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30 de Janeiro de 2022
Resumo
Introdução
A partir de resultados experimentais, observa-se que a reflexão apresenta duas
propriedades fundamentais (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016):
• Os ângulos que o vetor normal ao espelho fazem com os raios incidente refletido são
iguais.
Espelho Plano
Na Figura 2, é representada a reflexão em um espelho plano. Um objeto (O) a uma
distância p do espelho produz uma imagem (I) distante i.
Observa-se que a localização da imagem pode ser obtida no cruzamento do pro-
longamento de dois raios de luz, que obedecem às propriedades fundamentais da reflexão.
Uma vez que o cruzamento dos raios ocorre atrás do espelho (prolongamento das retas),
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Figura 1 – Representação do ângulo de incidência θ1 , do ângulo de refração θ1, e do vetor
normal. Fonte: Halliday, RESNICK e WALKER (2016).
a imagem é classificada como virtual. Imagens formadas pelos próprios raios de luz são
consideradas reais. As imagens dos espelhos planos também são classificadas como di-
reitas, por manterem a sua orientação. As imagem que apresentam inversão de sentido
são denominadas invertidas. Através da aplicação dos princípios da reflexão e de relações
geométricas, pode-se concluir também que a imagem formada por espelhos planos tem o
mesmo tamanho do objeto e que p = i.
Espelho Esférico
Os espelhos esféricos têm a forma de uma pequena seção da superfície de uma esfera
(HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2016). Os espelhos esféricos podem ser classificados
em côncavos ou convexos, nos primeiros a superfície do espelho é encurvada para dentro
(Fig. 3) e nos segundos, para fora (Fig. 4).
Como pode ser observado, os espelhos esféricos apresentam novas características,
sendo essas: o centro de curvatura (C), que é ponto onde está localizado o centro da esfera
e o foco (F ), situado na metade da distância entre o centro de curvatura e o vértice do
espelho. Logo: f = 2r , sendo: f a distância do vértice ao foco e r o comprimento entre o
centro de curvatura e o vértice do espelho.
As imagens produzidas por espelhos esféricos podem ser reais, virtuais ou impróprias
(quando é formada no infinito), direitas ou invertidas e ter as suas dimensões reduzidas,
ampliadas ou iguais às dos objetos. As propriedades dessas imagens dependerão do tipo de
espelho e da posição do objeto em relação ao vértice, ao foco e ao centro de curvatura. Para
determinar graficamente a imagem de um objeto, pode-se desenhar um diagrama de raios
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Figura 3 – Representação do objeto e da imagem formada por um espelho côncavo. Fonte:
Halliday, RESNICK e WALKER (2016).
de raios utilizando dois dos quatro raios especiais, que são mostrados na Fig. 5. As imagens
serão formados no ponto de encontro dos raios especiais ou de seus prolongamentos .
Figura 5 – Representação dos quatro raios especiais utilizados para determinar a posição de
imagens em espelhos esféricos. Fonte: Halliday, RESNICK e WALKER (2016).
1 1 1
+ = (1)
p i f
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como:
i
m=− , (2)
p
caso m seja positivo a imagem é direita, caso contrário a imagem será invertida.
A adoção das Eqs. (1) e (2) exigem adoção de um sistema de referência, o qual é
apresentado na Tab. 1.
p i f
p >0 (o objeto está na frente do espelho) i >0 (imagem formada na frente do espelho) f >0 (espelho côncavo)
p <0 (o objeto está atrás do espelho) i <0 (imagem formada atrás do espelho) f <0 (espelho convexo)
Tabela 1 – Sinais adotados nas Eqs. (1) e (2). Fonte: Halliday, RESNICK e WALKER
(2016)
Procedimentos Experimentais
A bancada experimental utilizada dispõe dos seguintes materiais:
• Alfinetes;
• Isopor;
• Fotografia;
• Fonte de luz;
• Régua;
Os pontos mostrados na Fig.6 são alfinetes fixados através de uma folha de papel e
um isopor. Como foi apresentado na figura, o observador deve olhar na direção que passa
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pelos dois alfinetes no topo e a imagem dos alfinetes na base da figura deve se alinhar com
a direção de observação. O posicionamento dos alfinetes é feito para obtenção desse efeito.
Dessa forma, após a marcação da posição dos alfinetes e da reta normal ao espelho, será
possível medir os ângulos de incidência e de reflexão e compará-los.
O próximo procedimento experimental visa determinar propriedades das imagens
formadas por espelhos esféricos e compará-las com o modelo teórico. Para isso, utiliza-se
uma fonte de luz alinhada a um filme fotográfico, que funciona como objeto a ser refletido
por uma lente concava ou convexa. Para casos onde as imagens são reais, elas serão
projetadas em um anteparo e as imagens virtuais serão observadas através do próprio
espelho esférico.
Resultados Experimentais
Em um primeiro momento foi feita a análise do ângulo de reflexão do espelho
plano, no qual podemos observar na imagem 7 (no final deste relatório) o resultado deste
experimento. Durante a execução do experimento, foi-se alinhando os dois primeiro alfinetes
de forma aleatória, no qual se formou uma reta que representa o nosso feixe de luz incidente,
e, em um segundo momento, foi colocado outros dois alfinetes alinhados com a primeira
reta criada, esta segunda reta representa o feixe de luz refletido. Fazendo uma análise
qualitativa, pode-se observar que todos os alfinetes estão perfeitamente alinhados a partir
do ponto de vista de qualquer uma das duas retas criadas (observado na imagem 1).
Agora, fazendo uma análise quantitativa, foi desenhado uma linha perpendicular ao
espelho, no ponto exato onde as duas linhas cruzam, na imagem 8 (no final deste relatório)
podemos observar que se tirar o ângulo entre a reta que representa o feixe de luz incidente
e a reta perpendicular ao espelho (que podemos chamar de normal ao espelho) o ângulo
obtido é de 34 ± 0, 5◦ . Se observamos o ângulo entre a reta que representa o feixe de luz
refletido e a reta perpendicular ao espelho, ele também é de 34 ± 0, 5◦ .
Em um segundo momento do experimento, foi trabalhado espelho com superfícies
curvas, sendo eles os espelhos côncavos e convexos. Quando observado o espelho convexo,
podemos fazer cinco análises diferentes com ele, a primeira análise feita é em uma situação
em que o objeto está entre o foco e o espelho, ao observar a imagem 9 (no final deste
relatório), considerando que o raio do espelho é de R = 200mm e que o objeto está a
50 ± 0, 5mm do espelho, podemos notar os seguintes fatos:
• A imagem não se forma nem no espelho nem fora dele, apesar de se observar uma
certa distorção nas duas situações, não podemos considerar que é propriamente uma
imagem pois se trata das imperfeições do objeto e do espelho;
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Em uma terceira observação, o objeto foi posicionado entre o foco e o centro do
espelho, a 140±0, 5mm do espelho, veja a imagem 11 no final do relatório, assim, observa-se
que:
• A imagem formada é maior que o próprio objeto, uma vez que o objeto tem 27, 5 ±
0, 5mm e imagem medida tem 68, 5 ± 0, 5mm;
• A imagem formada tem 28, 0 ± 0, 5mm, lembrando que o objeto tem 27, 5 ± 0, 5mm;
• A imagem formada tem 23, 5 ± 0, 5mm, lembrando que o objeto tem 27, 5 ± 0, 5mm;
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Conclusão
Como podemos analisar nos resultados e discussões, o ângulo de reflexão depende
do ângulo de incidência do feixe, uma vez que em relação à normal um é igual ao outro,
tornando assim eles dependentes. Sobre os espelhos convexos, com as cinco situações
relatadas durante o experimento podemos chegar em várias conclusões, quando o objeto
está entre o foco e o espelho, a imagem será virtual, direita e maior, quando o objeto
está sobre o foco do espelho, não conseguimos analisar sua imagem, devido a um caso
específico consideramos a imagem imprópria, quando o objeto está entre o foco e o centro,
verifica-se que a imagem é sempre maior, invertida e real. Já quando a imagem está em
cima do centro, podemos observar que a imagem é real, invertida e de tamanho igual (se
considerarmos a imprecisão dos instrumentos de medida), e, por último, se considerarmos
o objeto depois do centro, ele sempre será real, invertido e maior. Já no espelho côncavo,
podemos observar apenas um comportamento, a imagem é sempre virtual, direita e, quanto
mais afastamos o objeto do espelho, menor será a imagem.
Referências
7
Figura 8 – Medidas dos ângulos no espelho plano.
8
Figura 10 – Objeto no espelho côncavo no foco.
9
Figura 12 – Objeto no espelho côncavo no centro.
10
Figura 14 – Imagem no espelho convexo próximo ao objeto.
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