisar sobre regime de bens, incluindo a participação
nos aquestos- PARA O DIA 06/06/2018.

Matéria pra prova: Regi-me de bens, investigação de paternidade, união estável e alimentos. A
matéria que fala sobre o divórcio deve ser lembrada, porque é possível que ela seja
mencionada.

Art. 1700, CC- Obrigação de prestar alimentos- transmissão de Obrigação alimentar.


O alimentante que faleceu e pagava alimentos para uma ex companheira, pivô de sua
separação com a mãe de seus filhos, ou seja, do espólio terá que ser retirada os alimentos.

Art. 1.703- Para a manutenção dos filhos os cônjuges separados judicialmente contribuirão na
medida de

Art. 1.704- hipótese em que os cônjuges se separaram judicialmente, contudo, um deles veio a
necessitar de alimentos, e poderá

Dispensa de alimentos renúncia de alimentos:


Perição de comum acordo deve constar um cláusula se os cônjuges terão ou não direito a
alimentos. Ambos os cônjuges dispensam ou renunciam aos alimentos.
Dispensa de alimentos: uma dispensa transitória, ou seja, a pessoa naquele momento não está
precisando de alimentos.
Renúncia de alimentos- entendida como uma situação definitiva. Os alimentos renunciáveis

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