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Estrategia Lean
Estrategia Lean
Disclaimer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i
Plan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO . . . . . . . . 15
Definindo VALOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Compreendendo ESFORÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
NOTA da iniciativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Cálculo de NOTAs, um exemplo . . . . . . . . . . . . . . 19
Várias iniciativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Iniciativa NOTA 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Sessão colaborativa de preenchimento da tabela de pri-
orização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Moedas da organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Risco ou realidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Funding . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Objetivos de negócio e funding . . . . . . . . . . . . . . . 34
Funding e os 3 Hs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Funding e capacidade de Negócio . . . . . . . . . . . . . 35
Do . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
MVP – Produto Mínimo Viável . . . . . . . . . . . . . . . . 37
MVP e o Fluxo de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Lean Inception . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Acompanhamento Lean . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
O entendimento da iniciativa via MVP . . . . . . . . . . 63
O planejamento do produto e seus MVPs . . . . . . . . . 64
O acompanhamento da criação do produto via MVP . . 66
Check . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Métricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Analysis paralysis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
CONTEÚDO
Act . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Objetivos e Resultados Chaves - OKR . . . . . . . . . . . . 94
Paulo Caroli
Unidade de Negócio - UN
Os conceitos compartilhados neste livro foram aplicados em várias
organizações, desde pequenas StartUps a grandes empresas com
variadas estruturas organizacionais. Por esse motivo decidi descre-
ver neste livro algo prático para ser utilizado por uma unidade de
negócio (UN para abreviação), onde UN rerpesenta uma unidade
de negócio independente com resultados, estratégia, processos,
gestores e equipes distintas.
Simples é diferente de simplório 2
Unidades de Negocio - UN
os 3 Horizontes de crescimento
os 3 Horizontes de crescimento
Horizonte 1 – estável
No horizonte 1 estão as vacas leiteiras, aqueles produtos já cresci-
dos, estáveis e que estão gerando o sustento da empresa atualmente.
²Direto ao ponto: criando produtos de forma enxuta, Paulo Caroli, Casa do codigo, 2016
Os três horizones - 3Hs 6
Horizonte 2 – emergente
O horizonte 2 mostra o que está por vir num futuro próximo (em
alguns meses ou anos, dependendo do nicho de mercado). São
os produtos ou features emergentes. Aqueles que requerem mais
investimento em desenvolvimento e criação do que em operação (a
base de usuários e/ou a exposição do produto ainda é pequena).
Horizonte 3 – experimento
O horizonte 3 é um futuro bem distante, anos ou décadas, depen-
dendo do seu nicho de mercado.
E a metáfora da vaca acaba aqui. No horizonte 3 você nem sabe o
que vai estar dando o sustento da fazenda. Simples assim. Pode ser
uma criação de ovelhas de raça, búfalos leiteiros, plantação de soja,
minério, aeroporto para marcianos, etc.
É experimento. Ideias e mais ideias. Algo bem distante. Talvez até
inimaginável com o seu conhecimento atual.
São experimentos, coisas para te fazerem pensar, para te ajudarem
a entender um mundo novo que ainda nem se formou. Talvez até te
tirando da zona de conforto (por exemplo um engenheiro da Kodak
com seus experimentos sobre fotografia digital em 1974).
De H3 para H2
Mas assim como a vaca atual está secando, a bezerra também vai
secar, e lá na frente, você vai precisar de alguma ideia nova. Algo
que brote e possa emergir.
Agora sim, posso ressaltar que o investimento em H2 ou é para
algo próximo ao seu produto atual (uma bezerra que também vai
dar leite) ou é algum experimento que já se mostrou interessante,
ou seja, algo que veio de H3 para H2.
De H2 para H1
O movimento de H2 (emergir) para H1 (estável) é comum nas
empresas. E isso era o suficiente no século passado, para muitos
nichos de mercado.
Os três horizones - 3Hs 8
Espero que você consiga alocar budget para cada um dos 3Hs.
Mas te digo que cada um desses horizontes requer uma forma de
trabalhar distinta. Considero o modelo apresentado neste livro mais
adequado para iniciativas e UNs com maior foco em H2.
O ciclo PDCA do Lean
Strategy
Plan
Vamos planejar as ações estratégicas organizacionais para alcançar
nossos objetivos. Para tanto, vamos usar um portfolio dinâmico, que
nos permita compreender e agrupar as iniciativas, permitindo tanto
O ciclo PDCA do Lean Strategy 13
Do
Dado uma iniciativa priorizada, vamos compreendê-la, e executá-la
de forma enxuta, ágil e centrada no feedback dos nossos usuários.
Para tanto faremos entregas rápidas e frequentes.
Check
Medimos o uso de cada entrega. Essas métricas são essenciais para
validação de hipóteses e ajustes na evolução de nossas iniciativas,
baseado no feedback de uso.
Act
Decidimos como proceder com cada iniciativa: pivotar, prossegir,
ou cancelar. Vamos rever as hipóteses iniciais (PLAN) e os dodos
de uso dos MVPs (CHECK). Iremos também comparar as diversas
iniciativas perante o orçamento da Unidade de Negócio (UN).
Plan
Priorização relativa por
VALOR e ESFORÇO
“Esta iniciativa é importante?”
Sempre obtive a mesma resposta quando fiz tal pergunta em uma
reunião sobre portfolio. Por isso, não a faço mais. A pergunta mais
relevante para te ajudar a priorizar as iniciativas é:
“Qual dessas duas é mais prioritária?”
Desta forma as iniciativas são priorizadas relativamente umas
às outras. Essa pergunta é muito útil e deve ser utilizada, mas
precisa de uma forma imparcial de responder a pergunta, ou pelo
menos, uma forma objetiva, que auxilie a um grupo de pessoas a
compreender as escolhas.
A forma mais objetiva que conheço é dinheiro. Essa é simples. E
desde que somos bem pequenos sabemos a diferença entre uma nota
de 2 reais e uma de 50 reais.
Por esse motivo eu aconselho uma forma de priorizar baseada
em algo vinculado a valor financeiro. Aliás aconselho uma forma
de trabalhar descrita pelo magnífico Dan Reinertsen no seu livro
Principles of Product Development Flow⁴: Cost of delay e CD3.
Cost of Delay (abreviado como COD) é o valor associado ao custo
de atraso de uma iniciativa; ou seja, qual valor acreditamos estar
deixando de ganhar por tal iniciativa ainda não estar pronta.
Por exemplo, iniciativa A tem um COD de 1000 dólares por mês,
enquanto iniciativa B tem um COD de 2000 dólares por mês.
⁴Reinertsen, Don. Principles of Product Development Flow: Second Generation Lean
Product Development. Celeritas Publishing, 2009.
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 16
Mas antes que você pense e diga que devamos priorizar iniciativa
B, tem de considerar qual esforço associado para criar tal iniciativa.
Por exemplo, iniciativa A requer um mês de trabalho, enquanto
iniciativa B requer quatro meses de trabalho.
1000 dólares por mês depois de um mês de trabalho vale mais a pena
do que 2000 mil dólares por mês com quatro meses de trabalho.
Logo é melhor fazer primeiro a iniciativa A, depois a iniciativa
B. Essa conta de COD / duração também tem um nome e uma
abreviação: Custo de Atraso por Duração, CD3.
Definindo VALOR
A cálculo do valor de Cost of Delay é complicado. Afinal de contas,
como decidir e afirmar: eu acredito que a iniciativa A vá nos trazer
100.000 dólares por mês; e acredito que a iniciativa B traria 200.000
dólares por mês.
Minha primeira recomendação é não usar valores monetários (como
dólares ou reais), mas somente valores. Assim sendo, definimos a
escala de valores entre 0 e 10. Logo todas iniciativas devem ter um
valor entre 0 e 10. Por exemplo: iniciativa A tem o valor 3 enquanto
iniciativa B tem o valor 6.
Minha segunda recomendação é que esses valores estejam atrelados
a dois tipos de expectativas: (1) expectativa de uso vinculado a tal
iniciativa, e (2) expectativa do negócio vinculado a tal iniciativa.
Para (1), eu gosto dos parâmetros utilizados pelo método RICE⁵,
segundo por Sean Mcbride, gerente de produtos da Intercom. RICE é
um acrônimo para as iniciais de Reach, Impact, Confidence e Effort
(assunto da próxima sessão).
⁵post descrevendo o método RICE, segundo por SEAN MCBRIDE ,PRODUCT MANA-
GER, DA INTERCOM; disponível em https://blog.intercom.com/rice-simple-prioritization-for-
product-managers/ . Acesso em Agosto de 2018
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 17
Compreendendo ESFORÇO
No momento de PLAN, temos muitas hipóteses, mas mesmo assim
precisamos transformar tais hipóteses em valores para nos auxilia-
rem a tomar decisões.
ESFORÇO é uma medida da expectativa de trabalho da equipe em
tal iniciativa. Dado que temos uma dada equipe, quanto de esforço
requer a iniciativa A? E a iniciativa B? E as outras? Pronto. Dê um
palpite de esforço, ou seja, uma noção da expectativa do trabalho
necessário para cada uma das iniciativas. Assim você conseguirá
comparar o custo / benefício das iniciativas.
Mas não tente ser perfeito com estimativas, especialmente neste
momento. Estimativa é um assunto muito difícil. E provavelmente
você irá errar, mesmo quando compreender melhor as iniciativas e
detalhar o trabalho para construí-las.
Mas nesse momento, de esclarecimento sobre o portfolio de inici-
ativas, ainda não temos os detalhes das iniciativas. Portanto não
tente ser preciso. Faça a pergunta de forma comparativa:
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 19
NOTA da iniciativa
Após determinar comparativamente o VALOR e o ESFORÇO de
cada iniciativa, devemos calcular suas NOTAs. Esta conta é rea-
lizada com base na seguinte fórmula para o cálculo da nota da
iniciativa:
NOTA = VALOR / ESFORÇO
Várias iniciativas
O exemplo ilustrativo da sessão anterior demonstra iniciativa A e B.
Mas as unidades de negócio, especialmente em grandes corporações
possuem portfolios com muito mais que duas iniciativas. Devemos
colocá-las em uma tabela para demonstrar os númenos.
Segue um exemplo de tabela de priorização com as iniciativas de
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 22
uma UN:
Iniciativa VALOR ESFORÇO NOTA
A 5.9 3 1.97
B 3.17 1 3.17
C 8 4 2
D 7.6 5 1.52
E 4.3 3 1.43
F 2.1 2 1.05
Iniciativa NOTA 10
Não sei quanto a você, mas no meu tempo de colégio, 10 era a nota
máxima. Por vezes a nota final era calculada somando e dividindo
alguns números. E o resultado era algun valor entre 0 e 10.
E todos alunos buscavam a nota 10.
Pois bem, o cálculo de NOTA proposto nesse livro gera algum valor
entre 0 e 10, sendo 10 a melhor nota possível.
Nesse contexto, uma iniciativa NOTA 10 seria uma iniciativa que,
comparativamente com as outras iniciativas, gera o máximo de
valor para o negócio (5), o máximo de valor para os usuários (5),
com o menor esforço (1):
NOTA = VALOR / ESFORÇO,
NOTA = (5 + 5) /1
NOTA = 10
Iniciativa NOTA 10!
Sessão colaborativa de
preenchimento da tabela de
priorização
Recomendamos o preenchimento da tabela de priorização de uma
única vez, em uma sessão colaborativa com os representantes das
varias iniciativas. Reserve uma boa sala (local ou virtual, para
reuniões remotas) para o tempo que considerar adequado (isso
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 24
Outro exemplo:
1. Faça os cálculos
• esforço skate = 1
• esforço bicicleta = 1
• esforço moto = 1
• esforço transatlântico = 10;
• esforço skate = 1
• esforço bicicleta = 4
• esforço moto = 10
Moedas da organização
Em uma grande organização que prestei consultoria sobre trans-
formação digital, ao invés de utilizarmos os números gerados pela
tabela de NOTAs de cada UN, criamos o conceito de moedas da
organização.
Por exemplo, considere a organização fictícia: organização JFC.
Para o exemplo anterior NOTA A de 0.98 e o NOTA B de 1.59,
dizíamos que a iniciativa A valia 98 moedas JFC enquanto a
iniciativa B valia 159 moedas JFC.
Ou seja, multiplicávamos o valor NOTA por 100 e utilizávamos a
unidade moeda JFC.
Risco ou realidade
O risco em investir em algo que não vai gerar o resultado es-
perado não deveria nem ser chamado de risco, mas sim de uma
realidade. Formas menos enxutas de trabalhar exigem muito mais
planejamento e controle na tentativa de mitigar tal risco. E, para
piorar, muitas vezes mascaram iniciativas que deram errado por
trás daquela que deu certo.
Aceitar a incerteza da iniciativa reduz a carga emocional e as
inúmeras horas e esforço gastos com planejamento e controles
da iniciativa. Se tal iniciativa recebeu uma nota alta, então não
devemos economizar esforços com ela.
Priorização relativa por VALOR e ESFORÇO 29
Priorização absoluta
Priorização absoluta é quando uma iniciativa é priorizada isolada-
mente, Independente das outras iniciativas. Isso acontece quando
a decisão sobre priorizar a iniciativa acontece baseado somente em
valores e parâmetros relacionados a própria iniciativa.
Por exemplo um business case detalhado (e muito bem analisado)
da iniciativa que demonstra ROI ou VPL para a iniciativa: “Segundo
os números do business case apresentado gastaremos um milhão em
um ano, para aumentarmos os lucros em 12% em dois anos, geando
um ROI de X”.
Priorização do Hipopótamo
Hipopótamo (Hippo em Inglês, ou do acrônimo Highest Paid People
Opinion) é aquela pessoa com maior salário.
Outros modelos para priorização 31
• R$60.000,00 para a UN C
• R$20.000,00 para a UN B
• R$10.000,00 pata a UN A
• R$10.000,00 para a UN D
Ou
Funding e os 3 Hs
O Funding deve refletir o horizonte de atuação da UN. Por exemplo
a UN A recebe um funding de 50000.
Isso significa que a UN ou gera mais de 50000, por isso tem este
funding logo sendo lucrativa, ou a UN gera menos que 50000 e está
recebendo investimento.
Uma UN que tipicamente opera em H2 e H3 recebe investimentos
para tanto. Já uma UN que opera em H1 não deveria receber mais
funding do que gera de receita.
Scrum
Scrum é um framework ágil para a conclusão de projetos comple-
xos. Scrum foi inicialmente formalizado para projetos de desenvol-
vimento de software, mas tem sido aplicado para qualquer âmbito
de projetos complexos, e trabalhos inovadores.
O Scrum é especialmente adequado para projetos com requisitos
que mudam rapidamente ou são altamente emergentes.
A Equipe Scrum
Scrum Master
Product Owner
A Sprint
Cerimônias da Sprint
Cerimônias da Sprint
Daily Sprint
Sprint Planning
Sprint Review
Retrospectiva
O planejamento da Sprint
Durante a Sprint
Revisão da Sprint
Kanban
Kanban é um método formulada por David J. Anderson⁷ para
gestão do fluxo de trabalho de um processo incremental e evolutivo.
Influenciado pelo modelo Toyota Just-In-Iime⁸, o método se baseia
em visualizar o fluxo de trabalho e, a partir disso, atuar no processo
para não sobrecarregar os membros da equipe.
Através de uma abordagem de gestão visual perante a cadeia de
valor, o processo, desde sua etapa inicial até a entrega do trabalho,
é exposto aos membros da equipe. Tipicamente a cadeia de valor é
representada em quadros brancos com post-it ou ferramentas on-
line. Processo, itens de trabalho, bem como os trabalhadores estão
visualmente representados nesses quadros, comumente chamados
de kanban boards, ou kanban (isso mesmo, o método e o nome do
quadro se confundem). A partir do kanban, fica mais fácil para a
equipe decidir o que, por quem, quando, e quanto produzir.
⁷Kanban: Successful Evolutionary Change for Your Technology Business by David Ander-
son, Blue Hole Press Inc (2013)
⁸Ohno, Taiichi. (1988) Toyota Production System. Productivity Press
Construindo MVP com Kanban 46
Visualize o workflow
Limite o WIP
O MVP no Kanban
Segue abaixo um sequenciador de features, exemplo de resultado
de uma inception DiretoAoPonto.
Construindo MVP com Kanban 49
Sequenciador de Features
O Sequenciador de Features, agora sem os cartões das features que foram para
o kanban
Kanban no dia 2
Kanban no dia 3
Construindo MVP com Kanban 53
Kanban no dia 4
Kanban no dia 6
Construindo MVP com Kanban 56
Kanban no dia 8
Construindo MVP com Kanban 58
Kanban no dia 9
funcionalidade WIP
Micro-serviços de Domínio
A abordagem de micro-serviços é um estilo de desenvolvimento no
qual uma aplicação é composta de uma série de pequenos serviços,
cada um rodando em seu próprio processo e se comunicando
através de mecanismos leves (geralmente uma API HTTP). Estes
serviços são construídos em torno de requisitos de negócio, e
devem ser capazes de ir à produção independentemente e de forma
automatizada.
Uma abordagem para definir o escopo de um micro-serviço é
analisar qual a funcionalidade de negócio que ele se propõe a dispo-
nibilizar, e como este serviço se relaciona com outros. Mapeamento
de contexto é uma ferramenta em Domain Driven Design que
auxilia na identificação de diferentes contextos e seus limites. Um
contexto encapsula os detalhes daquele domínio, como o modelo e
os dados, e define os pontos de integração com outros contextos.
Desta forma, há uma relação direta em DDD e mapeamento de
contexto com a definição de micro-serviços, que devem possuir
interfaces bem definidas e se limitarem à uma certa quantidade de
funcionalidades de negócio.
Embora micro-serviços adicionem complexidade operacional para
serem mantidos, eles provêm uma arquitetura forte e flexível, na
qual diferentes contextos têm limites bem definidos e podem ser
implementados da maneira como for mais adequado (com quais
tecnologias e estratégias forem apropriadas).
Acompanhamento Lean
Nesta fase, devemos acompanhar a criação e a evolução das inicia-
tivas segundo o plano de entrega dos MVPs.
MVP, ou Minimum Viable Product em Inglês, é a linguagem comum
entre as quatro etapas do Lean Strategy (PLAN / DO/ CHECK /
ACT). O conceito de MVP é baseado no livro The Lean Startup:
How Today’s Entrepreneurs Use Continuous Innovation to Create
Radically Successful Businesses do Eric Ries ¹⁰.
o canvas MVP
O acompanhamento da criação do
produto via MVP
Devemos fazer o acompanhamento periódico (por exemplo sema-
nal) em relação a criação do produto. Tal acompanhamento deve ser
Acompanhamento Lean 67
o burn-up de MVP
Os eixos do burn up
O eixo vertical é a quantidade de features para o MVP, e é medido
em unidades, por exemplo 9 features. O eixo horizontal representa
o tempo, normalmente medido em dias ou semanas.
Equipes ágeis experientes lidam com tal curva de duas formas: (1)
Iteração ou Sprint 0, ou (2) entendimento do tempo de atravessa-
mento inicial.
Iteração ou Sprint 0 é um termo comum utilizado para ressaltar
que não haverá entrega de funcionalidade numa primeira iteração
ou Sprint. O gráfico abaixo demonstra como tal artimanha (Sprint
0) alinha a expectativa de entrega de funcionalidade com o ritmo
inicial ainda por começar.
Burn-up de Features do MVP 73
Verificando o progresso
De tempos em tempos você deve verificar a quantidade de features
já construídas e a quantidade total de features planejadas para o
MVP. A distância entre as linhas horizontais marcando as features
atualmente prontas e a última funcionalidade a ser construída é a
indicação da quantidade de features restantes.
Burn-up de Features do MVP 74
verificando progresso
Nome do MVP
O nome do MVP é utilizado dentre várias conversas, desde a sua
concepção, passando pela criação, até a entrega, coleta de feedbacks
e validações de hipóteses. Ter um nome claro e específico é essencial
para evitar quaisquer confusão sobre o MVP em questão.
Nível de incerteza da
funcionalidade(verde / amarelo /
vermelho)
Descrição e nível de incerteza da funcionalidade são dados pro-
venientes desde a concepção dos MVPs. O nível de incerteza da
funcionalidade refere-se ao grau em que a funcionalidade é incerta,
a partir do ponto de vista do entendimento de negócio e do
entendimento técnico. Isso é indicado pela cor os quais são verde,
amarelo ou rosa, indicando níveis baixo, médio ou alto de incerteza,
respectivamente.
O nível de incerteza da funcionalidade não é alterado. Tal infor-
mação serve para relembrar a todos o entendimento original sobre
tal funcionalidade. Todos e quaisquer riscos ou ações relacionadas
ao MVP devem ser listadas nos campos de detalhamento e texto
descritivo do status report (item 8 abaixo).
Estado e % de completude da
funcionalidade
O estado e % de completude da funcionalidade representam o
estado atual da funcionalidade em relação a sua completude. Esses
parâmetros devem ser alterados nos relatórios, refletindo o estado
atual de cada funcionalidade.
Status report do MVP 80
Engajamento
NPS
Em uma escala de 0 a 10, quão provavelmente você nos
indicaria para um amigo ou colega?
NPS {w=90%}
A segunda pergunta
Qual a principal razão para você nos dar essa nota?
Testes A/B
Você já deve ter ouvido falar dos famosos testes A/B, não? São testes
nos quais colocamos duas ou mais versões de algum determinado
elemento de nosso produto web para ver qual deles dá melhor
resultado em algum determinado indicador do funil de conversão.
Por exemplo, é melhor ter um botão ou um link para chamar o
visitante do seu site a criar um usuário, ou o visitante de uma loja
virtual a comprar um item? Qual a cor de botão que converte mais?
Devo ter um vídeo explicando meu produto web, ou melhor ter uma
foto ilustrativa?
Para responder a essas e inúmeras outras perguntas existe o teste
A/B. Você pode fazer testes A/B sequenciais, ou seja, durante
algumas horas ou dias você usa uma versão e depois publica outra
versão por mais algumas horas ou dias e compara os resultados. Só
tenha cuidado para não fazer esses testes em horários ou dias com
perfil de uso muito distinto, por exemplo, testar uma página durante
Métricas 88
O resultado foi:
Analysis paralysis
Por fim, além desses cuidados, é preciso tomar cuidado com o efeito
analysis paralysis, isto é, ficar o tempo todo analisando dados e não
tomar nenhuma ação. Como bem ilustrado pela figura do xkcd.com
(2014), a analysis paralysis pode custar bem caro:
Métricas 92
Concluindo
OKR - Exemplo 1
Exemplo do artigo BreateHR: Como o Silicon Valley atinge seus
objetivos¹⁴.
Objetivo: Aumentar as vendas diretas em 10% no quarto trimestre
Resultados Chave:
OKR - Exemplo 2
Exemplo do artigo de Felipe Castro: uma introdução ao OKR ¹⁵:.
Objetivo: Impressionar nossos clientes
Resultados Chave:
OKR - Exemplo 3
Exemplo do artigo de Scott Allison: OKRs - objetivos e resultados
principais¹⁶.
Objetivo: aumentar as vendas em 25% no próximo trimestre
Resultados Chave:
OKR - Exemplo 4
Exemplo do artigo de Christina Wodtke: The Art of the OKR¹⁷.
Objetivo: Lançar um MVP impressionante.
Resultados Chave:
OKR - Exemplo 5
Exemplo do artigo da Emily Bonnie na Wrike.com: se você não
estiver usando OKRs para planejamento trimestral, pare e leia
isso¹⁸.
Objetivo: aumentar o reconhecimento e a consciência da marca
Resultados Chave:
¹⁶Scott Allison´s article: OKRs – objectives and key results
¹⁷Wodtke Christina Wodtke´s article: The Art of the OKR; http://eleganthack.com/the-art-
of-the-okr/
¹⁸Emily Bonnie article: If You’re Not Using OKRs for Quarterly Planning, Stop and Read
This; https://www.wrike.com/blog/okrs-quarterly-planning/
Objetivos e Resultados Chaves - OKR 97
Liçoes aprendidas
Um caso prático
No final de 2012 a Locaweb decidiu investir em uma startup
chamada Eventials (http://eventials.com), uma plataforma para
transmissão de palestras online. Nessa época a Eventials vinha
crescendo em termos de visitantes e número de palestras online e a
equipe decidiu reescrever toda a aplicação para atender a demanda
por novas funcionalidades e evitar gargalos na infra-estrutura. No
início do segundo trimestre de 2013 a nova aplicação foi lançada.
Também nessa época a equipe da Eventials, que era de Blumenau,
decidiu se mudar para São Paulo, para dentro do escritório da
Sobre Pivotar 112