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O casamento religioso por si só não gera os efeitos do casamento civil. Contudo, existe uma
modalidade de casamento religioso (casamento religioso com efeitos civis) que gera os
mesmos efeitos do casamento civil.
Art. 1513 CC
Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família.
Reforça o princípio da liberdade. Ninguém pode interferir no número de filhos que o casal deseja ter, ou nas
decisões familiares.
O juiz de direito, por exemplo, não pode interferir de ofício. Só pode agir se for provocado pelas partes.
- Art. 1.514, CC.: momento do casamento.
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz*, a sua
vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
*juiz de casamento!
Resolução 175 de 14 de maio de 2013,CNJ, prevendo casamento de pessoas do mesmo sexo. Dispõe sobre a
habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas
de mesmo sexo.
Aplicação do pp da liberdade no âmbito da vida em comum;
Art. 1515: CASAMENTO RELIGIOSO
Não é qualquer casamento religioso. É somente aquele que atende às exigências legais para o casamento.
EXISTE O CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITOS CIVIS: o casamento religioso equipara-se ao civil só se
atender às exigências previstas em lei CIVIL;
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a
este, desde que registrado no registro próprio*, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.
*Registro do Cartório de Registro Civil (precisa levar lá no Cartório para ser registrar)- Vem escrito na certidão:
“Certidão de casamento religioso com efeito civil”;
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
Remete à lei dos registros públicos (LRP 6015/73, artigos 71 a 75)
Os nubentes têm prazo de 90 dias para levar a certidão religiosa para o cartório civil.
Art. 1516 CC
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.
§ 1 O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua
o
requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação (faz
novamente) perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. (que é o prazo de 90 dias).
§ 3 SERÁ NULO o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído
o
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais
próxima, dentro em 10 dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:
I – que foram convocadas por parte do enfermo;
II – que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;
III – que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher.
§ 1º Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os
contraentes podiam ter se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze
dias.
§ 2º Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso
voluntário às partes.
§ 3º Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará
registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.
§ 4º O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.
§ 5º Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o
casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
3) Art. 1542 : casamento mediante procuração
Eficácia: 90 dias.
O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.
§ 1º A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o
mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
§ 2º O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.
§ 3º A eficácia do mandato não ultrapassará 90 dias.
§ 4º Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.
COMO SE PROVA UM CASAMENTO: CERTIDÃO DE CASAMENTO.
Mesmo no caso de casamento nuncupativo, ainda que feita por juiz de direito, depois se lavra
a certidão de casamento.
Art. 1543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro.
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.
Art. 1544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser
registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em
sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
Art. 1545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou tenham falecido, não se
pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma delas, quando
contraiu o casamento impugnado.
Art. 1545 não se confunde com a união estável:
Houve documento, mas perderam-se as provas. Então vai se provar com pessoas que
provem isso (ex. vizinhos, filhos...). Mas se alguém provar que um dos dois já era casado,
então não vai ser reconhecido o casamento, mas sim a união estável.
Art. 1546. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da sentença no livro do Registro
Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis desde a data do casamento.
Esse código entrou em vigor em 2003, mas tem regras antigas que não teriam mais razão
de existir. Nasceu velho.
Isso porque a CF/88 já tinha alterado.
Art. 1547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo casamento se
impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.
Posse de estado de casado não se confunde com união estável.
INVALIDADE DO CASAMENTO
SÃO OS IMPEDIMENTOS DO ARTIGO 1521.
Passe o tempo que passar, a consequência é a NULIDADE (CASAMENTO NULO).
Se violar algum desses incisos do artigo 1521, o casamento é inválido. Mas tem que ser por
ação.
DOS IMPEDIMENTOS
Art. 1.521. Não podem casar: (1)
III – o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; (5)
VI – as pessoas casadas;
(8)
VII – o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. (9)
Art. 1548. É nulo o casamento contraído:
I - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - por infringência de impedimento.
Art. 1549.
A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser promovida mediante ação direta, por
qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.
Quem pode propor essa ação? Qualquer interessado ou MP
(diferente de opor na hora do casamento que pode ser qq pessoa)
Anulação é diferente de nulidade
Não é toda situação que gera anulação.
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____________02/03/2018
Da invalidade:
Nulidade e impedimentos (art. 1521) – IMPRESCRITÍVEIS
Anulação – SUJEITA-SE A PRAZOS DECADENCIAIS
Até 1977, (emenda constitucional nº 09 de 28/6/77) não havia o divórcio.
A emenda instituiu, mas a Lei 6515/77 de 26/12/1977.
Com desquite, só se dissolvia a sociedade conjugal, (do cônjuge, de morar
junto, de ser fiel....), mas não se dissolvia o casamento, tanto é que não
poderia mais se casar.
Por isso as pessoas almejavam a anulação (mas tinha que ser antes dos dois
anos), diante de um casamento mal sucedido, se conseguiam se encaixar em
uma daquelas hipóteses. Isso porque voltavam ao estado de solteiro.
Mas esses processo de anulação não admitiam acordo para anulação, e ainda
não admitem!
Acordo só para desquite.
*obs.CURADOR DO VÍNCULO DO CASAMENTO: existia a função do
advogado como defensor do casamento. Ele opinava para dizer se era caso de
anulação ou não. Depois, foi extinta essa função.
Quando veio o divórcio, foi uma luz no fim do túnel.
Não podia se divorciar imediatamente.
E hoje, desde a emenda const. 66/2010 é possível divórcio em qualquer
tempo. Não se pensa mais em anulação. É muito rara.
➔CASOS DE ANULAÇÃO DO CASAMENTO:
Art. 1550.
É anulável o casamento:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e
não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
VI - por incompetência da autoridade celebrante.
§ 1º. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. (Redação dada pela Lei nº 13.146,
de 2015)
(outorgou-se uma procuração, mas o problema está no mandato. Ex. fiz uma procuração por
instrumento particular. Não vale, porque tem que ser por instrumento público.)
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbia (ERRO! IDADE NÚBIO) poderá
contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou
curador. (Incluído pela Lei nº 13.146/2015)
(Os portadores de síndrome de Dawn podem se casar quando expressarem sua vontade ou por meio
de seu responsável ou curador.)
1. Defeito de idade (menos de 16 anos não tem capacidade para casar; e 16-18,
precisa de autorização do pai ou da mãe.), sem anuência do juiz.
Inciso I e II dizem respeito à defeito de idade quando não sanado pelo juiz.
1551: não se anulará o casamento se dele resultar gravidez.
PERDI.....
Se aqueles que tinham o poder de assistir e negar, se aceitaram tacitamente,
ex. participaram da festa.
Vício de vontade: erro essencial: quando a pessoa casou mas cometeu um
erro. 1556 a 1558 CC
Competência (racione locci)
Art. 1556.
O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao
consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 1557.
Considera-se ERRO ESSENCIAL* sobre a pessoa do outro cônjuge:
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado*;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida
conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência
ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do
outro cônjuge ou de sua descendência; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
Defeito físico irremediável: que impede relações sexuais. (pode ser um problema mental, ex. o geólogo
da novela) (impotência para o coito – impotência “coeundi”)
Obs. Não se anula casamento pela impotência para gerar filhos (por parte de qq deles).
moléstia grave e transmissível (lepra, AIDS, sífilis, ...desde que não soubesse),
ERRO ESSENCIAL* - é a pessoa não saber que está sendo enganada. ex. moça que se diz recatada,
pura e depois do casamento, verifica-se que era prostituta. Tem que ser ignorância daquilo que se está
fazendo.
Sempre que foi ERRO ESSENCIAL: “ não se sabia...”
Art. 1558. CASO DE COAÇÃO
É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges
houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a
honra, sua ou de seus familiares.
Ex. O pai ameaçou. Ou com um velho porque o pai mandou por causa de uma dívida...
Só vai exigir dois prazos:
O prazo para entrar com anulação de casamento
Por erro essencial – 3 anos
Por coação – 4 anos
Art. 1553
O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a
autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
ou com a autorização dos pais ou do juiz.
Art. 1554.
Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer
publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro
Civil.
o sujeito não era juiz de casamento
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____________07/03/2018
Legitimidade para propor a ação de anulação do casamento é daquele cônjuge que foi
enganado ou coagido. Art. 1559, do Código Civil. O art. 1557, inciso III foi modificado
e o inciso IV foi revogado pelo estatuto da pessoa com deficiência.
Se um mulher se casa com um sujeito que não sabe ser um bandido, traficante de
drogas, ela deverá sair de casa, pois se ela continua coabitando com ele e usufruindo
dos bens e do dinheiro, ela não poderá alegar que deseja anular o casamento, pois a
partir do momento em que ela tomou conhecimento, deveria
Prazo para anular o casamento em razão de erro essencial- prazo para anular é de três
anos contados da celebração do casamento. Ex: mulher que se casa com um cara que
não sabia ser um estelionatário, e após cinco anos casada decide propor uma ação de
anulação, não poderá, pois o prazo é decadencial, ou seja, ela deverá se divorciar.
Prazo para anular o casamento em razão de coação- prazo de 4 anos contados da
celebração do casamento.
Separação de corpos- art. 1.562, CC- Diz que antes de mover uma ação de nulidade, uma
ação de anulação de casamento divórcio, dissolução de união estável, etc, a Lei assegura a
possibilidade de engrossar com um pedido separação de copos, que deve ser antecedente às
ações supramencionadas, para que a parte consiga sair de casa. Essa separação pode ser
requerida como tutela de urgência, nos termos do art. 300, NCPC. SERVE PARA EVITAR
UMA SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO, ENQUANTO OCORRE A LITIGÂNCIA.
Se a pessoa que pediu a separação de corpos é aquela que decide sair da residência
coabitada, então tudo correrá bem, o juiz não precisa autorizar.
Se a pessoa que pedir a separação de corpos é aquela que deseja ficar na residência, então
deverá ser provado que ela precisa permanecer nela, independe da propriedade do imóvel.
CASAMENTO PUTATIVO (art. 1.561) Vem do verbo putare, que significa “de boa fé”. Os
filhos não sofrem nenhuma restrição, seja qual for a concepção dos mesmos (transa
esporádica, casamento nulo, anulável, etc..). A pessoa que estava de boa fé, tem todos os
direitos assegurados pelo casamento putativo, até que se chegue a sentença de nulidade ou
anulação do casamento. Ex: primeira mulher de um sujeito com dois casamentos, que
desconhecia essa situação, contudo, a partir da ciência desse fato deseja propor a ação de
anulação do casamento, momento em que poderá socorrer-se dos direitos assegurados pelo
casamento putativo, visto que casou-se de boa fé. Um dos direitos é a garantia da ação de
alimentos, por exemplo. Ex 2: Dois irmãos que se casam, que desconhecem que são irmãos.
Art. 1.563- A sentença que decretar a nulidade do casamento , retroagira a sua celebração.
Art. 1.564- esponsais- vem da palavra esponsa, que se chama promessa de casamento,
popularmente conhecida como noivado. Muitas pessoas ajustam o casamento e dispensam as
formalidades. Se os esponsais romperem de comum acordo, não haverá reclamações,
contudo, se um deles rompeu imotivadamente às vésperas da data do casamento, então
incorrerá em danos materiais.
Alguns julgados versam que dependendo do momento e da situação em que ocorre o
rompimento, enseja o pagamento de dano moral.
Os esponsais não estão previstos no código Civil, e a doutrina somente que trata desse tema,
estudar Maria Helena Diniz.
Os presentes recebidos de terceiro, deverão ser devolvidos pelos esponsais que rompem a
relação. Os presentes trocados entre os esponsais, também deverão ser devolvidos,
sobretudo se for um anel de grande valia, por exemplo.
Se não forem devolvidos (art. 546, CC).
Art. 1.566, CC- Deveres e direitos são de ambos: fidelidade específica; vida comum no
domicílio conjugal, que pode ser mitigada se as pessoas combinarem de outra forma, como
por exemplo, cada um morar na própria casa, em razão dos trabalhos que possuem, dos
filhos que possuem separadamente, etc; mútuo assistência, tato moral quanto material e a
solidariedade imaterial (ex: marido ajuda a mulher no TCC, ajuda com os cuidados de
parentes doentes); sustento, guarda e educação dos filhos e respeito e condenação mútuos,
inerente às relações de convivência.
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____________09/03/2018
Capitulo 10- Da dissolução da sociedade conjugal e do vínculo conjugal.
Antes da emenda 66/2010: para a realização do divórcio precisava provar dois anos de
separação de fato (casal vivendo separadamente sem reconciliação).
A discussão de culpa ANTES afetava a questão da guarda de filho. A mulher que era
responsável pelo desquite, por exemplo, poderia perder a guarda dos filhos, contudo, ao
longo dos anos isso foi sendo mitigado. Essa discussão também refletia na questão dos
alimentos. O que pode acontecer também é que se for provado um dano moral grave, poderá
ensejar um ação de indenização por danos morais. A discussão de culpa não afeta questões
de partilha.
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial,
imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do
casamento e torne insuportável a vida em comum.
§ 1o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar
ruptura da vida em comum há mais de um ano e a impossibilidade de sua
reconstituição.
§ 2o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver
acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne
impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração de dois
anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.
§ 3o No caso do parágrafo 2o, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver
pedido a separação judicial, os remanescentes dos bens que levou para o casamento,
e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação dos adquiridos na constância
da sociedade conjugal.
O artigo 1.572 está em desuso. Era o artigo usado como argumento para a discussão
de culpa.
Parágrafo segundo-As pessoas tinham certo receio de entrar com uma ação nesse
sentido, em razão da violação do princípio de mútuo assistência. Além disso, se
alguém entrasse com esse tipo de ação, deveria arcar com pagamento de alimentos,
entretanto, com o divórcio tudo foi simplificado.
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______14/03/2018
Vínculo conjugal válido somente será dissolvido através do divórcio ou da morte de um dos
cônjuges, o que acarretará a dissolução da sociedade conjugal também.
Se houver somente a separação judicial, seja consensual ou não, apenas ocorre a dissolução
da sociedade conjugal e não do vínculo conjugal.
Divórcio rompe o vínculo do casamento e co sequentemente dissolve a sociedade conjugal.
Art. 226, parágrafo sexto, CF:
O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
Emenda constitucional 66/2010 e NCPC2015: Faz com que todos os prazos que existiam
para a concessão do divórcio e separação judicial (consensual ou litigiosa) sejam
eliminados.
NCPC/2015- restabeleceu a palavra separação judicial e várias vezes da ênfase a questão da
mediação e conciliação, para que as pessoas façam acordos.
Em uma separação de corpos homologada os cônjuges estabelecem que não há mais dever
de fidelidade, estabelecem também guarda de filhos, partilha de alimentos, etc, cada um vai
pro seu lado, contudo, uma simples separação de copos, quer dizer que cada um vai pro seu
lado somente.
Art. 1.573, Código Civil:
Podem caracterizar a impossibilidade de comunhão de vida:
Adultério- é o primeiro motivo que é utilizado quando um cônjuge que entrar com uma
separação judicial contra o outro, mas esse adultério tem que ser caracterizado pelo encontro
do outro cônjuge com seu amante na concepção do ato sexual. O fato de um dos cônjuges ser
encontrado com outra pessoa em atitudes suspeitas é consideradas como injúria grave.
Tentativa de morte- um dos cônjuges tentou matar o outro.
Sevícias ou injúria grave- sevícias são maus tratos físicos e injúrias graves (agressões
verbais, xingamentos, o are mesmo se o outro cônjuge deixar de levar alimentos para a casa
e for aquele possui recursos financeiros para tal).
HÁ UMA HIPÓTESE DO ARTIGO QUE EU NÃO CONSEGUI ANOTAR.
A conduta desonrosa: confunde-se um pouco com a injúria grave, contudo, é a frequência a
locais inadequados (locais de uso de drogas, prostíbulos, bares, etc).
Parágrafo único- o juiz poderá considerar outros fatos que tornem impossível a convivência
em comum.
Art. 1574- Separação judicial com mútuo consentimento dos cônjuges, se forem casados por
mais de um ano (NÃO HÁ MAIS ESSE PRAZO) e o manifestarem perante o juiz
Parágrafo único: fala sobre separação, mas também se aplica ao divórcio.
Se o casal tem filhos menores de idade e decidem se separar, se for proibido o direito do pai
ou da mãe de visitarem os filhos, então não será homologado, posto que os interesses da
criança e da parte prejudicada não foram preservados.
A INTERFERÊNCIA DO MP É NECESSÁRIA SEMPRE QUE A SEPARAÇÃO DOS
CÔNJUGES ENVOLVER CRIANÇAS MENOR DE IDADE OU INCAPAZES.
Não necessariamente tem que ser feita a partilha de bens na hora da separação ou do
divórcio. Pode ser feita o divórcio e a separação, realizando-se a partilha de bens
posteriormente.
Aquele que não fez a separação de bens tem que casar pelo regime de separação obrigatória
de bens.
O juiz decidirá a partilha de forma a homologar o acordo efetuado entre as parte, c tudo, nos
casos em que o juiz se vê obrigado a decidir, deverá dividir os bens meio a meio, metade
para cada parte.
Art. 1.577, Código Civil: Cônjuges que se divorciam e desejam reatar o casamentos, poderão
fazê-lo desde que precedido de um processo de habilitação de casamento ou conviver em
união estável.
1.578, Código Civil: O cônjuge que se divorcia pode continuar usando o nome de casado.
Art. 1.581, Código Civil: O divórcio pode ser concedido sem que haja previa partilha dos
bens.
Lei 11.441/2007- Não podem realizar a separação ou o divórcio por meio do cartórios, os
cônjuges que possuam filhos menores de idade, incapazes ou se a mulher envolvida estiver
grávida (nascituro).
16/03/2018
Superior interesse dos filhos menores de idade -previsto na CF, permanece em todos os
casos.
Sempre que houver uma dissolução do casamento, seja por uma separação ou por um
divórcio, ou se os cônjuges se separaram e conviviam em uma união estável, ou se eles
nunca convieram juntos, mas acabaram tendo um filho decorrente de uma relação
esporádica, em todos esses casos devem ser resguardados os interesses dos filhos oriundos
dessa relação. A partir dos 18 anos o poder familiar cessa, entretanto, permanece o dever de
pagar alimentos aos filhos e o dever moral de cuidar deles.
Poder familiar-nomenclatura a partir do Código Civil de 2002.
Pátrio poder- nomenclatura anterior, no Código Civil de 1916- a ideia era de que o homem
mandava em tudo.
Art. 226, parágrafo quinto, CF/1988- estabelece a igualdade entre os homens e mulheres no
casamento, mudou-se a nomenclatura de pátrio poder para poder familiar.
Guarda compartilhada- a criança tem um ponto de referencia, pousei um domicílio que será
estabelecido, de maneira que os pais permanecerão responsáveis por tudo o que diz respeito
ao filho, contudo, o domicílio da criança estar resguardado, devendo os pais estarem de
acordo com o domicílio estabelecido.
A guarda compartilhada é a regra, pois nela há um domicílio fixo, a criança ficará com o
pai, ou com a mãe. Será fixado também um horário de convivência, que não é somente uma
visita, mesmo que seja de 15 em 15 dias. O fato da guarda ser compartilhada não significa
que não haverá pagamento de alimentos.
Guarda alternada- Pesquisar.
A questão dos alimentos abrange o sustento (o sustento é composto por: habitação,
alimentação, educação, saúde, vestuário, transporte, lazer e extras).
A grande maioria dos casos tem guarda compartilhada e alimentos fixados.
Nidação- Ao invés da criança ir para a casa do pai ou da casa da mãe, é o pai ou mãe que
permanecem na residência da criança.
Alienação parental- Uma lei de 2010.
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________21/03/201
Art. 1.584, CC: Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
(Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).
I - requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em
ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou
em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
II - decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em
razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a
mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 1o Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado
da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos
atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas.
(Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008).
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho,
será aplicada, sempre que possível, a guarda compartilhada. (Incluído pela Lei
nº 11.698, de 2008).
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 3o Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de
convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público, poderá basear-se em orientação técnico-profissional ou de
equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o
pai e com a mãe. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 4o A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de
guarda, unilateral ou compartilhada, poderá implicar a redução de prerrogativas
atribuídas ao seu detentor, inclusive quanto ao número de horas de
convivência com o filho. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 5o Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou
da mãe, deferirá a guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza
da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações
de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).
§ 6o Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar
informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de
multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia
pelo não atendimento da solicitação. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014)
Se o juiz impor uma guarda compartilhado e a residência da criança for com a mãe e
no horário de convivência foi assegurado ao pai um limite temporal, contudo, o pai
passa na casa da criança para buscá-la e no momento ela não estava, pois
encontrava-se em uma aula de ballet, por exemplo, caso os pais não entrem em um
acordo, então configurar-se um descumprimento de uma cláusula contratual.
Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sobre a guarda do pai ou da mãe,
então ele determinará que a mesma fique com uma terceira pessoa, pode ser um avô,
uma avó, tio, tia, etc. Isso não aplica em adoção ou tutela, pois não há perda do poder
familiar
Se, além da pessoa não estar apta a permanecer com a criança e não ter condições de
permanecer com o poder familiar, o juiz então destituirá a pessoa do poder familiar por
atos graves em outro processo e essa criança será colocado sobre tutela por parte de
um avô, avó, tia, etc.
Adoção é um procedimento tratado pelo ECA, depois de esgotadas os laços com a
família extensa, a criança irá para um abrigo.
Os avós e os irmãos do adotando não podem adota, mas podem ter a criança sobre
tutela.
O parágrafo sexto foi útil no sentido de garantir aos pais as informações necessárias às
questões relacionadas aos estabelecimentos em que se encontram, ou seja, se o filho
está na escola e reside somente com sua mãe, o colégio é obrigado a esclarecer as
questões perguntadas por ambos os pais.
Art. 1.588, CC- O pai ou mãe que contrair novas núpcias não perdem o direito de
exercer a guarda dos filhos, exceto se houver medida judicial que a proibir em
razão da incapacidade para tal.
Art. 1.589, CC: O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos,
poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o que acordar com
o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua
manutenção e educação.
Parágrafo único. O direito de visita estende-se a qualquer dos avós, a
critério do juiz, observados os interesses da criança ou do adolescente.
(Incluído pela Lei nº 12.398, de 2011)
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Filiação e. reconhecimento dos filhos- capitulo que a professora vai pular.
Adoção- capitulo que a professora vai pular. Mesmo que elas sejam para pessoas maiores de
idade, aplicam-se as regras do ECA.
Trate do poder familiar e alienação parental- professora vai explicar.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as
pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra .
Na linha reta o parentesco por afinidade não se extingue com a morte ou com o divórcio, ou
seja, se o meu viúvo desejasse casar com a minha mãe ele não poderia, visto que há um
impedimento.
Com a morte ou com o divórcio o parentesco por afinidade em linha colateral se extingue, ou
seja, se o meu viúvo desejar se casar com a minha irmã não haverá impedimento.
Art. 1.630, CC- Os filhos estão sujeitos ao poder familiar enquanto menores .
Poder familiar não se confunde com a guarda, a pessoa pode não ter a guarda do filho, mas
mesmo assim detém o poder familiar. Para perder o poder familiar é necessário que se
configure algo grave.
Na falta, ou seja, morte de um dos pais, quem exercerá o poder familiar é aquele que está
vivo.
Se ambos os pais falecerem, a criança será colocada sob tutela por um parente próximo,
poder ser um avô, uma avó, tio, tia, etc. A adoção é medida em último caso.
Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar
exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-
se-á tutor ao menor.
O filho não reconhecido pelo pai ficar sobre poder familiar escolhido pela mãe.
Compete a ambos dos país qualquer que seja a situação, ou seja, separados, divorciados,
casamento anulado, etc.
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto
aos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
I - dirigir-lhes a criação e a educação; (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014)
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (Redação
dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior;
(Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014)
Toda a pessoa que vai casar precisa se dirigir ao cartório de registro civil para se habilitar. O
oficial do registro civil irá explicar sobre o regime de bens, há algumas pessoas que estão
obrigadas a casar sob o regime de separação obrigatória (aqueles que têm mais de 70 anos de
idade, aqueles que se enquadram em alguma das causas suspensivas e aqueles que dependem
de autorização judicial para casar).
A lei protege aqueles que têm mais de 70 anos, de sorte que impõe a elas o regime da
separação obrigatória, porque a lei considera que o idoso fica vulnerável a eventuais
aventureiros com o intuitos econômico.
Separação obrigatória- é um regime em que tudo aquilo que a pessoa leva ao casamento não
se comunica, assim como os bens vindos de herança e doação também não se comunicam,
contudo, há uma súmula que permite a comunicação dos aquestos (bens havidos durante o
casamento), porem, só haverá essa comunicação desde que provado o esforço comum.
Regime de separação total ou separação absoluta ou separação convencional de bens: exige a
elaboração de um pacto antenupcial (antes do casamento) deve-se fazer uma escritura em
tabelionato que deve ser levada ao cartório de registro civil e depois ao cartório de registro
de imóveis. A pessoa que se casa nesse regime está livre da comunicação dos bens, formam-
se dois patrimônios, o patrimônio do homem e o patrimônio da mulher. Tanto os bens
vindos de herança e doação assim como os Bins havidos durante o casamento em vida, não
se comunicarão. E se o casal desejar comprar algo em comum, eles poderão? Sim, devem
efetuar a compra em condomínio.
Regime de comunhão parcial de bens- regime habitual, que diz que aquilo que vem por
herança ou por doação antes do casamento pertence ao cônjuge que o possui, já os bens
havidos durante o casamento pertencem a ambos os cônjuges.
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MATÉRIA ANA
NÃO DEVEM CASAR.
São causas que interessam somente àquela família. Não são de
interesse da sociedade como um todo.
Art. 1.523, I a IV, CC.
Art. 1.523. Não devem casar:
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade
conjugal;
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos
bens do casal;
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados
ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela
ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam
aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo,
provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o
ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente
deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do
prazo.
Inciso I – tem a finalidade de proteger os filhos do falecido. Só é
aplicado se os fillhos do viúvo forem do cônjuge falecido, se forem de
outro relacionamento, não se aplica (não são herdeiros).
Inciso II – não é inconstitucional, pois a gestação só ocorre com as
mulheres. Serve para evitar a dúvida sobre a paternidade do filho.
Inciso III – nessa hipótese, o divorciado só pode se casar novamente
no regime da separação obrigatória de bens, para evitar confusão
patrimonial.
Inciso IV – o legislador vê o tutor com muita cautela. A restrição do
tutor é maior do que dos pais.
Causas suspensivas – sua não observância não gera nulidade do
casamento. Deve-se apenas observar o regime de separação
obrigatória de bens.
Art. 1.524, CC.
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas
pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e
pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
São situações que só interessam àquela família.
Habilitação para casamento
Resolução nº 175/2013, do CNJ autoriza o casamento de pessoas
do mesmo sexo.
Art. 1.525, CC.
Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por
ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser
instruído com os seguintes documentos:
I - certidão de nascimento ou documento equivalente;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou
ato judicial que a supra;
III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem
conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar;
IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e
de seus pais, se forem conhecidos;
V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou
de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de
divórcio.
Se o casamento for por procuração, o instrumento deve ter poderes
específicos para o processo de habilitação/casamento com aquela
determinada pessoa.
Inciso II – refere-se ao menor entre 16 e 18 anos de idade, ou, para
os menores impúberes, autorização judicial.
Inciso III – esses não são os “padrinhos” do casamento. Na
celebração do casamento, haverá também mais duas
testemunhas/”padrinhos”.
Art. 1.526 e 1.527, CC.
Art. 1.526. A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial do Registro
Civil, com a audiência do Ministério Público.
Parágrafo único. Caso haja impugnação do oficial, do Ministério Público ou de
terceiro, a habilitação será submetida ao juiz.
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se
afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os
nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a
publicação.
O edital só será extraído após a autorização do MP e do juiz.
Situações excepcionais/urgentes: exemplo, um dos nubentes está
muito doente e corre risco de morte, viagem inadiável e que
necessita de prova do casamento, etc. Art. 69 da Lei de Registros
Públicos – Lei nº 6.015/1973.
Arts. 1.528 e 1.529, CC.
Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos
fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os
diversos regimes de bens.
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em
declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a
indicação do lugar onde possam ser obtidas.
Quem resolve opor um impedimento não pode faze-lo por vingança
pessoal, picuinha, brincadeira.
Se ficar provado que o impedimento existe, o juiz não conferirá a
habilitação para o casamento.
Se ficar provado que o impedimento foi oposto falsamente ou de
forma leviana: se foi falso fica sujeito às penas de falsidade, e se foi
de forma leviana fica sujeito à eventual reparação de danos.
Arts. 1.530 a 1.532, CC.
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota
da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova
contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o
oponente de má-fé.
Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a
inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de
habilitação.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que
foi extraído o certificado.
A habilitação para o casamento tem validade de 90 dias.
Da celebração do casamento
Local da habilitação – definido de acordo com o domicílio dos
nubentes.
Local do casamento – definido de acordo com o local de celebração
do casamento.
Art. 1.533 e 1.534, CC.
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente
designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos
contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a
portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos
contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro
edifício público ou particular.
§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas
durante o ato.
§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum
dos contraentes não souber ou não puder escrever.
Se o casamento é celebrado no cartório – 2 testemunhas.
Se o casamento é celebrado em edifício particular – 4 testemunhas.
O lugar deve ficar aberto durante a celebração do casamento.
Art. 1.535, CC.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial,
juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida
aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade,
declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que
ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher,
eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Se algum dos noivos diz que não quer casar, mesmo de brincadeira,
o juiz deverá suspender o casamento, e só poderá retomar a
celebração 24h depois, se ainda estiver dentro do prazo de
habilitação.
Art. 1.538, CC.
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos
contraentes:
I - recusar a solene afirmação da sua vontade;
II - declarar que esta não é livre e espontânea;
III - manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo,
der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Art. 1.536, CC.
Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro
de registro. No assento, assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as
testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:
I - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e
residência atual dos cônjuges;
II - os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e
residência atual dos pais;
III - o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do
casamento anterior;
IV - a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;
V - a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;
VI - o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas;
VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas
notas foi lavrada a escritura antenupcial, quando o regime não for o da comunhão
parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.
Informações que devem constar na certidão de casamento.
Art. 1.537, CC.
Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á
integralmente na escritura antenupcial.
No livro de casamento, e não na escritura antenupcial.
Trabalhos individual e digitado: fala/ analisar sobre regime de bens, incluindo a participação
nos aquestos- PARA O DIA 06/06/2018.
Matéria pra prova: Regi-me de bens, investigação de paternidade, união estável e alimentos. A
matéria que fala sobre o divórcio deve ser lembrada, porque é possível que ela seja
mencionada.
Art. 1.703- Para a manutenção dos filhos os cônjuges separados judicialmente contribuirão na
medida de
Art. 1.704- hipótese em que os cônjuges se separaram judicialmente, contudo, um deles veio a
necessitar de alimentos, e poderá