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UFG- Universidade Federal de Goiás

Aluno: Augusto Henrique Nogueira Nunes-202004783


Webinar: O CNPEM e a nova fonte de luz sincroton brasileira, Sirius
A competição em relação aos níveis de desenvolvimento tecnológico de cada
país não são uma novidade, desde que as primeiras potências se destacaram há essa
competitividade, e nos dias atuais a disputa está cada vez mais acirrada. E nesse caso
para que se possa participar efetivamente desse páreo, é preciso aprofundar os
estudos principalmente na área de materiais para compreender melhor suas utilidades
e aprimorá-las.

No ano de 2009 iniciou-se um projeto 100% nacional nomeado de Sirius, o


trabalho de pesquisa foi iniciado para construção e instalação de um acelerador de
partículas. Esse projeto é considerado uma máquina de 4ª geração pelos cientistas e
sem dúvida uma das maiores e mais complexas infraestruturas científicas já feitas no
Brasil, e é um dos projetos mais modernos do mundo. O Centro nacional de Pesquisa
em energia e Materiais (CNPEM) juntamente do Laboratório Nacional de Luz
Sincrotron (LNLS), são o responsáveis pela implementação do projeto que consiste
numa imensa estrutura que começa 15 metros abaixo do solo para maior estabilidade,
um prédio de mais de 18.000 m2, com construção durante cinco anos (2014 a 2019).

Conhecer profundamente os materiais é compreender as propriedades de cada


um deles em um nível de detalhamento muito maior se comparado ao que já existia, o
UVX, para se ter ideia o tamanho é algo da ordem de 10µm e que foi desativado em
2019, já que para o estudo tal aparelho já não era o suficiente. Porém com a Sirius o
nível de detalhamento é altíssimo e portanto será possível executar pesquisas de
ponta.

A ciência estuda os materiais, em geral, promovendo interações (como


adicionar elétrons e etc). Além disso, objetiva-se obter um espectro amplo de
frequências pra se estude cada faixa de frequência e suas características. Nesse ponto
os raios-X se tornam extremamente importantes, pois permitem uma visualização
interna dos materiais, vendo-se além da superfície. Isso proporciona estudos sobre a
ordenação dos átomos no espaço, os elementos que compõem um sistema, e viabiliza
a interação entre materiais internamente podendo assim estudar-se as ligações
químicas e também as propriedades magnéticas de cada material.

São três os objetivos fundamentais da Sirius para os estudos, o primeiro é


gerar uma fonte intensa que proporciona movimentos dinâmicos, formar um espectro
amplo para estudo de certa frequência e por fim criar uma fonte de luz pequena e
colimada para focar nos pontos em que se deseja observar. E para isso a sirius acelera
partículas na velocidade da luz e tenta manter a estabilidade.

Por fim, é possível perceber que Sirius é uma excelente solução para a ciência
brasileira e irá proporcionar um aumento significativo de materiais estudados já que os
experimentos poderão ser em multi-escalas.

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