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Seminário Técnico sobre Segurança e Saúde na Indústria da

Construção

SECONCI / RJ - Rua Pará 141 - Praça da Bandeira


Rio de Janeiro/RJ – 09/08/2012

A Indústria da Construção e a nova NR 35


Consolidando Valores - Alicerçando Avanços

Engª Luísa Tânia Elesbão Rodrigues


Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho
Bacharel em Direito
Professora da UFRGS
Auditora Fiscal do Trabalho aposentada
Sobre “Consolidar Valores”
OBRIGAÇÕES

• Principais:
• remunerar e
trabalhar
• Dever de PROTEÇÃO:
• Secundárias: • física, moral e intelectual
• destinadas ao fiel (lesões, doenças)
cumprimento das • Dever de INFORMAÇÃO:
principais. • Garantir aos trabalhadores
informações atualizadas sobre os
• Deveres laterais riscos inerentes ao trabalho e suas
(anexos) de conduta: respectivas medidas de controle.
• Dever de LEALDADE:
• informação,
• Não frustrar o empregado com
• proteção e
informações falsas
• lealdade; • Tratamento digno, respeitoso
• Não violar sua intimidade
08/08/2012 2
Instrumento de referência para que o
TA seja realizado de forma segura.

NR a ser complementada por anexos que


Requisitos contemplarão as especificidades das mais
mínimos
variadas atividades.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura
toda atividade executada acima
de 2 m do nível inferior, onde haja
risco de queda.

superfície de referência

O disposto na NR35 não significa que não deverão ser adotadas


medidas para eliminar, reduzir ou neutralizar os riscos nos
trabalhos realizados em altura igual ou inferior a 2,0m.
Acidentes investigados pela SRTE/RS Construção QUEDAS

Fator imediato: Queda de


6%
6% 6% 2%
34%
9%

11%
13% 13%

ANDAIMES TELHADO
ESCADAS TORRE OU POSTE
PERIFERIA POÇO DO ELEVADOR
OUTRAS QUEDAS ELEVADORES DE OBRAS
ABERTURAS NO PISO

5
Fonte: Apresentação “Seminário Segurança e as Novas tecnologias na Construção Civil” - 17/11/10 - Miguel C. Branchtein
AT fatais na Construção - QUEDAS
(de telhado, andaimes, periferias da edificação, torre,
poste, escada, vão de acesso à caixa do elevador)
Fatores causais:
• Trabalho habitual em altura sem proteção contra queda.

• Insuficiência de treinamento.
• Procedimentos de trabalho inexistentes.
• Modo de operar perigoso.
• Meio de acesso temporário inadequado.
• Insuficiência de supervisão.
• Falta ou inadequação de análise de risco da tarefa.
• Falta de planejamento do trabalho.
• Ausência de projeto.

6
Fonte: Apresentação “Seminário Segurança e as Novas tecnologias na Construção Civil” - 17/11/10 - Miguel C. Branchtein.
AT fatais na construção - FORÇAS MECÂNICAS
• objeto projetado ou em queda
• desabamento ou desmoronamento de edificação ou talude
Fatores causais:
• Modo de operar perigoso.
• Ausência ou inadequação de escoramento.
• Uso impróprio de equipamentos,
materiais, ferramentas.
• Insuficiência de supervisão.
• Insuficiência de treinamento.
• Falta de planejamento do trabalho.
• Falha no transporte de materiais, estruturas ou
equipamentos.
7
Fonte: Apresentação “Seminário Segurança e as Novas tecnologias na Construção Civil” - 17/11/10 - Miguel C. Branchtein.
AT fatais na construção – ELETRICIDADE

Fatores causais:
• Dispositivo de proteção ausente por concepção.
• Partes vivas expostas.
• Outras falhas de instalações elétricas.
• Insuficiência de treinamento.
• Modo de operar perigoso.
• Falta de aterramento elétrico.
• Procedimentos de trabalho
inexistentes.
8
Fonte: Apresentação “Seminário Segurança e as Novas tecnologias na Construção Civil” - 17/11/10 - Miguel C. Branchtein.
18.3.4. Documentos que Integram o PCMAT:
(Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

a) Memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações,


levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas
respectivas medidas preventivas.

→ O memorial compreende, a descrição circunstanciada


• das atividades,
• operações,
• instalações,
• máquinas e equipamentos da obra,

→ sob a ótica dos riscos que oferecem e das medidas


de segurança que devem ser adotadas.

→ Corresponde a Etapa de Reconhecimento de


Riscos, prevista na NR-9. 9
18.3.4. Documentos que Integram o PCMAT:
(Alterado pela Portaria SIT n.º 296, de 16 de dezembro de 2011)

b) PROJETO DE EXECUÇÃO das proteções coletivas em


conformidade com as etapas de execução da obra;

→ Deve haver uma sintonia com o cronograma de


execução da obra.

• Os projetos devem ser detalhados,


→ inclusive, quanto aos seus aspectos construtivos, de
dimensionamento e de execução.

→ É o que se poderia denominar de “Projeto


Executivo do PCMAT”.
10
18.3.4. Documentos que Integram o PCMAT:

c) ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA das proteções COLETIVAS ... a


serem utilizadas;
→ Especificar tecnicamente significa:
O projeto deve ser
desenvolvido em
– descrever, com precisão: parceria c/a
ENGENHARIA da
• quais os são os componentes das
obra e atender, pelo
proteções,
menos, aos seguintes
• os tipos de materiais utilizados, requisitos:
• como serão construídos,
• a descrição da proteção coletiva;
• características técnicas e
– incluindo, portanto, informações: especificações;
• indicação de uso;
• qualitativas,
• instalação;
• quantitativas e
• limitações e advertências;
• de dimensionamento de materiais e • manutenção e conservação;11
estruturas.
• e demais observações.
Proteção CONTRA QUEDA de MATERIAIS

12
O projeto deve ser
composto de:
Especificação
– Projeto básico técnica
– Plantas detalhadas
– Locação
– Detalhes
– Memorial descritivo
– Memória de cálculo
– Orçamento
Cálculo

13
Planta
Especificação
técnica

Demais informações:

14
d) Informações sobre os EPC, existentes no
canteiro de obra
Proteção contra queda de
MATERIAIS

→ Informações sobre:

• Proteções coletivas em
cada fase da obra,
• Sua finalidade e
limitações.
18.3.4. Documentos que Integram o PCMAT:

c) ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA das proteções ... e INDIVIDUAIS


a serem utilizadas;
→ Especificar tecnicamente significa:

– descrever, com precisão: → A especificação


da proteção
• quais os componentes das proteções individual deve
individuais, tratar:
• como serão implementados, • do tipo de
EPI a ser
• os tipos EPI utilizados - indicar CA, utilizado,
• em que
– incluindo, portanto, informações: circunstância
s (riscos e
• qualitativas, atividades),
• quantitativas e • quantitativos,
• de dimensionamento de estruturas de etc.
17
ancoragem.
e, TREINAMENTO
18
 I.1 - Dispositivo trava-queda
a) dispositivo trava-queda para proteção do
usuário contra quedas em operações com
movimentação vertical ou horizontal, quando
utilizado com cinturão de segurança para
proteção contra quedas.
 I.2 - Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra
riscos de queda em trabalhos em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra
riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.
 Portaria INMETRO / MDIC nº 138 de 20/03/2012

Requisitos de Avaliação da Conformidade para


Componentes dos EPI para
• Proteção Contra Quedas com Diferença de Nível
 Cinturão de Segurança,
 Dispositivo Trava-Queda
 Talabarte de Segurança.
CINTO DE SEGURANÇA E TALABARTE
ABNT 2010
Treinamento e Qualificação dos
Trabalhadores da Construção
NR 35 – NR 18
Segurança e alto Desempenho

SHT Consultoria
luisatania@yahoo.com.br
NR 18 - item18.28 –
TREINAMENTO NR 35 CAPACITAÇÃO

Todos os empregados devem receber


Treinamento INICIAL
treinamentos ADMISSIONAL (6 horas)
e periódico, visando a garantir a execução
de suas atividades com segurança.
 Considera-se trabalhador
• Deve ser comprovada a efetiva
realização dos treinamentos capacitado para trabalho
admissionais e/ou periódicos dos
trabalhadores com: em altura aquele que foi
• conteúdo programático por atividade submetido e aprovado em
profissional,
• carga horária, treinamento, teórico e
• expedição de certificados (ou outro
doc. comprobatório), prático, com carga horária
• data,
• local do treinamento e mínima de 8 horas,
• profissional responsável, etc .
com conteúdo programático
→ O treinamento deve ser ministrado
considerando-se a capacidade, por mínimo.
parte dos trabalhadores, para perceber PCMAT 23
e assimilar as informações.
18.3.4. Documentos que Integram o PCMAT:
f) Programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças
do trabalho, com sua carga horária.

• Temática de
prevenção de
acidentes e doenças
do trabalho

• Carga horária.
→ Deve ter um enfoque prevencionista
abrangente.
 Deve contemplar conhecimentos básicos de prevenção contra os riscos inerentes à
tarefa ou atividade, durante seu desenvolvimento.

Não se refere à atividade em si – no como fazer, mas sim, no

“como fazer com SEGURANÇA”


 O treinamento previsto no item 18.28, deve prever ações
mais amplas, discriminadas no PCMAT, quando os riscos da
atividade, assim o demandar.
18.28 – TREINAMENTO

a) informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho


→ Dados da empresa com indicação dos RESPONSÁVEIS no empreendimento
(responsável técnico da obra, mestre de obras e encarregados)

→ Características da Obra:
• tipo construtivo
• áreas de circulação • instalações de apoio
• cronograma • áreas de vivência
• equipes de trabalhadores • máquinas e
• horário de trabalho equipamentos a
• intervalos serem utilizados, etc.
18.28 – TREINAMENTO

b) RISCOS inerentes a sua função

O Programa deve explicitar a indicação:

dos riscos de cada etapa da obra, atividade ou tarefa,

das medidas e procedimentos a serem adotados ou


observados pelos trabalhadores e responsáveis afim
de minimizar ou eliminar os riscos da função.
18.28 – TREINAMENTO
c) Uso adequado dos EPI
18.28 – TREINAMENTO

Contemplar um sistema de treinamento para


desenvolvimento profissional bem como para a
capacitação e qualificação dos trabalhadores

Aumento da qualidade do serviço executado.


Redução da rotatividade.
18.28 – TREINAMENTO – o Programa deverá:

• Fornecer subsídios técnicos aos profissionais e trabalhadores


envolvidos em todo o processo;

• Garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores;

• Evitar ações ou situações perigosas por falta de prevenção;

• Definir atribuições, responsabilidades e autoridade aos


que administram e desempenham atividades
relacionadas na segurança dos trabalhadores.

• Determinar as medidas de proteção em função do risco


– minimização dos riscos.
18.28 – TREINAMENTO – um exemplo

Estruturas Pré-Moldadas de Concreto.

• O desenvolvimento dos automatismos industriais de sistemas


pré-fabricados está ligado não só aos processos de fabricação,
mas também:
• aos processos de transporte,
• de montagem,
• aos métodos de inspeção e controle,
• à criação de novos materiais e
• ao controle das consequências desses processos ao
meio ambiente.
 Os EPI, acessórios e sistemas de
ancoragem devem ser especificados e
selecionados considerando-se a sua
PRINCÍPIO:
 eficiência, MINIMIZAR as
consequências
o conforto,
a carga aplicada aos mesmos
e o respectivo fator de segurança, em caso de
eventual queda.
 Sistemática de Inspeção:

 Na aquisição; Registro:
• Periódicas
 Periódicas;
• rotineiras
 Rotineiras • quando os EPI,
acessórios e
sistemas de
ancoragem
forem
recusados.
 que apresentarem
• defeitos,
 Os EPI, • degradação,
 Acessórios • deformações
 Sistemas de • ou sofrerem impactos de queda
ancoragem devem ser
inutilizados e
descartados,

exceto quando sua restauração for prevista em


normas técnicas nacionais ou, na sua ausência,
normas internacionais.
 Absorvedor de Energia

É obrigatório o uso de absorvedor de


energia nas seguintes situações:
 quando o fator de queda for maior que 1;
 quando o comprimento do talabarte for
maior que 0,9m.
FATOR DE QUEDA

Relação entre a altura da queda e o


comprimento do talabarte.

Quanto mais alta for a ancoragem menor


será o fator de queda:

FQ = distância da queda
comprimento do talabarte
FQ = 0,0 m
1,00 m

FQ = 0
FQ = 1,0 m
1,0 m

FQ = 1,0
FQ = 2,0 m
1,0 m

FQ = 2,0
NR 35:

Desenvolver
Procedimentos
operacionais
O trabalhador
O trabalhador não deve
deve estar suspender os pés
sempre com o (tirar os pés do
cinto de piso do
segurança equipamento)
acoplado ao
14
11 Havendo
necessidade
trava quedas deve valer-se do
guarda-corpo
12 como apoio para
alcançar mais
15
longe
E ao talabarte
de segurança

13
Princípio: medidas que
ELIMINEM o risco de
queda
Proteção Modulada Periférica

Proteção na fase da concretagem

Proteção na fase da alvenaria da 5ª


Proteção na fase da 1ª à 5ª fiada à ultima fiada
O trabalhador estava fixando as telhas de zinco,
quando a máquina fixadora caiu e ele, junto.

• Queda : 15 m.

• Acesso seguro

• Uso de cinto com


duplo talabarte

• Piso ou rede
PRINCÍPIO NR 35:
medidas que minimizem as consequências da queda
 18.15.56.1 As edificações com no mínimo 4 pavimentos ou
altura de 12m, a partir do nível do térreo, devem possuir
previsão para a instalação de dispositivos destinados à ancoragem
de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de
segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados
nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de


equipamentos e dos cabos de
segurança devem ser independentes.
 Entende-se por sistemas de ancoragem os componentes
definitivos ou temporários, dimensionados para suportar impactos
de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu EPI,
diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a que
permaneça conectado em caso de perda de equilíbrio,
desfalecimento ou queda.

• Além de resistir a uma provável


queda do trabalhador, a ancoragem
pode ser para restrição de movimento.

• O sistema de restrição de movimentação impede o


usuário de atingir locais onde uma queda possa vir a
ocorrer.

• Sempre que possível este sistema que previne a queda é


preferível sobre sistemas que buscam minimizar os
efeitos de uma queda.
Engº Gianfranco Pampalon
Pontos de ancoragem devem ser distintos: um
ponto para a tração
01
e outro para a trava de segurança do equipamento 02

0
7
Antes do início dos trabalhos, a
ancoragem do equipamento e do
cabo de segurança (linha de vida)
deve ser revisada por trabalhador 04
qualificado.
05
No mínimo 3 clipes de amarração
e sapatilha nas dobras dos cabos
06

O cabo de aço não deverá estar em


atrito com cantos vivos, sejam de
ferro ou de concreto.

03 A ancoragem do cabo de segurança


do trabalhador (linha de vida) deve
ser independente da ancoragem
do equipamento

No mínimo 3 clips de amarração 04

Utilizar sapatilha nas dobras dos cabos


05
Sempre utilizar contrapeso
nos cabos do equipamento e
nos que são ancorados nos
cintos de segurança

10

Na ancoragem de equipamentos, quando forem


utilizados parafusos estes devem
08
ultrapassar a laje (de concreto armado) e terem
uma chapa de segurança para melhor fixação e
distribuição de esforços (carga)
09
Ações a serem desenvolvidas:

TAREFA: Montagem de Estruturas Pré-Moldadas de Concreto.

1. Processo de Montagem;
2. Sistema de Içamento/Movimentação de Carga;
3. Execução do Trabalho em Altura;
4. Equipamentos de Proteção/Linhas de Vida;
5. Manual de Montagem de Estruturas Pré-Moldadas

 Garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores

 Evitar ações ou situações perigosas por falta de


prevenção.
1. Processo de montagem: PLANEJAMENTO

- O que será montado?


Quais os tipos de peças (peso e dimensões).

- De que maneira vamos montar?


Dimensionamento de equipe e máquinas.

- Quais os equipamentos que serão utilizados?


Pinos de içamento/ andaimes / cabos de aço.

- Quais as interferências existentes?


Plano de rigging
(rede elétrica/ruas/como será a velocidade da obra/tipo de obra)
Isolamento de área:
Logística:
Área de Montagem: Qualificação dos
trabalhadores
• Efeito catapulta;

• 1 trabalhador jogado fora da cesta


(fatal);

• 1 preso na cesta - gravemente ferido


c/traumatismos;

• Foi necessário o auxilio de guindastes


para reestabilizar a PTA e retirar o
trabalhador
LIMPEZA e PINTURA dos SILOS
NR 35:

Desenvolver
Procedimentos
operacionais
PLATAFORMA DE TRABALHO EM ALTURA – PTA
Manutenção
Operação Segura – Treinamento – Um exemplo
/ Capacitação

- Somente PESSOAS TREINADAS E QUALIFICADAS podem operar os comandos.

- Os comandos de SOLO existem para duas finalidades:

 Testar o equipamentos antes do início da jornada do trabalho.


 Socorrer o operador em uma situação de Emergência.

 Os comandos de Solo não são proporcionais: você não consegue controlar a


velocidade das funções.
 A visão de quem opera pelo comando de solo é limitada.
 Nunca realize modificações no equipamento sem autorização por escrito.
 Observe a distância mínima para trabalhos próximos a rede elétrica.

Sempre verifique a operação do equipamento através do controle de solo antes


de cada dia de trabalho, incluindo o Sistema de Emergência.

NUNCA bloqueie o pedal do homem morto.

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PLATAFORMA DE TRABALHO EM ALTURA – PTA
Operação Segura – Treinamento - Exemplo
 Utilizar o CINTO DE SEGURANÇA e o CAPACETE durante a operação do equipamento.
 O Cinto de Segurança deverá esta ancorado na plataforma.

 Nunca amarrar a plataforma em uma estrutura.


 Não permitir que outras pessoas permaneçam na plataforma sem uso dos EPI
 Operar sempre com os dois pés no piso da plataforma: jamais suba no guarda-
corpo.

 Não descer da máquina quando estiver elevada. Se for o caso: aguarde socorro.
65
 Sempre olhe na direção em que estiver se deslocando para evitar
colisão
 Lembre-se de que o ponto mais alto da plataforma é a cabeça
do operador.

 Observe a inclinação máxima que a plataforma pode se deslocar.


 Não utilize a plataforma como “guindaste”, somente pessoas e seus
equipamento de trabalho.

66
PLATAFORMA DE TRABALHO EM ALTURA – PTA
OPERAÇÃOOperação
& SEGURANÇA
Segura – Treinamento - Exemplo
 Tenha máxima atenção quando trabalhar próximo a equipamentos
móveis (guindastes; pontes rolantes)

 Nunca utilize nenhum artifício para aumentar a altura de trabalho


de sua plataforma.

 Não utilize a lança para liberar outro equipamento que esteja


atolada.
 Observa a capacidade de carga bem como a quantidade de pessoas
(somente 2).

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PLATAFORMA DE TRABALHO EM ALTURA – PTA
OPERAÇÃOOperação
& SEGURANÇA
Segura – Treinamento - Exemplo

 Não deixe objetos soltos na plataforma, eles podem cair e causar danos graves ou
morte.
 Todos os adesivos de Segurança devem estar sempre limpos e legíveis.
 Mantenha o Manual de Operação e Segurança no local próprio da plataforma.
 Equipamento que estiver apresentando falhas, deverá ser colocado em
Manutenção para reparos.
 Não opere o equipamento se não estiver se sentindo bem.
 Coloque as baterias em carga sempre após o dia de trabalho.
 Utilize a regra de três pontos para subir e descer da plataforma.

68
 Remova a chave do contato após a utilização e entregue a pessoa responsável.

RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO

Observe as distâncias mínimas de segurança nas proximidades de rede elétrica ENERGIZADA.

AS PLATAFORMAS NÃO SÃO ISOLADAS PARA TRABALHAR PRÓXIMO A REDE ENERGIZADA

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 Cabos de aço, cintas ou correntes,
Laje  garantia de estabilidade do sistema;
Sistema de Içamento:
 Ferramentas apropriadas (garras)
equipamento com sistema pantográfico;
Sistema de acesso: Plataforma de Trabalho Aéreo (PTA);

Escada

Linha de vida.

Andaime
Especificação técnica das proteções individuais
Linha de vida com
cabo de aço

72
LINHA DE VIDA
- Especificação do sistema de proteção:
 Deve conter um desenho claro e fiel da área, mostrando a linha de vida e suas
estruturas de fixação.

 O desenho também deve mostrar toda a área alcançada pelo trabalhador quando
conectado à linha de vida e com o talabarte totalmente esticado, levando-se em conta
as flechas que se formam quando a linha de vida é esticada.

 Em todos os desenhos e diagramas devem ser especificadas as dimensões relevantes


para o sistema (largura, comprimento, altura, diâmetro, peso, etc) e materiais
utilizados.

 Detalhar a fixação da linha de vida nas estruturas, mostrando


todos acessórios utilizados (grampos, sapatilhas, laços, esticadores, etc),
bem como a disposição, a quantidade e a sua especificação.

 Especificação dos EPI componentes do sistema (Cinto de segurança,


talabarte absorvedor de energia, talabarte retrátil, etc.): quantidade,
tipo, fabricante, modelo e número de CA.
Normas

 RTP-04

 NBR 6327: Cabos de aço para uso geral

 NBR 11099: Grampos pesados para cabo de aço


Pontos de Ancoragem
Normas:

- NR 18 – 18.15.56
- BS EN 795 - Fall Arrest Eyebolt Anchors
• EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS
MORAIS E ESTÉTICOS. AMPUTAÇÃO DE PARTE DO TERCEIRO
QUIRODÁCTILO DA MÃO ESQUERDA. NÃO DEMONSTRAÇÃO DO DEVER DE
SEGURANÇA. CULPA PRESUMIDA DA EMPREGADORA.

1. O Art. 7º, XXVIII, da Carta Magna, expressa que o trabalhador acidentado tem o
direito à indenização civil decorrente dos danos do infortúnio, pelos quais responde
o empregador quando incorrer em dolo ou culpa.

– Porém, para que se caracterize a responsabilidade civil do empregador, é


necessário que se comprove o dano, o nexo causal e a culpa, tendo em vista
que sua responsabilidade é subjetiva.

– Ademais, em se tratando de responsabilidade civil em AT, há uma presunção


de culpa da empresa quanto à segurança do trabalhador, sendo da
empregadora o ônus de provar que agiu com a diligência e precaução
necessárias a diminuir os riscos de lesões. ...
80
Assim, não logrando êxito a ré, em demonstrar que a máquina
possuía totais condições de segurança e que oferecia
Treinamento ADEQUADO aos funcionários p/o manuseio de
tais máquinas de corte, impõe-se o dever de indenizar.

3. Quantum indenizatório:
– Hipótese em que,
– caracterizado o dano moral, há de ser fixada a sopesadas tais
indenização em valor consentâneo com: circunstâncias, se
• a gravidade da lesão, mostra adequado
• observadas posição familiar, cultural, política,
social e econômico-financeira do ofendido e o importe
• as condições econômicas e o grau de culpa equivalente a
do lesante,
50 SM.
• de modo que com a indenização se consiga
trazer uma satisfação para o ofendido,
• sem configurar enriquecimento sem causa, e,
ainda, – Julgado em 24/11/04.
81
• uma sanção para o ofensor.
 Considera-se Trabalhador Autorizado para trabalho em altura
aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo
sido considerado apto para executar essa atividade e que
possua anuência formal da empresa.

A autorização é um processo administrativo através do qual a


empresa DECLARA FORMALMENTE SUA ANUÊNCIA,
autorizando a pessoa a trabalhar em altura.

 Para a autorização devem ser atendidos 2 requisitos: a capacitação e


a APTIDÃO do trabalhador.
PCMSO
A 7ª Turma do TRT-MG manteve a condenação da construtora
reclamada ao pagamento de indenização por danos morais a um
empregado que sofreu acidente de trabalho ao cair de uma
escada.

Embora o reclamante também tenha tido culpa pela queda, em


razão de sua obesidade e falta de destreza para subir os
degraus, cabia à empregadora verificar as condições físicas do
empregado para o desempenho da função, não bastando, para
eximir-se da responsabilidade, o fato de ter instalado sistema
de proteção na escada.

A reclamada não se conformou em ter que pagar indenização por


danos morais, insistindo em que a culpa pelo acidente é do próprio
empregado que apresenta um quadro de obesidade mórbida.
Além disso, segundo ressaltou, cumpriu todas as regras de segurança no
trabalho.

Mas a juíza convocada Taísa Maria Macena de Lima não deu razão à empresa.
Isso porque, mesmo que a recorrente tenha instalado proteção na escada, não
realizou exame no trabalhador após retorno de acidente anterior para ter
certeza de que ele estava apto para exercer a função de meio oficial de ponte.

Conforme destacou a relatora, a própria empregadora reconhece que o


empregado sofre de obesidade mórbida, doença que foi constatada pelo
profissional de confiança do juízo. De acordo com o perito, o trabalhador tem 1,75
metros e 105 quilos, o que impossibilita que ele suba uma escada reta de 7 a 8m
todos os dias.

Fato é que, se para uma pessoa com condições clínicas normais, já não é de
grande facilidade realizar tal ato, quem dirá para uma pessoa portadora de uma
patologia tão agravante quanto a obesidade mórbida, ponderou.
Nesse contexto, concluiu a juíza convocada, tanto o
empregado, quanto a empregadora, têm culpa pelo dano
sofrido pelo primeiro.

A empresa não está livre de sua responsabilidade pela


observância de normas técnicas, porque tinha a obrigação
de se certificar a respeito das condições físicas do
trabalhador, para o exercício de suas funções de forma
segura e íntegra. Portanto, foi mantida a indenização ao
trabalhador, fixada pela sentença em R$ 20.000,00.
( 0002381-79.2010.5.03.0144 ED )
27-4-2012 – TRT/MG
Seminário Técnico sobre Segurança
e Saúde na Indústria da Construção

Agradecida.
Engª Luísa Tânia Elesbão Rodrigues

Engenheira Civil e de Segurança do Trabalho SSHT Auditoria e Consultoria


Bacharel em Direito Ltda.
Professora da UFRGS luisatania@yahoo.com.br
Auditora Fiscal do Trabalho aposentada

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