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ETAPA

discip II – INSTALAÇÕES PREDIAIS FAETEC


MÓDULO: INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSANITÁRIAS ETEHL
ETEHL-

ESCOLA TECNICA ESTADUAL HENRIQUE LAGE

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

Instalações Prediais
MÓDULO II
Instalações Hidro Sanitárias

APOSTILA
2015

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MÓDULO II

SUMÁRIO

Instalações HDRO SANITÁRIAS

Capítulo 6 –Noções de Hidráulica.................................................... pg. 88

Capítulo 7 –Instalações de Agua Fria.............................................. pg. 92

Capitulo 8 –Dimensionamento Hidráulico.............................................pg.103

Capitulo 9 –O Projeto Hidráulico..............................................................pg.121

Capitulo 10 –O Reuso da Agua............................................................. .pg.125

Capitulo 11 –O Sistema de Agua Quente................................................pg.128

Capitulo 12 –Materiais Hdráulicos.............................................................pg.131

Capitulo 13 –Instalações Sanitárias .........................................................pg.137

Capitulo 14 –Instalações de Aguas Pluviais...........................................pg.155

Anexos...................................................................................................pg 170

Bibliografia .......................................................................................... pg. 177

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MÓDULO II
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
INTRUDUÇÂO

Compostas pelas instalações de água (hidro) e as instalações de esgoto (sanitárias).


As Instalações podem ser residências e prediais ( comerciais ou industriais)

a) Instalações de Água Fria


b) Instalações de Água Quente
c) Esgoto
d) Drenagem

A água é muito importante para a sobrevivência e evolução do homem, pois sem ela
não haveria vida animal ou vegetal sobre a terra. A água e a saúde estão intimamente
relacionadas, pois, segundo a O.M.S., cerca de 81% dos casos de doenças, têm como origem
a água. Uma água contaminada ocasiona riscos a saúde, pois ela é responsável pela higiene,
é utilizada na industria, é utilizada na irrigação, é utilizada em barragens para geração de
energia elétrica, é o principal meio de combate a incêndio, etc..
Assim, como a qualidade de vida é o resultado das condições de alimentação,
transporte, moradia, saúde, abastecimento de água e energia, coleta de esgoto e de lixo,
educação, etc., o fornecimento de água a população implica em melhores ou piores níveis de
qualidade de vida e saúde.
A água, até chegar as torneiras das casas percorre um grande caminho: é captada,
passa por uma série de etapas de tratamento para purificar-se, é levada a um reservatório e
depois é distribuída a população.

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CAPITULO 6
NOÇÕES DE HIDRÁULICA

6.1 O Princípio dos Vasos Comunicantes


A pressão hidráulica é definida pela força que a água exerce sobre as paredes das tubulações
e conexões.
Para compreendermos melhor este conceito utilizaremos o princípio dos vasos comunicantes.

Ao observarmos o exemplo abaixo, poderíamos perguntar:

Qual dos dois vasos (A) ou (B) exerce maior pressão sobre
o fundo?
A primeira impressão que temos é que o recipiente (A)
efetua mais pressão no fundo do que o recipiente (B).

Ao interligarmos os recipientes com um pequeno tubo,


verificamos que os níveis dos respectivos líquidos
permanecem estáticos.
Isto significa que as pressões nos vasos estão
equalizadas, caso contrário o líquido se moveria de um
recipiente para o outro

Se continuarmos a experiência e adicionarmos mais água


ao recipiente (A), verificaremos que a água passará de um
vaso para o outro até as alturas dos níveis (hA e hB) se
equalizarem.
Isto mostra que por um instante a pressão no vaso (A) foi
maior que o vaso (B), fazendo o líquido passar de um lado
para o outro até que as respectivas pressões se
equilibrassem.

Sendo assim, concluímos que níveis iguais originam


pressões iguais. A pressão independe da forma do
recipiente.

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6.2 Unidades de Medida de Pressão Hidráulica

Para medirmos a pressão hidráulica utilizamos o exemplo abaixo :

6.3 Velocidade e Vazão Hidráulica


Considera-se vazão hidráulica o volume de água a ser transportado que atravessa uma
determinada seção (tubo, calha, etc.) na unidade de tempo.

Na observação dos líquidos em movimento leva-nos a distinguir dois tipos de movimento, de


grande importância: regime laminar (tranqüilo ou lamelar) e regime turbulento (agitado ou
hidráulico). Com o regime laminar, as trajetórias das partículas em movimento são bem definidas
e não se cruzam quanto ao regime turbulento caracteriza-se pelo movimento desordenado das
partículas.
No sistema prático de unidades, a vazão é expressa em m³/h (metro cúbico por hora),
podendo ser expressa também em l/s (litros por segundo).
A vazão hidráulica também pode ser denominada de descarga hidráulica. Em um projeto de
instalações hidráulicas prediais, são dimensionadas vários tipos de vazões (pontos de utilização,
alimentador predial, barrilete, colunas de distribuição, ramais e subramais, reservatório superior e
da instalação hidropneumática, se houver)

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6.4 Perda de Carga


Considera-se perda de carga a resistência sofrida pelo líquido, no caso a água, em seu
percurso.
Devido a diversos fatores que são partes constituintes dos condutores (tubo, calha e etc.)
a água perderá parte de sua energia (pressão) inicial.
São fatores determinantes para que a água possa vencer a resistência em seu trajeto:

• Rugosidade do conduto (tubo, calha, etc.).


• Viscosidade e densidade do líquido conduzido.
• Velocidade de escoamento.
• Grau de turbulência do fluxo.
• Distância percorrida.
• Mudança de direção e de seção da linha.

A perda de energia é variável de acordo com a forma dos acessórios do conduto


(tubulação) e os valores da perda de carga equivalente são representados em metros lineares
de canalização. As tubulações de cobre e de plástico (PVC) normalmente com grande emprego
nas instalações, oferecem grande vantagem em relação as tubulações de ferro galvanizado ou
ferro fundido no aspecto de perda de carga (energia) no trajeto do líquido, para a mesma seção
e distância linear.

A perda de carga localizada ocorre em casos que o líquido, neste caso a água, sofre
mudanças de direção, como por exemplo em conexões (joelhos, reduções, tês), ou em que ela
passa por dispositivos de controle, tipo registros, ocorrendo nestes pontos uma perda de carga
denominada de localizada. Portanto, quanto maior for o número de conexões de um trecho de
tubulação, maior será a perda de pressão ou perda de carga nesse trecho, diminuindo a pressão
ao longo da linha e/ou rede.

A pressão da água, sendo medida quando há vazão, indica-nos a pressão de serviço (igual
a pressão dinâmica) e quando a linha está fechada na sua extremidade temos a pressão
estática. A seguir é demonstrado um exemplo:

1– com o registro fechado na extremidade da


linha, a água sobe na tubulação (trecho
vertical) até o nível do reservatório (B).

2– abrindo-se o registro, a água entra em


movimento e o nível na tubulação (trecho
vertical) cai do ponto B para o C, esta
diferença denominamos: perda de carga.

Tubulação de menor diâmetro oferecem maior


resistência à vazão ocasionando maior perda
de carga.Tubulação de maior diâmetro
oferecem menor resistência à vazão
ocasionando menor perda de carga.

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CAPITULO 7
INSTALAÇÕES DE AGUA FRIA

7.1 Definição
Corresponde ao conjunto de tubulações, conexões e acessórios que permitem levar a água
da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro da habitação.

Objetivos

Para uma instalação predial de Água Fria estar bem projetada é necessário que:

 seja contínuo o fornecimento de água aos usuários, e em quantidade suficiente,


 armazenando ao máximo a um custo mais baixo possível e minimizando ao máximo os
 problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema público;
 preserve-se a qualidade da água;
 limite-se as pressões e as velocidades a valores adequados para evitar vazamentos e
ou ruídos indesejáveis.

Responsabilidade técnica

O projeto de instalações prediais de água fria deve ser elaborado por projetista com
formação profissional de nível superior, legalmente habilitado e qualificado.

Exigências a serem observadas no projeto

A NBR 5626:1998 estabelece que as instalações prediais de água fria devem ser projetadas
de modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos:

a) preservar a potabilidade da água;


b) garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade adequada e com
pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos
sanitários, peças de utilização e demais componentes;
c) promover economia de água e de energia;
d) possibilitar manutenção fácil e econômica;
e) evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente;
f) proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente
localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais
exigências do usuário.

7.2 Etapas de Projetos

 concepção do projeto: é a etapa mais importante do projeto pois são definidos nesta fase o
tipo do prédio, pontos de utilização, o sistema de abastecimento e distribuição,
 localização dos reservatórios, etc;

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 determinação das vazões;


 dimensionamento: memorial descritivo e justificativo, cálculos, normas de execução,
 especificação de materiais e equipamentos utilizados, plantas, esquemas hidráulicos,
desenhos isométricos, relação de materiais.

7.3 Sistemas de Abastecimento

 Sistema direto - todos os aparelhos e torneiras são alimentados diretamente


pela rede pública.

 Sistema indireto - todos os aparelhos e torneiras são alimentados por um


reservatório superior do prédio, o qual é alimentado diretamente pela rede
pública ( caso haja pressão suficiente na rede) ou por meio de recalque, a partir
de um reservatório inferior.

Residencial

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Predial

 Sistemas Misto – parte pela rede pública e parte pelo reservatório superior o
que é mais comum em residências, por exemplo, a água para a torneira do
jardim vem direto da rua.

 Sistema Hidropneumático: todos os pontos de consumo são alimentados por


um conjunto hidropneumático, cuja finalidade é assegurar a pressão desejável
no sistema, sem necessidade de reservatório superior.

Sistema de Rede Pressurizada por Bomba


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7.4 Terminologia
Alimentador predial – Tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação
ou válvula de flutuador do reservatório.
Aparelho sanitário – Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber
dejetos e/ou águas servidas.
Automático de boia – Dispositivos instalado no interior de um reservatório para permitir o
funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extemos
Barrilete – Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as
colunas de distribuição.
Caixa de descarga – Dispositivo colocada acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias
ou mictórios, destinados à reservação de àgua para suas limpezas.
Caixa de quebra-pressão – Caixa destinada a reduzir pressão nas colunas de distribuição.
Coluna de distribuição – Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
Conjunto de elevatório – Sistema para elavação de água.
Consumo diário – Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência
de todos os usos do edifício no período.
Dispositivo antivibratório – Dispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir
vibrações e ruídos e evitar sua transmissão.
Extravasor – Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios
e das caixas de descarga.
Inspeção – Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.
Instalação elevatória – Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a
elevar a água para o reservatório de distribuição.
Instalação hidropneumática – Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações
elevatórias, reservatórios hidropeneumáticos e dispositivos destinados a manter sob pressão a
rede de distribuição predial.
Instalação predial de água fria – Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e
dispositivos, existentes a partir do ramal pr3edial, destinado ao abastecimento dos pontos de
utilização de água do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água
fornecida pelo sistema de abastecimento.
Interconexão – Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre
dois sistemas de abastecimento.
Ligação de aparelho sanitário – Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o
dispositivo de entrada de água no aparelho sanitário.
Limitador de vazão – Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.
Nível operacional – Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o
dispositivo da torneira de boia se apresenta na posição fechada e em repouso.
Nível de transbordamento – Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga,
quando o dispositivo da torneira de boia se apresenta na posição fechada e em repouso.
Quebrador de vácuo – Dispositivo destinado a evitar o reflexo por sucção da água nas
tubulações.
Peça de utilização – Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização água.
Ponto de utilização – Extremidade jusante do sub-ramal.
Pressão de serviço – Pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula,
registro ou outro dispositivo, quando em uso normal.
sobrepressão de fechamento com a pressão estática a seção considerada.
Ramal – Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
Ramal predial – Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a
instalação predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo
regulamento da concessionária de água local.
Rede predial de distribuição – Conjunto de tubulações constituído de barriletes, coluna de
distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos.
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Refluxo – Retorno eventual e não previsto de fluídos, misturas ou substâncias para o sistema
de distribuição predial de água.
Registro de fecho ou de gaveta – registro instalado em uma tubulação para permitir a
interrupção da passagem de água.
Registro de utilização ou de pressão – Registro instalado no sub-ramal, ou no ponto de
utilização, destinado ao fechamento ou regulagem da vazão da água a ser utilizada.
Regulador de vazão – Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão,
qualquer que seja a pressão a montante.
Reservatório hidropneumático – Reservatório para ar e água destinado a manter sob
pressão a rede de distribuição predial.
Reservatório inferior – Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação
elevatória, destinado a reservar água e funcionar como poço de sucção da instalação
elevatória.
Reservatório superior – Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de
recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição.
Retrossifonagem – Refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de
consumo, em decorrência de pressões negativas.
Separação atmosférica – Distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a
saída da água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários,
caixas de descarga e reservatórios.
Sistema de abastecimento – Rede pública ou qualquer sistema particular de água que
abasteça a instalação predial.
Sobrepressão de fechamento - Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão
estática durante e logo após a abertura de uma peça de utilização.
Subpressão de abertura – Maior decréscimo de pressão que se verifica na pressão estática
durante e logo após o fechamento de uma peça de utilização.
Sub-ramal – Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho
sanitário.
Torneira de bóia – Válvula com boia destinada a interromper a entrada de água nos
reservatórios e caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
Trecho – Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última
conexão da coluna de distribuição.
Tubo de descarga – Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou
mictório.
Tubo ventilador – Tubulação destinada a entrada de ar em tubulações para evitar
subpressões nesses condutos.
Tubulação de limpeza – Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a
sua manutenção e limpeza.
Tubulação de recalque – Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o
ponto de descarga no reservatório de distribuição.
Tubulação de sucção - Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório
interior e o orifício de entrada da bomba.
Válvula de descarga – Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal
de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água
para suas limpezas.
Válvula de escoamento unidirecional – Válvula que permite o escoamento em uma única
direção.
Válvula de redutora de pressão – Válvula que mantém a jusante uma pressão
estabelecida, qualquer que seja a pressão dinâmica a montante.
Vazão de regime – Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para
as condições normais de operação.
Volume de descarga – Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para
promover a perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.

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7.5 Sistema de Abastecimento de Água Potável


É mais usado a rede de distribuição predial alimentada por distribuidor público, porém poderá ser
feita por fonte particular (poços, nascentes etc.), desde que garantida a sua potabilidade por
exame de laboratório.

Reservatório
elevado
Reservatório
superior

Captação Rio,
lago ou represa Caixa d’água

estação de
tratamento bombas

Rede de
distribuição

cisterna

Ilustração

CAPTAÇÃO – Lagos, lagoas, açudes e poços artesianos


DISTRIBUIÇÃO
RESERVAÇÃO

CAPTAÇÃO TRATAMENTO ADUÇÃO

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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO – Eliminação de bactérias e impurezas.

DISTRIBUIÇÃO
ÁGUA FLOCULADOR DECANTADOR FILTRO
BRUTA

Modelo e Estação de Tratamento

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7.6 Componentes do Sistema Hídrico Predial

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7.6.1 Reservatórios de água. – Local de Armazenamento de agua para


Consumo Predial

Tipos:
 Cisterna - reservatório Inferior enterrado ou não( Concreto, alvenaria ou PVC)
 Cilindrico ou Torre;
 Castelo D’agua;
 Caixa d’agua ( Polietileno, Aço inoxidável,Fibra etc..);
 Tanque Aéreo ou enterrado.
 Horizontais e Verticais

Cilindrica Castela D’agua Caixa D’agua Cisterma Plastica

Cisterna Horizontal Cisterna Vertical

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7.6.2 Ramal predial – canalização que conduz a agua da rede pública para o
imóvel. Alimenta ainda o medidor de consumo- O Hidrômetro

7.6.3 Colar ou barrilete – canalização horizontal derivada do reservatório e


destinada a alimentar as colunas de distribuição.

7.6.4 Coluna de distribuição- canalização vertical derivada do barrilete ou colar e


destinada a alimentar os ramais.

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7.6.5 Ramal – canalização derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar


os sub-ramais- Trecho de “C a H” do exemplo abaixo
Sub-ramal- canalização que liga o ramal á peça de utilização.

Ramal e Sub-ramais em Isométrica

Ramal e Sub-ramais em Esquema Vertical


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CAPITULO 8
DIMENSIONAMENTO HIDRÀULICO

8.1 Dimensionamento de Reservatórios


Consumo Predial – Para cálculo do consumo predial diário, estimamos cada quarto social
ocupado por duas pessoas e cada quarto de serviço, por uma pessoa.

Em caso de prédios públicos ou comerciais é considerada a taxa de ocupação da


tabela 1.1

Conhecida a população do prédio, pode-se calcular o consumo de água. O Código de


Obras e Edificações de Município, recomenda que se considerem, no setor residencial, 200 litros
por pessoa por dia. Para edifícios de escritórios, prestação de serviços e comércio, o Código de
Obras e Edificações, recomenda que se considerem 50 litros/pessoa por dia. Para efeitos
didáticos, pode-se utilizar os dados apresentados na Tabela 1.2.

Onde

Cd => consumo diário; p => população; c => consumo per capta (Tab. 1.2)

EXEMPLO:

1) Calcular o consumo predial diário para uma residência com três quartos sociais e uma
dependência de empregada.
Solução:
População da edificação = 7 pessoas
Consumo per capita = 200 litros/pessoa dia (Tabela 1.2)
Cd = p.c, onde Cd = 7 x 200 = 1.400 litros/dia.

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2) Calcular o consumo predial para um banco cuja área total de construção é de 1080 m².
Solução: taxa de ocupação (t.o) = 1 pessoa para cada 5 m² (Tabela 1.1 –bancos)
p = área construída = 1080 m² = 216 pessoas
Taxa de ocupação 5 p/m²

c = 50 litros per capta ( Tab. 1.2 – edifícios comerciais)

Cd = p x c = 216 x 50 => Cd = 10.800 litros/dia

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Capacidade dos reservatórios – levando em conta que varias localidades no Brasil, há


deficiência no abastecimento público de água, é pouco usual a distribuição direta, ou seja, com
pressão do distribuidor público (ascensional); então, somos levados a construir reservatórios
superiores. Diante tal situação é bom prevermos reservatórios com capacidade suficiente para
no mínimo dois dias ou três dia, não devendo no entanto considerar muito acima destes valores
evitando gasto desnecessário na estrutura.
Para incêndio (RTI- Reserva Técnica de Incêndio) devem ser adotados parâmetros da
Legislação de Corpo de Bombeiro- COSCIP-RJ)

Cr = n.Cd
Cr => capacidade do reservatório, n => número de dias para reserva, Cd => consumo
diário

No dimensionamento do reservatório deve-se considerar a separação atmosférica,


acrescentada entre a entrada d’água até a parte superior do reservatório.
A reservação total a ser acumulada nos reservatórios inferiores e superiores não pode
ser inferior ao consumo diário, recomendando-se que não ultrapasse a três vezes o mesmo.
Reservas para outras finalidades, como por exemplo para combate a incêndios, podem
ser feitas nos mesmos reservatórios da instalação predial de água fria, porém a capacidade
para estas finalidades devem ser acrescidas às previstas neste item.

Recomenda-se, nos casos comuns, a seguinte distribuição:


a) reservatório inferior com 3/5 do total (60%)
b) reservatório superior com 2/5 do total (40%)

Deve-se dispensar a existência de reservatório inferior sempre que for possível


alimentar continuamente o reservatório superior diretamente pelo alimentador predial.
.
EXEMPLO

1. Calcular a capacidade dos reservatórios de um edifício de apartamentos com 10


pavimentos, sendo 4 (quatro) apartamentos por pavimento. Cada apartamento é
composto de três quartos sociais e uma dependência de serviço.
Solução: População => 10 pav x 4 apart = 40 apartamentos
Cada apartamento = 3 quartos x 2 pessoas + 1 dependência x 1 pessoa = 7
pessoas/apart.
População = 40 x 7 = 280 pessoas
Consumo por pessoa => c = 200 litros/pessoa dia (Tabela1.2)
Consumo predial diário => Cd = p x c, Cd=280 x 200; Cd = 56.000 litros/dia
Capacidade dos Reservatórios, considerando 20% de reserva de incêndio
Cr= n.Cd + R.Cd; Cr= 2 x 56.000 + 20% x 56.000; Cr = 123.200 litros
Reservatório superior => Crs = (2/5) x Cr ; Crs =(2/5) x 123.200 = 49.280 litros
Reservatório inferior => Cri = (3/5) x Cr ; Cri = (3/5) x 123.200 = 73.920 litros

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Exemplo
Isométrica do Reservatório Inferior com estação de Bombeamento

Corte do reservatório Inferior

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No caso do exemplo anterior, devemos considerar que para efeito do calculo da Reserva
Técnica de Incêndio ( RTI) a ser somada ao reservatório inferior ou superior, conforme definição
do posicionamento das bombas de Incêndio ( térreo ou subsolo e cobertura)

Sendo assim devemos adotar a seguinte formula para RTI:

RTI = 6000 litros( para os primeiros 04 hidrantes)+ 500 litros por hidrante (Além de 04, conforme
quantidade por Pavimento)
Considerando 10 Pavimentos, com um hidrante por andar teremos:

RTI= 6000+ 6 x500= 9000 Litros

8.2 Dimensionamento da tubulação


Para se garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se determinar a vazão em
cada trecho da tubulação corretamente. Isso pode ser feito através de dois critérios: o do
consumo máximo possível e o do consumo máximo provável.

8.2.1 Alimentador Predial

Para o sistema de distribuição direto, sem reservatório. O cálculo é feito tal como no caso
de um barrilete de distribuição de um reservatório superior, o que veremos em
“Dimensionamento de Barrilete”.
Para o sistema de distribuição indireto, portanto, com reservatórios. Admite-se para
cálculo que o abastecimento da rede seja continuo e que a vazão, que abastece o reservatório
seja continuo e que a vazão que abastece o reservatório seja suficiente para atender ao
consumo diário no período de 24 horas embora, evidentemente. O consumo nos aparelhos varie
bastante ao longo desse tempo .

Qmin = Cd/86.400
Cálculo da vazão mínima: onde

Cd, é o consumo diário predial e 86.400é o tempo em segundos.

Cálculo do diâmetro é obtido através da equação: Q = S xV


onde Q é a vazão, S a área do tubo e V a velocidade da água que por norma não deve ser
superior a 2,5 m/s.

8.2.2 Extravasor ( Ladrão de Caixa d’agua)

 O diâmetro do extravasor (ladrão) deverá ser igual no mínimo ao da bitola comercial


imediatamente superior ao do diâmetro do encanamento de entrada do reservatório e
nunca inferior a 25 mm.

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 Os extravasores dos reservatórios inferiores e os reguladores de nível piezométrico
devem escoar livremente no espaço em lugar visível, de modo a poder servir de
advertência, e nunca em caixas de areia, ralos, calhas, ou condutores de águas pluviais.
 Os reservatórios deverão ter o extravasor disposto de maneira que a extremidade
superior do tubo do reservatório fique, pelo menos, a 0,50 m acima da extremidade livre
inferior da descarga do mesmo tubo.
 O extravasor não poderá escoar água em galeria de águas pluviais, esgoto, e sim
livremente no terreno, ou sarjeta do logradouro, com a interposição de um sifão, sendo
ainda obrigatório, como medida de segurança, que o extravasor seja dotado de válvula
de retenção que impeça a circulação água de fora para dentro do reservatório.

EXEMPLO

1. Dimensionar o ramal, o alimentador predial e o extravasor do reservatório de um


edifício de pavimentos, com um consumo diário de 40.000 litros.
Cd = 40.000 litros/dia

Solução:

Cálculo da Vazão mínima

Qmin= Cd/86.400 = 40.000/86.400 = 0,46 litros/s = 0,00046 m³/s

Cálculo do ramal e do alimentador predial

Q = S x V ; onde S é a seção da canalização e V é a velocidade da água = 1 m/s


S = Q / V ; D =√ 4.Q/π.v ; D = 0,024 m

 Diâmetro adotado para o ramal e alimentador predial é 25 mm


 Diâmetro do extravasor é 32 mm

8.2.3 Adotando critério do consumo máximo possível

Este critério se baseia na hipótese que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam
utilizados simultaneamente, de modo que a descarga total no início do ramal será a soma das
descargas em cada um dos sub-ramais. O uso simultâneo ocorre em geral em instalações
onde o regime de uso determina essa ocorrência, como por exemplo em fábricas, escolas,
quartéis, instalações esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso simultâneo em
determinados horários. Macintyre (1990) recomenda que se utilize esse critério para casas em
cuja cobertura exista apenas um ramal alimentando as peças dos banheiros, cozinha e área de
serviço, pois é possível que, por exemplo, a descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha e o
tanque funcionem ao mesmo tempo.
O dimensionamento é feito através do Método das Seções Equivalentes, que consiste em
expressar o diâmetro de cada trecho da tubulação em função da vazão equivalente obtida com
diâmetros de 15mm (1/2 polegada). A Tabela 1.3 apresenta os diâmetros nominais mínimos
dos sub-ramais de alimentação para diferentes aparelhos sanitários e a Tabela 1.4 apresenta
os diâmetros equivalentes para aplicação deste critério.
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8.2.4 Usando o Abaco de Tipo Luneta ( Método Tabelado)


As primeiras informações de precisamos saber para o dimensionamento das tubulações de
água fria são:

- O número de peças de utilização que esta tubulação irá atender;


- A quantidade de água (vazão) que cada peça necessita para funcionar perfeitamente.

Esta quantidade de água está relacionada com um numero chamado de “peso das peças de
utilização”.
Esses pesos por sua vez, tem relação direta com os diâmetros mínimos necessários para o
funcionamento das peças.
Portanto, para que possamos determinar os diâmetros das barriletes, colunas, ramais e sub-
ramais, devemos:

Passo 1: Calcule a soma dos pesos das peças de utilização para cada trecho da
tubulação. Estes pesos estão relacionados na tabela AF 03:

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Passo 2: Verifique no ábaco luneta qual o diâmetro de tubo correspondente ao resultado


desta soma:

Exemplo:

Vamos determinar os diâmetros das tubulações da instalação das figura a seguir, que ilustra uma
instalação hidráulica básica de uma residência.

Temos a divisão desse sistema em vários trechos: AB, BC, DE, EF EFG.

O cálculo deve ser iniciado partindo do reservatório, ou seja, trechos AB e DE. Vamos iniciar
calculando o trecho AB e os ramais que o mesmo atende.

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Trecho AB

A vazão que passa por esse trecho é correspondente à soma dos pesos de todas as peças
alimentadas por esta tubulação, portanto: A vazão de água que passa pelo trecho AB (1°
barrilete), corresponde ao peso da válvula de descarga que atende o vaso sanitário. Olhando na
tabela AF 03, encontramos o peso relativo de 32.

Com esse valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para o trecho
AB, que neste caso corresponde a 40mm (para tubulação soldável) ou 1. ¼” (para tubulação
roscável).

Trecho BC

A vazão de água que passa pelo trecho BC (coluna), é igual ao trecho AB, pois serve ao
mesmo aparelho: A válvula de descarga.

Sendo assim, o trecho BC terá o mesmo valor de peso relativo que o trecho AB:

Peso = 32

Também nesse caso, verificando no ábaco luneta, concluímos que a tubulação indicada é
de 40 mm(para tubulação soldável) ou ¼”(para tubulação roscável).

Observação: Como o diâmetro das válvulas de descarga nem sempre acompanham os


diâmetros dos tubos, Existem adaptadores soldáveis curtos para transição. Normalmente em
residências são utilizadas válvulas de descargas de 1.1/2”. Dessa forma o tubo soldável 40mm
do exemplo acima pode ser interligado na válvula através de um Adaptador Soldável Curto com

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Bolsa e Rosca para Registro de 40mm x 1.1/2”, ou pode-se adotar o diâmetro de 50mm nas
tubulações, dispensando o uso do Adaptador.

Trecho DE

Vamos calcular agora o diâmetro necessário para a tubulação do trecho DE, ou seja, o
ramal que abastecerá a ducha higiência, lavatório, chuveiro elétrico, pia da cozinha(com torneira
elétrica), tanque e a torneira de jardim.

Primeiramente então devemos somar os pesos dessas pessas de utilização, obtidos através da
tabela AF 03:

 Ducha higiênica = 0,4


 Torneira de lavatório = 0,3
 Chuveiro elétrico = 0,1
 Pia (torneira elétrica) = 0,1
 Tanque = 0,7
 Torneira de jardim = 0,4

Somando todos os pesos, chegamos a um total de 2,0.

Com este valor, vamos procurar no ábaco luneta qual o diâmetro indicado para esse
trecho de tubo

Esse número está entre 1,1 e 3,5. Portanto os diâmetros correspondentes são: 25mm (para
tubulação soldável) ou ¾” (para tubulação roscável) para o trecho DE.

Cálculo dos Trechos EF e FG

A vazão de água que passa pelos trechos EF (coluna) e FG (ramal), é igual a soma dos
pesos dos aparelhos atendidos pelo trecho DE.

Trecho EF = Trecho FG = Trecho DE

Logo, pode-se utilizar o mesmo raciocínio utilizado para o cálculo do trecho DE, onde a soma
dos pesos é igual a 2,0 e o diâmetro correspondente é de 25mm(para tubulação soldável) ou ¾”
(para tubulação roscável).

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Cálculo dos Sub-ramais

Vamos calcular agora os sub-ramais, que são os trechos de tubulação compreendidos


entre o ramal é a peça de utilização.

Para tanto, analisa-se individualmente o peso de cada peça de utilização, verificando em


seguida qual será o diâmetro para cada uma no ábaco luneta:

 Ducha higiênica = 0,4


 Torneira de lavatório = 0.3
 Chuveiro elétrico = 0,1
 Pia(torneira elétrica) = 0,1
 Torneira de jardim = 0,4

Nota-se que todos estão compreendidos no trecho entre 1,1 e 3,5 no ábaco luneta. Concluímos
então que para esses sub ramais, o diâmetro das tubulações deve ser 25 mm ( para tubulação
soldável) ou ¾” (para tubulação roscável).

Conclusão: Para o nosso exemplo, utilizaremos os seguintes diâmetros: Trechos AB e BC:


40mm ou 1 ¼”, Trechos DE, EF e FG: 25mm ou ¾”, Sub-ramais: 25mm ou ¾”

Dicas do Hufen

Para situações de pequenas instalações, como a que a apresentamos, pode ocorrer de


o diâmetro dos sub-ramais resultar em diâmetro menor que o do ramal. Nestes casos,
pode-se tornar anti-econômico utilizar 3 diâmetros diferentes, por duas razões:

1- Devido às sobras que normalmente ocorrem em virtude da variedade de diâmetros;

2- Necessidade, nestes casos, de adquirir um maior número de conexões(reduções).

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Outra forma de se calcular o dimensionamento das tubulações é pelo método do Consumo


Máximo Provável, normalmente utilizado em construções verticais. Neste método, deve-se
prever quais peças de utilização(do ramal que está sendo dimensionado) serão utilizadas
simultaneamente, somar seus pesos e verificar qual o diâmetro correspondente na régua a
seguir:

ÁBACO I – Diâmetro de tubo PVC e Vazões em função da soma dos pesos.

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No exemplo anterior, vamos supor que a torneira da pia da cozinha e o chuveiro fossem
atendidos pelo mesmo ramal, e que viessem a ser utilizados ao mesmo tempo. Para calcular
este ramal, somaríamos o peso destas 2 peças:

Chuveiro: 0,1
Torneira de pia: 0,7

Total: 0,8

Tomando este valor e olhando na régua de diâmetros, encontraríamos o diâmetro de


20mm.

Como vimos, o resultado deste cálculo é o mesmo conforme calculado através do método
do Consumo Máximo Possível. No caso de instalações residenciais, não existem realmente
grandes diferenças que possam gerar economia.

Porém, para obras verticais ou horizontais de grande porte, onde o número de peças de
utilização é maio, recomenda-se o uso do Consumo Máximo Provável, pois o outro método
pode resultar em diâmetros maiores que o necessário, visto que considera a utilização de todas
as peças de um mesmo ramal ao mesmo tempo.

8.2.5 Ventilação da Coluna

A norma NBR 5626 diz que nos caos de instalações que contenham válvulas de descarga,
a coluna de distribuição deverá ser ventilada, porém a Tigre indica que seja ventilada
independente de haver válvula de descarga na rede.

Trata-se de um tubo vertical instalado imediatamente na saída de água fria do reservatório.


Deve-se seguir as seguintes recomendações:

- O tubo de ventilação deverá estar ligado à coluna, após o registro de passagem existente;
- Ter sua extremidade superior aberta;
- Estar acima do nível máximo d’água do reservatório;
- Ter o diâmetro igual ou superior ao da coluna.

Para o exemplo anterior, o diâmetro do tubo ventilador devera ser de, no mínimo 40 mm
ou 1 ¼”.

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Montagem típica de Caixa D`agua

Dicas do Hufen

Por que ventilar?

Caso não haja ventilação, podem ocorrer duas coisas:

1- Possibilidade de contaminação de instalação devido ao fenômeno chamado retrosifonagem


(pressões negativas na quede, que causam a entrada de germes através do sub-ramal do vaso
sanitário, bidê ou banheira);

2- Nas tubulações sempre ocorrem bolhas de ar, que normalmente acompanham o fluxo de
água, causando a diminuição das vazões das tubulações. Se existir o tubo ventilador, essas
bolhas serão expulsas, melhorando o desempenho final das peças de utilização. Também no
caso de esvaziamento da rede por falta de água e, quando volta a mesma a encher, o ar fica
“preso”, dificultando a passagem da água. Neste caso a ventilação permitirá a expulsão do ar
acumulado.

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8.2.6 Dimensionamento por Consumo Provável (por Perda de Carga e


Calculo Hidráulico)

• Perda de Carga Normal: é devida ao comprimento da tubulação. As tubulações de cobre


e de plástico (PVC) normalmente com grande emprego nas instalações, oferecem grande
vantagem em relação as tubulações de ferro galvanizado ou ferro fundido no aspecto de perda
de carga (energia) no trajeto do líquido, para a mesma seção e distância linear.

• Perda de Carga Localizada ou acidental: são as perdas que ocorrem nas mudanças de
direção, como por exemplo nas conexões (joelhos, reduções, tês), ou quando a água passa por
dispositivos de controle, tipo registro. Portanto, quanto maior for o número de conexões de um
trecho de tubulação, maior será a perda de pressão ou perda de carga nesse trecho, diminuindo
a pressão ao longo da tubulação

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o
1 Cotovelo 90 raio longo; 9 Entrada de borda;
o
2 Cotovelo 90 raio médio; 10 Registro de gaveta aberto;
o
8 Cotovelo 90 raio curto;
o
11 Registro de globo aberto;
4 Cotovelo 45 ; 12 Registro de ângulo aberto
o
5 Curva 90 raio longo; 13 Tê de passagem direta;
o
6 Curva 90 raio curto; 14 Tê de saída de lado;
o
7 Curva 45 ; 15 Tê de saída bilateral;
8 Entra
da normal; 16 Válvula de pé e crivo;
17 Saída da canalização;
18 Válvula de retenção tipo leve;
19 19-Válvula de retenção tipo pesado.

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CAPITULO 9
O PROJETO HIDRÀULICO- Representação Gráfica

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Exemplo de Planta Hidráulica de Agua Fria

Adotando parede hidráulica ( atende a dois cômodos com a mesma prumada)

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Exemplo de Ramais e Sub Ramais em Residência Completa ( 03 prumadas)

Exemplo de Residência Completa- Isométrico Funcional

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Isométrica de Banheiro

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CAPÍTULO 10
REUSO DA ÁGUA

Cerca de 71% da superfície do planeta Terra é coberta por água. Cerca de 97,5% dessa
água é salgada e está nos oceanos, 2,5% é doce sendo que deles, 2% estão nas geleiras, e
apenas 0,5% estão disponíveis nos corpos d’água da superfície, isto é, subsolo, atmosfera, rios
e lagos, sendo que a maior parte dessa água doce, ou seja, 95%, está internada no subsolo,
que é, portanto, a grande “caixa d’água doce” da Natureza. Portanto, embora nosso planeta
seja conhecido como planeta água o volume de água doce potável é o mínimo, dando-nos a
visão correta de bem finito.
Sabemos também que da água doce e potável existente no planeta, são utilizados 20% no
setor industrial, 70 % uso agrícola e 10% para uso doméstico.
Considerando-se que a água é um bem finito podemos dessa forma concluir o princípio da
racionalização do uso da água:

“Consiste em sistematizar as intervenções que devem ser realizadas em uma edificação, de tal
forma que as ações de redução do consumo sejam resultantes de amplo conhecimento do
sistema, garantindo sempre a qualidade necessária para a realização das atividades
consumidoras, com o mínimo de desperdício.”

O que ganhamos com a racionalização do uso da água?

 Preservação de recursos naturais, uma vez que a água é um bem finito.


 Ganhos ambientais
 Economia Financeira

Nos sistemas residências e comercias podemos adotar captação de agua pluvial ( chuva) e de
aguas cinzas ( chuveiros e ralos)

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Reuso de Águas Cinzas

Eficiência dos sistemas de reaproveitamento de águas cinzas depende de projeto


detalhado na etapa de estudo preliminar da obra e de engenheiros especializados

Exemplo do sistemas em edifícios

O Principal fator complicador dos projetos de reuso de água, tanto pluviais como de águas
cinzas e negras é a separação dos ramais e cisternas que deve obedecer a critérios rigorosos,
a fim de se reduzir riscos de contaminação. Os custos operacionais também pesam bastante.

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A implantação desses sistemas, no entanto, não é simples e implica acréscimos de custo


significativos à obra. A especificação de componentes como reservatórios, sistemas de
tratamento e redes de distribuição exclusivas exigem projetos criteriosos que devem ser
acompanhados por engenheiros especializados, além de mão-de-obra capacitada para fazer a
correta manutenção dos equipamentos.

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CAPÍTULO 11
Sistemas de Agua Quente -NBR 7118
Para obter um bom desempenho de um sistema de água quente, sabemos que a escolha
dos componentes condutores da água é fundamental, por isso o COBRE destaca-se por seu
melhor desempenho, resistência, durabilidade e condução da água.

Nas instalações de aquecedores é preciso conhecer o tipo de energia disponível para


aquecer a água: elétrica, a gás ou solar, pois, dependendo do tipo de energia podemos definir o
sistema de alimentação dos equipamentos a serem utilizados.

11.1 Tipos de Aquecimento de Água

Solar: Trata-se de um sistema composto por coletores solar, reservatório térmico(boiler) e


aquecimento auxiliar. Este sistema é similar ao de acumulação, porém a água é aquecida por
energia solar.

Passagem: Sistema em que a água é aquecida gradualmente à medida que passa pelo
aparelho, tendo esse como fonte de energia o gás combustível onde o gás também pode ser
transportado por tubos de cobre rígidos Classe A e Flexíveis Classe 2.

Acumulação: Sistema em que a água aquecida fica armazenada em reservatório


térmico(boiler), tendo esse como fonte de energia e eletricidade, o gás combustível ou a energia
solar.

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O sistema predial de água quente é constituído por alguns componentes importantes como:

 Tubulação de água fria para alimentar o sistema de água quente.


 As fontes de aquecimento da água: aquecedores de passagem ou de acumulação
(elétricos ou a gás), aquecedor solar.
 Dispositivos de segurança: Juntas de expansão, termostato.
 Tubulação para condução de água quente: Cobre FG (ferro galvanizado), Cpvc
(policloreto de vinila clorado), PPR (polipropileno copolímero random), Pex (polietileno
reticulado).

11.2 Tipos de Aquecedores

Acumulador/ Boiler Aquecedor a Gás Elétrico/eletrônico

Esquema vertical residencial com agua fria e quente

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Componentes do Sistema de Aquecimento por Coletor Solar

11.3 Distribuição

O Cobre sem dúvida é um excelente material e conseqüentemente uma tubulação de


cobre tem as mesmas características de resistência mecânica, durabilidade e acabamento.
Porém atualmente há no mercado outras opções mais econômicas e menos complexas
para se executar uma instalação de água quente.
Uma instalação de água quente na maioria dos casos não requer uma alta resistência
mecânica (resistência do material), pois as pressões desta instalação geralmente são baixas
exigindo pouco das tubulações.

Importante

O cobre é um dos metais mais resistentes e apropriados à condução de àgua e outros


fluidos. Porém, a falta de observância de normas técnicas corretas quando de sua instalação e
utilização, assim como a falta de cuidados no seu manuseio e armazenamento e a sua exposição
a agentes agressivos, inclusive água de mina, de poço ou de abastecimento público, que não
tenha o tratamento adequado, poderão comprometer a boa resistência e durabilidade que dele se
espera. Observe corretamente as normas de instalação pertinentes constantes das NBRs nºs
5626, 10897, 13932, 13933, 13714, 14570 e 15345, expedidas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT.

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11.4 Com Sistema PEX (Polietileno Reticulado)

Esta instalação obedece aos conceitos de uma instalação elétrica por meio de conduítes (
mangueiras flexíveis) facilitando a manutenção, dispensa a necessidade de quebra de paredes.
O PEX é um tipo de material que de forma tímida vem sendo introduzido no mercado, mas
o seu custo e a falta de mão de obra qualificada tem sido um entrave para a sua divulgação.
Falando como profissional da área de hidráulica acredito que o PEX será a tubulação mais
usada em um futuro bem próximo, pois, a sua facilidade de instalação é impressionante, e há
também alguns aspectos muito vantajosos tais como, a dispensa de conexões intermediárias.
Já que em toda instalação são possíveis pontos de vazamento.
Também podem ser utilizados para o transporte de água quente e fria, e podem conduzir gás
devido a sua resistência mecânica

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CAPÍTULO 12
MATERIAIS HIDRÀULICOS

12.1 Tubo e Conexões

Amigos, quando pensamos em instalações hidráulicas, logo vem a nossa cabeça tubos de PVC
e suas conexões conduzindo água para as torneiras, chuveiro e pias da casa.

Não damos tanta atenção assim a essa etapa de obra. Entretanto, na construção civil uma das
áreas mais inovadoras é justamente a de instalações.*

Materiais: muito além do PVC

O PVC é apenas um dos materiais de tubos e conexões, mas ele atende todos os projetos? Ele
pode conduzir água quente? O PVC de água fria é o mesmo para esgoto? Pode ficar exposto ao
sol? Você sabia que o PVC não pode conduzir água quente?

Hoje no mercado há vários outros tipos de materiais com características específicas para
atender os mais diversos tipos de projetos. Esse é o fator determinante para a escolha do tipo de
material de tubos e conexões a serem utilizados na sua obra:

 a necessidade;
 as características do projeto;
 a disponibilidade na sua região;
 o custo-benefício.

Para a construção da sua Casa pode ser que o PVC atenda a maioria dos casos, mas é bom
conhecer os outros materiais disponíveis e suas características, assim você conseguirá fazer
melhor um comparativo e procurar um melhor custo benefício.

Para a linha de água fria e quente há os seguinte materiais: PVC, CPVC, PPR, PEX, Cobre.
Para a linha de esgoto há o PVC, PVC-R.

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12.1.1 PVC

O PVC – Policloreto de Vinila – são tubos e conexões para a condução de água fria, com
temperatura de trabalho a 20ºC. É o material mais utilizado nas instalações hidráulicas
residenciais. Há dois tipos de linhas de produtos: o PVC Soldável e o PVC Roscável.

O PVC soldável utiliza adesivo e solução


limpadora para fazer a união dos tubos com
as conexões, geralmente de cor marrom.
Antes de fazer a junção entre as peças é
necessário lixar a ponta do tubo e o interior da
conexão até desaparecer o brilho da
superfície. Em seguida, limpa-se a superfície
com um pano e solução limpadora, aplica-se
a cola no tubo e na conexão e faz a união
entre eles com uma leve torção entre o tubo e
a conexão. Com outro pano retira-se o
excesso de adesivo.

O roscável utiliza uma Tarraxa para fazer rosca na ponta dos tubos e fita veda-rosca para fazer a
união dos tubos com as conexões, geralmente são na cor branca. Cuidado para não utilizar fita
em excesso porque pode quebrar a conexão e nem faça aperto excessivo.

12.1.2 CPVC

O CPVC – Policloreto de Vinila Clorado – são


tubos e conexões de alta resistência mecânica
e a corrosão. São indicados para água fria e
água quente com temperatura de trabalho de
70ºC e máxima de 80ºC

A instalação é feita por juntas soldáveis com


utilização de adesivo, como nas instalações de
PVC.

12.1.3 PPR

O PPR – Polipropileno Copolímero Random – são tubos e conexões unidos por termofusão a
260ºC, formando uma tubulação única, sem o risco de vazamentos e sem a utilização de colas e
fazer roscas. São indicados principalmente para água quente e dispensa o isolamento térmico,
aquele tipo de espuma que envolve as tubulações de cobre.

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A temperatura de trabalho é de 70ºC, mas


suportam picos de ate 95ºC. Essa tolerância é
importante para caso haja algum problema no
aquecedor.

Para fazer a termofusão é necessário utilizar


um aparelho termofusor que aquece a ponta do
tubo e o interior da conexão .

Como a união dos tubos é por termofusão, ou seja, formam um elemento único, o risco de
vazamentos é praticamente zero e caso haja necessidade de ampliar o sistema, ou fazer
alguma manutenção durante uma reforma, o procedimento é o mesmo: aquecer a ponta do
tubo e o interior da conexão.

12.1.4 PEX

O PEX – Polietileno Reticulado Monocamada –


é um sistema de bobinas de tubos (tipo
mangueira) ligados a um módulo
distribuidor que conduz água fria e
principalmente água quente, com temperatura
de trabalho a 70 e picos de 95. As conexões
são metálicas (em latão) do tipo deslizantes. É
um sistema muito indicado para paredes em
drywall e edificações com vários ambientes
iguais, como um hotel.

É uma concepção totalmente diferente dos


sistemas de tubos como o PVC, CPVC, PPR e
que possui bitolas bem menores que estes.
Tem um reduzido número de conexões porque
a tubo (mangueira) é maleável e permite
curvas.

12.1.5 COBRE

Os tubos de cobre apresentam boa resistência


química, mecânica e à corrosão, além de
excelente condutibilidade térmica e elétrica,
soldabilidade e fácil manuseio. O tubo de cobre
tem longa durabilidade e é reciclado.

Indicados para instalação de água fria, água


quente e instalações a gás.

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12.2 TIPOS DE VÁLVULA

Existem no mercado, diversos tipos de válvulas, que são empregadas para o funcionamento
pleno de tubulações, caldeiras, entre outros equipamentos. Entretanto, as válvulas mais
utilizadas no são:

 Válvula esfera;
 Válvula borboleta;
 Válvula de retenção;
 Válvula gaveta;
 Válvula globo;
 Válvula de diafragma.

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12.3 Gabarito de Instalação de Equipametos e Louças

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CAPÍTULO 13

INSTALAÇÕES SANITÁRIAS (Esgoto) NBR 19/83-ABNT NBR 8160

13.1 Definição

Conjunto de tubulações, conexões e aparelhos destinados a permitir o escoamento dos


despejos ( águas residuais) de uma construção.
Os despejos podem ser denominados águas imundas quando compostos por água,
material fecal + urina, águas servidas quando provenientes de operações de lavagem e
limpeza e industriais, quando provenientes de processos industriais.

13.2 Componentes

• Canalização primária ( ____ ) aquela em que há excesso dos gases provenientes


do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
• Canalização secundária ( ____ ): esta é protegido de gases por desconector.
• Ramal de descarga é a canalização que recebe diretamente os efluentes dos
aparelhos sanitários.
• Ramal de esgoto – recebe os efluentes dos ramais de descarga.
• Tubo de queda (TQ) para o caso de construções com mais de um pavimento, é
canalização vertical que recebe os efluentes dos ramais de esgoto.
• Caixa de gordura (CG) – é a caixa coletora de gorduras
• Raio seco (Rs) – Caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber
águas de lavagem de pisos ou de chuveiros.
• Raio sifonado ou caixa sifonada (cs) recebe águas de lavagens de pisos e efluentes
de aparelhos sanitários, exceto de bacias sanitárias (vasos).
• Caixa de passagem (CP) ou caixa de inspeção (CI) – caixa destinada a permitir a
inspeção e desobstruções de canalizações.
• Coluna de ventilação (CV) – tubo ventilador de diâmetro de 75 ou 100 mm que se
desenvolve através de pavimento e cuja extremidade superior é aberta á
atmosfera. Prolongado até aproximadamente 30 cm acima da cobertura, longe
de qualquer vão de ventilação (porta ou janela).

13.3 Pontos importantes a serem observados no Sistema de Esgoto.

• Deve permitir rápido escoamento dos despejos e facilidade de limpeza em caso de obstrução
(caixas de passagem).
• Vedar entrada de gases, insetos e pequenos animais para o interior da casa.
• Não permitir vazamentos, escapamentos de gases ou formação de depósitos no interior das
canalizações.
• Não permitir contaminação da água de consumo e nem de gênero alimentício.
• O esgoto deve correr sempre em linha reta e com declividade uniforme (2 a 3% para PVC e
aproximadamente 5% para manilhas).
• Usar caixas de passagem nas mudanças de direção.

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• Ramais de esgoto com mais de 15 m de extensão, deverão ter CP intermediárias para


inspeção
• Sempre que possível, o esgoto deve desenvolver-se pelo exterior da construção.
• A rede de esgoto deve estar a profundidade mínima de 30 cm.
• Lavatórios, chuveiros e bidês devem ser ligados por ramais de descarga a um
desconector (caixa sifonada) cuja saída vai ao ramal de esgotos.
• A água do chuveiro pode ser coletada por uma caixa sifonada própria ou por um
simples ralo seco (se assim for, este deve ser ligado à caixa sifonada)
• Vasos sanitários devem ser ligados diretamente à canalização primária (ramal de
esgoto) de diâmetro no mínimo ≥ 100mm
• Pias de cozinha devem ser conectadas a uma caixa de gordura antes de serem
ligadas à rede de Esgoto.
• Tanques podem ser conectados diretamente à canalização primária.
• Rede pública ou fossa em nível inferior, após ultima CP.

Componentes do sistemas de Esgoto Predial


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13.4 Dimensionamento dos Ramais de Esgoto ( Tabelado)


Quando dois ou mais ramais de descarga se encontram, formando uma única tubulação, essa
tubulação passa a se chamar ramal de esgoto. Nos banheiros, por exemplo, os ramais de
descarga (exceto o do vaso sanitário) podem ser conectados a uma caixa sifonada, de cuja
saída deriva o ramal de esgoto.

Veja que em nosso exemplo os ramais de descarga do lavatório, do chuveiro e da banheira


estão conectados a uma caixa sifonada, e a partir daí segue o ramal de esgoto.

Para determinarmos os diâmetros dos ramais de esgoto do banheiro, da cozinha, da área de


serviço e a caixa sifonada ideal para o banheiro, podemos utilizar as tabelas abaixo:

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13.5 Dimensionamento por UHC ( Tabelado)


O dimensionamento das tubulações de esgoto é realizado a partir da somatória de pesos
atribuídos às peças sanitárias e da consulta a tabelas apresentadas na norma.

O Método das Unidades de Hunter de Contribuição – UHC.

13.5.1 Ramais de Descarga


Recebem os efluentes dos aparelhos sanitários

Declividade:1%:significa 1cm de desnível para cada 1 m de tubulação.

 Ramal de descarga: DN mínimo é 40 mm para PVC


 Ramal de descarga da bacia sanitária mínimo é de 100 mm.
 Mudanças de direção:- horizontal: ângulo ≤ 45º e vertical ≤ 90º.

Tabela 1 - Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos


sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga

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Ramais de Descarga: Para aparelhos não relacionados na tabela anterior, devem ser
estimadas as UHC e dimensionadas na tabela abaixo:

Tabela 2: Unidades de Hunter de Contribuição para aparelhos não


relacionados na Tabela 1

13.5.2 Ramais de Esgoto:


Recebem os efluentes dos ramais de descarga.

 Dimensionamento: somatório de UHC


 Declividades Mínimas semelhante ao adotado para ramais de descarga.
 É aconselhável adotar o DN 75 mm para ramais de esgoto de máquina de lavar roupa e
banheiras para evitar o acúmulo de espuma no interior das caixa sifonada.
 Ramais descarga de pias de cozinha: ligação com a caixa de gordura.

Tabela 3: Dimensionamento dos ramais de esgoto.

A partir da soma dos UHC dos aparelhos sanitários da Tabela 1, determinar através da tabela 3
os diâmetros dos ramais de esgoto.

Exemplo :Ramal de esgoto de banheiro edifício residencial.

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13.5.3 Tubos de Queda ( Predial):

Recebem os efluentes dos ramais de esgoto e ramais de descarga até os sub coletores.

As seguintes restrições devem ser observadas:

 Nenhum vaso sanitário pode descarregar em um tubo de queda de diâmetro inferior a


100 mm;
 Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de
lavar louças, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva e em caixa
de espuma, respectivamente.
 Nenhum tubo de queda pode ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligada;
 Tubo de queda que recebe descargas de pias (de copa, cozinha ou despejo) não pode
ter diâmetro inferior a 75 mm. Faz-se exceção a prédios de até 2 andares, cujos tubos
de queda recebem até 6 Unidades Hunter.

Tabela 4 - Dimensionamento do tubo de queda.

Exemplo :Tubo de Queda de Edifício residencial.

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13.5.4 Subcoletores: recebe os efluentes de um ou mais tubo de queda ou ramais de


esgoto.

Coletor predial: É a canalização de esgotos de propriedade particular que conduz o


esgoto de um ou mais edifícios até:

a) a rede pública de coleta de esgoto sanitário, quando ela existir;


b) em sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de coleta de esgoto
sanitário.

Tabela 5 - Dimensionamento de sub coletores e coletor predial.

Exemplo :Coletor e Sub Coletor de Edifício residencial.

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13. 6 O PROJETO_ Representação Grafica

Exemplo de Aplicação no Banheiro de casa Térrea


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Exemplo de Aplicação de Casa Térrea- Banheiro

Exemplo de Aplicação de Casa Térrea – Banheiro, Cozinha e AS

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Exemplo de Aplicação de Casa Térrea Completa

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Exemplo: Esquema Funcional- Banheiro Residencial

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13.7 Coleta de Esgotos e Dispositivos de Inspeção


A) Caixa de Gordura: O ramal de esgoto da cozinha não pode ser ligado diretamente aos sub-
coletores. As águas residuárias da cozinha possuem óleo e
gordura que podem entupir as tubulações.
B) Caixa de Inspeção: São pontos de acesso para permitir a inspeção, limpeza e
desobstrução da tubulação .

Na Residência

Nos edifícios

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13.8 SISTEMA DE ESGOTO DOMICILIAR

Fossa Séptica

O tanque séptico ou fossa séptica é uma das soluções recomendadas para destino
dos esgotos (afluentes) em edificações providas de suprimento de água. É um
dispositivo de tratamento biológico, destinado a receber a contribuição de um ou mais
domicílios e com capacidade de dar aos esgotos um grau de tratamento compatível com
sua simplicidade e custo.
Os tanques sépticos foram concebidos por volta do ano de 1860, a partir de trabalhos
pioneiros de Louis Mouras, na França, que utilizando um tanque enterrado no solo,
acondicionou matérias sólidas provenientes de cozinha e banheiro e observou a
formação de um lodo escuro e pouco denso. Até hoje, esses tanques ainda são
amplamente divulgados, constituindo uma das principais alternativas para tratamento
biológico primário de despejos.
Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismático-retangulares, sendo que
estes últimos favorecem a decantação, basicamente dos tipos com câmara única, com
câmaras em série e com câmaras sobrepostas. Pode ser todo construído de concreto ou
as paredes podem ser de alvenaria de ½ tijolo, de tijolos maciços (35 tijolos maciços por
m2) revestidos com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 adicionada de
impermeabilizante.
As paredes são executadas sobre base de concreto simples feita sobre terreno
apiloado, nas dimensões determinadas pelo projeto. As chicanas, responsáveis pelo
direcionamento do afluente dentro do tanque, podem ser de madeira ou concreto pré-
fabricado, com espessura 0,05 m, sendo a da entrada menor que a da saída. A laje que
serve para tampar e vedar a fossa, normalmente é confeccionada de concreto armado,
0,06 a 0,08 m de espessura, e é septada, composta por partes de 0,50 m de largura que
facilitam a abertura para limpeza. As tubulações de entrada e saída são de 4”.

Esquema de Fossa Séptica de Câmara Única

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13.8.1 CAIXA DE GORDURA

Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos contidos no
esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando
queestes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.

As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas
condições de ventilação.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos
sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o
esgoto para caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura
individuais nos andares.
As caixas de gordura podem ser moldadas in loco ou adquiridas prontas no mercado.

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13.8.2 CAIXA DE INSPEÇÂO

Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações.


Toda mudança de diâmetro, direção ou de declividade dos coletores e sub-coletores
enterrados deve ser feita através de uma caixa de inspeção.
A distância máxima entre duas caixas não deve ultrapassar 15 m para facilitar a
desobstrução dos tubos.

a) profundidade máxima de 1,00 m;


b) forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
c) tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
d) fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.

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13.9 FECHO HÍDRICO

Coluna líquida que, num sifão sanitário, veda a passagem dos gases nas instalações
prediais de esgotos sanitários.

Desconectores ou sifões: peças que contêm uma camada líquida chamada de “fecho
hídrico”, fundamentais para impedir a passagem dos gases contidos nos esgotos. A norma
brasileira NBR 8160 recomenda um mínimo de 5 cm para altura dos fechos hídricos dos
desconectores.

Ralos: são caixas que possuem grelha na parte superior, que recebem as águas de chuveiros
ou de lavagem de pisos. Quando contém sifão, chamamos de ralos sifonados.

Caixas sifonadas: peças que recebem as águas servidas de lavatórios, banheiras, box,
tanques e pias, ao mesmo tempo em que impedem o retorno dos gases contidos nos esgotos
para os ambientes internos. Também podem recolher as águas de lavagem de piso, através da
grelha superior, e protegem a instalação contra a entrada de insetos, graças ao fecho hídrico.

Vaso Sanitario: Seu funcionamento é bastante simples: o vaso mantém uma quantidade de
água; logo atrás, o cano do vaso sanitário que leva os dejetos faz uma curva para cima e outra
para baixo - um sifão - e que, somente depois, vai para o esgoto; nessa curva, uma quantidade
de água fica acumulada e, quando a descarga é acionada, uma quantidade de água é liberada.

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13.10 Materiais de Esgoto

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Ralos Sifonados

Ralos Secos Sifão Duplo e Simples

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CAPÍTULO 14
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM
A palavra "pluvial" vem do latim “pluvium”, que significa chuva. Portanto, águas pluviais
são as águas da chuva. Estas águas, que escoam sobre a superfície do solo, terraços,
telhados, etc, precisam ser captadas e conduzidas de forma controlada por sistemas de
captação e drenagem pluvial, para evitar alagamentos, reduzir a erosão do solo e proteger as
edificações da umidade, garantindo conforto às pessoas. Por isso são tão importantes os
sistemas de Captação de Águas e Drenagem.
As instalações prediais de águas pluviais seguem as preconizações da norma NBR
10844 (ABNT,1989) - Instalações Prediais de Águas Pluviais.
Os objetivos específicos que se pretende atingir com o projeto de instalações de águas pluviais
são os seguintes:

• Permitir recolher e conduzir as águas da chuva até um local adequado e permitido;


• Conseguir uma instalação perfeitamente estanque;
• Permitir facilmente a limpeza e desobstrução da instalação;
• Permitir a absorção de choques mecânicos;
• Permitir a absorção das variações dimensionais causadas por variações térmicas bruscas;
• Ser resistente às intempéries e à agressividade do meio (Ex. maresia da orla marítima);
• Escoar a água sem provocar ruídos excessivos;
• Resistir aos esforços mecânicos atuantes na tubulação;
• Garantir indeformabilidade através de uma boa fixação da tubulação.

Componentes do Sistemas Calhas Pluviais

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Segundo CREDER (1995), os códigos de obras dos municípios, em geral, proíbem o


caimento livre da água dos telhados de prédios de mais de um pavimento, bem como o
caimento em terrenos vizinhos. Tal água deve ser conduzida aos condutores de águas pluviais,
ligados a caixas de areia no térreo; daí, podendo ser lançada aos coletores públicos de águas
pluviais.
Aplica-se a drenagem de águas pluviais em coberturas, terraços, pátios, etc.

14.1 Terminologia

Apresentam-se abaixo algumas das definições associadas aos conceitos de hidrologia e


hidráulica:

• Altura pluviométrica: é o volume de água precipitada (em mm) por unidade de área, ou é a
altura de água de chuva que se acumula, após um certo tempo, sobre uma superfície
horizontal impermeável e confinada lateralmente, desconsiderando a evaporação.
• Intensidade pluviométrica: é a altura pluviométrica por unidade de tempo (mm/h).

• Duração de precipitação: é o intervalo de tempo de referência para a determinação de


intensidades pluviométricas.

• Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma duração de precipitação,
uma determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma
vez.

• Área de contribuição: soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem
as águas para determinado ponto da instalação.

• Tempo de concentração: intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento


em que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção
transversal de um condutor ou calha.

• Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto
de destino.

• Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinada a recolher e conduzir águas


pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais.

• Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas,


terraços e similares e conduzi-las até a parte inferior do edifício.

• Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junta as paredes e ao fundo do
condutor ou calha.

• Área molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.

• Raio hidráulico: é a relação entra a área e o perímetro molhado.

• Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas.

• Coeficiente de deflúvio superficial: quantidade de chuva que escoa superficialmente.

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14.2 Componentes da instalação

3.1 Formato das calhas

As calhas apresentam geralmente as seções em forma de V, U, semicircular, quadrada ou


retangular.

3.2 Tipos de calhas

Diversos tipos de calhas podem ser instaladas. A Figura 3-1. Calha de beiral ilustra a calha
instalada em beiral; a Figura 3-2 ilustra a calha instalada em platibanda e a Figura 3-3 ilustra a
calha instalada no encontro das águas do telhado (água-furtada).

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14.3 Materiais utilizáveis


Segundo a NBR 10844, os seguintes materiais podem ser utilizados para coleta e condução
das águas pluviais:

• Calha: aço galvanizado, folhas de flandres, cobre, aço inoxidável, alumínio, fibrocimento,
pvc rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria.
• Condutor vertical: ferro fundido, fibrocimento, pvc rígido, aço galvanizado, cobre, chapas
de aço galvanizado, folhas de flandres, chapas de cobre, aço inoxidável, alumínio ou
fibra de vidro.
• Condutor horizontal: ferro fundido, fibrocimento, pvc rígido, aço galvanizado, cerâmica
vidrada, concreto, cobre, canais de concreto ou alvenaria.

As canalizações enterradas devem ser assentadas em terreno resistente ou sobre base


apropriada, livre de detritos ou materiais pontiagudos. O recobrimento mínimo deve ser de
30cm. Caso não seja possível executar esse recobrimento mínimo de 30cm, ou onde a
canalização estiver sujeita a carga de rodas, fortes compressões ou ainda, situada em área
edificada, deverá existir uma proteção adequada com uso de lajes ou canaletas que impeçam a
ação desses esforços sobre a canalização.

14.4 Projeto de instalações prediais de águas pluviais

4.1 Principais prescrições da NBR 10844 a serem observadas e adotadas

• O sistema de esgotamento das águas pluviais deve ser completamente separado da rede
de esgotos sanitários, rede de água fria e de quaisquer outras instalações prediais.
Deve-se prever dispositivo de proteção contra o acesso de gases no interior da
tubulação de águas pluviais, quando houver risco de penetração destes.
• Nas junções e, no máximo de 20 em 20 metros, deve haver uma caixa de inspeção.
• Quando houver risco de obstrução, deve-se prever mais de uma saída.
• Lajes impermeabilizadas devem ter declividade mínima de 0,5%.
• Calhas de beiral e platibanda devem ter declividade mínima de 0,5%.
 Nos casos em que um extravasamento não pode ser tolerado, pode-se prever
extravasores de calha que descarregam em locais adequados.
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 Os tubos de PVC a serem adotados nos sistemas prediais de águas pluviais devem ser
da linha esgoto Série Reforçada, de acordo com a norma NBR 5688 – Sistemas
Prediais de Água Pluvial, Esgoto Sanitário e Ventilação - Requisitos para Tubos e
Conexões, pois têm maior resistência às sub-pressões que podem ocorrer nestas
instalações;
- A ligação entre os condutores verticais e horizontais deve ser feita com curva de raio
longo, com caixa de inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente
ou enterrado;
- O diâmetro mínimo (comercial) dos condutores verticais é de DN 75.
- A inclinação das calhas de platibanda e beiral deve ser uniforme, com valor mínimo de
0,5%, ou seja, em cada 1 metro de tubo na horizontal, teremos 5 mm de desnível
vertical.

14.4.1 Fatores meteorológicos

Para se determinar a intensidade pluviométrica (I) para fins de projeto, deve ser fixada a
duração da precipitação e do período de retorno adequado, com base em dados pluviométricos
locais.
4.2.1 Duração da precipitação

Deve ser fixada em 5 minutos.

4.2.2 Período de retorno

A NBR 10844 fixa os seguintes períodos de retorno, baseados nas características da área a ser
drenada:
• T = 1 ano: para áreas pavimentadas onde empoçamentos possam ser tolerados;
• T = 5 anos: para coberturas e/ou terraço;
• T = 25 anos: para coberturas e áreas onde empoçamentos ou extravasamentos não
possam ser tolerados.

4.2.3 Intensidade de precipitação

A intensidade de precipitação (I) a ser adotada deve ser de 150mm/h quando a área de
projeção horizontal for menor que 100m². Se a área exceder a 100m², utilizar a tabela 5
(Chuvas Intensas no Brasil) da NBR 10844/1989. Algumas cidades estão representadas na
Tabela 4-1.

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Caixa de areia

Devem ser previstas inspeções nas tubulações aparentes nos seguintes casos:
- conexão com outra tubulação;
- mudança de declividade e/ou de direção;
- a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
Devem ser previstas caixas de areia nas tubulações nos seguintes casos:
- nas conexões com outra tubulação;
- mudança de declividade e/ou direção;
- a cada trecho de 20 metros nos percursos retilíneos.
Em ambos os casos, em cada descida (condutor vertical) ou no pé do tubo condutor vertical
deverá ser instalada uma caixa de areia. De acordo com a 10844, a ligação entre os
condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo com inspeção caixa de
areia. A Figura abaixo indica um modelo desta caixa.

Apresentação do projeto

O projeto de instalações prediais de águas pluviais deve ser composto de plantas baixas de
todos os pavimentos (de um pavimento tipo no caso de sua existência), planta de cobertura,
locação, detalhes, memorial descritivo e de cálculo. Todas as pranchas devem possuir legenda
e notas.

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14.5 Drenagem

Quando a água, geralmente proveniente da chuva, preenche toda a porosidade de um solo, por
encontrar dificuldade de escoar naturalmente, acontecem vários inconvenientes como:

Prejuízo na estabilidade das construções;


Formação de um ambiente muito úmido no interior das construções;
Alagamento no solo, que pode causar transtornos para a passagem de veículos e pessoas;
Grandes trechos alagados, prejudicando lavouras ou campos esportivos.

A finalidade da drenagem subterrânea é permitir o escoamento do excesso de água do solo,


através de um sistema de tubulações perfuradas, colocadas a uma certa profundidade.
Quando esta água subterrânea existe em grande quantidade no solo (solo saturado), damos o
nome de lençol freático.

Como a drenagem reduz a umidade do solo, ela acaba rebaixando a altura do lençol freático
através da retirada e afastamento do excesso de água subterrânea. Isto oferece maior
segurança para as construções, pois entre outros motivos, evita que o solo “afunde”com o seu
peso em função da grande quantidade de água no solo.

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14.5.1 Aplicações da drenagem


Construção civil:

Muito utilizada em muros de arrimo, que os protege contra rachaduras e tombamentos que
poderiam acontecer pelo excesso de pressão no solo em função do acúmulo de água infiltrada.
Além disso, gera economia, pois com um sistema de drenagem bem executado, pode-se
dimensionar os muros de arrimo mais estreitos e leves.
Outra aplicação é no rebaixamento do lençol freático do solo das construções, para protegê-
las do excesso de umidade e de possíveis afundamentos do solo pelo peso das construções.

Gramados e campos esportivos:

Neste caso a drenagem é importante para se evitar empoçamento e manter saudáveis os


gramados.

Agricultura:

O uso de sistemas de drenagem em áreas plantadas evita a perda de plantações pelo excesso
de umidade, aumenta a produtividade, e ainda facilita o trânsito na superfície do solo. Da
mesma forma, em regiões mais secas, a drenagem evita a salinização (grande acúmulo de sais
minerais) dos solos que serão irrigados.

Outras aplicações:

Em aeroportos, em rodovias, ferrovias, em muros de contenção, túneis, cortes e aterros, para


distribuir os efluentes de fossas sépticas nos sistemas de trincheiras filtrantes ou irrigação sub-
superficial, e em áreas públicas e urbanas para a coleta e condução de águas em drenos
subterrâneos.

Exemplo de Sistema de Drenagem em Campo de Futebol

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14.6 Dimensionamento

Passo 1: Primeiramente precisamos identificar a intensidade pluviométrica (quantidade de


chuva da região, calculada em milímetros por hora). Para isto, basta selecionar na tabela AP02
o local onde será executado o projeto e o período de retorno da chuva conforme orientações
abaixo:

- Período de Retorno T = 1 ano, utilizado em áreas pavimentadas onde empoçamentos possam


ser tolerados;
- Período de Retorno T = 5 anos, utilizado para terraços;
- Período de Retorno T = 25 anos, para coberturas e áreas onde os empoçamentos não podem
ocorrer.

Os valores entre parênteses indicam os períodos de retorno a que se referem as intensidades


pluviométricas, em vez de 5 ou 25 anos, em virtude de os períodos de observação dos postos
não terem sido suficientes. Para locais não mencionados, deve-se utilizar os dados da cidade
mais próxima, que tenha condições meteorológicas semelhantes.

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Este valor será utilizado agora para o cálculo da vazão total da área a ser drenada, e
assim saberemos quantos litros de água de chuva deverão ser escoados pelas calhas.

Este cálculo é feito através da equação 1:

Onde:
V: vazão Total (litros/segundo)
H: índice Pluviométrico (mm/hora) da tabela AP02
S: área da superfície a ser drenada (m²)

Passo 2: Calcule o número de saídas das calhas para os tubos de drenagem.

Esse passo deve ser iniciado pela seleção do diâmetro e declividade do tubo de drenagem que
será utilizado no projeto. Observe que a declividade é dada em porcentagem. Por exemplo, o
que significa uma declividade de 1%?

Veja a ilustração:

Ou seja, a cada 1 metro de comprimento na horizontal, o tubo terá 1cm de desnível em relação
ao nível do solo.

Tubo de Drenagem Perfurado


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Em seguida deve ser consultada a tabela AP03 para determinar a vazão do tubo de drenagem
selecionado (Vtubo).

Estas informações serão utilizadas na equação 2 para determinar o número de tubos de


saídas:

Onde:
N: número de tubos de saídas
V: vazão total (litros/segundo) da equação 1
Vtubo: vazão de cada tubo de drenagem (litros/segundo) da tabela AP0

Passo 3: Verifique a capacidade de vazão da calha.Essa etapa é a escolha do tipo de calha a


ser utilizado, cuja capacidade de escoar a água coletada dependerá da declividade e do
comprimento dos trechos.A capacidade de vazão deve ser calculada por trecho de calha, entre
cada 2 saídas, através da equação 3:

Agora localizamos a vazão calculada “Vtrecho” nas tabelas AP04 e AP05 (conforme
declividade escolhida). Desta forma saberemos qual é o tipo de calha que terá a capacidade
ideal para escoamento da área desejada.

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Nesse momento é importante conferir na tabela AP06 se o tipo de calha escolhido tem
conexões adequadas para saída com o diâmetro de tubo de drenagem escolhido no passo 2 e
confirmar quais conexões deverão ser utilizadas em cada ponto de saída ao longo da calha
(bocais, saídas laterais, cabeceiras, etc).

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14.7 Drenagem Urbana – Galerias de Aguas Pluviais de Rua

A microdrenagem urbana é definida pelo sistema de condutos pluviais em nível de loteamento


ou de rede primária urbana. De maneira sintética podemos afirmar que o sistema de
microdrenagem (Figura 4) é o primeiro a entrar em contato com as águas de chuva após elas
encontrarem o solo.

Sistema de Microdrenagem (Tucci, 1995)

Em um sistema de microdrenagem, é possível identificar as seguintes estruturas:

- Meio-fio: elemento de pedra ou concreto colocado nos passeios de vias públicas


paralelamente ao eixo da rua;

- Sarjetas: faixas da via paralelas ao meio-fio que com ele formam uma calha.

São destinadas a conduzir a água pluvial. Pode-se calcular a capacidade máxima da sarjeta de
condução considerando a água escoando apenas por sua seção ou por toda calha da rua;

- Sarjetões: calhas formadas pelo próprio pavimento, localizadas nos cruzamentos das vias
públicas e destinadas a direcionar a água pluvial que escoa pela sarjeta;

- Bocas-de-lobo: os dispositivos localizados em pontos estratégicos nas sarjetas para captar


águas pluviais e direcioná-las às galerias. Essas estruturas são frequentemente cobradas em
concursos públicos.

Alguns critérios principais de projeto:

 Nos pontos mais baixos do sistema viário devem ser instaladas estruturas
denominadas “bocas-de-lobo”;

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 Tais estruturas devem ser colocadas de forma a não terem a sua capacidade de
engolimento ultrapassadas, bem como respeitar a capacidade da sarjeta. Lembre-se
que a vazão conduzida pela sarjeta aumenta durante o escoamento (pois recebe
diversas “contribuições” laterais) até que haja uma boca-de-lobo que recolha toda essa
água;
 Também as bocas-de-lobo não devem ser instaladas nos vértices das vias, de forma a
facilitar a travessia de pedestres e para que não haja a convergência de torrentes.

As bocas-de-lobo podem ser bocas ou ralos de guias, ralos de sarjeta (grelhas), ou ralos
combinados. Podem apresentar ainda depressão ou serem colocadas de forma simples ou
múltipla (Figura 5).

Tipos de Boca de lobo (Tucci, 1995)

- Tubos de ligações: são canalizações destinadas à conduzir a água proveniente das bocas-
de-lobo até as galerias ou poços de visita;
- Galeria: canalizações públicas usadas para conduzir águas pluviais provenientes das bocas-
de-lobo e das ligações privadas. Devem ser projetadas para funcionar à seção plena com a
vazão de projeto (seção plena significa a tubulação integralmente coberta por água);
- Poço de visita: dispositivos localizados em pontos convenientes do sistema de galerias para
permitirem mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro e inspeção e
limpeza das canalizações. Se a diferença entre a tubulação afluente e efluente for maior que
0,70m, o poço de visita será denominado poço de queda.
- Caixas de ligação: Função similar à do poço de visita, mas não permite visitação;
- Trecho: parte da galeria entre dois poços de visita;
- Estações de bombeamento e condutos forçados: conjunto de obras e equipamentos
destinados a retirar água de um canal de drenagem, quando isso não for possível por
gravidade.

Para o adequado dimensionamento dessas estruturas de transporte da água é o primeiro


passo é a determinação da vazão máxima de projeto.
Temos que lembrar primeiramente que a precipitação (chuva) é um fenômeno aleatório. Por
outro lado, a vazão em um instante de tempo qualquer, em determinada seção de uma calha
condutora de água NÃO é aleatória e pode ser determinada em função de uma série de
parâmetros, tais como: precipitação que no mesmo instante de tempo da vazão, precipitação
em tempos antecedentes (chuvas nos dias anteriores), geologia, topografia, cobertura vegetal,
estação do ano, contribuição subterrânea, obras no curso d’água, dentre outros.
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14.8 Aproveitamento de Agua de Chuva

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ANEXOS Gabarito de Instalação

Vaso Com Válvula de Descarga

1) Tubo de Descarga VDE DN 38


2) Tubo de Ligação Ajustável DN 38
3) Espude4) Anel de Vedação
5) Tubo Esgoto Série Normal DN 100
6) Curva 90° Curta Esgoto Série Normal DN 100
7) Adaptador Soldável Curto com Bolsa e Rosca para Registro DN 50 x 1 ½”
8) Tubo Soldável Marrom DN 50
9) Joelho 90° Soldável Marrom DN 50

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Vaso com Caixa de Descarga

1) Caixa de Descarga Alta


2) Engate Flexível de PVC ½”
3) Tubo de descarga com botão (já acompanha o item 1)
4) Espude
5) Anel de Vedação
6) Tubo Esgoto Série Normal DN 100
7) Curva 90° Curta Esgoto Série Normal DN 100
8) Joelho 90° Soldável e com rosca DN 25 x ½”
9) Tubo Soldável Marrom DN 2510) Tê Soldável Marrom DN 25

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Ligação de Lavatório com Sifão

1) Válvula para Lavatório 7/8”


2) Sifão Mobylle® Copo Multiuso
3) Joelho 90° Esgoto Série Normal DN 40
4) Tubo Esgoto Série Normal DN 40
5) Caixa Sifonada Girafácil DN 100x140x50
6) Torneira para Lavatório*
7) Engate Flexível de PVC ½”
8) Joelho 90° Soldável e com rosca DN 25 x ½”9) Tubo Soldável Marrom DN 25

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Ligação de Chuveiro

1) Chuveiro Elétrico*
2) Joelho 90° Soldável e com Bucha de Latão DN 25 x ½”
3) Tubo Soldável Marrom DN 25
4) Registro de Chuveiro Soldável DN 25
5) Tê Soldável Marrom DN 25
6) Ralo com Saída Articulada DN 100x40
7) Tubo Esgoto Série Normal DN 408) Caixa Sifonada Girafácil DN 100x140x50

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Ligação de Tanque de Lavar Roupas

1) Tanque de Lavar Roupas


2) Válvula para Tanque 1 ¼”
3) Sifão Mobylle® Copo Multiuso
4) Joelho 90° Esgoto Série Normal DN 40
5) Tubo Esgoto Série Normal DN 40
6) Torneira para Lavatório*
7) Joelho 90° Soldável e com Bucha de Latão DN 25 x ½”
8) Tubo Soldável Marrom DN 25

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BIBLIOGARFIA

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS PREDIAIS E INDUSTRIAIS- Archibalb Joseph Macyntyre


INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS - Hélio Creder
INSTALAÇÕES DOMICILIARES - Celso Cardão
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - Vanderley de Oliveira Melo/ José M.
de Azevedo Neto
INSTALAÇÕES DE HIDRÁULICA E DE GÁS - José Queiroz de Andrade
MANUAL DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS - Ruth Silveira e Wellington Luis
Borges
MANUAL DE PROJETOS E INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS - Carlo Garbi
INSTALAÇÕES PREDIAIS- Prof. Enedir Ghisi / Eng. Civil Eloir Carlos Gugel UFSC / Depto de
Engenharia Civil / ECV 5317
MANUAIS ON LINE - TIGRE

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