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Barragens de Portugal

Isaac Marques, 7ºA, Nº10, Geografia, Miss Verónica Catarro.

No âmbito da disciplina de Geografia foi-me pedido que fizesse uma pesquisa sobre
um tema por mim escolhido. No meu caso, foram as barragens em Portugal e a sua
importância no país. Escolhi este tema pois foi o que me pareceu mais interessante
de ser abordado para a disciplina.

Em Portugal, existem cerca de 155 barragens, distribuídas pelas várias regiões do


nosso país.
Entre as nossas barragens mais
importantes, podemos distinguir a Imagem 1-barragem do Alqueva
barragem do Alqueva(imagem 1)
situada no rio Guadiana, no Alentejo
interior, perto da aldeia do Alqueva.
A construção desta barragem
permitiu a criação do maior
reservatório artificial de água da
Europa Ocidental, também chamado
de Grande Lago. As dimensões da
barragem de Alqueva fundada em
2002 são 96 m de altura e um
comprimento de coroamento de
458 m. Foi construída com o objetivo de regar toda a zona do Alentejo e produção de
energia elétrica (1,5 gigawatts) , para além de outras atividades complementares.

Muitas das barragens para aproveitamento hidroelétrico são também construídas


com outras finalidades associadas, como por exemplo a Barragem de Castelo do
Bode, que abastece de água a região de Lisboa. Para além disso, as albufeiras criadas
pelas barragens são utilizadas como fonte de rendimento turístico, permitido a
prática de atividades de lazer e de recreio, daí que incrementem o turismo das
regiões onde se encontram. Assim, é possível, por exemplo no rio Douro, haver
navegação de barcos de cruzeiros e de lazer que transportam turistas com o objetivo
de ver a paisagem e visitar as localidades ao longo do rio, sendo muito importante
para as economias locais e nacional.

As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível, tanto


através da chuva como também pela captação da água caudal do rio existente. Faz-se
a barragem unindo as duas margens aprisionando a água na albufeira, ou seja, a
represa artificial das águas correntes ou pluviais para irrigação.

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A construção de uma barragem tem sempre de passar por várias etapas: o projeto, a
construção, a exploração e a observação. No projeto é determinado, após diversos
estudos, o tipo de barragem a construir. Desta forma, podemos dividi-las em dois
grupos principais relativamente ao material de que são construídas:
1. Barragem de betão:
As barragens de betão são feitas
em vales apertados pois a Barragem de betão
resistência do betão não permite a
construção de barragens com um
grande comprimento. Apesar de
muito resistentes, estas barragens
são também muito vulneráveis a
certos tipos de situações. Se houver
algum erro de projeção e a
barragem fender pode ter
consequências catastróficas para o
local e as comunidades que lá vivem. Já numa situação de galgamento pela água da
albufeira não é tão prejudicial. Podemos definir dois tipos de barragem de betão
tendo a forma como são construídas:
 Barragem de gravidade: nesse tipo de construção a força que mantém a
barragem em vigor contra o impulso da água é a gravidade da Terra.
 Barragem em arco: são construídas em vales mais apertados, podendo desta
forma a altura ser maior que a largura.
Barragem de aterro
2. Barragem de aterro
Uma barragem de aterro é uma
barreira de terra e/ou rocha que
funciona de modo a reter a água.
Ao contrário de uma barragem de
betão, uma barragem de aterro não
suporta bem o galgamento pela
água e pode mesmo ter efeitos
muito perigosos. Já no caso de
fendas, a barragem de aterro fica mais estável que uma de betão. Podemos definir
três grandes grupos de barragens de aterro tendo em conta o material de que são
feitas:

 Barragem de terra
 Barragem de enrocamento
 Barragem de terra-enrocamento

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As barragens de Portugal são de grande importância para o país, pois, são elas que
geram alguma parte da energia elétrica necessária para o nosso uso. Servem também
para evitar cheias ou inundações, regularizando a água que passa por determinados
rios.

Na atualidade, existe um maior interesse na produção de eletricidade a partir da


energia hidráulica, porque é uma energia renovável e uma das formas da
humanidade reduzir o recurso a hidrocarbonetos, principal responsável pela emissão
de CO2 e consequente aumento do efeito de estufa no planeta.
A construção de uma barragem também tem algum impacto ecológico, sobretudo ao
nível da destruição de habitat local, mas é um custo ambiental incomparavelmente
menor que o provocado pela utilização do petróleo, carvão ou gás.

As barragens têm um papel fundamental na gestão das redes elétricas, porque são a
única forma rápida comparada a outras formas de energia renovável como a eólica,
que por razões meteorológicas é pouco previsível. Isto deve-se à alta disponibilidade
da Turbina hidráulica, capaz de entrar em funcionamento em poucos minutos,
contrariamente às centrais que utilizam a pressão do vapor de água, como, por
exemplo, a Central Nuclear e a Termoelétrica.

A construção de novas barragens é importante para diminuir as dependências de


Portugal na produção energética e garantir a autonomia do país ao nível da energia.
Mas também são importantes para a vida moderna, porque permitem que haja água
potável canalizada nas grandes cidades portuguesas.

No entanto, é importante integrar as barragens com as localidades onde são


implementadas de maneira a criar:

 Maior desenvolvimento rural com programas e parceiros locais que criam


empregos, novos negócios que beneficiam zonas de menor desenvolvimento;
 Maior aproximação das comunidades, criando-se redes de contactos e
desenvolvendo-se aproximações a entidades e organizações regionais;
 Maior desenvolvimento de outras atividades como iniciativas inovadoras nas
áreas de Empreendedorismo, Cultura, Ciência e Educação, entre outras que
vão muito para alem da produção de energia.

Por isto tudo, eu concluo que as barragens são uma mais valia para Portugal, pois,
mesmo para além de todos as suas consequências mais negativas, apostar ainda mais
neste tipo de energia só ajudaria Portugal, não só a nível energético, mas também ao
nível económico tornando-nos um país mais rico e autossuficiente.

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