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A Matemática no

Vestibular do IME

2006,
c Sergio Lima Netto
sergion@ps.ufrj.br

versão 10
1

A origem deste material talvez remonte a 1984/1985, quando fiz o vestibular do IME sem a preparação
adequada e fui reprovado, como seria de se esperar. Particularmente, a prova de Geometria do IME sempre
foi um grande desafio, me atraindo pela beleza e dificuldade de seus problemas e principalmente pela elegância
e plasticidade das respectivas soluções.
Em 2004, me deparei com a lista de discussão da Sociedade da OBM (Olimpı́ada Brasileira de Ma-
temática). Nesta lista, moderada pelo Prof. Nicolau C. Saldanha da PUC-RJ, algumas pessoas que sempre
admirei colabora(va)m com curiosos, amadores e estudantes na solução de problemas de Matemática. Fiquei
surpreso como alguns conhecidos matemáticos participavam ativamente e apaixonadamente das discussões.
Observei também um grande interesse da comunidade pelos problemas de Matemática do vestibular do IME,
principalmente os mais antigos. Foi neste contexto que resolvi dar minha contribuição, organizando este
material com as provas antigas que tinha, disponibilizando-as para todos os interessados da lista.
A primeira versão tinha apenas alguns enunciados de provas, mas a resposta inicial foi bastante positiva.
Usando este interesse como motivação, novas versões vieram, corrigindo e complementando as versões anterio-
res. Passei a receber significativo material (soluções alternativas, correções para algumas das minhas soluções,
novos enunciados de provas, por exemplo) de diversos colaboradores. Em algum momento, o material passou
a ter vida própria, requerendo cada vez mais atenção para continuar crescendo de forma saudável. Algumas
versões intermediárias representaram grandes avanços na incorporação das soluções das provas de Álgebra,
numa primeira fase, e, posteriormente, de Geometria. Para a versão 9, foi feita uma grande pesquisa junto aos
arquivos do próprio IME. Conseguimos, com a ajuda do sub-tenente Petrenko e sua equipe, complementar
bastante o material. Infelizmente, porém, alguns anos ficaram faltando. Nesta versão 10, temos um total de
97 provas, sendo que 46 delas com soluções.
Cabe dizer que este material não tem a pretensão de ensinar Matemática. É, talvez, um bom apoio no
exercı́cio desta disciplina, para que se apliquem os conhecimentos adquiridos em bons livros e principalmente
com a ajuda de bons professores. Como sempre, realimentações positivas são bem-vindas. Você pode entrar
em contato comigo pelo email sergion@ps.ufrj.br. É possı́vel que uma versão mais nova deste material possa
ser encontrada no endereço eletrônico www.lps.ufrj.br/˜sergioln/ime.

Agradecimentos a todos que têm contribuı́do para a elaboração deste texto. Agradecimentos
especiais a Onan Neves, Claudio Gustavo, Caio S. Guimarães, Alessandro J. S. Dutra, Paulo
Abreu, sub-tenente Petrenko (do IME-RJ) e Claudio Gomes que entenderam o espı́rito deste
material e enviaram enunciados de diversas provas.

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• As figuras dos enunciados foram mantidas como no original. Assim, a notação destoa da notação usada
no texto que foi uniformizada.
• Em relação a algumas soluções, crédito é devido a:
– Colégio Impacto: [1977/1978 (álgebra), 9a ], [1980/1981 (álgebra), 8a ] e [1982/1983 (álgebra), 6a ];
– Prof. Nicolau C. Saldanha e Claudio Buffara (lema): [1980/1981 (álgebra), 9a ];
– Paulo Santa Rita: [1982/1983 (geometria), 7a ] e [1986/1987 (geometria), 9a ];
– Colégio Princesa Isabel: [1983/1984 (geometria), 2a , item (b)] e [1983/1984 (geometria), 8a , item
(a)];
– Jean-Pierre, Eric e Francisco Javier Garcı́a Capitán, via Luı́s Lopes: [1985/1986 (geometria), 6a ,
item (b)];
– Guilherme Augusto: [1986/1987 (álgebra), 10a , item (b)];
– Caio S. Guimarães: [1994/1995, 9a , (2a resposta)] e [1995/1996, 4a ];
– Prof. Bruno Fraga: [2002/2003, 10a ];
– Cesário J. Ferreira: [2003/2004, 2a ];
– Colégio Poliedro: [2006/2007 (matemática), 7a ];
– Algumas correções das soluções me foram apontadas por Caio S. Guimarães (diversas!), Douglas
Ribeiro, Jair Nunes, Arthur Duarte, Estude+ e Cesário J. Ferreira.

Nesta décima versão, foram feitas as seguintes modificações:


• Os enunciados das provas de álgebra de 1975/1976 e 1976/1977 foram incluı́dos, cortesia de Claudio
Gomes.
• Os enunciados e soluções das provas de 2006/2007 foram incluı́dos.
• Como sempre, inúmeras correções do texto foram implementadas.

Na nona versão, foram feitas as seguintes modificações:


• Os enunciados das provas de 1949/1950 a 1959/1960 e de 1963/1964 a 1972/1973 foram incluı́dos e/ou
corrigidas.
• As soluções das provas de geometria 1977/1978 e 1978/1979 foram incluı́das.

Na oitava versão, foram feitas as seguintes modificações:


• O enunciado da prova de geometria de 1978/1979 foi incluı́do, cortesia de Paulo Abreu.
• A solução da prova de álgebra de 1978/1979 foi incluı́da.

Na sétima.(b) versão, foram feitas as seguintes modificações:


• As soluções das provas de geometria de 1979/1980 a 1990/1991 foram incluı́das.
• A solução da prova de álgebra de 1978/1979 foi incluı́da.
• As provas de 1994/1995 (militar) e 2005/2006 foram incluı́das com solução.
• A separação das sı́labas foi feita para a lı́ngua portuguesa.

Na sexta versão, foram feitas as seguintes modificações:


• A prova de 1979/1980 (álgebra) foi incluı́da.
• As soluções das provas de álgebra de 1979/1980 a 1990/1991 foram incluı́das.
• A notação foi uniformizada.

Na quinta versão, foram feitas as seguintes modificações:


• As provas de 1977/1978 (álgebra), 1978/1979 (álgebra), 1981/1982 (álgebra) foram incluı́das.
• A prova de 1988/1989 (álgebra) foi completada.

Na quarta versão, foram feitas as seguintes modificações:


• As provas de 1888/1889 (álgebra e geometria) foram incluı́das.
• A prova de 2004/2005 foi incluı́da com solução.

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Enunciados

Álgebra Geometria
1949/1950 X X
1950/1951 X X
1951/1952 X X
1952/1953 X X
1953/1954(∗1)(∗2) X X
1954/1955(∗1)(∗2) X X
1955/1956 X X
1956/1957(∗1)(∗2) X X
1957/1958 X X
1958/1959 X X
1959/1960(∗1)(∗2) X X Matemática
1960/1961 - - 1991/1992 X
1961/1962 - - 1992/1993 X
1962/1963 - - 1993/1994 X
1963/1964(∗3) X X 1994/1995(∗5) X
1964/1965(∗3)(∗4) X X 1995/1996 X
1965/1966(∗4) X X 1996/1997 X
1966/1967(∗4) X X 1997/1998 X
1967/1968(∗4) X X 1998/1999 X
1968/1969(∗4) X X 1999/2000 X
1969/1970(∗4) X X 2000/2001 X
1970/1971(∗4) X X 2001/2002 X
2002/2003 X
1971/1972(∗4) X X 2003/2004 X
1972/1973 X X 2004/2005 X
1973/1974 X - 2005/2006 X
1974/1975 - -
1975/1976 X -
1976/1977 X -
1977/1978 X X Objetiva Matemática
1978/1979 X X 2006/2007 X X
1979/1980 X X
1980/1981 X X
1981/1982 X X
1982/1983 X X
1983/1984 X X
1984/1985 X X
1985/1986 X X
1986/1987 X X
1987/1988 X X
1988/1989 X X
1989/1990 X X
1990/1991 X X

(*1): As provas de Álgebra e Cálculo foram realizadas separadamente.


(*2): Houve prova de Desenho Técnico, não incluı́da neste material.
(*3): As provas de Geometria e Trigonometria foram realizadas separadamente.
(*4): Houve prova de Desenho Geométrico, não incluı́da neste material.
(*5): Foi incluı́da a prova do Ciclo Básico para alunos militares.

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IME 2006/2007 - Objetiva


1a Questão [Valor: 0,25] 4a Questão [Valor: 0,25]
Sejam z e w números complexos tais que: Se r1 e r2 são raı́zes reais distintas de x2 + px + 8 = 0,
 é correto afirmar que:
w2 − z 2 = 4 + 12i √
(A) |r1 + r2 | > 4 2
z − w = 2 + 4i √
(B) |r1 + r2 | < 2
onde z e w representam, respectivamente, os números (C) |r1 | ≥ 2 e |r2 | ≥ 2
complexos conjugados de z e w. O valor de z + w é:
(D) |r1 | ≥ 3 e |r2 | ≤ 1
(A) 1 − i
(E) |r1 | < 1 e |r2 | < 2
(B) 2 + i
(C) −1 + 2i
(D) 2 − 2i 5a Questão [Valor: 0,25]
(E) −2 + 2i Considere o sistema de equações dado por:

x + y + 2z = b1
2a Questão [Valor: 0,25] 2x − y + 3z = b2
Seja N um número inteiro de 5 algarismos. O número 5x − y + az = b3
P é construı́do agregando-se o algarismo 1 à direita de
N e o número Q é construı́do agregando-se o algarismo Sendo b1 , b2 e b3 valores reais quaisquer, a condição
1 à esquerda de N . Sabendo-se que P é o triplo de Q, para que o sistema possua solução única é:
o algarismo das centenas do número N é:
(A) a=0
(A) 0
(B) 2 (B) a = 2
(C) 4 (C) a = 8
(D) 6 (D) a = b1 + b2 − b3
(E) 8 (E) a = 2b1 − b2 + 3b3

3a Questão [Valor: 0,25]


6a Questão [Valor: 0,25]
Um quadrado de lado igual a um metro é dividido em
Seja f : R → R, onde R é o conjunto dos números reais,
quatro quadrados idênticos. Repete-se esta divisão com
tal que:
os quadrados obtidos e assim sucessivamente por n ve-
zes. A figura abaixo ilustra as quatro primeiras etapas 
f (4) = 5
desse processo. Quando n → ∞, a soma em metros
f (x + 4) = f (x).f (4)
dos perı́metros dos quadrados hachurados em todas as
etapas é:
O valor de f (−4) é:
4
(A) −
5
1
(B) −
1m

4
1
(C) −
5
1
Primeira etapa Segunda etapa (D)
5
4
(E)
5

7a Questão [Valor: 0,25]


Um grupo de nove pessoas, sendo duas delas irmãos,
deverá formar três equipes, com respectivamente dois,
três e quatro integrantes. Sabendo-se que os dois irmãos
não podem ficar na mesma equipe, o número de equipes
Terceira etapa Quarta etapa que podem ser organizadas é:
(A) 288
(A) 4 (B) 455
(B) 6
(C) 8 (C) 480
(D) 10 (D) 910
(E) 12 (E) 960

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8a Questão [Valor: 0,25] 12a Questão [Valor: 0,25]


Seja a matriz D dada por: Seja p(x) = αx3 + βx2 + γx + δ um polinômio do ter-
  ceiro grau cujas raı́zes são termos de uma progressão
1 1 1 aritmética de razão 2. Sabendo que p(−1) = −1,
D= p q r  p(0) = 0 e p(1) = 1, os valores de α e γ são, respecti-
sen(P̂ ) sen(Q̂) sen(R̂) vamente:
(A) 2 e −1
na qual p, q e r são lados de um triângulo cujos ângulos (B) 3 e −2
opostos são, respectivamente, P̂ , Q̂ e R̂. O valor do (C) −1 e 2
determinante de D é: (D) − 13 e 43
(A) −1 (E) 12 e 12
(B) 0
(C) 1 13a Questão [Valor: 0,25]
(D) π Seja p(x) = x5 + bx4 + cx3 + dx2 + ex + f um polinômio
(E) p + q + r com coeficientes inteiros. Sabe-se que as cinco raı́zes de
p(x) são números inteiros positivos, sendo quatro deles
pares e um ı́mpar. O número de coeficientes pares de
9a Questão [Valor: 0,25] p(x) é:
Sabendo que log 2 = 0,3010, log 3 = 0,4771 e log 5 = (A) 0
0,6989, o menor número entre as alternativas abaixo é: (B) 1
(A) 430 (C) 2
(B) 924 (D) 3
(C) 2540 (E) 4
(D) 8120
(E) 62515 14a Questão [Valor: 0,25]
Considere uma circunferência C fixa de raio R. A partir
de dois pontos A e B pertencentes a C, traçam-se retas
10a Questão [Valor: 0,25] tangentes a C que se interceptam num ponto P , tal que
Considere os conjuntos A = {(1, 2), (1, 3), (2, 3)} e B = P A = P B = k. Sendo k um valor constante, o lugar
{1, 2, 3, 4, 5}, e seja a função f : A → B tal que: geométrico de P é uma:
(A) reta
f (x, y) = x + y (B) circunferência
(C) parábola
É possı́vel afirmar que f é uma função:
(D) hipérbole
(A) injetora (E) elipse
(B) sobrejetora
(C) bijetora 15a Questão [Valor: 0,25]
(D) par Um homem nascido no século XX diz a seguinte frase
para o filho: “seu avô paterno, que nasceu trinta anos
(E) ı́mpar
antes de mim, tinha x anos no ano x2 ”. Em con-
seqüência, conclui-se que o avô paterno nasceu no ano
11a Questão [Valor: 0,25] de:
O volume do octaedro cujos vértices são os pontos (A) 1892
médios das arestas de um tetraedro regular de volume (B) 1898
V é: (C) 1900
V (D) 1936
(A)
2 (E) 1942
V
(B)
4
V
(C)
8

2
(D) V
2

3
(E) V
2

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IME 2006/2007 - Matemática


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0]     Considere o conjunto formado por m bolas pretas e
3 1 1 0
4 4 n bolas brancas. Determine o número de seqüências
Considere as matrizes A = eB= , simétricas que podem ser formadas utilizando-se todas
1
4
3
4
0 12
as m + n bolas.
e seja P uma matriz inversı́vel tal que B = P −1 AP . Obs: Uma seqüência é dita simétrica quando ela possui
Sendo n um número natural, calcule o determinante da a mesma ordem de cores ao ser percorrida da direita
matriz An . para a esquerda e da esquerda para a direita.
2a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]
Considere uma seqüência de triângulos retângulos cuja Sejam a, b e c números reais não nulos. Sabendo que
lei de formação é dada por a+b b+c a+c
= = , determine o valor numérico de
c a b
a+b
2 .
aK+1 = aK c
3
4 10a Questão [Valor: 1,0]
bK+1 = bK
5
n
Seja f : N → R uma função tal que f (k) =
k=0
onde aK e bK , para K ≥ 1, são os comprimentos dos (n + 1)
catetos do K-ésimo triângulo retângulo. Se a1 = 30 cm 2008 , onde N e R são, respectivamente, o con-
e b1 = 42 cm, determine o valor da soma das áreas de (n + 2)
todos os triângulos quando K → ∞. junto dos números naturais e o dos números reais. De-
1
termine o valor numérico de .
3a Questão [Valor: 1,0] f (2006)
Considere o sistema de equações dado por


3 log3 α + log9 β = 10
log9 α − 2 log3 β = 10

onde α e β são números reais positivos. Determine o


valor de P = αβ.

4a Questão [Valor: 1,0]


Sejam C e C ∗ dois cı́rculos tangentes exteriores de raios
r e r∗ e centros O e O∗ , respectivamente, e seja t uma
reta tangente comum a C e C ∗ nos pontos não coinci-
dentes A e A∗ . Considere o sólido de revolução gerado
a partir da rotação do segmento AA∗ em torno do eixo
OO∗ , e seja S a sua correspondente área lateral. De-
termine S em função de r e r∗ .

5a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação

π π
log(sen x+cos x) (1 + sen 2x) = 2, x ∈ [− , ].
2 2

6a Questão [Valor: 1,0]


O quadrilátero BRAS, de coordenadas A(1, 0),
B(−2, 0), R(x1 , y1 ) e S(x2 , y2 ) é construı́do tal que
RÂS = RB̂S = 90o . Sabendo que o ponto R pertence
à reta t de equação y = x + 1, determine a equação
algébrica do lugar geométrico descrito pelo ponto S ao
se deslocar R sobre t.

7a Questão [Valor: 1,0]


Sejam x1 e x2 as raı́zes da equação x2 +(m−15)x+m =
0. Sabendo que x1 e x2 são números inteiros, determine
o conjunto de valores possı́veis para m.

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IME 2005/2006
7a Questão [Valor: 1,0]
Considere os pontos A(−1, 0) e B(2, 0) e seja C uma
1a Questão [Valor: 1,0]
circunferência de raio R tangente ao eixo das abscissas
Sejam a1 = 1 − i, an = r + si e an+1 = (r − s) + (r + s)i
na origem. A reta r1 é tangente a C e contém o ponto
(n > 1) termos de uma seqüência. Determine, em
A e a reta r2 também é tangente a C e contém o ponto
função de n, os valores de r e s que tornam esta
B. Sabendo que a origem não pertence às retas r1 e
seqüência uma progressão√aritmética, sabendo que r e
r2 , determine a equação do lugar geométrico descrito
s são números reais e i = −1.
pelo ponto de interseção de r1 e r2 ao se variar R no
intervalo (0, ∞).
2a Questão [Valor: 1,0]
Considere o polinômio 8a Questão [Valor: 1,0]
Considere um tetraedro regular de arestas de compri-
p(x) = x5 − 3x4 − 3x3 + 27x2 − 44x + 30 mento a e uma esfera de raio R tangente a todas as
arestas do tetraedro. Em função de a, calcule:
a) O volume total da esfera.
Sabendo que o produto de duas de suas raı́zes comple- b) O volume da parte da esfera situada no interior do
xas é igual a 3 − i e que as partes reais e imaginárias de tetraedro.
todas as suas raı́zes complexas são inteiras e não-nulas,
calcule todas as raı́zes do polinômio.
9a Questão [Valor: 1,0]
3 Questão [Valor: 1,0]
a Determine o conjunto solução S = {(x, y)|x ∧ y ∈ Z}
Um trapézio ABCD, de base menor AB e base maior da equação
CD, possui base média M N . Os pontos M  e N  di-
videm a base média em três segmentos iguais, na or- (x + y)k = xy
dem M M  N  N . Ao se traçar as retas AM  e BN  , sabendo que k é um número primo.
verificou-se que as mesmas se encontraram sobre o lado
CD no ponto P . Calcule a área do trapézio M  N  CD 10a Questão [Valor: 1,0]
em função da área de ABCD. Sejam as somas S0 e S1 definidas por
4a Questão [Valor: 1,0] S0 = Cn0 + Cn3 + Cn6 + Cn9 + . . . + Cn3[n/3]
Seja Dn = det(An ), onde
S1 = Cn1 + Cn4 + Cn7 + Cn10 + . . . + Cn3[(n−1)/3]+1
 2 −1 0 0 ... 0 0 
Calcule os valores de S0 e S1 em função de n, sabendo
 −1 2 −1 0 ... 0 0  que [r] representa o maior inteiro menor ou igual ao
 0 −1 2 −1 . . . 0 0 
An = 



número r.
 ... ... ... ... ... ... ...  Obs: Utilize o desenvolvimento em binômio de Newton
0 0 0 0 ... 2 −1 de (1 + cis 2π n
3 ) .
0 0 0 0 . . . −1 2 n×n

Determine Dn em função de n (n ∈ N, n ≥ 1).

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de x, y, z e r que satisfazem o
sistema

r
Cr+y = logy x
logy z = 4 + logx z
y
Cr+y = logx z + logz z

p
onde Cm representa a combinação de m elementos to-
mados p a p e logc B representa o logaritmo de B na
base c.

6a Questão [Valor: 1,0]


Os ângulos de um triângulo estão em progressão
aritmética e um deles é solução da equação trigo-
nométrica

(sen x + cos x)(sen2 x − sen x cos x + cos2 x) = 1

Determine os valores destes ângulos (em radianos).

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IME 2004/2005
1a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]
x −x Considere uma elipse de focos F e F  , e M um ponto
Dada a função f (x) = (156 +156
2
)
, demonstre que: qualquer dessa curva. Traça-se por M duas secantes
M F e M F  , que interceptam a elipse em P e P  , res-
f (x + y) + f (x − y) = 2f (x)f (y) pectivamente. Demonstre que a soma (M F /F P ) +
(M F  /F  P  ) é constante.
2a Questão [Valor: 1,0] Obs: Calcule inicialmente a soma (1/M F )+(1/F P ).
O sistema de segurança de uma casa utiliza um teclado
numérico, conforme ilustrado na figura. Um ladrão ob- 8a Questão [Valor: 1,0]
serva de longe e percebe que: Sejam a, b, e c as raı́zes do polinômio p(x) = x3 +rx−t,
• A senha utilizada possui 4 dı́gitos. onde r e t são números reais não nulos.
• O primeiro e o último dı́gitos encontram-se numa a) Determine o valor da expressão a3 +b3 +c3 em função
mesma linha. de r e t.
• O segundo e o terceito dı́gitos encontram-se na li- b) Demonstre que S n+1 +rS n−1 −tS n−2 = 0 para todo
nha imediatamente superior. número natural n ≥ 2, onde S k = ak + bk + ck para
qualqure número natural k.
Calcule o número de senhas que deverão ser experi-
mentadas pelo ladrão para que com certeza ele consiga
entrar na casa. 9a Questão [Valor: 1,0]
Calcule o determinante da matrix n × n em função de
b, onde b é um número real tal que b2 = 1.
1 2 3 
2
b +1 b 0  

0 0 ... 0

4 5 6 b b2 +1 b 0 ... 0 0  


7 8 9 0 b b2 +1 b ... 0 0  

0 2
0 b b +1 . . . 0 0 n linhas
. .. .. .. .. .. 
0 . .. 
. . . . . . .  

0 . . . b +1 b 
2 
0 0 0 

Teclado numerico 0 0 0 0 ... b b +1 
2 
 
3a Questão [Valor: 1,0] n colunas
Sejam a, b, c, e d números reais positivos e diferentes
de 1. Sabendo que loga d, logb d e logc d são termos
10a Questão [Valor: 1,0]
consecutivos de uma progressão aritmética, demonstre
Considere os pontos P e Q sobre as faces adjacentes de
que:
um cubo. Uma formiga percorre, sobre a superfı́cie do
c2 = (ac)loga d cubo, a menor distância entre P e Q, cruzando a aresta
BC em M e a aresta CD em N , conforme ilustrado na
sln: Esta questão foi anulada por erro no enunciado. figura abaixo. É dado que os pontos P , Q, M e N são
coplanares.
4a Questão [Valor: 1,0] a) Demonstre que M N é perpendicular a AC.
Determine o valor das raı́zes comuns das equações x4 − b) Calcule a área da seção do cubo determinada pelo
2x3 −11x2 +18x+18 = 0 e x4 −12x3 −44x2 −32x−52 = 0.
plano que contém P , Q e M em função de BC = a
5a Questão [Valor: 1,0] e BM = b.

Resolva a equação 2 sen 11x + cos 3x + 3 sen 3x = 0.
6a Questão [Valor: 1,0]
Considere um triângulo ABC de área S. Marca-se o
P
ponto P sobre o lado AC tal que P A/P C = q, e o B C
ponto Q sobre o lado BC de maneira que QB/QC = r.
As cevianas AQ e BP encontram-se em T , conforme M
ilustrado na figura. Determine a área do triângulo AT P
em função de S, q e r.
N Q
A

P
T
A D
B Q C

v10 
c SLN
9

IME 2003/2004
9a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0]
Ao final de um campeonato de futebol, somaram-se as
Calcule o número natural n que torna o determinante pontuações das equipes, obtendo-se um total de 35 pon-
abaixo igual a 5. tos. Cada equipe jogou com todos os outros adversários
apenas uma vez. Determine quantos empates houve no
1 −1 0 0
campeonato, sabendo que cada vitória valia 3 pontos,
0 1 −1 0 cada empate valia 1 ponto e que derrotas não pontua-
−1
0 0 1 vam.
log (n−1) log (n+1) log (n−1) log (n−1)
2 2 2 2
10a Questão [Valor: 1,0]
Um quadrilátero convexo ABCD está inscrito em um
2a Questão [Valor: 1,0] cı́rculo de diâmetro d. Sabe-se que AB = BC = a,
Considere o polinômio P (x) = x3 +ax+b de coeficientes AD = d e CD = b, com a, b e d diferentes de zero.
reais, com b = 0. Sabendo que suas raı́zes são reais, a) Demonstre que d2 = bd + 2a2 .
demonstre que a < 0. b) Se a, b e d são números inteiros e a é diferente de b,
mostre que d não pode ser primo.
3a Questão [Valor: 1,0]
Considere uma pirâmide regular de altura h, cuja base é
um hexágono ABCDEF de lado a. Um plano perpen-
dicular à base e contendo os pontos médios das arestas
AB e BC divide a pirâmide em dois poliedros. Calcule
a razão entre os volumes destes dois poliedros.

4a Questão [Valor: 1,0]


Calcule sen (x + y) em função de a e b, sabendo que o
produto ab = 0, que sen x + sen y = a e que cos x +
cos y = b.

5a Questão [Valor: 1,0]


Seja uma função f :
− {0} →
, onde
representa o
conjunto dos números reais, tal que f (a/b) = f (a)−f (b)
para a e b pertencentes ao domı́nio de f . Demonstre
que f é uma função par.

6a Questão [Valor: 1,0]


Sendo a, b e c números naturais em progressão
aritmética e z um número complexo de módulo unitário,
determine um valor para cada um dos números a, b, c
e z de forma que eles satisfaçam a igualdade:

1 1 1
+ b + c = z9
za z z

7a Questão [Valor: 1,0]


Considere a parábola P de equação y = ax2 , com a > 0
e um ponto A de coordenadas (x0 , y0 ) satisfazendo a
y0 < ax20 . Seja S a área do triângulo AT T  , onde T e
T  são os pontos de contato das tangentes a P passando
por A.
a) Calcule o valor da área S em função de a, x0 e y0 .
b) Calcule a equação do lugar geométrico do ponto A,
admitindo que a área S seja constante.
c) Identifique a cônica representada pela equação ob-
tida no item anterior.

8a Questão [Valor: 1,0]


Demonstre que o número 11 
. . . 1222
. . . 25 é um qua-
(n−1) n vezes
vezes
drado perfeito.

v10 
c SLN
10

IME 2002/2003 E
G
1a Questão [Valor: 1,0]
Seja z um número complexo de módulo unitário que
satisfaz a condição z 2n = −1, onde n é um número
zn
inteiro positivo. Demonstre que é um número A D
1 + z 2n
real.
B C
2 Questão [Valor: 1,0]
a
F
Determine todos os valores reais de x que satisfazem a
equação:
6a Questão [Valor: 1,0]
    Considere um hexágono regular de 6 cm de lado. De-
log 12x3 − 19x2 + 8x = log 12x3 − 19x2 + 8x , termine o valor máximo da área de um triângulo XY Z,
sabendo-se que:
a) Os pontos X, Y e Z estão situados sobre lados do
onde log(y) e |y| representam, respectivamente, o loga- hexágono.
ritmo na base 10 e o módulo de y. b) A reta que une os pontos X e Y é paralela a um dos
lados do hexágono.
3a Questão [Valor: 1,0]
Dada numa circunferência de raio R, inscreve-se nela 7a Questão [Valor: 1,0]
um quadrado. A seguir, increve-se uma circunferência Sejam A e B dois subconjuntos de N. Por definição,
neste quadrado. Este processo se repete indefinida- uma função f : A → B é crescente se a1 > a2 ⇒
mente para o interior da figura de maneira que cada f (a1 ) ≥ f (a2 ), para quaisquer a1 e a2 ∈ A.
quadrado estará sempre inscrito em uma circunferência a) Para A = {1, 2} e B = {1, 2, 3, 4}, quantas funções
e simultaneamente circunscrito por outra. Calcule, em de A para B são crescentes?
função de R, a soma das áreas delimitadas pelos lados
b) Para A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, . . . , n}, quantas
dos quadrados e pelas circunferências que os circuns-
funções de A para B são crescentes, onde n é um
crevem, conforme mostra a figura.
número inteiro maior que zero?

1
0
0
1 8a Questão [Valor: 1,0]
0
1
0
1
0000000
1111111
0
1
Seja uma pirâmide regular de vértice V e base qua-
0000000
1111111
00
11 0
1
drangular ABCD. √O lado da base da pirâmide mede l
0000000
1111111
00
11
000000
111111
0
1 00
11 e a aresta lateral l 2. Corta-se essa pirâmide por um
00
1100000
11111
000000
111111
0
1 0
1 00
11 plano que contém o vértice A, é paralelo à reta BD, e
00
11
0
100000
11111
0
1 0
10
100
11
00
11
R
00
1100000
11111
00
11
00
11
0
1 0
1
1111
0000
00
11 0
1 0
10
10
100
11
contém o ponto médio da aresta V C. Calcule a área
00
1100
11
00
1100
11
011
1 0
1
11
00
0
1 0
1
0
10
10
1
0
100
11
da seção determinada pela interseção do plano com a
00
1100
00
1100
11
011
1
00
11 0
10
1
1
0
0
1
0
10
1
0
10
1
0
10
1011
100
0
1
00
1100
00
11 0
10
1
0
1
000
111
00
11 0
10
1
0
10
1
0
10
1
0
10
100
11
pirâmide.

0
1
00
1100
11
00
11 1
0
0
1
000
111 0
10
10
100
11
00
11
00
11 0000
1111
0
1
111
000
0 1111
1
00
11 0
10
10
100
11
9a Questão [Valor:
 1,0]
√  √
00
11
00
11 0000
0
1
011111
1 0000
1111 011
100
3 3

0
1
00000
00 11111
11 00
11 R Demonstre que 20 + 14 2 + 20 − 14 2 é um
00
11 0
1
00000 00
11 número inteiro múltiplo de quatro.
0
1
0000000
1111111
0
1
0000000
1111111
0
1
0000000
1111111 10a Questão [Valor: 1,0]
0
1
0
1
Considere uma matriz A, n × n, de coeficientes reais,
e k um número real diferente de 1. Sabendo-se que
A3 = kA, prove que a matriz A + I é invertı́vel, onde I
é a matriz identidade n × n.

4a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação tg α+tg (2α) = 2 tg (3α), sabendo-se
que α ∈ [0, π/2).

5a Questão [Valor: 1,0]


Sobre uma reta r são marcados os pontos A, B, C e D.
São construı́dos os triângulos equiláteros ABE, BCF
e CDG, de forma que os pontos E e G se encontram
do mesmo lado da reta r, enquanto que o ponto F se
encontra do lado oposto, conforme mostra a figura. Cal-
cule a área do triângulo formado pelos baricentros de
ABE, BCF e CDG em função dos comprimentos dos
segmentos AB, BC e CD.

v10 
c SLN
11

IME 2001/2002 A

1a Questão [Valor: 1,0] 10 km 10 km


Calcule a soma dos números entre 200 e 500 que são
múltiplos de 6 ou de 14, mas não simultaneamente 10 km
B C 10 km
múltiplos de ambos.

2a Questão [Valor: 1,0] 10 km 10 km


Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando
a sua transposta é igual a sua inversa. Considerando D
esta definição, determine se a matriz [R], abaixo, é uma
matriz ortogonal, sabendo-se que n é um número inteiro
e α é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta. 8a Questão [Valor: 1,0]

  a) Sejam x, y e z números reais positivos. Prove que:


cos (nα) −sen(nα) 0
[R] = sen(nα) cos (nα) 0
x+y+z √
0 0 1 ≥ 3 x.y.z
3
Em que condições a igualdade se verifica?
3a Questão [Valor: 1,0] b) Considere um paralelepı́pedo de lados a, b, c, e área
Considere uma parábola de eixo focal OX que passe total S0 . Determine o volume máximo desse parale-
pelo ponto (0, 0). Define-se a subnormal em um ponto lepı́pedo em função de S0 . Qual a relação entre a, b
P da parábola como o segmento de reta ortogonal à e c para que esse volume seja máximo? Demonstre
tangente da curva, limitado pelo ponto P e o eixo focal. seu resultado.
Determine a equação e identifique o lugar geométrico
dos pontos médios das subnormais dessa parábola.
9a Questão [Valor: 1,0]√
4a Questão [Valor: 1,0] Resolva a equação 5 − 5 − x = x, sabendo-se que
Sabe-se que loga b = X, logq b = Y e n > 0, onde n é x > 0.
um número natural. Sendo c o produto dos n termos
de uma progressão geométrica de primeiro termo a e 10a Questão [Valor: 1,0]
razão q, calcule o valor de logc b em função de X, Y e Considere um quadrado XY ZW de lado a. Dividindo-
n. se cada ângulo desse quadrado em quatro partes iguais,
obtém-se o octógono regular representado na figura
5a Questão [Valor: 1,0] abaixo. Determine o lado e área desse octógono em
função de a. As respostas finais não podem conter ex-
pressões trigonométricas.
a) Encontre as condições a que devem satisfazer os coe-
ficientes de um polinômio P (x) de quarto grau para X Y
que P (x) = P (1 − x).

b) Considere o polinômio P (x) = 16x4 − 32x3 − 56x2 +


72x + 77. Determine todas as suas raı́zes sabendo-se A
que o mesmo satisfaz a condição do item acima. H B

G C
6 Questão [Valor: 1,0]
a

Um cone e um cilindro circulares retos têm uma base F D


comum e o vértice do cone se encontra no centro da
outra base do cilindro. Determine o ângulo formado E
pelo eixo do cone e sua geratriz, sabendo-se que a razão
entre a área total do cilindro e a área total do cone é
7/4. W Z

7a Questão [Valor: 1,0]


Quatro cidades, A, B, C e D, são conectadas por es-
tradas conforme a figura abaixo. Quantos percursos di-
ferentes começam e terminam na cidade A, e possuem:

a) Exatamente 50 km?

b) n× 10 km?

v10 
c SLN
12

IME 2000/2001
1a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]
Considere a matrix A = (akj ), onde:
Considere a figura abaixo, onde AB = AD = 1, BC = 54
akj = k-ésimo termo do desenvolvimento √ de (1 + ji) ,
x, AC = y, DE = z e AE = w. Os ângulos DÊA,
com k = 1, . . . , 55; j = 1, . . . , 55 e i = −1.
B ĈA e B F̂ A são retos.
a) Calcule a3,2 + a54,1 .
a) Determine o comprimento de AF e de BF em função b) Determine o somatório dos elementos da coluna 55.
de x, y, z e w. c) Obtenha uma fórmula geral para os elementos da
b) Determine a tangente do ângulo α em função de x, diagonal principal.
y, z e w.
7a Questão [Valor: 1,0]
Um comandante de companhia convocou voluntários
B para a constituição de 11 patrulhas. Todas elas são
formadas pelo mesmo número de homens. Cada ho-
mem participa de exatamente duas patrulhas. Cada
α duas patrulhas têm somente um homem em comum.
Determine o número de voluntários e o de integrantes
de uma patrulha.
D 8a Questão [Valor: 1,0]
C Calcule o valor exato de:
     
4 5
sen 2 arc cotg + cos 2 arc cossec
3 4

9a Questão [Valor: 1,0]


A E Prove que para qualquer número inteiro k, os números
F k e k 5 terminam sempre com o mesmo algarismo (alga-
rismo das unidades).

2a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Considere o polinômio de grau mı́nimo, cuja re- Sejam r, s e t três retas paralelas não coplanares. São
presentação gráfica passa pelos pontos P1 (−2, −11), marcados sobre r dois pontos A e A , sobre s os pontos
P2 (−1, 0), P3 (1, 4) e P4 (2, 9). B e B  e sobre t os pontos C e C  de modo que os
segmentos AA = a, BB  = b e CC  = c tenham o
a) Determine os coeficientes do polinômio. mesmo sentido.
b) Calcule todas as raı́zes do polinômio. a) Mostre que se G e G são os baricentros dos
triângulos ABC e A B  C  , respectivamente, então
GG é paralelo às três retas.
3a Questão [Valor: 1,0] b) Determine GG em função de a, b e c.
Determine todos os números inteiros m e n para os
quais o polinômio 2xm + a3n xm−3n − am é divisı́vel por
x + a.

4a Questão [Valor: 1,0]


Sejam a e b números reais positivos e diferentes de 1.
Dado o sistema abaixo:
 √
ax . b1/y = ab
2. loga x = log1/b y . log√a b

determine os valores de x e y.

5a Questão [Valor: 1,0]


Dois números complexos são ortogonais se suas repre-
sentações gráficas forem perpendiculares entre si. Prove
que dois números complexos Z1 e Z2 são ortogonais se
e somente se:

Z1 Z2 + Z1 Z2 = 0

Obs: Z indica o conjugado de um número complexo


Z.

v10 
c SLN
13

IME 1999/2000
6a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Seja o conjunto:
Calcule o determinante:
D = {(k1 , k2 )| 1 ≤ k1 ≤ 13; 1 ≤ k2 ≤ 4; k1 , k2 ∈ N}.
1 1 1 1 1 1 1
Determine quantos subconjuntos L =
1 3 1 1 1 1 1
{(x1 , x2 ), (y1 , y2 ), (z1 , z2 ), (t1 , t2 ), (r1 , r2 )}, L ⊂ D,
1 1 5 1 1 1 1
D = 1 1 1 7 1 1 1

existem com 5 (cinco) elementos distintos, que
1 1 1 1 9 1 1 satisfazem simultaneamente as seguintes condições:

1 1 1 1 1 11 1 i) x1 = y1 = z1 .

1 1 1 1 1 1 13 ii) x1 = t1 , x1 = r1 , t1 = r1 .

7a Questão [Valor: 1,0]


2a Questão [Valor: 1,0] As arestas laterais de uma pirâmide regular com n faces
Considere a, b, e c números reais tais que a < b < c. têm medida l. Determine:
Prove que a equação abaixo possui exatamente duas a) A expressão do raio do cı́rculo circunscrito à base,
raı́zes, x1 e x2 , que satisfazem a condição: a < x1 < em função de l, de modo que o produto do volume
b < x2 < c. da pirâmide pela sua altura seja máximo.
b) A expressão desse produto máximo, em função de l
1 1 1 e n.
+ + =0
x−a x−b x−c
8a Questão [Valor: 1,0]
3a Questão [Valor: 1,0] As medianas BE e CF de um triângulo ABC se cortam
12S
Represente graficamente a função: em G. Demonstre que tg B ĜC = 2 , onde
b + c2 − 5a2
1 1 1 1 S é a área do triângulo ABC; AC = b; AB = c e
F (θ) = + + + BC = a.
1+sen θ 1+cos θ 1+sec θ 1+cossec2 θ
2 2 2

9a Questão [Valor: 1,0]


Três jogadores, cada um com um dado, fizeram
4a Questão [Valor: 1,0] lançamentos simultâneos. Essa operação foi repetida
Calcule as coordenadas dos pontos de interseção da cinquenta vezes. Os dados contêm três faces brancas e
elipse com a hipérbole, representadas na figura abaixo, três faces pretas. Dessas 50 vezes:
sabendo-se que: i) Em 28 saiu uma face preta para o jogador I.
i) Os pontos C e C  são os focos da elipse e os pontos ii) Em 25 saiu uma face branca para o jogador II.
A e A são os focos da hipérbole. iii) Em 27 saiu uma face branca para o jogador III.
iv) Em 8 saı́ram faces pretas para os jogadores I e III
ii) BB  é o eixo conjugado da hipérbole. e branca para o jogador II.
v) Em 7 saı́ram faces brancas para os jogadores II e
iii) OB = OB  = 3 m e OC = OC  = 4 m. III e preta para o jogador I.
vi) Em 4 saı́ram faces pretas para os três jogadores.
vii) Em 11 saı́ram faces pretas para os jogadores II e
Y III.
Determine quantas vezes saiu uma face preta para pelo
B menos um jogador.
D’ D
10a Questão [Valor: 1,0]
A’ C’ C A Considere quatro números inteiros a, b, c e d. Prove
O que o produto:
X
E’ E (a − b)(c − a)(d − a)(d − c)(d − b)(c − b)
B’ é divisı́vel por 12.

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine o polinômio em n, com no máximo 4 ter-
mos, que representa o somatório dos quadrados dos n
n
primeiros números naturais ( k 2 ).
k=1

v10 
c SLN
14

IME 1998/1999
9a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a Uma piscina de base retangular tem, em metros, as se-
+ 2 − 4i = 0 e localize-as
Determine as raı́zes de z 2 + 2iz√ guintes dimensões: base, 5×6 e altura, 3. Dois terços
no plano complexo, sendo i = −1. do volume da piscina são ocupados por água. Na su-
perfı́cie superior da água, forma-se uma pequena bolha
de ar. A bolha de ar está eqüidistante das paredes de
2a Questão [Valor: 1,0] 5m da base. Em relação às paredes de 6m de base, sua
Sejam as funções g(x) e h(x) assim definidas: g(x) = posição é tal que a distância a uma das paredes é o
3x − 4; h(x) = f (g(x)) = 9x2 − 6x + 1. Determine a dobro da distância à outra. Estabeleça um sistema de
função f (x) e faça seu gráfico. coordenadas retangulares que tenha como origem um
dos cantos interiores da piscina e como um dos planos
3a Questão [Valor: 1,0] coordenados a parede de base de 6m mais próxima da
Calcule o valor de (1,02)−10 , com dois algarismos signi- bolha. Em relação a este sistema, determine as coorde-
ficativos, empregando a expansão do binômio de New- nadas retangulares do ponto onde se encontra a bolha
ton. de ar.
10a Questão [Valor: 1,0]
4a Questão [Valor: 1,0] ABCD é um quadrado de lado , conforme figura
Determine θ sabendo-se que: abaixo. Sabendo-se que K é a soma dos quadrados
das distâncias de um ponto P do plano definido por
ABCD aos vértices de ABCD, determine:
1 − cos4 θ 1 + cotg2 θ 2 a) O valor mı́nimo de K e a posição do ponto P na
i) . = ; qual ocorre este mı́nimo.
1 − sen4 θ 1 + tg2 θ 3
b) O lugar geométrico do ponto P para K = 42 .

ii) 0 < θ ≤ 2π radianos.


D C

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine α para que seja impossı́vel o sistema:
A B


x + 2y − 3z =4
3x − y + 5z =2
4x + y + (α2 − 14)z =α+2

6a Questão [Valor: 1,0]


Determine as possı́veis progressões aritméticas para as
quais o resultado da divisão da soma dos seus n primei-
ros termos pela soma dos seus 2n primeiros termos seja
independente do valor de n.

7a Questão [Valor: 1,0]


Determine uma matriz não singular
 P que satisfaça
6 0
a equação matricial P −1 A = , onde A =
0 −1
 
1 2
.
5 4

8a Questão [Valor: 1,0]


Seja o polinômio P (x) de grau (2n+1) com todos os seus
coeficientes positivos e unitários. Dividindo-se P (x) por
D(x), de grau 3, obtém-se o resto R(x). Determine
R(x), sabendo-se que as raı́zes de D(x) são raı́zes de
A(x) = x4 − 1 e que D(1) = 0.

v10 
c SLN
15

IME 1997/1998
9a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Considere o cubo de faces ABCD e EF GH, e arestas
Determine a solução da equação trigonométrica, sen x+
√ AE, BF , CG e DH. Sejam as arestas iguais a 3 m e
3 cos x = 1, x ∈ R. os pontos M , N e P marcados de forma que:
M ∈ AD, tal que AM = 2 m,
2a Questão [Valor: 1,0] N ∈ AB, tal que AN = 2 m, e
Resolva e interprete, geometricamente, o sistema ma- P ∈ BF , tal que BP = 0,5 m.
tricial abaixo, em função de α e β. Calcule o perı́metro da seção que o plano M N P deter-
mina no cubo.
10a Questão [Valor: 1,0]
    
1 −2 3 x −4 Quatro retas se interceptam formando quatro
5 −6 7 y = −8 triângulos conforme figura abaixo. Prove que os
6 8 α z β cı́rculos circunscritos aos quatro triângulos possuem
um ponto em comum.

3a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de λ que satisfaçam a inequação,
4
272λ − .27λ + 27−1 > 0, e represente, graficamente, a
9
4
função, y = 272x − .27x + 27−1 .
9

4a Questão [Valor: 1,0]


Determine os parâmetros α, β, γ e δ da transformação
αZ + β
complexa, W = , que leva os pontos Z =
γZ + δ
0; −i; −1 para W = i; 1; 0, respectivamente,
√ bem como,
Z para W = −2 − i, onde i = −1.

5a Questão [Valor: 1,0]


Considere uma elipse e uma hipérbole centradas na ori-
gem, O, de um sistema cartesiano, com eixo focal coin-
cidente com o eixo OX. Os focos da elipse são vértices
da hipérbole e os focos da hipérbole são vértices da
20
elipse. Dados os eixos da elipse como 10 cm e cm,
3
determine as equações das parábolas, que passam pelas
interseções da elipse e da hipérbole e são tangentes ao
eixo OY na origem.

6a Questão [Valor: 1,0]


Uma embarcação deve ser tripulada por oito homens,
dois dos quais só remam do lado direito e apenas um,
do lado esquerdo. Determine de quantos modos esta
tripulação pode ser formada, se de cada lado deve haver
quatro homens.
Obs: A ordem dos homens de cada lado distingue a
tripulação.

7a Questão [Valor: 1,0]


Determine α, β e γ de modo que o polinômio, αxγ+1 +
βxγ +1, racional inteiro em x, seja divisı́vel por (x−1)2 e
que o valor numérico do quociente seja igual a 120 para
x = 1.

8a Questão [Valor: 1,0]


Uma soma finita de números inteiros consecutivos,
ı́mpares, positivos ou negativos, é igual a 73 . Deter-
mine os termos desta soma.

v10 
c SLN
16

IME 1996/1997
1a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]
Resolva o sistema abaixo: Determine o resto da divisão do polinômio (cos ϕ +
 y x sen ϕ)n por (x2 + 1), onde n é um número natural.
x = yx
onde a = 1 e a > 0 9a Questão [Valor: 1,0]
y = ax
Considere uma esfera inscrita e tangente à base de um
cone de revolução. Um cilindro está circunscrito à es-
2a Questão [Valor: 1,0] fera de tal forma que uma de suas bases está apoiada
Determine o termo máximo do desenvolvimento da ex- na base do cone. Seja V1 o volume do cone e V2 o vo-
pressão: lume do cilindro. Encontre o menor valor da constante
 65 k para o qual V1 = kV2 .
1 Obs: Considere o ângulo formado pelo diâmetro da
1+
3 base e a geratriz do cone em uma das extermidades
deste diâmetro.
3a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]
Dados os pontos A e B do plano, determine a equação Em uma parábola (P ), com foco F e parâmetro p, con-
do lugar geométrico dos pontos P do plano, de tal modo
sidere uma corda M M  normal à parábola em M . Sa-
que a razão entre as distâncias de P a A e de P a B seja
dada por uma constante k. Justifique a sua resposta bendo que o ângulo M F̂ M  = 90o , calcule os segmentos
analiticamente, discutindo todas as possibilidades para F M e F M .
k.
4a Questão [Valor: 1,0]
Em cada uma das 6 (seis) faces de um cubo, construiu-
se uma circunferência, onde foram marcados n pontos.
Considerando que 4 (quatro) pontos não pertencentes
à mesma face, não sejam coplanares, quantas retas e
triângulos, não contidos nas faces desse cubo, são de-
terminados pelos pontos.
5a Questão [Valor: 1,0] √
Considere a função y = f (x) = Ln(x + x2 + 1) onde
Ln denota o logaritmo neperiano. Responder aos itens
a seguir, justificando sua resposta.
a) Se g(x) = Ln(2x), que relação existe entre os
gráficos das curvas f e g?
b) Pode-se afirmar que a função definida por H(x) =
f (x)
é uma primitiva para a função T (x) =
2
f (x)
√ ?
x2 + 1

6a Questão [Valor: 1,0]


Se tg a e tg b são raı́zes da equação x2 + px + q = 0,
calcule, em função de p e q, o valor simplificado da
expressão:
y = sen2 (a+b) + p sen (a+b) cos (a+b) + q cos2 (a+b)
Considere p, q ∈
com q = 1.
7a Questão [Valor: 1,0]
Considere os números ı́mpares escritos sucessivamente,
como mostra a figura abaixo, onde a n-ésima linha com-
preende n números. Encontre em função de n, nesta
linha, a soma de todos os números escritos, bem como
o primeiro e o último.
1
3 5
7 9 11
13 15 17 19
21 23 25 27 29
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .

v10 
c SLN
17

IME 1995/1996
8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0]
Determine os números naturais n para os quais existem
Considerando log 2 = a e log 3 = b,
√encontre, em função poliedros convexos de n arestas.
de a e b, o logaritmo do número 5 11,25 no sistema de
base 15. 9a Questão [Valor: 1,0]
Sejam w0 = 1, w1 = j, w2 = j 2 as raı́zes cúbicas da uni-
2a Questão [Valor: 1,0] dade no plano complexo (considere w1 o número com-
Encontre todas as soluções reais da equação apresen- plexo de módulo 1 e argumento 2π/3). Sabendo-se que
tada abaixo, onde n é um número natural. se c ∈ C, a rotação R em torno do ponto c e amplitude
igual a π/3 é dada por R(z) = −j 2 z − jc, ∀z ∈ C − {c},
cosn x − senn x = 1 pede-se:
a) Determinar as relações existentes entre a, b, c, j, j 2 ,
3a Questão [Valor: 1,0] onde a, b ∈ C, de modo que o triângulo a, b, c seja
Um triângulo ABC tem base AB fixa sobre uma reta r. equilátero.
O vértice C desloca-se ao longo de uma reta s, paralela b) Determinar z para que o triângulo i, z, iz seja
a r e a uma distância h da mesma. Determine a equação equilátero.
da curva descrita pelo ortocentro do triângulo ABC. √
Obs: Dado: i = −1.
4a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]
Seja f uma função real tal que ∀ x, a ∈
: f (x + a) = Dados dois trinômios do segundo grau:
1  y = ax2 + bx + c (I)
+ f (x) − [f (x)]2 . f é periódica? Justifique.
2 y = a x2 + b x + c (II)
Considere, sobre o eixo Ox, os pontos A e B cujas abs-
5a Questão [Valor: 1,0] cissas são as raı́zes do trinômio (I) e A e B  os pontos
Calcule a soma abaixo: cujas abscissas são as raı́zes do trinômio (II). Deter-
1 1 1 1 mine a relação que deve existir entre os coeficientes a,
+ + + ...+ b, c, a , b , c de modo que A B  divida o segmento AB
1 × 4 4 × 7 7 × 10 2998 × 3001 harmonicamente.

6a Questão [Valor: 1,0]


É dado um tabuleiro quadrado 4×4. Deseja-se atingir o
quadrado inferior direito a partir do quadrado superior
esquerdo. Os movimentos permitidos são os represen-
tados pelas setas:

De quantas maneiras isto é possı́vel?

7a Questão [Valor: 1,0]


Sejam 5 (cinco) pontos AOBO A , nesta ordem, perten-
centes a uma reta genérica r tal que AO = OB = 3a;
BO = O A = 2a, onde a é um comprimento dado.
Traçam-se os cı́rculos (O), com diâmetro AB, e (O ),
com diâmetro BA . Sejam C e D dois pontos quaisquer
do cı́rculo (O); as retas BC e BD cortam o cı́rculo (O )
respectivamente em C  e D .
BC 
a) Calcule .
BC
C  D
b) Calcule .
CD
c) Seja o ângulo C B̂D igual a 30o . Calcule, em função
de a, a razão entre as áreas dos segmentos circulares
S, no cı́rculo (O) limitado pela corda CD, e S  , no
cı́rculo (O ) limitado pela corda C  D .

v10 
c SLN
18

IME 1994/1995
8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0]
Determine a condição que o inteiro m deve satisfazer Seja ABC um triângulo qualquer. Por B  e C  pontos
médios dos lados AB e AC, respectivamente, traçam-
para que exista
 termoindependente de x no desenvol-
m se duas retas que se cortam em um ponto M , situado
1
vimento de x − 8
4
. sobre o lado BC, e que fazem com esse lado ângulos
x iguais θ conforme a figura abaixo. Demonstre que:
2a Questão [Valor: 1,0] 1
Seja ABC um triângulo qualquer no qual os vértices B cotg θ = (cotg B + cotg C)
2
e C são fixos. Determine o lugar geométrico descrito
pelo ponto A, variável, sabendo que os ângulos B e C
satisfazem a relação tg B tg C = k, k constante real. A
Discuta a solução para os diversos valores de k.
Obs: Considere como eixos coordenados as retas BC e
a mediatriz do segmento BC. C’ .P B’
3 Questão [Valor: 1,0]
a

Dado Z = √
1
, calcule as partes real e imaginária θ θ
7 + 24i B M C
de Z.

4a Questão [Valor: 1,0]


Sabendo-se que a função h(x) possui a seguinte propri- 9a Questão [Valor: 1,0]
Seis esferas idênticas de raio R encontram-se posicio-
d
edade dx h(x) = −h(x), pedem-se:
 nadas no espaço de tal forma que cada uma delas seja
a) A solução da equação: tf (t) = xh(x) + h(x) + 1. tangente a quatro esferas. Dessa forma, determine a
c aresta do cubo que tangencie todas as esferas.
b) Os valores de c e h(x), de tal forma que: 0 tf (t) =
2−e
e . 10a Questão [Valor: 1,0]
Prove que o polinômio P (x) = x999 + x888 + x777 + . . . +
x111 + 1 é divisı́vel por x9 + x8 + x7 + . . . + x + 1.
5a Questão [Valor: 1,0]
Resolva a equação trigonométrica:

sen x + cos x + 2 2 sen x cos x = 0

6a Questão [Valor: 1,0]


Use o teorema do valor médio para derivadas e prove
que a equação:

ln(x + 1)5 + 3 ln(x + 1)3 + 2 ln(x + 1) − 2 = 0,

tem uma única raiz real no intervalo (0, 1).


Obs: A notação ln significa logaritmo neperiano.

7a Questão [Valor: 1,0]


Três cı́rculos de raio R se interceptam dois a dois, como
é mostrado na figura abaixo, constituindo três áreas
comuns que formam um trevo. Determine o perı́metro
do trevo e sua área em função de R e da área S do
triângulo IJK.

I
111
000
000
111
000
111
000
111
000
111
000
111
000
111
000
111
00
11
K 00
11 J

v10 
c SLN
19

IME 1994/1995 - Militares


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da figura
Resolva a equação x4 −5x3 +5x2 +25x−26
√ = 0 sabendo plana abaixo em torno do eixo α.
que uma das raı́zes é 3 + 2i, onde i = −1.
α
1 40
0 0
1
2 Questão [Valor:
a
√ 1,0] 0
1 0
1
Sabendo que i = −1, calcule: 1 + 2i + 3i2 + 4i3 + . . . + 00 20 0
11 10100
11
00
11
5 15
21i20 .
00000000
11111111 1
0
3a Questão [Valor: 1,0]
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111
Seja f a função definida por
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111 00
11
0 00
11
1100
110

50
 00000000
11111111
sen x, se x ≤ π/3 00000000
11111111
00000000
11111111 0 00
1 11
f (x) =
00000000
11111111 0
1
111
000
11
00
0
1

20
ax + b, se x > π/3
00000000
11111111 0
1
0 11
00
111111
000000

10
00000000
11111111 1
11
0000 0
11 1
00000000
11111111
00000000
11111111 0
1 0
1

10 10
a) Encontre os valores de a e b de modo que f  (π/3) 00000000
11111111 111111
000000 0
1
00000000
11111111 0
1
1111111
0000000 0
1
exista.
00000000
11111111 0
1 0
1
0
1 0
1
0101
1 0 40 1
01
1 0 60 0
11111111
00000000 0
1 0
1
1
0
0
1
111111111
000000000
1
0 0 00
1 0
1
11
b) Esboce o gráfico da função obtida. 0
1

9a Questão [Valor: 1,0]


4a Questão [Valor: 1,0]
Sejam dois cı́rculos, com mesmo raio R, tais que o cen- a) São dados um ângulo de vértice A e um ponto fixo
tro de um esteja situado sobre a circunferência do outro. P no seu interior. Uma reta variável contendo P
Determine: intercepta os lados do ângulo A nos pontos B e E,
conforme mostrado na figura abaixo. Prove que a
soma dos inversos das áreas dos triângulos AP B e
a) As equações das tangentes aos dois cı́rculos nos pon-
AP E é constante.
tos de interseção.
A
b) O ângulo entre essas tangentes nos pontos de in-
terseção.

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine a área limitada pelo eixo das √
abscissas, pela E
curva y = x4 − 2x2 e pelas retas x = ±2 2. B
P
6a Questão [Valor: 1,0]

1 b) Num triângulo ABC três cevianas AD, BE e CF
Determine se a série converge ou não e, em
n=3
n −4
2 concorrem num ponto interior P . Prove que a soma
dos inversos das áreas dos triângulos AP E, P CD
caso de convergência, calcule sua soma.
e P BF é igual à soma dos inversos das áreas dos
triângulos P CE, P BD e P AF .
7a Questão [Valor: 1,0]
Sabendo que x é o ângulo interno de um triângulo ABC,
dê todas as soluções possı́veis da seguinte equação: 10a Questão [Valor: 1,0]
Determine
 18 o maior termo do desenvolvimento de
3
1+ , utilizando os conceitos do binômio de New-
4
sen x + sen 2x + sen 3x = 0 ton.

v10 
c SLN
20

IME 1993/1994
1a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]
Determine o termo independente de x de Sabendo que  , B̂ e Ĉ são os ângulos internos de um
triângulo, escreva as restrições que devem ser satisfei-
 10
√ 1 tas por este triângulo para que se verifique a igualdade
x− √ abaixo.
x
 B̂ Ĉ
sen  + sen B̂ + sen Ĉ = 4 cos . cos . cos
2 Questão [Valor: 1,0]
a 2 2 2
Seja f : R → R uma função quadrática tal que f (x) =
ax2 + bx + c, a = 0, ∀x ∈ R. Sabendo que x1 = −1 e 8a Questão [Valor: 1,0]
x2 = 5 são raı́zes e que f (1) = −8, pede-se: Seja ABCD um quadrilátero convexo inscrito num
a) Determinar a, b, c. cı́rculo e seja I o ponto de interseção de suas diago-
b) Calcular f (0). nais. As projeções ortogonais de I sobre os lados AB,
c) Verificar se f (x) apresenta máximo ou mı́nimo, jus- BC, CD e DA são, respectivamente, M , N , P e Q.
tificando a resposta. Prove que o quadrilátero M N P Q é circunscritı́vel a um
d) As coordenadas do ponto extremo. cı́rculo com centro em I.
e) O esboço do gráfico. 9a Questão [Valor: 1,0]
Seja C um semi-cı́rculo com centro O e diâmetro P Q =
3a Questão [Valor: 1,0] 2r. Sobre o segmento OP , toma-se um ponto N tal
Seja um octógono convexo. Suponha que quando todas que ON = x, 0 ≤ x ≤ r. Por N traça-se uma reta
as suas diagonais são traçadas, não há mais de duas perpendicular a P Q que encontre o semi-cı́rculo em M .
diagonais se interceptando no mesmo ponto. Quan- A reta tangente ao semi-cı́rculo em M corta a reta P Q
tos pontos de interseção (de diagonais) existem neste em um ponto T :
octógono? a) Calcule, em função de r e x, o volume V1 gerado
pela rotação do triângulo M P Q em torno de P Q.
4a Questão [Valor: 1,0] b) Calcule, em função de r e x, o volume V2 gerado
Considere os números complexos z = x + y.i √
e w = pela rotação do triângulo M P T em torno de P Q.
|w|. x3 V2
y − x.i, cujos módulos são tais que |z| = e e |w| = c) Considerando a razão y = , quando x varia no
1
e|z|. y , onde e é base dos logaritmos neperianos. Obter V1
a forma polar de z 2 . intervalo [0, r], faça o esboço do respectivo gráfico.

5a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Um aluno, ao inverter a matriz Na exploração de uma mina foi feito o corte indicado
  na figura abaixo. Para calcular o volume √do minério
1 a b
A = 0 c d = [aij ], 1 ≤ i, j ≤ 3 extraı́do do corte, foram medidos: CD = 10 3 dm, CD
4 e f é perpendicular ao plano ABC, AD̂C = AD̂B = 60o e
B D̂C = 30o .
cometeu um engano, e considerou o elemento a13 igual
a 3, de forma que acabou invertendo a matriz D
 
1 a b
B = 0 c d = [bij ] A C
3 e f
Com esse engano o aluno encontrou B
 
5/2 0 −1/2
−1
B = 3 1 −1 Calcule este volume.
−5/2 0 1/2

Determinar A−1 .
Obs: O elemento (3,1) de B −1 deve ser − 32 .

6a Questão [Valor: 1,0]


x2
Seja y = uma parábola com foco F e diretriz d.
2
Uma reta, cujo coeficiente angular é m = 0, passa por
F e corta a parábola em dois pontos M1 e M2 , res-
pectivamente. Seja G o conjugado harmônico de F em
relação a M1 e M2 . Pedem-se:
a) As coordenadas de G em função de m.
b) O lugar geométrico do ponto G quando m varia.

v10 
c SLN
21

IME 1992/1993
7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Considere uma função L : Q+ → Q que satisfaz:
Considere a função f (x) = x3 + ax2 + bx + c, onde a, b e 1. L é crescente, isto é, para quaisquer 0 < x < y tem-
c são inteiros positivos. Sabendo-se que uma das raı́zes se L(x) < L(y).
dessa função é igual a 2i, calcular os menores valores de
2. L(x.y) = L(x) + L(y) para quaisquer x, y > 0.
a, b e c para que exista um ponto máximo e um ponto
mı́nimo de reais. Mostre que:
a) L(1) = 0.
2a Questão [Valor: 1,0] b) L(1/x) = −L(x) para todo x > 0.
Numa escola há 15 comissões, todas com igual número c) L(x/y) = L(x) − L(y) para quaisquer x, y > 0.
de alunos. Cada aluno pertence a duas comissões e
d) L(xn ) = nL(x) para todo x > 0 e natural n.
cada duas comissões possui exatamente um membro em √ 1
comum. Todos os alunos participam. e) L ( n x) = L(x) para todo x > 0 e natural n.
n
a) Quantos alunos tem a escola? f) L(x) < 0 < L(y) sempre que 0 < x < 1 < y.

b) Quantos alunos participam de cada comissão? 8a Questão [Valor: 1,0]


Demonstrar analiticamente que se uma reta, perpendi-
cular a uma corda de uma circunferência, passa pelo seu
centro, então ela divide a corda no seu ponto médio.
3a Questão [Valor: 1,0]
Prove, por indução, que: 9a Questão [Valor: 1,0]
Provar que a soma das distâncias de um ponto qualquer
(a+b)n = Cn0 an + Cn1 an−1 b + . . . + Cnn bn , para n ∈ N. interior a um triângulo equilátero aos lados é constante.
10a Questão [Valor: 1,0]
Resolva a equação:
4a Questão [Valor: 1,0] sen x − cos x = sen 2x − cos 2x − 1
Indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se segue
e justifique sua resposta.

a) O conjunto dos números reais não tem pontos extre-


mos reais.

b) Existe um número em Q (racionais) cujo quadrado


é 2.

66
c) O ponto correspondente a na escala dos números
77
55 77
reais R está situado entre os pontos e .
66 88

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de x para que:


x 2 4 6

x x+2 0 10
x2 =0
0 4x 4
x 4 10 x − 2

6a Questão [Valor: 1,0]


Faça o que se pede:

a) Calcule o argumento do seguinte número complexo


i(1 + i).

b) Escreva sob forma


√ trigonométrica o número com-
plexo Z = 1 + i 3.

v10 
c SLN
22

IME 1991/1992
8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Seja f : [0, ∞[ → R uma função contı́nua tal que:
Prove que Z1 + Z2 = Z1 + Z2 , onde Z1 e Z2 ∈ C. (1) f(0) = 0.
x2 − 1
2a Questão [Valor: 1,0] (2) f  (x) = 2 , ∀x ∈ ]0, ∞[.
(x + 1)2
Encontre todas as soluções de sec x − 2 cos x = 1 em
[0, 2π]. (3) lim f(x) = 0.
x→∞

3a Questão [Valor: 1,0] Pedem-se:


Dado o quadrilátero ABCD, inscrito num cı́rculo de a) Os intervalos onde f é crescente (respectivamente,
raio r, conforme a figura abaixo, prove que: descrescente).
b) Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para
cima (respectivamente, para baixo).
AC AB.AD + BC.CD c) Onde ocorrem os pontos de máximo e mı́nimo abso-
=
BD AB.BC + CD.AD lutos e de inflexão?
Defina g : R → R por:

f (x), x ≥ 0
g(x) =
B C −f (x), x < 0

Esboce o gráfico de g.
M 9a Questão [Valor: 1,0]
Calcule o valor do determinante abaixo:

m+x m m m ... m

m m+x m m ... m
A D
m m m+x m ... m
Dn = m m m m+x m m

. .. .. .. .. ..
.. .
. . . .
m m m m . . . m+x
4a Questão [Valor: 1,0]
Calcule quantos números naturais de 3 algarismos dis-
tintos existem no sistema de base 7. 10a Questão [Valor: 1,0]
Sejam E0 = [0, 1] e f1 , f2 : E0 → E0 funções defini-
5a Questão [Valor: 1,0] 1 1 2
das por f1 (x) = x e f2 (x) = x + . Se P (E0 ) é o
Determine a equação da reta que passa por um dos 3 3 3
vértices da curva definida por 4y 2 + 8y − x2 = 4, for- conjunto das partes de E0 , seja F : P (E0 ) → P (E0 ) a
mando um ângulo de 45o com o eixo horizontal. função definida por F (A) = f1 (A) ∪ f2 (A), onde fi (A)
é a imagem de A por fi , i = 1, 2. Agora, para cada
6a Questão [Valor: 1,0] n ≥ 1 definimos En = F (En−1 ).
Dados: a) Esboce graficamente E0 , E1 , E2 e E3 . Mostre que
En ⊂ En−1 .
(1) Um cone de revolução com vértice S e cuja base b) Calcule lim |En |, onde |En | é a soma dos compri-
n→∞
circular está situada num plano π. mentos dos intervalos que formam En .

(2) Um ponto P exterior ao cone e não pertencente a


π.

Pede-se: determinar, pelo ponto P , os planos tangentes


ao cone.

7a Questão [Valor: 1,0]


A partir da função

A  −At 
R(t) = e−At + e − e−Bt
B−A

onde t é a variável (tempo) e A e B são constantes reais,


encontre a expressão de R(t), para o caso em que A
tende a B de modo que R(t) seja uma função contı́nua.

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23

IME 1990/1991 - Álgebra


8a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
Dada a função racional
Determine todas as matrizes X reais, de dimensões 2 ×
2, tais que AX = XA, para toda matriz A real 2 × 2. x3 + ax2 + bx + c
f (x) =
mx2 + nx + p
2a Questão [Valor: 1,0]
Dado o conjunto A = {1, 2, 3, . . . , 102}, pede-se o e sabendo que a, b, c, m, n, p ∈ Z e que
número de subconjuntos de A, com três elementos, tais i) f (2) = 0.
que a soma destes seja um múltiplo de três. ii) Para x = −1 tem-se uma indeterminação do tipo
0
.
3a Questão [Valor: 1,0] 0
A coleção de selos de Roberto está dividida em três iii) lim f (x) = −6.
x→−1
volumes. Dois décimos do total de selos estão no pri-
meiro volume, alguns sétimos do total estão no segundo iv) x = 1 é raiz do polinômio mx2 + nx + p.
volume e 303 selos estão no terceiro volume. Quantos 1
v) f (3) = .
selos Roberto tem? f (4)
Determine os coeficientes a, b, c, m, n e p.
4a Questão [Valor: 1,0]
Mostre que o número 9a Questão [Valor: 1,0]
Determine o quadrado OABC cujos vértices são a ori-
    gem e os pontos A(1, 1), B(0, 2) e C(−1, 1). Seja F (0, 1)
3 125 3 125 o centro desse quadrado e P a parábola de foco F e cuja
3+ 9+ − −3 + 9+
27 27 diretriz é o eixo das abscissas. Pede-se:
a) Mostre que P passa por A e C.
é racional. b) Determine a equação dessa parábola.
c) Calcule as coordenadas do ponto D, segundo ponto
5a Questão [Valor: 1,0] de interseção da reta BC com P .
d) Seja M um ponto qualquer de P cuja abscissa é x.
Mostre que a potência de M em relação ao cı́rculo
a) Sendo dada a equação x3 + px + q = 0, p, q ∈ R, que 1
(c) de diâmetro CD é (x + 1)3 (x − 3).
relação deverá existir entre p e q para que uma das 4
raı́zes seja igual ao produto das outras duas? e) A partir do resultado anterior, encontre o conjunto
dos pontos de P interiores a (c).
b) Mostre que a equação x3 − 6x − 4 satisfaz a relação
encontrada e, em seguida, encontre suas raı́zes. 10a Questão [Valor: 1,0]

a) A partir do estudo da variação do sinal das funções


6a Questão [Valor: 1,0]
Seja D = {(x, y) ∈ R2 | 0 < x < 1 e 0 < y < 1} e x2
F : D → R2 uma função tal que ∀(x, y) ∈ D associa f (x) = ln(1 + x) − x e g(x) = ln(1 + x) − x +
2
(x, y) ∈ R2 onde
deduza a relação

x=y
y = (1 − y)x x2
x− < ln(1 + x) < x, ∀x ∈ ]0, +∞[
2
a) Sendo T = {(x, y)| x > 0, y > 0, x + y < 1}, mostre
que F é uma bijeção de D sobre T . b) Sendo n ∈ Z+ , seja

b) Esboce a imagem dos conjuntos da forma {(x, y) ∈ 1 2 n−1


P (n) = (1 + )(1 + 2 ) . . . (1 + )
D| y = λx} para os seguintes valores de λ : λ0 = n2 n n2
1 1
; λ1 = ; λ2 = 1. Mostre que se n → ∞, P (n) admite um limite e
4 2
calcule esse limite.

7a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que

1 sen (2n+1)x
2
+ cos x + cos 2x + . . . + cos nx =
2 2 sen x2

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IME 1990/1991 - Geometria


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Seja, sobre uma esfera, um cı́rculo máximo (C) com
Sejam um cı́rculo, com centro O e raio R, e um ponto diâmetro AB = 2R. Traçam-se uma corda M N do
P tal que OP = 3R. cı́rculo (C), paralela a AB, e duas retas x e y perpendi-
a) Determine o diâmetro M N de modo que o triângulo culares ao plano do cı́rculo de diâmetro AB e passando,
P M N seja retângulo com ângulo reto em M . respectivamente, por M e N . Os planos definidos pelo
ponto A e a reta x e o definido pelo ponto A e a reta
b) Calcule, em função de R, os lados e a área do
y cortam a esfera segundo dois cı́rculos. Mostre que
triângulo P M N .
quando M N varia, mantendo-se paralela a AB, a soma
c) P N intercepta a circunferência em um segundo dos quadrados de seus raios é constante.
ponto K. Calcule P K. 9a Questão [Valor: 1,0]
d) O diâmetro M N gira em torno de O. Qual o lugar Num triângulo ABC traçamos a altura AH e do pé
geométrico dos pés das perpendiculares traçadas de H dessa altura construı́mos as perpendiculares HD e
P sobre M N ? HE sobre os lados AB e AC. Seja P o ponto de in-
terseção DE com BC. Construindo as alturas relativas
e) Determine a posição do diâmetro M N para que a aos vértices B e C determinam-se também, de modo
área do triângulo P M N seja máxima. análogo Q e R sobre os lados AC e AB. Demonstre
que os pontos P , Q e R são colineares.
2a Questão [Valor: 1,0]
Considere um cı́rculo e uma reta que não se intercep- A
tam, ambos contidos num plano. Determine o lugar
geométrico dos centros dos cı́rculos que são tangentes
ao cı́rculo dado (exteriormente) e à reta dada.
D
3a Questão [Valor: 1,0]
Sejam dois quadrados ABCD e ABEF , tendo um lado E
comum AB, mas não situados num mesmo plano. Se-
jam M e N pertencentes, respectivamente, às diagonais B H C P
AM BN 1
AC e BF tais que = = . Mostre que M N
AC BF 3 10a Questão [Valor: 1,0]
é paralelo a DE.
No plano, considere um disco de raio R, chame este
4a Questão [Valor: 1,0] conjunto de A0 . Divida um raio de A0 em três segmen-
Sejam A, B e C os ângulos de um triângulo. Mostre tos congruentes e retire de A0 a coroa circular de raios
que 1 2
R e R, chame este conjunto de A1 . O conjunto A1
3 3
sen 2A + sen 2B + sen 2C = 4 sen A. sen B. sen C 1
contém um disco de raio R1 = R, divida um raio deste
5a Questão [Valor: 1,0] 3
disco em três segmentos e, mais uma vez retire de A1 a
Mostre que se num triângulo ABC vale a relação 1 2
coroa circular de raios R1 e R1 , chame este conjunto
cos (B − C) 3 3
= tg B de A2 . Continue este processo indefinidamente e seja A
sen A + sen(C − B) o conjunto resultante.

então o triângulo é retângulo com ângulo reto em A.


A1 A2
6a Questão [Valor: 1,0]
Seja um cone reto de base circular, vértice V , altura
h e raio de base r e seja ABC um triângulo equilátero
circunscrito à base do cone. Pede-se:
a) Determinar a relação entre h e r para que o tetrae-
dro, com vértices V ABC, seja regular.
b) Satisfeitas essas condições, calcule, em função de r, o
volume limitado pela superfı́cie do cone, pelo plano
de sua base e pelos dois planos tangentes que passam
pela aresta V A. a) Calcule a área do conjunto An obtido após a n-ésima
etapa do processo descrito acima.
7 Questão [Valor: 1,0]
a
b) Calcule a área do conjunto resultante A.
Resolver o sistema

 tg2 x + tg2 y = 6
tg x tg y
 + = −6
tg y tg x

Sabendo que x e y pertencem ao intervalo [−π/2, π/2].

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6a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Considere a função
Calcule o determinante da matriz n×n que possui zeros
na diagonal principal e todos os outros elementos iguais  1
1 n
a 1. f (x) = lim xn + n
n→∞ x
2a Questão [Valor: 1,0] definida em 0 < x < ∞. Calcule o valor de f em cada
Ligando as cidades A e B existem duas estradas princi- ponto e esboce o seu gráfico.
pais. Dez estradas secundárias de mão dupla, ligam as
duas estradas principais, como mostra a figura. Quan- 7a Questão [Valor: 1,0]
tos caminhos, sem auto-interseções, existem de A até Resolva a equação
B?
Obs: Caminho sem auto-interseções é um caminho que z5 = z
não passa por um ponto duas ou mais vezes.
onde z é o conjugado do número complexo z.
8a Questão [Valor: 1,0]
A B Seja f uma função definida nos inteiros positivos satis-
fazendo
i) f (1) = 1.
ii) f (2n) = 2f (n) + 1.
iii) f (f (n)) = 4n + 3.
3a Questão [Valor: 1,0]
Considere a famı́lia de retas representada pela equação Calcule f (1990).
9a Questão [Valor: 1,0]
p(1 + m2 )
y = mx − IMEBOL é um jogo de três jogadores. Em cada partida
2m o vencedor marca a pontos, o segundo colocado marca
b pontos e o terceiro colocado marca c pontos, onde
onde p é uma constante positiva dada e m um número a > b > c são inteiros positivos. Certo dia, Marcos,
real variável. Flávio e Ralph resolvem jogar IMEBOL e após algumas
a) Determine a condição para que num ponto M = partidas a soma dos pontos foi: Marcos: 20, Flávio:
(x0 , y0 ) do plano cartesiano passem duas retas dessa 10, Ralph: 9. Sabe-se que Flávio venceu a segunda
famı́lia. partida. Encontre quantos pontos cada um marcou em
cada partida disputada.
b) Determine o lugar geométrico dos pontos M para os
quais as retas que por eles passem sejam perpendi- 10a Questão [Valor: 1,0]
culares. Para que valores de p a equação x4 + px + 3 tem raiz
dupla? Determine, em cada caso, as raı́zes da equação.
4a Questão [Valor: 1,0]
Considere as funções:

f (x) = ax , onde a > 1



g(x) = 2px, onde p > 0

Mostre que uma condição necessária e suficiente para


que seus gráficos se tangenciem é
p
a = ee

Neste caso, determine, em função de p, a equação da


tangente comum.

5a Questão [Valor: 1,0]


1
Na elipse de excentricidade , foco na origem e reta
2
diretriz dada por 3x + 4y = 25, determine
a) Um dos focos da elipse.
b) O outro foco.
c) A equação da outra reta diretriz.

sln: Quantos focos tem esta elipse?

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6a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
Seja um segmento fixo OA de comprimento a e uma
Determine o valor de semi-reta variável Ox tal que AÔx = α, α ângulo
agudo, pertencente a um plano fixo π. Seja a perpen-
π 5π 7π 11π dicular ao plano π em A e seja B pertencente a esta
p = sen sen sen sen perpendicular tal que AB = a. Seja C o pé da perpen-
24 24 24 24 dicular traçada de B sobre Ox. Pedidos:
a) Qual a propriedade comum a todas as faces do te-
traedro OABC?
b) Calcule o comprimento das seis arestas de OABC
2a Questão [Valor: 1,0]
em função de a e α.
Seja AB um diâmetro de um cı́rculo de centro O e raio c) Calcule o volume v do tetraedro em função de a e
R. Sobre o prolongamento de AB escolhemos um ponto α.
P (P B < P A). Partindo de P tomamos uma secante √
a3 3
que corta o cı́rculo nos pontos M e N (P M < P N ), de d) Determine α de modo que v = (existem dois
24
modo que P M = AN = R. valores).
e) Determine o volume comum aos dois sólidos encon-
a) Mostre que a corda M B é um lado de um polı́gono trados no item anterior.
regular inscrito de dezoito lados.
7a Questão [Valor: 1,0]
b) Encontre uma equação (do 3o grau) que determina
a distância de P ao centro do cı́rculo em função de a) Obtenha a expressão para tg 3α em função de tg α =
R. x.
b) Utilize o item anterior para determinar as soluções
da equação

3a Questão [Valor: 1,0] x3 − 3mx2 − 3x + m = 0


Considere uma esfera de raio R. Determine a figura
geométrica à qual pertence o lugar geométrico dos onde m é um número real dado.
vértices dos triedros nos quais as três arestas são tan-
gentes a essa esfera e formam, duas a duas, ângulos de
60o . 8a Questão [Valor: 1,0]
Os lados de um triângulo estão em progressão
4a Questão [Valor: 1,0] aritmética e o lado intermediário mede . Sabendo-se
Dois cı́rculos de raios R e r são, ao mesmo tempo, bases que o maior ângulo excede o menor em 90o , calcule a
de um tronco de cone e bases de dois cones opostos de razão entre os lados.
mesmo vértice e mesmo eixo. Seja K a razão entre o 9a Questão [Valor: 1,0]
volume do tronco e a soma dos volumes dos dois cones Prove que as tangentes ao cı́rculo circunscrito a um
R
opostos e seja m a razão . Determine m em função triângulo, passando nos seus vértices, interceptam os
r lados opostos em três pontos colineares.
de K.
10a Questão [Valor: 1,0]
5a Questão [Valor: 1,0] Seja um triângulo ABC cujos lados são tangentes a uma
Seja P um ponto no interior de um triângulo ABC, parábola. Prove que o cı́rculo circunscrito ao triângulo
dividindo-o em seis triângulos, quatro dos quais têm passa pelo foco.
áreas 40, 30, 35 e 84, como mostra a figura. Calcule a
área do triângulo ABC.

84

P 35

40 30
B C

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7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Em cada uma das faces de um cubo constrói-se um
Determine o coeficiente de x−9 no desenvolvimento de cı́rculo e em cada cı́rculo marcam-se n pontos. Unindo-
se estes pontos,
a) Quantas retas, não contidas numa mesma face do
 2  5 cubo, podem ser formadas?
2 1 3 1
x + 5 . x + 4 b) Quantos triângulos, não contidos numa mesma face
x x do cubo, podem ser formados?
c) Quantos tetraedros, com base numa das faces do
cubo, podem ser formados?
d) Quantos tetraedros, com todos os vértices em faces
2a Questão [Valor: 1,0] diferentes, podem ser formados?
Esboce o gráfico da função
Obs: Suponha que, se 4 pontos não pertencem a uma
mesma face, então não são coplanares.

y = f (x) = 5x2/3 − x5/3 8a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o determinante da matriz
 2 
a (a + 1)2 (a + 2)2 (a + 3)2
assinalando os pontos crı́ticos.  b 2
(b + 1)2
(b + 2)2
(b + 3) 
2
 c2 (c + 1)2 (c + 2)2 (c + 3)2 
3a Questão [Valor: 1,0] d2 (d + 1)2 (d + 2)2 (d + 3)2
Um ponto se move de modo que o quadrado de sua
distância à base de um triângulo isósceles é igual ao 9a Questão [Valor: 1,0]
produto de suas distâncias aos outros dois lados do Resolva o sistema
triângulo. Determine a equação da trajetória deste  √ √
ponto, identificando a curva descrita e respectivos 7 3 xy − 3 xy = 4
parâmetros.
x + y = 20
4a Questão [Valor: 1,0]
Três números, cuja soma é 126, estão em progressão 10a Questão [Valor: 1,0]
aritmética e outros três em progressão geométrica. So- Seja uma elipse cujo eixo maior AA = 2a e cuja excen-
mando os termos correspondentes das duas progressões tricidade é 1/2. Seja F o foco da elipse, correspondente
obtêm-se 85, 76 e 84 respectivamente. Encontre os ter- ao vértice A. Considere a parábola, cujo vértice é o
mos destas progressões. ponto O, centro da elipse, e cujo foco coincide com o
foco F da elipse. Determine o ângulo entre as duas
5a Questão [Valor: 1,0] curvas nos pontos de interseção.
Dada a equação

x2 + y 2 − 2mx − 4(m + 1)y + 3m + 14 = 0

a) Determine os valores de m, para que esta equação


corresponda a um cı́rculo.

b) Determine o lugar geométrico dos centros destes


cı́rculos.

6a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que todas as raı́zes da equação

(z + 1)5 + z 5 = 0

pertencem a uma mesma reta paralela ao eixo ima-


ginário.

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IME 1988/1989 - Geometria


7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Seja ABCD um trapézio cuja base maior AB = a é
Resolva a seguinte desigualdade: fixa e cuja base menor CD tem comprimento constante
igual a b. A soma dos lados não paralelos é constante e
igual a L. Os prolongamentos dos lados não paralelos
cos 2x + cos x − 1
≥ 2, se cortam em I.
cos 2x a) Demonstre que o lugar geométrico decrito pelo
ponto I, quando a base CD se desloca, é uma cônica.
para 0 ≤ x ≤ π. b) Determine os eixos e a distância focal.

2a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Numa circunferência de centro O e de diâmetro AB = São dados um segmento AB e os pontos C e D, que o
2R, prolonga-se o diâmetro AB até um ponto M , tal dividem, internamente e externamente na mesma razão.
que BM = R. Traça-se uma secante M N S tal que Mostre que as circunferências de diâmetros AB e CD
M N = N S, onde N e S são os pontos de interseção são ortogonais.
da secante com a circunferência. Determine a área do
triângulo M OS. 9a Questão [Valor: 1,0]
Seja um quadrado de lado a e um ponto P , exterior
3a Questão [Valor: 1,0] ao quadrado. Chame de “ângulo sob o qual o qua-
Sejam ABC e ACD dois triângulos retângulos isósceles drado é visto pelo ponto P ” o menor ângulo com vértice
com o lado AC comum, e os vértices B e D situados em P que contenha o quadrado. Determine o lugar
em semiplanos distintos em relação ao lado AC. Nestes geométrico dos pontos P , de onde o quadrado é visto
triângulos AB = AC = a e AD = CD. sob um ângulo de 45o .

a) Calcule a diagonal BD do quadrilátero ABCD. 10a Questão [Valor: 1,0]


Seja ABCD um tetraedro regular de aresta a. Seja O o
baricentro da face ABC. Efetua-se uma translação do
b) Seja E o ponto de interseção de AC com BD. Cal- tetraedro igual a AO/2, obtendo-se um novo tetraedro
cule BE e ED. A B  C  D .
a) Determine o volume da esfera inscrita no sólido co-
c) Seja F a interseção da circunferência de diâmetro mum aos tetraedros ABCD e A B  C  D .
BC com a diagonal BD. Calcule DF e EF . b) Determine o volume da esfera circunscrita a este
sólido.

4a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que a área total do cilindro equilátero inscrito
em uma esfera é média geométrica entre a área da esfera
e a área total do cone equilátero inscrito nessa esfera.

5a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que, se os ângulos de um triângulo ABC verifi-
cam a igualdade sen 4A + sen 4B + sen 4C = 0, então
o triângulo é retângulo.

6a Questão [Valor: 1,0]


Seja ABC um triângulo retângulo isósceles, com AB =
AC = a. Sejam BB  e CC  dois segmentos de compri-
mento a, perpendiculares ao plano ABC e situados no
mesmo semi-espaço em relação a este plano.

a) Calcule a área total da pirâmide de vértice A e base


BCC  B  .

b) Calcule o volume desta pirâmide.

c) Mostre que os pontos A, B, C, C  e B  pertencem a


uma esfera.

d) Determine o centro e o raio desta esfera.

v10 
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IME 1987/1988 - Álgebra


9a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Sejam A, B e C matrizes 5 × 5, com elementos reais.
Determine o valor de a para que o sistema abaixo tenha Denotando-se por A a matriz transposta de A:
mais de uma solução e resolva-o neste caso: a) Mostre que se A.A = 0, então A = 0.
 b) Mostre que se B.A.A = C.A.A , então B.A = C.A.
x+y−z =1
2x + 3y + az = 3
x + ay + 3z = 2 10a Questão [Valor: 1,0]
Considere os seguintes conjuntos de números comple-
xos: A = {z ∈ C/|z| = 1, Im(z) > 0} e B = {z ∈
2a Questão [Valor: 1,0] C/Re(z) = 1, Im(z) > 0}, onde Re(z) e Im(z) são as
Para que valores de x a função partes real e imaginária do número complexo z, respec-
1 tivamente.
f (x) = |x| ln x4 . ln x2 2z
a) Mostre que para cada z ∈ A, o número per-
1 z+1
assume o valor e 4 ? tence a B.
Obs: ln denota logaritmo neperiano. b) Mostre que cada w ∈ B pode ser escrito da forma
2z
3a Questão [Valor: 1,0] para algum z ∈ A.
z+1
a) Mostre que se p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + a1 x3 + a0 x4 ,
então existe um polinômio g(x) do 2o grau, tal que
p(x) = x2 g(x + x−1 ).
b) Determine todas as raı́zes do polinômio p(x) = 1 +
4x + 5x2 + 4x3 + x4 .

4a Questão [Valor: 1,0]


Seja a função
 
1 1
f (x) = 6 −
x2 x
a) Determine os pontos de máximo, mı́nimo e de in-
flexão de f (x), caso existam.
b) Trace o gráfico desta função.

5a Questão [Valor: 1,0]


Considere a seqüência cujos primeiros termos são:
1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, . . . Seja an seu n-ésimo termo.
Mostre que
" √ #n
1+ 5
an <
2

para todo n ≥ 2.
6a Questão [Valor: 1,0]
Determine a equação e o raio do cı́rculo de menor
diâmetro, que possui com o cı́rculo x2 +y 2 −8x−25 = 0,
eixo radical y − 2x − 5 = 0.
7a Questão [Valor: 1,0]
Considere um torneio de xadrez com 10 participan-
tes. Na primeira rodada cada participante joga somente
uma vez, de modo que há 5 jogos realizados simulta-
neamente. De quantas formas distintas esta primeira
rodada pode ser realizada? Justifique sua resposta.
8a Questão [Valor: 1,0]
Mostre que por todo ponto não situado no eixo OX pas-
sam exatamente duas parábolas com foco na origem e
eixo de simetria OX e que estas parábolas interceptam-
se ortogonalmente.

v10 
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30

IME 1987/1988 - Geometria


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Dadas duas retas reversas r e s, ortogonais e sua per-
Demonstre que num triângulo ABC pendicular comum t, que corta r em I e s em K. Consi-
dere um segmento AB, de comprimento constante, que
A sen B + sen C se move apoiando suas extremidades A e B, respectiva-
cotg = mente sobre r e s. Unindo-se A a K e I a B, forma-se
2 cos B + cos C um tetraedro variável ABIK.
a) Demonstre que a soma dos quadrados das arestas
deste tetraedro é constante.
2a Questão [Valor: 1,0] b) Calcule o raio da esfera circunscrita ao tetraedro em
Dado um cı́rculo de raio R e centro O, constroem-se função da distância AB.
três cı́rculos iguais de raios r, tangentes dois a dois, nos
pontos E, F e G e tangentes interiores ao cı́rculo dado. 9a Questão [Valor: 1,0]
Determine, em função de R, o raio destes cı́rculos e Seja o semi-cı́rculo de diâmetro AB = 2R e r sua tan-
a área da superfı́cie EF G, compreendida entre os três gente em A. Liga-se um ponto P da reta r ao ponto B,
cı́rculos e limitada pelos arcos EG, GF e F E. interceptando o semi-cı́rculo no ponto C.
a) Demonstre que o produto P B.BC é constante.
3a Questão [Valor: 1,0] b) Determine o lugar geométrico do ponto médio de
Demonstre a identidade AC, quando P desloca-se sobre a tangente.
PB
  c) Seja AP = , calcule a área da porção do
3 + cos 4x 2
tg2 x + cotg2 x = 2 triângulo P AB situada no exterior do semi-cı́rculo.
1 − cos 4x
10a Questão [Valor: 1,0]
Considere as esferas cuja interseção com um plano (π)
4a Questão [Valor: 1,0] é um cı́rculo fixo (C). Seja r uma reta do plano (π),
Calcule o lado c de um triângulo ABC, em função de exterior ao cı́rculo. Determine o lugar geométrico dos
sua área S, do ângulo C e de k = a + b − c. pontos de contato dos planos tangentes a tais esferas e
que contêm a reta r.
5a Questão [Valor: 1,0]
Secciona-se um cubo de aresta a por planos passando
pelos pontos médios das arestas concorrentes em cada
vértice. Considere o sólido formado ao retirar-se as oito
pirâmides obtidas. Calcule a soma das arestas, a área
e o volume deste sólido.

6a Questão [Valor: 1,0]


Sobre os catetos AB e AC de um triângulo retângulo
ABC constroem-se dois quadrados ABDE e ACF G.
Mostre que os segmentos CD, BF e a altura AH são
concorrentes.

7a Questão [Valor: 1,0]


Considere um semi-cı́rculo de diâmetro AB = 2R. Por
A, traça-se uma reta que forma um ângulo de 30o com
o diâmetro AB e que corta o semi-cı́rculo em C. Por
C, traça-se a tangente ao semi-cı́rculo, que intercepta
a reta que contém AB no ponto D. Fazendo-se uma
rotação em torno da reta que contém AB, o semi-cı́rculo
gera uma esfera (E) e o triângulo ACD gera um sólido
(S).

a) Calcule o volume deste sólido (S), em função do raio


R.

R
b) Seja M um ponto sobre AB tal que AM = . Con-
3
sidere um plano (π) passando por M e perpendicular
à reta AB, seccionando-se a esfera (E) e o sólido (S).
Calcule a razão entre a área destas duas secçẽs.

v10 
c SLN
31

IME 1986/1987 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Sejam a, b, c números inteiros tais que 100a+10b+c seja
Dois números complexos Z1 e Z2 , não nulos, são tais divisı́vel por 109. Mostre que (9a − c)2 + 9b2 também é
que divisı́vel por 109.
|Z1 + Z2 | = |Z1 − Z2 | 8a Questão [Valor: 1,0]
Mostre que para todo número natural n maior ou igual
Z2 a 2,
Mostre que é imaginário puro.
Z1  
5n 2n
2 <
4
2a Questão [Valor: 1,0] n
Determine as soluções reais do sistema
 2 9a Questão [Valor: 1,0]
x y + xy 2 = 70
Sejam
(x + y).(x2 + y 2 ) = 203  
a b  
 c d  i j l m
A=
e f 
e B=
3a Questão [Valor: 1,0] n o p q
Dados dois conjuntos A e B, define-se g h

A∆B = (A − B) ∪ (B − A) duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a ma-


triz AB é inversı́vel.
Prove que dados três conjuntos arbitrários X, Y e Z
10a Questão [Valor: 1,0]
Seja p(x) um polinômio de grau 16 e coeficientes intei-
X ∩ (Y ∆Z) = (X ∩ Y )∆(X ∩ Z)
ros.
a) Sabendo-se que p(x) assume valores ı́mpares para
4a Questão [Valor: 1,0] x = 0 e x = 1, mostre que p(x) não possui raı́zes
Dados um sistema de eixos ortogonais XOY e um ponto inteiras.
A, de coordenadas (x0 , y0 ), (x0 , y0 ) = (0, 0), considere b) Sabendo-se que p(x) = 7 para quatro valores de x,
dois pontos variáveis P e Q, P pertencente ao eixo OX inteiros e diferentes, para quantos valores inteiros de
e Q pertencente ao eixo OY , tais que a área do triângulo x, p(x) assume o valor 14?
AP Q seja constante e igual a K, K ∈ R. Calcule e iden-
tifique a equação do lugar geométrico do ponto médio
do segmento P Q.

5a Questão [Valor: 1,0]


Seja f uma função de uma variável real definida por

f (x) = ln (e2x − ex + 3)

onde ln é o logaritmo neperiano.


a) Calcule o domı́nio e a imagem de f .
b) Determine uma função ϕ(x) com lim ϕ(x) = 0, tal
n→∞
que f (x) = 2x + ϕ(x), para todo x pertencente ao
domı́nio de f .
c) Faça o gráfico de f (x), indicando seus mı́nimos e
máximos relativos e suas assı́ntotas.

6a Questão [Valor: 1,0]


Seja f uma função bijetora de uma variável real e a
relação h, definida por

h : R2 → R2
 
(x, y) → x3 , x − f (y)

Verifique se h é bijetora e calcule uma relação g, tal que

g ◦ h(x, y) = (x, y)
h ◦ g(x, y) = (x, y), ∀x, ∀y ∈ R

v10 
c SLN
32

IME 1986/1987 - Geometria


7a Questão [Valor: 1,0]
Num plano π tem-se um retângulo ABCD de dimensões
1a Questão [Valor: 1,0]
AB = 2a e AD = a. Consideram-se a superfı́cie
Seja ABCD um quadrilátero circunscritı́vel. Demons-
prismática, cujas arestas são as retas perpendiculares
tre que os cı́rculos inscritos nos triângulos ABC e ACD
a π, passando por A, B, C, D e um ponto C  , sobre a
têm, com a diagonal AC, um mesmo ponto em comum.
aresta traçada por C, tal que CC  = b. Seccionando-se
esta superfı́cie por um plano passando por AC  :
2a Questão [Valor: 1,0] a) Mostre que é possı́vel obter-se para seção plana um
Resolva a inequação losango AB  C  D , onde B  e D são pontos das ares-
tas que passam respectivamente por B e D.
b) Determine, em função de a e b, uma condição ne-
cessária e suficiente para que o losango esteja situ-
ado em um mesmo semiespaço em relação ao plano
√ π.
2 cos x + 2 sen x + 2
<0 c) Calcule o volume do tronco de prisma
cos x − sen x ABCDB  C  D , supondo satisfeitas as condições do
item anterior.

8a Questão [Valor: 1,0]


Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e
base ABCDEF , de lado da base igual a  e altura h:
3a Questão [Valor: 1,0] a) Mostre que existem duas esferas tangentes aos pla-
Sobre uma reta r marcam-se, nesta ordem, os pontos nos das faces dessa pirâmide.
A, B, C e D. Em um dos semiplanos determinados b) Calcule os raios dessas esferas.
por r, traçam-se as semicircunferências de diâmetros c) Mostre que o produto desses raios independe de h.
AB, CD e AD; no outro semiplano traça-se a semicir-
cunferência de diâmetro BC. Calcule a razão entre a
área delimitada por estas semicircunferências e a área 9a Questão [Valor: 1,0]
do quadrilátero cujos vértices são os pontos médios das Sejam duas retas ortogonais r e r não coplanares. Con-
semicircunferências. Mostre que esta razão independe sidere sobre r dois pontos fixos A e B e sobre r dois
dos pontos A, B, C e D. pontos variáveis M e M  , tais que a projeção de M  so-
bre o plano que contém o triângulo M AB é o ortocentro
H deste triângulo. Determine o lugar geométrico dos
4a Questão [Valor: 1,0] centros das esferas circunscritas ao tetraedro ABM M  .
Seja uma hipérbole equilátera de centro O e focos F e
10a Questão [Valor: 1,0]
F  . Mostre que o segmento determinado por O e por um
Sejam A, B, C, D, E os vértices de um pentágono
ponto M qualquer da hipérbole é média proporcional
regular inscrito num cı́rculo e M um ponto qualquer
entre os segmentos M F e M F  . 
sobre o arco AE. Unindo-se M a cada um dos vértices
do pentágono, mostre que os segmentos satisfazem
5a Questão [Valor: 1,0]
Dado um triângulo ABC de lados a, b, c opostos aos MB + MD = MA + MC + ME
ângulos Â, B̂, Ĉ respectivamente e de perı́metro 2p,
mostre que

p sen Â
2
a=
cos B̂2 cos Ĉ2

6a Questão [Valor: 1,0]


Sejam duas circunferências, não ortogonais, de centros
O e O que se interceptam em A e B. Sendo D e D os
pontos onde as retas O A e OA interceptam, respectiva-
mente, as circunferências de centro O e O , demonstre
que o pentágono BODD O é inscritı́vel.

v10 
c SLN
33

IME 1985/1986 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: √
a
1,0] Seja a curva representada pela equação
Determine log√0,333... 0,037037 . . .
1 w
4
w
y= +
2a Questão [Valor: 1,0] 1 + w 1 + w i=1 w + λi
No produto abaixo, o “*” substitui algarismos diferen-
tes de “3” e não necessariamente iguais. Determine o onde , λ1 , λ2 , λ3 e λ4 são constantes reais, tais que
multiplicando e o multiplicador. 1 > λi+1 > λi >  > 0. Esboce o gráfico de y, carac-
terizando as assı́ntotas, num sistema cartesiano ortogo-
nal.
∗ ∗ 3 ∗
∗ ∗ 3 8a Questão [Valor: 1,0]
3 ∗ ∗ ∗ Mostre que os números 12, 20 e 35 não podem ser ter-
∗ ∗ ∗ 3 3 mos de uma mesma progressão geométrica.
∗ ∗ ∗ ∗
∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ 9a Questão [Valor: 1,0]
Sabendo-se que x é um número real, −1 ≤ x ≤ 1,
0 ≤ arc cos x ≤ π e n é um número inteiro positivo,
mostre que a expressão
3a Questão [Valor: 1,0]
Seja N∗ o conjunto dos números naturais não nulos e fn (x) = cos (n arc cos x)
n ∈ N∗ . Mostre que a relação Rn = {(a, b)|a, b ∈ N∗ e pode ser desenvolvida como um polinômio em x, de
|a − b| é múltiplo de n} é uma relação de equivalência. grau n, cujo coeficiente do termo de maior grau é igual
a 2n−1 .
4a Questão [Valor: 1,0]
Uma padaria trabalha com 4 tipos de farinha cujos te- 10a Questão [Valor: 1,0]
ores de impureza são os seguintes: 12 cavaleiros estão sentados em torno de uma mesa re-
donda. Cada um dos 12 cavaleiros considera seus dois
vizinhos como rivais. Deseja-se formar um grupo de 5
TIPO TEOR cavaleiros para libertar uma princesa. Nesse grupo não
A 8% poderá haver cavaleiros rivais. Determine de quantas
B 12% maneiras é possı́vel escolher esse grupo.
C 16,7%
D 10,7%

Para fabricar farinha tipo D, o padeiro mistura uma


certa quantidade de farinha A com 300 gramas de fa-
rinha tipo B; em seguida, substitui 200 gramas dessa
mistura por 200 gramas de farinha tipo C. Determine
a quantidade de farinha tipo A utilizada.

5a Questão [Valor: 1,0]


A derivada de ordem n de uma função y = f (x) é a
primeira derivada da derivada de ordem n−1 da mesma
função, ou seja:

d (n−1)
y (n) = y
dx

* +(20)
Calcule (x2 + 1) sen x .

6a Questão [Valor: 1,0]


Determine a equação e identifique o lugar geométrico
dos pontos médios dos segmentos determinados pela in-
terseção da cônica

5x2 − 6xy + 5y 2 − 4x − 4y − 4 = 0

1
com as retas de coeficiente angular igual a .
2

v10 
c SLN
34

IME 1985/1986 - Geometria


6a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a

Seja um paralelepı́pedo retângulo de bases ABCD e a) Demonstre que a diferença entre os quadrados de
A B  C  D , cujas arestas AA , BB  , CC  e DD tenham dois lados de um triângulo é igual ao dobro do pro-
por comprimento h e os lados da base sejam, respecti- duto do terceiro lado pela projeção, sobre ele, da
vamente, AB = a e AD = b. Por DD considere dois mediana correspondente.
planos DD M M  e DD N N  . b) Determine o lugar geométrico dos centros dos
cı́rculos que cortam dois cı́rculos exteriores, de cen-
tros O1 e O2 e raios respectivamente iguais a R1 e
a) Determine as distâncias AM = x e CN = y para R2 , em pontos diametralmente opostos.
que esses dois planos dividam o paralelepı́pedo em
três partes de mesmo volume.
7a Questão [Valor: 1,0]

a) Resolva a equação
b) Determine a razão entre os volumes dos sólidos
M BN M  B  N  e M DN M  D N  . m cos x − (m + 1) sen x = m, m ∈ R
b) Determine m de modo que essa equação admita
c) Encontre a relação entre a e b, que estabeleça a raı́zes x e x cuja diferença seja π/2.
condição necessária e suficiente para que o diedro
de aresta M M  , cujas faces passem por DD e N N  , 8a Questão [Valor: 1,0]
seja reto. Num triângulo ABC (Â > B̂ > Ĉ) traçam-se as bisse-
trizes externas AA do ângulo Â, com A sobre o pro-
longamento de BC, e CC  do ângulo Ĉ, com C  sobre
o prolongamento de AB. Se AA = CC  mostre que
2a Questão [Valor: 1,0]
Seja um triângulo ABC, retângulo em A. Por B, traça- Â − B̂ B̂ − Ĉ
se uma reta perpendicular ao plano do triângulo. Sobre c sen = a sen
esta, fixa-se um ponto S. Por B, passa-se um plano 2 2
que intercepta SC em C  e seja perpendicular a SC. O
plano corta SA em A . Demonstre que os cinco pontos 9a Questão [Valor: 1,0]
A, B, C, A e C  pertencem a uma mesma esfera. Dado um tronco de pirâmide triangular de bases para-
lelas, demonstre que as retas que ligam os vértices da
base inferior aos pontos médios dos lados opostos da
3a Questão [Valor: 1,0]
base superior são concorrentes.
Dadas duas esferas de raios respectivamente iguais a R
e r, tangentes exteriores, e um cone circunscrito a elas. 10a Questão [Valor: 1,0]
Calcule a área da superfı́cie lateral do tronco do cone Seja uma parábola de foco F e diretriz d. Por um ponto
que tenha por bases os cı́rculos de contato das esferas P ∈ d, traçam-se tangentes à parábola que a intercep-
com o cone. tam em M1 e M2 . Demonstre que M1 , M2 e F estão
em linha reta.
4a Questão [Valor: 1,0]
Dados dois pontos fixos A e B (AB = d), considere as
elipses passando por B, com foco em A e eixo maior de
comprimento 2a, tal que 2a > d.

a) Determine o lugar geométrico do segundo foco F das


elipses.

b) Determine o lugar geométrico dos centros de gravi-


dade dos triângulos ABF .

5a Questão [Valor: 1,0]


Considere um triângulo ABC qualquer e três pontos X,
Y e Z, tais que X ∈ BC, Y ∈ AC e Z ∈ AB. Consi-
dere os cı́rculos (C1 ), (C2 ) e (C3 ) que passam respecti-
vamente pelos pontos CXY , AY Z e BXZ. Demonstre
que (C1 ), (C2 ) e (C3 ) se encontram em um ponto W .

v10 
c SLN
35

IME 1984/1985 - Álgebra


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Dois clubes do Rio de Janeiro participaram de um cam-
Sejam as funções peonato nacional de futebol de salão onde cada vitória
√ √ valia um ponto, cada empate meio ponto e cada derrota
1 + x2 + 1 − x2 
z= √ √ e y = 1 − x4 zero ponto. Sabendo que cada participante enfrentou
1 + x2 − 1 − x2 todos os outros apenas uma vez, que os clubes do Rio
de Janeiro totalizaram, em conjunto, oito pontos e que
Mostre que no subconjunto dos reais onde as funções cada um dos outros clubes alcançou a mesma quanti-
são definidas dade k de pontos, determine a quantidade de clubes
dz z que participou do torneio.
= 4
dy x
9a Questão [Valor: 1,0]
Um exame vestibular se constitui de 10 provas distin-
2a Questão [Valor: 1,0] tas, 3 das quais da área de Matemática. Determine de
Encontre o valor de k para que a reta determinada pelos quantas formas é possı́vel programar a seqüência das
pontos A(0, 3) e B(5, −2) seja tangente à curva y = 10 provas, de maneira que duas provas da área de Ma-
k temática não se sucedam.
para x = −1.
x+1
10a Questão [Valor: 1,0]
3 Questão [Valor: 1,0]
a Uma reta m1 passa pelo ponto fixo P1 (−1, −3) e inter-
Determine o valor de b tal que cepta a reta m2 : 3x + 2y − 6 = 0 no ponto A e a reta
m3 : y − 3 = 0 no ponto B. Determinar a equação do

n
lugar geométrico do ponto médio do segmento retilı́neo
lim logp 5t+1 = 4 AB à medida que a reta m1 gira em torno do ponto P1 .
n→∞
t=0
t
onde p = b(t+1)2 .
4a Questão [Valor: 1,0]
Seja A uma relação definida sobre os reais, contendo os
pontos pertencentes às retas y = 12 x e y = 2x. Deter-
mine os pontos que necessariamente devem pertencer à
A para que A seja transitiva.
5a Questão [Valor: 1,0]
Sejam z1 e z2 complexos de raios vetores OP1 e OP2 ,
respectivamente. Mostre que OP1 e OP2 são perpendi-
culares se e somente se z1 z2 é um imaginário puro.
Obs: z é o conjugado complexo de z.
6a Questão [Valor: 1,0]
Sabe-se que as raı́zes do polinômio abaixo são todas
reais e distintas
f (x) = an xn + . . . + a1 x + a0 ;
onde ai ∈ R, i = 0, 1, . . . , n; an = 0. Mostre que
a derivada f  (x) possui também todas as suas raı́zes
reais e distintas.
7a Questão [Valor: 1,0]
Seja a sequência {vn }, n = 0, 1, 2, . . ., definida a partir
de seus dois primeiros termos v0 e v1 e pela fórmula
geral
vn = 6vn−1 − 9vn−2 , para n ≥ 2
Define-se uma nova sequência {un }, n = 0, 1, 2, . . .,
pela fórmula vn = 3n un .
a) [Valor: 0,4] Calcule un − un−1 em função de u0 e
u1 .
b) [Valor: 0,3] Calcule un e vn em função de n, v1 e
v0 .
c) [Valor: 0,3] Identifique a natureza das sequências
{vn } e {un } quando v1 = 1 e v0 = 13 .

v10 
c SLN
36

IME 1984/1985 - Geometria


4a Questão [Valor: 1,4]
1 Questão [Valor: 0,6]
a Em um plano π dão-se uma circunferência de centro O e
Dá-se um triângulo retângulo isósceles de catetos AB = raio r, um ponto fixo A sobre ela e um diâmetro variável
AC = . Descreve-se um quarto de cı́rculo (Q) de cen-  seja igual a Θ (0 ≤ Θ ≤ π/2).
BC tal que o ângulo ABC
tro A, ligando os vértices B a C. Com diâmetro BC, Sobre a perpendicular a π em A, marca-se um ponto V
descreve-se um semi-cı́rculo (S) exterior ao triângulo e tal que AV = 2r. Considere-se um tetraedro ABCV .
que não contém A. Traçam-se duas semicircunferências
de diâmetros AB e AC, (Sb ) e (Sc ), ambas passando a) Calcule em função de r e Θ as arestas do tetraedro.
pelo ponto D, meio de BC. Seja M a superfı́cie com-
preendida entre (Q) e (S). Seja N a superfı́cie entre b) Mostre que a soma dos quadrados destas arestas é
(Q) e o arco BD de (Sb ) e o arco CD de (Sc ). Seja P constante quando Θ varia.
a superfı́cie limitada pelos arcos AD de (Sc ) e AD de
(Sb ). Demonstre que: c) Qual o lugar geométrico do ponto H de π, pé da
altura V H do triângulo V BC?
d) Para que posição de BC a área do triângulo V BC
a) A área M é igual a área do triângulo ABC. é máxima e qual o valor desse máximo?
e) Calcule, em função de Θ, a tangente de α, onde α é

igual ao ângulo V HA.
b) As áreas N e P são iguais. f) Deduza o valor de Θ que corresponde ao mı́nimo do
diedro de aresta BC.
g) Calcule
√ Θ para que se tenha tangente de α igual a
4/ 3.
2a Questão [Valor: 1,0]
Em um triângulo ABC são dados o lado a, a soma dos
outros dois lados, b + c = , e a área S. 5a Questão [Valor: 1,0]
Dão-se um plano π e dois pontos A e B não pertencentes
a π, situados em um mesmo semi-espaço de π, sendo:
a) Construa o triângulo com régua e compasso. i) AB = .
ii) a e b as cotas de A e B em relação a π.
iii) a < b.
b) Calcule os ângulos A, B e C e os lados b e c.
Determine um triângulo ABC isósceles, retângulo em
C, tal que o vértice C pertença ao plano π. Discuta a
possibilidade da existência desse triângulo e o número
de soluções.

6a Questão [Valor: 1,0]


b+c
a) [Valor: 0,5] Dá-se (P ) uma parábola de foco F e
a diretriz d. Sejam M um ponto qualquer de (P ); M1
sua projeção sobre d; M2 a projeção de M1 sobre
F M . Identifique o lugar geométrico de M2 quando
M descreve a parábola (P ).
b) [Valor: 0,5] Em uma hipérbole (H) são dados um
S foco F e a diretriz correspondente d, que distam
entre si 5 cm. A direção de uma assı́ntota forma um
ângulo de 30o com o eixo focal. Pede-se calcular os
valores dos semi-eixos de (H).

7a Questão [Valor: 0,8]


3a Questão [Valor: 1,0] Em um triângulo ABC retângulo em A, é dada a razão
Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e k entre o produto das bissetrizes internas dos ângulos B
base ABCDEF , de lado da base igual a  e altura h, e C e o quadrado da hipotenusa. Calcule B, em função
determine, em função de  e h, a posição do centro da de k. Determine entre que valores pode variar a razão
esfera que é tangente às doze arestas da pirâmide. k para que o problema tenha solução.

v10 
c SLN
37

8a Questão [Valor: 1,0]

a) [Valor: 0,5] Construa um quadrilátero convexo


ABCD, dados: os comprimentos das diagonais AC
e BD; o ângulo de AC com BD; os ângulos adja-
centes A e D.

AC BD
A

AC/BD D

b) [Valor: 0,5] São dados dois cı́rculos concêntricos,


(C1 ) e (C2 ), de raios r1 e r2 (r1 > r2 ) e centro O. Por
um ponto A de (C1 ) determine uma corda AD de
(C1 ), que corta (C2 ) em B e C, tal que AD = 3BC.
Discuta a possibilidade e o número de soluções.

9a Questão [Valor: 1,0]


Seja um triângulo acutângulo A1 A2 A3 . Traça-se um
cı́rculo de diâmetro A2 A3 e de A1 traçam-se tangentes
a ele, com pontos de contato T1 e T1 . Analogamente
procede-se com os lados A3 A1 e A1 A2 , obtendo-se os
pontos de contato T2 , T2 e T3 , T3 . Mostre que os seis
pontos de contato obtidos pertencem a um cı́rculo de
centro G (baricentro de A1 A2 A3 ).
10a Questão [Valor: 1,2]
Dão-se um plano horizontal π, um de seus pontos O
e a vertical em O, OV . A cada ponto P de π faz-se
corresponder um ponto P1 sobre a vertical em P , tal
P P1
que = k (constante). Com essa correspondência,
OP
π transforma-se em uma superfı́cie (S).
a) Deduza a natureza de (S), as seções de (S) por pla-
nos passando por OV e as seções de (S) por planos
perpendiculares a OV ; identifique o plano tangente
a (S) em um ponto qualquer P1 .
b) De um ponto Q fixo sobre OV tal que OQ = h,
traça-se uma perpendicular sobre OP1 : considera-se
a esfera (E) de centro Q e raio QN . (N é o pé da
perpendicular sobre OP1 ). Determine a curva co-
mum a (E) e a (S) e calcule o volume compreendido
entre (E) e (S).

v10 
c SLN
38

IME 1983/1984 - Álgebra


8a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
Dada a função definida nos reais por
Seja log a o logaritmo decimal de a e log3 a o logaritmo
x2
de a na base 3. São dados: log 2 = α e log 3 = β. y = e x2 −1
Calcule em função de α e β os valores de log N e log3 N
onde a) [Valor: 0,6] Estude a sua variação quanto a: con-
tinuidade e possı́vel simetria de sua representação,
 crescimento ou descrescimento, extremos, inflexões
364,5 e assı́ntotas.
N = 243 4 √
3 b) [Valor: 0,4] Faça o esboço gráfico da curva repre-
2
sentativa da função.

9a Questão [Valor: 1,0]


2 Questão [Valor: 1,0]
a Seja D o determinante da matrix A = [aij ] de ordem
Determine o polinômio n, tal que aij = |i − j|. Mostre que:

D = (−1)n−1 .(n − 1).2n−2


p(x) = x4 + ax3 + bx2 + cx + d
10a Questão [Valor: 1,0]
Dada a matriz M = (mij )
tal que p(x) = p(1 − x), p(0) = 0 e p(−1) = 6.
 
1 0 1 1
3a Questão [Valor: 1,0]  0 1 0 1 
M =
Quais as relações entre os coeficientes reais a, b, c, d da 1 0 1 1 
equação 1 1 1 1
e o conjunto A = {a1 , a2 , a3 , a4 }, define-se em A uma
x2 + 2(a + ib)x + c + id = 0 relação R por:
ai R aj ⇔ mij = 1
de modo que ela seja satisfeita para um valor real x =
k? Verifique se R é uma relação de equivalência.
Obs: i2 = −1.

4a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de m para os quais as quatro raı́zes
da equação biquadrada

x4 − (3m + 5)x2 + (m + 1)2 = 0

sejam reais e estejam em progressão aritmética.

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine a soma de todos os números inteiros que são
obtidos permutando-se, sem repetição, os algarismos 1,
2, 3, 4 e 5.

6a Questão [Valor: 1,0] n


Seja o desenvolvimento 15 x + 25 onde n é um inteiro
positivo. Determine n sabendo-se que o maior dos coe-
ficientes é o do termo em xn−9 .

7a Questão [Valor: 1,0]


São dadas duas retas paralelas r e r e um ponto O.
Determine o lugar geométrico dos pés das perpendicu-
lares baixadas de O aos segmentos da reta AA , vistos
de O sob um ângulo reto e tais que A pertence a r e A
pertence a r . Sabe-se que:
Distância de O a r : d.
Distância de O a r : p.
Distância de r a r : p − d.

v10 
c SLN
39

IME 1983/1984 - Geometria


1a Questão [Valor: 0,8] 3a Questão [Valor: 0,5]
Um triângulo equilátero ABC, de lado a, gira em torno Sejam  o lado de um polı́gono regular de n lados, r
de um eixo XX  de seu plano, passando por A sem atra- e R, respectivamente, os raios dos cı́rculos inscrito e
vessar o triângulo. Sendo S a área total da superfı́cie ge- circunscrito a este polı́gono. Prove que
rada pelo triângulo e designando por Θ o ângulo X ÂB,
pede-se determinar os valores de Θ para que:

 π
a) S seja máximo. r+R = cotg
2 2n

b) S seja mı́nimo.

4a Questão [Valor: 0,8]


c) S = 3πa2 .
Um paralelepı́pedo tem a base ABCD sobre um plano
horizontal e as arestas verticais são AA , BB  , CC  e
DD . As três arestas concorrentes AB = a, AD =
Descreva o sólido obtido em cada um dos três casos. b e AA = c formam um triedro tri-retângulo, sendo
a > b > c. Um plano secante corta a aresta AB em
seu ponto médio M , a aresta BB  no ponto N , tal que
2a Questão [Valor: 1,4] N B 1   
N B = 3 e a aresta B C em P , tal que B P = x, com
0 < x ≤ b. Pede-se estudar a forma das seções obtidas
pelo plano secante M N P no paralelepı́pedo, quando a
a) [Valor: 0,8] São dados dois cı́rculos C(O, r) e distância x varia nas condições dadas.
C  (O , r ), um ponto fixo A sobre C e um ponto fixo
A sobre C  . Traçam-se cordas paralelas AB e A B  5a Questão [Valor: 0,6]
nos cı́rculos C e C  , respectivamente. Determine a Dão-se um cı́rculo (c), de centro O, e três direções d1 ,
direção destas cordas para que o produto AB.A B  d2 e d3 . Inscreva em (c) os triângulos cujos lados AB,
seja máximo. BC e CA têm, respectivamente, as direções d1 , d2 e d3
e cujos vértices A, B e C se sucedem no cı́rculo (c), no
sentido do movimento dos ponteiros do relógio.
A

O d1

O’ d2
O

A’ d3

b) [Valor: 0,6] Dá-se um triângulo ABC. De um


ponto P variável (e não pertencente às retas supor-
tes dos lados do triângulo) traçam-se retas P B e
P C. Sejam L e M os pés das perpendiculares de A
a estas retas. Com a variação de P , o comprimento
LM também varia. Qual o comprimento máximo de 6a Questão [Valor: 0,6]
LM ? Dão-se um quadrado de vértices A, B, C e D e o seu
Obs: Para resolver este item não é necessário deter- centro O. Mostre que os incentros dos triângulos, cujos
minar a posição de P , correspondente a este máximo vértices são cada 3 pontos não colineares deste conjunto
de LM . de 5 pontos, são vértices de um polı́gono regular con-
vexo e calcule, em função do lado  do quadrado, o raio
do cı́rculo no qual está inscrito o polı́gono.

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10a Questão [Valor: 0,6]


7 Questão [Valor: 1,4]
a
Determine o lugar geométrico do vértice V de um trie-
dro cujas faces medem 60o cada e cujas arestas tangen-
a) [Valor: 0,8] São dados um cone de revolução de ciam uma esfera (e) dada, de raio r e centro O.
vértice V , cuja geratriz faz com o eixo do cone um
ângulo β e uma elipse de semi-eixos a e b. 11a Questão [Valor: 0,6]
Numa circunferência são dadas uma corda fixa AB,
(1) Mostre que esta elipse pode ser sempre obtida igual ao lado do triângulo equilátero inscrito e uma
como seção plana do cone dado. corda móvel CD, de comprimento constante e igual ao
(2) Sendo AB o traço do plano secante com o plano lado do dodecágono regular convexo inscrito. As duas
meridiano AV B, que lhe é perpendicular, de- cordas são os lados opostos de um quadrilátero con-
monstre a relação V A.V B = b2 cossec2 β. vexo inscrito ABCD. Determine o lugar geométrico do
b) [Valor: 0,6] Em uma hipérbole (h) são dados: um ponto de encontro dos outros dois lados, especificando
foco F , uma assı́ntota () e uma tangente (t). Pede- a delimitação deste lugar.
se determinar graficamente o outro foco, a outra
assı́ntota e os comprimentos dos eixos, justificando 12a Questão [Valor: 0,5]
a construção executada. Obtenha uma relação entre a, b e c, eliminando x entre
as duas equações abaixo:
1
a sen x − b cos x = c sen 2x
2
a cos x + b sen x = c cos 2x

8a Questão [Valor: 1,4]

a) [Valor: 0,8] Seja ABCD um quadrilátero convexo


tal que os dois pares de lados opostos não são pa-
ralelos; AB encontra CD em E e AD encontra BC
em F . Sejam L, M e N os pontos médios dos seg-
mentos AC, BD e EF , respectivamente. Prove que
L, M e N são colineares.
b) [Valor: 0,6] Dá-se um quadrilátero convexo ins-
critı́vel em um cı́rculo, cujos lados são cordas deste
cı́rculo e de comprimentos a, b, c e d e que se suce-
dem na ordem a, b, c, d.
(1) Calcule, em função de a, b, c, d os comprimentos
das diagonais x e y.
(2) Permutando a ordem de sucessão das cordas, de-
duza, com auxı́lio de figuras, se as diagonais dos
novos quadriláteros obtidos têm comprimentos
diferentes de x e de y.
(3) Sabendo-se que  a área de um quadrilátero ins-
critı́vel é S = (p − a)(p − b)(p − c)(p − d) e
supondo que o quadrilátero, além de inscritı́vel
também é circunscritı́vel, mostre
√ que a fórmula
de sua área reduz-se a S = abcd.

9a Questão [Valor: 0,8]


Determine os ângulos de um triângulo, dados o
perı́metro 2p, o lado a e a altura correspondente ao
lado a, ha .

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IME 1982/1983 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]
Determine a equação, identificando a sua natureza, do Considere a função f definida nos reais por
lugar geométrico de um ponto que se desloca de tal f (x) = (x − 1) ln |x − 1| − x ln x :
forma que o quadrado de sua distância ao ponto (1, 1)
é proporcional à sua distância à reta x + y = 0. a) [Valor: 0,5] Dê seu domı́nio e calcule lim f (x).
x→∞
2a Questão [Valor: 1,0] b) [Valor: 0,5] Dada a função g definida nos reais por
Dada a equação 2mx2 − 2x − 3m − 2 = 0 , onde m ∈ R: 
f (x), se x ∈
/ {0, 1}
a) [Valor: 0,3] Determine m tal que uma raiz seja g(x) =
0, se x ∈ {0, 1}
nula; calcule a outra raiz.

b) [Valor: 0,3] Mostre que a equação dada tem sempre verifique se g é contı́nua em x = 1 e se é derivável
duas raı́zes distintas. neste ponto.

c) [Valor: 0,4] Determine m para que uma raiz seja 8a Questão [Valor: 1,0]
inferior a 1 e a outra seja superior a 1. Seja um determinante definido por ∆1 = |1| e

3a Questão [Valor: 1,0] 1 1 1 1 ... 1 1
−1 0 0
Seja F o conjunto das funções de R em R que satisfazem 2 0 0 ...
f (xy) = f (x) + f (y). Dados f ∈ F e a ∈ R define-se a 0 −1 2 0 . . . 0 0
∆n =
função ga : R → R tal que ga (x) = f (ax) − f (x). 0 0 −1 2 . . . 0 0

a) [Valor: 0,4] Mostre que f (1) = 0, ∀f ∈ F .
0 0 0 0 . . . −1 2
a) [Valor: 0,5] Pede-se a fórmula de recorrência (isto
b) [Valor: 0,6] Mostre que ∀a ∈ R, ga é função cons- é, a relação entre ∆n e ∆n−1 ).
tante.
b) [Valor: 0,5] Calcule a expressão de ∆n em função
Obs: Para o item (b), desenvolver ga (xy) e leve em
de n.
conta o item (a).

4a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Determine o polinômio p(x) do 4o grau, sabendo que Seja m um inteiro positivo. Define-se uma relação Θm
p (x) = ax2 + bx + c e que p(x) é divisı́vel por p (x). por

5a Questão [Valor: 1,0] RΘm = {(i, j)| i = j + km, k inteiro}.


Dada
√ a função y : R → R definida por y = Mostre que Θm é uma relação de equivalência.
3
x3 + 3x2 − 4:
10a Questão [Valor: 1,0]
a) [Valor: 0,6] Estude a sua variação quanto a: con- Seja
tinuidade, crescimento, assı́ntota e pontos notáveis,
inclusive o ponto em que a curva corta a assı́ntota.
n
Sn = an
b) [Valor: 0,4] Faça o esboço do gráfico da curva re- 1
presentativa da função.
Obs: Para determinação da assı́ntota é conveniente onde os an são complexos. Os módulos dos an estão em
colocar x em evidência para fora do radical e desen- progressão geométrica. Os argumentos dos an estão em
volver a função pelo binômio de Newton. progressão aritmética. São dados:

a1 = 13,5( 3 + i)
6a Questão [Valor: 1,0] √
Uma rua possui um estacionamento em fila com N va- i 3−1
a4 =
gas demarcadas junto ao meio-fio de um dos lados. N 2
automóveis, numerados de 1 a N , devem ser acomoda- Calcule o lim Sn .
dos, sucessivamente, pela ordem numérica no estacio- n→∞
namento. Cada carro deve justapor-se a um carro já
estacionado, ou seja, uma vez estacionado o carro 1 em
qualquer uma das vagas, os seguintes se vão colocando
imediatamente à frente do carro mais avançado ou atrás
do carro mais recuado. Quantas configurações distin-
tas podem ser obtidas desta maneira? A figura abaixo
mostra uma das disposições possı́veis.

11 10 8 7 6 2 1 3 4 5 9

v10 
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42

IME 1982/1983 - Geometria


6a Questão [Valor: 1,5]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
São dadas duas superfı́cies cônicas de revolução, con-
Mostre que o lado do icoságono
√ regular convexo é igual gruentes e de eixos paralelos. Seccionam-se essas duas
à diferença, dividida por 2, entre o lado do decágono superfı́cies por dois planos π e π  perpendiculares ao
regular estrelado e o lado do pentágono regular convexo. eixo de revolução, passando cada qual pelo vértice de
Todos os três polı́gonos estão inscritos em um mesmo uma das superfı́cies. Designam-se por (c) e (c ) os co-
cı́rculo de raio r. nes resultantes situados entre os dois planos. Seja h a
distância entre π e π  . Cortam-se (c) e (c ) por um ter-
2a Questão [Valor: 1,0] ceiro plano σ, paralelo a π e π  , a uma distância variável
Dada a equação x de π.
a) [Valor: 0,7] Mostre que a soma dos perı́metros das
seções (k) e (k  ), determinadas por σ em (c) e (c ) é
π constante.
cos (2x + ) − m sen2 x = 0, b) [Valor: 0,8] Determine x de forma que a soma das
6 áreas das duas seções (k) e (k  ) seja igual ao produto
de um número real m pela área da base de um dos
cones (c) ou (c ). Entre que valores poderá variar
determine a condição a que deve satisfazer m para que m?
ela tenha pelo menos uma solução x0 , tal que 0 < x0 <
2π.
7a Questão [Valor: 1,5]
Dados dois cı́rculos externos de raios distintos, mostre
3a Questão [Valor: 1,0] que o conjunto de secantes que determinam em ambos
Consideram-se todos os pares de pontos do espaço M , cordas iguais, é tal que, cada uma dessas secantes é

M  , tais que o ângulo M OM  = 90o , sendo O um ponto tangente a uma parábola, que se pede identificar.
fixo dado.
8a Questão [Valor: 1,5]
Uma pirâmide de vértice V e base ABCD constitue a
a) [Valor: 0,5] Qual o lugar geométrico de M  , sendo metade de um octaedro regular de aresta a.
M e M  variáveis porém fixo o ponto médio I, de a) [Valor: 0,8] Determine em função de a, os raios das
M M ? esferas medial (esfera que passa pelos pontos médios
das arestas deste poliedro), circunscrita e inscrita.
b) [Valor: 0,7] Marcam-se sobre V A e V B os segmen-
b) [Valor: 0,5] Considere outro ponto fixo O , tal que tos V A = V B  = x; marcam-se sobre V C e V D os
também M O M  = 90o . O ponto M sendo fixo, segmentos V C  = V D = y; Supõe-se que x e y va-
obtenha o lugar geométrico de M  . riam sob a condição de x + y = a. Determine x e y,
em função de a, de forma que a área do quadrilátero
a2
A B  C  D seja igual a .
4
4a Questão [Valor: 1,5]
Em um triângulo ABC dão-se o ângulo  , o raio do
cı́rculo ex-inscrito ra (relativo ao ângulo Â) e a altura
ha (relativa ao lado a).

a) [Valor: 0,8] Indique a construção do triângulo


ABC e conclua daı́ a condição que deve haver en-
tre os elementos dados para que a construção seja
possı́vel, isto é, para que exista o triângulo ABC,
escaleno.

b) [Valor: 0,7] Deduza as expressões de a, b.c e de


b + c, em função dos elementos dados.

5a Questão [Valor: 1,0]


É dada  uma elipse de eixo focal 2a e excentricidade
igual a 2/3. Essa elipse é seção de um cone de re-
volução: o ângulo que o plano da elipse forma com o
eixo do cone é β = 45o . Pede-se, em função de a, a
distância do vértice V do cone ao plano da elipse.

v10 
c SLN
43

IME 1981/1982 - Álgebra 5a Questão [Valor: 1,5]


Seja a função f definida, no conjunto dos reais, por:
1a Questão [Valor: 1,5] 
 1, para x ≤ −2




 cos 2 , para − 2 < x ≤ 0
πx

f (x) = e−2x , para 0 < x ≤ 1


a) [Valor: 1,1] Seja a função: 




 1 , para x > 1
x
y = mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1) a) [Valor: 0,3] Determine o domı́nio e a imagem de
f.
b) [Valor: 0,4] Determine os pontos de descontinui-
dade e os pontos onde f não é derivável.
onde m é um número dado, mas variável. Mostre c) [Valor: 0,4] Determine os intervalos em que f é
que todas as curvas representativas da função pas- crescente e os intervalos em que f é decrescente.
sam por um ponto A fixo e que são todas tangentes d) [Valor: 0,4] Determine os pontos e os valores de
entre si, neste ponto. Calcule as coordenadas do máximo e mı́nimo de f . Calcule o supremo e o
ponto A e dê a equação da tangente comum. ı́nfimo da imagem de f .
6a Questão [Valor: 1,0]
b) [Valor: 0,4] Determine os dois valores de m para Determine as equações de uma circunferência com cen-
os quais a razão entre as raı́zes da equação: tro no ponto (−2, 2) e tangente à circunferência:

x2 + y 2 − 2x − 4y + 4 = 0
mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1) = 0 7a Questão [Valor: 1,5]

a) [Valor: 0,7] O quadrado de qualquer número par


2n pode ser expresso como a soma de n termos, em
é igual a (− 14 ). progressão aritmética. Determine o primeiro termo
e a razão desta progressão.
b) [Valor: 0,8] Três progressões geométricas têm
mesma razão q e primeiros termos diferentes a, b,
c. A soma dos n primeiros termos da primeira é
2a Questão [Valor: 1,0] igual à soma dos 2n primeiros termos da segunda e
Seja Mn (R) o conjunto de matrizes quadradas de ordem igual à soma dos 3n primeiros termos da terceira.
n, de coeficientes reais. Define-se a função, b c
Determine a relação que liga as razões e , em
a a
função somente de a, b e c.
Ψ : Mn (R) × Mn (R) → Mn (R)
Ψ(A, B) = AB − BA 8a Questão [Valor: 1,0]
Deseja-se transmitir sinais luminosos de um farol, re-
presentado pela figura abaixo. Em cada um dos seis
Calcule: pontos de luz do farol existem uma lâmpada branca e
uma vermelha. Sabe-se que em cada ponto de luz não
pode haver mais que uma lâmpada acesa e que pelo
menos três pontos de luz devem ficar iluminados. De-
Ψ(Ψ(A, B), C) + Ψ(Ψ(B, C), A) + Ψ(Ψ(C, A), B)
termine o número total de configurações que podem ser
obtidas.

V V V V V V
3a Questão [Valor: 1,5]
Dado o número m = 24 × 33 × 52 , determine quan- 1 2 3 4 5 6
tos números inteiros positivos não maiores que m são
primos relativos com m. B B B B B B

4a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o coeficiente do termo em x3 , no desenvolvi-
mento de:

(2x − 3)4 (x + 2)5 .

v10 
c SLN
44

IME 1981/1982 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,5] 5a Questão [Valor: 1,5]
Sejam duas retas paralelas (r) e (s), e um segmento
AB (A pertencente a (r) e B pertencente a (s)), per- a) [Valor: 0,8] Seja (d) a diretriz e F o foco de uma
pendicular a ambas. Sobre (r) e (s), e à direita de AB, parábola. Seja M M  uma corda focal qualquer.
AB
2
Mostre que as tangentes em M e M  encontram-se
marcam-se os pontos C e D, tais que AC.BD = . em P , pertencente a (d) e que a reta P F é perpen-
4
Tomando-se C e D como centros, traçam-se os cı́rculos dicular a M M  .
(c) e (d) tangentes a AB. b) [Valor: 0,7] Sejam uma elipse (e) e uma hipérbole
(h) tendo os mesmos focos e o mesmo eixo não focal.
a) [Valor: 0,7] Sendo O o meio de AB, mostre que Estabeleça a relação na forma f (ε, ε ) = 0, sendo ε
o triângulo COD é retângulo e que (c) e (d) são e ε as excentricidades de (e) e (h), respectivamente.
tangentes entre si em um ponto M , cujo lugar
geométrico é pedido.
6a Questão [Valor: 1,5]

b) [Valor: 0,8] Prolongando-se AM até B , perten- Em um plano (π) dá-se uma circunferência (c) de centro
cente a (s), e BM até A , pertencente a (r), calcule O e raio r. Por um ponto A pertencente a (c), tira-se
AC, tal que AA + BB  = 4AB. a perpendicular a (π) e marca-se AV = x, V acima de
(π).
2a Questão [Valor: 1,0] a) [Valor: 0,4] Seja BD um diâmetro de (c): mostre
Dado um retângulo ABCD, de lados a e b, que no tetraedro V ABD os três pares de retas que
divide-se a diagonal BD em n segmentos iguais, ligam os meios das arestas opostas concorrem em
marcando-se os pontos M1 , M2 , . . . , Mn−1 (na ordem um ponto, ponto esse que parmanece fixo quando
B, M1 , M2 , . . . , Mn−1 , D). Estabeleça a expressão ge- BD gira em torno de O.
ral dos segmentos CMk = k , k = 1, 2, . . . , n − 1, em b) [Valor: 0,3] Mostre que as arestas opostas de
função de a, b, n e k. V ABD são perpendiculares duas a duas.
c) [Valor: 0,4] Ache o lugar geométrico do pé da al-
3a Questão [Valor: 1,0] tura tirada de V no triângulo V BD, quando BD
Considera-se um quadrado ABCD pertencente a um gira em torno de O.
plano (π). Traçam-se pelos quatro vértices perpendicu-
d) [Valor: 0,4] Determine o centro e o raio da esfera
lares ao plano (π). Sobre o prolongamento de DA (no
circunscrita ao tetraedro V ABD em função de r e
sentido de D para A), marca-se a partir de A um seg-
x.
mento AI igual a a e sobre o prolongamento de CB (no
sentido de C para B), marca-se a partir de B um seg-
mento BJ igual a b, tal que a > b. Um plano qualquer, 7a Questão [Valor: 1,5]
passando por IJ, corta as perpendiculares ao plano (π), Sejam (k) e (k  ) os cı́rculos das bases e O o centro do
formando um quadrilátero A1 B1 C1 D1 (A1 correspon- cilindro de raio R e altura h. No cı́rculo (k), inscreve-se
dendo a A, B1 a B, C1 a C e D1 a D). um triângulo equilátero ABC. Um ponto A , perten-
cente ao cı́rculo (k  ), projeta-se paralelamente ao eixo
a) [Valor: 0,5] Determine a natureza do quadrilátero do cilindro, em um ponto D do arco de (k) que suben-
A1 B1 C1 D1 e estabeleça a relação existente entre as tende BC. Determine a posição de A para que área
AA1 BB 1 do triângulo A BC seja máxima, e nessa posição de A
razões e . calcule a distância de O (centro do cilindro) ao plano
a b
de A BC.
b) [Valor: 0,5] Supondo as razões iguais a k e AB
igual a unidade, calcule os lados e as diagonais do 8a Questão [Valor: 1,0]

quadrilátero em função de k, a e b. Por um ponto C, ponto médio de um arco AB qualquer,

de uma circunferência (k) de centro O (AB < 180o ),
4a Questão [Valor: 1,0] traça-se a corda CDE, paralela ao raio AO (D in-
Seja (T ) um triângulo retângulo em A, sendo os outros terseção de CDE com AB e E pertence a (k)). De-
vértices B e C. termine o valor do ângulo AÔB (definido pelo valor
2p numérico de alguma de suas linhas trigonométricas),
a) [Valor: 0,5] Dá-se a razão m = , onde a é a para que o ponto D seja o ponto médio de CE.
a
hipotenusa e p o semiperı́metro. Indique entre que
valores m pode variar para que o problema tenha
solução, e calcule B̂ e Ĉ em função de m.

b) [Valor: 0,5] São dados a hipotenusa a de (T ) e


πa3
volume V = , gerado quando (T ) gira em torno
48
da hipotenusa. Calcule B̂ e Ĉ em graus ou o valor
numérico de uma de suas linhas trigonométricas.

v10 
c SLN
45

IME 1980/1981 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
A população de um paı́s, no ano t, t ≥ 1860, é dada,
1a Questão [Valor: 1,0] aproximadamente, por:
Dada a função f : R → R definida como
L
N (t ) = λ−t
; onde t = t − 1860
1+e α

1 1 L, λ, α são constantes reais e 106 × N (t ) é o número


f (x) = − , x = 0 de habitantes.
x3 x
a) [Valor: 0,7] Calcule a população do paı́s no ano
f (x) = 1, x = 0 2000, sabendo-se que em 1860, ele tinha 15 milhões
de habitantes, em 1895, 18 milhões de habitantes e
em 1930, 20 milhões de habitantes.
Obs: e é a base do sistema de logaritmos neperia-
nos.
determine os valores de m para os quais o gráfico de f
admite tangente paralela à reta y = mx. b) [Valor: 0,3] Ao longo do tempo, a população ten-
Obs: R é o conjunto dos números reais. derá a um número finito de habitantes? Justifique
sua resposta.

2a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de h, de modo que a desigualdade Seja C o conjunto dos números complexos e seja h ∈ C.
Diz-se que um ponto h é um ponto de Hurwitz se |h| = 1
e, para todo número natural n, hn+1 = 1. Prove que o
2−i
ponto z = é um ponto de Hurwitz.
x2 − hx + 1 2+i
−3 < <3 Obs: i = −1.
2
x2 + x + 1
9a Questão [Valor: 1,0]
Prove a seguinte identidade:
  n   
seja válida para qualquer x real. n+1 n−k k
= ,
2m + 1 m m
k=0

3a Questão [Valor: 1,0] onde n e m são inteiros positivos e


Dados dois triângulos equiláteros ABC e A BC, traça-  
se por A uma reta qualquer que encontra os lados AC e n n!
= , para n ≥ m
AB, ou os seus prolongamentos, nos pontos D e E, res- m (n − m)!m!
pectivamente. Determine o lugar geométrico dos pontos  
de encontro das retas BD e CE. n
e = 0, para n < m
m

4a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que não existem matrizes quadradas A e B, que 10a Questão [Valor: 1,0]
verifiquem AB − BA = I, onde I é a matriz identidade Seja M = (mij ) uma matriz quadrada real n × n de
de uma ordem n qualquer. termos positivos. Define-se o “permanente de M ” como

perm M = m1t(1) m2t(2) . . . mnt(n)
5a Questão [Valor: 1,0] S
Mostre que o número 4444. . . 4 8888
. . . 8 9 é um qua- onde S é o conjunto das permutações
n vezes (n−1) vezes (t(1), t(2), . . . , t(n)) de {1, 2, . . . , n}. A matriz
drado perfeito.  
1 2 3
4 5 6 tem, por exemplo, como permanente
7 8 9
6a Questão [Valor: 1,0]
O professor Sah Bido quer oferecer jantares para 3 alu- 1×5×9 + 4×8×3 + 2×6×7 + 3×5×7 + 2×4×9 + 1×6×8.
nos de cada vez. O professor tem 7 alunos e quer ofere-
cer 7 jantares, com a restrição de que um mesmo par de Seja a matriz n × n, H = (hij ) onde hij = i(j + 1).
alunos não pode ser convidado para mais de um jantar, Calcule o permanente de H.
isto é, se os alunos A, B e C comparecerem a um jan-
tar, então a presença do aluno A, por exemplo, em outro
jantar, impedirá a presença de C ou de B neste jantar.
Chamando-se de programa a um conjunto de 7 janta-
res nas condições especificadas, pergunta-se: quantos
programas diferentes poderão ser formados?

v10 
c SLN
46

IME 1980/1981 - Geometria


6a Questão [Valor: 1,0]
Uma esfera (ε) de raio r e centro O tangencia um plano
1a Questão [Valor: 1,0]
(π) em M . Sobre a reta OM , no mesmo semi-espaço
Sejam (c) um cı́rculo de raio r, distante h de um plano
determinado pelo plano (π) em que se acha a esfera (ε),
(π), I o traço nesse plano do eixo (∆) do cı́rculo (isto
marca-se um ponto V tal que V O = x > r, e traçam-se
é, a perpendicular ao plano de (c) pelo centro de (c)),
3 retas, partindo de V , que tangenciam a esfera em A,
e P um ponto fixo de (π) distante h de I. Liga-se P a
um ponto M , móvel, que percorre toda a circunferência B e C, sendo AV̂ B = B V̂ C = C V̂ A = π2 . Calcule x
de (c), e define-se um plano (σ) variável, normal a (π), em função de r e determine, também em função de r,
que conterá sempre P M . Na interseção de (σ) com (π) as dimensões da calota seccionada na esfera pelo plano
√ V AB (isto é: o raio da base da calota e sua altura).
existem dois pontos distantes h 3 de M . Seja A aquele
cuja distância a P é a maior. Determine: 7a Questão [Valor: 1,0]
Dá-se uma elipse de vértices A1 e A2 , definida por:
a) O lugar geométrico de A quando M percorre toda a A1 A2 = 2a (eixo focal), B1 B2 = 2b (eixo não focal).
circunferência de (c). Sejam F1 e F2 os focos da elipse, e uma tangente à
elipse em um ponto M qualquer (M = A1 e M = A2 ).
Esta tangente é cortada nos pontos T1 e T2 respecti-
b) O máximo valor de IA.
vamente pelas tangentes à elipse nos vértices A1 e A2 .
Mostre que o quadrilátero T1 F1 F2 T2 é inscritı́vel e que
o produto A1 T1 .A2 T2 é constante.
2a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]
Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e Dado o triângulo escaleno ABC, sejam respectivamente
base ABCDEF , de lado da base igual a b e altura igual D, E, F os pontos de contato do cı́rculo inscrito ao
3b
a , traça-se o plano perpendicular à aresta V B no triângulo ABC, com os lados BC, AC e AB. Mostre
2 que os triângulos ABC e DEF não são semelhantes, e
ponto M , tal que este plano contenha os vértices A e EF
C. Determine, para a pirâmide de vértice M e base estabeleça a relação em função de sen 2b e sen 2c .
ABC assim formada: BC
9a Questão [Valor: 1,0]
a) O comprimento da aresta AM . Considere a sucessão
Pn , pn , P2n , p2n , P4n , p4n , P8n , p8n . . . (1)
b) O volume.
na qual Pk é o semi-perı́metro do polı́gono regular de
k lados circunscrito ao cı́rculo unitário, e pk é o semi-
perı́metro do polı́gono regular de k lados inscrito no
3a Questão [Valor: 1,0] mesmo cı́rculo.
Sejam 9 o lado do eneágono regular convexo, ∗9 e ∗∗ 9 a) Usando a figura abaixo, estabeleça a fórmula
os lados dos eneágonos estrelados (∗9 < ∗∗
9 ), todos ins-
critos em um cı́rculo de raio r. Mostre que: 2Pn pn
P2n =
Pn + pn
9 = ∗∗ ∗
9 − 9 C F E G D

I J
A H B
4a Questão [Valor: 1,0]
Determine todos os valores de x, y e z, situados no O
intervalo fechado [0, π], satisfazendo o sistema:

cos x + cos 2y = 0 b) Calcule o limite da sucessão (1).


cos y + cos 2z = 0
10a Questão [Valor: 1,0]
cos z + cos 2x = 0
Calcule os eixos e a excentricidade da cônica, seção por
um plano (π) em um cone de revolução (Γ), de vértice
V , sabendo-se:
1) A excentricidade da seção por (π) é a maior possı́vel
para o cone (Γ).
5a Questão [Valor: 1,0]
2) V dista de (π) 6 unidades de comprimento.
Um ângulo α de grandeza constante, situado em um
plano (π), gira em torno de seu vértice A, que é fixo, 3) (Γ) é tal que a seção por um plano perpendicular a
permanecendo no plano (π). De um ponto B, fixo, no uma geratriz é uma hipérbole equilátera.
plano (π), tiram-se perpendiculares BC e BD aos lados
do ângulo α. Determine o lugar geométrico dos pontos
C e D. Mostre que CD tem comprimento constante e
determine o lugar geométrico do ponto médio de CD.

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IME 1979/1980 - Álgebra


9a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Um velho manuscrito descrevia a localização de um te-
Seja um barco com 8 lugares, numerados como no dia- souro enterrado: Há somente duas árvores, A e B, em
grama seguinte: um terreno plano, e um canteiro de tomates. A é uma
mangueira, e B uma jaboticabeira. A partir do centro
1 3 5 7
K do canteiro, meça a distância em linha reta até a
2 4 6 8 mangueira. Vire 90o à esquerda e percorra a mesma
distância até o ponto C. Volte ao canteiro. Meça a
Há 8 remadores disponı́veis para guarnecê-lo, com as distância em linha reta até a jaboticabeira. Vire 90o à
seguintes restrições: Os remadores A e B só podem direita e percorra a mesma distância até o ponto D. O
sentar no lado ı́mpar e o remador C, no lado par. Os tesouro está no ponto médio T do segmento CD. Um
remadores D, E, F , G, H podem ocupar quaisquer aventureiro achou o manuscrito, identificou as árvores
posições. Quantas configurações podem ser obtidas com mas, como o canteiro desaparecera com o passar do
o barco totalmente guarnecido? tempo, não conseguiu localizá-lo, e desistiu da busca. O
2a Questão [Valor: 1,0] aluno Sá Bido, do IME, nas mesmas condições, diz que
Seja I = [−1, 2] ∈ R. Dê exemplo de uma função seria capaz de localizar o tesouro. Mostre como você
contı́nua em I tal que não exista um ponto a ∈ ]− 1, 2[ resolveria o problema, isto é, dê as coordenadas de T
que satisfaça a condição: em função das coordenadas de A = (5, 3) e B = (8, 2).
10a Questão [Valor: 1,0]
f (x) − f (−1) = 3f  (a) Por um ponto M qualquer de uma hipérbole (h), traça-
se uma paralela a uma assı́ntota (a) de (h): esta para-
lela encontra uma diretriz (d) de (h) em D. Sendo F o
3a Questão [Valor: 1,0] foco de (h) correspondente à diretriz (d), mostre que:
Determine o polinômio f (x) de coeficientes racionais e
do 7o grau, sabendo-se que: f (x) + 1 é divisı́vel por MD = MF
(x − 1)4 e que f (x) − 1 é divisı́vel por (x + 1)4 .

4a Questão [Valor: 1,0]


Seja a seqüência, real (xn ), n = 0, 1, . . . tal que:

lim (xn − xn−2 ) = 0, n = 2, 3, . . .


n→∞

Prove que
 
xn − xn−1
lim =0
n→∞ n

5a Questão [Valor: 1,0]


Resolva as equações:

x3 −7x2 −204x+1260 = 0 x3 −15x2 −394x+840 = 0

sabendo-se que a primeira tem uma raiz cujo valor é o


triplo do valor de uma raiz da segunda.

6a Questão [Valor: 1,0]


Seja, para n = 1, 2, 3, . . . a coleção B(n) = {M |M =
[mij ] é matriz quadrada de ordem n e |mij | = 1}. (Note
que B(2) tem 24 = 16 elementos). Prove que, se M ∈
B(n) então o determinante de M é múltiplo de 2n−1 ,
para n = 1, 2, 3, . . .

7a Questão [Valor: 1,0]


Seja f uma função real de variável real, não constante,
contı́nua, tal que existe uma função φ, φ : R2 → R
tal que f (x + y) = φ(f (x), y), para todos x e y reais.
Prove que f é estritamente crescente ou estritamente
decrescente.

8a Questão [Valor: 1,0]



n
Prove que: n3 = ai , onde ai = (n − 1)n + 2i − 1.
i=1

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IME 1979/1980 - Geometria


7a Questão [Valor: 1,5]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
Dão-se um hexágono de lado  num plano π e, num
Seja ABC um triângulo no qual se supõe que a medi- plano π  paralelo a π, um triângulo equilátero de lado ,
ana AM é tal que o triângulo ABM é semelhante ao numa posição tal que cada altura do triângulo é paralela
triângulo ABC. à uma diagonal maior do hexágono. Os baricentros do
hexágono e do triângulo estão na mesma perpendicular
comum aos seus planos. A distância entre π e π  é .
a) [Valor: 0,5] Calcule a razão de semelhança, e de- Dê, em função de , o volume do sólido que se obtém,
termine o lugar geométrico do vértice B supondo A quando se liga cada vértice do triângulo aos três vértices
e C fixos. mais próximos do hexágono.
8a Questão [Valor: 1,0]
b) [Valor: 0,5] Mostre que o cı́rculo que passa pelos Determine x na equação
pontos A, C e M tangencia a reta AB.  
1 1−x
arc tg x = arc tg
2 1+x

2a Questão [Valor: 1,0]


São dados um cı́rculo (c) de centro K, raio R e um 9a Questão [Valor: 1,0]
ponto fixo A, tal que 0 < AK < R. Por A traçam-se Sejam 4 , 6 e 10 os lados do quadrado, do hexágono e
duas semi-retas (d) e (d ): (d) corta a circunferência de do decágono regulares, inscritos todos no mesmo cı́rculo
(c) em M e (d ) em N . M e N se deslocam ao longo (C). Com esses três lados, constrói-se um triângulo
da circunferência de (c) de modo que AM e AN são ABC, não inscrito em (C), tal que BC = 4 , AC = 6
sempre perpendiculares. Ache o lugar geométrico do e AB = 10 . Pede-se calcular o ângulo A do triângulo
ponto médio I do segmento M N . ABC.

3a Questão [Valor: 1,0]


Dão-se duas circunferências de raios 8 e 3, tangentes
internas. Pelo ponto T de contato se traça a tangente
comum e sobre ela se toma uma distância T A = 6. Seja
(s) uma secante aos cı́rculos que passa por A. (s) faz
com T A um ângulo α (α = 0), e corta a circunferência
maior nos pontos D e E e a menor nos pontos P e Q.
Calcule α de modo que DE = 2P Q.

4a Questão [Valor: 1,5]


São dadas duas esferas (e1 ) de centro O1 e raio 3, e
(e2 ) de centro O2 e raio 9. O1 dista de O2 de 20. Essas
esferas são focais de uma seção elı́tica (E) de um cone
de revolução. Determine a excentricidade e a distância
focal de (E).
Obs: Esferas focais de uma seção são esferas inscritas
num cone que tangenciam o plano seção.

5a Questão [Valor: 1,0]


Um quadrilátero reverso ABCD é constituı́do pela jus-
taposição de dois triângulos isósceles ABC e BCD
(AB = AC e DB = DC) cujos planos são perpen-
diculares
√ e cujas alturas medem respectivamente 6 e
6 3. A base comum dos dois triângulos é BC = 8.
Projeta-se ortogonalmente o quadrilátero ABCD sobre
um plano de modo que a projeção seja um paralelo-
gramo (P ). Como deve ser feita a projeção e qual é a
área do paralelogramo (P )?

6a Questão [Valor: 1,0]


Dão-se um paralelogramo ABCD num plano π e um
outro EF GH num plano π  de modo que se obtém um
paralelepı́pedo (P ) de vértices A, B, C, D, E, F , G e
H, oblı́quo, com todas arestas de comprimento a. O
plano que contém os pontos A, E e F forma com π um
ângulo de 60o e AEF = 120o . Calcular em função de a
e do ângulo F EH = θ o volume de (P ).

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IME 1978/1979 - Álgebra


8a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Um elevador com 7 pessoas parte do andar térreo de
Admita Y = (a, b, c) e seja a função h: Y × Y → Y um prédio e faz 4 paradas em andares diferentes. De-
definida por: terminar de quantas maneiras diferentes, todas aquelas
7 pessoas podem desembarcar até a 4a parada, inclu-
h(a, a) = a h(b, a) = b h(c, a) = c sive.
h(a, b) = b h(b, b) = c h(c, b) = a Obs: Seja ni o número de pessoas que desembarcam
h(a, c) = c h(b, c) = a h(c, c) = b
4
na i-ésima parada {i = 1, 2, 3, 4} : ni = 7, ni ≥ 0.
Considere uma função f : Z → Y tal que: i=1

f (0) = a 9 Questão [Valor: 1,0]


a

f (1) = b É dada a função f : R → R tal que:


e ∀n, m ∈ Z, f (n + m) = h(f (n), f (m)). 
 x+k
 √ , se x = ±1
Sabe-se que ∀n ∈ Z, f (3n) = a. f (x) =
3
x2 − 1

 0, se x = 1
a) Determine y ∈ Y , tal que h(y, f (52)) = f (45). −1, se x = −1
b) Encontre um H ⊂ Z, tal que f (H) = {c}. a) Se k = −1, determine os pontos de descontinuidade
de f .
b) Se k = 0:
2a Questão [Valor: 1,0]
Dadas as matrizes: i) Determine as raı́zes de f  (x) = 0.
ii) Determine as raı́zes de f  (x) = 0.
" # " #
x−2 0 0 0 −x 0 iii) Faça o esboço do gráfico da função em coorde-
A= 3 −1 1 e B = −1 1 1 nadas ortonormais.
1 0 1+x 1 0 −1
10a Questão [Valor: 1,0]
determine x, sabendo-se que existe uma matriz in- Determine a área da superfı́cie finita entre as curvas de
versı́vel P , tal que A = P −1 .B.P . equações: y = 16 − x4 e y = x4 − 5x2 + 4.
3a Questão [Valor: 1,0]
Seja a equação x3 + px2 + qx + r = 0 cujas raı́zes são:
a, b, c. Determine s, t e u, em função de p, q e r, para
que a equação x3 + sx2 + tx + u = 0 tenha raı́zes bc, ca
e ab.

4a Questão [Valor: 1,0]


Considere a famı́lia de curvas:

y(m) = mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1).

Determine:
a) As coordenadas do ponto P , comum a todas essas
curvas.
b) A curva da famı́lia, tal que a tangente no ponto de
abscissa x = 1 tenha coeficiente angular igual a 1.

5a Questão 
[Valor:1,0]
x
x−1
Calcule lim .
x→∞ x + 1

6a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores máximo e mı́nimo de |z − 4|,
sabendo-se que |z + 3i| ≤ 1, onde z ∈ C.

7a Questão [Valor: 1,0]


Seja uma progressão aritmética de 1o termo a1 = 0 e
último termo a10 tal que a1 = a10 =  0. Seja a pro-
o 1
gressão aritmética de 1 termo b1 = e último termo
a1
1 a5
b10 = . Calcule em função de a1 e a10 .
a10 b6

v10 
c SLN
50

IME 1978/1979 - Geometria


6a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a Considere a famı́lia de triângulos ABC onde BC = a,
Achar os valores de x que satisfazem a equação: AB = c e AC = b. Os pontos B e C são fixos e A varia
de tal maneira que b − c = k (constante).

π 2 − 4x2 = arc sen (cos x) a) Pede-se o lugar geométrico do ponto D, encontro da
bissetriz interna do ângulo  com a perpendicular
baixada do vértice C àquela bissetriz. √
2a Questão [Valor: 1,5] b) Supondo o caso particular  = 60o , a = 4 3 e
Seja uma circunferência (C) na qual está inscrito um b − c = 4, calcule os valores em radianos dos ângulos
pentágono regular convexo ABCDE (nesta ordem so- B̂ e Ĉ.
bre (C) e no sentido trigonométrico). Considere M o
ponto médio do arco AE < 180o e P um ponto qualquer
do mesmo arco: 7a Questão [Valor: 1,5]
Um cone de revolução de vértice V é seccionado por um
a) Sendo P = M , P = A e P = E, prove que plano que determina uma seção parabólica (P ). Sejam
respectivamente S e F o vértice e o foco de (P ). São
PA + PE + PC = PB + PD (1) dados: V S = 12 e SF = 3:
a) Determine α (ângulo do eixo do cone com sua gera-
triz).
b) Se P coincidir com A, mostre o que acontece com a b) Determine a área do segmento parabólico compreen-
relação (1). dido entre a parábola e a corda focal perpendicular
c) Se P coincidir com M , mostre que de (1) pode-se ao seu eixo.
obter uma relação entre o raio da circunferência (C)
e os lados dos decágonos regulares inscritos convexo 8a Questão [Valor: 1,5]
e estrelado. Sejam (C) uma superfı́cie cônica de revolução, de
vértice V , cujo semi-ângulo no vértice é 45o , r uma
Obs: As soluções dos três sub-itens acima são indepen- reta paralela ao eixo de revolução de (C) e π o plano
dentes. passando por V e perpendicular a r. A reta r atravessa
o plano π em O. V O tem comprimento 2a, a > 0. Seja
3a Questão [Valor: 1,0]  a perpendicular comum a r e a geratriz g de (C); 
Seja (T ) um triângulo ABC tal que Ĉ = 2Â: corta g em A e r em B.
a) Calcule, em função do cos Â, as excentricidades da a) A sendo a projeção ortogonal de A sobre π, ache o
elipse e da hipérbole de focos A e B e que passam lugar do ponto A quando g varia.
por C. b) Identifique as retas  situadas em um plano ρ pa-
ralelo a π. Examine o que ocorre quando varia a
b) Supondo-se existir (T ), qual a relação de igualdade distância entre os planos π e ρ.
que devem satisfazer os lados AB, BC e CA. c) Mostre que os pontos A (quando g varia) pertencem
a uma esfera (e) de centro (O).
4a Questão [Valor: 1,0]
Dado um triângulo ABC de área S, prolongam-se seus
lados CA, AB e BC:
CA, no sentido de C para A, até A , tal que AA= k.CA;
AB, no sentido de A para B, até B  , tal que BB = k.AB;
BC,no sentido de B para C,até C  ,tal que CC = k.BC.
Onde k é uma constante positiva. Sendo o triângulo
A B  C  de área S  , determine k para que S  = 19S.

5a Questão [Valor: 1,5]


Dá-se num plano π um triângulo equilátero ABC de
lado a, a > 0, e tira-se por A uma semi-reta AX per-
pendicular ao plano π. Seja V a extremidade do seg-
mento AV de comprimento a, situado nessa semi-reta:
a) Calcule o volume da pirâmide V ABC e, caso a
mesma admita um plano de simetria, identifique-o.
b) Considere uma reta r do plano V BC paralela à reta
BC, tal que o plano V BC e o plano determinado
por r e pelo ponto A sejam perpendiculares. Sejam
D a interseção de r com V B e E a interseção de r
com V C. Calcule o volume da porção da pirâmide
V ABC que está compreendida entre os planos ABC
e ADE.

v10 
c SLN
51

IME 1977/1978 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 0,5] Sejam A, B, C, D matrizes reais 2 × 2.
Determine as soluções da equação A = (aij ); A−1 = B = (bij )

36x3 − 12x2 − 5x + 1 = 0 C = (cij ); cij = a−1


ij

D = (dij ); dij = b−1


ij
dado que uma de suas raı́zes é a soma das outras duas.
Sabe-se que aij .bij = 0, 1 ≤ i ≤ 2; 1 ≤ j ≤ 2, e que
2a Questão [Valor: 0,5] C é matriz singular (não admite inversa). Calcule o
Seja um polinômio determinante de D.
8a Questão [Valor: 0.5]
p(x) = a3 x3 + a2 x2 + a1 x + a0 Seja m uma função real de variável real definida como:
m(x) = |7 − x|. Diz-se que uma função u, real de
variável real, é contı́nua no ponto a de seu conjunto
com coeficientes reais. Sabe-se que p(0) = 0, p(2) = 4, de definição se, para todo número real  > 0, existe um
que a reta tangente a p(x) no ponto (1,1) é paralela à número real δ > 0 tal que, se y é ponto do conjunto de
reta y = 2x + 2 e que a reta tangente a p(x) no ponto definição de u e se |y − a| < δ, então |u(y) − u(a)| < .
(2,4) é perpendicular à reta y = − 31 x − 4. Determine Quer-se testar a continuidade de m no ponto x = −2.
os coeficientes a3 , a2 , a1 , a0 . Escolhe-se um  = 0,01. Determine um δ conveniente,
para este valor de . Justifique sua resposta.
3a Questão [Valor: 1,0] Obs: |h| é o valor absoluto de h.
Mostre que, em toda reunião constituı́da de seis pes-
soas, uma das hipóteses necessariamente ocorre (po- 9a Questão [Valor: 1,0]
dendo ocorrer ambas): Sejam R e S duas retas quaisquer. Sejam p2 = (x2 , y2 );
p4 = (x4 , y4 ); p6 = (x6 , y6 ) três pontos distintos sobre
I) Existem três pessoas que se conhecem mutua- R e p1 = (x1 , y1 ); p3 = (x3 , y3 ); p5 = (x5 , y5 ) três pon-
mente (isto é, das três cada duas se conhecem). tos distintos sobre S. O segmento p2 p3 não é paralelo
ao segmento p1 p4 ; o segmento p1 p6 não é paralelo ao
II) Existem três pessoas que se desconhecem mutua- segmento p2 p5 e o segmento p3 p6 não é paralelo ao seg-
mente (isto é, das três cada duas se desconhecem). mento p4 p5 . Sejam: A, a interseção dos segmentos p2 p3
e p1 p4 ; B, interseção de p1 p6 com p2 p5 e C, interseção
de p3 p6 com p4 p5 . Prove que os pontos A, B e C estão
em linha reta.
4a Questão [Valor: 0,5]
Seja h uma função contı́nua, real de variável real. Sabe- 10a Questão [Valor: 1,0]
se que h(−1) = 4; h(0) = 0; h(1) = 8. Defino uma Dadas as parábolas y1 e y2 , y1 (x) = 51 − x2 e y2 (x) =
função g como g(x) = h(x) − 2. Prove que a equação x2 + 1, sabe-se que a área entre y1 e y2 , medida entre
g(x) = 0 admite, pelo menos, duas soluções distintas. x = 0 e x = 5 é igual a 3 vezes a área entre y1 e y2 ,
medida entre x = 5 e x = a. Determine a.
5a Questão [Valor: 1,0] 11a Questão [Valor: 1,0]
Seja o conjunto Se x(t) é o número de parasitas existentes no tempo t,
em uma população hospedeira y(t), a relação entre as
A = {z ∈ C / |z| = 1} duas populações pode ser descrita por
y A eBy = kxR eSx
Determine a imagem de A pela função g, complexa de
variável complexa, tal que g(z) = (4 + 3i)z + 5 − i. onde A, B, R e S são constantes apropriadas. Pede-se
Obs: C é o conjunto dos números complexos. |z| é o determinar
dy
.
valor absoluto de z. dx
12a Questão [Valor: 1,0]
6a Questão [Valor: 1,0] Uma seqüência (xn )n∈n∗ de números racionais diz-se
Para t > 0 e x ≥ 1, defino a função ft , real de variável regular se |xm − xn | ≤ m−1 + n−1 , m, n ∈ n∗ . Dada
real, como: uma seqüência regular t = (tn )n∈n∗ , defino Kt = me-
nor inteiro maior que |t1 | + 2. Sejam x e y seqüências
 
xt − (t + 1) regulares e K = máximo {Kx , Ky }. Defino a seqüência
ft (x) = x
t z = (zn )n∈n∗ como zn = x2Kn .y2Kn , n ∈ n∗ . Prove que
(zn )n∈n∗ é uma seqüência regular.
Obs: n∗ é o conjunto dos naturais sem o número zero,
Supondo-se que o limite indicado exista, define-se isto é, n∗ = {1, 2, 3, . . .}.

f (x) = lim ft (x), x ≥ 1


t→0

Determine f (e2 ), onde e é a base dos logaritmos nepe-


rianos.

v10 
c SLN
52

IME 1977/1978 - Geometria


6a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] A tangente e a normal em um ponto M de uma elipse
Dados os arcos Â, B̂, Ĉ e D̂, todos do primeiro qua- cortam o eixo focal respectivamente em T e N , sendo
drante, e tais que tg  = 1/3, tg B̂ = 1/5, tg Ĉ = 1/7 e os focos F e F  .
tg D̂ = 1/8, verificar se  + B̂ + Ĉ + D̂ = π/4. a) Mostre que o segmento F F  é dividido harmonica-
mente por T e N , bem como a razão das distâncias
2a Questão [Valor: 1,0] de F aos pontos N e M é igual à excentricidade da
Designa-se por (T ) um triângulo ABC no qual sua al- elipse.
tura AD é cortada ao meio no ponto H, pela altura b) Se a tangente e a normal citadas cortam o eixo não
CE. focal em T  e N  respectivamente, mostre que o
cı́rculo M T  N  passa pelos focos F e F  .
a) Demonstrar que as tangentes dos ângulos internos
B̂ e Ĉ de um triângulo (T ) verificam a relação 7a Questão [Valor: 1,5]
tg B̂. tg Ĉ = 2 (*) Considere um cone de revolução de vértice V , altura
h, tendo por base um cı́rculo de centro O e raio r. No
b) Suponha satisfeita a relação (*), dá-se o ângulo  plano da base desse cone toma-se um ponto A, a uma
do triângulo (T ). Calcular os ângulos B̂ e Ĉ. Qual a distância x do ponto O (x > r). Pelo segmento V A
traçam-se dois planos tangentes contendo as geratrizes
condição que deve ser satisfeita pelo ângulo  para do cone V B e V C (B e C são pontos das geratrizes, e
que o triângulo (T ) exista? pertencem ao plano da base).
a) Calcule em função de x, de h e de r o comprimento
BC, e as distâncias dos pontos B e C ao segmento
3a Questão [Valor: 1,5] V A.
Sejam um cı́rculo (O) de centro O, um ponto A fixo b) Determine x de modo que o ângulo dos dois planos
exterior a (O), e um diâmetro BC móvel. V AB e V AC seja reto. Qual a condição para que
este problema tenha solução?
a) Mostrar que o cı́rculo circunscrito ao triângulo ABC
passa por um ponto fixo I (I distinto de A).
8a Questão [Valor: 1,5]
b) As retas AB e AC cortam o cı́rculo (O) nos pontos Dá-se uma semi-esfera cuja base é um cı́rculo (C) de
D e E respectivamente, e DE corta OA em P . Com- raio r. Corta-se a semi-esfera por um plano π paralelo
ˆ B ĈA e B D̂E e mostrar que
parar os ângulos B IA, à base, o qual determina sobre a semi-esfera um cı́rculo
o quadrilátero IBDP é inscritı́vel, sendo o ponto P (C1 ) de raio x. Estabeleça a relação entre x e r para
fixo. tornar possı́vel traçar sobre a semi-esfera três cı́rculos
tangentes aos cı́rculos (C) e (C1 ) e também tangentes
entre si dois a dois.
Obs: Sugere-se que entre as propriedades a serem
aplicadas na solução deste problema, estejam as da
potência de um ponto em relação a um cı́rculo.

4a Questão [Valor: 1,5]


Dá-se um icosaedro (I) regular convexo de aresta .

a) Calcular o ângulo diedro dˆ de (I). (Apresentar


uma expressão trigonométrica, numérica, que per-
ˆ
mita calcular o valor do ângulo diedro d).

b) Seja V um vértice de (I): V e os vértices de (I)


adjacentes (isto é, os que são ligados a V por arestas
de (I)), determinam um poliedro (P ) cujas arestas
são arestas do icosaedro. Calcular o volume de (P )
em função de .

5a Questão [Valor: 1,0]


Dado um triedro de vértice S, consideram-se duas
seções paralelas: uma fixa ABC, com o triângulo
A1 B1 C1 traçado pelo meio dos lados BC, AC e AB,
e outra seção móvel A2 B2 C2 . (A1 é meio de BC, C1
de AB e B1 de AC, e AA2 , BB2 e CC2 estão respec-
tivamente nas arestas SA, SB e SC). Mostrar que as
retas A1 A2 , B1 B2 , C1 C2 passam por um mesmo ponto
e determinar o lugar geométrico desse ponto.

v10 
c SLN
53

IME 1976/1977 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Seja a, b ∈ R+ . Mostre que a equação
a) [Valor: 0,5] Seja x ∈ R. Determine o conjunto A, 1
+
1
+
1
=0
onde A ⊂ R, domı́nio de definição da função f , onde x x−a x−b
possui todas suas raı́zes reais, sendo uma no intervalo
f : x −→ log2 (x2 − x − 1) ] − b, 0[ e a outra no intervalo ]0, a[.
b) [Valor: 0,5] Seja 8a Questão [Valor: 1,0]
Divide-se um quadrado de lado 1 em nove quadrados
f : R −→ R iguais e remove-se o quadrado central. Procede-se da
  mesma forma com os 8 quadrados restantes. Este pro-
sen x cos x
x −→ det cesso é realizado n vezes.
ex x
a) Quantos quadrados de lado 1/3n são conservados?
b) Qual a soma das áreas dos quadrados removidos
Desenvolva a função f dada, em torno da origem, quando n tende a infinito?
com uso da fórmula de Taylor até o termo de se-
gundo grau em x.
9a Questão [Valor: 1,0]
São dados n pontos em um plano, supondo-se:
2a Questão [Valor: 1,0]
i) Cada três pontos quaisquer não pertencem a uma
Sejam x1 e x2 raı́zes da equação
mesma reta.
x2 − (a + d)x + ad − bc = 0 ii) Cada par de retas por eles determinado não é cons-
tituı́do por retas paralelas.
onde a, b, c, d ∈ R. Determine A de modo que x31 e x32 iii) Cada três retas por eles determinadas não passam
sejam raı́zes da equação: por um mesmo ponto.
y 2 − (a3 + d3 + 3abc + 3bcd)y + A = 0 Pede-se o número de interseções das retas determinadas
por esses pontos distintos dos pontos dados.
3a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]
Sejam A, B ∈ R2 de coordenadas cartesianas (2, 5) e Seja
(1, 3), vértices fixos de um conjunto de triângulos de
área 12. Determine a equação do lugar geométrico do P3 (x) = (x + 1)(x + 3)(x + 5) + k(x + 2)(x + 4)
conjunto de pontos C, terceiro vértice destes triângulos.
Obs: A área é considerada positiva qualquer que seja onde x ∈ C. Determine o lugar geométrico das raı́zes
a orientação do triângulo, de acordo com a definição de P3 (x) quando k assume todos os valores em R+ ,
axiomática. desenhando este lugar geométrico no plano complexo.

4a Questão [Valor: 1,0]


Seja
f : C −→ C
z −→ iz + 2 + 3i
Seja o conjunto
2
x y2
A = {x + iy ∈ C + = 1}
9 4
Determine o conjunto B imagem de A pela função f .
5a Questão [Valor: 1,0]
Sejam as regiões definidas pelos conjuntos de pontos A
e B onde

A = {(x, y) ∈ R2 y 2 < mx, m ∈ R+ }

B = {(x, y) ∈ R2 x2 < ny, n ∈ R+ }
Determine a área do conjunto C = A ∩ B.
6a Questão [Valor: 1,0]
Sendo x ∈ R, calcule:

2
lim x cos x
x→0

v10 
c SLN
54

IME 1975/1976 - Álgebra


7a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0]
A soma dos 50 primeiros termos de uma progressão São dados os conjuntos E = {a, b, c, d} e F ⊂ E, tal que
F = {a, b}. Denote por P (E) o conjunto das partes de
aritmética é igual a 200 e a soma dos 50 seguintes é igual
E e considere, em P (E), a relação R, tal que
a 2700. Calcule a razão da progressão e seu primeiro
termo. X R Y ⇔ F ∩X =F ∩Y
2 Questão [Valor: 1,0]
a a) [Valor: 0,4] Verifique se R é uma relação de equi-
Considere a famı́lia de curvas C, definida pela equação: valência.
b) [Valor: 0,3] Z ⊂ P (E). Determine Z, sabendo-se
y = x2 − 2(n − 5)x + n + 1 que Z ∩ F = {b}.
c) [Valor: 0,3] W ⊂ P (E). Determine W , sabendo-se
a) [Valor: 0,5] Sabendo que a curva intercepta o eixo
que F ∩ W = ∅.
x em dois pontos, determine os valores que n pode
assumir. Obs: P (E) tem 16 elementos. ⇔ significa “se e so-
b) [Valor: 0,5] Determine a equação do lugar mente se”.
geométrico dos vértices das curvas da famı́lia C,
apresentando um esboço deste lugar geométrico. 8a Questão [Valor: 1,0]
Considere
3a Questão [Valor: 1,0] y=
x(x + 1)
Condidere o conjunto dos números reais R e o conjunto x2 + 1
dos números complexos C. Sabendo que a ∈ R, b ∈ R,
z1 ∈ C, z2 ∈ C e que Determine os pontos de máximo, de mı́nimo, de in-
flexão, as suas assı́ntotas e verifique se os pontos de in-
z12 + az12 + b = 0 flexão pertencem a uma mesma reta, apresentando, em
caso afirmativo, a equação desta reta. Faça um esboço
z22 + az22 + b = 0 da função indicando os pontos e retas acima aludidos.
2
Determine a relação r = ab para que os pontos z1 , z2 9a Questão [Valor: 1,0]
e z0 = (0, 0) do plano complexo formem um triângulo Considere as progressões geométrica e aritmética
equilátero, esboçando as soluções no plano complexo. abaixo, as quais se prolongam indefinidamente nos dois
Obs: z0 = (0, 0) é a origem no plano complexo. O sentidos:
sı́mbolo ∈ significa “pertence”. 2m 2m
. . . , a− , a− 4 , a0 , a 4 , a 4 , . . .
m m
4

4 Questão [Valor: 1,0]


a
5m 3m m m 3m
Dado o polinômio 2x4 + x3 + px2 + qx + 2, determine p . . . , (1− ), (1− ), (1− ), (1+ ), (1+ ), . . .
4 4 4 4 4
e q de modo que ele seja divisı́vel por (x − 1)2 .
Verifique se elas podem definir o núcleo de um sistema
5a Questão [Valor: 1,0] de logaritmos. Em caso negativo, justifique a resposta.
Dada a equação: Em caso afirmativo, determine a base do sistema.

3 10a Questão [Valor: 1,0]
a(1−n)y = b Determine quantos números M existem satisfazendo si-
n=2 multaneamente as seguintes condições:
i) 106 < M < 107 .
onde a é um número real maior que 1, calcule todos
os valores reais ou complexos de y que satisfazem essa ii) O algarismo 4 aparece pelo menos 2 vezes em M .
equação, sabendo-se que a4 é média geométrica entre iii) O algarismo 8 aparece pelo menos 3 vezes em M .
(1 + b) e ( 1b ). Obs: Os números M são inteiros escritos na base 10.
6 Questão [Valor: 1,0]
a

a) [Valor: 0,5] Dada a equação:

x4 + ax3 + bx2 + cx + d = 0

Determine a relação entre os seus coeficientes para


que a soma de duas raı́zes seja igual à soma das
outras duas.
b) [Valor: 0,5] Encontre as raı́zes da equação

x4 + 6x3 + 13x2 + 12x − 5 = 0

sabendo que seus coeficientes satisfazem as relações


do item anterior.

v10 
c SLN
55

IME 1973/1974 - Álgebra


5a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão, Item 1 [Valor: 0,6]
a Para cada inteiro k ≥ 0 seja fk : R → R tal que:
Seja R o conjunto dos números reais e R+
0 o subconjunto 
de R formado pelos reais positivos. Seja f : R+ 0 → R f0 (x) = x + ln( x2 + 1 − x), ∀x ∈ R
uma aplicação bijetiva.
a) Determine f sabendo-se que: e se k > 0,

f (y x ) = xf (y), ∀y ∈ R+
0 e ∀x ∈ R x + ln( x2 + 1 − x)
fk (x) = , ∀x ∈ R0 = R − {0}
f −1 (1) = e xk

e fk (0) = a.
onde e é a base dos logaritmos neperianos.
b) Calcule a) Desenvolva f0 (x) em série de potências de x até o
termo de quarta ordem.
, 1
lim+ f (x) dx b) Determine os valores de k para os quais lim fk (x)
x→0
ε→0 ε existe e é finito e calcule os valores de a de modo
que fk seja contı́nua.

1a Questão, Item 2 [Valor: 0,4]


Em uma pesquisa realizada entre 500 pessoas foram 6a Questão [Valor: 1,0]
obtidos os seguintes dados: Seja f (a, b, c, d) = c − a − 3b + 3d onde a, b, c, d são
200 pessoas gostam de música clássica; números reais.
400 pessoas gostam de música popular;
75 pessoas gostam de música clássica e de música a) Dadas as matrizes quadradas A, B, C tais que:
popular.
Verifique a consistência ou inconsistência dos dados i) A.B = I, onde I é a matriz identidade;
desta pesquisa. ii) B é uma matriz triangular cujos elementos da
diagonal são todos iguais a 1, exceto um deles
2a Questão, Item 1 [Valor: 0,5] que vale 2;
Seja p(x) um polinômio a coeficientes reais de grau  
maior ou igual a 1 e q(x) = 2x2 + x. Determine to- 1 −1 1 a
 
dos os possı́veis máximos divisores comuns de p(x) e  1 1 1 b 
iii) C =  
2 4 c 
q(x).
 1 
2a Questão, Item 2 [Valor: 0,5] 1 0 0 d
Determine os parâmetros reais de m, n, p de modo que
as equações:
Mostre que, se |A| e |C| denotam os determinantes
(m + 1)x3 + (n − 2)x2 − (m + n − p)x + 1 = 0 de A e C, então:

(m − 1)x3 + (n + 2)x2 − (m − n + p)x + 3 = 0


f (a, b, c, d) = |A|.|C|
tenham as mesmas raı́zes.
3a Questão [Valor: 1,0] b) Mostre que f (a, b, c, d) = 0 é condição necessária e
Dado um ponto fixo, A, sobre uma circunferência C, de suficiente para que exista um polinômio p(x) com
raio r, determine o lugar geométrico das interseções das coeficientes reais, de grau menor ou igual a 2 e tal
circunferências que têm por diâmetros duas cordas da que p(−1) = a, p(1) = b, p(2) = c, p(0) = d
circunferência C, perpendiculares entre si e que passam
pelo ponto A.
7a Questão [Valor: 1,0]
4a Questão [Valor: 1,0]
Seja a equação geral do 2o grau em duas variáveis:
Seja Z o conjunto dos números inteiros e seja Z0 =
Z − {0}. Definimos uma relação D, sobre Z0 , por:
m D n se e somente se m divide n. Ax2 + 2Bxy + Cy 2 + 2Dx + 2Ey + F = 0
a) Mostre que, se a, b ∈ Z, a relação E definida por:
a E b se e somente se existe m ∈ Z0 tal que b = am Prove que o determinante:
e m D 1, é uma relação de equivalência sobre Z.

b) Seja Z+
0 o conjunto dos números inteiros positivos.
A B

Se n ∈ Z+ 0 , mostre que qualquer n-ésima raiz da

C D
unidade é uma m-ésima raiz primitiva da unidade
para exatamente um m ∈ Z0 tal que m D n.
é invariante por mudança de eixos coordenados.

v10 
c SLN
56

8a Questão [Valor: 1,0]


Seja f : R → R tal que:
 1
 , se x é racional, x = 0
 x
f (x) = − x1 , se x é irracional


0, se x = 0

Seja f + : R → R tal que:



+
f (x), se f (x) > 0
f (x) =
0, se f (x) ≤ 0

Seja f − : R → R tal que:




f (x), se f (x) < 0
f (x) =
0, se f (x) ≥ 0
a) Calcule, caso exista:
, 2
I1 = f + (x) dx
1
, 2
I2 = [f + (x) − f − (x)] dx
1

b) Determine M = max(g, h), onde:

g = Sup{f (x)|x ∈ R} − Sup{f + (x)|x ∈ R}

h = Sup{f (x)|x ∈ R} − Sup{f − (x)|x ∈ R}

9a Questão, Item 1 [Valor: 0,5]


Seja Z+
0 o conjunto dos inteiros positivos e seja
 -
1
A= 1 m, n ∈ Z0+
n+ m
Determine o conjunto A dos pontos de acumulação de
A e o conjunto A dos pontos de acumulação de A .
9a Questão, Item 2 [Valor: 0,5]
Sejam f : R → R e g : R → R. Definimos min(f, g)
como a função h : R → R tal que:
h(x) = min (f (x), g(x)) , ∀x ∈ R
Se f (x) = x2 + 8 e g(x) = 6x, ∀x ∈ R, calcule:
, 5 , 3
I= h(x) dx − f (x) dx
1 2

10a Questão [Valor: 1,0]


Seja f : R → R tal que:


 2n
 1
x sen2n , se x = 0
f (x) = k

 n=0
0, se x = 0

Calcule, caso exista, a primeira derivada de xk f (k) no


ponto x = 0, para k inteiro e k ≥ 0.

v10 
c SLN
57

IME 1972/1973 - Álgebra 8a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o determinante
1a Questão [Valor: 1,0]
Dada a curva de equação 1 1 1 1 1

1 1+M
1 1 1

5x − y + 6xy + 4x + 8y + 10 = 0
2 2
1 1 1+N 1 1


1 1 1 1+P 1

obtenha as equações dos seus eixos de simetria.
π √ 1 1 1 1 1+R
Obs: tan−1 = 2 − 1
8 Sendo
2a Questão [Valor: 1,0] M = loga aa
Dado o sistema
N = eln a
4x1 − 4x2 − 17x3 + 17x4 + 4x5 − 4x6 = 0 1 2
P = log10 10( a )
x1 − mx2 =0
R = (2a)2 loga a
x2 − mx3 =0
x3 − mx4 =0 Obs:
loga y: logaritmo de y na base a;
x4 − mx5 =0 ln x: logaritmo de x na base e;
x5 − mx6 = 0 e: base dos logaritmos neperianos.
9a Questão [Valor: 1,0]
determine os valores de m para os quais xi = 0, com Considere uma curva de equação
i = 1, 2, 3, 4, 5, 6. y = ax3 + bx2 + cx + d
3a Questão [Valor: 1,0] Suponha que esta curva tem um ponto de inflexão em
Considere os algarismos 1, 2, 3, 4, 5. Uma das per- (0, 4) e que é tangente ao eixo dos xx em (2, 0). De-
mutações possı́veis destes algarismos origina o número termine os valores de a, b, c, d, esboçando o gráfico da
42351. Determine a soma dos números formados, curva.
quando os algarismos acima são permutados de todos
os modos possı́veis. 10a Questão [Valor: 1,0]
Calcule
4a Questão [Valor: 1,0]
n=30
P (x) é um polinômio do quarto grau e sua segunda de- 1
S=
rivada é P  (x). Determine P (x), sabendo que P  (x) = n=0
n2 + 3n + 2
x2 + x + 1 e que P (x) é divisı́vel por P  (x).

n=30
5a Questão [Valor: 1,0] Obs: significa somatório de n = 0 a n = 30.
Considere a cônica n=0

x2 − y 2 = 1

Suponha que T é a tangente à cônica dada. Suponha


ainda, que N é uma reta que contém o ponto de co-
ordenadas (0, 0) e é normal a T . Determine o lugar
geométrico dos pontos do plano xy que pertencem, si-
multaneamente, a N e a T .

6a Questão [Valor: 1,0]


Calcule a soma dos quadrados dos coeficientes de (x +
a)n .

7a Questão [Valor: 1,0]


Calcule
 x
1
lim 1+
x→∞ 7x

v10 
c SLN
58

IME 1972/1973 - Geometria


5a Questão [Valor: 1,0]
Considere uma diagonal do cubo de aresta a e um plano
1a Questão [Valor: 1,0]
perpendicular a esta diagonal que, passando pelo centro
Do vértice A do triângulo ABC, traçam-se a mediana
do cubo, intercepta-o segundo uma seção S. Determine
AD e a bissetriz AE. Considere a circunferência cir-
o raio da esfera circunscrita ao sólido que tem por base
cunscrita ao triângulo ADE, que corta AB em B  e
S e por vértice um dos vértices do cubo na extremidade
AC em C  . Prove que BB  = CC  .
da diagonal considerada.
2a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]
Um quadrado ABCD está inscrito numa circunferência Pelo vértice V de um tetraedro regular V ABC de aresta
de centro O e raio R. Um ponto variável M se des- a, traça-se um plano V B  C  que corta a base do tetra-
loca sobre o arco ADC tal que M B corta AC em um edro paralelamente a BC e divide o seu volume em
ponto P , também variável; qualquer que seja a posição partes iguais. Calcular em função de a, o perı́metro da
do ponto M , M B é bissetriz do ângulo AM̂ C e os seção V B  C  , segundo a qual o plano corta o tetraedro.
triângulos M BC e M AP são semelhantes; para uma
posição M  do ponto M , P ocupa a posição P  , tal que 7a Questão [Valor: 1,0]
os triângulos M  BC e M  AP  são iguais. Pedem-se Considera-se uma esfera de centro O e raio R, inscrita
num cone de vértice S, tendo o ângulo do vértice igual
a) Os ângulos do triângulo M  P  C. a 2Θ. Seja um plano P tangente à esfera em A, tal que
o eixo de revolução do cone intercepta em N o plano,
segundo um ângulo ϕ (ϕ < 90o ). Admitindo o ponto O
b) Os segmentos P  C e P  B em função de R. entre S e N , tal que SO > ON , mostre que o eixo maior
2a da seção cônica determinada pelo plano P no cone
c) Sendo Q o ponto onde AM  corta CD, demonstrar de geratrizes infinitas coincidentes com as geratrizes do
cone dado é:
que o ângulo APˆ Q é reto.
2R cos Θ
2a =
sen ϕ − sen Θ

A 8a Questão [Valor: 1,0]


Num triângulo obtusângulo, o ângulo obtuso mede
M 105o . Determine o valor de n de modo que os ângulos
agudos sejam raı́zes da equação:
   
1 1 1 1
3 sec x + n − =3 +
sec x cosec x cosec x sec x
B D
O 9a Questão [Valor: 1,0]
Resolver o sistema:
 2 2
 sec x + tg y = 5
 cosec2 x + cotg2 y = 7
M 3

C 10a Questão [Valor: 1,0]


Sabendo-se que:
- os pontos P , Q, A e B pertencem a um mesmo plano
horizontal;
3a Questão [Valor: 1,0] - os pontos P , Q e B pertencem a um mesmo plano
Seja uma elipse de focos F e F  e um ponto M qualquer vertical (B exterior a P Q);
da elipse. A tangente à elipse em M corta em T e T  - os pontos A e B pertencem a um plano vertical que é
as tangentes aos vértices A e A do eixo maior. Provar perpendicular ao plano vertical que contém P , Q e B;
que a circunferência de diâmetro T T  passa pelos focos - a distância entre os pontos P e Q é de 80 metros;
e que o produto AT ×A T  permanece constante quando
- os ângulos AP̂ B e AQ̂B valem 30o e 33o 15 respecti-
o ponto M percorre a elipse.
vamente.
Calcular, com erro de ± 1 metro, a distância entre A e
4a Questão [Valor: 1,0] B.
Considere o diedro P ABQ, no qual o ângulo entre os Obs:
planos P e Q vale 45o , sendo A e B pontos da aresta sen 33o 15 = 0,55; cos 33o 15 = 0,84; tg 33o 15 = 0,66.
de interseção dos planos. Traçam-se Ax e By perpen-
diculares a AB e sobre os semi-planos P e Q respecti-
vamente; sobre Ax toma-se o ponto M cuja projeção
ortogonal sobre By é M  . Dados: AB = d e AM = L,
determine os comprimentos BM  e M M  .

v10 
c SLN
59

IME 1971/1972 - Álgebra 3a Questão, Item 2 [Valor: 0,5]


1 Questão, Item 1 [Valor: 0,5]
a Seja A um conjunto tal que n(A) = p > 0. Determinar
Seja E a elipse de equação justificando:
a) O número de relações reflexivas distintas em A.
x2 y2
+ =1
a2 b2 b) O número de relações simétricas distintas em A.
 
e t uma tangente variável. Sejam M (x , 0) e N (0, y ) c) O número de relações antisimétricas distintas em A.
as interseções de t com os eixos coordenados Ox e Oy,
respectivamente. Determine a equação cartesiana do
lugar geométrico descrito pelo ponto P (x , y  ) e esboce 4a Questão [Valor: 1,0]
o seu gráfico. Seja f : R → R definida por
1a Questão, Item 2 [Valor: 0,5]

i=∞
x
Seja m ∈ R, fixado, e , ∀x ∈ R
ai
(k + 1)2 y 2 + x2 + 2(k − 1)xy + mk 2 y = 0 i=|)x(|

a equação cartesiana de uma famı́lia F de cônicas de onde a > 1 é uma constante fixada. Determine, justifi-
parâmetro k. Determine a equação cartesiana do lugar cando:
geométrico dos centros das cônicas da famı́lia F .
a) Os pontos de descontinuidade de f .
2a Questão, Item 1 [Valor: 0,5]
Sejam b ∈ Z+ , b > 1 e M ∈ N. Suponhamos M ex- b) O domı́nio da função f  , derivada de f .
presso sob a forma c) lim f .
x→∞
M = ap bp + ap−1 bp−1 + . . . + a2 b2 + a1 b + a0 ,
Obs: )x( é maior inteiro menor ou igual a x.
onde os coeficientes satisfazem a relação
0 ≤ ai ≤ b − 1, ∀i ∈ {0, 1, 2, . . . , p} 5a Questão, Item 1 [Valor: 0,5]
Seja A = R − {−1, 1} e f : A → R tal que
Dizemos, então, que a representação de M na base de
numeração b é  
1 1 1
f (x) = − , ∀x ∈ A
M = (ap ap−1 . . . a2 a1 a0 )b , 2 x−1 x+1

onde o ı́ndice b indica a base considerada.


Mostre que se f (n) designa a derivada de ordem n de
a) Determine, com a notação exposta acima, a repre- f , então podemos expressá-la sob a forma
sentação de 1347 na base 10 e de 929 na base 5.
b) Determine em que base(s) de numeração é verificada
Pn (x)
a igualdade f (n) (x) = ,
(x2 − 1)n+1
(2002)b + (21)5 = (220)b + (1121)b
onde Pn é um polinômio de grau n. Determine todas
c) Mostre que se M = (14641)b, então independente- as raı́zes de Pn .
mente da base considerada, M Î quadrado perfeito.
Determine a representação de M na base b + 1 (b 5a Questão,
. Item 2 [Valor: 0,5]
mais um). Seja u = un uma série definida por
d) Determine a representação de M = (14654)b na base  p p
b + 1 (b mais um).  a b
, se n = 2p
un = p ,
 p+1 p
2a Questão, Item 2 [Valor: 0,5] a b , se n = 2p + 1
Dizemos que f : R → R é uma função exponencial se
onde a e b são números reais.
f (x) = ax , ∀x ∈ R,
a) Determine o conjunto A, de todos os produtos da
onde a é uma constante real estritamente positiva. forma ab (a vezes b), b ≥ 0, para os quais a série
Determine as funções exponenciais que satisfazem a converge.
equação
6f (x+5)+f (x+4)−43f (x+3)−43f (x+3)+f (x+ 1)+6f (x) = 0
b) Calcule

sup {ax | x ∈ A}
3a Questão, Item 1 [Valor: 0,5]
Prove, aplicando o Princı́pio da Indução, que se n ∈ N inf {ax | x ∈ A}
e p ∈ Z+ é um número primo, então np − n é divisı́vel
por p.

v10 
c SLN
60

6a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Dizemos que uma matriz A é triangular se todos os seus Para cada n ∈ Z+ definamos
elementos acima (ou abaixo) da diagonal principal são
nulos. Para cada x ∈ R, seja T (x) uma matriz trian- An = {z ∈ C | z n − 1 = 0} .
gular de dimensão n > 1, cujos elementos da diagonal Se p, q ∈ Z+ e (p, q) designa o seu máximo divisor co-
principal são definidos como se segue: mum, prove que
i
Se 1 ≤ i ≤ n − 1, então tii (x) = |x| n − 1 , ∀x ∈ R. Ap ∩ Aq = A(p,q)
Se n é ı́mpar, então tnn (x) = 1, ∀x ∈ R.

sen 1/x, x = 0 10a Questão [Valor: 1,0]
Se n é par, então tnn (x) = Seja A um conjunto não vazio e R uma relação em A,
0, x=0 reflexiva e transitiva. Definimos a relação S, em A, por:
Seja f : R → R tal que xSy se e somente se xRy e yRx.
a) Mostre que S é uma relação de equivalência em A.
f (x) = [det T (x)]2 , ∀x ∈ R. Caracterize as classes de equivalência determinadas
por S em A, quando R é uma relação de ordem.
a) Calcule, caso exista, a derivada de f no ponto x = 0. b) Determine explicitamente o conjunto quociente
A/S, quando
b) Esboce o gráfico de f assinalando suas principais
caracterı́sticas, quando n = 2.
R = [(A ∩ B) × (A ∩ B)] ∪ [(A − B) × (A − B)] ,

7a Questão, Item 1 [Valor: 0,5] onde B é um conjunto não vazio.


Seja f : R → R, tal que

1 1
f (x) = + , ∀x ∈ R,
|x| + 1 |x − a| + 1

onde a > 0. Determine o valor máximo de f .

7a Questão, Item 2 [Valor: 0,5]


Sejam f : R → R e g : R → R. Definimos min {f, g}
como sendo a função h : R → R tal que

h(x) = min {f (x), g(x)}, ∀x ∈ R.


a) Se f (x) = x2 + 3 e g(x) = 4x, ∀x ∈ R, calcule

, 4
min {f, g} dx
0

b) Seja h(x) = −e−(1+x) , ∀x ∈ R. Determine f


sabendo-se que: h = min {f, g}; f (0) = 1; f ṕositiva
e descrescente em R; f é primitiva de g em R.

8a Questão, Item 1 [Valor: 0,5]


Determinar, justificando, o menor inteiro positivo p
para o qual
, ln p
)ex ( dx > ln p
0

Obs: )x( é maior inteiro menor ou igual a x.

8a Questão, Item 2 [Valor: 0,5]


Dado um cilindro circular reto de raio da base igual a
r, secciona-se o mesmo por um plano P que passa pelo
centro da base formando um ângulo  < 90o com a
mesma. Determine a área da superfı́cie cilı́ndrica com-
preendida entre os planos P e o da base.

v10 
c SLN
61

IME 1971/1972 - Geometria


8a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 0,5]
a Um quadrado ABCD tem lado unitário e centro O.
Determinar os valores do arco x que satisfazem a Sejam (A), (B), (C) e (D) as circunferências com centro
equação: em cada vértice e que passam por O. Pedem-se
a) Identificar o polı́gono (P ) cujos vértices são deter-
√ minados por (A), (B), (C) e (D) sobre os lados do
sen x = 3(sec x − cos x) quadrado, calculando os seus lados e seus ângulos
internos.
b) Identificar o polı́gono (P  ) cujos vértices são deter-
2a Questão [Valor: 0,5] minados por (A), (B), (C) e (D) sobre os prolon-
Calcular o lado c dos triângulos que tenham: gamentos dos lados do quadrado, calculando os seus
lados e os seus ângulos internos.
a = 4cm c) Demonstrar que (P ) e (P  ) são homotéticos e calcu-
√ lar as possı́veis razões de homotetia.
b = 4(1 + 3)cm

 = 15o 9a Questão [Valor: 1,0]


A base de um prisma oblı́quo é um semi-hexágono
rebular ABCD inscrito em um cı́rculo de diâmetro
AD = 2R. Seja a face oposta o polı́gono A B  C  D .
3a Questão [Valor: 0,5]
A face ADD A é um retângulo tal que AA = R e a
Dois cı́rculos tangentes entre si têm raios R e r, sendo
projeção ortogonal do vértice A sobre o plano da base
R > r. As tangentes exteriores comuns e esses dois
está sobre o prolongamento de BC. Calcular o volume
cı́rculos formam um ângulo 2a. Exprimir R em função
e a área total do prisma, em função de R.
de r e da tangente de a/2.
10a Questão [Valor: 1,0]
4a Questão [Valor: 0,5] Uma seção plana de
√ um cone de revolução é uma elipse
Demonstrar que um triângulo ABC, qual os ângulos B̂ de excentricidade 3/3 cujo eixo maior é perpendicular
e Ĉ verificam a relação a uma geratriz deste sólido. Pedem-se:
a) Determinar o ângulo entre o eixo do cone e suas
sen2 B̂ tan B̂ geratrizes.
= b) Considere-se sobre o mesmo cone a hipérbole H, de
sen2 Ĉ tan Ĉ excentricidade máxima, cujo eixo transverso, 2a, é
igual a 10cm. Calcular no plano de H, a área da
é retângulo ou isósceles. superfı́cie compreendida entre as assı́ntotas e uma
tangente qualquer à hipérbole.
5a Questão [Valor: 0,5]
Determinar o seno e o coseno do ângulo, menor que
180o , formado pelos ponteiros de um relógio que marca 11a Questão [Valor: 1,0]
12 horas e 15 minutos. Tem-se um octaedro (O) regular, de aresta a; seja (E)
a esfera cuja superfı́cie passa pelos pontos médios das
6a Questão [Valor: 0,5] arestas de (O). Pedem-se
Considere-se um ponto móvel M , sobre uma semicir- a) Calcular a porção do volume de (E) exterior a (O).
cunferência de diâmetro AB. Sobre os lados M A e M B b) Calcular a porção do volume de (O) exterior a (E).
do triângulo M AB e exteriormente a este, constroem-
se os quadrados de centros O e O . Supondo-se que M
percorre a semicircunferência, pedem-se: 12a Questão [Valor: 1,0]
Uma pirâmide tem por base uma das faces de um cubo
a) Mostrar que M , O e O permanecem sobre uma reta de aresta a e o seu vértice S está sobre uma diagonal
e que esta passa por um ponto fixo. deste cubo. Calcular o volume da pirâmide, sabendo
que a soma dos quadrados das arestas concorrentes em
b) Determinar os lugares geométricos de O e O . S é igual a 4a2 .
13a Questão [Valor: 1,0]
7 Questão [Valor: 1,0]
a Considere-se uma pirâmide de vértice V cuja base é
Seja um cı́rculo de centro O e raio R igual a 4a. Por um um hexágono regular, ABCDEF , com 4cm de lado; a
ponto A sobre um diâmetro DE, tal que OA igual a 3a, aresta V A mede 24cm e é perpendicular ao plano da
traça-se uma corda BAC fazendo com OA um ângulo base; seja e o eixo de simetria do hexágono, que passa
de 60o (OÂB = 60o ). Pedem-se: por A; sejam π1 , π4 e π6 os planos perpendiculares a e
que interceptam a pirâmide e distam respectivamente
a) Calcular os segmentos AB e AC (AB > AC). 1, 4 e 6 cm de A. Pede-se fazer o esboço das seções
determinadas na pirâmide por esses planos, indicando
b) Calcular o percurso total descrito pelo ponto M , as distâncias dos vértices dos polı́gonos seções ao plano
médio da corda BC, quando esta dá um giro de 360o da base da pirâmide.
em torno de A.

v10 
c SLN
62

IME 1970/1971 - Álgebra 5a Questão [Valor: 0,4]


No plano xy uma curva é definida pelas equações
1a Questão [Valor: 0,4]
Assinale abaixo o valor da expressão x = 10 + 6 cos 2t
 5x
2 y = −6 sen 2t
lim 1 +
x→∞ x
Marcar abaixo o coeficiente angular de uma reta que
(A) e10 tangencia a curva dada num ponto de abscissa x = 13
e de ordenada y > 0.
(B) e2/5 √
(A) +1/ 3
(C) e5/2 √
(B) + 3
(D) 1 √
(C) − 3
(E) e1/10 √
(D) −1/ 3
(F) N.R.A. √
(E) 3 3
(F) N.R.A.
2a Questão [Valor: 0,4]
Indique abaixo o valor da expressão 6a Questão [Valor: 0,4]
Um corpo se move no plano xy descrevendo a trajetória
loge (1 − x)
lim y = Ax2 − C. Sua projeção no eixo dos x se move com
x→0 sen x a velocidade de B u.v. (unidades de velocidade). A
(A) e velocidade da projeção vertical será, portanto:
(B) 0 (A) 2Ax
(C) −1 (B) 2Ax + B
(C) 2ABx
(D) 1
(D) 2Ax − B
(E) −e A
(E) 2B x
(F) N.R.A.
(F) N.R.A.

3a Questão [Valor: 0,4] 7a Questão [Valor: 0,4]


Assinale abaixo o valor da expressão uv 1
Dada a função z = u , onde u = x3 e v = x2 , assina-
√ √ v 3
2+x− 2−x dz
lim √ √ lar, entre os valores abaixo, o correspondente a no
x→0 1+x− 1−x dx
√ ponto em que x = 1.
(A) 1/ 2
√ (A) − 32 loge 2 − 7
9
(B) 2 (B) 3
loge 2 + 7
2 9
(C) 2 (C) − 23 loge 3 + 7
9
(D) 1/2 (D) 2
loge 3 − 7
√ 3 9
(E) 2 + √1 (E) − 23
loge 2 + 9
2 7
(F) N.R.A. (F) N.R.A.

4a Questão [Valor: 0,4] 8a Questão [Valor: 0,4]


Assinale abaixo o valor que deve ser atribuı́do à função Resolver a equação
1
y = sen πx no ponto de abscissa x = 0 para tornar a 7 1
x 2y+1 − + 2y−2 =
mesma contı́nua no intervalo (−∞, +∞). 2y−1 2y−2

(A) 1 e assinalar abaixo o seu resultado.


(B) 1/π (A) y = 1,2
(B) y = 1,5
(C) π
(C) y=2
(D) π/2
(D) y = 0,3
(E) 0 (E) y = 0,5
(F) N.R.A. (F) N.R.A.

v10 
c SLN
63

9a Questão [Valor: 0,4] 13a Questão [Valor: 0,4]


Resolver a equação Verifique a convergência da série
y 4 − 16 = 0 ∞
1
sen3 ( )
e assinalar abaixo o conjunto de suas raı́zes. n=1
n

+2, −2 (A) Divergente
(A)
i, −i (B) Harmônica

+2, −2 (C) Convergente
(B)
−2i, +2i (D) Oscilante

+1, −1 (E) Alternada
(C)
+2i, −2i (F) N.R.A.

+2, −2
(D)
−i, +2i 14a Questão [Valor: 0,4]

+2, −2 Verifique a convergência da série
(E)
+2i, i ∞
n! en
(F) N.R.A.
n=1
nn
10a Questão [Valor: 0,4] (A) Harmônica
Resolver a equação e assinalar abaixo o resultado (B) Divergente
2 (C) Alternada
3log10 x − 4.3log10 x + 3 = 0
(D) Convergente
(A) x1 = 2; x2 = 3
(E) Oscilante
(B) x1 = 0; x2 = 1
(C) x1 = 1; x2 = −1 (F) N.R.A.
(D) x1 = 0,5; x2 = 1,0
(E) x1 = 2; x2 = 0 15a Questão [Valor: 0,4]
(F) N.R.A. Resolva o sistema de equações abaixo
 1/4
x + y 1/5 = 3
11a Questão [Valor: 0,4]
Achar o limite da soma dos termos da série abaixo. (O x1/2 + y 2/5 = 5
valor absoluto de a é maior que 1). 
x = −1, y = 32
(A)
a 2a 3a 4a x = 16, y = 1
+ + 2 + 4 + ... 
a a2 a a x = 2, y = 0
(A) a + 1 (B)
x = 16, y = 32
(B) a−1 
a x = 1, y = 1
(C) a − 1 (C)
x = 16, y = −16
a
(D) a−1 
a 2
x = 1, y = 32
(E) ( a−1 ) (D)
x = 16, y = 1
(F) N.R.A. 
x = 0, y = −1
(E)
x = 32, y = 32
12 Questão [Valor: 0,4]
a
(F) N.R.A.
Resolva o sistema de equações abaixo.

 1 1

 − =0 16a Questão [Valor: 0,4]

 1 − x + 2y x + 2y − 1 Resolver a equação
1

 =2 6x6 + 35x5 + 56x4 − 56x2 − 35x − 6 = 0

 1 1 / 0
 −
1 − x + 2y 1 − x − 2y (A) x = −1; +1; −2; − 21 ; +3; + 31
/ 0
(A) x = 1; y = 2 (B) x = −1; +1; −2; − 21 ; −3; − 31
/ 0
(B) x = −1; y = 1 (C) x = +2; + 21 ; +3; + 13 ; +1; −1
(C) x = 2; y = 2 / 0
(D) x = +1; −1; +2; + 21 ; −3; − 31
(D) x = 2; y = −1 / 0
(E) x = 0; y = 1 (E) x = +1; −1; +4; + 41 ; −3; − 31
(F) N.R.A. (F) N.R.A.

v10 
c SLN
64

17a Questão [Valor: 0,4] 22a Questão [Valor: 0,4]


Num sistema de numeração duodecimal quantos Determinar os números reais m, n e r de tal modo que
números de 3 algarismos diferentes existem, cuja soma a expressão
desses 3 algarismos seja ı́mpar? (Considerar 012, 014,
016 etc., números de 3 algarismos diferentes). (2 − m)x3 + (m − 1)x2 + (n + 1)x + (r − 3)
(A) 680 x2 + 6x + 1
(B) 360 seja independente de x.
(C) 660 (A) m = 1; n = 4; r = 4
(D) 720 (B) m = 2; n = 5; r = 1
(E) 800 (C) m = 2; n = 5; r = 4
(F) N.R.A. (D) m = 1; n = 5; r = 4
(E) m = 2; n = 4; r = 5
18a Questão [Valor: 0,4] (F) N.R.A.
5 rapazes e 5 moças devem posar para uma fotografia,
ocupando 5 degraus de uma escadaria, de forma que em
cada degrau fique um rapaz e uma moça. De quantas 23a Questão [Valor: 0,4]
maneiras diferentes podemos arrumar este grupo? A é número real. Entre que limites deverá estar situado
A para que (1 + i) seja raiz do polinômio
(A) 70.400
(B) 128.000 P (x) = x3 + mx2 + Anx + A?
(C) 460.800
(D) 332.000 Obs: m e n são números inteiros não negativos.
(E) 625 (A) 1 ≤ A ≤ 4
(F) N.R.A. (B) 4 ≤ A ≤ 2
(C) 2 ≤ A ≤ 4
(D) 0 ≤ A ≤ 4
19a Questão [Valor: 0,4]
Com 10 espécies de frutas, quantos tipos de salada con- (E) 0 ≤ A ≤ 2
tendo 6 espécies diferentes podem ser feitas? (F) N.R.A.
(A) 240
(B) 360 24a Questão [Valor: 0,4]
(C) 320 Resolva o sistema

(D) 160 (1 − i)z 1 + iz2 = i
(E) 210
(F) N.R.A. 2z1 + (1 + i)z 2 = 0

onde z1 e z2 são números complexos de partes reais


20a Questão [Valor: 0,4] iguais.
Calcular o√
termo de
10maior coeficiente no desenvolvi- Obs: z é o conjugado de z.
mento de x + y2 . (A) z1 = 2 − i; z2 = 2 + i
(A) 240x5/2 y 10 (B) O sistema não tem solução
(B) 210x2 y 12 (C) z1 = 2 − i; z2 = 2 + i
(C) 252x5/2 y 10 (D) O sistema é indeterminado
(D) 252x2 y 12 (E) z1 = 2 − i; z2 = 2 + i
(E) 210x5/2 y 10 (F) N.R.A.
(F) N.R.A.
25a Questão [Valor: 0,4]
, 1
21a Questão [Valor: 0,4] Sejam f (x) = e(a−1)x e g(s) = sf (x) dx funções
Calcule o 1o termo de coeficiente negativo no desenvol- 0
vimento em série da expressão reais de variáveis reais. Calcular a para que g(s) seja o
inverso de (a − 1).
 9/2
y 1
+ (xy) (A) a = e1+ s
x (B) a = es+1
(A) − 512
63
x21/4 y 27/4 (C) a = loge (s + 1)
(B) − 1024
21
x27/4 y 21/4 (D) a = 1 + loge (1 + 1s )
(E) a = 1 − loge (1 + s)
(C) − 1024 x21/4 y 27/4
21
(F) N.R.A.
(D) − 512
63
x27/4 y 21/4
(E) − 1024 x27/2 y 21/2
21

(F) N.R.A.

v10 
c SLN
65

IME 1970/1971 - Geometria


5a Questão
sln: Todas as 15 questões têm o mesmo valor. Determine os valores de x e y que satisfazem as
equações:
1a Questão
A área de uma elipse é igual a quatro quintos da área
de seu cı́rculo principal. Calcule a excentricidade da x + y = π/5
elipse, sabendo-se que o arco de 2160 minutos da cir-
cunferência do cı́rculo principal tem o comprimento de sen2 x + sen2 y = 1 − cos π/5
π centı́metros.
(A) x = 0, y = π/5
(A) 0,3
(B) 0,4 (B) x = y = Kπ ± π/10
(C) 0,5 (C) x = 2Kπ + π/5, y = 2Kπ − π/5
(D) 0,6
(E) 0,8 (D) x = Kπ + π/10, y = π/10 − Kπ
(F) N.R.A. (E) x = π/2 + Kπ, y = −Kπ − 3π/10

(F) N.R.A.
2a Questão
Um cubo de aresta a é seccionado por um plano que
contém a diagonal de uma das faces e passa pelo ponto
médio de uma aresta da face oposta. Calcule o volume 6a Questão
do menor dos sólidos resultantes. Dois cones retos C e C  que têm ângulos do vértice
iguais a 120o e geratrizes respectivamente iguais a 4 e
(A) 2(a3 − 2) 2 metros, interceptam-se de modo que os vértices coin-
cidem e uma geratriz de C  é a altura de C. Determine
(B) 1 3
3 (a − 1)
a corda máxima na base de C  contida no cone C.
1 3
(C) 3a √
3
(A) m
(D) 3(a − 1)
3 2
√ √
(E) 3
3 (1 − a3 ) (B) 4 6
3 m
(F) N.R.A. √
(C) 3 2 m

3a Questão (D) 1 m
Determine os valores de x que satisfazem a equação: √
√ (E) 6 m
arc sen (x 3) = arc sen 2x − arc sen x
(F) N.R.A.
(A) x = 0
(B) x = ±1
(C) x = 0, x = ±1 7a Questão
√ A perpendicular às retas paralelas D e D determina
(D) x = 0, x = ± 3 respectivamente sobre as mesmas os pontos A e B, dis-
(E) x = 0, x = ±1/2 tantes de 2a. Toma-se um ponto M sobre D tal que
AM = x. Traça-se por O, meio de AB, uma perpen-
(F) N.R.A. dicular a OM que encontra D em M  . Calcule, em
função de a e x, o volume gerado pelo triângulo OM M 
4a Questão quando gira em torno de AB.
Sejam 8 (oito) esferas de raio r tangentes entre si 3 a 3
inscritas em uma esfera de raio R. Calcule r em função (A) π(a + x)3
de R. 2
√ +x2
(B) a( a π )
(A) R2 ( 3 − 1)
√ a2 (a+x)
(B) 3R (C) π

2
(C) 2 R πa 2
√ √ (D) 3x2 (a + x2 )2
(D) R 2
2 ( 3 − 1)
π 2
√ (E) 6x (a + x2 )2
R 3
(E) 2
(F) N.R.A. (F) N.R.A.

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c SLN
66

8a Questão 11a Questão √


Dadas as expressões: Um
√ retângulo ABCD de lados AB = 3 2 m e BC =
6 m, gira em torno de um eixo, coplanar e externo ao
a1 = A sen (x + θ) retângulo, que passa por A e faz um ângulo de 30o com
o lado AB. Calcule a superfı́cie total do sólido gerado
a2 = A sen (x + 2π/3 + θ) pela √rotação do retângulo.
2
a3 = A sen (x − 2π/3 + θ) (A) 3/2 √m 2
(B) 2π/ √3 m
b1 = B sen (x + θ + ϕ) (C) 12π(√3 + 3) m2
(D) π/2( 3 + 6) m2
b2 = B sen (x + 2π/3 + θ + ϕ) (E) π/6 m2
(F) N.R.A.
b3 = B sen (x − 2π/3 + θ + ϕ)
12a Questão
Calcule C = a1 b1 + a2 b2 + a3 b3 . Determine os valores de x que satisfazem a equação

(A) (3AB/2) cos ϕ 7 sen2 x − 2 3 sen x cos x − cos2 x = 4
(B) 3AB sen (x + θ) (A) x = kπ + π2 e x = kπ + 3π 5
(B) x = kπ ± 2π 3
(C) (3AB/2) cos(2x + θ + ϕ) (C) x = kπ + π3 e x = kπ + 5π 6
(D) AB sen (ϕ + θ) (D) x = π e x = kπ − π2
(E) x = kπ ± 8 π
(E) (AB/2) cos(x + θ + ϕ)
(F) N.R.A.
(F) N.R.A.
13a Questão
As faces
√ de um paralelepı́pedo são losangos de lado igual
9a Questão a  = 2 metros e diagonal menor igual ao lado. Cal-
Uma esfera de raio R é tangente às faces de um dos cule o√ volume do paralelepı́pedo.
triedros de um cubo de aresta a. Um vértice do cubo
pertence à superfı́cie esférica. Calcule o raio r da in- (A) 23 m3
terseção da esfera com o plano de uma das faces do (B) 2 m3
cubo que cortam a esfera, em função apenas da aresta (C) 3√m3
a do cubo. (D) 2√3 m3
√ (E) 2 2 m3
2
(A) 2 a (F) N.R.A.

(B) ( 2 − 1)a
√ √
14a Questão
(C) 22 ( 3 − 1)a Sejam n circunferências de raio R, tangentes entre si
√ duas a duas e tendo seus centros sobre os vértices de
(D) (1 − 3)a um polı́gono regular. Calcule a área exterior às circun-
√ ferências e compreendida entre elas, em função de R e
( 3−1)
(E) 2 a n.
(A) R2 (n tg πn − cotg nπ )
(F) N.R.A. (n−1)
(B) R2 tg * 2 π +
(C) R n cotg πn − ( n−2
2
2 )π
10a Questão √ √ (D) R2 ( sen πn − cos πn )
Um quadro retangular de 17( 6− 2) metros de altura, (E) R2 ( tg πn − cos πn )
com sua borda inferior apoiada em uma parede vertical,
√ (F) N.R.A.
faz com a mesma um ângulo α. Um observador, a 34 2
metros de distância da parede, vê o quadro segundo um 15a Questão
ângulo de 15o . A borda inferior do quadro e os olhos Seja M um ponto da circunferência de cı́rculo de
do observador estão em um mesmo plano horizontal. diâmetro AB e H a projeção de M sobre o diâmetro.
Calcule o ângulo α. Traçando-se um segundo cı́rculo com centro em M e
raio r = M H, a corda CD comum aos dois cı́rculos in-
(A) 15o tercepta o segmento M H em um ponto P . Determine
(B) 30o PM
o valor da razão .
(C) 45o PH
(A) 1/2
(D) 60o (B) 1/8
(C) 2
(E) 75o (D) 3/2
(F) N.R.A. (E) 1/4
(F) N.R.A.

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IME 1969/1970 - Álgebra 1a Questão, Item 6 [Valor 0,4]


1a Questão, Item 1 [Valor 0,4] Sendo, A8n+1 = A7n + yA6n e n > 7, determinar y em
C = limπ (sec x − tg x). Calcule C. função de n.
x→ 2 Obs: n é inteiro positivo.
(A) 0 (A) n2
(B) 1 (B) (n − 7)(n − 8)
(C) ∞ (C) n(n − 6)
(D) π
(D) (n − 6)(n − 7)
(E) e
(E) (n − 6)(n − 8)
(F) Nenhum dos valores acima
(F) Nenhum dos valores acima
1a Questão, Item 2 [Valor 0,4]
 x+2
x+2 1a Questão, Item 7 [Valor 0,4]
D = lim . Calcule D. Dada a curva 4x2 + y 2 − 4 = 0, determine as equações
x→∞ x − 1
das retas tangentes a esta curva que contêm o ponto
(A) e2 (−3, −2).
(B) 1
(A) x + 2 = 0 e −12x + 8y = 20
(C) e3
(D) 0 (B) y + 2 = 0 e −12x + 8y = 20
(E) e(e − 1) (C) x + y + 2 = 0 e −12x + 8y − 20 = 0
(F) Nenhum dos valores acima (D) 1 + x + y = 0 e 12x − 8y + 20 = 0
(E) 2x + y + 2 = 0 e 12x − 8y + 20 = 0
1a Questão, Item 3 [Valor 0,4] (F) Nenhuma das respostas anteriores

1
E= . Calcule E.
n=1
n(n + 1) 1a Questão, Item 8 [Valor 0,4]
Estabeleça as equações das retas que distam 10 (dez)
(A) 4/5 unidades da origem e que contêm o ponto (5, 10).
(B) 5/6
(C) 6/7 3x − 2y = 20
(A)
y = −6
(D) 7/8
(E) 1 3x + 4y = 60
(B)
x+2=0
(F) ∞
x−y =2
(C)
1a Questão, Item 4 [Valor 0,4] y = 10
Determinar os pontos de inflexão da Gaussiana y = 4x + 3y = 50
2 (D)
e−x . y = 10
Obs: e é base dos logaritmos neperianos. 4x + 2y = 50
1√ 2 1 √ 2 (E)
x + 2y = 10
2 , 1 e − 2 , −1
2 2
(A)
(F) Nenhuma das respostas acima
(B) (0, 1)
1√ 2 1 √ 2
2 −0,5
(C) 2 ,e e − 22 , e−0,5
1a Questão, Item 9 [Valor 0,4]
(D) Não existem pontos de inflexão Dado o sistema de equações abaixo
(E) (−∞, 0) e (+∞, 0) 
(F) Nenhuma das respostas acima 
 x + ay + a2 z = k 2

 x
+ y + bz = k 2
 a
1a Questão, Item 5 [Valor 0,4] 
 x y
Uma bola é lançada na vertical, de encontro ao solo,  + + z = k2
a 2 b
de uma altura h. Cada vez que bate no solo, ela sobe
até a metade da altura de que caiu. Calcular o compri- onde a, b, k = 0, pedem-se os valores de a e b, que tor-
mento total percorrido pela bola em suas trajetórias, nem o sistema indeterminado.
até atingir o repouso.
(A) a = k2 ; b = k2
(A) 3h
(B) a = 2; b = 1
(B) 1,5h
(C) a = 1; b = 2
(C) h
(D) 2h (D) a = 1; b = 1
(E) 1,75h (E) a = b; b = 1
(F) Nenhum dos valores acima (F) Nenhuma das respostas acima

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1a Questão, Item 10 [Valor 0,4] 2a Questão, Item 15 [Valor 0,4]


Calcule o valor do determinante de ordem n abaixo, em Determine os pontos do plano complexo que satisfazem
função de a e n. simultaneamente as equações

a 1 1 ··· 1 |z − 2| = |z + 4|

1 a 1 ··· 1 |z − 3| + |z + 3| = 10
1 1 a ··· 1

. . . .
.. .. .. . . ... Obs: |z| é módulo de z.

1 1 1 ··· a
(A) x = 2; y = 3
(A) n2 + a(n − 1)(a + 1)n (B) x = ±2; y = 0
(B) (a − 1)(n+1) (a + 1 − n) √
(C) x = −1; y = ±8/5 6
(C) (n + 1)(n − 1)(a + n)(n−1)
(D) x = −3; y = ±2
(D) (a + n − 1)(a − 1)(n−1)
(E) (E) x = −1; y = 1
(F) Nenhuma das respostas acima (F) Nenhuma das respostas acima

2a Questão, Item 11 [Valor 0,4] 2a Questão, Item 16 [Valor 0,4]


Dada a equação x − cos (xy) = 0, calcule dy
dx . As três raı́zes da equação x3 + px2 + qx + r = 0 são a, b,
1 c. Se, Sn = an + bn + cn , com n inteiro e n > 3, calcule
(A) − K, sendo K = Sn + pSn−1 + qSn−2 + rSn−3 .
x sen (xy)
1 (A) a+b
(B) −
y sen (xy) (B) 0
(C) y/x
(C) a n b n cn
(D) x/y
(E) −(1 + y) (D) (a + b + c)n
(F) Nenhuma das respostas acima (E) 3
(F) Nenhuma das respostas acima
2a Questão, Item 12 [Valor 0,4]
Determine quantos números de 4 algarismos diferentes
podem ser formados com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5. 2a Questão, Item 17 [Valor 0,4]
Obs: Considere os números iniciados com o algarismo Calcule as raı́zes da equação 2x3 − 7x2 + 10x − 6 = 0,
0 (por exemplo, 0123), números de 3 algarismos. sabendo que uma das raı́zes é real, da forma n/d, sendo
(A) 360 n e d, inteiros, positivos e primos entre si.
(B) 720 (A) −3/2; 4/3; 7/5
(C) 300
(D) 5 (B) 3/2; 1 ± i
(E) 15 (C) 3/2; 2 ± 2i
(F) Nenhuma das respostas acima (D) 2/3; ±i
(E) 3/2; ±i
2a Questão, Item 13 [Valor 0,4] (F) Nenhuma das respostas acima
3
Determine as assı́ntotas da curva y = x + 2 − .
x
(A) A única assı́ntota é x = 0 2a Questão, Item 18 [Valor 0,4]
(B) x=0 e y =x−2 Sabendo que a equação x3 + mx2 + n = 0, em que m
(C) x = 0, y = 0 e y = x + 2 e n são reais, admite raı́zes complexas de módulo β,
(D) x=0 e y =x+2 exprima m em função de n e β.
(E) x=0ey=0 n2 − β 5
(F) Nenhuma das respostas acima (A) m =
n2 β 2
n − β3
4
2a Questão,
√ Item 14 [Valor 0,4] (B) m=
β2
F = −15 − 8i. Calcule F , escrevendo a resposta sob
a forma a √
+ bi, com a e b inteiros. n − β6
5
(C) m=
Obs: i = −1. nβ 2
(A) 1 + 4i e 1 − 4i n − β6
2
(D) m=
(B) −1 ± 3i nβ 2
(C) −1 − 3i n − β4
2
(D) −4i + 1 e −1 + 4i (E) m=
(E) ±4 ± i n2 β 2
(F) Nenhuma das respostas acima (F) Nenhuma das respostas acima

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c SLN
69

2a Questão, Item 19 [Valor 0,4] 3a Questão, Item 22 [Valor 0,4]


Calcule
 o 5coeficiente de x6 no desenvolvimento Calcule os valores de X e Y sabendo que:
1 + x + x2 .
X>Y
(A) 40 log5 (X + Y ) − 2 log25 5 = 0
1 2
(B) 12
5log5(X+Y ) +antiln log 3 XY
log e +colog5 (X+Y )−5 log3 9 = 0
3
(C) 45
Obs: O sı́mbolo ln significa logaritmo neperiano; e é
(D) 30 base dos logaritmos neperianos.
(E) 15 (A) X = 3 e Y = 2
(F) Nenhuma das respostas acima (B) X = 3 e Y = 1
(C) X = 5 e Y = 0
(D) X = 4 e Y = 1
2a Questão, Item 20 [Valor 0,4] (E) Solução impossı́vel
1
De um disco de raio R = 2π retire um setor cujo arco (F) Nenhuma das respostas acima
é x. Com o restante do disco forme um cone. Calcule
o valor de x para que o volume do cone seja máximo.
3a Questão, Item 23 [Valor 0,4]
Obs: V = 13 Bh, sendo B a área da base e h a altura 1 2 + 2 2 + 3 2 + . . . + n2
do cone. G = lim . Calcule G.
 n→∞ n3
(A) 1 − 2/3 (A) 0
(B) 4 (B) 1
 (C) ∞
(C) 1 + 2/3 (D) 1/3
(E) 1/2
(D) π/6
(F) Nenhuma das soluções acima
(E) 2π + 2
(F) Nenhuma das respostas acima 3a Questão, Item 24 [Valor 0,4]
Uma cônica tem por equação 9y 2 − 18y + 25x2 + 50x −
191 = 0. Identifique-a e calcule sua excentricidade, se
3a Questão, Item 21 [Valor 0,4] for o caso.
Na figura abaixo, temos n cı́rculos consecutivos e tan- (A) Uma hipérbole de excentricidade 0,7
gentes, cujos diâmetros estão em progressão aritmética (B) Uma elipse com focos no eixo dos yy
de razão 1 e os centros sobre o eixo dos x. Seja ABCD (C) Uma hipérbole equilátera
um trapézio cujas bases AB = 2 e CD são respectiva-
mente os diâmetros do primeiro e do enegésimo cı́rculo. (D) Uma elipse de excentricidade 0,8
Calcule a área de ABCD em função de n. (E) Uma parábola de diretriz x = −1
(F) Nenhuma das curvas acima
Obs: Área do trapézio = (Base maior)+(Base
2
menor)
×
altura.
3a Questão, Item 25 [Valor 0,4]
C √ 2α
y
Seja A = 3 + i , onde α é um número real, inteiro
e positivo. Sendo A um número real, calcule o valor de
A α para que as raı́zes da equação (α+i)2 x+(3+i)2 y = 0
x sejam também
√ reais.
B
Obs: i = −1.
(A) 1
(B) 10
D
(C) 12
(D) 4
(E) Impossı́vel
(A) (n − 1)(2 + n + 1)2 (F) Nenhuma das respostas acima
(B) 1/2(n3 + 5n2 + 4)
(C) 1/4(n3 + 5n2 + 3n − 9)
(D) 1/4(n3 + 5n2 + 4n)
(E) n3
(F) Nenhuma das respostas acima

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c SLN
70

IME 1969/1970 - Geometria


3a Questão, Item 2 [Valor 0,4]
1a Questão, Item 1 [Valor 0,4] Verifique se:
Calcule as diagonais α = AC e β = BD do quadrilátero 
ABCD inscrito numa circunferência de raio R. Dados: 1 1
arc sen = arc tg
a = AB = 2m; b = BC = 5m; 1+m m
c = CD = 6m; d = DA = 3m. 3a Questão, Item 3 [Valor 0,4]
A interseção de um plano com as arestas de um prisma
1a Questão, Item 2 [Valor 0,4]
reto triangular determina, a partir da base, segmentos
Calcule a mediana que parte do vértice comum aos la-
de 3, 4 e x metros sobre as arestas. Calcule o valor de x
dos de 7 e 3 metros do triângulo ABC, cujo perı́metro
para que os dois volumes resultantes sejam equivalentes.
é de 18 metros.
Aresta do prisma: igual a 10 metros.
1a Questão, Item 3 [Valor 0,4]
3a Questão, Item 4 [Valor 0,4]
Calcule a bissetriz interna do ângulo  no triângulo O raio da base de um cone mede 2,5 metros e o volume
ABC de lados a = 6, b = 3 e c = 5 metros. 30 metros cúbicos. Calcule:
1a Questão, Item 4 [Valor 0,4] a) A superfı́cie lateral do cone.
Escreva a relação geral de Chasles para a soma dos arcos b) O ângulo do setor obtido desenvolvendo a superfı́cie
trigonométricos consecutivos da figura: lateral deste cone sobre um plano.
C 3a Questão, Item 5 [Valor 0,4]
Determine o comprimento das arestas da pirâmide for-
D B mada pela interseção de um plano com todas as arestas
de um triedro tri-retângulo, de modo que a seção seja
A
um triângulo de lados 5, 5 e 6 metros.
4a Questão, Item 1 [Valor 0,4]
Calcule a área da seção máxima obtida pelo corte de
L
um tetraedro regular, de aresta 6 metros, por um plano
paralelo às duas arestas opostas.
1 Questão, Item 5 [Valor 0,4]
a

Dado o triângulo da figura, calcule a em função do semi- 4a Questão, Item 2 [Valor 0,4]
perı́metro p e das linhas trigonométricas dos arcos me- Calcule a distância do centro do cı́rculo de raio R = 4
tade. metros ao ponto de interseção de duas cordas perpen-
diculares que medem, respectivamente, 6 e 7 metros.
A
4a Questão, Item 3 [Valor 0,4]
c b Um relógio possui três ponteiros que giram ao redor de
um centro comum, o das horas, o dos minutos e o dos
B C segundos. A que horas, pela primeira vez depois das
a
doze horas, o ponteiro dos segundos fica situado entre
2a Questão, Item 1 [Valor 0,4] o das horas e o dos minutos, formando com eles ângulos
A bissetriz interna e a altura, traçadas a partir do adjacentes suplementares.
vértice C de um triângulo ABC, formam um ângulo 4a Questão, Item 4 [Valor 0,4]
de 47o . Dado C = 34o , calcule os ângulos A e B. Um triângulo de área 2π metros quadrados tem, por
2a Questão, Item 2 [Valor 0,4] base, a base média de um trapézio e, por altura, a
Em um cı́rculo de raio R e centro O traçam-se dois distância dessa base média a uma das bases do trapézio.
diâmetros perpendiculares AA e BB  . Com centro em Calcule a área deste trapézio.
B e raio BA traça-se uma circunferência que determina 4a Questão, Item 5 [Valor 0,4]
sobre BB  o ponto C, interior à circunferência de raio Calcule a área da calota esférica cuja corda do arco
R. Calcule a área da lúnula ACA B  A. gerador mede 2 metros.
2a Questão, Item 3 [Valor 0,4] 5a Questão, Item 1 [Valor 0,4]
Calcule a altura do trapézio equivalente ao triângulo Resolva a equação:
ABC (de lados 4, 5 e 7 metros), sabendo-se que a base x
menor do trapézio é igual ao lado do hexágono circuns- 2 cos x + 3 = 4 cos
2
crito ao cı́rculo inscrito no triângulo ABC. O segmento 5a Questão, Item 2 [Valor 0,4]
que une√ os pontos médios das diagonais do trapézio Prove a identidade:
mede 6 metros. sen (a + b) sen (a − b) = sen2 a − sen2 b
2a Questão, Item 4 [Valor 0,4] 5 Questão, Item 3 [Valor 0,4]
a

Duas retas paralelas cortadas por uma terceira formam Um prisma reto, de base hexagonal regular, tem 4,5
pares de ângulos suplementares dos quais um é 3/7 do centı́metros cúbicos de volume e 12 centı́metros quadra-
outro. Que relação com o ângulo reto tem cada um dos de superfı́cie lateral. Calcule o lado do hexágono e
destes ângulos? a altura do prisma.
2a Questão, Item 5 [Valor 0,4] 5a Questão, Item 4 [Valor 0,4]
Resolva a equação abaixo para tg x: Calcule a área de um triângulo obliquângulo, de medi-
15 sec2 x tg2 x+tg3 x(tg3 x+20)+sec2 x−tg2 x+6 tg x(tg4 x+1) = 0 anas mA = 9cm, mB = 6cm, mC = 5cm.
3a Questão, Item 1 [Valor 0,4] 5a Questão, Item 5 [Valor 0,4]
Calcule a relação entre o raio do cı́rculo ex-inscrito a Calcule o ângulo a da cunha de 1 metro cúbico, que
um triângulo equilátero e o lado deste polı́gono. pertence à esfera de volume 4,8 metros cúbicos.

v10 
c SLN
71

IME 1968/1969 - Álgebra


2a Questão, Item 1 [Valor: 0,8]
1a Questão, Item 1 [Valor: 0,7]
Em um triângulo são dados dois lados a e b. Determinar √ real, tais que:
Sejam F , G e H funções reais de variável
i) F = {(x, y)| x ∈ R, y ∈ R e y = +  x + 1}
a expressão do lado c em função de a e b, para que a
ln x, x > 1
área do triângulo seja máxima. ii) para cada x ∈ R, x = 1: G(x) =
−1, x < 1
1a Questão, Item 2 [Valor: 0,7] iii) H(x) = F (G(x)), isto é, H é a função composta
Seja n um número inteiro positivo, tal que os coeficien- de F e G.
tes dos 5o , 6o e 7o termos, em relação a x, do desenvol-
vimento de Determinar a coleção de argumentos (domı́nio) da
" #n função derivada de H.
√ n
logn 2 Obs: ln x é o logaritmo neperiano de x.
√ e +x ,
loge n. logn 2 2a Questão, Item 2 [Valor: 0,8]
Sendo f e g funções reais de variável real, tais que:
segundo as potências decrescentes de x, estão em pro- g(x) sen x1 , x = 0
gressão aritmética. Determinar n. i) f (x) =
0, x = 0
Obs: e é a base do sistema de logaritmos neperianos.
ii) g é derivável em x = 0 e g(0) = g  (0) = 0.
1a Questão, Item 3 [Valor: 0,7]
Calcular f  (0).
Seja E uma elipse de semi-eixos a e b conforme ilustra
a figura. Considere-se uma tangente variável P P  em 2a Questão, Item 3 [Valor: 0,8]
um ponto M de E, compreendido entre duas tangentes Para cada número real r, seja r̂ o arco de r grados.
fixas às extremidades do eixo focal de E. Calcular o Calcular:
produto AP .A P  .
sen x̂ − sen π̂
lim
y x→π x−π
P’ M
P 2a Questão, Item 4 [Valor: 0,8]
A’ b a A Determinar os valores de a para que a função
x a2 −a+4
3 1/3 4
f (x) = x 3 . x2 + 1 − x2/3

1a Questão, Item 4 [Valor: 0,7] tenha limite:


Calcular o determinante de 4a ordem: i) Finito.
ii) Nulo.
1 −1 0 4 iii) Infinito.

1 0 −1 1 quando x → +∞.
D=
2 1 0 3
1 6 5 0 2a Questão, Item 5 [Valor: 0,8]
Sejam C0 , C1 , C2 , C3 números reais. Calcular S, sendo:
completando os quadros abaixo, de forma que o 6o qua- ∞
dro indique imediatamente a resposta, sem recurso ne- C0 + C1 n + C2 n2 + C3 n3
cessário à operação de adição. S=
n=0
n!
1a Questão, Item 5 [Valor: 0,7]
Sejam: 2a Questão, Item 6 [Valor: 0,8]
i) A e B números reais, B = 0. Seja R a região dos pontos (x1 , x2 ) do plano, delimitada
ii) n e k, inteiros, maiores que zero. pelas inequações:
iii) Para cada n, seja rn a raiz principal (menor deter-
minação) de ı́ndice n do número i4n+1 + i4n . x21 − 4x1 + 4x2 − 24 < 0
x2 − x1 − 3 > 0
3πi
Ae4πi + Be( 4 ) x1 > 0
Admitamos que: = k. x2 > 0
rn
Determinar o valor de n de tal forma que A/B seja Calcular a área de R.
mı́nimo. √
Obs: i = −1. 3a Questão [Valor: 1,0]
Seja A um conjunto e F a coleção das bijeções f de A
1a Questão, Item 6 [Valor: 0,7] sobre A. Calcular o número total de funções de F que
Seja P (x) um polinômio de 4o grau, em x, cujo coe- não admitem nenhum ponto fixo, supondo-se A finito
ficiente do termo de maior grau é 1 e cujas raı́zes são com n elementos.
racionais. Adicionando-se 3/4 e 3 a essas raı́zes, obtêm- Obs:
se transformadas de P (x) = 0 desprovidas dos termos i) x é ponto fixo de f se e só se f (x) = x.
do 3o grau e do 1o grau, respectivamente. Determi- ii) Uma bijeção f de A sobre A é uma função
nar o polinômio P (x) sabendo-se que ele possui duas biunı́voca cujas coleções de argumentos e valores
raı́zes iguais e que a tangente ao gráfico na origem tem são ambas iguais a A.
coeficiente angular igual a −15.

v10 
c SLN
72

IME 1968/1969 - Geometria


2a Questão, Item 3 [Valor: 1,0]
1a Questão, Item 1 [Valor: 0,5] Calcule o volume de um tronco de cone circunscrito a
Um triângulo tem um ângulo interno de 75o e os outros uma esfera de raio r, sabendo que a circunferência de
ângulos internos definidos pela equação tangência da esfera com a superfı́cie lateral do tronco
está em um plano cuja distância à base maior do tronco
3 sec x + m(cos x − sen x) − 3(sen x + cos x) = 0 é o dobro da distância à base menor.
3a Questão, Item 1 [Valor: 2,0]
Determine o valor de m. Calcule, exatamente, o volume de uma lente esférica
biconvexa de espessura 1 metro e superfı́cie π metros
1a Questão, Item 2 [Valor: 0,5] quadrados, para π = 3,141.
Um plano corta um triedro de vértice V e faces iguais a
60o , resultando um sólido de arestas de comprimentos 3a Questão, Item 2 [Valor: 2,0]
V A = 2m, V B = 5m e V C = 12m. Calcule o volume Calcule o volume do tetraedro regular, sabendo que sua
deste sólido. aresta é igual à distância dos centros dos cı́rculos ins-
crito e circunscrito ao triângulo de lados 4m, 6m e 8m.
1a Questão, Item 3 [Valor: 0,5]
Os volumes gerados pelas rotações de um paralelogramo
em torno de seus lados de comprimentos x centı́metros
e de 40 centı́metros são, respectivamente, 12π e 600π
centı́metros cúbicos. Calcule a área de uma elipse de
eixos de comprimentos x centı́metros e 40 centı́metros.

1a Questão, Item 4 [Valor: 0,5]


Transformou-se um triângulo ABC qualquer, com dois
lados CA = 8 e CB = 10, em um triângulo isósceles
equivalente CDE, ambos com o ângulo comum C. Cal-
cule os lados iguais CD e CE do triângulo isósceles.

1a Questão, Item 5 [Valor: 0,5]


Um quadrilátero inscritı́vel e √circunscritı́vel tem um
lado igual a 5 metros, área 6 5 metros quadrados e
diagonais inversamente proporcionais a 9 e 3. Calcule
os outros lados do quadrilátero.

1a Questão, Item 6 [Valor: 0,5]


Um triângulo de perı́metro igual a 15 metros, lados em
progressão aritmética,
tem a bissetriz externa do ângulo
675/2
A = 120o medindo metros. Calcule a altura
2
em relação ao lado a.

2a Questão, Item 1 [Valor: 1,0]


Uma hélice se desenvolve
√ sobre a superfı́cie de um cilin-
dro reto de raio 2/π. Calcule o seu passo, sabendo-se
que as tangentes traçadas por dois de seus pontos, situ-
ados sobre duas geratrizes do cilindro, diametralmente
opostas, são perpendiculares.

2a Questão, Item 2 [Valor: 1,0]


Calcule as menores determinações de x que satisfazem:

4 sen x + 2 cos x − 3 tg x − 2 = 0

Dados:

tg 12o = 0,212 tg 23o 30 = 0,435


tg 14o = 0,249 tg 26o 36 = 0,500
tg 15o = 0,268 tg 29o 18 = 0,560
tg 17o = 0,306 tg 37o 30 = 0,767
tg 19o 30 = 0,354 tg 50o 12 = 1,200

v10 
c SLN
73

IME 1967/1968 - Álgebra 2a Questão, Item 6 [Valor: 0,7]


1 Questão, Item 1 [Valor: 0,6]
a Uma pilha de esferas iguais é obtida dispondo-se as esfe-
Diga, justificando, se a série ras em camadas sucessivas, de tal forma que a camada
inferior forme um “quadrado” com 4n2 esferas, con-
1/2 + 3/8 + 15/48 + 105/384 + . . .
forme é ilustrado pela figura, para n = 2, e apoiando-se
é convergente ou divergente. camadas sucessivas sobrea primeira, de tal modo que
1a Questão, Item 2 [Valor: 0,6] cada esfera de uma camada se apoie sobre quatro es-
A reta x − 25/4 = 0 é uma das diretrizes de uma elipse feras da imediata abaixo. Sabendo-se que a expressão
e (4, 0) é o foco associado. O centro está na origem. An3 +Bn2 +Cn+D indica o número de esferas contidas
Ache a equação da elipse. nas n primeiras camadas da pilha, determine os valores
numéricos das constantes A, B, C e D.
1a Questão, Item 3 [Valor: 0,6]
Seja g uma função real de variável real, par (isto é:
g(x) = g(−x)) e derivável. Prove que sua derivada g  é
uma função ı́mpar (isto é: g  (−x) = −g  (x)).
1a Questão, Item 4 [Valor: 0,6]
Seja f uma função definida na coleção dos números re-
ais, tal que: 2
i) f (x) = x sen x1 , x = 0.
ii) f (0) = 0.
a) Determine a função f  derivada de f . 3a Questão, Item 1 [Valor: 0,7]
b) Diga, justificando, se f  é ou não contı́nua. Calcule a área da superfı́cie delimitada pelos gráficos
1a Questão, Item 5 [Valor: 0,6] de:
Resolva a equação 9x2 + 16y 2 − 24xy − 20x − 15y = 0
x −2x +2x +x −2x +2x −12x +24x−24 = 0,
10 9 8 6 5 4 2
√ 2x − 11y + 15 = 0
a qual admite uma raiz complexa de módulo 2 e ar-
gumento π/4. 3a Questão, Item 2 [Valor: 0,7]
Sabe-se que
2a Questão, Item 1 [Valor: 0,7] √ √
Determine a transformação em kx + h da equação x3 + lim an = e 2; lim bk = 2 e;
4x2 − 12x + 160 = 0, de tal forma que, se 2 − 4i fôsse n→+∞ k→+∞
raiz dessa equação, a raiz correspondente da equação
h
transformada
√ seria 0,9 + 0,2i. lim pj = +∞, pj > 0,
Obs: i = −1. h→+∞
j=1
2a Questão, Item 2 [Valor: 0,7]
Seja f uma função real de variável real, tal que: qualquer que seja j = 1, 2, 3, . . . Calcule
  
 x + 2, x < −1  

f (x) = |x|, −1 ≤ x ≤ 1  ai b i pi b i 
  
 i=1 i=1 
2, x>1 lim  +  
→+∞   
Determine a função F , real de variável real, cuja deri-  p i
vada seja f , de modo que F (0) = 0. i=1
2a Questão, Item 3 [Valor: 0,7]
Seja m um inteiro maior que zero. Calcule o valor do 3a Questão, Item 3 [Valor: 0,7]
somatório dos inversos dos cubos das raı́zes da equação Conforme a figura abaixo, considere um triângulo
mx4 + 8x3 − 139x2 − 18x + 9 = 0 (sem resolvê-la). retângulo isósceles ABC e o cı́rculo β a ele circunscrito;
sobre a circunferência toma-se um ponto M distinto de
2a Questão, Item 4 [Valor: 0,7] A, B ou C de tal modo que as retas M A, M B e M C
Sejam r, m, p números reais maiores que zero, A a cortem as retas BC, CA e AB nos pontos A , B  e C 
coleção dos pares (x, y) de números reais tais que x+y = respectivamente. Considere-se o cı́rculo ΓM que passa
r e f a função cujo conjunto de definição é A e que por A , B  e C  . Mostre que, quando M descreve o
associa a cada par (x, y) de A o número xm y p . Mostre cı́rculo β, nas condições acima, os cı́rculos ΓM têm os
que f tem máximo quando m x
= yp . seus centros sobre uma reta fixa e cortam ortogonal-
2a Questão, Item 5 [Valor: 0,7] mente um cı́rculo fixo.
y
Sejam: A o conjunto dos números reais x, tais que x2 −
7 = 0; B o conjunto dos números reais x, tais que
x2 + 4x − 5 ≥ 0; F e G funções cujos conjuntos de B
definição são A e B respectivamente, tais que:
x2 
F (x) = 2 e G(x) = − x2 + 4x − 5.
x −7
C A
Determine o conjunto de definição da função H, com- x
posta de G com F (isto é, H(t) = F (G(t))).

v10 
c SLN
74

3a Questão, Item 4 [Valor: 0,7]


Seja π um polı́gono plano convexo de p+ 1 lados, p ≥ 2.
Em função explı́cita exclusivamente de p e de constantes
numéricas, determine de quantas maneiras (diferentes)
se pode decompor π em triângulos por meio de diago-
nais que não se cortem no interior de π. Se p + 1 = 3,
pressupor que o número de decomposições em causa é
1 (um).

v10 
c SLN
75

IME 1967/1968 - Geometria


5a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 0,5] Sendo y um arco compreendido entre 2π e 5π/2, deter-
Na figura ao lado, sendo AC = BC e BD = DE, ex- minar seu valor, sabendo que:
pressar α = f (β). 1 4 tg2 x
tg y = −
(cos2 x − sen2 x)2 (1 − tg2 x)2
C
6a Questão [Valor: 1,5]
Dado um prisma reto cuja base é um quadrado de lado
10 m e altura 18 m, passa-se um plano que corta o
prisma de modo a que três arestas consecutivas ficam
medindo 10m, 12m e 14m. Calcular, em metros quadra-
β dos, a área lateral do prisma truncado assim formado.

δ B
7a Questão [Valor: 1,0]
A E
Consideram-se três esferas tangentes a um plano P em
três pontos A, B, C e tangentes duas a duas. Calcular
os raios X, Y , Z, das esferas em função das distâncias
α mútuas a, b, c dos três pontos A, B, C.
D 8a Questão [Valor: 1,0]
Corta-se um cubo de aresta a por 8 planos que pas-
sam, cada um, pelo meio das arestas que chegam a cada
2a Questão [Valor: 0,5] vértice. Considera-se o sólido S que resta, se retirados
No quadrilátero qualquer ABCD, P é meio de AD e os 8 tetraedros obtidos. No mesmo sólido S, inscreve-se
M é meio de BC. Unindo-se P a C e M a A, obtem-se um octaedro P que tem por vértices os centros das faces
o quadrilátero AP CM . Sendo a área de ABCD = 18 do cubo original. Calcular a relação entre os volumes
m2 , calcular a área de AP CM . do sólido S e do octaedro inscrito P .

3a Questão [Valor: 0,5] 9a Questão [Valor: 1,5]


Os lados dos ângulos M AN e QP R interceptam-se Calcular o raio das esferas circunscrita e inscrita a uma
como na figura ao lado. Sendo AD = 3, AB = 2 e pirâmide regular que tem por altura h e por base um
BC = 4, pedem-se quadrado de lado a.

a) O valor de DE. 10a Questão [Valor: 1,5]


Sejam três pontos A, B, C situados em um plano. De
b) Dizer, justificadamente, se o quadrilátero BDEC é um ponto M do plano, os segmentos AC e BC foram
inscritı́vel. vistos sob ângulos AM C = α e BM C = β. Sabendo-
se que A e B se situam de lados opostos da reta que
passa por M e C, e que M e C se situam de lados
opostos da reta que passa por A e B, pede-se determinar
P
M trigonometricamente a distância M C = x, em função
exclusivamente das distâncias AB = c; BC = a e AC =
b e dos ângulos α e β.
E
D α

B
C α
N

Q R

4a Questão [Valor: 1,0]


Dado o triângulo isósceles, cujos lados são números in-
teiros de metros, sabe-se que os raios dos cı́rculos ex-
inscritos têm um produto 16 vezes o raio do cı́rculo
inscrito. Determinar os lados do triângulo.

v10 
c SLN
76

IME 1966/1967 - Álgebra 2a Questão, Item 12 [Valor 0,5]


1 Questão, Item 1 [Valor 0,3]
a Seja F uma função tal que
Calcule o determinante: 
F (x) + F (y) = F (x + y)

1 2 −3 4 0 F (x.y) = x.F (y)

0 0 −7
1 0 Sabe-se que F (−1) = 2. Calcule F (log 0,001+ sen π/2).
Obs: log N é o lagaritmo decimal do número N .
0 9 2 0 2

0 −10 5 5 11 2a Questão, Item 13 [Valor 0,5]

3 6 −9 12 1 Calcule
, y
ay
1a Questão, Item 2 [Valor 0,3] lim ex . dx
y→a (y − a) a
Calcule:
 x Obs: a é uma constante; e é a base dos logaritmos
x−1 neperianos.
lim
x→∞ x + 1
2a Questão, Item 14 [Valor 0,5]
De quantas maneiras 3 rapazes e 2 moças podem ocupar
1a Questão, Item 3 [Valor 0,3] 7 cadeiras em fila, de modo que as moças sentem juntas
O ponto Q(2, 1) pertence à cônica de equação 4x2 + umas das outras, e os rapazes juntos uns dos outros.
30xy + 4y 2 − 40x + 210y = 210. Determine as novas
coordenadas de Q, após a transformação que elimina o 2a Questão, Item 15 [Valor 0,5]
termo em xy. Sendo as coordenadas do ponto P (x, y) definidas por

1a Questão, Item 4 [Valor 0,3] x = 2a tg u
Seja 64 a soma dos coeficientes numéricos do desen- y = 2a cos2 u
volvimento de (x + y)m , onde m é um número natu-
d2 y
ral. Supondo-se a e b números positivos, o terceiro e o Pede-se calcular o valor de dx2 no ponto zero.
sétimo termos do desenvolvimento de (a + b)m segundo
2 Questão, Item 16 [Valor 0,5]
a
as potências decrescentes de b serão T3 = 60 e T7 = 64.
Determine a e b. Entre os números 3 e 192 insere-se igual número de
meios aritméticos e geométricos com razões r e q res-
1a Questão, Item 5 [Valor 0,3] pectivamente. Sabe-se que o terceiro termo do desen-
Seja uma função f tal que |f (a)−f (x)| ≤ (a−x)2 , para volvimento de (1+1/q)8 em potências crescentes de 1/q
quaisquer números reais x e a. Calcule a derivada de f é r/9q. Pede-se determinar as progressões.
no ponto 2.
2a Questão, Item 17 [Valor 0,5]
Obs: |K| indica o valor absoluto do número K; todas Pede-se determinar o termo da sucessão
as funções são reais de variável real. 2/5, 8/14, 18/29, 32/50, . . . , a partir do qual,
1a Questão, Item 6 [Valor 0,3] inclusive, a distância de qualquer termo ao número um
Forme a equação recı́proca de menor grau que admite é inferior a 11/32.
como raiz o maior dos restos das divisões de P (x) por 2a Questão, Item 18 [Valor 0,5]
(2x−1) e por (x+1), sendo P (x) = 16x6 −4x4 +16x−1. Seja a parábola y 2 = 4x. Uma reta de coeficiente an-
1a Questão, Item 7 [Valor 0,3] gular positivo contém o foco e intercepta a curva nos
Calcule, entre os limites −0,7 e 0,8, a integral da função pontos A e B. Determine as coordenadas de A ou de
G definida por B, sabendo que o eixo OX divide o segmento AB em
partes proporcionais a 3 e 1.
1
G(x) = lim 3a Questão, Item 19 [Valor 0,7]
n→∞ 3 + x4n
De um ponto Q(0, y1 ) traçam-se as tangentes à curva
1a Questão, Item 8 [Valor 0,3] de equação y = 2 − x2 , que interceptam a reta y = 0
Seja An a área da superfı́cie do polı́gono plano Pn cujos nos pontos A e B. Pede-se determinar y1 de modo que
√ a área do triângulo QAB seja mı́nima.
vértices são as raı́zes da equação 7 + 3i − x2n = 0,
n ≥ 2. Calcule lim An . 3a Questão, Item 20 [Valor 0,7]
n→∞
Sabe-se que os números x1 , x2 , . . . , xn formam
1a Questão, Item 9 [Valor 0,3] uma progressão aritmética de razão r; e que
225
Calcule a soma da série . g(x1 ), g(x2 ), . . . , g(xn ) formam uma progressão
2
n + 5n + 6 geométrica de razão 2. Sendo g(x) = af (x) , a > 1 e
2a Questão, Item 10 [Valor 0,5] f (x) = Kx+b, K = 0; calcule r para a = 10 e K = log 2.
Calcule m e n de modo que x4 + x3 + mx2 + nx − 2 seja 3a Questão, Item 21 [Valor 0,7]
divisı́vel por x2 − x − 2. Resolva o sistema
 r
2a Questão, Item 11 [Valor 0,5]  Cr+y = logy x ≥ 0
(x − 6)2 y2 log z = logx z + 4
Dados A(2, 0) e B(−2, 0) e a elipse + = 1,  yy
16 9 Cr+y = logx z + logz z
pede-se determinar os pontos Pi (i = 1, 2, 3) da curva
tais que a reta APi tenha coeficiente angular igual ao Obs: Cm p
é a combinação de m elementos p a p; logc B
triplo do coeficiente da reta BPi . é o logaritmo de B na base c.

v10 
c SLN
77

3a Questão, Item 22 [Valor 0,7]


Seja a função F definida por

ax2 + bx + c, x ≤ 1
F (x) =
|3x − 5|, x > 1
Sabe-se que:
i) A função F é contı́nua sobre seu conjunto de de-
finição.
, 1
ii) F (x). dx = 1,5.
0
iii) A função primeira derivada de F é descontı́nua
apenas em um número do conjunto dos reais.
Pede-se determinar os números a, b, c.

v10 
c SLN
78

IME 1966/1967 - Geometria


6a Questão [Valor 1,0]
A figura abaixo mostra o octógono regular
1a Questão [Valor 1,0]
Determinar a condição que deve ser imposta a b para M N P QRST U , e um quadrado construı́do tendo
por base o lado M N . Sabendo-se que a distância entre
que seja possı́vel o sistema:
o centro do cı́rculo inscrito no octógono e o ponto de
interseção das diagonais do quadrado é a, determinar
 a área do quadrado em função de a.
tg z + tg y = 2
sec2 z + sec2 y = b A
N
M P
a
2a Questão [Valor 0,5] U O Q
Um prisma A, um prisma B e uma pirâmide C têm ao
todo 32 arestas. Sabendo-se que A tem mais arestas
que B, dizer o número de lados da base de cada sólido. T R
S
3 Questão [Valor 1,0]
a
7 Questão [Valor 1,0]
a
Na figura abaixo, AB e AC são tangentes ao cı́rculo No triângulo abaixo, as distâncias do ponto P aos la-
menor. Determinar, em função de r, a área da parte dos AC e BC são respectivamente m e n. Verificar,
hachurada. justificando, se:
CP 2 = (m2 + n2 + 2mn cos C) cosec2 C
11111111
00000000
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111 A
A 11111111
00000000
00000000
11111111
00000000
11111111
C

00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111
r r m
00000000
11111111
O
00000000
11111111 P
B
n
B C
8 Questão [Valor 1,0]
a

Dois cı́rculos exteriores possuem diâmetros de 10m e


2m e seu eixo radical dista 5m de um deles. Pedem-se:
4a Questão [Valor 0,5] a) [Valor 0,5]: O comprimento da tangente comum
Determinar, justificando sucintamente, o número de externa dos dois cı́rculos.
b) [Valor 0,5]: Sendo P o ponto em que o eixo radical
polı́gonos convexos ou estrelados, não semelhantes, que
corta a tangente comum externa e O e O os centros
se pode construir com 15 lados.
dos cı́rculos, determinar a área do triângulo P OO .
5a Questão [Valor 1,5]
9a Questão [Valor 1,0]
Um trapézio de vértices ABCD está inscrito em um
O volume de um tronco de pirâmide vale 950 cm3 e
cı́rculo, de raio R, sendo AB = R e CD = 2R e sendo
BC e AD lados não paralelos. Traçam-se as bissetri- sua altura é de 9 cm. A base maior é um triângulo
retângulo cuja altura é 12 cm e cujo perı́metro é 60 cm.
zes dos ângulos internos do trapézio, de modo que a
Calcular:
bissetriz de  intercepta a de D̂ no ponto Q, a de B̂ a) [Valor 0,5]: O volume da pirâmide da qual se de-
intercepta a de Ĉ no ponto N e a de Ĉ intercepta a rivou o tronco.
de D̂ no ponto M . Sabendo que os pontos M , N e Q b) [Valor 0,5]: A área da base menor do tronco da
são interiores ao trapézio ABCD e que o ponto P é a pirâmide.
interseção das bissetrizes de  e B̂, determine:
10a Questão [Valor 1,5]
Dá-se uma elipse de centro O e focos F , F  tendo por
a) [Valor 1,0]: A relação entre as áreas dos polı́gonos
distância focal 2c e semi-eixos a e b. Um ponto M ,
M N P Q e ABCD.
variável, da curva projeta-se em H sobre o eixo me-
nor e em I sobre o eixo maior. A tangente e a normal
conduzidas por M encontram, respectivamente, o eixo
b) [Valor 0,5]: O volume gerado pela revolução do
menor em T  e N  , e o eixo maior em T e N . Calcular
polı́gono M N P Q em torno de um eixo que contém
em função de a, b, c e de y = OH, o volume do sólido ge-
BC.
rado pela superfı́cie do triângulo M T  N  quando girar
em torno do eixo menor de uma revolução completa.

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IME 1965/1966 - Álgebra 1a Questão, Item 11


1 Questão, Item 1
a
Calcule:
2
A soma de 3 números que formam uma progressão ari- lim (cos mx)n/x
timética crescente é 36. Determine esses números, sa- x→0
bendo que se somarmos 6 unidades ao último, eles pas- 1a Questão, Item 12 
sam a constituir uma progressão geométrica. 5 
√ √
Dada a função 3 y x = lim y x y x . . ., determine
1a Questão, Item 2
Resolva a equação dy
o valor numérico de no ponto x = 1.
dx
102x−1 − 11(10)x−1 + 1 = 0
1a Questão, Item 13
1a Questão, Item 3 √ Calcule a soma da série:
Resolva a equação: x5 = 16( 3 + i), apresentando o 1 1 1
resultado sob forma polar. + + + ...
1.3.5 3.5.7 5.7.9
1a Questão, Item 4 1a Questão, Item 14
Resolva a equação: Calcule a soma da série:
3 √ 4− logx (1/x) 1 + 2x + 3x2 + 4x3 + . . .
3 loge y 2x
x6 log2 2 + log10 0,001 = 1a Questão, Item 15
loge y Calcule:
1a Questão, Item 5 1 p + 2 p + 3 p + . . . + np
lim ,
Determinar os valores de a que tornam o sistema abaixo n→∞ np+1
incompatı́vel: sabendo que p + 1 > 0.

 x + a(y + z) = 0 1a Questão, Item 16
y + a(x + z) = 0 Determine o valor numérico da área delimitada pelas
 curvas x = 2y + 3 e x = y 2 − 3y + 1.
z + a(x + y) = 0
2a Questão, Item 1
1a Questão, Item 6 A função abaixo é definida para x > 1. Sabendo que
Determine P1 (x) e P2 (x) na expressão abaixo, sabendo a é um número real, determine a condição para que a
que Q1 (x) e Q2 (x) são binômios: mesma não possua máximo nem mı́nimo.
1 P1 (x) P2 (x) x2 − 3ax + 2a
= + y=
x3 − 2x2 + x − 2 Q1 (x) Q2 (x) 2ax2 − 3ax + a
2a Questão, Item 2
1a Questão, Item 7 Dada a equação x4 + 4x3 − 4cx + 4d = 0, sabendo
Determine o valor numérico do determinante abaixo: √ que
a mesma possui uma raiz dupla da forma (a + b 3) e

1 1 1 1 que c e d são números racionais, determine a, b, c e d.

log 7 log 70 log 700 log 7000 2a Questão, Item 3

(log 7)2 (log 70)2 (log 700)2 (log 7000)2 Determine os valores de x e de y, em função de n, na

equação:
(log 7)3 (log 70)3 (log 700)3 (log 7000)3
Cn0 .Cn2 + Cn1 .Cn3 + Cn2 .Cn4 + . . . + Cnn−2 .Cnn = Cxy
Obs: log A significa logaritmo decimal de A.
3a Questão, Item 1
1a Questão, Item 8 Qual o valor numérico da área do maior retângulo, de
Determinada organização estabeleceu um sistema de lados paralelos aos eixos cartesianos ortogonais, que se
código em que os sı́mbolos são formados por um ou pode construir na região limitada pelas duas curvas:
mais pontos, até o máximo de 6 pontos, dispostos de  2
x + 3y − 36 = 0
maneira a ocuparem os vértices e os pontos médios dos
lados maiores de um retângulo. Qual o número total x2 − 6y − 36 = 0
de sı́mbolos obtidos? 3a Questão, Item 2
Determine a condição para que sejam tangentes as cur-
1a Questão, Item 9
vas definidas pelas equações:
Dada a equação x3 + Ax2 + Bx + C = 0, determine,  2
sem resolvê-la, a soma dos quadrados de suas raı́zes. x + y 2 + 2Dx + 2Ey + F = 0
1a Questão, Item 10 x2 + y 2 + 2D1 x + 2E1 y + F1 = 0
Dadas as equações: 3a Questão, Item 3
Num sistema de eixos cartesianos ortogonais o vértice
Ax3 + Bx2 + Cx + D = 0 A do triângulo ABC está na origem e o eixo dos X é
A1 x3 + B1 x2 + C1 x + D1 = 0, o suporte do lado AB. O coeficiente angular do lado
AC é 1. Sabendo que os pontos B, C e M , este último
sabendo que duas raı́zes da primeira equação são de coordenadas (0, −4), estão em linha reta e que as
também raı́zes da segunda e que AA1 = CC1 , determine distâncias BC e BM são iguais, determine a equação
as raı́zes comuns. da circunferência circunscrita ao referido triângulo.

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IME 1965/1966 - Geometria


2a Questão, Item 2 [Valor 1,0]
sln: A pontuação da prova está aproximada.

1a Questão, Item 1 [Valor 0,4] P


Por um ponto distante 7 cm do centro de uma circun-
ferência de 5 cm de raio traça-se uma secante de modo 1m
que sua parte externa é 2/3 da secante total. Calcular
o comprimento da secante. 1m H
1a Questão, Item 2 [Valor 0,4] 33,33g
O volume de uma cunha esférica é igual ao volume do A
cubo inscrito na mesma esfera. Calcular o ângulo da
cunha.
Calcular:
1a Questão, Item 3 [Valor 0,4] a) A altura H do ponto P .
Num triângulo retângulo a mediana traçada do vértice b) A distância horizontal de A a P .
reto vale que fração da hipotenusa?
Obs: 1m lê-se um milésimo; 33,33g lê-se 33,33 grados.
1 Questão, Item 4 [Valor 0,4]
a
2a Questão, Item 3 [Valor 1,0]
Um cilindro é circunscrito a uma esfera de raio R. Um Pela diagonal de uma das faces de um cubo de aresta
cone é circunscrito a esse cilindro de modo que sua al- igual a 6m faz-se passar um
tura seja 4R. Calcular a relação entre a área lateral do √ plano que forme com esta
face um diedro de arc tg 2. Calcular os volumes dos
cone e a área da esfera.
sólidos em que fica decomposto o cubo.
1a Questão, Item 5 [Valor 0,4] 3a Questão, Item 1 [Valor 1,0]
Inscreve-se um cilindro circular reto numa esfera. Cal- Determinar a bissetriz do ângulo maior de um triângulo
cular o raio da esfera sabendo que a altura do cilindro cujo perı́metro é 38 m e cujos lados são proporcionais
é 4m e que
√ a relação entre o raio da base e o raio da a 4, 6 e 9.
esfera é 3/2.
3a Questão, Item 2 [Valor 1,0]
1 Questão, Item 6 [Valor 0,4]
a Um cone de 27 cm de raio e 36 cm de altura tem o
Determinar h, m e n no triângulo abaixo: vértice no centro de uma esfera de 35 cm de raio. Cal-
cular o volume da porção de espaço comum aos dois
sólidos.

4 3a Questão, Item 3 [Valor 1,0]


h Quatro esferas de raio R são tangentes entre si e três
delas estão apoiadas num plano horizontal. A altura do
centro da esfera mais alta referida a este plano é 26,32
m n cm. Calcular o raio das esferas.
5

1a Questão, Item 7 [Valor 0,4]


Dar as raı́zes completas da equação: x5 = 32, em ter-
mos de funções trigonométricas.

1a Questão, Item 8 [Valor 0,4]


Calcular: arc tg 1/7 + 2 arc tg 1/3.

1a Questão, Item 9 [Valor 0,4]


Dar módulo e√direção da soma dos seguintes vetores:
A de módulo 3 na direção do eixo dos xx.
B de módulo 1 na direção do eixo dos yy.

1a Questão, Item 10√[Valor 0,4]


Em um cı́rculo de 10 2 cm de diâmetro temos duas
cordas de 2 cm e 10 cm. Achar a corda do arco soma
dos arcos das cordas anteriores.

2a Questão, Item 1 [Valor 1,0]


Calcular sen 11o 27 33 com erro inferior a um mi-
lionésimo.

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c SLN
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IME 1964/1965 - Álgebra


1a Questão, Item 13 [Valor 0,2]
1a Questão, Item 1 [Valor 0,2] Dada a equação: x3 − 4x + 3 = 0, determine a transfor-
Determine a relação que deve existir entre os números mada cujas raı́zes sejam o triplo das raı́zes da equação
m, n, p e q, para que se verifique a seguinte igualdade primitiva e de sinais contrários.
entre os termos da mesma progressão aritmética:
am + an = ap + aq 1a Questão, Item 14 [Valor 0,2]
Determine as raı́zes de:
1a Questão,Item 2 [Valor 0,2] f (x) = x4 − 2x3 − 3x2 + 4x + 4 = 0
 5
√ sabendo-se que: D1 = m.d.c. [f (x), f  (x)] = x2 − x − 2.
Calcule: lim x x x x . . .
x→2
1a Questão, Item 15 [Valor 0,2]
1a Questão, Item 3 [Valor 0,2]  √  Forme a equação recı́proca de 2a (segunda) espécie
Calcule o logaritmo de 625 na base 5 3 5 . (classe) e do 4o (quarto) grau que possui uma de suas
raı́zes igual a −2 (menos dois).
1a Questão, Item 4 [Valor 0,2]
Determine a raiz positiva da equação: 1a Questão, Item 16 [Valor 0,2]
Nos retângulos à direita escreva C ou D conforme a
log(2x2 + 4x − 4) + colog (x + 1) = log 4 série seja convergente ou divergente:
Obs: log A é logaritmo decimal de A. 1 1 1
1+ √
3 + √
3 + √
3 + ...
2 3 4
1 Questão, Item 5 [Valor 0,2]
a
−1 −2 −3
e +e +e + ...
Dados 20 (vinte) pontos do espaço, dos quais não exis-
tem 4 (quatro) coplanares, quantos planos ficam defini- 1 1 1
2 log 2 + 3 log 3 + 4 log 4 + . . .
dos?
1a Questão, Item 6 [Valor 0,2] 1a Questão, Item 17 [Valor 0,2]
Determine a soma dos coeficientes númericos do desen- Se:
volvimento de (x − y)11
y = e3t
1 Questão, Item 7 [Valor 0,2]
a t = sen2 x + 3x
Calcule o valor de: x = 5u,

1 2 3 4 5
1 2 4 5 Calcule o valor da derivada dy/du no ponto u = 0.
6 7 8 9 10
0 1 0 0
11 12 13 14 15 + 1 1a Questão, Item 18 [Valor 0,2]
16 17 18 19 20 3 0 1
1 4 2 1 Determine a equação da curva em que o coeficiente an-
21 22 23 24 25
gular em cada ponto (x, y) é igual a: 4 − 2x, e que passa
pelo ponto (2, 5).
1a Questão, Item 8 [Valor 0,2]
Determine o valor de a para que o sistema abaixo seja 1a Questão, Item 19 [Valor 0,2]
indeterminado. Determine a equação cartesiana da elipse de focos
 F (2, 0) e F  (−2, 0), tal que o valor máximo da área
x + 3y + 2z = 0 do triângulo definido pelos raios vetores de um mesmo
2x + 5y + az = 0 ponto da curva e o eixo dos XX seja igual a oito uni-
3x + 7y + z = 0 dades de área.

1a Questão, Item 9 [Valor 0,2] 1a Questão, Item 20 [Valor 0,2]


Escreva sob πa forma cartesiana o resultado da ex- As tangentes traçadas de um ponto P (x, 0) às circun-
6ei 3 ferências de centros C1 (2, 2)√e C2 (7, 7) e raios respec-
pressão: √ .
√3 − i
tivamente R1 = 2 e R2 = 6, são iguais. Determine
Obs: i = −1; e é base dos logaritmos naturais. x.

1a Questão, Item 10 [Valor 0,2] 2a Questão, Item 1 [Valor 0,6]



Determine as soluções da equação: x4 + 16 = 0. n2

1+
n!
1a Questão, Item 11 [Valor 0,2] Sabendo-se que: e =
1
; calcule R = n=2
Determine m de modo que o polinômio: m! e
m=0
x − 5x + 4x + m
4 2 Obs: m! é fatorial de m.
seja divisı́vel por 2x + 1. 2a Questão, Item 2 [Valor 0,6]
Calcule:
1a Questão, Item 12 [Valor 0,2] 1
Desenvolva em potência de (x − 2) o polinômio: π 2x
lim 1 −
x→+∞ x
P (x) = 2x3 − 14x2 + 8x + 48 T =
ii

v10 
c SLN
82

2a Questão, Item 3 [Valor 0,6]


Seja a função definida por:

 1, se x é um número racional ≥ 2

 1/2, se x é um número racional < 2
f (x) =

 0, se x é um número irracional ≥ 3

−4, se x é um número irracional < 3
Calcule:
∞    3
1 π(x−1) 2 sen x
4
n
S =f ( ) +f lim +f lim e x +4f (log2 1)
n=0
2 x→1 ln x x→0

Obs: ln é logaritmo natural; loga é logaritmo na base


a.
2a Questão, Item 4 [Valor 0,6]
Se o deslocamento de um móvel,
 em função do tempo,
t 2
é dado por: x = (t.2 ) − sec (t2 − 1); determine a
3 2
sua velocidade no instante t = 1. Use ln 2 = 0,7.
2a Questão, Item 5 [Valor 0,6]
Dada a função: v(x) = Ax2 . ln( x1 ); determine a cons-
tante A para que o valor máximo de v(x) seja igual a 1
(um).
3a Questão, Item 1 [Valor 0,6]
Sendo m um número real maior que 1 (um), calcular:
,
dx
x. ln x(ln ln x)m

3a Questão, Item 2 [Valor 0,6]


Calcular em valor absoluto, como aplicação do Cálculo
Integral, a soma das áreas das superfı́cies finitas limita-
das pelos gráficos da curva: x2 +2y = 0; e das assı́ntotas
da hipérbole: 4x2 − y 2 + 16 = 0.
3a Questão, Item 3 [Valor 0,6]
Dada a função: F (x) = 1 + 2x+ |x− 1|; pede-se calcular
a integral definida de F (x) entre os limites −1 (menos
um) e 2 (dois).
Obs: |N | é valor absoluto de N .
3a Questão, Item 4 [Valor 0,6]
Determine o ponto C, de coordenadas irracionais, per-
√ √y − 2x +√8 =√0, que forma com os
tencente à curva:
pontos: A(3 2; 2 2) e B(4 2; 3 2) o triângulo ABC,
cuja área é expressa pelo mesmo número que a distância
da origem à reta AB.
3a Questão, Item 5 [Valor 0,6]
Dada a equação: 3x2 + 2xy + 3y 2 = 4; determine a
equação resultante da eliminação do termo retângulo
(termo em xy), mediante transformação de coordenadas
conveniente.

v10 
c SLN
83

IME 1964/1965 - Geometria IME 1964/1965 - Trigonometria


1 Questão, Item 1 [Valor 0,8]
a
1a Questão, Item 1 [Valor 0,5]
2 2
AB = AC = BC. Expressar a diferença AB − AM Um observador situado a h metros acima do nı́vel do
em função dos segmentos aditivos da base. mar vê a linha do horizonte segundo um ângulo α com
a horizontal. Calcular o raio da Terra, em função de h
A
e α.
1a Questão, Item 2 [Valor 0,5]
Dados, num triângulo qualquer, um lado a, a diferença
dos outros dois lados (b−c) e a diferença de dois ângulos
B C
M (B − C), calcular cos A/2.
1a Questão, Item 2 [Valor 0,8] 1a Questão, Item 3 [Valor 0,5]
Dividida a área de um cı́rculo de raio R, em n partes Calcular x na equação:
equivalentes, por meio de circunferências concêntricas √
arc sen x + arc sen x 3 = π/2
de raios r1 , r2 , r3 , . . . , ri , . . . , rn−1 , estabelecer o valor
de ri em função de R, n e i. 1a Questão, Item 4 [Valor 0,5]
1 Questão, Item 3 [Valor 0,8]
a Determinar o arco negativo x, de menor valor abosluto,
Um cone equilátero está inscrito em uma esfera de raio que resolve
R = 6. Deseja-se cortar os dois sólidos por um plano sen x − cos x = ( sen 2x − cos 2x) − 1
paralelo à base do cone, de tal forma que a diferença
entre as áreas das seções obtidas seja igual a 2π. Qual 1a Questão, Item 5 [Valor 0,5]
a menor distância do vértice do cone a que deve passar Dados
este plano? 
tg x + tg y = 1
1a Questão, Item 4 [Valor 0,8]
Sobre uma circunferência toma-se um ponto qualquer tg (x + y) = 4/3
A. A partir desse ponto, traçam-se retas secantes, Calcular tg x e tg y.
tendo como comprimento o dobro das respectivas cor-
das. Definir, provando, o lugar geométrico das extre- 1a Questão, Item 6 [Valor 0,5]
midades das retas assim construı́das. Determinar o menor arco positivo x que satisfaz:
1a Questão, Item 5 [Valor 0,8] sen4 x + cos4 x − cos π/3 = 1/8
Dado um trapézio de b = 20, B = 30 e lados a = 12,
c = 10, dividir a área desse trapézio por uma reta pa- 1a Questão, Item 7 [Valor 0,5]
ralela às bases, de modo que as áreas resultantes sejam Tornar a expressão a + b/a − b (sendo a = b) calculável
proporcionais a 3 e 7, sendo B a base da área maior. por logaritmos.
Calcular a distância y da reta divisora à base menor b. 1a Questão, Item 8 [Valor 0,5]
2a Questão [Valor 3,0] Calcular o menor valor de x positivo, em graus, que
Na linha plana ABC da figura ao lado, o segmento de satisfaz a igualdade:
reta AB e o arco de circunferência BC concordam em √ √
6− 2
B. Em função de AC = , determinar a área total do x = arc cos ( )
sólido gerado pela revolução da linha ABC em torno do 4
eixo OO e o volume, máximo, de um octaedro que tem 2a Questão, Item 1 [Valor 1,5]
vértices em A e C e os outros sobre a circunferência Calcular o menor arco positivo x, diferente de zero, que
gerada pela revolução de B em torno do mesmo eixo. satisfaz:
O
A sen2 3x − sen2 2x = sen2 x
π/6 2a Questão, Item 2 [Valor 1,5]
Em um triângulo qualquer ABC, calcular o valor da
relação:
B
tg A tg B tg C
tg A + tg B + tg C
3a Questão, Item 1 [Valor 1,0]
C Sendo x > 45o , calcular os menores arcos positivos x e
O
y que satisfazem:
3a Questão [Valor 3,0]  √

Em um trapézio isósceles de área A1 = 5 está inscrito sen x − cos2 y = 3−12


um cı́rculo de área A2 = π. Um sólido de revolução é sen2 y − cos x = 0
gerado pela rotação do trapézio em torno de um eixo
perpendicular às suas bases, contido no plano da figura, 3a Questão, Item 2 [Valor 2,0]
e afastado do vértice mais próximo de uma distância Conhecidas as alturas ha = 1/9, hb = 1/7, hc = 1/4 de
igual ao comprimento da base maior. Calcular a área um triângulo ABC, calcular os lados a, b, c respectiva-
total e o volume deste sólido de revolução. mente opostos aos ângulos A, B, C.

v10 
c SLN
84

IME 1963/1964 - Álgebra


1a Questão, Item 1
Quantas cores diferentes se podem formar, usando as
sete cores do espectro fundamental?
1a Questão, Item 2
Demonstre, usando a fórmula de binômio de Newton,
que
C0n + C1n + C2n + C3n + . . . + Cn−1
n
+ Cnn = 2n
Obs: O sı́mbolo Cin indica combinações de n elementos
i a i.
1a Questão, Item 3
xm − am
Calcule o limite da função y = , quando x
x−a
tende para a.
1a Questão, Item 4
Determine o log2 0,125, sabendo que log10 2 = 0,30103.
1a Questão, Item 5
B
Decomponha a fração numa soma de
(x + a)(x + b)
duas frações.
1a Questão, Item 6
Demonstre que a multiplicação de um número complexo
por i corresponde a uma rotação de π/2 na sua repre-
sentação gráfica.
1a Questão, Item 7
x
Derive a função y = ex .
2a Questão
Dada a curva cuja equação é y = −2x2 + 2x + 12, de-
terminar:
a) A equação da reta tangente a esta curva, que é pa-
ralela à corda comum aos cı́rculos
x2 − 4x + y 2 − 10y + 4 = 0
x2 + 8x + y 2 − 16y + 76 = 0
b) A área da superfı́cie limitada pela curva dada e a
reta 2x − y + 4 = 0 (em cm2 ), usando o cálculo
integral.

3a Questão, Item 1
Dar os valores de x que satisfazem a inequação:
x2 − 2 > −x2 + 4x + 4

3a Questão, Item 2
Um número complexo variável tem, para parte real,√os
valores x2 − 2 e para parte imaginária os valores x 2.
Qual o valor mı́nimo do módulo desse número?
4a Questão
Determine o valor de x3 que satisfaz o sistema de
equações lineares:
x1 +x2 +x3 +x4 = 0
x1 [(b+c+d)]+x2[(a+c+d)]+x3[(a+b+d)] + x4 [(a+b+c)] = 0
x1 [(bc+bd+cd)]+x2[(ac+ad+cd)]+x3[(ab+ad+bd)]+x4[(ab+ac+bc)] = 0
x1 bcd+x2 acd+x3 abd+x4 abc = B

v10 
c SLN
85

IME 1963/1964 - Geometria IME 1963/1964 - Trigonometria


1a Questão, Item 1
Simplifique a expressão:

1a Questão, Item 1 −sen (−a) + 3 cos (90o + a) + 2 sen (180o + a)


Um cone circular reto, de raio da base igual a R e altura
h, está circunscrito a uma esfera de raio r. Provar que sen (90o + a) + cos (180o − a) + sen (90o − a)
2 1 1
= 2− 2
rh r R

1a Questão, Item 2
Verifique a exatidão da expressão abaixo:

1a Questão, Item 2
Um corda corta o diâmetro de um cı́rculo segundo um tg2 2a − tg2 a
tg 3a tg a =
ângulo de 45o . Demonstrar que a soma dos quadrados 1 − tg2 2a. tg2 a
dos segmentos aditivos m e n, em que a corda fica divi-
dida, é igual ao dobro do quadrado do raio do cı́rculo.

2a Questão, Item 1
Os números que medem os três ângulos de um triângulo
estão em progressão aritmética. Calcule esses ângulos,
sabendo que a soma dos seus senos é
1a Questão, Item 3
Um tronco de cone de revolução, de bases paralelas,
tem a geratriz igual à soma dos raios das suas bases. √ √ √
Sabendo-se que a sua área lateral é igual a 66,56 cm2 , 2(3 + 3) + 2 3
e que a sua altura é de 4 cm, calcular o seu volume. 4
Considerar π = 3,14.

Sabe-se que

√ √
2a Questão, Item 1 o 2( 3 + 1)
cos 15 =
Prolonga-se o raio AO de um cı́rculo, de um compri- 4
mento AB = AO; traça-se uma tangente ao cı́rculo,
sobre a qual se levantam as perpendiculares AN e BC.
Supondo que o ângulo OÂC = 126o , qual o valor do
ângulo AĈB? 2a Questão, Item 2
Resolva o sistema das equações:

 √
tg x + tg y = 2 3/3 √
2a Questão, Item 2 cotg x + cotg y = −2 3/3
Um cubo, de área total igual a 24 m2 , é cortado por um
plano de modo a se obter uma seção hexagonal regu-
lar. Calcular o lado do quadrado inscrito no triângulo
equilátero de
√ perı́metro igual
√ ao do hexágono obtido. 3a Questão
Considerar 2 = 1,41 3 = 1,73 Que valores devem ser dados a m, na equação abaixo,
para que os valores de x sejam os dos ângulos agudos
de um triângulo retângulo?

3tg x + m2 cotg x = 4m
2a Questão, Item 3
Provar que, em qualquer trapézio, a soma dos quadra-
dos das diagonais é igual à soma dos quadrados dos
lados não paralelos mais o dobro do produto das bases. Quais são os ângulos?

v10 
c SLN
86

IME 1959/1960 - Álgebra IME 1959/1960 - Cálculo


1a Questão, Item 1 1a Questão
Se f (x) = ax+b Calcular a área delimitada pelos cı́rculos: ρ = 1; ρ =

x−a , achar a expressão mais simples de:
f [f (x)]. 3; ρ = 2 sen θ.
1a Questão, Item 2 2a Questão
Conhecidos log 0,04 = 2,602 e ln 10 = 2,303, calcular, Duas retas L1 e L2 são determinadas pelos pontos:
levando a  
√ os cálculos até a 3 casa decimal: ln x, sendo P1 (0, 0, −4) P3 (0, −1, 2)
x = 0,15 0,00125. L1 L2
1a Questão, Item 3 P2 (1, 0, −2) P4 (1, 1, 8)
(n+1)!
Estudar a convergência da série: (n+1)n . Pedem-se:
1 Questão, Item 4
a a) O vetor unitário normal às duas retas.
Discutir e resolver, com emprego de determinantes, o b) A distância entre as retas.
sistema:
3x − 2y + 4z = 0 3a Questão
x + y + 3z = −5 Sendo

2x − 3y + z = 5 x = e2r sen θ
1a Questão, Item 5
y = er cos θ
Dada a equação: 3x4 + 8x3 − 18x2 + 135 = 0, fazer a
separação das raı́zes e dar a natureza das mesmas. Pedem-se:
2a Questão, Item 1 a) Determinar em função de r, θ, dr e dθ as diferenciais
3
Calcular a soma da série cujo termo geral é 22n+2 , n= dx e dy.
1, 2, 3, . . . b) Determinar em função de r, θ, dx e dy as diferenciais
2a Questão, Item 2 dr e dθ.
Mostrar, sem fazer a derivação, que as funções: c) Dos resultados obtidos no item b deduzir as deriva-
 ∂r ∂r ∂θ ∂θ
das parciais ∂x , ∂y , ∂x , ∂y .
G1 = ln(x + x2 − 64)
√ √ √ √
G2 = ln( x + 8 + x − 8) − ln( x + 8 − x − 8) 4a Questão
Dadas as equações z = 4 − x2 e z = 3x2 + y 2 , pedem-se:
têm a mesma derivada.
a) Dizer que superfı́cies representam e esboçá-las no 1o
2a Questão, Item 3 octante.
O polinômio P (x), dividido por (x − 2), dá resto 10 e, b) Calcular o volume por elas delimitado.
por (x + 3) dá resto −5. Calcular o resto da divisão de
P (x) por (x − 2)(x + 3). 5a Questão
2a Questão, Item 4 Obter a solução da equação diferencial.
Determinar as equações dos cı́rculos concêntricos no
ponto C1 (−2, 1) e tangentes ao cı́rculo x2 + y 2 − 2x + dy
− y cotg x = sen 2x
6y + 1 = 0. dx
2a Questão, Item 5 √ em que, para x = π/2 se tenha y = 0 e achar os valores
Dada a função: y = 1 + x − x1 , dar: máximos e mı́nimos relativos de y.
a) O campo de definição da função.
b) Os intervalos em que é crescente.
c) A concavidade da curva no intervalo 3 ≤ x ≤ 4.
3a Questão, Item 1


Dada a série de termos positivos: un , demonstrar
n=1
que a mesma é convergente quando log un
log n < −K, sendo
K > 1.
3a Questão, Item 2
Quantos números naturais podem ser escritos, tendo,
no máximo, quatro dos seguintes algarismos: 0, 1, 2, 3
e 4, sem os repetir?
3a Questão, Item 3
Obter graficamente: −4 + 2i + 6−7i
3+2i .
3a Questão,
 Item 4
4

Calcular: −8 + 8 3i.
3a Questão, Item 5 5
Calcular a derivada de: y = arc tg 1−cos x
1+cos x .

v10 
c SLN
87

IME 1959/1960 - Geometria 3a Questão, Item 2


Dado o quadrilátero ABCD, marcam-se sobre os seus
1a Questão, Item 1 lados os pontos E, F , G e H de modo que se tenha:
Determinar todos os valores de x e y que satisfaçam o
sistema: AE BF DH m
= = =
EB FC HA n
 Ligam-se estes pontos conforme mostra a figura, for-
2 cos x. cos y = 1 mando um novo quadrilátero EF GH. Pede-se: Insti-
tg x + tg y = 2 tuir, em função da área S do quadrilátero ABCD e de
m e n, a expressão da área do quadrilátero EF GH.

B
A E
1a Questão, Item 2
Um cone reto tem por raio da base e por altura, res-
pectivamente, o lado e a diagonal de um quadrado de
lado a. Traçam-se a esse cone dois planos tangentes F
perpendiculares entre si. Pede-se determinar:

a) O ângulo das duas geratrizes de contato.


H

b) O ângulo dos dois planos tangentes pelo eixo do cone


e cada uma das geratrizes.
D

2a Questão, Item 1
Demonstrar a identidade:
G

sen a+ sen b+ sen c− sen (a+b+c) = 4 sen


a+b
sen
b+c
sen
a+c C
2 2 2

2a Questão, Item 2
Dá-se um cı́rculo de centro O e raio 4 cm; com um
centro O , tal que OO = 5 cm, traça-se outro cı́rculo
que corta ortogonalmente o primeiro em A e B.

a) Determinar graficamente os centros de semelhança


(ou de homotetia) S e S  .

b) Traçar o eixo radical dos dois cı́rculos, justificando.

c) Prolongam-se os raios O A e OB que se encontram


em P , e os raios O B e OA que se encontram em Q.
Demonstrar que os pontos S, S  , A, B, P , Q estão
na mesma circunferência.

3a Questão, Item 1
Num triedro, cujas faces são ângulos de 60o , inscrevem-
se duas esferas de raios r e R (r < R) tangentes entre
si. Pede-se determinar a relação Rr .

v10 
c SLN
88

IME 1958/1959 - Álgebra


1a Questão
Determinar o significado da expressão eλ+2Kπi e achar
as expressões trigonométrica e algébrica equivalentes,
sabendo-se que λ é a ordenada do ponto em que a curva
y = f (x) corta o eixo dos y, sendo f (x) um polinômio
do terceiro grau que passa por um mı́nimo igual a 2
para x = 1 e cujo resto da divisão por x2 + 3x + 2 é
igual a (−x + 3).
2a Questão
Determinar a equação do cı́rculo de centro O(0, 1) e cujo
raio é a média aritmética entre os extremos do menor
intervalo possı́vel no qual está compreendida a única
raiz real positiva da equação: x4 + 16x2 − 8x − 2 = 0.
3a Questão
Resolver:
2 log x + 2 log y = p
ax + by = q
sabendo-se que
a) p é o valor positivo do parâmetro m para o qual as
raı́zes da equação x4 − (3m + 2)x2 + m2 = 0 formam
uma progressão aritmética.
b) q é o dobro do coeficiente do 3o termo do desen-
volvimento de (1 + x)n no qual os coeficientes do
quinto, sexto e sétimo termos estão em progressão
geométrica.
c) a = 10−1 ; b = 10−2 .

v10 
c SLN
89

IME 1958/1959 - Geometria


1a Questão
Num triângulo retângulo conhecem-se a hipotenusa a e
o produto m2 das bissetrizes interiores dos ângulos B e
C. Pedem-se:
a) O valor do produto sen B/2. sen C/2.
b) Calcular os ângulos do triângulo e discutir o valor
de m.
c) Demonstrar que, se O é o ponto de encontro das
bissetrizes, BO.CO = m2 /2.

2a Questão
Um transmissor e um receptor de rádio estão situados
a alturas h1 e h2 , respectivamente, do solo e distantes
entre si de d. A onda direta propaga-se segundo AB e a
onda refletida segundo AM B, formando em M ângulos
θ iguais com o plano do solo. Pedem-se:
a) Expressar a diferença de percursos AM B − AB, en-
tre a onda refletida e a direta, em função de d, h1 ,
h2 .
b) Dados θ = 30o , h1 = 3,0 m e h2 = 5,0 m, determinar
o comprimento M D. O ponto D divide a reta AB
na razão AD/DB = 2/3.
Obs: Os valores do item (b) não se aplicam ao item
(a).
B

A
h2
h1
θ θ

M
d

3a Questão
Um cubo é dado pelo comprimento a de uma aresta;
sejam O e O os centros de duas faces opostas ABCD e
A B  C  D ; sobre OO e no sentido OO , tomado como
positivo, toma-se um ponto S a uma distância x de
O. O cubo e a pirâmide de vértice S e base ABCD
têm uma porção comum constituı́da por um tronco de
pirâmide cujo volume é V . Pedem-se:
a) Estabelecer a expressão do volume V em função de x
e a, quando S é tomado no exterior do cubo (x > a).
b) Mostrar que a fórmula estabelecida no item (a) é
válida para a/2 < x < a e representa o volume do
sólido comum ao cubo e à dupla pirâmide definida
pela base ABCD e o vértice S.
c) Estabelecer a expressão do volume V do sólido co-
mum ao cubo e às pirâmides quando 0 < x < a/2.
d) Supondo o volume V expresso por uma fração a3 /n,
discutir os valores de n para as fórmulas estabeleci-
das.

v10 
c SLN
90

IME 1957/1958 - Álgebra 3a Questão, Item 2


1a Questão, Item 1 Sabendo que x1 e x2 são as raı́zes de uma equação do
Derivar a função: y = logx [(ex)x ]. 2o grau (x1 > x2 > 0), determinar, em função dos
coeficientes da equação, a soma da série regular:
1a Questão, Item 2  x2 n−1
Sendo a > 1 e b > 1, estabelecer a relação entre a e b
na equação: x1

2 3 4 x
Calcular o valor numérico da expressão determinada
alog b .alog b .alog b .alog b . . . . .alog b = b6x log a−0,5. log b acima, sabendo que x1 e x2 são raı́zes da equação

para que, sendo x1 e x2 raı́zes da equação, se verifique 10Sx − 7S + 8 = 0


a igualdade .
onde S é a soma da série regular nxn−1 para |x| < 1.
log x1 = 1 − log x2 4a Questão, Item 1
Uma reta se desloca de modo que a soma dos inversos
Obs: log = logaritmo decimal. dos segmentos que ela determina sobre dois eixos coor-
denados é constante e igual a 1/k. Demonstrar que esta
1a Questão, Item 3 reta passa por um ponto fixo e dizer onde está situado
Sendo p uma raiz complexa de uma equação algébrica este ponto.
do 2o grau, de coeficientes reais, determinar o valor da
4a Questão, Item √ 2
expressão:
Sendo x = − log0,25 3 128 e log2 y = 32 + log4 (y + 98 ) e
y > 0. Determinar dois complexos, sabendo-se que:
p + q p2 + q 2 p3 + q 3 p4 + q 4 pn + q n
P = . 2 2 . 3 3 . 4 4 ..... n n (i) Sua soma é x + yi.
pq p q p q p q p q (ii) A relação entre eles é um imaginário puro.

onde q é a outra raiz da equação, em função do módulo (iii) A parte real de um deles é 7+ 121201 .
e do argumento do complexo p.

2a Questão, Item 1
Determinar os valores de m que satisfaçam a equação:

1 1 1 1 1 1


a b c d e m


a2 b2 c2 d2 e2 m2

a3 b3 c3 d3 e3 m3


a4 b4 c4 d4 e4 m4


a5 b5 c5 d5 e5 m5

sabendo que a, b, c, d, e são os coeficientes, diferentes


de zero, da equação cujas raı́zes são os quadrados das
raı́zes da equação:

x5 + x4 + 2x3 − 1 = 0

2a Questão, Item 2
Resolver o sistema:
 1 2
log x2
e−L(1/x) + anti. L log e + log 10−6 = 0

exy − e−xy = 12

Obs: L = logaritmo neperiano; log = logaritmo deci-


mal.

3a Questão, Item 1
Determinar a expressão da soma de todos os números de
n algarismos, formados com os n primeiros algarismos
significativos.

v10 
c SLN
91

IME 1957/1958 - Geometria


3a Questão
1a Questão, Item 1 Quatro esferas de raio r, tangentes entre si duas a duas,
Dado um cı́rculo de raio R e um ponto A no seu interior, repousam sobre um plano horizontal. Um recipiente
traça-se por esse ponto uma corda, de modo que o ponto com a forma de cone reto, contendo no seu interior uma
A divida essa corda em média e extrema razão. Esta- quinta esfera de raio R, é colocado sobre o mesmo plano,
belecer a expressão da distância dessa corda ao centro de tal forma que a superfı́cie interna do recipiente fique
do cı́rculo. Discutir a solução. tangente às cinco esferas, e a esfera de raio R tangente
às quatro esferas de raio r.
1a Questão, Item 2 a) Determinar os valores limites de R, para r = 1, entre
Determinar as relações que devem existir entre os os quais o recipiente conserva a forma cônica.
ângulos M , N e P , para que se verifique a igualdade: b) Determinar o raio da base do cone em função de r,
para R = 2r.
cos2 M + cos2 N + cos2 P + 2 cos M cos N cos P = 1

1a Questão, Item 3
Estabelecer a fórmula da área de um quadrilátero con-
vexo qualquer, em função dos lados e do produto das
diagonais.

2a Questão
A figura abaixo foi construı́da da seguinte maneira:
(i) Com raio R foram traçadas as circunferências O2
e O3 , tangentes em O.

(ii) Por O traçou-se a perpendicular a O2 O3 .

(iii) Com centro em O e raio 2R, traçou-se uma semi-


circunferência.

(iv) Com centro na perpendicular traçada a O2 O3 e


raio R traçou-se a circunferência O1 , tangente à
circunferência de raio 2R.

(v) Traçando-se as tangentes interiores às circun-


ferências O1 , O2 , O3 , foram determinados os pon-
tos de tangência C, D, E, F .

Pede-se determinar a área do trapézio isósceles CDEF ,


em função de R.

O1

CD = b
C D
EF = B

F E

O2 O O3

v10 
c SLN
92

IME 1956/1957 - Álgebra IME 1956/1957 - Cálculo


1a Questão, Item 1 1a Questão
Dá-se a função Resolver a equação diferencial
x(5 − x) d4 y d3 y d2 y dy
f (x) = ln √ −2 3 +2 2 −2 + y = ex + e2x
+ x2 − 5x + 6 dx 4 dx dx dx
(O sı́mbolo ln representa logaritmo neperiano). Pedem- 2a Questão
se: O volume do sólido limitado por duas superfı́cies é dado
a) Determinar os valores de x para os quais f (x) é de- por
finida (campo de definição da função). , √2 , √2−x2 , 4−x2
b) Dizer, justificando, se f (x) é derivável no ponto x =
6 e se a função referida admite, para algum valor V =4 dz dy dx
0 0 x2 +2y 2
finito de x, derivada infinita.
Pedem-se:
1a Questão, Item 2 a) Escrever as equações das superfı́cies, bem como a
Determinar o lugar geométrico representado pela do cilindro projetante da curva de interseção des-
equação sas superfı́cies sobre o plano xy. Caracterizar as

x y 1 x y 1 superfı́cies e esboçá-las no primeiro octante.

x1 y1 1 × x3 y3 1 =0 b) Calcular V .

x y 1 x4 y4 1 3a Questão
2 2

sem desenvolver os determinantes. P é o vetor de posição de um ponto P (x; y) da curva


2
y = 2x2 − x. P1 é o vetor P1 = xf (y)i + x2 f (y)j. i e j
2a Questão
são respectivamente os unitários dos eixos dos x e dos
Sabe-se que m e p são respectivamente as bases de dois
sistemas de logaritmos, onde cada sistema é represen- y. dR = dx i + dyj é a diferencial do vetor de posição.
tado por duas progressões - uma geométrica e outra Pedem-se:
aritmética - correspondentes termo a termo. Esses sis- a) Determinar a função f (y) para que P1 seja o gradi-
temas estão caracterizados abaixo, onde se apresentam ente de alguma função escalar F (x; y).

alguns termos correspondentes das progressões: b) Calcular, para esse valor de P1 , a integral c P1 dP
Base m ao longo da curva y = sen x, no intervalo 0 ≤ x ≤
0 0,5 1 3 7 10 75 ∞ 4π.
−∞ −0.43068 0 0,68547 1,20908 1,43068 2,68547 ∞ P
Base p c) Sendo V = lim ( ), determinar em que ponto a
x→0 x
0 0,7 1 3 6 7 ∞
−∞ −0.15490 0 0,47712 0,77815 0,84510 ∞ derivada ∂P 1
∂y é igual ao vetor V , tendo P1 o valor
Pedem-se: calculado em (a).
1o Calcular: 4a Questão
a) As bases m e p dos sistemas de logaritmos dados, Dão-se as curvas C e C1 . C é uma curva reversa traçada
justificadamente. 5 sobre uma superfı́ciede um cilindro circular reto; as
b) O valor numérico da expressão log 3 125 equações paramétricas de C são da forma
2 .
2o Supondo conhecido apenas o sistema de base p: x = f1 (θ); y = f2 (θ); z = f3 (θ)
2
a) Resolver a equação log5 2−x + 5log5 0,43068x = 0. O vetor tangente unitário de C, t, está ligado aos
3o Dada a equação x3 − 10x + logm K = 0: unitários i, j e k, respectivamente dos eixos dos x, y
a) Determinar os valores de K para os quais a e z, pelas relações

equação admite uma das raı́zes igual à soma dos 2
inversos das outras duas. t.k = (produto escalar)
b) Discutir os sinai das raı́zes para esses valores de 2
√ √
K. 2 2
t×k = cos θ.i + sen θ.j (produto vetorial)
3a Questão, Item 1 2 2
Determinar o intervalo de convergência da série C1 é uma hélice de equações paramétricas
1 3 1.3 5 1.3.5 7 1.3.5.7 9 
x− x + x − x + x − ... 

x = a cos u
2.3 2.4.5 2.4.6.7 2.4.6.8.9
y = a sen u
justificando. Dizer quantos termos desta série devemos 

considerar quando desejamos calcular o valor de sua z = bu
soma para x = −0,5 com um erro cujo valor absoluto é Sabe-se que o comprimento de arco contado sobre C1 ,
menor que 1/300. Justificar. quando o parâmetro u varia de 0 a 2π, é igual a 4π. C
3a Questão, Item 2 e C1 têm um ponto comum.
Três complexos a, b e c possuem como pontos re- a) Determinar o vetor tangente unitário t, de C.
presentativos (ou afixos) os vértices de um triângulo b) Determinar o vetor tangente unitário t1 , de C1 .
equilátero. Demonstrar, calculando o seu valor, que a c) Comparando t1 com t, determinar a e b de modo
expressão a2 + b2 + c2 − ab − bc − ca é independente da que C1 coincida com C em todos os seus pontos.
posição do triângulo no plano. Calcular este valor.

v10 
c SLN
93

IME 1956/1957 - Geometria


1a Questão
Um poliedro convexo apresenta faces triangulares, qua-
drangulares e pentagonais. O número de faces triangu-
lares excede o número de faces pentagonais de duas uni-
dades. Pergunta-se o número de faces de cada espécie,
sabendo-se que o poliedro tem sete vértices.
2a Questão
As bases de um trapézio isósceles são AB = a e CD =
3a e a altura mede a. A partir dos pontos E e F , médios
dos lados não paralelos, levantam-se, no mesmo sentido,
as perpendiculares ao plano da figura: EM = 3a e
F N = 4a. Por meio de segmentos retilı́neos, unem-
se os seguintes pontos: M a N ; cada um destes aos
pontos P e Q, médios das bases do trapézio; P a Q.
Pede-se calcular, em função de a, o volume do tetraedro
M N P Q.
3a Questão
Um setor circular de 30o e raio R gira em torno de um
de seus raios limites, gerando assim um setor esférico,
no qual se inscreve uma esfera. Pede-se determinar, em
função do raio do setor, o raio de outra esfera, tangente
à superfı́cie interna da calota, à superfı́cie cônica do
setor, e à esfera nele inscrita.
4a Questão, Item 1
Resolver o sistema
sen x + sen y = a
cos x. cos y = b

4a Questão, Item 2
Dado o quadrilátero ABCD abaixo, determinar os
ângulos α e β, os lados x e y, e a diagonal z.
B

√ 75o
2 2

z

45o α 2 3
120o
A x
D

y β

v10 
c SLN
94

IME 1955/1956 - Álgebra


1a Questão, Item 1
Determinar os valores inteiros de x, y e z que verificam
o sistema:
log2 y + logx z = 8
y = x2

3 z
x= 2

1a Questão, Item 2
Determinar y em função de x, de tal modo que se tenha
a igualdade:
Cyx = Cyx−1

1a Questão, Item 3
Achar a soma da série:
1 1 1 1
1+ + + + + ...
3 8 15 24

2a Questão
Dadas as equações
(i) x4 − 16x3 + 89x2 − 206x + 168 = 0
(ii) x4 − 16x3 + 91x2 − 216x + 180 = 0
(iii) x4 − mx3 + nx2 − 462x + 432 = 0
Determinar:
a) As raı́zes comuns das equações (i) e (ii).
b) Os valores de m e n da equação (iii), sabendo que
ela admite as raı́zes determinadas no item (a).

3a Questão
Na expressão
(x + k)n − xn − k n = 0
k é um número real diferente de zero e

x = kei 3

Que valores pode ter o expoente n para que ela seja


satisfeita?

v10 
c SLN
95

IME 1955/1956 - Geometria


1a Questão
Os vértices de um cubo de lado L são centros de es-
feras de raio 1/2. No espaço interno delimitado pelas
superfı́cies de todas as esferas, inscrevem-se dois poli-
edros regulares convexos P1 e P2 . O primeiro, P1 , é
tal que suas faces são tangentes às esferas e o segundo,
P2 , é tal que todos os seus vértices estão, cada um em
uma superfı́cie esférica. Determinar a relação entre os
volumes dos dois poliedros.
2a Questão
Sabendo-se que nos triângulos ABC e A B  C  da figura
dada, o lado AC é a bissetriz do ângulo  e o lado B  C 
é a bissetriz do ângulo B̂, pedem-se:
a) Determinar o valor de  + B̂ tendo em vista que
3π 4 3π 4
tg(Â+ B̂  )+ tg +(Â+ B̂  ) + tg −2(Â+ B̂  ) = 0
2 2
AC×B  C 
b) Mostrar que sen Â. sen B̂  = 2 .
4AB
c) Mostrar que cos Â. cos B̂  = 2m.n
AC×B  C 
, sendo m e n
as projeções de AP e BP sobre AB.
d) Mostrar que em um triângulo retângulo a área é
igual ao produto dos segmentos determinados pelo
cı́rculo inscrito sobre a hipotenusa.

C C
P

B
A BB 

AA

3a Questão
Considere a função de x: ym (x) = cos(m arc cos x),
onde m = 0, 1, 2, 3, . . .. Esta função corresponde, para
cada valor de m, a um polinômio em x de grau m, de
coeficientes inteiros. Isso posto:
a) Determine as raı́zes da equação: ym (x) = 0.
b) Determine os polinômios em x correspondentes a:
m = 0, m = 1, m = 2, m = 3. Verifique as
raı́zes de ym (x) = 0 para esses mesmos valores de m,
confrontando-as com os resultados obtidos no item
(a).
c) Determine a expressão do coeficiente do termo xn
no polinômio correspondente a m = n.

v10 
c SLN
96

IME 1954/1955 - Álgebra IME 1954/1955 - Cálculo


1a Questão
1a Questão, Item 1 Achar a equação da hipérbole equilátera que passa pelos
Resolver a equação exponencial pontos A(0, 3) e B(3, 3) e é tangente ao eixo dos x na
origem.
3 2a Questão
5x−1 − 5−x−1 =
4 O plano 2x + 2y + z = 6 é tangente ao parabolóide de
vértice no ponto (0, 0, 2) cujo traço no plano xy é um
cı́rculo de raio igual a duas unidades. Pedem-se:
sabendo que log 20 = 1,3010. a) Achar a equação do parabolóide e esboçá-lo.
b) Achar as coordenadas do ponto de tangência do
1a Questão, Item 2 plano com o parabolóide.
Resolver a equação
3a Questão

x 0 0 −5 Verificar se a expressão


−1 x 0 6 1
=0 dx + yLy dy + x cos(xy)[x dy + y dx] + sen (xy) dx
0 −1 7 x
x

0 0 −1 2
é uma diferencial exata e integrá-la em caso afirmativo.
(O sı́mbolo L indica logaritmo neperiano).
4a Questão
Dados o parabolóide definido pela equação x2 +y 2 = 2z
2a Questão, Item 1 e a superfı́cie cilı́ndrica y 2 = 4 − 2z. Calcular o volume
Resolver a equação trinômia delimitado por estas duas superfı́cies.

z 4 + 2z 2 + 4 = 0

Dar as raı́zes complexas na forma A + Bi, onde A e B


são números reais.

2a Questão, Item 2
Com os algarismos significativos quantos números cons-
tituı́dos de 3 algarismos ı́mpares e 3 pares, sem re-
petição, podem ser formados? Explanar o raciocı́nio
no desenvolvimento da questão.

3a Questão
Determinar, justificando, a natureza das séries

∞ ∞
cos nπ sen 2n
(i) ; (ii)
n=0
πn n=1
n2

e a soma da primeira delas, no caso de convergência.

4a Questão
Uma circunferência de cı́rculo passa pelo foco da
parábola x2 = −8y, é tangente ao semi-eixo negativo
dos x e tem o centro sobre a reta x − y − 4 = 0. Pedem-
se:

a) Achar a equação da circunferência.

b) Achar as equações das tangentes à circunferência ti-


radas pela origem.

v10 
c SLN
97

IME 1954/1955 - Geometria


1a Questão
Em uma circunferência de diâmetro AB = 2R traça-
se uma corda AC que forma com AB um ângulo α.
Determinar o valor de α de modo que, fazendo-se girar
a figura em torno de AB, a área gerada pela corda AC
seja equivalente a 3/2 da área gerada pelo arco BC.
2a Questão
Duas circunferências de raios R e r, respectivamente,
são tangentes em C; traça-se uma tangente externa AB
comum às duas circunferências, cujos pontos de contato
são A e B. Sabendo-se que R = 14 m, que o ângulo
formado pela corda AC com o raio AO é α = 23o 35 e
que sen α = 0,400, determinar:
a) Os ângulos internos e os lados do triângulo ABC.
b) O raio r da circunferência menor.

B
A

α
r R
O C O 

3a Questão
Os vértices de um octaedro regular são os centros das
faces de um cubo de aresta a. Calcular, em função de
a, a área, o volume do octaedro e o raio da esfera nele
inscrita.
4a Questão
Um cı́rculo máximo de uma esfera de raio R serve de
base a um cone de revolução de altura H. A interseção
das superfı́cies dos dois sólidos determina no cone uma
seção paralela à base. Determinar H, em função de R,
de modo que a razão do volume do cone destacado por
essa seção para o volume do tronco de cone resultante
seja igual a 64/61.

v10 
c SLN
98

IME 1953/1954 - Álgebra


2a Questão, Item 3
1 Questão, Item 1
a A matriz de determinante ∆ é formada de elementos
Na expressão do tipo

1 1 1 1 1
enz = x + + + + + + ... Apq = (apq + bpq + cpq )
sen x x sen x x sen x

determinar os valores de z quando x → 0, para:


onde: p = 1, 2, 3, 4, 5 e q = 1, 2, 3, 4, 5. Pede-se o
a) n = 1,5. número de grupos de 5 letras que são obtidos depois
b) n = 2. de efetuado o determinante.

3a Questão, Item 1
1 Questão, Item 2
a Dá-se, num sistema de eixos ortogonais, o ponto
Sendo y = ii , pedem-se:
a) Demonstrar que y é real. 
x=3
b) Escrever em forma de série: y e y −1 . P
y=2

1a Questão, Item 3
Dadas as séries S1 e S2 , abaixo especificadas, Pedem-se:

2x2 x4 x6 a) A equação da reta que passa por este ponto, satis-


S1 = 2 − + − + ... fazendo a condição de que a abscissa no ponto de
3 20 630
ordenada nula e a ordenada no ponto de abscissa
S2 = P1 + P2 + P3 + . . . + Pi + . . . + Pn nula estejam na razão de 1/2.

onde Pi é o produto dos i primeiros termos da


seqüência: b) A equação do cı́rculo circunscrito ao triângulo for-
mado pela reta e pelos eixos coordenados.
   2  4  8  16
2 2 2 2 2
, , , , ,...
e e e e e
3a Questão, Item 2
Pedem-se: Achar, na sua expressão mais simples, a derivada da
função
a) O termo geral na sua expressão mais simples.
b) Verificar se são convergentes ou não. √ √
1 a+x− a
y = √ √ √
a a+x+ a
2a Questão, Item 1
Dado o sistema

2x + z = m 3a Questão, Item 3
2y + z = n Dada a função
2x + 3y = 12
3x + 2y = 13 a + bx
y=
b + ax
5x + 4y − 3z = 29

determinar m e n para que o sistema seja compatı́vel, Determinar a sua derivada aplicando a regra geral de
empregando determinantes. derivação
2a Questão, Item 2
Resolver o sistema: ∆y
lim
∆x→0 ∆x
− 12 x − z + 32 y = 3
x − y + z = −1
1 1 Obs: Os sı́mbolos  e e encontrados nos enunciados
x2 − y2 = e
das questões indicam respectivamente o logaritmo ne-
periano e a sua base.

v10 
c SLN
99

IME 1953/1954 - Cálculo


3a Questão
1 Questão
a Um triângulo equilátero de dimensões variáveis, para-
lelo ao plano yoz e com a liberdade de se deslocar para-
lelamente a si mesmo, tem um vértice permanentemente
a) Demonstrar que a área compreendida entre duas 2 2

parábolas iguais, de vértices comuns e de eixos per- em contato com a elipse xa2 + zb2 = 1 e o lado oposto
pendiculares, é igual a 43 da área do quadrado que constantemente situado sobre o plano xoy. Pede-se de-
tem para lado o parâmetro. terminar:
a) A equação da curva do plano xoy, descrita durante
b) Determinar a expressão do volume do sólido gerado o deslocamento, pelos vértices do triângulo que se
pela revolução da área referida no item (a), em torno situam sobre esse plano.
do eixo de uma das parábolas. b) A expressão do volume gerado pela superfı́cie do
c) Tomando como eixos cordenados ox e oy, os próprios triângulo quando este se desloca desde a origem até
eixos das parábolas e o parâmetro igual a 1 unidade, o plano x = a.
pedem-se: c) A expressão da área varrida pelo lado situado no
plano xoy, desde a origem até o ponto de abscissa
(i) Determinar a equação cartesiana do cı́rculo x = √a2 .
que passa pelos pontos de interseção das duas
parábolas e tem o centro sobre a reta que tan-
gencia a parábola de eixo oy, no ponto de in- 4a Questão
terseção das mesmas que não na origem.
(ii) Determinar, em coordenadas polares, a a) Certa indústria vai produzir uma série de reser-
equação do cı́rculo referido no item (i). To- vatórios cônicos. Foi escolhido como processo de
mar como pólo a origem dos eixos e como eixo fabricação o seguinte: retirar de um disco de aço
polar o eixo ox. de raio R um setor circular OACB e soldar os seus
raios extremos OA e OB.

2a Questão

a) Dada a equação da cônica: A B


R R
O
9x2 − 4y 2 − 36x + 8y − 4 = 0
α
Pedem-se:
(i) Simplificar a equação, destituindo-a dos ter-
mos do primeiro grau das variáveis, mediante
uma transformação de coordenadas e identifi- C
car a curva.
(ii) Determinar todos os elementos caracterı́sticos
da curva, indicando-os esquematicamente so- Pergunta-se qual deve ser o ângulo α desse setor para
bre um esboço da mesma, onde devem constar que o volume do reservatório seja o maior possı́vel.
todos os eixos utilizados. Obs: Aproximar o resultado até grau.
b) Sendo dado:
b) Dada a equação:
x3 − 8
z = x2 + y 2 + 2 y dx = dy,
8 + 4x − x2

Pedem-se: exprimir y em termos finitos de x, sabendo-se que


para x = 0, y = 0,5.
(i) Determinar a natureza da superfı́cie definida,
explicando uma das maneiras pela qual ela
pode ser gerada.
(ii) Utilizando o conceito de derivação parcial, de-
terminar em que ponto da superfı́cie a tangente
contida no plano y = 2 tem o coeficiente angu-
lar igual a 4.
c) Determinar:

3
lim (1 + )x
x→∞ 4

v10 
c SLN
100

IME 1953/1954 - Geometria


2a Questão, Item 2
1 Questão, Item 1
a

Demonstrar que em um tetraedro triretângulo OABC, a) Achar um arco x tal que a relação da tangente para
de arestas OB, OC e OA, iguais a , a soma das sua corda seja igual a um número dado m.
ditâncias de um ponto qualquer M , situado na face b) Sendo m ≤ 0 e podendo ser 180o ≥ x ≥ 0, qual o
ABC, às outras três faces, é constante. Expresse esta intervalo de variação de m para que a relação
soma em função do comprimento  das arestas. tan x
=m
C corda do arco x
seja compatı́vel.
3 Questão, Item 1
a

Dão-se dois eixos OX e OY . Sobre o eixo OY marcam-


se dois pontos tais que: OA = 1 ; OB = 2 .
O Y
B


A B

1a Questão, Item 2 A
Dadas as três equações abaixo determinar f (a, b, c) = 0 α
O X
sen(x + y) cos(x − y) = a C
cos(x + y) cos(x − y) = b
Pelos pontos A e B passa-se uma circunferência tan-
cos 2(x − y) = c gente em C ao OX. Pedem-se:
a) Determinar o ângulo α, entre 0o e 180o , tal que o
1a Questão, Item 3 volume do sólido gerado pelo triângulo ABC girando
Demonstrar que se os senos dos ângulos de um triângulo em torno do eixo OX seja máximo.
qualquer estão em progressão aritmética, o mesmo se b) O valor desse volume para 1 = 4 m e 2 = 9 m.
dará com as cotangentes dos ângulos metade.
3a Questão, Item 2
2 Questão, Item 1
a Estabelecer a expressão do comprimento m da medi-
É definido um sistema homológico pela figura anexa, ana do triângulo ABC, em função dos raios R e r dos
sendo K = − 13 a razão de homologia. cı́rculos de centros B e C, respectivamente.
a) Que espécie de curva será a figura homológica da A
circunferência de centro em O? (Justificação).
b) Esboce, no desenho fornecido, a figura homológica
da circunferência.
c) Qual a situação do ponto E, sobre a circunferência
(definida pelo ângulo α̂), sabendo ser igual a 3R a P c
figura homológica da corda CE?
d) Pode a homotetia ser considerada um caso particular m b
da homologia? (Justificação).
e) Se S for o centro de homotetia, sendo K = + 31 a
razão de homotetia, trace a figura homotética da Q
circunferência.
B a M C
S

O
E R
α̂ 60o
C
Sabemos:
B (i) Constituir A um ponto do eixo radical dos
cı́rculos.
(ii) O ângulo das tangentes AP e AQ é reto.
α E
(iii) A distância a, entre os centros B e C satisfaz

K = − 13 ; S - Centro de Homologia; E - Eixo de Homo- R + r < a = 5(R − r)
logia; SA = Bα = R.

v10 
c SLN
101

IME 1952/1953 - Álgebra 3a Questão, Item 1


1a Questão, Item 1
a) Dada a expressão: a) De acordo com a definição de derivada, dizer, justi-
√ ficando, se a função:
(1,68)3/2 3 0,0315
x= y = |x|
(11,2)5
Calcular o log x, sabendo-se que: é ou não derivável no ponto x = 0.
log 0,5 = 1,6990 b) Responder e justificar os seguintes quesitos:
log 1,4 = 0,1461 (i) √
Qual o campo de definição da função y =
4 − x2 ?
log 3 = 0,4771 1
(ii) A função y = x−2 é contı́nua no ponto x = 2?
Caso não seja, caracterizar a descontinuidade.
Obs: log é o logaritmo na base 10.
b) Sendo Obs: As funções acima são funções reais de variável
real.
ex − e−x
y=
2
3a Questão, Item 2
exprimir x, explicitamente, como função de y. Dada a equação:
Obs: e é a base dos logaritmos neperianos e a função
x4 − 13x3 + 41x2 + 37x − 210 = 0
é uma função real da variável real.
a) Responder, justificando, os seguintes quesitos:
1a Questão, Item 2 (i) A equação pode admitir raı́zes negativas? No
Num congresso há 102 representantes do partido A e 81 caso afirmativo, qual o número máximo dessas
representantes do partido B. Para uma determinada raı́zes?
sessão, foram convocados 99 elementos do partido A e (ii) idem quanto às raı́zes positivas.
79 do partido B. De quantas maneiras poderia ter sido (iii) Pode a equação admitir raı́zes fracionárias?
efetuada tal convocação? (iv) Quais os números racionais que, de acordo com
o Critério da exclusão de Newton, devem ser
2a Questão, Item 1 eliminados na pesquisa das raı́zes?
Dado o sistema:
 b) Resolver a equação.
 2x − y + 3z = b

x + 2y − z = 6 3a Questão, Item 3


ax + y + 7z = 3 Achar as coordenadas do ponto de interseção das tan-
a) Empregando o Teorema de Rouché, determinar a e gentes a curva y = x2 nos pontos P (2, 4) e Q(−3, 9).
b de maneira que o sistema seja indeterminado.
b) Com o emprego dos determinantes, e tendo em vista
os valores encontrados para a e b, resolver o sistema,
expressando x e y em função de z.
2a Questão, Item 2
Resolver a equação binômia x6 −64 = 0, com o emprego
de números complexos.
2a Questão, Item 3
a) Dada a sucessão:
a 1 a 2 a 3 . . . an . . .
quando é que dizemos que a é o limite da mesma?
b) Achar o limite da sucessão:
2n
1 4/3 6/4 8/5 . . . ...
n+1
e mostrar que tal limite satisfaz a condição estabe-
lecida na alı́nea anterior.
c) Verificar a convergência ou divergência da série:

n!
=
1
nn

v10 
c SLN
102

IME 1952/1953 - Geometria


1a Questão
Em um polı́gono regular de nove lados (eneágono)
pedem-se:
a) Calcular trigonometricamente em função do lado :
(i) O apótema a.
(ii) O raio R do cı́rculo circunscrito ao polı́gono.
b) Tomando-se um eixo de rotação xx passando por
um vértice da figura e pelo seu centro O, determinar
em função de :
(i) A superfı́cie S do sólido gerado pela revolução
do polı́gono em torno do eixo xx .
(ii) O volume V desse sólido.
Obs: As linhas trigonométricas necessárias à solução
desta questão devem ser calculadas partindo-se de li-
nhas conhecidas (dos arcos de 30o , 45o , 60o ) e sabendo-
se ainda que tg 50o = 1,192.
Obs: Os cálculos devem ser feitos com aproximação de
3 casas decimais.
2a Questão
Um tetraedro regular de aresta a e uma esfera de raio
ρ interceptam-se de tal modo que a superfı́cie esférica
tangencia as seis arestas do poliedro em seus pontos
médios. Pedem-se:
a) Calcular o raio ρ em função da aresta a.
b) Emprimir em função de ρ o produto do raio R da
esfera circunscrita ao tetraedro pelo raio r da esfera
inscrita: R × r = f (ρ).
c) Calcular em função de ρ a parte do volume da esfera
que fica situada externamente ao tetraedro.

3a Questão, Item 1
Resolver o sistema de equações trigonométricas:

x − y = π3

cos y = 2 −
cos x
3

3a Questão, Item 2
Determinar o menor arco positivo cuja soma algébrica
das suas seis linhas trigonométricas seja igual a −2.
Obs: Sugestão: Exprimir as linhas trigonométricas em
função do seno e do coseno.

v10 
c SLN
103

IME 1951/1952 - Álgebra 3a Questão


Equacionar a reta que passa pelos pontos d1 e d2 da
1a Questão, Item 1
figura abaixo sendo conhecidos: OE1 = X1 ; OE2 = X2 ;
Simplificar a expressão:
OA = 2 = diâmetro da circunferência. Sabendo-se que
X1 e X2 são as raı́zes da equação do segundo grau do
log4 16.10log10 x . cos x tipo:
A=
e−2 ln x .eln(x3 . cos x)
x2 + px + q = 0
Em que designamos: log10 é logaritmo na base dez; log4 Exprimir os coeficientes da equação da mesma reta em
é logaritmo na base quatro; ln é logaritmo neperiano. função de p e q. Aplicar este método para resolver
graficamente a equação do segundo grau:
1a Questão, Item 2
Determinar todos os números que elevador à quarta x2 − 6x + 8 = 0
potência coincidam consigo mesmo.

1a Questão, Item 3 y
Sendo u1 , u2 , v1 e v2 funções contı́nuas de x, achar,
pelo processo geral a derivada de:

u1 v1 A

D=
u2 v2

e aplicar para o determinante: d2


C

y z d1

A= 
y z

onde y  e z  são as derivadas de y e z respectivamente, x


e y, z, y  e z  são funções contı́nuas de x. O E1 E2
Obs: Enunciar as propriedades que gerantem as trans-
formações efetuadas.

1a Questão, Item 4
Decompor em frações parciais:

x2
(x + 1)2 .(x2 + 1)

2a Questão, Item 1
Achar o conjunto de valores de K para que a equação:

f (x) = x4 − 14x2 + 24x − K = 0

Tenha quatro raı́zes desiguais.

2a Questão, Item 2
Dada a série:

x3 3x5 15x7 105x9


x+ + + + + ...
6 40 336 3456

Pedem-se:
a) A expressão do termo geral.
b) Verificar se a série é convergente.
c) Determinar o intervalo de convergência (se for o
caso).

v10 
c SLN
104

IME 1951/1952 - Geometria


1a Questão

a) Dividir o arco de 120o em duas partes, tais que a


relação entre o √
seno de uma e o cosseno de outra
seja igual a 1 + 3.
b) Deduzir tg x2 em função de cos x e aplicar para x =
72o .
c) Deduzir cotg 3x em função de sec x e aplicar para
x = 36o .

2a Questão √ √
As diagonais de um losango têm (3 − 3) dm e ( 3− 1)
dm. Unindo os centros dos quadrados construı́dos sobre
os lados desse losango, resulta um quadrilátero, que será
a base de uma pirâmide, cuja altura é H dm. Pedem-se:
a) Cortar o sólido por um plano P , paralelo à sua base,
de modo que o volume do tronco resultante seja equi-
valente ao volume de uma esfera, cujo raio é R dm.
b) Exprimir a distância h, do plano P ao vértice da
pirâmide, em função dos elementos da esfera e da
pirâmide. Discutir.
c) Calcular h, para R = 0,5 dm e H = π dm.

3a Questão
Os raios dos cı́rculos ex-inscritos de um triângulo ABC
têm 2 cm, 5 cm e 6 cm. Pedem-se:
a) Calcular a área do triângulo A1 B1 C1 , homotético de
ABC. A relação de homotetia, do segundo para o
primeiro, é √113 .
b) Em uma homologia plana, determinar o eixo Z,
de modo que o triângulo A1 B1 C1 , homólogo de
A1 B1 C1 , seja retângulo em A1 , com o vértice em
C1 , no quadrante XOY . Dados: Coordenadas re-
tangulares, onde x é abscissa:
 
x =? x = 35 cm
A1 A1
y = 75 cm y = 10 cm
 
x = 45 cm x = 28 cm
B1 O
y = 30 cm (polo) y = 100 cm

Escala 1 : 5.

v10 
c SLN
105

IME 1950/1951 - Álgebra


2a Questão, Item 2 √
1 Questão, Item 1
a Determinar a derivada da função y = x2 + x a partir
Determinar os valores possı́veis da relação hp , onde P e da própria definição de derivada de uma função, ve-
h satisfazem as condições p > 0, h > 0, de modo que rificando o resultado obtido mediante a aplicação das
seja real o valor de y dado pela expressão: regras de derivação.

y = p2 − 2ph − h2 3a Questão, Item 1
Determinar a equação da tangente à curva:
Não devem ser feitas explicações. Apresente somente
os cálculos. y = x log x

1a Questão, Item 2 no ponto em que seu coeficiente angular é 2/3.


Calcular o valor da expressão: Obs: log = logaritmo neperiano; e = 2,718 . . .
3a Questão, Item 2
ex − e−x
y= x Uma bola de borracha que cai de uma altura h, após
e + e−x chocar o solo atinge uma altura igual a 2/3 da anterior;
esta lei se mantém nos choques subseqüentes. Deter-
para x = 12 log 1−u
1+u
. minar o limite para o qual tende o caminho total per-
Obs: e = base do sistema dos logaritmos neperianos; corrido pela bola quando o número de choques cresce
log = logaritmo neperiano. indefinidamente.
Não devem ser feitas explicações. Apresente somente
os cálculos.
1a Questão, Item 3
Empregando a fórmula de Moivre, calcular:

y = (1 + i 3)3
Não devem ser feitas explicações. Apresente somente
os cálculos.
1a Questão, Item 4
Determinar o intervalo de convergência da série:

x2 x3 x4 x5
x− + − + − ...
2 x 4 5
Apresente os cálculos e uma explicação sucinta.
1a Questão, Item 5
Demonstrar a seguinte proposição: É condição ne-


cessária para que a série un seja convergente, que
i
a todo número  positivo arbitrariamente pequeno cor-
responda um ı́ndice n0 tal que
|Sn+p − Sn | < 
para n ≥ n0 , sendo p inteiro positivo qualquer.

Obs: Sn = un
i
Obs: A demonstração de que a condição é suficiente
não é pedida.
2a Questão, Item 1
Discutir, mediante aplicação do teorema de Rouché, o
sistema

 (3 − k)x + 2y + 2z = 0

x + (4 − k)y + z=0


2x + 4y + (1 + k)z = 0

Resolve-lo para um dos valores de k que o tornam in-


determinado.

v10 
c SLN
106

IME 1950/1951 - Geometria


1a Questão, Item 6
1 Questão, Item 1
a Um cilindro circular reto, cujo diâmetro da base é d =
Dois
√ dos catetos de um triângulo retângulo são: a = 6 cm, é seccionado por um plano que determina uma
4 3 m e b = 4 m. Determinar os valores das linhas elipse de excentricidade e = 45 . Calcular os semi-eixos
trigonométricas naturais referentes ao ângulo oposto ao da elipse.
lado a.
2a Questão
1 Questão, Item 2
a Um prisma, reto, hexagonal, regular, tem suas 18 ares-
Completar os claros existentes no quadro abaixo tas tangentes a uma esfera de raio r. Determinar:
sabendo-se que todos os poliedros desse quadro são cir- a) A fração da área da esfera que se encontra na parte
cunscritos à mesma esfera de raio r. exterior às faces laterais do prisma.
Poliedros Tetraedro Cubo Octaedro b) A fração do volume da mesma esfera que se encontra
regular na parte exterior às bases do prisma.
Áreas (m2 ) 72 Obs: A esfera não é inscrita nem circunscrita ao
totais prisma; as 8 faces do prisma seccionam a esfera.
Volume (m3 ) 72 36
3a Questão
Em um triângulo qualquer conhecem-se:
1a Questão, Item 3 (i) Um lado: b = 70,7 mm.
O triângulo de lados a, b e c (alturas respectivas ha , hb e (ii) O raio do cı́rculo circunscrito: R = 50 mm.
hc ) é semelhante ao triângulo de lados respectivamente
1 1 1 (iii) A área do triângulo: S = 2850 mm2 .
ha , hb e hc . pede-se determinar a razão de semelhança
K do 1 para o 2o triângulo e exprimi-la, a seguir, em
o Sabe-se ainda que a > c. Calcular:
função de a, b e c. a) Os ângulos A, B e C desse triângulo.
1a Questão, Item 4 b) Os lados a e c.
O setor circular representado na figura abaixo é a su-
perfı́cie lateral planificada de um cone reto de base cir- Obs: Utilizar na solução desta questão a tábua de li-
cular. Determinar o volume do cone. nhas trigonométricas naturais anexa.

16 cm

π √
α= . 7 radianos
2

1a Questão, Item 5
Um triângulo retângulo cujos catetos são a = 3 cm e
b = 4 cm, gira sucessivamente em torno do cateto b e
da hipotenusa c, gerando respectivamente os volumes
Vb e Vc . Calcular a relação entre esses volumes.

a b
h
m n
c

v10 
c SLN
107

IME 1949/1950 - Álgebra


1a Questão

a) Sendo Y = Z1 = G−iB e Z = R+iX, onde i = −1
e G, B, R e X são quantidades reais, determinar G
e B em função de R e X.
b) Calcular
2πi 1
(i) e 3 ; (ii) e 2 loge 3 ,

onde e = 2,71828 . . ., π = 3,14159 . . ., i = −1.
c) Transformar o determinante

f1 . cos θ + g1 . sen θ f2 . cos θ + g2 . sen θ

∆=
−f1 . sen θ + g1 . cos θ −f2 . sen θ + g2 . cos θ

no produto de dois determinantes. Calcular, então


o valor de ∆.
d) Escrever o termo geral da série

1 x3 1.3 x5 1.3.5 x7
x − . + 2 . − 3 . + ...
2 3 2 .2! 5 2 .3! 7

e) Aplicando o critério da relação, determinar a natu-


1
reza da série cujo termo geral é un = nn+2 .
f) Resolver a equação

1 1 1

a
b c =0

a2 b2 c +x
2

2a Questão
2ex
Sendo F (x) = 3 , achar a derivada F  (x), dando
(1+4e2x ) 2
o resultado na forma mais simples. Calcular, com três
algarismos decimais, o valor real de x que anula F  (x).
Obs: e = 2,71828 . . ., log10 2 = 0,3010, loge 10 =
2,3026.
3a Questão, Item 1
Discutir e resolver, com emprego de determinantes o
sistema



4x + 3y + 2z = 16
3x + 4y + 5z = 33


x+ y+ z= 7

3a Questão, Item 2
Dada a equação
3x4 + 4x3 − 12x2 + 32 = 0
pedem-se:
a) Formar a seqüência de Rolle e determinar a natureza
das raı́zes da equação.
b) Calcular essas raı́zes.

v10 
c SLN
108

IME 1949/1950 - Geometria


e) Traçar os cı́rculos que passam pelo ponto A e são
1a Questão, Item 1 tangentes às retas L1 e L2 (figura 3).
Obs: Os cı́rculos procurados são homotéticos a um
a) Quais são os poliedros regulares? Caracterizar cada cı́rculo qualquer tangente às duas retas. Fazer a
um dos poliedros regulares pelo número F de faces, construção gráfica utilizando a própria figura 3.
pelo número n de lados de cada face e pelo número
p de arestas de cada ângulo sólido. L1
Nome do poliedro F n p

Responder este item preenchendo o quadro acima. L2


b) Superfı́cies homólogas de dois sólidos semelhantes
são respectivamente iguais a 45 e 80 cm2 . Se o vo- Figura 3
lume do primeiro sólido é de 30 cm3 , qual o volume
V2 do segundo?
sln: A figura 3 foi ligeiramente escalada para efeito
c) Calcular o volume V de um octaedro regular inscrito de diagramação.
em um cilindro equilátero de raio r. Construir, na
figura 1, um esboço deste octaedro. f) Sobre a superfı́cie de uma esfera tem-se um ponto
fixo M e um ponto móvel P . Qual o lugar
geométrico dos pontos médios dos segmentos M P ?
Por que? Qual o volume V do sólido limitado por
esse lugar geométrico, em relação ao volume da es-
fera?

2a Questão
Dois cones retos circunscritos a uma mesma esfera de
raio r têm volumes iguais.
a) Determinar a altura H de um dos cones quando se
conhece a altura h do outro. Exprimir o resultado
em função de r e h.
Figura 1 b) Para que valor de h a solução H = h será única?
Determinar, nesse caso, a relação entre a superfı́cie
d) Um retângulo ABCD gira em torno de um eixo Y  Y , total do cone e a superfı́cie da esfera.
situado no seu plano e paralelo ao lado AD (figura
2). Determinar a área total A do sólido gerado, em
função das dimensões indicadas na figura, onde d > 3a Questão
b Resolver o triângulo conhecendo-se um lado, a = 86,6
2 é a distância do centro do retângulo ao eixo de mm, a soma dos dois outros, b + c = 162,8 mm, e o
rotação.
raio do cı́rculo circunscrito, R = 50,0 mm. Utilizar na
Y solução desta questão a tábua de linhas trigonométricas
b
naturais anexa.
A B Obs: Anexo - Tábua das linhas trigonométricas natu-
rais dos ângulos de 0o a 90o .
d
h

D C
Y
Figura 2

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109

Soluções

Álgebra Geometria
1977/1978 X X
1978/1979 X X
1979/1980 X X
1980/1981 X X
1981/1982 X X
1982/1983 X X
1983/1984 X X
1984/1985 X X
1985/1986 X X
1986/1987 X X
1987/1988 X X
1988/1989 X X
1989/1990 X X
1990/1991 X X

Matemática
1991/1992 X
1992/1993 X
1993/1994 X
1994/1995(∗5) X
1995/1996 X
1996/1997 X
1997/1998 X
1998/1999 X
1999/2000 X
2000/2001 X
2001/2002 X
2002/2003 X
2003/2004 X
2004/2005 X
2005/2006 X

Objetiva Matemática
2006/2007 X X

(*5): Foi incluı́da a prova do Ciclo Básico para alunos militares.

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110

IME 2006/2007 - Objetiva


3a Questão [Valor: 0,25]
1a Questão [Valor: 0,25] Um quadrado de lado igual a um metro é dividido em
Sejam z e w números complexos tais que: quatro quadrados idênticos. Repete-se esta divisão com
os quadrados obtidos e assim sucessivamente por n ve-
zes. A figura abaixo ilustra as quatro primeiras etapas
desse processo. Quando n → ∞, a soma em metros
 dos perı́metros dos quadrados hachurados em todas as
w2 − z 2 = 4 + 12i
z − w = 2 + 4i etapas é:

onde z e w representam, respectivamente, os números


complexos conjugados de z e w. O valor de z + w é:

1m
Solução: (D) 2 − 2i
Desenvolvendo o sistema, tem-se
Primeira etapa Segunda etapa


w2 − z 2 = (w − z)(w + z) = 4 + 12i
z − w = z − w = 2 + 4i = 2 − 4i

e assim

Terceira etapa Quarta etapa


4 + 12i (4 + 12i)(−2 − 4i)
z+w = = = 2 − 2i
−(2 − 4i) (−2 + 4i)(−2 − 4i)
Solução: (C) 8
Da figura, a soma desejada é dada por
1 1 1
S = 4(1 + + + + . . .) = 8
2 4 8
2a Questão [Valor: 0,25]
Seja N um número inteiro de 5 algarismos. O número 4a Questão [Valor: 0,25]
P é construı́do agregando-se o algarismo 1 à direita de Se r1 e r2 são raı́zes reais distintas de x2 + px + 8 = 0,
N e o número Q é construı́do agregando-se o algarismo é correto afirmar que:
1 à esquerda de N . Sabendo-se que P é o triplo de Q, √
o algarismo das centenas do número N é: Solução: (A) |r1 + r2 | > 4 2
Por Girard, (r1 + r2 ) = −p. Como as raı́zes são reais e
distintas o discriminante da equação é positivo, ou seja
Solução: (E) 8 √
Do enunciado p2 − 4 × 8 > 0 ⇒ p2 > 32 ⇒ |p| > 4 2

e assim |r1 + r2 | > 4 2.

P = 10N + 1 5a Questão [Valor: 0,25]
Q = 100.000 + N Considere o sistema de equações dado por:

x + y + 2z = b1
2x − y + 3z = b2
5x − y + az = b3
e como P = 3Q, então
Sendo b1 , b2 e b3 valores reais quaisquer, a condição
para que o sistema possua solução única é:

10N + 1 = 3(100.000 + N ) ⇒ 7N = 299.999 Solução: (C) a = 8


Para solução única, o determinante da matriz carac-
terı́stica do sistema deve ser não nulo, ou seja
−a + 15 − 4 + 10 + 3 − 2a = 0 ⇒ a = 8
Logo, N = 42.857, cujo algoritmo da centena é 8.

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111

6a Questão [Valor: 0,25] 9a Questão [Valor: 0,25]


Seja f : R → R, onde R é o conjunto dos números reais, Sabendo que log 2 = 0,3010, log 3 = 0,4771 e log 5 =
tal que: 0,6989, o menor número entre as alternativas abaixo é:

f (4) = 5 Solução: (A) 430
f (x + 4) = f (x).f (4)
 30
 4 = 260
O valor de f (−4) é: 
 924 = 348 

log 430 = 60 log 2 = 18,06
1 2540 = 580 > 260 ⇒
Solução: (D) 
 20 80 60 log 924 = 48 log 3 = 22,9008
5 
 81 15= 3 60> 2 60
Para x = 0 e x = −4, tem-se, respectivamente, que 625 = 5 > 2
 
f (0 + 4) = f (0).f (4)  f (0) = 1 10a Questão [Valor: 0,25]
⇒ f (0) 1 Considere os conjuntos A = {(1, 2), (1, 3), (2, 3)} e B =
f (−4 + 4) = f (−4).f (4)  f (−4) = =
f (4) 5 {1, 2, 3, 4, 5}, e seja a função f : A → B tal que:
f (x, y) = x + y
7a Questão [Valor: 0,25]
Um grupo de nove pessoas, sendo duas delas irmãos, É possı́vel afirmar que f é uma função:
deverá formar três equipes, com respectivamente dois, Solução: (A) injetora
três e quatro integrantes. Sabendo-se que os dois irmãos
não podem ficar na mesma equipe, o número de equipes 
que podem ser organizadas é: f (1, 2) = 3
f (1, 3) = 4
Solução: (D) 910 f (2, 3) = 5
Determinando as equipes de 2 e 3 pessoas, a outra
equipe fica automaticamente determinada. Logo, cada elemento do domı́nio de f (x, y) é mape-
Se os irmãos estão nos grupos de 2 e 3 pessoas, têm- ado em um elemento distinto do contra-domı́nio desta
se 2 × C71 formas de compor a equipe de 2 pessoas e função. Apesar disto, o conjunto imagem é apenas uma
C62 formas de compor a equipe de 3 pessoas (já que parte do contra-domı́nio. Assim, f (x, y) é injetora.
o irmão fica determinado e sobram apenas 6 pessoas 11a Questão [Valor: 0,25]
das demais). Logo, neste caso, há 2 × 7 × 2!4! 6!
= 210 O volume do octaedro cujos vértices são os pontos
possibilidades. médios das arestas de um tetraedro regular de volume
Se os irmãos estão nos grupos de 2 e 4 pessoas, têm- V é:
se 2 × C71 formas de compor a equipe de 2 pessoas, C63
formas de compor a equipe de 3 pessoas (já que sobram V
Solução: (A)
apenas 6 pessoas das demais). Logo, neste caso, há 2
2 × 7 × 3!3!
6!
= 280 possibilidades. O volume V do tetraedro de lado  é
2

Se os irmãos estão nos grupos de 3 e 4 pessoas, têm- S3 × h  3
×h
se C72 formas de compor a equipe de 2 pessoas, 2 × C52 V = = 4
formas de compor a equipe de 3 pessoas (já que sobram 3 3
apenas 5 pessoas das demais). Logo, neste caso, há onde a altura h é o outro cateto de √
um triângulo
2!5! × 2 × 2!3! = 420 possibilidades.
7! 5!
retângulo de hipotenusa  e cateto 23  2 3 . Assim,
Assim, o total de possibilidades distintas é 910. √
2  6
8a Questão [Valor: 0,25] h = −
2 2
⇒h=
3 3
Seja a matriz D dada por: 3

  de forma que V =  12 2 .
1 1 1 O volume V  do octaedro de lado  é
D= p q r 
S4 × h    × h
2
sen(P̂ ) sen(Q̂) sen(R̂) V =2× =2×
3 3
na qual p, q e r são lados de um triângulo cujos ângulos onde a altura h é o outro cateto √ de um triângulo
opostos são, respectivamente, P̂ , Q̂ e R̂. O valor do   2
retângulo de hipotenusa  e cateto 2 . Assim,
determinante de D é: √
  2
2
h =   − ⇒ h =
2 2
Solução: (B) 0
Pela Lei dos Senos, 2 2
3

p q r de forma que V  =  3 2 .
= = Do conceito de base média, o lado  do octaedro é
sen(P̂ ) sen(Q̂) sen(R̂) igual à metade do lado  do tetraedro. Logo,

Assim, a matriz D tem duas linhas proporcionais, e com  3 2 V
isto seu determinante é nulo. V = =
24 2

v10 
c SLN
112

12a Questão [Valor: 0,25] 15a Questão [Valor: 0,25]


Seja p(x) = αx3 + βx2 + γx + δ um polinômio do ter- Um homem nascido no século XX diz a seguinte frase
ceiro grau cujas raı́zes são termos de uma progressão para o filho: “seu avô paterno, que nasceu trinta anos
aritmética de razão 2. Sabendo que p(−1) = −1, antes de mim, tinha x anos no ano x2 ”. Em con-
p(0) = 0 e p(1) = 1, os valores de α e γ são, respecti- seqüência, conclui-se que o avô paterno nasceu no ano
vamente: de:

Solução: (D) − 31 e 43 Solução: (A) 1892


O avô nasceu no ano de (x2 − x) e o pai nasceu no
Sejam as raı́zes (r − 2), r e (r + 2). Pelas condições do
ano de (x2 − x + 30). Determinando estes valores para
enunciado, têm-se
diferentes valores inteiros de x, têm-se

−α + β − γ + δ = −1 x x2 − x x2 − x + 30
δ=0 ⇒β=0 40 1560 1590
α+β+γ+δ =1 41 1640 1670
42 1722 1752
Além disto, por Girard 43 1806 1836
44 1892 1922
 45 1980 2010
 (r − 2) + r + (r + 2) = − α
β
=0
(r − 2)r + (r − 2)(r + 2) + r(r + 2) = γ
 α
(r − 2)r(r + 2) = − αδ = 0 Assim, o único valor de (x2 − x + 30) no século XX
é 1922 que corresponde ao ano de nascimento do avô
Logo, r = 0 e assim, igual a 1892.

 
γ = −4α α = − 31

α+γ =1 γ = 43

13a Questão [Valor: 0,25]


Seja p(x) = x5 + bx4 + cx3 + dx2 + ex + f um polinômio
com coeficientes inteiros. Sabe-se que as cinco raı́zes de
p(x) são números inteiros positivos, sendo quatro deles
pares e um ı́mpar. O número de coeficientes pares de
p(x) é:

Solução: (E) 4
Por Girard, −b é a soma das raı́zes, c é a soma dos pro-
dutos dois-a-dois das raı́zes, −d é a soma dos produtos
três-a-três, e é a soma dos produtos quatro-a-quatro e f
é o produto das cinco raı́zes. Como há apenas uma raiz
ı́mpar, b deve ser ı́mpar, enquanto que c, d, e e f devem
ser pares, pois todos os produtos parciais são pares por
terem cada um pelo menos um fator par. Assim, há 4
coeficientes pares de p(x).

14a Questão [Valor: 0,25]


Considere uma circunferência C fixa de raio R. A partir
de dois pontos A e B pertencentes a C, traçam-se retas
tangentes a C que se interceptam num ponto P , tal que
P A = P B = k. Sendo k um valor constante, o lugar
geométrico de P é uma:

Solução: (B) circunferência


Seja O o centro de C. Por Pitágoras,
 
P O2 = P A2 + AO2 = k 2 + R2
2 2 2 2 2 ⇒ PO = k 2 + R2
P O = P B + BO = k + R

Logo, o lugar geométrico


√ de P é a circunferência de
centro O e raio k 2 + R2 .

v10 
c SLN
113

IME 2006/2007 - Matemática


1a Questão [Valor: 1,0]     4a Questão [Valor: 1,0]
3 1 1 0 Sejam C e C ∗ dois cı́rculos tangentes exteriores de raios
r e r∗ e centros O e O∗ , respectivamente, e seja t uma
4 4
Considere as matrizes A = eB= ,
1
4
3
4
0 12 reta tangente comum a C e C ∗ nos pontos não coinci-
e seja P uma matriz inversı́vel tal que B = P −1 AP . dentes A e A∗ . Considere o sólido de revolução gerado
Sendo n um número natural, calcule o determinante da a partir da rotação do segmento AA∗ em torno do eixo
matriz An . OO∗ , e seja S a sua correspondente área lateral. De-
termine S em função de r e r∗ .
Solução:
Como P é inversı́vel, podemos escrever que A = Solução:
P BP −1 e assim, Seja a configuração do enunciado representada na figura
An = P BP −1 × P BP −1 × . . . × P BP −1 = P B n P −1 abaixo. No triângulo retângulo em destaque, tem-se
 
n vezes

Com isto, o determinante de An é tal que (r − r∗ )2 + x2 = (r + r∗ )2 ⇒ x = 2 rr∗
1
det [An ] = det [P B n P −1 ] = detn [B] =
2n e ainda

2a Questão [Valor: 1,0] √


r − r∗ 2 rr∗
Considere uma seqüência de triângulos retângulos cuja sen α = ⇒ cos α =
lei de formação é dada por r + r∗ r + r∗
2
aK+1 = aK
3
4
bK+1 = bK (r − r∗ ) x
5 α
onde aK e bK , para K ≥ 1, são os comprimentos dos α
catetos do K-ésimo triângulo retângulo. Se a1 = 30 cm (r + r∗ ) 
α
e b1 = 42 cm, determine o valor da soma das áreas de α
todos os triângulos quando K → ∞. O O∗ ∗
r∗ d
Solução: r d
Pelas leis de formação, têm-se para K ≥ 1 que
  
 aK = a1 2 K−1  K−1
3 8
⇒ aK b K = a1 b 1
 b = b  4 K−1 15
K 1 5
A área S é a área lateral de um tronco de cone. As-
Logo, a soma desejada é igual a sim, S pode ser obtida pela área lateral S1 de um cone
∞ de raio da base d = r cos α e geratriz ( + x) menos a

S=
aK b K
= 
a1 b 1
=
15a1 b1
= 1350 cm2 área lateral S2 de um cone de raio da base d∗ = r∗ cos α
K=1
2 2 1 − 8
15
14 e geratriz , onde


3a Questão [Valor: 1,0]  +x xr∗ 2r∗ rr∗
Considere o sistema de equações dado por = ⇒= =
r∗ r r − r∗ r − r∗

3 log3 α + log9 β = 10
log9 α − 2 log3 β = 10 Logo,
onde α e β são números reais positivos. Determine o

valor de P = αβ. 2πr2 rr∗ cos α
S1 = πd( + x) =
Solução: r − r∗
Mudando a base dos logaritmos para 3, tem-se √
2π(r∗ )2 rr∗ cos α
 log3 β  √ S2 = πd∗  =

 3 log3 α + = 10  3
 log3 α β = 10 r − r∗
log3 9 ⇒ √
 log3 α  α
 − 2 log3 β = 10  log3 2 = 10 e então
log3 9 β
Com isto, √
√ S = S1 − S2 = 2π(r + r∗ ) rr∗ cos α = 4πrr∗
 α α
α3 β = 2 ⇒ α6 β = 4 ⇒ αβ = 1
β β

v10 
c SLN
114

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação Sejam x1 e x2 as raı́zes da equação x2 +(m−15)x+m =
π π 0. Sabendo que x1 e x2 são números inteiros, determine
log(sen x+cos x) (1 + sen 2x) = 2, x ∈ [− , ]. o conjunto de valores possı́veis para m.
2 2
Solução (Baseada em solução do Poliedro):
Solução: Por Girard,
Como 
x1 + x2 = 15 − m
(sen x + cos x)2 = 1 + 2 sen x cos x = 1 + sen 2x
x1 x2 = m
para todo x real, então a equação é válida para todo o
seu domı́nio, determinado por e assim, eliminando m, tem-se,

  sen 2x > −1
 1 + sen 2x > 0 
 x1 + x1 x2 + x2 = 15 ⇒ (x1 + 1)(x2 + 1) = 16
 √ 1 √ √ 2
sen x + cos x > 0 ⇒ 2 22 sen x + 22 cos x > 0 Logo, (x1 + 1) é divisor de 16. Eliminando x2 , tem-se

 
 1 2
sen x + cos x = 1 √ √ 2


2 2 sen x + 22 cos x = 1 m x1 (15 − x1 )
x1 + = 15 − m ⇒ m =
e assim x1 x1 + 1
 

 sen 2x > −1  x = kπ − π4 Assim, para os possı́veis valores de x1 , tem-se
 √  
2 sen(x + π4 ) > 0 ⇒ x + π4 ∈ (2kπ, 2kπ + π) 
 x1 = −17 ⇒ m = 34 ⇒ x2 = −2
  
 = −9 ⇒ m = 27 ⇒ x2 = −3
 √
 
x + π4 = 2kπ + π2 ∓ π4



x1
2 sen(x + π4 ) = 1  x1 = −5 ⇒ m = 25 ⇒ x2 = −5



 x1 = −3 ⇒ m = 27 ⇒ x2 = −9
com k inteiro. No intervalo x ∈ [− π2 , π2 ], tem-se 
x1 = −2 ⇒ m = 34 ⇒ x2 = −17
 ⇒m=0 ⇒ x2
 x = − π4 
 x1 =0 =0
 
 x1 =1 ⇒m=7 ⇒ x2 =7
π π 

x ∈ (− π4 , π2 ] ⇒ x ∈ (− , 0) ∪ (0, ) 
 x1 =3 ⇒m=9 ⇒ x2 =3

 4 2 

x = π4 ∓ π4 
 x1 =7 ⇒m=7 ⇒ x2 =1

x1 = 15 ⇒m=0 ⇒ x2 =0
6a Questão [Valor: 1,0] de forma que m ∈ {0, 7, 9, 25, 27, 34}.
O quadrilátero BRAS, de coordenadas A(1, 0),
B(−2, 0), R(x1 , y1 ) e S(x2 , y2 ) é construı́do tal que 8a Questão [Valor: 1,0]
RÂS = RB̂S = 90o . Sabendo que o ponto R pertence Considere o conjunto formado por m bolas pretas e
à reta t de equação y = x + 1, determine a equação n bolas brancas. Determine o número de seqüências
algébrica do lugar geométrico descrito pelo ponto S ao simétricas que podem ser formadas utilizando-se todas
se deslocar R sobre t. as m + n bolas.
Obs: Uma seqüência é dita simétrica quando ela possui
Solução: a mesma ordem de cores ao ser percorrida da direita
Seja o ponto R(r, r + 1) e sejam as retas para a esquerda e da esquerda para a direita.
AR : y = ax + b; BR : y = cx + d Solução:
AS : y = ex + f ; BS : y = gx + h Seja φ(a, b) o número de seqüências distintas, não ne-
cessariamente simétricas, que podem ser formadas com
Assim, AR e BR podem ser determinadas por a bolas pretas e b bolas brancas, ou seja

0=a+b r+1 r+1 (a + b)!
AR : ⇒y= x− a
φ(a, b) = Ca+b =
r + 1 = ar + b r−1 r−1 a! b!

0 = −2c + d r+1 r+1 Para seqüências simétricas, a primeira parte da
BR : ⇒y= x+2 seqüência, determina exatamente (por simetria, é claro)
r + 1 = cr + d r+2 r+2
a composição da segunda parte da mesma. Se o número
e as retas AS e BS ficam determinadas por total de bolas é ı́mpar, a bola central deve ser da cor
 que tem um número ı́mpar de bolas. Se o número total
0 1= e +2 f r−1 r−1 de bolas é par, m e n devem ser simultaneamente pares
AS : ⇒y=− x+
e r+1
r−1 = −1 r + 1 r +1 para ser possı́vel formar seqüências simétricas. Assim,
 o número desejado de seqüências simétricas é dado por
= −2g
01 2 +h r+2 r+2 
⇒y=− x−2  φ( m n
2 , 2 ), se m e n são pares
BS :
g r+2 = −1
r+1 

r+1 r+1 
 φ( m , n−1 ), se m é par e n é ı́mpar
2 2
Logo, a interseção de AS e BS é caracterizada por s(m, n) =

 φ( m−1 n
,
r = −(x + 1), e então, para r = −1, evitando que as 
 2 2 ), se m é ı́mpar e n é par

retas AS e BS sejam paralelas, ou seja, para x = 0, o 0, se m e n são ı́mpares
lugar geométrico de S é descrito por x2 +xy +x−2 = 0.

v10 
c SLN
115

9a Questão [Valor: 1,0]


Sejam a, b e c números reais não nulos. Sabendo que
a+b b+c a+c
= = , determine o valor numérico de
c a b
a+b
.
c
Solução:
Se (a + b + c) = 0, podemos adicionar as três frações,
obtendo
a+b b+c a+c 2(a + b + c)
= = = =2
c a b a+b+c
Se (a + b + c) = 0, então c = −(a + b) e assim
a+b
= −1
c

10a Questão [Valor: 1,0]



n
Seja f : N → R uma função tal que f (k) =
k=0
(n + 1)
2008 , onde N e R são, respectivamente, o con-
(n + 2)
junto dos números naturais e o dos números reais. De-
1
termine o valor numérico de .
f (2006)
Solução:
Usando n = 2006 e n = 2005, tem-se, respectivamente,
que
 2006

 2007

 f (k) = 2008 ×
 2008
k=0


2005
2006

 f (k) = 2008 ×
 2007
k=0

Logo,

2006
2005
1
f (2006) = f (k) − f (k) =
2007
k=0 k=0

e com isto
1
= 2007
f (2006)

v10 
c SLN
116

IME 2005/2006
3a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Um trapézio ABCD, de base menor AB e base maior
Sejam a1 = 1 − i, an = r + si e an+1 = (r − s) + (r + s)i CD, possui base média M N . Os pontos M  e N  di-
(n > 1) termos de uma seqüência. Determine, em videm a base média em três segmentos iguais, na or-
função de n, os valores de r e s que tornam esta dem M M  N  N . Ao se traçar as retas AM  e BN  ,
seqüência uma progressão√aritmética, sabendo que r e verificou-se que as mesmas se encontraram sobre o lado
s são números reais e i = −1. CD no ponto P . Calcule a área do trapézio M  N  CD
em função da área de ABCD.
Solução:
Para que a1 , an e an+1 pertençam a uma mesma pro- Solução:
gressão aritmética de razão q, devemos ter que A x B
 
an+1 − an = q −s + ri = q

an+1 − a1 = nq (r − s − 1) + (r + s + 1)i = nq z M’ N’ z
M N
z
Logo,
 
r − s − 1 = −ns r + (n − 1)s = 1
⇒ D P C
r + s + 1 = nr r(1 − n) + s = −1 y

e assim, Sejam AB = x, M N = 3z e CD = y. No triângulo


 ∆ABP , M  N  é base média relativa ao lado AB, e
r= n
n2 −2n+2
então, x = 2z. Nos triângulos ∆ACP e ∆BDP , M M 
n−2 e N  N são bases médias relativas ao lados DP e CP ,
s= n2 −2n+2 respectivamente, e então, DP = CP = 2z, e assim,
y = 4z. Logo, as áreas de M  N  CD e ABCD são tais
que
2a Questão [Valor: 1,0]   
Considere o polinômio SM  N  CD = M N 2+CD h = z+4z
2 h= 2
5zh

AB+CD 2z+4z
SABCD = 2h = 2 2h = 6zh
p(x) = x5 − 3x4 − 3x3 + 27x2 − 44x + 30 2
e assim
Sabendo que o produto de duas de suas raı́zes comple- 5
SM  N  CD = SABCD
xas é igual a 3 − i e que as partes reais e imaginárias de 12
todas as suas raı́zes complexas são inteiras e não-nulas,
calcule todas as raı́zes do polinômio. 4a Questão [Valor: 1,0]
Seja Dn = det(An ), onde
Solução:  2 −1 
0 0 ... 0 0
Sejam (a ∓ bi), (c ∓ di) e e as raı́zes de p(x). Logo, por
Girard, têm-se que  −1 2 −1 0 ... 0 0 
 0 −1 2 −1 ... 0 0 
 An = 
 ... ... ... ...


 ... ... ... 
2a + 2c + e = 3 0 0 0 0 ... 2 −1
(a2 + b2 )(c2 + d2 )e = −30 = −2 × 3 × 5 0 0 0 0 . . . −1 2 n×n
Determine Dn em função de n (n ∈ N, n ≥ 1).
e, como a, b, c e d são inteiros não nulos, têm-se, da
segunda equação, que Solução:
 Aplicando Laplace na primeira coluna, tem-se

 e = −3 −1 0 0 . . . 0 0
(a2 + b2 ) = 2 ⇒ (a2 , b2 ) = (1, 1)
−1 2 −1 . . . 0 0
 (c2 + d2 ) = 5 ⇒ (c2 , d2 ) = (4, 1) ou (1, 4)
Dn = 2Dn−1 −(−1) . . .. . . . . . . . . . . . . . .
0 0 0 . . . 2 −1

pois o fator −3 não pode ser colocado na forma (m2 + 0 0 0 . . . −1 2
(n−1)×(n−1)
n2 ), com m e n inteiros não nulos. Assim, da equação Aplicando Laplace na primeira linha, tem-se
(2a + 2c + e) = 3, têm-se
Dn = 2Dn−1 + (−1)Dn−2

a = 1, b = 1 o que gera uma recursão com equação caracterı́stica
a+c=3⇒
c = 2, d = 1 z 2 − 2z + 1 = (z − 1)(z − 1) = 0
Assim, a solução geral é da forma
Logo, as raı́zes de p(x) são 
Dn = c1 (1n ) + c2 n(1n ) = c1 + c2 n
x ∈ {(1 ∓ i), (2 ∓ i), −3} ⇒ Dn = 1 + n
D1 = 2; D2 = 3

v10 
c SLN
117

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Determine os valores de x, y, z e r que satisfazem o Considere os pontos A(−1, 0) e B(2, 0) e seja C uma
sistema circunferência de raio R tangente ao eixo das abscissas
r
Cr+y = logy x na origem. A reta r1 é tangente a C e contém o ponto
A e a reta r2 também é tangente a C e contém o ponto
logy z = 4 + logx z B. Sabendo que a origem não pertence às retas r1 e
y r2 , determine a equação do lugar geométrico descrito
Cr+y = logx z + logz z
p
pelo ponto de interseção de r1 e r2 ao se variar R no
onde Cm representa a combinação de m elementos to- intervalo (0, ∞).
mados p a p e logc B representa o logaritmo de B na
base c. Solução:
Existem duas possı́veis circunferências C descritas por
Solução:
Lembrando que Cr+y y r
= Cr+y , então x2 + (y ∓ R)2 = R2 ⇒ x2 + y 2 = ±2yR

logy x = logx z +1 Seja a C acima do eixo das abscissas. Os pontos de
⇒ logy z = 3+logy x ⇒ z = xy 3 tangência, (x1 , y1 ) e (x2 , y2 ), de r1 e r2 com C são as
logy z = 4+logx z
respectivas soluções de
Usando esta relação na segunda equação do enunciado,  2 2
e definindo a = logy x, têm-se x1 +y1 = 2y1 R 1 2
−2R2
⇒ x 1 = −y 1 R ⇒ 2 ,
R +1 R +1
2R
2
logy xy 3 = 4 + logx xy 3 ⇒ (x1 +1)2 +y12 = 1
 2 2
3 x2 +y2 = 2y2 R 1 2 2
3+a=4+1+ ⇒ ⇒ 2x 2 = y 2 R ⇒ 4R
2 ,
R +4 R +4
8R
2
a (x2 −2)2 +y22 = 4
a2 − 2a − 3 = (a + 1)(a − 3) = 0 ⇒ Logo, as equações de r1 , que passa por A e (x1 , y1 ), e
1 r2 , que passa por B e (x2 , y2 ), são, respectivamente,
x = ou x = y 3 
y 2R
r1 : y = 1−R 2 (x + 1)
A opção xy = 1 inviabiliza a primeira equação do enun-
ciado. Assim, x = y 3 e então z = y 6 , de forma que r2 : y = − 4−R
4R
2 (x − 2)

(r + y)! r=1ey=2 cuja interseção (x0 , y0 ) é tal que
y
Cr+y = =3⇒ ou  
r!y! r=2ey=1 2x0 R2 4R
y1 = y2 ⇒ R = 2
⇒ ,
A segunda opção, porém, é inviável, pois y = 1 é base x0 − 1 R2 − 2 2 − R2
de logaritmo. Logo, √
com R = 2, que torna r1  r2 . Assim, o lugar
x = 8; y = 2; z = 64; r = 1 geométrico desejado é descrito por
5
6a Questão [Valor: 1,0] 4 x−1 2x 
2x
2x ⇒ y = 2(1 − x)
Os ângulos de um triângulo estão em progressão y=
aritmética e um deles é solução da equação trigo- 2 − x−1 x−1
nométrica
sln: Esta equação corresponde a dois sub-ramos da
(sen x + cos x)(sen2 x − sen x cos x + cos2 x) = 1 hipérbole de focos A e B e descrita por
Determine os valores destes ângulos (em radianos). 1 y2 1
(x − )2 − =
Solução: 2 8 4
Desenvolvendo a equação do enunciado, têm-se com
 
sen3 x + cos3 x = 1 ⇒  0

 √ − 
 (0, 0)
sen x(1 − cos2 x) = 1 − cos3 x ⇒ 2 (−∞, ∞)
R→ √ + ⇒ (x0 , y0 ) →

 
 (∞, −∞)
sen x(1 + cos x) = (1 + cos x + cos2 x) ⇒  2 (1, 0)

1 + cos x + cos2 x
sen x =
1 + cos x y
Logo, usando a equação trigonométrica fundamental,
 2 (1,0)
1 + cos x + cos2 x
+ cos2 x = 1 ⇒ A B x
1 + cos x
(2 cos4 x + 4 cos x + 3) cos2 x = 0 ⇒

−4 ∓ 16 − 24
cos x = 0 ou cos x = sln: Para a outra circunferência C, por simetria em y,
4 têm-se os dois outros sub-ramos da hipérbole descrita
Logo, x = π2 e os três ângulos são { π6 , 2π
6 , 6 }.

acima.

v10 
c SLN
118

8a Questão [Valor: 1,0]


Considere um tetraedro regular de arestas de compri- 9a Questão [Valor: 1,0]
mento a e uma esfera de raio R tangente a todas as Determine o conjunto solução S = {(x, y)|x ∧ y ∈ Z}
arestas do tetraedro. Em função de a, calcule: da equação
a) O volume total da esfera.
b) O volume da parte da esfera situada no interior do
tetraedro.

Solução:
(x + y)k = xy

α
h
a . h
h’
R R
. x sabendo que k é um número primo.
r d
2r r
Solução:
Reescrevendo a equação como
Da figura à esquerda, têm-se
  √ √
h = a2 3  a 6
⇒ h = h 2 − r2 =

r = 13 h = a 6 3 3
ky
x=
Fazendo uma seção no tetraedro, têm-se a figura da y−k
direita, e então
 R
sen α = h−x = 2r
a
R2 = x2 + r2
de forma que têm-se as possı́veis soluções inteiras:
(h − x) 2
= x2 + r2 ⇒ (i) (y − k) = ∓1. Logo, y = (k ∓ 1) e x = k(1 ∓ k).
3
2x2 + 2hx + 3r2 − h2 = 0 ⇒ (ii) k é múltiplo de (y − k) = ∓1. Porém, como k é
√ primo, tem-se que as únicas possibilidades neste caso
24x2 + 8ax 6 − 5a2 = 0 ⇒ são k = ∓(y − k). Logo, y = (k ± k) e x = (k ± k).
√ √ √
−8a 6 ∓ 384a2 + 480a2 a 6
x= = (−2 ∓ 3) (iii) y é múltiplo de (y − k) = ∓1. Com isto, tem-se
48 12
y = a(y − k), com a ∈ Z, e assim x = ka, e então,
Logo, kx
y = x−k . Logo, esta opção gera as soluções simétricas
 √
x = a126 às soluções dadas anteriormente.

R = a4 2 Logo, o conjunto solução completo é da forma
a) O volume V da esfera é

4 3 πa3 2
V = πR =
3 24
b) A porção da esfera no exterior do tetraedro é com- 
posta, por simetria, de quatro calotas iguais (cada 
 (k(1 − k), (k − 1))


calota determinada por cada face do tetraedro) de 
 (k(1 + k), (k + 1))

 (0, 0)
raio da base r e altura
√ √ (x, y) =
 (2k, 2k)
a 2(3 − 3) 

d=R−x= 
 ((k − 1), k(1 − k))
12 


((k + 1), k(1 + k))
Com isto, o volume V  interno desejado é
√ √
 πd 2 πa3 2(8 3 − 9)
V = V − 4 (3r + d ) = 2
6 216

v10 
c SLN
119

10a Questão [Valor: 1,0]


Sejam as somas S0 e S1 definidas por

S0 = Cn0 + Cn3 + Cn6 + Cn9 + . . . + Cn3[n/3]

S1 = Cn1 + Cn4 + Cn7 + Cn10 + . . . + Cn3[(n−1)/3]+1


Calcule os valores de S0 e S1 em função de n, sabendo
que [r] representa o maior inteiro menor ou igual ao
número r.
Obs: Utilize o desenvolvimento em binômio de Newton
de (1 + cis 2π n
3 ) .

Solução:
Seja S = (1 + cis 2π n
3 ) . Seguindo a sugestão do pro-
blema, têm-se
nπ  π n
S = ei 3 e−i 3 + ei 3
π

nπ π n
= ei 3 (2 cos )
3

= ei 3

nπ nπ
= cos + i sen
3 3
e usando o binômio de Newton,

n
2πk
S= Cnk e 3

k=0
2π 4π
= S0 + S1 e 3 + S2 e 3

√ √
1 1 3 3
= [S0 +S1 (− )+S2 (− )]+[S1 ( )+S2 (− )]i
2 2 2 2
onde
S2 = Cn2 + Cn5 + Cn8 + Cn11 + . . . + Cn3[(n−1)/3]+2
Assim, usando a relação básica do binômio de Newton
e igualando as duas expressões para S, têm-se


 S0 + S1 + S2 = 2 n

S0 − 12 (S1 + S2 ) = cos nπ


3
 √3
2 (S1 − S2 ) = sen 3

e então

 S0 = 2n +2 cos nπ
3
3

 n
2 + 3 sen nπ 3 −cos

3
S1 = 3

v10 
c SLN
120

IME 2004/2005
3a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a
Sejam a, b, c, e d números reais positivos e diferentes
x −x
Dada a função f (x) = (156 +156 )
, demonstre que: de 1. Sabendo que loga d, logb d e logc d são termos
2
consecutivos de uma progressão aritmética, demonstre
que:
f (x + y) + f (x − y) = 2f (x)f (y)
c2 = (ac)loga d
Solução:
Obs: Esta questão foi anulada por erro no enunciado.

156x + 156−x 156y + 156−y Solução:


2f (x)f (y) = 2 ×
2 2 Por ser uma progressão aritmética, devemos ter
(x+y) −(x+y) (x−y) −(x−y)
156 + 156 156 + 156
= + 2 logb d = loga d + logc d ⇒
2 2
= f (x + y) + f (x − y) 2 log d log d log d
= + ⇒
log b log a log c
2 log a + log c log(ac)
2a Questão [Valor: 1,0] = = ⇒
log b log a log c log a log c
O sistema de segurança de uma casa utiliza um teclado
numérico, conforme ilustrado na figura. Um ladrão ob- log b
log c2 = log(ac) = log(ac)loga b ⇒
serva de longe e percebe que: log a
• A senha utilizada possui 4 dı́gitos. c2 = (ac)loga b

• O primeiro e o último dı́gitos encontram-se numa


mesma linha. 4a Questão [Valor: 1,0]
Determine o valor das raı́zes comuns das equações x4 −
• O segundo e o terceito dı́gitos encontram-se na li-
2x3 −11x2 +18x+18 = 0 e x4 −12x3 −44x2 −32x−52 = 0.
nha imediatamente superior.
Solução:
Calcule o número de senhas que deverão ser experi- Por inspeção, x = ±3 são raı́zes de P (x) = x4 − 2x3 −
mentadas pelo ladrão para que com certeza ele consiga 11x2 +18x+18, que pode então ser escrito como P (x) =
entrar na casa. (x2 − 9)(x√2 − 2x − 2), cujas duas outras raı́zes são então
x = (1 ± 3). Testando cada uma das quatro raı́zes de
P (x) no outro polinômio Q(x), verifica-se que nenhuma
1 2 3 delas é raiz de Q(x). Assim, não há raı́zes comuns a
P (x) e Q(x).
4 5 6
7 8 9 5a Questão [Valor: 1,0] √
Resolva a equação 2 sen 11x + cos 3x + 3 sen 3x = 0.
0
Solução:
Teclado numerico


1 3
sen 11x + cos 3x + sen 3x = 0 ⇒
Solução: 2 2
Se os primeiro e quarto dı́gitos pertencem à quarta linha π π
sen 11x + sen cos 3x + cos sen 3x = 0 ⇒
do teclado, os segundo e terceiro dı́gitos devem perten- 6 1 π6 2
cer à terceira linha, e neste caso há 3 × 3 combinações
sen 11x + sen + 3x = 0 ⇒
possı́veis.
1π 6 2
Se os primeiro e quarto dı́gitos pertencem à terceira sen + 3x = − sen 11x
linha do teclado, os segundo e terceiro dı́gitos devem 6
pertencer à segunda linha, e neste caso há 3 × 3 × 3 × 3
combinações possı́veis. Logo
Se os primeiro e quarto dı́gitos pertencem à segunda
linha do teclado, os segundo e terceiro dı́gitos devem  
1π 2 −11x + 2kπ  x = − 84
π
+ kπ
pertencer à primeira linha, e neste caso há 3 × 3 × 3 × 3 7
+ 3x = ou ⇒ ou
combinações possı́veis. 6 
11x + π + 2kπ x = − 5π
48 − 4

Assim, um total de 9 + 81 + 81 = 171 combinações
devem ser testadas nesta questão politicamente incor-
reta. com k ∈ Z.

v10 
c SLN
121

6a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Considere um triângulo ABC de área S. Marca-se o Considere uma elipse de focos F e F  , e M um ponto
ponto P sobre o lado AC tal que P A/P C = q, e o qualquer dessa curva. Traça-se por M duas secantes
ponto Q sobre o lado BC de maneira que QB/QC = r. M F e M F  , que interceptam a elipse em P e P  , res-
As cevianas AQ e BP encontram-se em T , conforme pectivamente. Demonstre que a soma (M F /F P ) +
ilustrado na figura. Determine a área do triângulo AT P (M F  /F  P  ) é constante.
em função de S, q e r. Obs: Calcule inicialmente a soma (1/M F )+(1/F P ).

A Solução:
Seja O o centro da elipse de distância focal 2c descrita
P pela equação
T
x2 y2
− =1
a2 b2
B Q C
de modo que os focos possuem coordenadas F ≡ (−c, 0)
e F  ≡ (c, 0). Sejam ainda M ≡ (xo , yo ) e P ≡ (xo , yo ).
Solução:
Seja R a interseção do prolongamento de CT com AB. y
Pelo teorema de Ceva,
M
P A × RB × QC RA q
=1⇒ =
P C × RA × QB RB r
Sejam as áreas denotadas como na figura a seguir. F O F x
P
A

R S6 S1 P
S5 T S2
Pela figura acima, tem-se que
S4 S3

B Q C  M F 2 = y 2 + (c + xo )2
o 2 2
⇒ (M F − M F  ) = 4cxo
 MF 2 = yo2 + (c − xo )2
Assim



S1
= PA
=q  Como (M F + M F  ) = 2a, tem-se então que

 S2 PC S1 +S2 +S3 = QC = 1
S4 QB S4 +S5 +S6 QB r
= =r e  


S3 QC S3 +S4 +S5 = RA = q (M F − M F  ) = 2cx M F = a + cxao

o
 S6 RA q S1 +S2 +S6 RB r a ⇒
S5 = RB
= r

(M F + M F ) = 2a M F  = a − cxao
Juntando os dois sistemas de equações acima, têm-se cx
 Analogamente, terı́amos P F = a + ao .
S1 r(q+1) = S5 (r+q) = S6 (r+q) Os pontos P e M são as interseções da elipse com
q r q
a reta suporte de F M , assim, eles são as soluções do
S1 r(q+1) = S3 q(r+1) = S4 q(r+1) sistema
q r

Logo, como S = (S1 + S2 + S3 + S4 + S5 + S6 ), temos  2


1 22
 x2
que − yb2 = 1
a2 x2
x+c
xo +c yo2
1 2 ⇒ 2 − =1
   y = x+c yo a b2
1 r(q+1) r2 (q+1) r2 (q+1) r(q+1) xo +c
S = S1 1+ + 2 + 2 + +
q q (r+1) q (r+1) q(r+q) (r+q)
  de modo que xo e xo são as raı́zes da equação
q + 1 r(q + 1) r(q + 1)
= S1 + +
q q2 q
∆1 x2 + (2a2 cyo2 )x + a2 ∆2 = 0
(q + 1)(q + r + qr)
= S1
q2 com ∆1 = [a2 yo2 +b2 (xo +c)2 ] e ∆2 = [c2 yo2 −b2 (xo +c)2 ],
e então e assim

Sq 2 2
 xo + x = −2a cyo
2
S1 = o ∆1
(q + 1)(q + r + qr)
 x x = a2 ∆2
o o ∆1

v10 
c SLN
122

Seguindo a sugestão do problema, tem-se que


8a Questão [Valor: 1,0]
Sejam a, b, e c as raı́zes do polinômio p(x) = x3 +rx−t,
onde r e t são números reais não nulos.
1 1
S= +
MF FP a) Determine o valor da expressão a3 +b3 +c3 em função
a a de r e t.
= 2 + 2
a + cxo a + cxo
* +
a 2a2 + c(xo + xo )
= 4 b) Demonstre que S n+1 +rS n−1 −tS n−2 = 0 para todo
a + a2 c(xo + xo ) + c2 xo xo número natural n ≥ 2, onde S k = ak + bk + ck para
1 2
2a2 c2 y 2 qualqure número natural k.
a 2a2 − ∆1 o
= 2a4 c2 y 2 2
a4 − ∆1 o + c2 a∆∆1 2
 
2a3 ∆1 − c2 yo2 Solução:
= 2
a (∆1 a2 − 2a2 c2 yo2 + c2 ∆2 )
* +
2a b2 (xo + c)2 + (a2 − c2 )yo2
= 4 a) Pelas relações de Girard
(a − 2a2 c2 + c4 )yo2 + (a2 b2 − b2 c2 )(xo + c)2
* +
2ab2 (xo + c)2 + yo2
= 2 
(a − c2 )2 yo2 + b2 (a2 − c2 )(xo + c)2 a+b+c=0
2a ab + bc + ac = r
= 2
b abc = t

pois (a2 − c2 ) = b2 . Analogamente, terı́amos Logo, seja T = (a+b+c)3 = 0, têm-se que

1 1 2a T = a3 +b3 +c3 +6abc



S = 
+   = 2 +3a2 b+3ab2 +3b2c+3bc2 +3a2 c+3ac2
MF F P b
= a3 +b3 +c3 −3abc
+3 [a(ab+ac+bc)+b(ab+ac+bc)+c(ab+ac+bc)]
= a3 +b3 +c3 −3t+3(a+b+c)r
Logo, = a3 +b3 +c3 − 3t
=0

  

 MF 1 1 2aM F
 = + MF − 1 = −1 e assim, (a3 + b3 + c3 ) = 3t.
FP M F FP  b2
 MF  1 1 2aM F 

 = + M F −1 = −1
F P  MF F P  b2 b) Definindo, S = S n+1 + rS n−1 − tS n−2 , e usando os
valores de r e t dados acima, têm-se

de modo que a expressão desejada é igual a


S = an+1 + bn+1 + cn+1
+(ab + bc + ac)(an−1 + bn−1 + cn−1 )
−abc(an−2 + bn−2 + cn−2 )
MF MF 2a(M F + M F  )
+   = −2 = an+1 +bn+1 +cn+1 +an (b+c)+bn(a+c)+cn(a+b)
FP F P b2
= an (a + b + c) + bn (a + b + c) + cn (a + b + c)
4a2
= 2 −2 = (an + bn + cn )(a + b + c)
b
2(a2 + c2 ) = 0
=
b2

pois (a + b + c) = 0
que é constante para a elipse dada.

v10 
c SLN
123

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o determinante da matrix n × n em função de Considere os pontos P e Q sobre as faces adjacentes de
b, onde b é um número real tal que b2 = 1. um cubo. Uma formiga percorre, sobre a superfı́cie do
 cubo, a menor distância entre P e Q, cruzando a aresta
2
b +1 b 0 0 ... 0 0 

BC em M e a aresta CD em N , conforme ilustrado na

b b2 +1 b 0 ... 0 0 

figura abaixo. É dado que os pontos P , Q, M e N são

0 b b2 +1 b ... 0 0 

coplanares.
0
0 b b2 +1 . . . 0 0 n linhas a) Demonstre que M N é perpendicular a AC.
. .. .. .. ..
.. 
. .. 
 b) Calcule a área da seção do cubo determinada pelo
. . . . . . . 

0 . . . b +1 b 
2  plano que contém P , Q e M em função de BC = a
0 0 0 

0 0 0 0 ... b b2 +1 
 e BM = b.
 
n colunas

P
Solução:
Aplicando Laplace na primeira coluna, tem-se B C
M
b 0 0 ... 0 0

b b2 +1 b . . . 0 0

0 b b2 +1 . . . 0 0 N Q

∆n = (b +1)∆n−1 −b ..
2
.. .. .. .. ..
. . . . . .
0 0 0 . . . b2 +1 b

0 0 0 . . . b b2 +1

Aplicando Laplace na primeira linha do determinante A D


da equação acima, tem-se que o mesmo é igual a b∆n−2 ,
e assim

∆n = (b2 + 1)∆n−1 − b2 ∆n−2 Solução:


Seja o cubo redesenhado como na figura abaixo, com
Por inspeção, têm-se que todos os seus vértices identificados, onde ainda definem-
 se P  e Q como as interseções dos prolongamentos de
 ∆1 = b2 + 1 P M e QN com as respectivas arestas do cubo.
∆2 = (b2 + 1)2 − b2 = b4 + b2 + 1
 ∆ = (b2 + 1)3 − 2b2 (b2 + 1) = b6 + b4 + b2 + 1 F G
3

. P’
de forma que podemos conjecturar que ∆n = ni=0 b2i . R
É fácil verificar que esta é a solução da recursão obtida P
B C
acima, pois
M
S = (b2 + 1)∆n−1 − b2 ∆n−2

n−1
n−2
2
= (b + 1) b −b
2i 2
b2i S

"n−1
i=0 i=0
# E N H

n−2
n−1 Q
Q’
= b2 b2i − b2i + b2i
i=0 i=0 i=0
A D

n−1
2 2(n−1) 2i
=b b + b
i=0 a) Seja a planificação das faces BCF G e CDGH no

n
plano de ABCD, como visto na figura a seguir. Para
= b2i que o percurso seja de comprimento mı́nimo então
i=0 P , M , N , e Q devem ser colineares, e com isto
= ∆n

Com isto P M̂ B = C M̂ N = N Q̂ D = α
M P̂  B = C N̂ M = QN̂ D = 90o − α

n
b2(n+1) − 1
∆n = b2i =
b2 − 1
i=0 Situando os eixos coordenados x, y e z sobre as ares-
tas AD, AE e AB, respectivamente, com origem em

v10 
c SLN
124

F G
b) A interseção do plano definido por P M N Q com o
cubo é o hexágono P  M N Q SR. Usando o resul-
tado do item anterior, tgα = 1, o plano P  M N Q é
P’
P descrito por

B C G x + y + z = (a + b)
M
Assim, os pontos P  , M , N , Q , S e R têm coorde-
nadas
 
N  P ≡ (0, b, a); M ≡ (b, 0, a)

Q N ≡ (a, 0, b); Q ≡ (a, b, 0)
Q’


A D H
S ≡ (b, a, 0); R ≡ (0, a, b)
Com isto, os lados do hexágono são dados por
A, e considerando que M B = b e BC = a, logo os   √
pontos P  , M , N e Q têm coordenadas 
 P  M = (0−b)2 +(b−0)2 +(a−a)2 = b 2

  √


   M N = (b−a)2 +(0−0)2 +(a−b)2 = (a−b) 2

P ≡ (0, b tgα, a) 
  √

 
 N Q = (a−a)2 +(0−b)2 +(b−0)2 = b 2


 M ≡ (b, 0, a)  √

 Q S = (a−b)2 +(b−a)2 +(0−0)2 = (a−b) 2
 N ≡ (a, 0, a + (b − a)tgα) 


 
  √

  
 SR = (b−0)2 +(a−a)2 +(0−b)2 = b 2
Q ≡ (a, a+(b−a)tgα 

tgα , 0) 
  √
RP  = (0−0)2 +(a−b)2 +(b−a)2 = (a−b) 2
Seja o plano P  M N Q descrito por c1 x+c2 y +c3 z = como representado na figura a seguir.
1. Como P  e M pertencem a este plano, têm-se
 M (a−b) 2 N
c2 b tgα + c3 a = 1
⇒ c1 = c2 tgα
c1 b + c3 a = 1 b 2 b 2
h1
Como N e Q pertencem a este plano, têm-se
P’ Q’
h2
 (a−b) 2 (a−b) 2
 c1 a + [a + (b − a)tgα]c3 = 1
3 4 ⇒ c2 = c3 tgα
 c1 a + a+(b−a)tgα c2 = 1 R b 2 S
tgα

Como BP  = DQ , logo M N  P  Q  RS e


Pelas relações acima, o plano P  M N Q é descrito o hexágono P  M N Q SR pode ser visto
√ como dois
por c3 x tg2 α + c3 y tgα + c3 z = 1. Como M pertence trapézios de base comum P  Q = a 2. Pelas di-
a este plano, mensões dos lados
√ do hexágono, é possı́vel
√ se con-
cluir que h1 = b 6/2 e h2 = (a − b) 6/2, de modo
1 que
c3 b tg2 α + c3 a = 1 ⇒ c3 =  √ √
a + b tg2 α √
 SMP  Q N = MN +P  Q h1 = (a−b) 2+a 2 × b 6
2 2 2
√ √ √
e a equação do plano se torna x tg2 α + y tgα + z =  RS+P  Q (a−b) 6
SRP  Q S = 2 h2 = a 2+b 2
2 × 2
(a + b tg2 α). Como N pertence a este plano,
Com isto,
a tg α + [a + (b − a)tgα] = a + b tg α ⇒
2 2  √
 SMP  Q N = (2ab−b2 ) 3
(a − b)tgα(tgα − 1) = 0 2

 (a2 −b2 ) 3
SRP  Q S = 2
Assumindo que as soluções a = b (M ≡ N ≡ C) e
tgα = 0 (P pertence à aresta BC) não se aplicam e assim
ao problema, logo tgα = 1 e assim α = 45o . Desta √
(2ab + a2 − 2b2 ) 3
forma, M N é paralela à diagonal BD da face ABCD S = SMP  Q N + SRP  Q S =
do cubo e assim M N é perpendicular a AC. 2
sln: As condições do problema, de que P , M , N sln: Com a → b o hexágono se √ degenera em
e Q sejam coplanares e de que o percurso P M N Q um√ triângulo equilátero de lado a 2, cuja área é
seja de comprimento mı́nimo, impõem restrições nas a2 3/2, o que é consistente com o resultado acima.
possı́veis localizações de P e Q.

v10 
c SLN
125

IME 2003/2004
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Calcule o número natural n que torna o determinante Considere uma pirâmide regular de altura h, cuja base é
abaixo igual a 5. um hexágono ABCDEF de lado a. Um plano perpen-
dicular à base e contendo os pontos médios das arestas
AB e BC divide a pirâmide em dois poliedros. Calcule
1 −1 0 0 a razão entre os volumes destes dois poliedros.

0 1 −1 0
−1
0 0 1 Solução:
log (n−1) log (n+1) log (n−1) log (n−1) A área da base Sb é a área de seis triângulos equiláteros
2 2 2 2
de lado a. Logo, o volume total da pirâmide é
1 √ 2
Solução: 6 a2 3
h √
Sb h 4 a2 h 3
Usando Laplace na primeira linha da matriz, o deter- VT = = =
minante desejado D é dado por 3 3 2


1 −1 0
V
D= 0 1 −1
log (n+1) log (n−1) log (n−1)
2 2 2 C

0 −1 0

+ 0 1 −1
log (n−1) log (n−1) log (n−1) C´
2 2 2 a
= log2 (n−1) + log2 (n+1) + log2 (n−1) + log2 (n−1) 2
B´ B y x a 3
= log2 [(n − 1)3 (n + 1)] C D
C´ a
=5 2
B E A´
Logo, devemos ter A´
A
(n − 1) (n + 1) = 2 = 32
3 5
A F

e, por inspeção, n = 3.
Sejam A e C  os pontos médios dos segmentos AB
2 Questão [Valor: 1,0]
a e BC, respectivamente. Seja ainda B  a interseção
Considere o polinômio P (x) = x3 +ax+b de coeficientes do plano com a aresta BV , onde V é o vértice da
reais, com b = 0. Sabendo que suas raı́zes são reais, pirâmide. Para determinarmos o volume V1 do tetrae-
demonstre que a < 0. dro A BC  B  , precisamos determinar a área Sb de sua
base A BC  e a altura h do ponto B  . Estas são facil-
Solução (Baseada em solução de Cesário J. Ferreira): mente determinadas a partir das figuras acima, de onde
Sejam x1 , x2 e x3 as raı́zes de P (x), logo, por Girard, se têm que
têm-se que   √

 
 x= a 3  √
 
 
2
x1 + x2 + x3 = 0  2  S  = xy = a 3

 y= a

b
2 16
x1 x2 + x2 x3 + x1 x3 = a  
x1 x2 x3 = −b 
 4  h = h
 y
 h 4
=
a h
Com isto, podemos ver que
de modo que
(x1 +x2 +x3 )2 = 0 1 √ 2 
a2 3 h √
= x21 +x22 +x23 +2x1 x2 +2x2 x3 +2x1 x3 Sb h 16 4 a2 h 3
V1 = = =
= x21 + x22 + x23 + 2a 3 3 192

Assim, a razão desejada dos volumes é dada por


e assim

a2 h 3
2a = −(x21 + x22 + x23 ) V1
=
V1
= 2 √ 192 2 √ =
1
V2 VT − V1 a h 3 a h 3 95

que é estritamente negativo pois, como b = 0, as raı́zes 2 192
são todas não nulas.

v10 
c SLN
126

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Calcule sen (x + y) em função de a e b, sabendo que o Sendo a, b e c números naturais em progressão
produto ab = 0, que sen x + sen y = a e que cos x + aritmética e z um número complexo de módulo unitário,
cos y = b. determine um valor para cada um dos números a, b, c
e z de forma que eles satisfaçam a igualdade:
Solução:
Seja 1 1 1
+ b + c = z9
za z z
∆ = sen x cos x + sen y cos y
1
= (sen 2x + sen 2y)
2 Solução:
Sejam
= sen (x + y) cos (x − y)

a=b−k
onde o último passo sai da transformação em produto b=b
c=b+k
sen , (a + b) + sen (a − b) = 2 sen a cos b
onde k é a razão da progressão aritmética {a, b, c}.
com a = (x + y) e b = (x − y). Sendo assim,
Do enunciado,
1 1 1
+ b + c = z −a + z −b + z −c
ab = sen x cos x+sen x cos y +sen y cos x+sen y cos y z a z z
= sen(x + y) + ∆ = z −b+k + z −b + z −b−k
 
= sen(x + y)(1 + cos(x − y)) = z −b z k + 1 + z −k
= z9
e ainda
Como z tem módulo unitário, podemos escrever que
a2 + b2 = sen2 x + 2 sen x sen y + sen2 y
+ cos2 x + 2 cos x cos y + cos2 y z = eiθ = cos θ + i sen θ
= 2(1 + cos(x − y))
de modo que
Logo,
 ikθ 
e + 1 + e−ikθ = (1 + 2 cos(kθ))
2ab
sen(x + y) = = ei(9+b)θ
a2 + b 2
= cos[(9 + b)θ] + i sen [(9 + b)θ]

5a Questão [Valor: 1,0] Assim, igualando as respectivas partes reais e ima-


Seja uma função f :
− {0} →
, onde
representa o ginárias, têm-se
conjunto dos números reais, tal que f (a/b) = f (a)−f (b) 
para a e b pertencentes ao domı́nio de f . Demonstre cos[(9 + b)θ] = (1 + 2 cos (kθ))
que f é uma função par. sen[(9 + b)θ] = 0

Solução:
Pela segunda equação, cos[(9 + b)θ] = ±1, logo
Se b = 1,

f (a/1) = f (a) = f (a) − f (1) ⇒ f (1) = 0  sen [(9 + b)θ] = 0
 
cos[(9 + b)θ] = −1 ⇒ cos (kθ) = −1

 ou
Se a = 1 e b = −1, cos[(9 + b)θ] = 1 ⇒ cos (kθ) = 0

f (1/(−1)) = f (−1) = f (1) − f (−1) = 0 − f (−1) A questão pede uma solução qualquer. Por exemplo,
⇒ f (−1) = 0
a = 1; b = 4; c = 7; k = 3; θ = π; z = −1
Se a = −a e b = −1,
que claramente satisfaz as equações acima, de modo que
f ((−a)/(−1)) = f (a) = f (−a) − f (−1) = f (−a) − 0
⇒ f (a) = f (−a) 1 1 1
+ + = −1 + 1 − 1 = −1 = (−1)9
(−1)1 (−1)4 (−1)7
e a função f é par.

v10 
c SLN
127

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Considere a parábola P de equação y = ax2 , com a > 0 . . . 1222
Demonstre que o número 11  . . . 25 é um qua-
e um ponto A de coordenadas (x0 , y0 ) satisfazendo a 
(n−1) n vezes
y0 < ax20 . Seja S a área do triângulo AT T  , onde T e vezes

T  são os pontos de contato das tangentes a P passando drado perfeito.


por A.
a) Calcule o valor da área S em função de a, x0 e y0 . Solução:
b) Calcule a equação do lugar geométrico do ponto A, Seja x o número acima, de modo que
admitindo que a área S seja constante.
c) Identifique a cônica representada pela equação ob- 10x = 11 
. . . 1222
. . . 250
tida no item anterior. (n−1) n vezes
vezes

Solução: e então
Sejam os pontos de contato T e T  das tangentes a P
denotados genericamente por (t, at2 ). As retas tangen- 9x = (10x − x)
tes têm expressão y = 2atx + c, onde a é dado e t e c
devem ser determinados. Como estas tangentes passam = 10 . . 010 .
. . . 025
por A, T e T  , temos então que (n−2) (n−1)
vezes vezes

y0 = 2atx0 + c
⇒ at2 − 2atx0 + y0 = 0 = 10 + 10(n+1) + 25
2n

at2 = 2att + c = 102n + 2 × 10n × 5 + 52


2
cuja solução dá as abscissas dos pontos de tangência = (10n + 5)
 
2ax0 ± 4a2 x20 − 4ay0 y0 É fácil ver, pela soma dos algarismos na segunda linha
t1,2 = = x0 ± x20 −
2a a desta equação, que a expressão final é múltipla de 9,
logo
de modo que
  2
 t1 + t2 = 2x0 (10n + 5)

 x=
 t1 t2 =
y0 3
a 

 y0

 t1 − t2 = 2 x20 − é um número inteiro e quadrado perfeito.
a
9a Questão [Valor: 1,0]
a) A área S é dada por
Ao final de um campeonato de futebol, somaram-se as
pontuações das equipes, obtendo-se um total de 35 pon-
2
1 t1 at12 1 tos. Cada equipe jogou com todos os outros adversários
S = t2 at2 1 apenas uma vez. Determine quantos empates houve no
2 x y0 1 campeonato, sabendo que cada vitória valia 3 pontos,
0
1 cada empate valia 1 ponto e que derrotas não pontua-
= at1 t22 + at21 x0 + t2 y0 − at22 x0 − y0 t1 − at21 t2 vam.
2
1 Solução:
= |(t2 − t1 )(at1 t2 − ax0 (t1 + t2 ) + y0 )|
2  O total de jogos é k = n(n−1) e o total de pontos Tp
y0 y0 2
1 possı́veis para estes k jogos é tal que 2k ≤ Tp ≤ 3k, onde
= 2 x20 − a − ax0 (2x0 ) + y0
2 a a os valores 2k e 3k estão associados aos casos extremos
2  3 em que houve k e 0 empates, respectivamente. Assim,
= √ ax20 − y0 2
a  2n(n−1)  
2 ≤ 35 n2 − n ≤ 35 n≤6
⇒ ⇒
b) Fazendo (x0 , y0 ) ≡ (x, y) e S ≡ S0 , com S0 cons- 3n(n−1) n2 − n ≥ 70 n≥6
35 ≤ 2
3
tante, tem-se

  13 Logo, n = 6 e temos um total de k = 15 jogos. Desta


2  3 S02 a forma, sejam v e e os respectivos números de vitórias e
S0 = √ ax2 − y 2 ⇒ y = ax2 − empates, tais que
a 4
 
v + e = k = 15 v=5
c) Analisando a equação acima, vemos que o lugar ⇒
3v + 2e = Tp = 35 e = 10
geométrico desejado é a parábola P rebaixada de
1 2 2 13
S0 a
um valor 4 . confirmando que houve um total de e = 10 empates.

v10 
c SLN
128

10a Questão [Valor: 1,0]


Um quadrilátero convexo ABCD está inscrito em um
cı́rculo de diâmetro d. Sabe-se que AB = BC = a,
AD = d e CD = b, com a, b e d diferentes de zero.
a) Demonstre que d2 = bd + 2a2 .
b) Se a, b e d são números inteiros e a é diferente de b,
mostre que d não pode ser primo.

Solução:

B a
. C
α .

a b

α α
A α D
d

a) Da figura, AB̂D = AĈD = 90o , e ainda, como


AB = BC, têm-se que AD̂B = AĈB = B D̂C =
B ÂC = α. Do triângulo retângulo ∆ACD, temos
que
b
cos AD̂C = cos 2α =
d
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ∆ABC e
o teorema de Pitágoras no triângulo ∆ACD, temos
respectivamente que



2
AC = a2 + a2 − 2a2 cos AB̂C



 = 2a2 (1 − cos (180o − 2α))

= 2a2 (1 + cos 2α)

 b

 = 2a2 (1 + )

 d
 2
AC = d2 − b2

de modo que
b
2a2 (1 + ) = d2 − b2 ⇒ d2 = db + 2a2
d

b) Seja a hipótese de que d é primo e par. Logo d = 2


e então 2a2 = (4 − 2b), e assim b = 1 (pois b > 0 e
a > 0), de modo que a = 1, o que viola o enunciado
(pois a = b).
Seja a hipótese de que d é primo e ı́mpar. Como
2a2 = d(d − b) e d é ı́mpar, logo (d − b) deve ser par
e tal que (d − b)/2 = dq 2 , com q inteiro, para que a2
seja inteiro. Com isto, devemos ter d(1 − 2q 2 ) = b,
e assim q = 0 (pois b > 0), de modo que d = b e
a = 0, o que viola o enunciado (pois a > 0).
Logo, se d é primo ele não é par nem ı́mpar, de modo
que d não pode ser primo.

v10 
c SLN
129

IME 2002/2003
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Seja z um número complexo de módulo unitário que Dada numa circunferência de raio R, inscreve-se nela
satisfaz a condição z 2n = −1, onde n é um número um quadrado. A seguir, increve-se uma circunferência
zn neste quadrado. Este processo se repete indefinida-
inteiro positivo. Demonstre que é um número mente para o interior da figura de maneira que cada
1 + z 2n
real. quadrado estará sempre inscrito em uma circunferência
e simultaneamente circunscrito por outra. Calcule, em
Solução: função de R, a soma das áreas delimitadas pelos lados
Com z = eiθ , tem-se dos quadrados e pelas circunferências que os circuns-
crevem, conforme mostra a figura.
zn
Z =
1 + z 2n 1
0
0
1
einθ 0
1
=
000000000
111111111
0000000
1111111
1 + ei2nθ
0
1
0000000
1111111
00
11 0
1
einθ 0000000
1111111
00
11
000000
111111
0
1 00
11
= inθ −inθ
e (e + einθ ) 00
1100000
11111
000000
111111
0
1 0
1 00
11
00 R
11
00
11
0
100000
11111
0
1
00000
11111 0
10
100
11
1 00
11
00
1100
11
011
1 0
1
1111
0000
0
1 0
10
10
1
0
100
11
= 00
11
0
1
00
1100
00
1100
11 0
1
11
00
0
1 0
1
0
10
10
100
11
2 cos(nθ) 00
11
00
1100
11
011
1
00
11 0
10
1
1
0
0
1
0
10
1
0
10
1
0
10
1
0
10
100
11
0
1
00
1100
00
11 0
10
1
0
1
000
111
00
11 0
10
1
0
10
1
0
10
10
100
11
0
1
00
1100
11
00
11
00
11 1
0
0
1
000
111 0
10
10
100
11
onde no último passo, usamos as relações de Euler
00
11
0
1
00
11 0000
1111
0
1
111
0000
10
10
100
11
 inθ 00
11 0000
1111
0
1
011111
1
00
11 011
100
e = cos nθ + i sen nθ
00
11 0000
1111
0
1
00000 00
11 R
00
11 0
1
00000
11111 00
11
e−inθ = cos nθ − i sen nθ 0
1
0000000
1111111
0
1
0000000
111111111111111
00000000
0
1
0000000
1111111
Assim, Z é real para todo θ, pois para todo inteiro n, 0
1
pelo mesmo algebrismo anterior, tem-se que 0
1
z 2n = −1 ⇔ cos (nθ) = 0

Solução:
2a Questão [Valor: 1,0] Seja S1 a área do primeiro cı́rculo de raio R1 = R menos
Determine todos os valores reais de x que satisfazem a √
a área do primeiro
√ quadrado de lado 1 , tal que 1 2 =
equação:
2R ⇒ 1 = R 2. Assim, temos que
   
log 12x3 − 19x2 + 8x = log 12x3 − 19x2 + 8x ,
S1 = πR12 − 21 = πR12 − 2R12 = (π − 2)R12
onde log(y) e |y| representam, respectivamente, o loga-
ritmo na base 10 e o módulo de y.

Solução: Seja ainda Sn , para n = 1, 2, . . ., a área do n-ésimo


Para termos |y| = y, devemos ter y ≥ 0, logo cı́rculo de raio Rn menos a √área do n-ésimo quadrado
de lado n , tal que n = Rn 2. Temos que
log(12x3 − 19x2 + 8x) ≥ 0

ou equivalentemente Sn = πRn2 − 2n = πRn2 − 2Rn2 = (π − 2)Rn2

(12x3 − 19x2 + 8x) ≥ 1 √


É fácil ver que 2Rn+1 = n = Rn 2, de modo que
ou seja

P (x) = 12x3 − 19x2 + 8x − 1 ≥ 0 1 1


Sn+1 = (π − 2)Rn+1
2
= (π − 2) Rn2 = Sn
2 2
Vê-se claramente que x = 1 é raiz de P (x), e com isto as
demais raı́zes x = 1/4 e x = 1/3 são facilmente obtidas,
de modo que Com isto, Sn = (1/2)n−1 S1 e então

P (x) = 12(x − 1)(x − 1/4)(x − 1/3) ≥ 0



∞  n−1
1
Por inspeção, o intervalo em que P (x) ≥ 0 é Sn = S1 = 2S1 = 2(π − 2)R2
n=1 n=1
2
x ∈ {[1/4, 1/3] ∪ [1, ∞)}

v10 
c SLN
130

4a Questão [Valor: 1,0] 5a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação tg α+tg (2α) = 2 tg (3α), sabendo-se Sobre uma reta r são marcados os pontos A, B, C e D.
que α ∈ [0, π/2). São construı́dos os triângulos equiláteros ABE, BCF
e CDG, de forma que os pontos E e G se encontram
Solução: do mesmo lado da reta r, enquanto que o ponto F se
Usando senos e cossenos, temos que a expressão do encontra do lado oposto, conforme mostra a figura. Cal-
enunciado é equivalente a cule a área do triângulo formado pelos baricentros de
ABE, BCF e CDG em função dos comprimentos dos
segmentos AB, BC e CD.
sen α cos 2α cos 3α + cos α sen 2α cos 3α =
2 cos α cos 2α sen 3α
E
G
Usando as relações


 sen 2α = 2 sen α cos α

 A D

 cos 2α = 1 − 2 sen2 α



 B C
 sen 3α = sen 2α cos α + sen α cos 2α

 = sen α(3 − 4 sen3 α) F





 cos 3α = cos 2α cos α − sen 2α) sen α


= cos α(1 − 4 sen2 α)
Solução:
Seja um eixo de coordenadas com o eixo das abcissas
a equação anterior se torna coincidindo com a reta r e com o eixo das ordenadas
coincidindo com a altura do triângulo ∆ABE. Sejam
ainda AB = x, BC = y e CD = z. Logo as coorde-
nadas dos três baricentros, G1 , G2 e G3 , dos triângulos
sen α(1 − 2 sen2 α) cos α(1 − 4 sen2 α) + ∆ABE, ∆BCF e ∆CDG, respectivamente, são
cos α(2 sen α cos α) cos α(1 − 4 sen2 α) =
2 cos α(1 − 2 sen2 α) sen α(3 − 4 sen3 α)
 1 √ 2

 G1 ≡ 0, x 6 3

 1 √ 2
ou seja G2 ≡ x+y , − y 3

 1 2 6
√ 2

 G3 ≡ x+2y+z , z 3
2 6
sen α cos α(1 − 6 sen2 α + 8 sen4 α) +
sen α cos α(2 − 10 sen2 α + 8 sen4 α) =
sen α cos α(6 − 20 sen2 α + 16 sen4 α) Logo a área desejada é dada por

e então √
x 3

1 x+y
0 √
1
6

S= − y 3
1
2 x+2y+z
2 √
6
2
sen α cos α(−3 + 4 sen α) = 0 z 3
1
2 6
√ 0 x 1

3
= x+y −y 1
Como α ∈ [0, π/2), temos que cos α = 0, e assim, temos 24 x + 2y + z z 1
as seguintes soluções: √
3
= [x(x+2y +z)+z(x+y)+y(x+2y+z)−x(x+y)]
24

  3
sen α = 0 √ α = 0o = (x + y)(y + z)

sen α = ± 23 α = 60o 12

v10 
c SLN
131

6a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Considere um hexágono regular de 6 cm de lado. De- Sejam A e B dois subconjuntos de N. Por definição,
termine o valor máximo da área de um triângulo XY Z, uma função f : A → B é crescente se a1 > a2 ⇒
sabendo-se que: f (a1 ) ≥ f (a2 ), para quaisquer a1 e a2 ∈ A.
a) Os pontos X, Y e Z estão situados sobre lados do a) Para A = {1, 2} e B = {1, 2, 3, 4}, quantas funções
hexágono. de A para B são crescentes?
b) A reta que une os pontos X e Y é paralela a um dos b) Para A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, . . . , n}, quantas
lados do hexágono. funções de A para B são crescentes, onde n é um
número inteiro maior que zero?
Solução:
Seja o hexágono ABCDEF de lado  = 6 cm. Solução:
A B =Z AZ B
a) Se a imagem do primeiro elemento de A é 1, há qua-
tro possibilidades, 1, 2, 3 e 4, para a imagem do
segundo elemento de A.
X= F C F C Se a imagem do primeiro elemento de A é 2, há três
possibilidades, 2, 3 e 4, para a imagem do segundo
X Y elemento de A.
E D =Y E D Se a imagem do primeiro elemento de A é 3, há duas
(a) (b) possibilidades, 3 e 4, para a imagem do segundo ele-
mento de A.
Se a imagem do primeiro elemento de A é 4, há ape-
a) O hexágono está inscrito em um cı́rculo de raio , nas uma possibilidade, 4, para a imagem do segundo
e o triângulo desejado deverá necessariamente es- elemento de A.
tar no interior (com os vértices possivelmente sobre) Logo, temos um total de possibilidades igual a
deste mesmo cı́rculo. Com esta restrição, o triângulo
de área máxima é o triângulo equilátero inscrito no
4
4
4

mesmo cı́rculo, cujos vértices podem coincidir, por Ta = 1= (5−A1 ) = 4+3+2+1 = 10


exemplo, com os vértices B, D e F do hexágono, A1 =1 A2 =A1 A1 =1
resultando na área máxima igual a
" √ #2 √ b) Seguindo o raciocı́nio anterior, usando o fato de que
2 3 3 √ o somatório dos quadrados dos n primeiros naturais
Sa = = 27 3 é igual a
2 4

n
2n3 + 3n2 + n
b) Seja y a altura do lado XY em relação ao lado ED. k2 =
A base b e a altura h do triângulo ∆XY Z são dadas 6
k=1
então por
 √ neste caso temos um total de possibilidades igual a
 2 3
b=+ y
n
n
n
 √ 3 Tb = 1
h= 3−y
A1 =1 A2 =A1 A3 =A2
de modo que a área desejada é igual a n n

√ √ = (n − A2 + 1)
bh 32 3 + 3y − 2 3y 2 A1 =1 A2 =A1
Sb = =  
2 6
n
n
= (n + 1)(n − A1 + 1) − A2
Esta equação quadrática tem máximo no ponto A1 =1 A2 =A1
médio de suas raı́zes, ou seja em
n  
A1 +n
√ = (n+1) −(n+1)A1 −
2
(n−A1 +1)
∗  3 2
y = A1 =1
4
1
n
* 2 +
e o valor máximo assumido é = (n + 3n + 2) − (2n + 3)A1 + A21
2
A1 =1
81 √  
Sb∗ = 3 1 (1+n) (2n3+3n2+n)
4 = (n2+3n+2)n−(2n+3) n+
2 2 6
Neste caso, a área máxima é obtida quando X e 3 2
n + 3n + 2n
Y são pontos médios dos lados EF e CD com Z =
6
qualquer sobre o lado AB.

v10 
c SLN
132

8a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor:


 1,0] 
3
√ 3

Seja uma pirâmide regular de vértice V e base qua- Demonstre que 20 + 14 2 + 20 − 14 2 é um
drangular ABCD. √O lado da base da pirâmide mede l número inteiro múltiplo de quatro.
e a aresta lateral l 2. Corta-se essa pirâmide por um
plano que contém o vértice A, é paralelo à reta BD, e Solução: 
3
√ 3

contém o ponto médio da aresta V C. Calcule a área Seja c = 20 + 14 2 + 20 − 14 2, logo
da seção determinada pela interseção do plano com a
√ 5 √ √
pirâmide. 3
c3 = (20 + 14 2) + 3 (20 + 14 2)2 (20 − 14 2)
5 √ √ √
Solução: 3
+3 (20 + 14 2)(20 − 14 2)2 + (20 − 14 2)
5
3

= 40 + 3 (400 − 302)(20 + 14 2)
V 
C’ 5 √
B B’ C 3
× (400 − 302)(20 − 14 2)
 5 5 
D’ 3 √ 3 √
= 40 + 3 2 20 + 14 2 + 2 20 − 14 2
A D = 40 + 6c
Logo c satisfaz a equação

V V P (c) = c3 − 6c − 40 = (c − 4)(c2 + 4c + 10) = 0


Como as raı́zes de (c2 + 4c + 10) são complexas e como,
pela sua definição, c é real, assim devemos necessaria-
mente ter que c = 4.
C’
V’’ B’ V’’ D’ 10a Questão [Valor: 1,0]
Considere uma matriz A, n × n, de coeficientes reais,
e k um número real diferente de 1. Sabendo-se que
A V’ C B V’ D A3 = kA, prove que a matriz A + I é invertı́vel, onde I
é a matriz identidade n × n.

O triângulo ∆AV C é equilátero de lado  2. Neste Solução (Baseada em solução do Prof. Bruno Fraga):
triângulo, sejam C  e V  médios de V C e AC, respecti- Definindo a matriz auxiliar B = (A + I), de modo que
vamente. Logo, AC  e V V√ são alturas deste triângulo, A = (B − I), têm-se
√ √
cujo comprimento é  2 23 =  2 6 , e cuja interseção
(B − I)3 = k(B − I)
V  é também o baricentro do triângulo, sendo tal que
V  V  = 13 V V  . ⇒ B 3 − 3B 2 + 3B − I = kB − kI
No triângulo ∆BV D, sejam B  e D as interseções do
plano com BV e DV , respectivamente. Estes pontos ⇒ B 3 − 3B 2 + (3 − k)B = (1 − k)I
estão a mesma altura que V  , logo B  D = 23 BD =
√ ⇒ B[B 2 − 3B + (3 − k)I] = (1 − k)I
2 2
3 .
Usando o operador determinante de uma matriz, det[.],
tem-se então que
B’
det[B] det[B 2 −3B +(3−k)I] = det[(1−k)I] = (1−k)n
V’’ Logo, det[B] = det[A + I] = 0, pois k = 1, e assim
A C’
(A + I) é inversı́vel.

D’

Pela simetria do problema, o quadrilátero AB  C  D


possui as diagonais AC  e B  D perpendiculares entre
si. Logo sua área é
√ √ √
1   
1  6 2 2 2 3
S AB  C  D = AC × B D = × × =
2 2 2 3 3

v10 
c SLN
133

IME 2001/2002
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Calcule a soma dos números entre 200 e 500 que são Considere uma parábola de eixo focal OX que passe
múltiplos de 6 ou de 14, mas não simultaneamente pelo ponto (0, 0). Define-se a subnormal em um ponto
múltiplos de ambos. P da parábola como o segmento de reta ortogonal à
tangente da curva, limitado pelo ponto P e o eixo focal.
Solução: Determine a equação e identifique o lugar geométrico
Dada uma progressão aritmética de primeiro termo a1 , dos pontos médios das subnormais dessa parábola.
último termo an e razão r, o número n de termos e a
soma Sr dos termos são respectivamente iguais a Solução:
 Sejam a parábola C : x = ay 2 , tal que dx = 2aydy,
 an − a1 e um ponto P ≡ (ay02 , y0 ) pertencente a ela. A reta
 n= +1
r tangente x = αt y + βt à C em P é tal que
 
 Sr = (a1 + an )n
dy |y=y0 = 2ay0
αt = dx
2
βt = x0 − αt y0 = ay02 − (2ay0 )y0 = −ay02
Com isto, entre 200 e 500, os múltiplos de 6, de 14 e de
(6 e 14) perfazem progressões aritméticas de razões 6, Já a reta ortogonal x = αo y + βo à C em P é tal que

14 e mmc [6, 14] = 42, respectivamente, tais que αo = −1 −1
αt = 2ay0
  −y0
a1 = 204 n = 50 βo = x0 − αo y0 = ay02 − 2ay 1
= ay02 + 2a
r=6: ⇒ 0
an = 498 S = 17550
  6 cuja interseção com o eixo OX é P  ≡ (ay02 + 2a
1
, 0).
a1 = 210 n = 21 Assim, o ponto médio PM da subnormal é tal que
r = 14 : ⇒
an = 490 S = 7350  
  14 P + P 1 y0
a1 = 210 n=7 PM = ≡ (xM , yM ) = ay0 + ,
2
r = 42 : ⇒ 2 4a 2
an = 462 S6,14 = 2352
de forma que
Assim, a soma desejada é igual a 
 2 xM − 1
4a 1
S = S6 +S14 −2S6,14 = 17550+7350−2×2352 = 20196 y0 = ⇒ xM = 4ayM
2
+
 y = 2y a 4a
0 M
2a Questão [Valor: 1,0] Com isto, o lugar geométrico desejado é uma parábola
Uma matriz quadrada é denominada ortogonal quando C  similar a C, mas de maior abertura, sem incluir o
a sua transposta é igual a sua inversa. Considerando seu vértice em V  ≡ (0, 4a
1
), já que a subnormal não é
esta definição, determine se a matriz [R], abaixo, é uma definida para o vértice de C.
matriz ortogonal, sabendo-se que n é um número inteiro
e α é um ângulo qualquer. Justifique a sua resposta. 4a Questão [Valor: 1,0]
  Sabe-se que loga b = X, logq b = Y e n > 0, onde n é
cos (nα) −sen(nα) 0
[R] = sen(nα) cos (nα) 0 um número natural. Sendo c o produto dos n termos
0 0 1 de uma progressão geométrica de primeiro termo a e
razão q, calcule o valor de logc b em função de X, Y e
n.
Solução:
Pelo enunciado, R é ortogonal se RRT = RT R = I, Solução:
onde I no caso é a matriz identidade de ordem 3. Veri- Temos que
ficando loga b loga b X
   logq b = ⇒ loga q = =
cos(nα) −sen(nα) 0 cos(nα) sen(nα) 0 loga q logq b Y
RR = sen(nα) cos(nα) 0 −sen(nα) cos(nα) 0 =A
T

0 0 1 0 0 1 e ainda
n−1 n(n−1)

e c = a × aq × . . . × aq n−1 = an q i=0 i
= an q 2

  
cos(nα) sen(nα) 0 cos(nα) −sen(nα) 0 Com isto
R R= −sen(nα) cos(nα) 0
T
sen(nα) cos(nα) 0 =A loga b
0 0 1 0 0 1 logc b =
loga c
onde X
= 3 4
  n
n(n−1)
∆1 ∆2 0 loga a q 2
A= ∆2 ∆1 0
X
0 0 1 = n(n−1)
n+ 2 loga q
com ∆1 e ∆2 definidos por
 X
∆1 = (cos2 (nα) + sen2 (nα)) = 1 = n(n−1) X
n+
∆2 = (sen(nα) cos (nα) − cos (nα) sen (nα)) = 0 2 Y
2XY
=
Assim, A = I e R é uma matriz ortogonal. n[2Y + (n − 1)X]

v10 
c SLN
134

5a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Um cone e um cilindro circulares retos têm uma base
a) Encontre as condições a que devem satisfazer os coe- comum e o vértice do cone se encontra no centro da
ficientes de um polinômio P (x) de quarto grau para outra base do cilindro. Determine o ângulo formado
que P (x) = P (1 − x). pelo eixo do cone e sua geratriz, sabendo-se que a razão
b) Considere o polinômio P (x) = 16x4 − 32x3 − 56x2 + entre a área total do cilindro e a área total do cone é
72x + 77. Determine todas as suas raı́zes sabendo-se 7/4.
que o mesmo satisfaz a condição do item acima.
Solução:
Solução: Seja a figura abaixo, onde h e r são a altura e o raio
da base comuns aos dois sólidos, respectivamente, g é a
(a) Seja o polinômio de quarto grau P (x) = ax4 +bx3 + geratriz do cone e α é o ângulo entre a geratriz e o eixo
cx2 + dx + e. Para termos P (x) = P (1 − x), então do cone.

P (x) = ax4 + bx3 + cx2 + dx + e


= a(1−x)4 +b(1−x)3 +c(1−x)2 +d(1−x)+e α
= a(1−4x+6x2 −4x3 +x4 )+b(1−3x+3x2 +x3 )
+c(1−2x+x2)+d(1−x)+e
= ax4 +(−4a−b)x3 +(6a+3b+c)x2 g
+(−4a−3b−2c−d)x+(a+b+c+d+e) h
e assim, devemos ter


 a=a

 b = (−4a − b) 
b = −2a r
c = (6a + 3b + c) ⇒

 d=a−c
 d = (−4a − 3b − 2c − d)

e = (a + b + c + d + e)
Sejam ainda Scil e Scon as áreas totais do cilindro e
do cone, respectivamente, de forma que
(b) Como as condições acima são satisfeitas, P (x) pode
ser colocado da forma
Scil 2πr2 + 2πrh 2(r + h) 7
= = =
P (x) = q(x(1 − x)) Scon πr2 + πrg r+g 4
= α[x(1 − x)]2 + β[x(1 − x)] + γ
= α(x2 − 2x3 + x4 ) + β(x − x2 ) + γ de modo que

= αx4 + (2α)x3 + (α − β)x2 + βx + γ 


r = 7g − 8h
de modo que r 2 = g 2 − h2


α = a = 16 onde a segunda equação é o teorema de Pitágoras apli-
β = d = 72 cado ao triângulo retângulo de hipotenusa g e catetos
γ = e = 77 r e h. Eliminando r, temos

Com isto, definindo y = x(1 − x), podemos escrever (7g − 8h)2 = g 2 − h2 ⇒ 48g 2 − 112gh + 65h2 = 0
Q(x(1 − x)) = Q(y) = 16y 2 + 72y + 77, cujas raı́zes
são
de forma que

−72 ± 5184 − 4928 −9 ± 2
y1,2 = = √
32 4 112 ± 12544 − 12480 112 ± 8 14 ± 1
g= h= h= h
96 96 12
e como x2 − x + y = 0, as raı́zes em x são
 A opção g = 13h
1± 1 − 4y1,2 12 não satisfaz o problema, pois r seria
x1,2,3,4 = negativo, já que r = (7g − 8h). Logo, g = 5h4 e assim
2
1 ± 1 + (9 ∓ 2)
= h 4 4
2 cos α = = ⇒ α = arc cos
1 √ 1 √ g 5 5
= ± 2 e ± 3
2 2

v10 
c SLN
135

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Quatro cidades, A, B, C e D, são conectadas por es-
tradas conforme a figura abaixo. Quantos percursos di-
ferentes começam e terminam na cidade A, e possuem:
a) Exatamente 50 km? (a) Sejam x, y e z números reais positivos. Prove que:
b) n× 10 km?

A x+y+z √
≥ 3 x.y.z
3
10 km 10 km

10 km
B C 10 km Em que condições a igualdade se verifica?

10 km 10 km
(b) Considere um paralelepı́pedo de lados a, b, c, e área
total S0 . Determine o volume máximo desse parale-
D lepı́pedo em função de S0 . Qual a relação entre a, b
e c para que esse volume seja máximo? Demonstre
Solução: seu resultado.
De cada cidade podemos chegar nas três outras por
um caminho de 10 km. Partindo de A, este proce-
dimento pode ser representado graficamente por uma Solução:
árvore ternária, como na figura abaixo. Sejam x = a3 , y = b3 e z = c3 , com a, b e c reais
A positivos.

n =1 B C D (a) Seja

n =2 A C D A B D A B C
x+y+z √
S= − 3 x.y.z
n =3 BCD ABD ABC BCD ACD ABC BCD ACD ABD 3
a 3 + b 3 + c3
= − abc
n 3
a) Com a distância n×10 km, há um total de 3 percur- (a + b + c) 2
sos distintos partindo de A, e o número de percursos = [(a + b2 + c2 ) − (ab + bc + ca)]
PA (n) que retornam a A é igual ao número de nós 3
no nı́vel (n − 1) diferentes de A. Assim, (a + b + c)
= ×
6
PA (n) = 3 (n−1)
− PA (n − 1) [(a2 −2ab+b2)+(b2 −2bc+c2)+(c2 −2ca+a2)]
de modo que (a + b + c)
= [(a − b)2 + (b − c)2 + (c − a)2 ]
 6
 PA (1) = 0


 PA (2) = 31 − 0 = 3
PA (3) = 32 − 31 = 6

 e assim, S ≥ 0, com a igualdade ocorrendo se e
 PA (4) = 34 − 33 + 32 = 21
3 2 1

PA (5) = 3 − 3 + 3 − 31 = 60 somente se a = b = c, ou seja x = y = z.

b) Generalizando o resultado anterior, tem-se


(b) Pelo item anterior, o valor do volume V = abc é

n−1
máximo para a = b = c, quando o paralelepı́pedo é
PA (n) = (−1)1−i 3n−i um cubo, e então
i=1

Este é o somatório dos (n − 1) termos de uma pro-


gressão geométrica com primeiro termo 3n−1 e razão    32
−1 V = Vmax = a3 S0
3 , de modo que ⇒ Vmax =
  n−1  S0 = 6a2 6
−1
n−1 −1 3
PA (n) = 3 3
−1 = [3n−1 + (−1)n ]
3 −1
4

v10 
c SLN
136

9a Questão [Valor: Solução:


 1,0]√ Um octógono regular de lado  pode ser decomposto
Resolva a equação 5 − 5 − x = x, sabendo-se que
em um quadrado

Q, de lado , quatro retângulos R, de
x > 0.
lados  e  22 , e quatro triângulos retângulos isósceles

Solução: √ T , de catetos  22 , como visto na figura abaixo.
Definindo y = 5 − x, temos as equações
 √  2
y = √5 − x y =5−x
⇒ T R
x= 5−y x2 = 5 − y
2
2
Q
e então, subtraindo uma equação da outra,

(y 2 − x2 ) = (y − x)(y + x) = (y − x)

Assim, temos duas possibilidades


Com isto, a área do octógono é dada por
√ √ " √ #2
y =x ⇒ x= 5−x √
2 2 2 21 2
⇒ x2 + x − 5 = 0 S8 =  + 4 + 4 = 22 (1 + 2)
√ 2 2 2
−1 ± 21
⇒x= e o comprimento da diagonal BF é tal que
2 √ √
2 2 2
BF = EF + BE = 2 + 2 (1 + 2)2 = 22 (2 + 2)
ou
Seja ainda a figura abaixo onde M e N são as in-
√ terseções de XB com Y C e de XB com Y Z, respectiva-
y+x=1 ⇒ 1−x= 5−x mente. Por uma análise dos valores dos ângulos, é fácil
⇒ x2 − x − 4 = 0 ver que Y D ⊥ XB, de forma que os triângulos ∆BM Y
√ e ∆N M Y são retângulos e similares, com BY = N Y .
1 ± 17
⇒x=
2 X Y
α
αα
Eliminando as raı́zes espúrias introduzidas pelas √
elevações ao quadrado, notando que x > 0 e √x < 5,
tem-se que a única solução correta é x = −1+2 21 .
B . o
90 α
M
10 Questão [Valor: 1,0]
a
N
Considere um quadrado XY ZW de lado a. Dividindo-
se cada ângulo desse quadrado em quatro partes iguais,
Aplicando o teorema das bissetrizes no triângulo
obtém-se o octógono regular representado na figura
abaixo. Determine o lado e área desse octógono em ∆XZY , onde XN é bissetriz de Z X̂Y , temos que
função de a. As respostas finais não podem conter ex- NY NZ NY + NZ a √
pressões trigonométricas. = = = √ = 2−1
XY XZ XY + XZ a(1 + 2)

X Y
logo
√ √
BY = N Y = XY ( 2 − 1) = a( 2 − 1)
Pela diagonal Y W , tem-se
√ √ 5 √
A Y W = a 2 = 2BY +BF = 2a( 2−1)+ 2(2+ 2)
H B
e assim
G C √ √ 5 √
a(2 − 2) a(3 − 2 2) 2(2 + 2)
= 5 √ =
F D 2
2(2 + 2)

E Usando este valor na equação de S8 , temos que


√ √
2a2 (2 − 2)2 (1 + 2) √
S8 = √ = a2 (3 2 − 4)
W Z 2(2 + 2)
√ 3
a(2− 2) 2
sln: É possı́vel mostrar que  = 2 .

v10 
c SLN
137

IME 2000/2001
1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Considere a figura abaixo, onde AB = AD = 1, BC = Considere o polinômio de grau mı́nimo, cuja re-
presentação gráfica passa pelos pontos P1 (−2, −11),
x, AC = y, DE = z e AE = w. Os ângulos DÊA,
P2 (−1, 0), P3 (1, 4) e P4 (2, 9).
B ĈA e B F̂ A são retos.
a) Determine o comprimento de AF e de BF em função a) Determine os coeficientes do polinômio.
de x, y, z e w.
b) Determine a tangente do ângulo α em função de x, b) Calcule todas as raı́zes do polinômio.
y, z e w.

B Solução:
Seja o polinômio de terceira ordem (com quatro graus
de liberdade) P (x) = ax3 + bx2 + cx + d. Devemos ter
α

 P (−2) = −8a + 4b − 2c + d = −11

P (−1) = −a + b − c + d = 0
D 
 (1) = a + b + c + d = 4
P
P (2) = 8a + 4b + 2c + d = 9
C
e então
 
16a + 4c = 20 
 a=1
 2a + 2c = 4 b = −1

A E 8b + 2d = −2  c=1

F d=3
2b + 2d = 4

Solução: Assim, há apenas uma solução, o que indica que a or-
Seja G a interseção de BF com AD. Por uma análise dem 3 é mı́nima, tal que
angular, é fácil ver que os triângulos ∆AGF , ∆ADE e
∆BGC são semelhantes, de forma que P (x) = x3 − x2 + x + 3
GF DE GC = (x2 − 2x + 3)(x + 1)
√ √
AF = AE = BC = [x − (1 + 2i)][x − (1 − 2i)](x − 1)
AG AD BG √ √
ou seja e as raı́zes de P (x) são −1, (1 + 2i) e (1 − 2i).

GF z y − AG 3a Questão [Valor: 1,0]


Determine todos os números inteiros m e n para os
AF = w = x
quais o polinômio 2xm + a3n xm−3n − am é divisı́vel por
AG 1 BF − GF x + a.
a) Solução:
 Para P (x), o polinômio acima, ser divisı́vel por (x + a),
 yw − zx

 y − AG = zx
w ⇒ AG = −a deve ser raiz de P (x), isto é

 w



 AF = wAG ⇒ AF = yw − zx
P (−a) = 2(−a)m + a3n (−a)m−3n − am
 z(yw − zx)

 GF = wz AF ⇒ GF = = [2(−1)m + (−1)m−3n − 1]am

 w

 − zx) + x =0

 BF − GF = ⇒ BF =
x z(yw
w w
Sejam então os quatro casos:
Do enunciado, z 2 + w2 = 1, logo podemos reescrever
BF como 
 m par, n par : P (−a) = 2am

zyw − (1 − w )x + x
2
m par, n ı́mpar : P (−a) = 0
BF = = zy + wx ı́mpar, n par : P (−a) = −4am
w 
 m
m ı́mpar, n ı́mpar : P (−a) = −2am
b)
Logo devemos ter: (i) Se a = 0, então m ≥ 0, para
AF yw − zx
tgα = = P (x) = 2xm ser polinômio em x. (ii) Se a = 0, então
BF zy + wx devemos ter m ≥ 3n (que é mais restritiva que m ≥ 0),
para P (x) ser polinômio em x, e ainda m par e n ı́mpar.

v10 
c SLN
138

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Sejam a e b números reais positivos e diferentes de 1. Considere a matrix A = (akj ), onde:
Dado o sistema abaixo: akj = k-ésimo termo do desenvolvimento 54
 √ √ de (1 + ji) ,
ax . b1/y = ab com k = 1, . . . , 55; j = 1, . . . , 55 e i = −1.
2. loga x = log1/b y . log√a b a) Calcule a3,2 + a54,1 .
b) Determine o somatório dos elementos da coluna 55.
determine os valores de x e y.
c) Obtenha uma fórmula geral para os elementos da
Solução: diagonal principal.
Das equações acima, têm-se que
log x log y log b Solução:
2. loga x = log 1b y. log√a b ⇒ 2. =− . Expandindo o binômio de Newton,
log a log b 12 log a
⇒ xy = 1
55

1 √ 1 1 (1 + ji)54 = akj
ax .b y = ab ⇒ x log a + log b = (log a + log b) k=1
y 2
55  
y 54
⇒ xy log a + log b = (log a + log b) = (1)54−k+1 (ji)k−1
2 54 − k + 1
k=1
Juntando os dois resultados, têm-se y = 2 e x = 12 .
a) a3,2 + a54,1 = −5724 + 54i, pois
5a Questão [Valor: 1,0]
Dois números complexos são ortogonais se suas repre- 
52!2! (2i) = −5724
54! 2
a3,2 =
sentações gráficas forem perpendiculares entre si. Prove
54!
que dois números complexos Z1 e Z2 são ortogonais se a54,1 = 53!1! (i)53 = 54i
e somente se:
Z1 Z2 + Z1 Z2 = 0 b) Com j = 55,
Obs: Z indica o conjugado de um número complexo

55 55 

Z. 54
ak,55 = (55i)k−1 = (1+55i)54
54−k+1
Solução: k=1 k=1
Sejam Z1 e Z2 os números complexos

 Z = |Z1 |(cos θ1 + i sen θ1 ) c) Para k = 1, 2, . . . , 55, e j = k, tem-se
 1
Z1 = |Z1 |(cos θ1 − i sen θ1 )
 
 Z2 = |Z2 |(cos θ2 + i sen θ2 )
 54
Z2 = |Z2 |(cos θ2 − i sen θ2 ) ak,k = (ki)k−1
55 − k
onde |Zi | e θi , para i = 1, 2, denotam o módulo e a
fase de Zi , respectivamente. Do enunciado, Z1 ⊥ Z2
equivale a (θ1 − θ2 ) = ± π2 , que por sua vez equivale a 7a Questão [Valor: 1,0]
 Um comandante de companhia convocou voluntários
cos θ1 = cos(θ2 ± π2 ) = ∓sen θ2
para a constituição de 11 patrulhas. Todas elas são
sen θ1 = sen(θ2 ± π2 ) = ± cos θ2 formadas pelo mesmo número de homens. Cada ho-
mem participa de exatamente duas patrulhas. Cada
Com estas relações, podemos escrever Z1 e Z1 como duas patrulhas têm somente um homem em comum.
 Determine o número de voluntários e o de integrantes
Z1 = |Z1 |(∓sen θ2 ± i cos θ2 )
Z1 = |Z1 |(∓sen θ2 ∓ i cos θ2 ) de uma patrulha.

de modo que Solução:


 O total T de voluntários é o número de homens na

 Z Z = |Z1 ||Z2 |(∓sen θ2 cos θ2 ± i sen2 θ2 primeira patrulha, v, mais o número de homens na se-
 1 2 gunda patrulha distintos da primeira patrulha, (v − 1),
±i cos2 θ2 ± cos θ2 sen θ2 )
 Z Z = |Z1 ||Z2 |(∓sen θ2 cos θ2 ∓ isen2 θ2 e assim sucessivamente, até a P -ésima patrulha, toda

 1 2 composta por homens que já participam de outras pa-
∓i cos2 θ2 ± cos θ2 sen θ2 )
trulhas. Logo,
ou seja
 T = v + (v − 1) + . . . + 0 =
Pv
=
(v + 1)v
Z1 Z2 = ±i|Z1 ||Z2 |   2 2
Z1 Z2 = ∓i|Z1 ||Z2 | P patrulhas

de forma que Z1 Z2 +Z1 Z2 = 0 equivale a Z1 e Z2 serem Com P = 11, há v = 10 voluntários em cada patrulha
ortogonais. e um total de T = 55 homens na companhia.

v10 
c SLN
139

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o valor exato de: Sejam r, s e t três retas paralelas não coplanares. São
marcados sobre r dois pontos A e A , sobre s os pontos
      B e B  e sobre t os pontos C e C  de modo que os
4 5 segmentos AA = a, BB  = b e CC  = c tenham o
sen 2 arc cotg + cos 2 arc cossec
3 4 mesmo sentido.
a) Mostre que se G e G são os baricentros dos
triângulos ABC e A B  C  , respectivamente, então
GG é paralelo às três retas.
Solução: b) Determine GG em função de a, b e c.
Sejam

  Solução:
 4 sen θ1 = ± 53 Sejam as retas paralelas r, s e t descritas por

 1
θ = arc cotg ⇒
3
cos θ1 = ± 45   
 x = αt+β x = αt+β  x = αt+β 

   sen θ2 = ± 45 r : y = γt+δ ; s : y = γt+δ ; t : y = γt+δ 

 θ2 = arc cossec 54 ⇒
cos θ2 = ± 35 z = t+φ z = t+φ z = t+φ
Sejam ainda A, A ∈ r, B, B  ∈ s e C, C  ∈ t, tais que
de forma que a soma desejada é dada por    
αt1 + β αt1 + β
A≡ γt1 + δ ; A ≡ γt1 + δ
S = sen 2θ1 + cos 2θ2 t1 + φ t1 + φ
   
= 2 sen θ1 cos θ1 + cos2 θ2 − sen2 θ2 αt2 + β  αt2 + β 
      
3 4 9 16 B≡ γt2 + δ ; B ≡ γt2 + δ
=2 ± ± + − t2 + φ t2 + φ
5 5 25 25    
17 αt3 + β  αt3 + β 
   
= C ≡ γt3 + δ ; C ≡ γt3 + δ
25 t3 + f  t3 + φ
Com isto os baricentros G e G são respectivamente
9 Questão [Valor: 1,0]
a dados por
Prove que para qualquer número inteiro k, os números    
k e k 5 terminam sempre com o mesmo algarismo (alga- A+B +C 1 α(t1 +t2 +t3 )+(β +β +β )
G= ≡ γ(t1 +t2 +t3 )+(δ+δ +δ )
rismo das unidades). 3 3 (t +t +t )+(φ+φ +φ )
1 2 3
      
Solução:  A +B  +C  1 α(t1 +t2 +t3 )+(β +β +β )
G = ≡ γ(t +t +t )+(δ+δ +δ )
Seja k = 10a + b, com b = 0, 1, . . . , 9, de forma que 3 3 (t1+t2+t3)+(φ+φ +φ )
1 2 3

5
k = (10a + b) 5 de forma que
 
= 10(104 a5 + 5 × 103 a4 b + 10 × 102 a3 b2 1 ατ

(G − G) ≡ γτ
+10 × 10a2 b3 + 5ab4 ) + b5 3 τ
com τ = [(t1 + t2 + t3 ) − (t1 + t2 + t3 )].
Assim, k 5 mod 10 = b5 mod 10. Em outras palavras, o
algarismo da unidade de k 5 é o algarismo da unidade a) A reta suporte g do segmento GG tem equação
de b5 , que por inspeção é dado por 
x = αt
 g: y = γt

 b = 0 ⇒ b5 = 0 ⇒ b5 mod 10 = 0 z = t

 b = 1 ⇒ b5 = 1 ⇒ b5 mod 10 = 1



 b = 2 ⇒ b5 = 32 ⇒ b5 mod 10 = 2

 que passa pela origem e é paralela a r, s e t.

 b = 3 ⇒ b5 = 243 ⇒ b5 mod 10 = 3


b = 4 ⇒ b5 = 1024 ⇒ b5 mod 10 = 4 b) O comprimento GG é tal que

 b = 5 ⇒ b5 = 3125 ⇒ b5 mod 10 = 5

 b = 6 ⇒ b5 = 7776 ⇒ b5 mod 10 = 6 GG = G − G



 b = 7 ⇒ b5 = 16807 ⇒ b5 mod 10 = 7 A+B +C A +B  +C 

 = −

 b = 8 ⇒ b5 = 32768 ⇒ b5 mod 10 = 8 3 3


b = 9 ⇒ b5 = 59049 ⇒ b5 mod 10 = 9 AA + BB  + CC 
=
3
Logo, o algarismo da unidade de b5 é o mesmo da uni- a+b+c
=
dade de b, de forma que o algarismo da unidade de k 5 3
é sempre o mesmo da unidade de k.

v10 
c SLN
140

IME 1999/2000
2a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a Considere a, b, e c números reais tais que a < b < c.
Calcule o determinante: Prove que a equação abaixo possui exatamente duas
raı́zes, x1 e x2 , que satisfazem a condição: a < x1 <
b < x2 < c.
1 1 1
+ + =0
1 1 1 1 1 1 1 x−a x−b x−c

1 3 1 1 1 1 1
1 1 5 1 1 1 1 Solução:

D = 1 1 1 7 1 1 1
Para x = a, b, c, a função acima é igual a
1 1 1 1 9 1 1
f (x) = (x − b)(x − c) + (x − a)(x − c) + (x − a)(x − b)
1 1 1 1 1 11 1

1 1 1 1 1 1 13 Sejam os pontos auxiliares a = a + , b = b − , b =
b +  e c = c − , onde  > 0 é um número positivo
aproximadamente zero, se comparado com os valores de
(b − a), (c − a) e (c − b). Determinando o sinal de f (x)
nestes pontos, têm-se que

 f (a ) = (a+−b)(a+−c)+(a+−c)+(a+−b)
Solução: 
 = (a − b)(a − c) + 2(a − c + a − c) + 32


Forma-se uma nova matriz de linhas li a partir da ma- 
 
= −(b−−c)+(b−−a)(b−−c)−(b−−a)


f (b )
triz original de linhas li , para i = 1, 2, . . . , 7, sem alterar = (b − a)(b − c) − 2(b − a + b − c) + 32
o valor de D, com as seguintes operações 
 f (b ) = (b+−c)+(b+−a)(b+−c)+(b+−a)

 = (b − a)(b − c) + 2(b − a + b − c) + 32



 f (c 
) = −(c−−b)−(c−−a)+(c−−a)(c−−b)

= (c − b)(c − a) − 2(c − b + c − a) + 32
  Logo, usando o fato de que  ≈ 0,
 l2 = l2 − l1

 l3 = l3 − l1 

  f (a ) ≈ (a − b)(a − c) > 0
l4 = l4 − l1 

 f (b ) ≈ (b − a)(b − c) < 0
 l5 = l5 − l1
 

 
 l6 = l6 − l1  f (b) ≈ (b − a)(b − c) < 0

f (c ) ≈ (c − b)(c − a) > 0
l7 = l7 − l1
Assim, pela continuidade de f (x), devem existir as
raı́zes a < x1 < b < x2 < c, tais que f (x1 ) = f (x2 ) = 0.
3a Questão [Valor: 1,0]
Assim, usando Laplace na primeira coluna após a trans- Represente graficamente a função:
formação acima, têm-se
1 1 1 1
F (θ) = + + +
1+sen θ 1+cos θ 1+sec θ 1+cossec2 θ
2 2 2

Solução:
1 1 1 1 1 1 1 Para θ = kπ
2 , respeitando assim o domı́nio das funções
2 0 0 0 0 0
0 sec θ e cossec θ, com k ∈ Z, têm-se
0 0 4 0 0 0 0

D = 0 0 0 6 0 0 0 F (θ) =
1
+
1
+
1
+
1
0 0 0 0 8 0 0 1+sen θ 1+cos θ 1+ cos2 θ 1+ sen12 θ
2 2 1

0 0 0 0 0 10 0 cos2 θ sen2 θ
0 0 0 0 0 0 12 =
1
+
1
+ +
1+sen θ 1+cos θ 1+cos θ 1+sen2 θ
2 2 2
2 0 0 0 0 0 1+sen2 θ 1+cos2 θ
0 4 0 0 0 0
= +
0 0 6 0 0 0 1+sen2 θ 1+cos2 θ
= 1×
=2
0 0 0 8 0 0
0 0 0 0 10 0

0 0 0 0 0 12 F(θ)
= 2 × 4 × 6 × 8 × 10 × 12 2
= 46080
2π 3π π π π π 3π 2π θ
2 2 2 2

v10 
c SLN
141

4a Questão [Valor: 1,0] 5a Questão [Valor: 1,0]


Calcule as coordenadas dos pontos de interseção da Determine o polinômio em n, com no máximo 4 ter-
elipse com a hipérbole, representadas na figura abaixo, mos, que representa o somatório dos quadrados dos n
n
sabendo-se que: primeiros números naturais ( k 2 ).
i) Os pontos C e C  são os focos da elipse e os pontos k=1
A e A são os focos da hipérbole. Solução:

ii) BB é o eixo conjugado da hipérbole. Seja, para todo n natural,

n
iii) OB = OB  = 3 m e OC = OC  = 4 m. P (n) = an3 + bn2 + cn + d = k2
k=1

de forma que P (n + 1) = P (n) + (n + 1)2 , e então


Y
P (n+1) = a(n + 1)3 + b(n + 1)2 + c(n + 1) + d
B = an3+3an2+3an+a+bn2+2bn+b+cn+c+d
D’ D = an3+(3a+b)n2+(3a+2b+c)n+(a+b+c+d)
A’ C’ C A = P (n) + (n + 1)2
= an3 + bn2 + cn + d + n2 + 2n + 1
O X = an3 + (b + 1)n2 + (c + 2)n + (d + 1)
E’ E
Logo,
B’ 
  1
(3a + b) = (b + 1)  a= 3
(3a + 2b + c) = (c + 2) ⇒ b = 12
(a + b + c + d) = (d + 1) 

c = 16
Solução: e como P (1) = 1, então d = 0, e assim
As equações da elipse E e da hipérbole H representadas
na figura são da forma n3 n2 n
P (n) = + +
3 2 6
 2 2

 E: x +y =1
2 2
a2 b2 6a Questão [Valor: 1,0]

 H: x −y =1 Seja o conjunto:
c2 d2 D = {(k1 , k2 )| 1 ≤ k1 ≤ 13; 1 ≤ k2 ≤ 4; k1 , k2 ∈ N}.

A elipse é o lugar geométrico dos pontos tais que a Determine quantos subconjuntos L =
soma σ das distâncias aos focos é constante. Como {(x1 , x2 ), (y1 , y2 ), (z1 , z2 ), (t1 , t2 ), (r1 , r2 )}, L ⊂ D,
(0, 3) pertence à E, de focos (±4, 0), então existem com 5 (cinco) elementos distintos, que
satisfazem simultaneamente as seguintes condições:
  i) x1 = y1 = z1 .
σ= 42 + 32 + (−4)2 + 32 = 10 ii) x1 = t1 , x1 = r1 , t1 = r1 .

de modo que A e A são os pontos (±5, 0). Logo, E Solução:


passa pelo pontos (±5, 0) e (0, ±3), de forma que a2 = 1a Interpretação: (conjuntos são ordenados)
25 e b2 = 9. Para (x1 , x2 ) há 52 opções. Assim, y1 e z1 ficam de-
A hipérbole é o lugar geométrico dos pontos tais que a terminados, e há 3 opções de (y1 , y2 ) e 2 de (z1 , z2 ),
diferença δ das distâncias aos focos é constante. Como pois x2 , y2 e z2 devem ser distintos. Além disto, há 12
(4, 0) pertence à H, de focos (±5, 0), então δ = 8 e opções de t1 = x1 , cada uma com 4 opções de t2 , e 11
c2 = 16. Para determinar d2 , seja o ponto (5, y0 ) de H. opções de r1 = x1 , distinto também de t1 , cada uma
Pela definição, com 4 opções.
Logo, o total de opções é 52×3×2×12×4×11×4 = 658944.
5 2a Interpretação: (conjuntos não são ordenados)
8= 102 + y02 − y0 ⇒ y02 + 16y0 + 64 = 100 + y02 Para (x1 , x2 ), (y1 , y2 ) e (z1 , z2 ) só há 13 opções de x1 =
y1 = z1 e 4 opções de x2 , y2 e z2 distintos.  Além
 disto,
12
e então y0 = 94 . Logo, o ponto (5, 94 ) pertence a H, e dos 12 valores de k1 restantes, temos 12!
= 10!2! =
2
então devemos ter d2 = 9.
66 opções de t1 = x1 e r1 = x1 , ambos também distintos
Por tudo isto, as interseções desejadas são as soluções entre si. Para cada t1 há 4 opções de t2 e para cada r1
do sistema E = H, que são√
P, Q ≡ (x√1
, ±y1 ) e R, S ≡ há 4 opções de r2 .
(−x1 , ±y1 ), com x1 = 204182 e y1 = 9 4141 . Logo, o total de opções é 13×4×66×4×4 = 54912.

v10 
c SLN
142

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


As arestas laterais de uma pirâmide regular com n faces As medianas BE e CF de um triângulo ABC se cortam
têm medida l. Determine: 12S
a) A expressão do raio do cı́rculo circunscrito à base, em G. Demonstre que tg B ĜC = 2 , onde
b + c2 − 5a2
em função de l, de modo que o produto do volume S é a área do triângulo ABC; AC = b; AB = c e
da pirâmide pela sua altura seja máximo. BC = a.
b) A expressão desse produto máximo, em função de l
e n. Solução:
Seja a figura abaixo, onde B ĜC = θ = (θ1 + θ2 ), h é a
Solução: altura de G e H a altura do triângulo ∆ABC. Como
Seja h a altura da pirâmide descrita no enunciado, re- G é o baricentro, h = H3 , GE = BG 2 e GF =
CG
2 .
presentada na figura abaixo. aH
Naturalmente, S = 2 = 2 .3ah

A
α

h l
H

F E
R G

θ1 θ2
de forma que h
B C
 a1 a2
R = l sen α l4 A´
⇒ R2 h2 = l4 sen2 α cos2 α = sen2 (2α)
h = l cos α 4
Aplicando a lei dos cossenos nos triângulos ∆BGC,
Seja a base da pirâmide formada por um polı́gono ∆CGE e ∆BGF , temos, respectivamente, que
regular de lado n , apótema an e ângulo central θn = 
2π 2 2
n , onde n é o número de lados do polı́gono, como visto 
 a = BG + CG − 2BG CG cos θ
2
na figura abaixo. 

 b2 BG
2
2 BG
= + CG − 2 CG cos(π − θ)

 4 4 2

 2 2
 c = BG2 + CG − 2BG CG cos(π − θ)
R 4 4 2

an logo
θn

 2 2
n
2  a2 = BG + CG − 2BG CG cos θ
2 2
b2 = BG + 4CG + 4BG CG cos θ

 2 2 2
c = 4BG + CG + 4BG CG cos θ
e assim
Assim, a área Sn da base da pirâmide é b2 +c2 −5a2
b2 +c2 −5a2 = 18BG CG cos θ ⇒ cos θ =
18BG CG
nn an n(2R sen θ2n )(R cos θ2n ) nR2 sen θn
Sn = = = Ainda da figura
2 2 2
e o produto do volume V pela altura h da pirâmide  a1

 sen θ1 =
pode ser escrito como 
 BG



 h
Sn h n sen θn 2 2 nl4 sen θn 
 cos θ1 =
Vh= h= R h = sen2 (2α) BG ah
3 6 24
a2 ⇒ sen θ = sen (θ1 + θ2 ) =

 BG CG
a) Logo, V h é máximo quando 
 sen θ 2 =

 CG
√ 

l 2 
 cos θ2 = h
sen (2α) = 1 ⇒ α = 45 ⇒ h = R =
o
CG
2
de modo que
b) Com o resultado anterior, o valor máximo do pro-
nl4 sen θn sen θ 18ah 12S
duto V h é . tg θ = = 2 = 2
24 cos θ b + c − 5a
2 2 b + c2 − 5a2

v10 
c SLN
143

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Três jogadores, cada um com um dado, fizeram Considere quatro números inteiros a, b, c e d. Prove
lançamentos simultâneos. Essa operação foi repetida que o produto:
cinquenta vezes. Os dados contêm três faces brancas e
três faces pretas. Dessas 50 vezes: (a − b)(c − a)(d − a)(d − c)(d − b)(c − b)
i) Em 28 saiu uma face preta para o jogador I.
é divisı́vel por 12.
ii) Em 25 saiu uma face branca para o jogador II.
iii) Em 27 saiu uma face branca para o jogador III. Solução:
iv) Em 8 saı́ram faces pretas para os jogadores I e III Sejam os termos
e branca para o jogador II. 
v) Em 7 saı́ram faces brancas para os jogadores II e  An = (a − b) mod n


III e preta para o jogador I.  Bn = (c − a) mod n

vi) Em 4 saı́ram faces pretas para os três jogadores. Cn = (d − a) mod n
vii) Em 11 saı́ram faces pretas para os jogadores II e 
 Dn = (d − c) mod n


III.  En = (d − b) mod n
Fn = (c − b) mod n
Determine quantas vezes saiu uma face preta para pelo
menos um jogador. Observando que

Solução: (d − c) = (d − a) − (c − a)
(d − b) = (d − a) + (a − b)
(c − b) = (c − a) + (a − b)
logo
I II 
Dn = (Cn − Bn ) mod n
A B C En = (Cn + An ) mod n
Fn = (Bn + An ) mod n
Analisando as casos em que há zero ou um termo
D múltiplos de 2 dentre os termos (a − b), (c − a) e (d − a),
têm-se que
E F
A2 B2 C2 D2 E2 F2
1 1 1 0 0 0
1 1 0 1 1 0
G 1 0 1 1 0 1
III 0 1 1 0 1 1
e assim há sempre pelo menos dois termos múltiplos
de 2 considerando todos os seis termos, de forma que o
Seja o diagrama de Venn acima, representando o produto dado é sempre múltiplo de 4.
número de resultados preto de cada jogador. Pelo enun- Analisando as casos em que não há múltiplos de 3
ciado, dentre os termos (a − b), (c − a) e (d − a), têm-se que
 A3 B3 C3 D3 E3 F3
 a) : A + B + D + E = 28

 b) : B + C + D + F = 50 − 25 1 1 1 0 2 2



 c) : D + E + F + G = 50 − 27 1 1 2 1 0 2
d) : E = 8 1 2 1 2 2 0

 1 2 2 0 0 0


e) : A = 7

 f) :D=4 2 1 1 0 0 0

g) : D + F = 11 2 1 2 1 1 0
2 2 1 2 0 1
Logo é fácil ver que 2 2 2 0 1 1

 h) : por (e) : A = 7 e assim há sempre pelo menos um termo múltiplo de



 i) : por (a), (d), (e) e (f) : B = 9 3 considerando todos os seis termos, de forma que o

 j) : por (b), (i), (f) e (n) : C = 5 produto dado é sempre múltiplo de 3.
l) : por (f) : D = 4 Pelos resultados anteriores, o produto dado é sempre




m) : por (d) : E = 8 múltiplo de 4 e 3, de forma que é sempre múltiplo de

 n) : por (f) e (g) : F = 7
 12.
o) : por (c), (d), (f) e (n) : G = 4
e então o valor desejado é
A + B + C + D + E + F + G = 44

v10 
c SLN
144

IME 1998/1999
2a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Sejam as funções g(x) e h(x) assim definidas: g(x) =
+ 2 − 4i = 0 e localize-as
Determine as raı́zes de z 2 + 2iz√ 3x − 4; h(x) = f (g(x)) = 9x2 − 6x + 1. Determine a
no plano complexo, sendo i = −1. função f (x) e faça seu gráfico.
Solução: Solução:
Seja f (x) = ax2 + bx + c, de modo que

−2i ± (2i)2 − 4(2 − 4i) √ f (g(x)) = a(3x − 4)2 + b(3x − 4) + c
z1,2 = = −i ± −3 + 4i
2 = 9ax2 + (−24a + 3b)x + (16a − 4b + c)
= 9x2 − 6x + 1
Mas,
para todos valores de x. Assim,
  12  
√ √ −3 4i √ iθ 9a = 9 a=1
−3 + 4i = 5 + = 5e 2 −24a + 3b = −6 ⇒ b=6
5 5
16a − 4b + c = 1 c=9
onde de modo que

cos θ = − 35 f (x) = x2 + 6x + 9 = (x + 3)2
4
sen θ = 5
f(x)
de forma que θ pertence ao segundo quadrante, e assim 12
θ
2 pertence ao primeiro quadrante com 10
 5 √
8
 cos θ = 1+cos θ = 5
6
2 2 5
5 √ 4
 2 5
sen θ2 = 1−cos
2
θ
= 5 2

Desta forma, 6 5 4 3 2 1 0 +1 x

"√ √ #
√ 5 2 5
z1,2 = −i ± 5 + i = −i ± (1 + 2i) 3a Questão [Valor: 1,0]
5 5
Calcule o valor de (1,02)−10 , com dois algarismos signi-
ficativos, empregando a expansão do binômio de New-
e assim z1 = (1 + i) e z2 = −(1 + 3i). ton.
Solução:
Im
2 V = (1,02)−10
1
=
(1,02)10
1 x z1 1
=  
.10 10
Re 110−i (0,02)i
2 1 i=0 10 − i
1
1 2 =      
10 10 10
1+ (0,02)1 + (0,02)2 + (0,02)3 +. . .
1 9 8 7
1
=
1+10×2×10 +45×4×10−4 +120×8×10−6+. . .
−2

2 1
=
1 + 0,2 + 0,018 + 0,00096 + . . .
1
x 3 =
z2 1,21896 . . .
= 0,820 . . .
Logo, (1,02)−10 ≈ 0,82.

v10 
c SLN
145

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Determine θ sabendo-se que: Determine as possı́veis progressões aritméticas para as
1 − cos4 θ 1 + cotg2 θ 2 quais o resultado da divisão da soma dos seus n primei-
i) . = ;
1 − sen4 θ 1 + tg2 θ 3 ros termos pela soma dos seus 2n primeiros termos seja
ii) 0 < θ ≤ 2π radianos. independente do valor de n.

Solução:
Solução: Sejam os 2n termos de uma progressão aritmética, de
A expressão S do enunciado pode ser re-escrita como primeiro termo a1 e razão r,
 
cos2 θ
(1 + cos θ)(1 − cos θ) 
2 2 1 + a1 , . . . , [a1 + (n − 1)r] , (a1 + nr), . . . , [a1 + (2n − 1)r]
S=  sen2 θ 
    
(1 + sen θ)(1 − sen θ)
2 2 sen2 θ n termos n termos
1+
cos2 θ
2
(sen θ + cos θ)2 de forma que a razão das somas S1n dos n primeiros
(1 + cos2 θ)sen2 θ termos e S2n dos 2n primeiros termos é dada por
= sen2 θ
2
(cos θ + sen2 θ)
(1 + sen2 θ) cos2 θ S1n
[a1 +a1 +(n−1)r]n
2a1 + (n − 1)r
cos2 θ = 2
=
2
1 + cos θ S2n [a1 +a1 +(2n−1)r]2n 4a1 + 2(2n − 1)r
= 2
1 + sen2 θ
2 Para que este valor seja igual a uma constante k para
=
3 todo n, devemos ter
Logo
 2a1 + nr − r = 4a1 k + 4nrk − 2rk
4
sen2 θ = 5
3 + 3 cos2 θ = 2 + 2 sen2 θ ⇒
cos2 θ = 1 ou seja
5

de forma que seja (2a1 − r)(1 − 2k) = nr(4k − 1)


" √ #
2 5
α = arc sen Logo, para que a razão desejada seja independente de
5 n, devemos ter a1 = 0 e ainda
então as soluções são 
 r=0
θ ∈ {α, (π − α), (π + α), (2π − α)} ou
 k = 1 ⇒ r = 2a
4 1

5a Questão [Valor: 1,0]


Determine α para que seja impossı́vel o sistema:
 7a Questão [Valor: 1,0]
x + 2y − 3z =4 Determine uma matriz não singular P que satisfaça
3x − y + 5z =2 
6 0
4x + y + (α2 − 14)z = α + 2 a equação matricial P −1 A = , onde A =
0 −1
 
1 2
Solução: .
5 4
Modificando as equações do sistema, têm-se
   Solução:
x+2y −3z = 4
(ii) ← (ii) − 3(i) Pelo enunciado, devemos ter
 ⇒ −7y +14z = −10
(iii) ← (iii) − 4(i)
−7y +(α2 −2)z = α−14       
6 0 p1 p2 6 0 1 2
P = =A=
Fazendo agora a modificação 0 −1 p3 p4 0 −1 5 4

x+2y −3z = 4
(iii) ← (iii) − (ii) ⇒ −7y +14z = −10 Logo,
(α2 −16)z = α−4

 6p1 = 1  
Assim, para que o sistema não tenha solução, devemos 
 −p = 2
2
1
−2
ter ⇒P =
6
 
 6p3 = 5 5
−4
α2 − 16 = 0  6
⇒ α = −4 −p4 = 4
α − 4 = 0

v10 
c SLN
146

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Seja o polinômio P (x) de grau (2n+1) com todos os seus ABCD é um quadrado de lado , conforme figura
coeficientes positivos e unitários. Dividindo-se P (x) por abaixo. Sabendo-se que K é a soma dos quadrados
D(x), de grau 3, obtém-se o resto R(x). Determine das distâncias de um ponto P do plano definido por
R(x), sabendo-se que as raı́zes de D(x) são raı́zes de ABCD aos vértices de ABCD, determine:
A(x) = x4 − 1 e que D(1) = 0. a) O valor mı́nimo de K e a posição do ponto P na
qual ocorre este mı́nimo.
Solução: b) O lugar geométrico do ponto P para K = 42 .
Sejam
D C

 P (x) = x2n+1 + x2n + . . . + x + 1


 A(x) = (x4 − 1)
= (x2 + 1)(x2 − 1)



 = (x3 + x2 + x + 1)(x − 1)
= D(x)(x − 1)

A B
de forma que

Solução:
P (x) x2n+1 + x2n + . . . + x + 1 Considere o quadrado no eixo cartesiano com centro
= na origem de forma que os quatro vértices estejam nos
D(x) x3 + x2 + x + 1
pontos
= x2n−2 + x2n−6 + . . .   

 A ≡ − 2 , − 2

  

 B ≡ ,−
com resto R(x) = (x2n+1−4M + . . . + x + 1), com M 2 2
inteiro e com (2n + 1 − 4M ) mod 4 < 3 para que a  

 C ≡ 2 , 2
divisão tenha terminado. Têm-se então os seguintes 


  
casos: D ≡ − 2 , 2
 Assim, a soma K, para P ≡ (x, y), é dada por
 n par ⇒ (2n + 1 − 4M ) mod 4 = 1
  2  2  2  2
⇒ R(x) = x + 1    
 n ı́mpar ⇒ (2n + 1 − 4M ) mod 4 = 3
 K = x+ + y+ + x− + y+
⇒ divisão continua e R(x) = 0 2 2 2 2
 2  2  2  2
   
+ x− + y− + x+ + y−
2 2 2 2
9a Questão [Valor: 1,0] = 4x2 + 22 + 4y 2
Uma piscina de base retangular tem, em metros, as se-
guintes dimensões: base, 5×6 e altura, 3. Dois terços a) Logo, K é mı́nimo quando P ≡ (0, 0), de forma que
do volume da piscina são ocupados por água. Na su- Kmin = 22 .
perfı́cie superior da água, forma-se uma pequena bolha
de ar. A bolha de ar está eqüidistante das paredes de b) Para K = 2 , tem-se
5m da base. Em relação às paredes de 6m de base, sua
posição é tal que a distância a uma das paredes é o 2
x2 + y 2 =
dobro da distância à outra. Estabeleça um sistema de 2
coordenadas retangulares que tenha como origem um √
dos cantos interiores da piscina e como um dos planos que corresponde à circunferência de raio  2 2 cen-
coordenados a parede de base de 6m mais próxima da trada na origem, ou seja, à circunferência circuns-
bolha. Em relação a este sistema, determine as coorde- crita ao quadrado.
nadas retangulares do ponto onde se encontra a bolha
de ar.

Solução:
A altura da bolha é 23 da altura total, pois ela está na
superfı́cie da água que preenche 23 do volume total, de
forma que z = 2. Como a bolha está equidistante das
paredes de 6 m, então y = 3. Como a distância ao eixo
y é a metade da distância à parede oposta, então x = 53 .
Assim, (x, y, z) = ( 53 , 3, 2).

v10 
c SLN
147

IME 1997/1998
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Determine a solução da equação trigonométrica, sen x+ Determine os valores de λ que satisfaçam a inequação,
√ 4
3 cos x = 1, x ∈ R. 272λ − .27λ + 27−1 > 0, e represente, graficamente, a
9
4
Solução: função, y = 272x − .27x + 27−1 .
Elevando a equação ao quadrado, 9
√ Solução:
sen2 x + 2√3 sen x cos x + 3 cos2 x = 1 Fazendo z = 27λ , tem-se
⇒ 2 3 sen x cos x + 2 cos2 x = 0   
√ 4 1 1 1
⇒ cos x(2 3 sen x + 3 cos x) = 0 z − z+
2
>0⇒ z− z− >0
9 27 3 9
Assim, temos duas possibilidades:
Com isto, temos duas possibilidades:
• cos x = 0 e então, pela equação do enunciado, • z> 1
⇒ 27λ > 1
⇒ 33λ > 3−1 ⇒ λ > − 13
sen x = 1. 3 3

√ • z< 1
⇒ 27λ < 1
⇒ 33λ < 3−2 ⇒ λ < − 23
• (2 3 sen x + 3 cos x)√ = 0 e então, pela equação do 9 9

enunciado, cos x = 23 e sen x = − 12 . Logo devemos ter λ > − 13 ou λ < − 23 . Para o traçado
do gráfico, sejam ainda:
Assim, a solução geral com x ∈ R e k ∈ Z é
 • f (0) = 1 − 4
9 + 1
27 = 16
27 .
x = 2kπ + π2
ou • lim = ∞.
x→∞
x = 2kπ − π6
1
• lim = .
x→−∞ 27
2a Questão [Valor: 1,0]
Resolva e interprete, geometricamente, o sistema ma-
tricial abaixo, em função de α e β.
f(x)
    
1 −2 3 x −4 16
5 −6 7 y = −8 27
6 8 α z β
1
Solução: 27
Modificando as equações do sistema, têm-se 2 1 x
   3 3
x−2y +3z = −4
(ii) ← (ii) − 5(i)
 ⇒ 4y −8z = 12
(iii) ← (iii) − 6(i)
20y +(α−18)z = β +24
4a Questão [Valor: 1,0]
Fazendo agora a modificação Determine os parâmetros α, β, γ e δ da transformação
 αZ + β
x−2y +3z = −4 complexa, W = , que leva os pontos Z =
γZ + δ
(iii) ← (iii) − 5(ii) ⇒ 4y −8z = 12 0; −i; −1 para W = i; 1; 0, respectivamente,
√ bem como,
(α+22)z = β −36 Z para W = −2 − i, onde i = −1.
Assim, temos três possibilidades: Solução:
Usando as transformações indicadas no enunciado, te-
• Se α = −22 e β = 36, o sistema não tem solução, mos as seguintes equações
pois não há uma interseção simultânea dos três pla- 
nos. 
 i = βδ 
 β = δi
−αi+β
• Se α = −22 e β = 36, o sistema tem infinitas 1 = −γi+δ ⇒ −γi + δ = −αi + β


soluções, pois a interseção dos três planos é uma  −α+β α=β
reta. 0 = −γ+δ

• Se α = −22, o sistema tem uma única solução, que de forma que γ = −δ e a transformação é dada por
é o ponto interseção dos três planos, dada por  
δiZ + δi 1+Z
W = = i
 2α+β+8 −δZ + δ 1−Z

 x=
 α+22
Para W = −2 − i, tem-se então que
3α+2β−6
y=  


α+22
 1+Z
z= β−36
−2 − i = i⇒Z =1+i
α+22 1−Z

v10 
c SLN
148

5a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Considere uma elipse e uma hipérbole centradas na ori- Uma embarcação deve ser tripulada por oito homens,
gem, O, de um sistema cartesiano, com eixo focal coin- dois dos quais só remam do lado direito e apenas um,
cidente com o eixo OX. Os focos da elipse são vértices do lado esquerdo. Determine de quantos modos esta
da hipérbole e os focos da hipérbole são vértices da tripulação pode ser formada, se de cada lado deve haver
20
elipse. Dados os eixos da elipse como 10 cm e cm, quatro homens.
3 Obs: A ordem dos homens de cada lado distingue a
determine as equações das parábolas, que passam pelas
tripulação.
interseções da elipse e da hipérbole e são tangentes ao
eixo OY na origem.
Solução:
Solução: Do lado esquerdo, temos 4 posições para o remador ca-
nhoto. Do lado direito, temos 4 × 3 = 12 posições para
os dois remadores destros. Para os demais cinco re-
H Y madores ambidestros, temos 5! = 120 posições. Sendo
assim, o total de posições distintas é 4×12×120 = 5760.
E (0,10/3)
P 7a Questão [Valor: 1,0]
Determine α, β e γ de modo que o polinômio, αxγ+1 +
(−5,0) (5,0) βxγ +1, racional inteiro em x, seja divisı́vel por (x−1)2 e
que o valor numérico do quociente seja igual a 120 para
X x = 1.

(0,−10/3)
Solução:
f (x)
Sejam f (x) = (αxγ+1 + βxγ + 1) e q(x) = (x−1)2 . Pelas
condições do enunciado, devemos ter

 
Solução: f (1) = 0 α+β+1=0

Sejam a elipse E e a hipérbole H do enunciado, repre- f  (1) = 0 (γ + 1)α + γβ = γ(α + β) + α = 0
sentadas na figura acima, cujas equações são da forma
 2 2

 E: x +y =1 Com isto, β = −(1 + α) e γ = α, e então
a22 b22

 H: x −y =1
c2 d2 f (x) = αxα+1 − (1 + α)xα + 1
Como (0, ± 103 ) e (±5, 0) pertencem à E, então

y = 0 ⇒ x = ±5 ⇒ a2 = 25 de forma que
x = 0 ⇒ y = ± 103 ⇒b = 9
2 100

e os focos (±x0 , 0) de E são tais que q(x) = αxα−1 +(α−1)xα−2 +(α−2)xα−3 +. . .+2x+1
 2 √
10 5 5
2
x0 + = 5 ⇒ x0 =
2
3 3 e então
A hipérbole é o lugar geométrico dos pontos tais que
a diferença
√ δ das distâncias aos focos é constante. Como
√ (α+1)α
( 3 , 0) pertence à H, de focos (±5, 0), então δ = 103 5
5 5 q(1) = α+(α−1)+(α−2)+. . .+2+1 = = 120
  2
e c2 = 125 . Para determinar d2 , seja o ponto (5, y0 ) ≡ α termos
√ 9
(5, 2d5 5 ) de H. Assim,
√ 5 √
10 5 20y0 5 500 de modo que
= 10 +y0 −y0 ⇒ y0 +
2 2 2
+ = 100+y02
3 3 9
√ √ √
e então y0 = 4 3 5 . Logo, o ponto (5, 4 3 5 ) pertence a −1 ± 1 + 960
α2 + α − 240 = 0 ⇒ α =
H, e então devemos ter d2 = 100
9 . 2
As interseções de E e H são K, L ≡ (x1 , ±y√ 1) e −1 ± 31
√ ⇒α=
M, N ≡ (−x1 , ±y1 ), com x1 = 5 735 e y1 = 102114 . 2

Como K pertence às parábolas P desejadas, logo P α = 15
têm equação da forma ⇒ β = −16
√ γ = 15
9 35 2
x=± y
40

v10 
c SLN
149

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Uma soma finita de números inteiros consecutivos, Quatro retas se interceptam formando quatro
ı́mpares, positivos ou negativos, é igual a 73 . Deter- triângulos conforme figura abaixo. Prove que os
mine os termos desta soma. cı́rculos circunscritos aos quatro triângulos possuem
um ponto em comum.
Solução:
Seja a soma Sn da seqüência de n termos {a1 , (a1 +
2), . . . , [a1 + (n − 1)2]}
[a1 + a1 + (n − 1)2]n
Sn = = (a1 + n − 1)n = 73
2
Como os fatores (a1 + n − 1) e n devem ser inteiros,
Solução:
temos as seguintes possibilidades:
• n = 1 ⇒ a1 = 73 e a seqüência consiste em {73 }.
A
• n = 7 ⇒ a1 = 72 − 7 + 1 = 43 e a seqüência
consiste em {43, 45, 47, 49, 51, 53, 55}. F
E
• n = 72 ⇒ a1 = 7 − 72 + 1 = −41 e a seqüência
consiste em {−41, −39, . . . , 55}. D B C
• n = 73 ⇒ a1 = 1 − 73 + 1 = 2 − 73 e a seqüência
consiste em {(2 − 73 ), (4 − 73 ), . . . , 73 }. Sejam C1 e C2 os cı́rculos circunscritos aos triângulos
∆BDF e ∆AEF , respectivamente. Temos, a princı́pio,
9a Questão [Valor: 1,0] a possibilidade de C1 e C2 serem tangentes externos
Considere o cubo de faces ABCD e EF GH, e arestas em F . Neste caso, DF e EF seriam diâmetros de
AE, BF , CG e DH. Sejam as arestas iguais a 3 m e C1 e C2 , respectivamente, e DB̂F = E ÂF = 90o .
os pontos M , N e P marcados de forma que: Isto é impossı́vel, pois no triângulo ∆ABC terı́amos
M ∈ AD, tal que AM = 2 m, B ÂC = AB̂C = 90o e então AĈB = 0o . Logo, C1 e C2
N ∈ AB, tal que AN = 2 m, e são secantes, havendo um outro ponto de interseção, P ,
P ∈ BF , tal que BP = 0,5 m. além de F .
Calcule o perı́metro da seção que o plano M N P deter-
mina no cubo. P A

E
Solução: F

D B C
B C
z N
P P A

E
A D F
M
O D B C
Q
y

F G No quadrilátero BDF P inscrito em C1 , tem-se


x B P̂ F = B D̂F . No quadrilátero AEF P inscrito em
C2 , tem-se AP̂ F = (180o − AÊF ) = DÊC. Logo,
E H
B P̂ A = B P̂ F + AP̂ F = B D̂F + DÊC = 180o − AĈB
Seja o cubo situado no espaço cartesiano, como na
figura acima, e seja o plano M N P de equação ax + e o quadrilátero ACBP é inscritı́vel, de modo que P
by + cz + d = 0, passando pelos pontos M ≡ (2; 0; 3), pertence ao cı́rculo circunscrito ao triângulo ∆ABC.
N ≡ (0; 2; 3) e P ≡ (0; 3; 2,5) de forma que Analogamente, no quadrilátero BDF P inscrito em
  C1 , tem-se DP̂ F = (180o − DB̂F ) = C B̂F . No qua-
2a + 0b + 3c = d a=b
0a + 2b + 3c = d ⇒ c = 2b drilátero AEF P inscrito em C2 , tem-se E P̂ F = E ÂF .
0a + 3b + 2,5c = d d = 8b Logo,
e com isto a equação do plano se torna x + y + 2z = 8. DP̂ E = DP̂ F + E P̂ F = C B̂F + E ÂF = 180o − AĈB
Determinando as demais interseções com o cubo, têm-se
  e o quadrilátero ECDP é inscritı́vel, de modo que P
x=3 x=3
Q: ⇒ z = 2,5; O : ⇒z=1 pertence ao cı́rculo circunscrito ao triângulo ∆CDE.
y=0 y=3
Em suma, P pertence aos cı́rculos circunscritos aos
Assim o perı́metro da seção M N OP Q é quatro triângulos ∆ABC, ∆AEF , ∆CDE e ∆BDF .
2p = M N + N P + P O + OQ + QM
√ √ √ √
√ 5 3 5 3 5 5
= 2 2+ + + +
√ 2
√ 2 2 2
= 2 2+4 5

v10 
c SLN
150

IME 1996/1997
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Resolva o sistema abaixo: Dados os pontos A e B do plano, determine a equação
do lugar geométrico dos pontos P do plano, de tal modo
 y
x = yx que a razão entre as distâncias de P a A e de P a B seja
onde a = 1 e a > 0 dada por uma constante k. Justifique a sua resposta
y = ax
analiticamente, discutindo todas as possibilidades para
k.
Solução:
Assumindo que xy = 0 para evitar uma indefinição do Solução:
sistema, têm-se Sejam

xax = (ax)x ⇒ ax log x = x log(ax) A ≡ (xa , ya )
⇒ a log x = log a + log x B ≡ (xb , yb )
1 1
⇒ log x = log a = log a a−1
a−1 de forma que a relação P A = kP B, com k > 0, ou
2 2
Logo, equivalentemente P A = k 2 P B , corresponde a
 1
x = a a−1 (x−xa )2 +(y −ya)2 = k 2 (x−xb )2 +k 2 (y −yb )2
1 a ⇒ (1−k 2 )x2 −2(xa −k 2 xb )x+(x2a −k 2 x2b )+
y = a a−1 +1 = a a−1
(1−k 2 )y 2 −2(ya −k 2 yb )y +(ya2 −k 2 yb2 ) = 0
 
(xa −k 2 xb )x (xa −k 2 xb )2
2a Questão [Valor: 1,0] ⇒ (1−k ) x −2
2 2
+
(1−k 2) (1−k 2 )2
Determine o termo máximo do desenvolvimento da ex-
pressão: (xa −k xb )
2 2
− +(x2a −k 2 x2b )+
(1−k 2 )
 65  
1 (ya −k 2 yb )y (ya −k 2 yb )2
1+
3 (1−k ) y −2
2 2
+
(1−k 2 ) (1−k 2 )2
(ya −k yb )
2 2
− +(ya2 −k 2 yb2 ) = 0
Solução: (1−k 2 )
A expansão do binômio de Newton nos dá que  2  2
(xa −k 2 xb ) (ya −k 2 yb )
⇒ (1−k 2 ) x− +(1−k 2
) y −
 65 65   (1−k 2 ) (1−k 2 )
1 65 1
1+ =
65 − i
165−i i = k 2 [(xa −xb )2 +(ya −yb )2 ]
3 i=0
3 2
= k 2 AB
Logo, o maior termo é tal que
      Com isto, o lugar geométrico de P é a circunferência de
65 1 65 1 65 1 centro
< >
65−(i−1) 3i−1 65−i 3i 65−(i+1) 3i+1
 
xa − k 2 xb ya − k 2 yb
Assim, devemos ter O≡ ,
1 − k2 1 − k2
65! 1 65! 1
< ⇒ 3i < 66−i e raio
(66−i)!(i−1)! 3i−1 (65−i)!i! 3i
⇒ i < 16,5
k
r=  AB
e ainda |1 − k 2 |

65! 1 65! 1
i
> i+1
⇒ 3(i+1) > 65−i Dentre os casos particulares, destacam-se
(65−i)!i! 3 (64−i)!(i+1)! 3
⇒ i > 15,5 
 k = 0 : ponto A
Logo o maior termo é obtido para i = 16 sendo igual a k = 1 : reta mediatriz de AB
 k = ∞ : ponto B
 
65 1 65! 1
=
49 316 49!16! 316 sln: Este lugar geométrico é conhecido como o cı́rculo
de Apolônio do segmento AB.

v10 
c SLN
151

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Em cada uma das 6 (seis) faces de um cubo, construiu- Se tg a e tg b são raı́zes da equação x2 + px + q = 0,
se uma circunferência, onde foram marcados n pontos. calcule, em função de p e q, o valor simplificado da
Considerando que 4 (quatro) pontos não pertencentes expressão:
à mesma face, não sejam coplanares, quantas retas e
triângulos, não contidos nas faces desse cubo, são de-
terminados pelos pontos. y = sen2 (a+b) + p sen (a+b) cos (a+b) + q cos2 (a+b)

Solução: Considere p, q ∈
com q = 1.
Cada um dos 6n pontos pode ser conectado a 5n pontos
das demais faces para formar uma reta. Eliminando a
redundância das retas AB e BA, tem-se um total de Solução:
apenas 6n×5n = 15n2 possibilidades. Pelo enunciado, usando as relações de Girard
2

O total de triângulos possı́veis é 6n×(6n−1)×(6n−2)


6 ,
onde o fator de 16 elimina as permutações dos vértices. −p = tg a + tg b
sen a sen b
Deste total, 6 × n(n−1)(n−2)
6 estão sobre uma mesma = +
face. Assim, o total de triângulos não contidos numa cos a cos b
mesma face é [n(6n − 1)(6n − 2) − n(n − 1)(n − 2)] = sen a cos b + sen b cos a
=
5n2 (7n − 3). cos a cos b
sen(a + b)
=
5a Questão [Valor: 1,0] √ cos a cos b
Considere a função y = f (x) = Ln(x + x2 + 1) onde
Ln denota o logaritmo neperiano. Responder aos itens e
a seguir, justificando sua resposta.

a) Se g(x) = Ln(2x), que relação existe entre os 1 − q = 1 − tg a tg b


gráficos das curvas f e g? sen a sen b
= 1−
cos a cos b
cos a cos b − sen a sen b
b) Pode-se afirmar que a função definida por H(x) = =
f (x) cos a cos b
é uma primitiva para a função T (x) = cos (a + b)
2 =
f (x) cos a cos b
√ ?
x2 + 1
de forma que

Solução: 
sen(a + b) = −p cos a cos b
cos(a + b) = (1 − q) cos a cos b

a) Como x2 + 1 > x2 , logo x2 + 1 > x e assim, como
e então
Ln é uma função crescente, o gráfico de f (x) está
sempre acima do√ gráfico de g(x). Além disto, para
x  1, tem-se x2 + 1 ≈ x, de forma que g(x) → sen2 (a+b)+cos2 (a+b) = [p2 +(1−q)2 ] cos2 a cos2 b = 1
f (x).

Logo,
b) Para H(x) ser primitiva de T (x), devemos ter, den-
tre outras coisas, dH(x)
dx = T (x). Mas, 1
cos2 a cos2 b =
p2 +(1−q)2

1 2x
dH(x) 1 1 + 2 √x2 +1 1 e então,
= √ = √ = T (x)
dx 2 x + x2 + 1 2 x2 + 1
p2 p(−p)(1−q) q(1−q)2
y= + + =q
p2 +(1−q)2 p2 + (1−q)2 p2 +(1−q)2

Logo, H(x) não é primitiva de T (x).

v10 
c SLN
152

7a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Considere os números ı́mpares escritos sucessivamente, Considere uma esfera inscrita e tangente à base de um
como mostra a figura abaixo, onde a n-ésima linha com- cone de revolução. Um cilindro está circunscrito à es-
preende n números. Encontre em função de n, nesta fera de tal forma que uma de suas bases está apoiada
linha, a soma de todos os números escritos, bem como na base do cone. Seja V1 o volume do cone e V2 o vo-
o primeiro e o último. lume do cilindro. Encontre o menor valor da constante
k para o qual V1 = kV2 .
1 Obs: Considere o ângulo formado pelo diâmetro da
3 5 base e a geratriz do cone em uma das extermidades
7 9 11 deste diâmetro.
13 15 17 19
Solução:
21 23 25 27 29
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .

Solução:
Cada linha de ordem n é uma progressão aritmética de
n termos com primeiro termo a1 = (n2 − n + 1) e razão
2, de modo que o último termo é h H

an = a1 +(n−1)2 = (n2 −n+1+2n−2) = (n2 +n−1) α


α 2

r
e a soma dos termos é
R

(a1 +an )n [(n2 −n+1)+(n2 +n−1)]n


Sn = = = n3 Sejam R e H o raio e a altura do cone, e r e h o
2 2
raios e a altura do cilindro, respectivamente. Assim,
observando que h = 2r, têm-se que
8a Questão [Valor: 1,0] 
Determine o resto da divisão do polinômio (cos ϕ +  πR2 H
R2 H
V1 =
x sen ϕ)n por (x2 + 1), onde n é um número natural. 3 ⇒k=
 6r3
V2 = πr2 h = 2πr3
Solução: Seja α o ângulo da geratriz do cone com o plano da base.
Sejam o dividendo P (x), o divisor D(x) = (x2 + 1), o Lembrando que o incentro é o encontro das bissetrizes
quociente Q(x) e o resto R(x), tais que de um triângulo, têm-se que
 
P (x) = D(x)Q(x) + R(x) tg α = H H = R tg α
R ⇒
α
tg 2 = Rr r = R tg α2
Como o divisor é de segunda ordem, o resto deve ser
no máximo de primeira ordem, isto é, R(x) = ax + b. Logo, usando as relações
Substituindo os valores x = ±i na equação acima, têm- 
sen α = 2 sen α2 cos α2
se
cos α = cos2 α2 − sen2 α
= 1 − 2 sen2 α
 2 2
P (i) = (i2 + 1)Q(i) + R(i) = R(i) tem-se
P (−i) = ((−i)2 + 1)Q(−i) + R(−i) = R(−i) 2 sen α2 cos 2
α

tg α 1−2 sen2 α 2
(1 − sen2 α2 )2
k= = =
Logo, 6tg3 α2 sen3 α
6 cos3 α2 3 sen2 α2 (1 − 2 sen2 α2 )
2

(cos ϕ+i sen ϕ)n = cos (nϕ)+i sen(nϕ) = ai+b Diferenciando esta expressão em relação a x =
(cos ϕ−i sen ϕ)n = cos (nϕ)−i sen(nϕ) = −ai+b sen2 α2 , tem-se
dk x(1−2x)2(1−x)(−1)−(1−2x + x(−2))(1−x)2
e então =
dx [x(1−2x)]2

a = sen(nϕ) (1−x)(3x−1)
=
b = cos (nϕ) [x(1−2x)]2
cuja solução viável que minimiza o valor de k é
de forma que
α 1
x = sen2 =
R(x) = xsen(nϕ) + cos (nϕ) 2 3
para a qual k = kmin = 43 .

v10 
c SLN
153

10a Questão [Valor: 1,0]


Em uma parábola (P ), com foco F e parâmetro p, con-
sidere uma corda M M  normal à parábola em M . Sa-
bendo que o ângulo M F̂ M  = 90o , calcule os segmentos
F M e F M .
Solução:
O parâmetro de uma parábola é a distância de seu foco
para sua geratriz. Apelando para a geometria analı́tica,
2
seja a parábola (P ) : y = x2p , de diretriz y = − p2 e foco
F : (0, p2 ). Sejam ainda os pontos
 x2
m ≡ (x1 , y1 ) ≡ (x1 , 2p1 )
x22
m ≡ (x2 , y2 ) ≡ (x2 , 2p )

Do triângulo retângulo ∆M F M  , têm-se que


 2 2  2 2
1 x p x p
(x1 −x2 )2 + 2 (x21 −x22 )2 = x21 + 1 − +x22 + 2 −
4p 2p 2 2p 2
2 2 2 2 2
x x x x p
⇒ −2x1 x2 − 1 22 = − 1 − 2 +
2p 2 2 2
⇒ −4p x1 x2 −x1 x2 +p x1 +p x2 = 0
2 2 2 2 2 2 2

⇒ (p2 x21 −2p2 x1 x2 +p2 x22 )−(x21 x22 +2p2 x1 x2 +p4 ) = 0


⇒ p2 (x1 −x2 )2 −(x1 x2 +p2 )2 = 0
⇒ p(x1 −x2 ) = ±(x1 x2 +p2 )
As retas tangente T e normal N à (P ) no ponto M
têm equações
 x2
T : y = xp1 x − 2p1
x21 +2p2
N : y = − xp1 x + 2p
respectivamente. Note que as retas têm coeficientes an-
gulares cujo produto é igual a −1 e ambas passam pelo
ponto M . Determinando as interseções M e M  da reta
N com P , têm-se que
p x2 + 2p2 x2
− x+ 1 =
x1 2p 2p
⇒ x1 x2 + 2p2 x − x1 (x21 + 2p2 ) = 0
⇒ (x − x1 )[x1 (x + x1 ) + 2p2 ] = 0
2p2 + x21
⇒ x = x2 = −
x1
Usando este valor na equação do triângulo retângulo
∆M F M  , tem-se
   
2p2 + x21 2p2 + x21
p x1 + = ± −x1 +p 2
x1 x1
⇒ (2p ± x1 )(x21 + p2 ) = 0
⇒ x1 = ∓2p e x2 = ±3p
pois, por definição, p > 0. Assim, temos os pontos

m ≡ (∓2p, 2p)
m ≡ (±3p, 9p
2 )
de forma que
 
 F M = (∓2p)2 + (2p − p2 )2 = 5p
2
5

 F M = (±3p)2 + ( − )2 = 5p
9p p
2 2

v10 
c SLN
154

IME 1995/1996
3a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Um triângulo ABC tem base AB fixa sobre uma reta r.
Considerando log 2 = a e log 3 = b,
√encontre, em função O vértice C desloca-se ao longo de uma reta s, paralela
de a e b, o logaritmo do número 5 11,25 no sistema de a r e a uma distância h da mesma. Determine a equação
base 15. da curva descrita pelo ortocentro do triângulo ABC.
Solução: Solução:
Sejam A ≡ (−d, 0), B ≡ (d, 0) e C ≡ (xc , h), de forma
que AB = 2d, como representado na figura abaixo.
2
 1 log 3 2×10
3 1 2b + 1 − 3a
log15 5 11,25 = = s y C
5 log 3×10
2
5 b+1−a

h
2a Questão [Valor: 1,0]
Encontre todas as soluções reais da equação apresen- r x
tada abaixo, onde n é um número natural. A d d B

cosn x − senn x = 1 A equação do lado BC é



x=d⇒y=0 h
⇒y= (x − d)
x = xc ⇒ y = h xc − d
Solução:
Se n é par, para cos x ser menor ou igual a 1, devemos logo, a equação da altura de A, ortogonal ao lado BC
necessariamente ter que e passando por A, é
xc − d
 y=− (x + d)
n
sen x = 0 h
⇒ x = kπ, k ∈ Z
cosn x = 1 O ortocentro satisfaz esta relação com x = xc , que é a
equação da altura de C, e assim
Se n é ı́mpar, para que cos x e sen x pertençam ao in- 2
(x − d)(x + d) d2 − x2 −x2 AB
tervalo [−1, 1], devemos ter sen x ≥ 0 e cos x ≤ 1, de y=− = = +
forma que x deve pertencer ao quarto quadrante, isto h h h 4h
é, x ∈ I0 ≡ [ 3π
2 , 2π]. Seja a função auxiliar Esta equação corresponde a uma parábola com conca-
vidade para baixo, passando por A e B, simétrica em
relação à mediatriz do lado AB.
f (x) = cosn x − senn x
4a Questão [Valor: 1,0]
Seja f uma função real tal que ∀ x, a ∈
: f (x + a) =
tal que, por inspeção, f (x) = 1 nos extremos do inter- 1 
valo I0 . Seja, então, a derivada de f (x) dada por + f (x) − [f (x)]2 . f é periódica? Justifique.
2
Solução (Baseada em solução de Caio S. Guimarães):
f  (x) = −n cos x sen x(cosn−2 x + senn−2 x) Do enunciado,
*  1 1 1
É fácil ver que no intervalo x ∈ I1 ≡ 3π 7π [f (x + a) − ]2 = f (x)−[f (x)]2 + −
2 , 4 , o módulo 2 4 4
de sen x é maior que o de cos x, de modo que f (x) é es-+ 1 1
tritamente negativa, e no intervalo x ∈ I2 ≡ 7π = − [f (x) − ]2
4 , 2π , 4 2
o módulo de sen x é menor que o de cos x, de modo que
f  (x) é estritamente positiva. Sendo assim, f (x) é es-
tritamente decrescente em I1 , logo f (x) = 1 no interior Definindo g(x) = f (x) − 12 , tem-se
de I1 , já que f ( 3π
2 ) = 1. E ainda, f (x) é estritamente 1
crescente em I2 , de forma que f (x) = 1 no interior de [g(x + a)]2 = − [g(x)]2
4
I2 , já que f (2π) = 1.
que é válida para todo x. Fazendo x = (x + a), tem-se
Em suma, a solução geral é, para k ∈ Z,
1 1 1
 [g(x+2a)]2 = −[g(x+a)]2 = − + [g(x)]2 = [g(x)]2
 n par : x = kπ 4 4 4
2kπ Como f é real, da expressão do enunciado, podemos
 n ı́mpar : x = 2kπ + 3π
concluir que 12 ≤ f (x) ≤ 1, de modo que 0 ≤ g(x) ≤ 12 .
2
Assim, temos que g(x + 2a) = g(x) e então g(x), e
conseqëntemente f (x), é periódica de perı́odo 2a.

v10 
c SLN
155

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Calcule a soma abaixo: Sejam 5 (cinco) pontos AOBO A , nesta ordem, perten-
centes a uma reta genérica r tal que AO = OB = 3a;
1
+
1
+
1
+ ...+
1 BO = O A = 2a, onde a é um comprimento dado.
1 × 4 4 × 7 7 × 10 2998 × 3001 Traçam-se os cı́rculos (O), com diâmetro AB, e (O ),
com diâmetro BA . Sejam C e D dois pontos quaisquer
do cı́rculo (O); as retas BC e BD cortam o cı́rculo (O )
Solução: respectivamente em C  e D .
Seja S a soma do enunciado. Logo,
BC 
a) Calcule .
− 14
1 1
− 1 1
− 10
1 1
− 1 BC
S= 1
+ 4 7
+ 7
+ ...+ 2998 3001
C  D
3 3 3 3 b) Calcule .
1
− 1 CD
= 1 3001 c) Seja o ângulo C B̂D igual a 30o . Calcule, em função
3
de a, a razão entre as áreas dos segmentos circulares
1000
= S, no cı́rculo (O) limitado pela corda CD, e S  , no
3001 cı́rculo (O ) limitado pela corda C  D .

6a Questão [Valor: 1,0] Solução:


É dado um tabuleiro quadrado 4×4. Deseja-se atingir o
quadrado inferior direito a partir do quadrado superior
esquerdo. Os movimentos permitidos são os represen-

tados pelas setas: C

A O B O´ A´

De quantas maneiras isto é possı́vel?


Seja a figura acima representando a configuração des-
Solução: crita no enunciado.
Seja ai,j , para i, j = 1, 2, 3, 4, o número de percursos
distintos partindo da posição ai,j até a posição a4,4 . a) Da figura, C B̂A = C  B̂A e B ĈA = B Ĉ  A = 90o .
Seguindo as regras de formação de um percurso, é fácil Logo, B ÂC = B Â C  e os triângulos ∆ABC e
verificar que ∆A BC  são semelhantes, de forma que
a1,4 = a2,4 = a3,4 = a4,4 = a4,1 = a4,2 = a4,3 = 1
BC BC  BC  BA 4a 2
= 
⇒ = = =
Além disto, partindo da posição ai,j , só há três alterna- BA BA BC BA 6a 3
tivas: ir para baixo, ai+1,j , ir para a diagonal inferior
direita, ai+1,j+1 , e ir para a direita, ai,j+1 . Assim, de
modo geral, tem-se b) Da figura, C B̂D = C  B̂D , B D̂C = B ÂC e
B D̂ C  = B Â C  . Como, do item anterior, B ÂC =
ai,j = ai+1,j + ai+1,j+1 + ai,j+1 B Â C  , então B D̂C = B D̂ C  , e os triângulos
∆BCD e ∆BC  D são semelhantes, de forma que
Com esta relação, é fácil preencher o quadro da seguinte
forma
CD C  D C  D BC  3
 = ⇒ = =


a3,3 = a3,4 + a4,4 + a4,3 = 1 + 1 + 1 = 3 BC BC  CD BC 2

 a2,3 = a2,4 + a3,4 + a3,3 = 1 + 1 + 3 = 5



 a3,2 = a3,3 + a4,3 + a4,2 = 3 + 1 + 1 = 5

 c) A área S é a área do setor de 60o em (O) menos a
 a1,3 = a1,4 + a2,4 + a2,3 = 1 + 1 + 5 = 7
a3,1 = a3,2 + a4,2 + a4,1 = 5 + 1 + 1 = 7 área do triângulo ∆COD, que é equilátero de lado

 3a. Já a área S  é a área do setor de 60o em (O )


a2,2 = a2,3 + a3,3 + a3,2 = 5 + 3 + 5 = 13
menos a área do triângulo ∆C  OD , que é equilátero

 a1,2 = a1,3 + a2,3 + a2,2 = 7 + 5 + 13 = 25




de lado 2a. Assim,
 a2,1 = a2,2 + a3,2 + a3,1 = 13 + 5 + 7 = 25
a1,1 = a1,2 + a2,2 + a2,1 = 25 + 13 + 25 = 63  √
S = 16 π(3a)2 − (3a)2 3
S 9
de modo que há 63 percursos possı́veis distintos da
4
√ ⇒ 
=

posição a1,1 até a posição a4,4 . S = 1
6 π(2a)
2
− (2a)2 43 S 4

v10 
c SLN
156

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Determine os números naturais n para os quais existem Dados dois trinômios do segundo grau:
poliedros convexos de n arestas. y = ax2 + bx + c (I)
y = a x2 + b x + c (II)
Solução: Considere, sobre o eixo Ox, os pontos A e B cujas abs-
O poliedro de menor número de arestas é o tetraedro cissas são as raı́zes do trinômio (I) e A e B  os pontos
que possui n = 6 arestas. Logo, é impossı́vel construir cujas abscissas são as raı́zes do trinômio (II). Deter-
poliedros com n = 1, 2, 3, 4, 5 arestas. mine a relação que deve existir entre os coeficientes a,
Para n = 7, poderı́amos pensar em modificar o tetra- b, c, a , b , c de modo que A B  divida o segmento AB
edro, criando um vértice a mais, para inserir a aresta harmonicamente.
adicional. Isto porém iria requerer também uma face Solução:
a mais, o que pela relação de Euler V + F = n + 2, Naturalmente, para que ambos os trinômios tenham
forçaria a existência de outra aresta adicional. Logo, é cada um duas raı́zes reais distintas, devemos ter, além
impossı́vel construir um poliedro com n = 7 arestas. de aa = 0, que
Para n ≥ 3, é sempre possı́vel construir uma pirâmide 
de 2n arestas, tendo como base um polı́gono de n lados. ∆ = b2 − 4ac > 0 ⇒ b2 > 4ac
Além disto, podemos modificar esta pirâmide, cons- ∆ = b2 − 4a c > 0 ⇒ b2 > 4a c
truindo uma pirâmide triangular sobre uma das faces
laterais, gerando um novo poliedro com (2n+3) arestas. Sejam então
Logo, fica demonstrado que apenas podemos construir  

− ∆
os poliedros com n = 6, 8, 9, 10, 11, . . . arestas. 
 A = −b 2a

 √ 

A = −b−2a √

9a Questão [Valor: 1,0] 

+ ∆
B  = −b 2a

 √
Sejam w0 = 1, w1 = j, w2 = j 2 as raı́zes cúbicas da uni- 
dade no plano complexo (considere w1 o número com- B = −b+2a

plexo de módulo 1 e argumento 2π/3). Sabendo-se que


ordenados como na figura abaixo.
se c ∈ C, a rotação R em torno do ponto c e amplitude
igual a π/3 é dada por R(z) = −j 2 z − jc, ∀z ∈ C − {c},
pede-se: A A´ B B´
2
a) Determinar as relações existentes entre a, b, c, j, j ,
onde a, b ∈ C, de modo que o triângulo a, b, c seja Para haver a divisão harmônica, devemos ter
equilátero.
A A BA
= ⇒ A A B  B = A B B  A
b) Determinar z para que o triângulo i, z, iz seja A B BB
equilátero. de forma que
√ " √ √ # " √ √ #
Obs: Dado: i = −1. −b− ∆ −b − ∆ −b+ ∆ −b + ∆
− × − =
2a 2a 2a 2a
Solução: " √ √ # "  √ √ #
Se o triângulo ∆abc é equilátero, podemos dizer que a −b+ ∆ −b − ∆ −b + ∆ −b− ∆
é rotação de c em torno de b; b é rotação de a em torno − × −
2a 2a 2a 2a
de c; c é rotação de b em torno de a. Logo,
Desenvolvendo esta equação, tem-se
a)
2(b2 − ∆) 2(b2 − ∆ ) 4bb
+ − =0
4a2 4a2 4aa

 a = −j 2 c − jb ou seja,
b = −j 2 a − jc
 c = −j 2 b − ja 2aca2 +2a2 a c −aa bb = 0 ⇒ aa (2ca +2ac −bb ) = 0
⇒ 2(ca +ac ) = bb
pois aa = 0.
Assim, os coeficientes dos trinômios são tais que
b) Se i, z e iz são os vértices do triângulo equilátero, 
então  aa = 0
 2
b > 4ac
2  

 b > 4a c 
−ij 2(ca + ac ) = bb
iz = −j 2 z − ji ⇒ z =
(i + j)2

v10 
c SLN
157

IME 1994/1995
3a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] 1
Determine a condição que o inteiro m deve satisfazer Dado Z = √ , calcule as partes real e imaginária
7 + 24i
para que exista
 termoindependente de x no desenvol- de Z.
m
1
vimento de x − 8
4
. Solução:
x
Solução:  
1 1 1 7 24
O (k + 1)-ésimo termo da expansão do binômio é Z =2
= (7 − 24i) = − i
7 + 24i 625 25 25 25
   k  
m 1 m Logo, podemos escrever Z 2 na forma polar tal que
ak+1 = 4 m−k
(x ) − 8 = (−1)k x4m−12k
k x k  7
1 cos θ = 25
com k = 0, 1, . . . , m. Para haver termo independente Z2 = (cos θ + i sen θ) , com
de x, devemos ter 25 sen θ = −24
25

m = 3k com θ ∈ (3π/2, 2π). Tirando a raiz quadrada, tem-se


 
ou seja, m deve ser múltiplo de 3, e o termo de ordem 1 θ θ
k=m Z= cos + i sen
3 seria independente de x. 5 2 2
2a Questão [Valor: 1,0] com ∈ (3π/4, π), de modo que
θ
2
Seja ABC um triângulo qualquer no qual os vértices B  5 5 7
e C são fixos. Determine o lugar geométrico descrito  cos θ = − cos θ+1 = − 25 +1 = − 4
pelo ponto A, variável, sabendo que os ângulos B e C 2
5 2 5 2 5

satisfazem a relação tg B tg C = k, k constante real.  sen θ = + 1−cos θ = + 1− 257 = + 3


2 2 2 5
Discuta a solução para os diversos valores de k.
Obs: Considere como eixos coordenados as retas BC e Logo, Z = − 25
4
+ 3
25 i.
a mediatriz do segmento BC.
4a Questão [Valor: 1,0]
Solução: Sabendo-se que a função h(x) possui a seguinte propri-
d
edade dx h(x) = −h(x), pedem-se:

y a) A solução da equação: tf (t) = xh(x) + h(x) + 1.
A c
b) Os valores de c e h(x), de tal forma que: 0 tf (t) =
2−e
e .

Solução:
x Pelo enunciado, h(x) = δe−x , com δ constante.
B d d C a) Derivando a equação do enunciado, e usando o teo-
rema fundamental do cálculo, têm-se
Na figura acima, sejam os vértices A ≡ (xa , ya ), B ≡ 
d tf (t) dt
(−d, 0) e C ≡ (d, 0), de forma que BC = 2d. Assim, = xf (x)
 ya
dx
tg B = d+x y2 d[xh(x)+h(x)+1]
ya
a
⇒ tg B tg C = 2 a 2 = k =
tg C = d−xa d − xa dx
e o lugar geométrico do ponto A é dh(x) dh(x)
=x +h(x)+
dx dx
ya2
+ x2a = d2 = −xh(x)+h(x)−h(x)
k
Alguns casos particulares são: Logo, f (x) = −h(x) = −δe−x .
• Se k → 0, logo ya → 0 e o lugar geométrico se b)
aproxima do eixo X. , ,
c c
• Se 0 < k < 1, o lugar geométrico é uma elipse −t
t(−δe )dt = cδe −c
− δe−t dt
alongada na direção do eixo X. 0 0
= cδe−c + δe − δ
−c
• Se k = 1, logo ya2 + x2a = d2 e o lugar geométrico é
uma circunferência de raio d centrada na origem. (c + 1)δ
= −δ
ec
• Se k > 1, o lugar geométrico é uma elipse alongada 2−e
na direção do eixo Y . =
e
• Se k → ∞, o lugar geométrico tende às retas xa =
±d, de modo que o triângulo ABC fica retângulo Por inspeção, observamos que c = 1 e δ = 1 satisfa-
em B ou C. zem esta equação, de forma que h(x) = e−x .

v10 
c SLN
158

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação trigonométrica: Três cı́rculos de raio R se interceptam dois a dois, como
√ é mostrado na figura abaixo, constituindo três áreas
sen x + cos x + 2 2 sen x cos x = 0 comuns que formam um trevo. Determine o perı́metro
do trevo e sua área em função de R e da área S do
triângulo IJK.
Solução:


sen x + cos x = −2 2 sen x cos x
I
⇒ sen2 x + 2 sen x cos x + cos2 x = 8 sen2 x cos2 x
⇒ 1 + sen 2x = 2 sen2 2x 111
000
00011
11100
000
11100
11
000
11100
11
00
11
Fazendo y = sen 2x, tem-se

00
11
00
11
1± 1+8 1±3 K J
2y − y − 1 = 0 ⇒ y = sen 2x =
2
=
4 4
Testando todas as possibilidades:
• sen 2x = 1 ⇒ 2x = 2kπ + π2 ⇒ x = kπ + π4 , que só Solução:
será válida, pela equação original, para k ı́mpar. Por construção, o ponto O de encontro dos três cı́rculos
é equidistante dos três centros I, J e K. Logo, O é
• sen 2x = − 12 , então, o circuncentro, encontro das mediatrizes, do triângulo
  ∆IJK.
2x = 2kπ+ 7π x = kπ+ 7π
6
⇒ 12
a) Sejam os pontos I  , interseção dos cı́rculos de cen-
2x = 2kπ+ 11π
6 x = kπ+ 11π
12 tros K e J, J  , interseção dos cı́rculos de centros I
e K, e K  , interseção dos cı́rculos de centros I e J.
Testando estas possibilidades na equação original, O perı́metro do trevo é dado pela soma dos com-
observa-se que x = kπ + 7π 12 é verdadeira para k primentos dos arcos J  OI  + I  OK  + K  OJ  . Por
11π simetria, têm-se
par e x = kπ + 12 é verdadeira para k ı́mpar.

Assim, a solução geral é tal que 
 OK̂J = I  K̂J = K1
 -  OK̂I = J  K̂I = K


 2 
5π 7π 23π
, k∈Z  ˆ K2 = I1
x = 2kπ + , , OIK = J  IK ˆ = I1
4 12 12  e I2 = J2


ˆ = K IJ
OIJ ˆ = I2

 J1 = K1

 O ˆ = I  JK
JK ˆ = J1
6a Questão [Valor: 1,0] 
OJIˆ = K  JI ˆ = J2
Use o teorema do valor médio para derivadas e prove
que a equação: Logo, o perı́metro 2pT do trevo é a soma dos arcos
ln(x + 1) + 3 ln(x + 1) + 2 ln(x + 1) − 2 = 0,
5 3   
 J OI = K2 +K2 +K1 +K1 = 2(K1 +K2 ) = 2I K̂J
tem uma única raiz real no intervalo (0, 1). I  OK  = J1 +J1 +J2 +J2 = 2(J1 +J2 ) = 2I JK
ˆ
  
Obs: A notação ln significa logaritmo neperiano. K OJ = I1 +I1 +I2 +I2 = 2(I1 +I2 ) = 2K ÎJ
Solução: ou seja
Seja
2pT = 2(I K̂J + I JˆK + K IJ)R
ˆ = 2πR
f (x) = ln(x + 1)5 + 3 ln(x + 1)3 + 2 ln(x + 1) − 2
= 16 ln(x + 1) − 2 b) A área ST do trevo é a soma das áreas dos setores
Desta equação, vê-se que OJK  , OIK  , OIJ  , OKJ  , OKI  e OJI  , menos
 as áreas dos triângulos ∆OJK  , ∆OIK  , ∆OIJ  ,
f (0) = −2 < 0 ∆OKJ  , ∆OKI  e ∆OJI  . Mas a área de um setor
2
f (1) = 16 ln 2 − 2 > 0 é dada por R2 θ , onde θ é o ângulo em radianos sub-
entendido pelo setor. Logo,
Além disto, tem-se que
R2
df (x) 16 ST = (2J2 + 2I2 + 2I1 + 2K2 + 2K1 + 2J1 ) −
= 2
dx x+1 (∆OJK  +∆OIK  +∆OIJ  +
que é sempre positiva no intervalo x ∈ (0, 1), de forma ∆OKJ  +∆OKI  +∆OJI  )
que f (x) é sempre crescente neste mesmo intervalo. As-
sim, por continuidade, deve haver uma e exatamente ou seja, ST = R2 (2π)
2 − 2S = πR − 2S.
2
uma raiz de f (x) no intervalo x ∈ (0, 1).

v10 
c SLN
159

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Seja ABC um triângulo qualquer. Por B  e C  pontos Prove que o polinômio P (x) = x999 + x888 + x777 + . . . +
médios dos lados AB e AC, respectivamente, traçam- x111 + 1 é divisı́vel por x9 + x8 + x7 + . . . + x + 1.
se duas retas que se cortam em um ponto M , situado
sobre o lado BC, e que fazem com esse lado ângulos Solução:
iguais θ conforme a figura abaixo. Demonstre que: Seja
1
cotg θ = (cotg B + cotg C)
9
(x10 − 1)
2 Q(x) = xi = ⇒ (x10 − 1) = Q(x)(x − 1)
i=0
(x − 1)

A Podemos escrever P (x) como


P (x) = x999 + x888 +. . .+ x111 +1
=x989 (x10 −1)+x878 (x10 −1)+. . .+x91 (x10 −1)+0
C’ .P B’
+x979 (x10 −1)+x868 (x10 −1)+. . .+x81 (x10 −1)+0
+x969 (x10 −1)+x858 (x10 −1)+. . .+x71 (x10 −1)+0
θ θ .. .. . .. .
B C + . + . + .. + . + ..
M + x19 (x10 −1) + x18 (x10 −1) +. . .+x11 (x10 −1)+0
+ x9 (x10 −1) + x8 (x10 −1) +. . .+ x1 (x10 −1) +0
+ x9 + x8 +. . .+ x7 +1
Solução:
Dos triângulos ∆B  M P e ∆C  M P , têm-se Ou seja, somando as colunas acima, e percebendo que
 P a última linha é Q(x), tem-se
cotg θ = BMP ⇒ B  C  = 2M P cotg θ
P
cotg θ = C
98
87
MP
P (x) = x10i+9 (x10 − 1) + x10i+8 (x10 − 1) + . . .
Seja N , o pé da altura de A sobre B  C  , logo, dos i=0 i=0
triângulos ∆B  N A e ∆C  N A, têm-se
9
 N + x10i+1 (x10 − 1) + Q(x)
cotg B̂ = BN A
N
⇒ B  C  = N A(cotg B̂ +cotg Ĉ) i=0
cotg Ĉ = CN A
Definindo o polinômio
Como B  e C  são pontos médios de AB e AC, respec-
tivamente, logo, M P = N A, e então
98
87
9
T (x) = x10i+9 + x10i+8 + . . . + x10i+1
2 cotg θ = (cotg B̂ + cotg Ĉ) i=0 i=0 i=0

podemos, então, escrever que


9a Questão [Valor: 1,0] * +
Seis esferas idênticas de raio R encontram-se posicio- P (x) = T (x)(x10 − 1) + Q(x)
nadas no espaço de tal forma que cada uma delas seja = [T (x)(x − 1) + 1] Q(x)
tangente a quatro esferas. Dessa forma, determine a
aresta do cubo que tangencie todas as esferas. de forma que P (x) é divisı́vel por Q(x).
Solução:
O arranjo geométrico é tal que cada uma das seis esfe-
ras tangencia o centro de uma face do cubo de lado .
Fazendo um corte central paralelo a qualquer face deste
cubo, tem-se a figura abaixo, de forma que
√ √
 = R + 2R 2 + R = 2R( 2 + 1)

(baseado em solução de Caio S. Guimarães): Existe um


outro cubo, de lado  , tangente internamente ao mesmo
arranjo de seis esferas, tal que

 =  − 4R = 2R( 2 − 1)

v10 
c SLN
160

IME 1994/1995 - Militares


4a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a Sejam dois cı́rculos, com mesmo raio R, tais que o cen-
Resolva a equação x4 −5x3 +5x2 +25x−26
√ = 0 sabendo
tro de um esteja situado sobre a circunferência do outro.
que uma das raı́zes é 3 + 2i, onde i = −1. Determine:
a) As equações das tangentes aos dois cı́rculos nos pon-
Solução: tos de interseção.
Por inspeção, é possı́vel ver que x = 1 é raiz da equação. b) O ângulo entre essas tangentes nos pontos de in-
Além disto, como a equação é a coeficientes reais e 3+2i terseção.
é raiz, logo 3 − 2i também é raiz. Logo,
p(x) = x4 − 5x3 + 5x2 + 25x − 26 Solução:

= (x − 1)(x − 3 + 2i)(x − 3 − 2i)(x − a)


p
Usando x = 0, tem-se
60o
−26 = (−1)(−3 + 2i)(−3 − 2i)(−a) ⇒ a = −2
e as raı́zes da equação são
p’
x ∈ {1, −2, 3 + 2i, 3 − 2i}

a) Sejam c1 e c2 os centros dos cı́rculos, e p e p os


2a Questão [Valor:
√ 1,0] pontos de interseção. Posicionando a origem dos
Sabendo que i = −1, calcule: 1 + 2i + 3i2 + 4i3 + . . . + eixos cartesianos em c1 ≡ (0, 0), com c2 ≡ (R, 0),
21i20 . têm-se
Solução:
Seja S a soma desejada. Logo, c1 p = c1 p  = c2 p = c 2 p  = c1 c 2 = R ⇒

S = (1−3+5−7+9−11+13−15+17−19+21)  R R 3
p, p ≡ ( , ± )
2 2
+ (2−4+6−8+10−12+14−16+18−20)i
pois os triângulos ∆c1 c2 p e ∆c1 c2 p são equiláteros.
= 11 − 10i
A reta suporte de c1 p tem coeficiente angular tg 60o
e passa por c1 . A reta suporte de c2 p tem coefici-
3a Questão [Valor: 1,0] ente angular tg 120o e passa por c2 . A reta suporte
Seja f a função definida por de c1 p tem coeficiente angular −tg 60o e passa por
 c1 . A reta suporte de c2 p tem coeficiente angular
sen x, se x ≤ π/3 −tg 120o e passa por c2 . Logo, as equações destas
f (x) =
ax + b, se x > π/3 retas são tais que
a) Encontre os valores de a e b de modo que f  (π/3)  √
exista. 
 c1 p : y = 3x

 √ √
b) Esboce o gráfico da função obtida. 
 c2 p : y = − 3x + 3R


 c1 p : y = − 3x
Solução: 


 √ √
c2 p : y = 3x − 3R
a) Para que f  (π/3) exista, devemos ter
  1
As retas tangentes t1 e t2 em p são ortogonais a c1 p
senπ/3 = aπ/3 + b a= 2 e c2 p e passam por p. As retas tangentes t1 e t2 em
⇒ √ p são ortogonais a c1 p e c2 p e passam por p . Logo,
cos π/3 = a 3 3−π
b= 6 as equações destas retas são tais que
b) O gráfico é mostrado a seguir.  √ √

 t1 : y = − 33 x + 2R3 3



 √ √
f ( x)  t2 : y = 3 x + R 3
3 3
√ √

 t1 : y = 33 x − 2R3 3


1 
 √ √
 
t2 : y = − 33 x − R3 3
b
π x sln: Naturalmente, as equações das tangentes de-
3
1 pendem do posicionamento dos eixos cartesianos.
b) As tangentes fazem ângulos de ∓30o . Logo, o ângulo
entre elas é 60o tanto em p quanto em p .

v10 
c SLN
161

5a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Determine a área limitada pelo eixo das √
abscissas, pela Calcule o volume do sólido gerado pela rotação da figura
curva y = x4 − 2x2 e pelas retas x = ±2 2. plana abaixo em torno do eixo α.

Solução: α
1 40
0 0
1
A área S desejada é dada por 0
1 0
1
, 2√2 00 20 0
11 10100
11
00
11
5 15
√ (x − 2x ) dx 111111111111
000000000000
00000000
11111111
4 2
S=
−2 2 00000000
11111111 1
0
  2√2
00000000
11111111
00000000
11111111
x5 2x3 00000000
11111111
=
5

3 −2√2
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111
00000000
11111111 10 11
00
1
0 1
000
11
10

50
1 √ 5 √ 2 √ √
000000001
11111111
= [(2 2) −(−2 2)5 ]− [(2 2)3 −(−2 2)3 ] 00000000
11111111 0 00
11
5 3 00000000
11111111 0
1
111
000
11
00
00000000
11111111 0
1

20
448 √ 00000000
11111111 0
1
0 11
00
111111
000000

10
= 2 0000000000
11111111 1
0 11
1100 0
1
15 00000000
11111111
00000000
11111111
1 0
1

10 10
00000000
11111111 0
1111111
000000 0
1
6a Questão [Valor: 1,0] 00000000
11111111 0
1
1111111
0000000
0
1 0
1
∞ 00000000
111111110
1 0
1 0
1
1 0101
1 0 40 1
11111111
00000000 0 1
00
1
Determine se a série 2−4
converge ou não e, em 01
1 0 60 1
01 0
n=3
n
111111111
000000000
1
0 0 00
1 0
1
11
caso de convergência, calcule sua soma. 0
1
Solução:
Seja a soma S do enunciado que é dada por
Solução:
∞ 

1/4 −1/4
S= +
n=3
n−2 n+2
∞ ∞
1 1 1 1
= −
4 n=3 n − 2 4 n=3 n + 2 S1

∞ ∞
1 1 1 1
= − S2
4 n=3 n − 2 4  n − 2 S5
n =7

1 1
6 S3
=
4 n=3 n − 2 S4
 
1 1 1 1
= 1+ + + Seja ST a área total da figura plana. Determinando
4 2 3 4 a abscissa do centro geométrico x̄, tem-se
2 )S1 −(5+ 2 )S2 + 2 S3 + 2 S4 +(50+ 2 )S5
25
Assim, S = 48 e a série é de fato convergente. ( 23 . 40 15 60 60 10
x̄ = 20+
ST
7a Questão [Valor: 1,0]
Sabendo que x é o ângulo interno de um triângulo ABC, 40 25
3 .1000− 2 .300+30.600+30.400+55.100
dê todas as soluções possı́veis da seguinte equação: = 20+
ST
sen x + sen 2x + sen 3x = 0
135250
= 20 +
3ST
Solução:
Usando transformação em produto, Logo, pelo teorema de Pappus-Guldin, o volume V de-
sejado é
sen x + sen 3x = 2 sen 2x cos(−x) = 2 sen 2x cos x V = 2πx̄ST
e assim a equação do enunciado se torna
= 2π(20ST + 135250)

 sen 2x = 0 ⇒ x = 90o
 135250
sen 2x(1 + 2 cos x) = 0 ⇒ ou = 2π[20(1000−300+600+400+100)+ ]
 3

cos x = − 12 ⇒ x = 120o 486500
= π
3

v10 
c SLN
162

9a Questão [Valor: 1,0] b) Sejam hA , hB e hC as distâncias de P aos lados BC,


AC e AB, respectivamente. Do item anterior,

a) São dados um ângulo de vértice A e um ponto fixo 
 S∆P AE = hB hC − S∆P AB
1 2 sen  1

P no seu interior. Uma reta variável contendo P 
intercepta os lados do ângulo A nos pontos B e E,
S∆P CD = hA hB − S∆P AC
1 2 sen Ĉ 1
conforme mostrado na figura abaixo. Prove que a 



soma dos inversos das áreas dos triângulos AP B e 1
= 2 sen B̂ − 1
S∆P BF hA hC S∆P BC
AP E é constante.
e ainda
A 


1
= 2 sen Ĉ
− 1

 S∆P CE hA hB S∆P BC
1
= 2 sen B̂
− 1


S∆P BD hA hC S∆P BA

 1
S∆P AF = 2 sen Â
hB hC − 1
S∆P AC

Logo, definindo
E  1 1 1
B S1 = S∆P AE + S∆P CD + S∆P BF
P 1 1 1
S2 = S∆P CE + S∆P BD + S∆P AF

é simples ver que S1 = S2 .


b) Num triângulo ABC três cevianas AD, BE e CF
concorrem num ponto interior P . Prove que a soma
dos inversos das áreas dos triângulos AP E, P CD 10a Questão [Valor: 1,0]
e P BF é igual à soma dos inversos das áreas dos Determine
 18 o maior termo do desenvolvimento de
triângulos P CE, P BD e P AF . 3
1+ , utilizando os conceitos do binômio de New-
4
ton.
Solução:
Solução:
A A expansão do binômio de Newton nos dá que
 18 18  
3 18 3i
1+ = 118−i i
4 18 − i 4
α1 α2 i=0

A Logo, o maior termo é tal que


  i−i   i   i+1
F E 18 3 18 3 18 3
D . . C < >
18−(i−1) 4i−1 18−i 4i 18−(i+1) 4i+1
E B P
P Assim, devemos ter
B C
D
18! 3i−1 18! 3i
(a) (b) < ⇒ 4i < 3(19−i)
(19−i)!(i−1)! 4i−1 (18−i)!i! 4i
57
⇒i<
a) Traçando P C ⊥ AB e P D ⊥ AE, têm-se 7
e ainda
1 1
S= + 18! 3i 18! 3i+1
S∆AP B S∆AP E i
> ⇒ 4(i+1) > 3(18−i)
(18−i)!i! 4 (17−i)!(i+1)! 4i+1
S∆ABE 50
=
S∆AP B + S∆AP E ⇒i>
7
1 Logo o maior termo é obtido para i = 8 sendo igual a
2 AB.AE. sen Â
= 1 1   8
2 AB.P C. 2 AE.P D 18 3 18! 38
=
10 48 10!8! 48
2 sen Â
=
P C.P D

que é constante.

v10 
c SLN
163

IME 1993/1994
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Determine o termo independente de x de Seja um octógono convexo. Suponha que quando todas
as suas diagonais são traçadas, não há mais de duas
 10
√ 1 diagonais se interceptando no mesmo ponto. Quan-
x− √ tos pontos de interseção (de diagonais) existem neste
x octógono?

Solução: Solução:
O (k + 1)-ésimo termo da expansão do binômio é Cada vértice de um polı́gono de n lados possui (n −
3) diagonais. A primeira diagonal, é atravessada por
   k  
10 √ 10−k 1 10 1 × (n − 3) diagonais, a segunda é atravessada por 2 ×
ak+1 = ( x) −√ = (−1)k x5−k (n − 4) diagonais, e assim sucessivamente, até a última
k x k
diagonal que é atravessada por (n−3)×1 diagonais. Isto
Logo, o termo independente de x é se aplica para as diagonais em cada um dos n vértices.
  Porém, cada interseção está sendo contada 4 vezes, já
10 10! que cada diagonal está sendo contada duas vezes. Logo,
a6 = (−1)5 = − = −252
5 5!5! o número total de interseções é
n
In = [1 × (n − 3) + 2 × (n − 4) + . . . + (n − 3) × 1]
2a Questão [Valor: 1,0] 4
Seja f : R → R uma função quadrática tal que f (x) = n
n−3
ax2 + bx + c, a = 0, ∀x ∈ R. Sabendo que x1 = −1 e = i × (n − 2 − i)
x2 = 5 são raı́zes e que f (1) = −8, pede-se: 4 i=1
a) Determinar a, b, c.
de forma que
b) Calcular f (0).
 .
c) Verificar se f (x) apresenta máximo ou mı́nimo, jus- 
 I4 = 44 1i=1 i × (2 − i) = 1
 .2
tificando a resposta. 
 I5 = 54 .i=1 i × (3 − i) = 54 [2 + 2] = 5
d) As coordenadas do ponto extremo. 3
I6 = 64 i=1 i × (4 − i) = 64 [3 + 4 + 3] = 15
e) O esboço do gráfico. 
 .


7 4
i × (5 − i) = 74 [4 + 6 + 6 + 4] = 35
 I7 = 48 .i=1
5
I8 = 4 i=1 i × (6 − i) = 84 [5 + 8 + 9 + 8 + 5] = 70
Solução:
Como f (x) tem raı́zes x1 = −1 e x2 = 5, e ainda f (1) =
−8, logo, 4a Questão [Valor: 1,0]
Considere os números complexos z = x + y.i √
e w =
f (x) = (x + 1)(x − 5) = x2 − 4x − 5 |w|. x3
y − x.i, cujos módulos são tais que |z| = e e |w| =
1
a) Do desenvolvimento acima, e|z|. y , onde e é base dos logaritmos neperianos. Obter
 a forma polar de z 2 .
a=1
b = −4 Solução:
c = −5 Palas definições de z e w, tem-se que seus módulos são
iguais, e assim

b) f (0) = c = −5. √
|w|. x3 |z|. y1 3 1 √
e =e ⇒ |w|. = |z|. ⇒ x = y 3
c) Como a > 0, f (x) apresenta um mı́nimo. x y
de forma que
d) A abscissa do extremo é a média das abscissas das 
raı́zes, isto é, xo = 2, e assim yo = −9. |z| = |w| = 3y 2 + y 2 = 2|y|
e) Dos itens anteriores, tem-se o gráfico a seguir e então
2|y|
2|y| = e y

f(x)
Logo, temos duas possibilidades:
x √
±2 e±2 e±2 3
1 2 5 ±2y = e ⇒y=± , x=±
2 2
de forma que
"√ #
5 ±2 3 1
+ i = ±e±2 ei 6
π
z = ±e
2 2

9 e então
z 2 = e±4 ei 3
π

v10 
c SLN
164

5a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Um aluno, ao inverter a matriz x2
Seja y = uma parábola com foco F e diretriz d.
2
  Uma reta, cujo coeficiente angular é m = 0, passa por
1 a b
A= 0 c d = [aij ], 1 ≤ i, j ≤ 3 F e corta a parábola em dois pontos M1 e M2 , res-
4 e f pectivamente. Seja G o conjugado harmônico de F em
relação a M1 e M2 . Pedem-se:
cometeu um engano, e considerou o elemento a13 igual a) As coordenadas de G em função de m.
a 3, de forma que acabou invertendo a matriz
b) O lugar geométrico do ponto G quando m varia.
 
1 a b
B= 0 c d = [bij ]
3 e f Solução:

Com esse engano o aluno encontrou


 
y
5/2 0 −1/2
B −1 = 3 1 −1
−5/2 0 1/2 M2
F
Determinar A−1 . M1 x
sln: O elemento (3,1) de B −1 deve ser − 23 .
G
Solução: d
Na versão original, como B −1 tem determinante nulo, M1´ M ´2
ela não é inversı́vel e a questão não tem solução.
Alterando o elemento (3,1) de B −1 para − 23 , pode-
mos escrever que x2
A parábola y = tem foco F ≡ (0, f ) e diretriz
     2
1 a b 5/2 0 −1/2 1 0 0 y = −f . Como o ponto (2, 2) pertence a esta parábola,
0 c d 3 1 −1 = 0 1 0 logo
3 e f −3/2 0 1/2 0 0 1
 1
22 + (2 − f )2 = (2 + f ) ⇒ f =
de modo que é simples se determinar que 2

a = 0; d = 2 Sejam M1 e M2 as projeções de M1 e M2 sobre a di-
b = 1; e = 0 retriz d, respectivamente. Se G é conjugado harmônico
c = 1; f = 5 de F em relação a M1 e M2 , devemos ter

e assim m1 G m1 F m1 m1
= =
    m2 G m2 F m1 m2
1 0 1 1 0 1
B= 0 1 2 e A= 0 1 2
3 0 5 4 0 5 onde a segunda igualdade ocorre pela definição de
parábola. Logo, usando o caso LAL, os triângulos
∆GM1 M1 e ∆GM2 M2 devem ser semelhantes, de
Invertendo A, tem-se
forma que M1 ĜM1 = M2 ĜM2 , e então G deve per-
     tencer à diretriz da parábola.
a11 a12 a13 1 0 1 1 0 0
a21 a22 a23 0 1 2 = 0 1 0
a31 a32 a33 4 0 5 0 0 1 a) G é solução do sistema

Assim é imediato se ver que a12 = 0, a22 = 1 e a32 =  1


 
y = mx + 1 1
0. Em seguida, determinam-se os demais elementos, 2 ⇒ G ≡ − ,−
y = − 21 m 2
obtendo-se
 
5 0 −1
−1
A = 8 1 −2 b) O lugar geométrico de G é a própria diretriz da
−4 0 1 parábola d : y = − 12 .

v10 
c SLN
165

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Sabendo que  , B̂ e Ĉ são os ângulos internos de um Seja ABCD um quadrilátero convexo inscrito num
triângulo, escreva as restrições que devem ser satisfei- cı́rculo e seja I o ponto de interseção de suas diago-
tas por este triângulo para que se verifique a igualdade nais. As projeções ortogonais de I sobre os lados AB,
abaixo. BC, CD e DA são, respectivamente, M , N , P e Q.
Prove que o quadrilátero M N P Q é circunscritı́vel a um
cı́rculo com centro em I.

 B̂ Ĉ Solução:
sen  + sen B̂ + sen Ĉ = 4 cos . cos . cos
2 2 2

A
Q
Solução: .
Sejam E e D os lados esquerdo e direito, respecti-
vamente, da equação do enunciado. Fazendo Ĉ =
180o − (Â + B̂), têm-se, D
.M
I

. B
3 42
E 2 = sen Â+sen B̂ +sen (Â+ B̂)
. N
P
3 42
= sen Â+sen B̂ +sen  cos B̂ +sen B̂ cos  C
3 42
= sen Â(cos B̂ +1)+sen B̂(cos Â+1)
= sen2 Â(1+cos B̂)2
Analisando o quadrilátero inscritı́vel ABCD, têm-se
+ 2 sen  sen B̂(1+cos Â)(1+cos B̂)
+ sen2 B̂(1+cos Â)2
= (1−cos2 Â)(1+cos B̂)2 

 B ĈA = B D̂A
+ 2 sen  sen B̂(1+cos Â)(1+cos B̂) 
C ÂB = C D̂B
+ (1−cos2 B̂)(1+cos Â)2 
 DÂC = DB̂C

= (1+cos Â)(1+cos B̂) × AB̂D = AĈD
[(1−cos Â)(1+cos B̂)+2 sen  sen B̂+
(1−cos B̂)(1+cos Â)]
= (1+cos Â)(1+cos B̂) × Analisando, ainda, os quadriláteros inscritı́veis AM IQ,
3 4 BN IM , CP IN e DQIP , têm-se
2−2 cos  cos B̂ +2 sen  sen B̂
= 2(1+cos Â)(1+cos B̂)[1−cos(Â+ B̂)]
" #
2 Â 2 B̂ Â+ B̂ 
2
D = 16 cos cos sen2

 I Q̂M = I ÂM = C ÂB = C D̂B = I D̂P = I Q̂P
2 2 2 
I M̂ N = I B̂N = DB̂C = DÂC = I ÂQ = I M̂ Q
" #" # 
1+cos  1+cos B̂ 1−cos(Â+ B̂) 
 I N̂ P = I ĈP = AĈD = AB̂D = I B̂M = I N̂ M
= 16 
2 2 2 I P̂ Q = I D̂Q = B D̂A = B ĈA = I ĈN = I P̂ N

= 2(1+cos Â)(1+cos B̂)[1−cos(Â+ B̂)]

Logo, I está nas bissetrizes de M P̂ Q, N M̂ Q, P N̂ M e


QP̂ N de forma que as distâncias de I aos lados QM ,
Logo E 2 = D2 , e como E > 0 e D > 0, tem-se que M N , N P e P Q são todas iguais. Assim, o quadrilátero
E = D para todos os possı́veis triângulos. M N P Q é circunscritı́vel a um cı́rculo de centro em I.

v10 
c SLN
166

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Seja C um semi-cı́rculo com centro O e diâmetro P Q = Na exploração de uma mina foi feito o corte indicado
2r. Sobre o segmento OP , toma-se um ponto N tal na figura abaixo. Para calcular o volume √do minério
que ON = x, 0 ≤ x ≤ r. Por N traça-se uma reta extraı́do do corte, foram medidos: CD = 10 3 dm, CD
perpendicular a P Q que encontre o semi-cı́rculo em M . é perpendicular ao plano ABC, AD̂C = AD̂B = 60o e
A reta tangente ao semi-cı́rculo em M corta a reta P Q B D̂C = 30o .
em um ponto T :
a) Calcule, em função de r e x, o volume V1 gerado D
pela rotação do triângulo M P Q em torno de P Q.
b) Calcule, em função de r e x, o volume V2 gerado
pela rotação do triângulo M P T em torno de P Q. A C
V2
c) Considerando a razão y = , quando x varia no
V1
intervalo [0, r], faça o esboço do respectivo gráfico. B

Solução: Calcule este volume.


Solução: √
M
No triângulo ∆ACD, CD√ = 10 3, CD ⊥ AC e
AD̂C = 60o , logo AD = 20 3 e AC√= 30.
No triângulo ∆BCD, CD = 10 3, CD ⊥ BC e
r B D̂C = 30o , logo BD = 20 e BC = 10. √
α
Dos itens anteriores, no triângulo ∆ABD, AD = 20 3,
r x r x
Q O N P T DB = 20 e AD̂B = 60o , logo, pela lei dos cossenos,
2 √ √
AB = (20 3)2 +(20)2 −2(20 3)(20) cos 60o
Do triângulo retângulo ∆OM N , tem-se √
2  = 400(4− 3)
5
x2 + M N = r2 ⇒ M N = r2 − x2 √
⇒ AB = 20 4 − 3
Dos triângulos retângulos ∆OM T e ∆OM T , tem-se
Assim, o triângulo ∆ABC tem lados
x r r2   √
cos α = = ⇒ OT =  AB = 20 4 − 3
r OT x
BC = 10
a) O volume V1 é o volume do cone gerado pelo 
AC = 30
triângulo ∆QM N mais o volume do cone gerado
pelo triângulo ∆M N P . Logo, e semi-perı́metro
5
π 2 π 2 2rπ 2 √
V1 = MN NQ + MN NP = (r − x2 ) p = 10(2 + 4 − 3)
3 3 3
 √
de forma que, definindo k = 4 − 3, sua área S pode
b) O volume V2 é o volume do cone gerado pelo ser calculada como
triângulo ∆M N T menos o volume do cone gerado 5 √
pelo triângulo ∆M N P . Logo, 
S = 104 (2+k)(2−k)(1+k)(−1+k) = 102 3( 3−1)
π 2 π 2 rπ 2
V2 = MN NT − MN NP = (r − x2 )(r − x) O volume V desejado é então
3 3 3x
5 √ √ 5
S CD 10 2
3( 3−1)×10 3 √
c) Pelos itens anteriores V = = = 10 3
3−1 dm3
3 3
V2 (r − x)
=
V1 2x

cujo gráfico é representado a seguir.

x
r

v10 
c SLN
167

IME 1992/1993
1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Considere a função f (x) = x3 + ax2 + bx + c, onde a, b e Prove, por indução, que:
c são inteiros positivos. Sabendo-se que uma das raı́zes (a+b)n = Cn0 an + Cn1 an−1 b + . . . + Cnn bn , para n ∈ N.
dessa função é igual a 2i, calcular os menores valores de
a, b e c para que exista um ponto máximo e um ponto
mı́nimo de reais. Solução:
a+1
Seja o lema Cna + Cna+1 = Cn+1 , cuja prova segue o
Solução: desenvolvimento
Pelo enunciado,
n! n!
Cna + Cna+1 = +
f (2i) = (2i)3 +a(2i)2 +b(2i)+c = −8i−4a+2bi+c = 0 (n − a)! a! (n − a − 1)! (a + 1)!
n! [(a + 1) + (n − a)]
logo, como a, b e c são inteiros positivos, têm-se, igua- =
lando as partes reais e imaginárias, que b = 4 e c = 4a, (n − a)! (a + 1)!
e assim, (n + 1)!
 =
[(n + 1) − (a + 1)]! (a + 1)!
 f (x) = x3 + ax2 + 4x + 4a = (x + a)(x2 + 4) a+1
f  (x) = 3x2 + 2ax + 4 = Cn+1
 f  (x) = 6x + 2a
Verificando a relação do enunciado para n = 1,
Para que f (x) tenha pontos de máximo e mı́nimo, lo- (a + b)1 = C10 a + C11 b = a + b
cais, então f  (x) deve ter duas raı́zes reais distintas e
f  (x) deverá ter sinais opostos nestes mesmos pontos. Seja agora a relação para (n + 1),
Assim, devemos ter
n+1 n+1
(a+b)n+1 = Cn+1
0
an+1 +Cn+11
an b+. . .+Cn+1 b
4a2 − 48 > 0 ⇒ a2 > 12 ⇒ a ≥ 4  0 −1
 n+1
 1 0
 n
= Cn +Cn a + Cn +Cn a b+. . .+
 n+1 
Logo, os menores valores são Cn +Cnn bn+1
     
a=4  f (x) = x3 + 4x2 + 4x + 16 = Cn0 an+1 +an b +Cn1 an b+an−1b2 +. . .+
 
b=4 ⇒ f  (x) = 3x2 + 8x + 4 = 3(x + 2)(x + 23 ) Cnn abn +bn+1
c = 16  f  (x) = 6x + 8  
= (a+b) Cn0 an +Cn1 an−1 b+. . .+Cnn bn
Note que para as raı́zes de f  (x), têm-se = (a+b)(a+b)n
 
f (−2) = −4 < 0 o que conclui a prova por indução.
f  (− 23 ) = 4 > 0
4a Questão [Valor: 1,0]
indicando que há um máximo local em x = −2 e um Indique se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se segue
mı́nimo local em x = − 32 . e justifique sua resposta.
a) O conjunto dos números reais não tem pontos extre-
2a Questão [Valor: 1,0] mos reais.
Numa escola há 15 comissões, todas com igual número b) Existe um número em Q (racionais) cujo quadrado
de alunos. Cada aluno pertence a duas comissões e é 2.
cada duas comissões possui exatamente um membro em 66
c) O ponto correspondente a na escala dos números
comum. Todos os alunos participam. 77
a) Quantos alunos tem a escola? 55 77
reais R está situado entre os pontos e .
b) Quantos alunos participam de cada comissão? 66 88

Solução:
Solução:
O total T de alunos é o número de alunos na primeira
a) (V): Se existisse um ponto máximo xo maior que
comissão, v, mais o número de alunos na segunda co-
todos os reais, então o número (xo + 1) > xo não
missão distintos da primeira comissão, (v − 1), e assim
seria real, o que viola o fato do conjunto dos reais
sucessivamente, até a P -ésima comissão, toda composta
ser fechado para a adição.
por alunos que já participam de outras comissões. Logo, √
b) (F): Assuma que existe q = ab = 2, com a e b
Pv (v + 1)v inteiros primos entre si. Logo a2 = 2b2 e então a é
T = v + (v − 1) + . . . + 0 = =
  2 2 par, podendo√ ser escrito da forma a = 2c. Assim,
P comissões q = 2c b = 2, logo b 2
= 2c 2
e então b é par, o que
viola a hipótese de a e b serem primos entre √ si. Logo,
a) Com P = 15, há v = 14 alunos em cada comissão e
por contradição, não existe racional q = 2.
há um total de T = 105 alunos na escola.
c) (V): Pois 56 < 67 , já que 5 × 7 = 35 < 36 = 6 × 6, e
b) v = P − 1 = 14. 7 < 8 , já que 6 × 8 = 48 < 49 = 7 × 7.
6 7

v10 
c SLN
168

7a Questão [Valor: 1,0]


5a Questão [Valor: 1,0]
Considere uma função L : Q+ → Q que satisfaz:
Determine os valores de x para que:
1. L é crescente, isto é, para quaisquer 0 < x < y tem-
se L(x) < L(y).

x 2 4 6 2. L(x.y) = L(x) + L(y) para quaisquer x, y > 0.

x x+2 0 10
x2 =0 Mostre que:
0 4x 4
x 4 10 x − 2 a) L(1) = 0.
b) L(1/x) = −L(x) para todo x > 0.
c) L(x/y) = L(x) − L(y) para quaisquer x, y > 0.
d) L(xn ) = nL(x) para todo x > 0 e natural n.
Solução: √ 1
Seja D o determinante desejado. Logo, por Laplace na e) L ( n x) = L(x) para todo x > 0 e natural n.
segunda coluna, n
f) L(x) < 0 < L(y) sempre que 0 < x < 1 < y.


x 0 10 x 4 6 Solução:

D = −2 x2 4x 4 + (x + 2) x2 4x 4
x 10 x − 2 x 10 x − 2
a) L(1) = L(1.1) = L(1) + L(1) = 2L(1). Logo,
x 4 6
0 10 L(1)=0.
+4 x
x2 4x 4
b) 0 = L(1) = L(x. x1 ) = L(x) + L(1/x). Logo,
= −2[4x2 (x−2)+100x2 −40x2 −40x] L(1/x) = −L(x).
+(x+2)[4x2(x−2)+16x+60x2−24x2−40x−4x2(x−2)]
c) L(x/y) = L(x. y1 ) = L(x) + L(1/y). Logo, pelo item
+ 4[40x2 +24x2 −40x2 −16x]
anterior, L(x/y) = L(x) − L(y).
= 4x(7x2 +10x−8)
4 d) L(xn ) = L(xx . . . x) = L(x) + L(x) + . . . + L(x).

= 28x(x+2)(x− )  
7 n termos n termos
Logo L(xn ) = nL(x).
1 1 1
Assim, as raı́zes de D = 0 são x = {−2, 0, 47 }. e) L(x) = L(x
x . . . x ) =
n n n

n termos
1 1 1 1
6a Questão [Valor: 1,0] L(x n ) + L(x n ) + . . . + L(x n ). Logo, L(x n ) =
Faça o que se pede:  
n termos
1
n L(x).
a) Calcule o argumento do seguinte número complexo
i(1 + i). f) Seja 0 < x < 1, assim x2 < x, e então, L(x2 ) =
2L(x) < L(x), já que L é estritamente crescente.
Logo, L(x) < 0. Seja 1 < y, assim y 2 > y, e então,
b) Escreva sob forma L(y 2 ) = 2L(y) > L(y), já que L é estritamente cres-
√ trigonométrica o número com- cente. Logo, L(y) > 0.
plexo Z = 1 + i 3.

8a Questão [Valor: 1,0]


Demonstrar analiticamente que se uma reta, perpendi-
Solução: cular a uma corda de uma circunferência, passa pelo seu
centro, então ela divide a corda no seu ponto médio.
Solução:
√ 1 √ √ 2 √ i 3π Sejam o centro O da circunferência de raio r, os extre-
1. i(1 + i) = −1 + i = 2 − 22 + 2
2 i = 2e 4
mos A e B da corda, e a interseção C da reta por O com

Logo, o argumento desejado é 4 .
a corda. Dos triângulos retângulos ∆AOC e ∆BOC,
têm-se que
 2 2 2 2
1 √ 2 AC = OA − OC = r2 − OC
1 3 2 2 2 2 ⇒ AC = BC
2. Z = 2 2 + 2 i = 2 cos π3 + 2i sen π3 BC = OB − OC = r2 − OC

e assim C é médio do segmento AB.

v10 
c SLN
169

9a Questão [Valor: 1,0]


Provar que a soma das distâncias de um ponto qualquer
interior a um triângulo equilátero aos lados é constante.
Solução:

B´´
.
P .
C´´ B´

.
C
B A´ A´´

Trace, pelo ponto P interno ao triângulo, paralelas


aos lados do triângulo original, determinando três novos
triângulos equiláteros. A soma S desejada é a soma das
alturas destes três novos triângulos ∆P A A , ∆P B  B 
e ∆P C  C  , na figura acima, ou seja,
√ √ √
P A 3 B  B  3 P C  3
S= + +
2 2 2
Mas, por paralelismo,

P A = CB 
P C  = B  A
Logo,
√ √
3    
 3
S= (CB + B B + B A) =
2 2
onde  é o lado do triângulo original. Assim, S é cons-
tante e igual à altura do triângulo original.
10a Questão [Valor: 1,0]
Resolva a equação:
sen x − cos x = sen 2x − cos 2x − 1

Solução:
Do enunciado, tem-se
sen x − cos x = sen 2x − cos 2x − 1
= 2 sen x cos x − 2 cos2 x + 1 − 1
= 2 cos x(sen x − cos x)
Logo, devemos ter
(2 cos x − 1)(sen x − cos x) = 0
ou seja
 
 cos x = 12 x = 2kπ ± π3
ou ⇒ ou
 cos x = sen x x = kπ + π4
/ 0
4 , 3 , com k ∈ Z.
de modo que x = 2kπ + π4 , π3 , 5π 5π

v10 
c SLN
170

IME 1991/1992
Solução:
1a Questão [Valor: 1,0] Usando a lei dos cossenos nos triângulos ∆ABC,
Prove que Z1 + Z2 = Z1 + Z2 , onde Z1 e Z2 ∈ C. ∆ADC, ∆ABD e ∆CBD, respectivamente, têm-se
Solução:  2 2 2

 AC = AB + BC − 2AB BC cos B̂
Sejam 
 2 2 2
AC = AD + DC − 2AD DC cos D̂
  

2 2 2
BD = AB + AD − 2AB AD cos Â
Z1 = a + bi Z1 = a − bi 

⇒ 2 2 2
BD = BC + DC − 2BC DC cos Ĉ
Z2 = c + di Z2 = c − di
Além disto,
com a, b, c e d reais. Logo,
 
 + Ĉ = π cos Ĉ = − cos Â

Z1 +Z2 = a+bi+c+di B̂ + D̂ = π cos D̂ = − cos B̂
= (a + c) + (b + d)i
e assim,
= (a+c)−(b+d)i

= (a − bi) + (c − di) 
2 2
AC −AB −BC
2 2 2
−AD −CD
= − AC −2AD
2

−2AB BC DC
= Z1 +Z2  BD2 −AB 2 −AD2 = − BD2 −BC 2 −CD2
−2AB AD −2BC DC

 AC 2 = (AB AD+BC DC)(AD BC+AB DC)
2a Questão [Valor: 1,0] ⇒
(AD DC+AB BC)
Encontre todas as soluções de sec x − 2 cos x = 1 em  BD2 = (BC AB+CD AD)(BC AD+AB CD)
(BC CD+AB AD)
[0, 2π].
AC (AB AD+BC DC)
Solução: ⇒ =
BD (BC AB +CD AD)
1
− 2 cos x = 1
cos x 4a Questão [Valor: 1,0]
⇒ 2 cos2 x + cos x − 1 = 0 Calcule quantos números naturais de 3 algarismos dis-
1 tintos existem no sistema de base 7.
⇒ 2(cos x + 1)(cos x − ) = 0
2 Solução:
Há um total de 6 × 7 × 7 possı́veis números de três
Logo, algarismos na base 7, assumindo que o algarismo da
 “centena” não possa ser 0. Destes, há 6 possibilidades
 cos x = −1  - de números do tipo aaa, com a = 1,2,3,4,5,6. Além
π 5π disto, há ainda 6 × 6 possibilidades de números para
ou ⇒x∈ , π,
 cos x = 1 3 3 cada tipo abb, aba e aab, com a = 1, 2, 3, 4, 5, 6 e b =
2
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 − {a}. Logo, o número desejado é

294 − 6 − 36 − 36 − 36 = 180
3a Questão [Valor: 1,0]
Dado o quadrilátero ABCD, inscrito num cı́rculo de sln: Se a “centena” puder ser 0, o total sobe para 210.
raio r, conforme a figura abaixo, prove que:
5a Questão [Valor: 1,0]
AC AB.AD + BC.CD Determine a equação da reta que passa por um dos
= vértices da curva definida por 4y 2 + 8y − x2 = 4, for-
BD AB.BC + CD.AD mando um ângulo de 45o com o eixo horizontal.
Solução:
B C
4y 2 + 8y − x2 = 4 ⇒ 4(y + 1)2 − x2 = 8

M que corresponde a uma hipérbole


√ com focos no eixo√ Y
e extremos em P1 ≡ (0, 2 − 1) e P2 ≡ (0, − 2 −
1). Logo, as retas desejadas, com inclinação de 45o e
passando por P1 e P2 , são
A D  √
y =x+( √ 2 − 1)
y = x + (− 2 − 1)

v10 
c SLN
171

6a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Dados: Seja f : [0, ∞[ → R uma função contı́nua tal que:
(1) Um cone de revolução com vértice S e cuja base (1) f (0) = 0.
circular está situada num plano π. x2 − 1
(2) Um ponto P exterior ao cone e não pertencente a (2) f  (x) = 2 , ∀x ∈ ]0, ∞[.
π. (x + 1)2
(3) lim f (x) = 0.
Pede-se: determinar, pelo ponto P , os planos tangentes x→∞
ao cone. Pedem-se:
Solução: a) Os intervalos onde f é crescente (respectivamente,
Traçando, paralelamente ao plano π, um plano π  por descrescente).
P que irá seccionar o cone em uma circunferência C de b) Os intervalos onde o gráfico de f é côncavo para
raio r. Traçando as tangentes a C por P , obtêm-se os cima (respectivamente, para baixo).
pontos de tangência T1 e T2 . Os planos de tangência são c) Onde ocorrem os pontos de máximo e mı́nimo abso-
aqueles definidos pelas triplas de pontos < P, S, T1 > e lutos e de inflexão?
< P, S, T2 >.
Defina g : R → R por:
S 
π f (x), x ≥ 0
g(x) =

−f (x), x < 0
C Esboce o gráfico de g.
T2 Solução:

a)
T1 .P

f crescente : f  > 0 : x2 − 1 > 0 ⇒ x > 1
f decrescente : f  < 0 : x2 − 1 < 0 ⇒ 0 ≤ x < 1

b) Determinando f  ,
7a Questão [Valor: 1,0] (x2 + 1)2 2x − 2(x2 + 1)2x(x2 − 1)
A partir da função f  =
(x2 + 1)4
A  −At 
R(t) = e−At + e − e−Bt 2x(3 − x2 )
B−A =
(x2 + 1)3
onde t é a variável (tempo) e A e B são constantes reais, √ √
2x( 3 − x)( 3 + x)
encontre a expressão de R(t), para o caso em que A =
tende a B de modo que R(t) seja uma função contı́nua. (x2 + 1)3

Solução: No domı́nio de f , as parcelas 2x, (x+ 3) e (x2 +1)3
são sempre não negativas. Assim, o sinal de f  , e
 
1 − e−(B−A)t conseqüentemente
√ a concavidade de f , é regido pelo
R(t) = e−At + Ae−At fator (x − 3), ou seja,
B−A
Logo, fazendo (B − A) = x, tem-se  √
f tem concavidade para cima : f  > 0 : x > 3 √
(1 − e−xt ) f tem concavidade para baixo : f  < 0 : 0 ≤ x < 3
lim R(t) = lim e−At + Ae−At
B→A x→0 x
 −xt

−At (1 − e ) c) Considerando o enunciado e os itens anteriores, têm-
=e 1 + A lim
x→0 x se que f é mı́nima em√x = 1, f é máxima em x = 0
e há inflexão em x = 3.
Assim, por L’Hôpital,
  Pelos itens anteriores, podemos compor o gráfico de g
d(1−e−xt )
−At 1 + dx  como na figura a seguir.
lim R(t) = e A lim dx
B→A x→0
dx g(x)
1 2
x
= e−At 1 + A lim te−xt 1 3
x→0
1
= e−At (1 + At)
3

v10 
c SLN
172

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Calcule o valor do determinante abaixo: Sejam E0 = [0, 1] e f1 , f2 : E0 → E0 funções defini-
1 1 2
m+x m m m ... m das por f1 (x) = x e f2 (x) = x + . Se P (E0 ) é o
3 3 3
m m+x m m ... m conjunto das partes de E0 , seja F : P (E0 ) → P (E0 ) a

m m m+x m ... m função definida por F (A) = f1 (A) ∪ f2 (A), onde fi (A)
Dn = m m m m+x m m

. é a imagem de A por fi , i = 1, 2. Agora, para cada
.. .. .. .. .. .. n ≥ 1 definimos En = F (En−1 ).
. . . . .
m m m m . . . m+x a) Esboce graficamente E0 , E1 , E2 e E3 . Mostre que
En ⊂ En−1 .
b) Calcule lim |En |, onde |En | é a soma dos compri-
Solução: n→∞
Abrindo a soma da primeira coluna em duas parcelas, mentos dos intervalos que formam En .

m m m m ... m
Solução:
m m+x m m ... m
m m
A imagem de f1 é o primeiro terço do domı́nio e a ima-
m m+x m ...

Dn = m m m m+x m m
gem de f2 é o último (terceiro) terço do domı́nio.
. . . . .. ..
.. .. .. .. . a) Pela definição, E0 , E1 , E2 e E3 são como na figura
.
m m m m . . . m+x
a seguir.

x m m m ... m E0

0 m+x m m ... m
E1
0 m m+x m ... m

+ 0 m m m+x m m E2
. . . . .. .. E3
.. .. .. .. .
.
0 m m m . . . m+x
b) Também pela respectiva definição,
Sejam En e Fn a primeira e segunda parcelas acima,
respectivamente. A segunda coluna de En pode ser   n
|En | = 23 |En−1 | 2
desmembrada em duas novas parcelas, de forma que ⇒ |En | =
|E0 | = 1 3
m m m m ... m

m m m m ... m
m m m+x m Logo,
m ...

En = m m m m+x m m
. .. .. .. .. .. lim |En | = 0
.. . n→∞
. . . .
m m m m . . . m+x

m 0 m m ... m

m x m m ... m

m 0 m+x m ... m

+ m 0 m m+x m m
. . .. .. .. ..
.. .. .
. . .
m 0 m m . . . m+x
onde a primeira parcela é nula por apresentar duas co-
lunas iguais. Aplicando Laplace na segunda coluna da
segunda parcela de En , tem-se

En = xEn−1
⇒ En = xn−1 m
E1 = m

Aplicando Laplace na primeira coluna de Fn , tem-se


Fn = xDn−1
Assim,

Dn = En + Fn = xn−1 m + xDn−1
D1 = m + x

de forma que, por indução,


Dn = xn + mnxn−1 = xn−1 (x + mn)

v10 
c SLN
173

IME 1990/1991 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Determine todas as matrizes X reais, de dimensões 2 × A coleção de selos de Roberto está dividida em três
2, tais que AX = XA, para toda matriz A real 2 × 2. volumes. Dois décimos do total de selos estão no pri-
meiro volume, alguns sétimos do total estão no segundo
Solução: volume e 303 selos estão no terceiro volume. Quantos
selos Roberto tem?

      Solução:
a1 a2 x1 x2 x1 x2 a1 a2 Seja x o total desejado, logo, do enunciado, podemos
=
a3 a4 x3 x4 x3 x4 a3 a4 escrever que

Logo, devemos ter x kx 10605


+ + 303 = x ⇒ x =
 5 7 28 − 5k
 a1 x1 + a2 x3 = a1 x1 + a3 x2

 a x +a x
1 2 2 4 = a2 x1 + a4 x2 onde k < 6, pois devemos ter (28 − 5k) > 0. Além

 a x + a 4 x3 = a1 x3 + a3 x4 disto, devemos ter 10605 = 3 × 5 × 7 × 101 múltiplo de
 3 1
a3 x2 + a4 x4 = a2 x3 + a4 x4 (28 − 5k), de modo que por inspeção, k = 5 e x = 3535.

4a Questão [Valor: 1,0]


Como estas relações devem ser satisfeitas para todas as Mostre que o número
matrizes A, tem-se que a2 x3 = a3 x2 ⇔ x2 = x3 = 0, e
então  
 
 3 125 3 125
a2 x4 = a2 x1 3+ 9+ − −3 + 9+
⇒ x1 = x4 = k 27 27
a3 x1 = a3 x4

é racional.
Logo X deve ser da forma X = kI, onde I é a matriz
identidade 2 × 2.
Solução: 5
125
2 Questão [Valor: 1,0]
a Seja ∆ = 9+ 27 , assim podemos escrever que
Dado o conjunto A = {1, 2, 3, . . . , 102}, pede-se o
número de subconjuntos de A, com três elementos, tais √
3

3
que a soma destes seja um múltiplo de três. x= 3+∆− −3 + ∆

Solução:
Sejam os subconjuntos auxiliares de modo que


A1 = {a1 } = {1, 4, 7, . . . , 100} x3 = (3 + ∆) − 3 3 (3 + ∆)2 (−3 + ∆)
A2 = {a2 } = {2, 5, 8, . . . , 100} 
+ 3 3 (3 + ∆)(−3 + ∆)2 − (−3 + ∆)
A3 = {a3 } = {3, 6, 9, . . . , 100}  1√ √ 2
= 6 − 3 3 (3 + ∆)(−3 + ∆) 3 3 + ∆ − 3 −3 + ∆
Os subconjuntos desejados devem ser necessariamente 
dos tipos 3 125 1 √
3
√ 2
= 6−3 3 + ∆ − 3 −3 + ∆
27
34 × 33 × 32
{a1 , a1 , a1 } : = 5984 possibilidades = 6 − 5x
6
34 × 33 × 32
{a2 , a2 , a2 } : = 5984 possibilidades Logo
6
34 × 33 × 32 x3 + 5x − 6 = (x − 1)(x2 + x + 6) = 0
{a3 , a3 , a3 } : = 5984 possibilidades
6
{a1 , a2 , a3 } : 34 × 34 × 34 = 39394 possibilidades e então
 √ -
−1 ± −23
x= 1,
2
onde o fator de 16 aparece nos três primeiros tipos para
eliminar as permutações simples. Logo o total de pos-
sibilidades é 57256. Como, pela definição, x é real, logo devemos ter x = 1.

v10 
c SLN
174

5a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Seja D = {(x, y) ∈ R2 | 0 < x < 1 e 0 < y < 1} e
F : D → R2 uma função tal que ∀(x, y) ∈ D associa
(x, y) ∈ R2 onde
a) Sendo dada a equação x3 + px + q = 0, p, q ∈ R, que
relação deverá existir entre p e q para que uma das 
raı́zes seja igual ao produto das outras duas? x=y
y = (1 − y)x
a) Sendo T = {(x, y)| x > 0, y > 0, x + y < 1}, mostre
b) Mostre que a equação x3 − 6x − 4 satisfaz a relação
que F é uma bijeção de D sobre T .
encontrada e, em seguida, encontre suas raı́zes.
b) Esboce a imagem dos conjuntos da forma {(x, y) ∈
D| y = λx} para os seguintes valores de λ : λ0 =
1 1
Solução: 4
; λ1 = ; λ2 = 1.
2

a) Por Girard Solução:

a) Seja F (u, v) = (x, y) = (v, (1 − v)u), de modo que



 r1 + r2 + r3 = 0 
r1 r2 + r2 r3 + r3 r1 = p x=v⇒0<x<1

r1 r2 r3 = −q y = (1 − v)u = (1 − x)u ⇒ 0 < y < (1 − x)

ou seja, a imagem de F é o conjunto T , e F é sobre-


Fazendo r2 = r1 r3 , devemos ter jetiva para o contra-domı́nio T .
Sejam dois pontos distintos de D, D1 ≡ (u1 , v1 ) =
D2 ≡ (u2 , v2 ), tais que F (D1 ) = (x1 , y1 ) = (v1 , (1 −
 v1 )u1 ) e F (D2 ) = (x2 , y2 ) = (v2 , (1−v2 )u2 ). Se v1 =
 r2 = −(r1 + r3 )
v2 , logo x1 = x2 . Se v1 = v2 , então u1 = u2 (pois
r2 (r1 + r3 ) + r2 = −r22 + r2 = p
 2 D1 = D2 ), logo y1 = y2 . Em suma, pontos distintos
r2 = −q de D são mapeados por F em pontos distintos de T ,
e F é injetiva.
Pelos resultados acima, F é bijeção de D em T .
e então,
b) Para (u, v) ∈ D com v = λu, temos que F (u, v) =
(x, y) = (λu, (1 − λu)u), ou seja

q± −q = p ⇒ −q = (p − q)2 x
y = (1 − x)
λ

que corresponde a uma parábola com concavidade


b) De fato, com p = −6 e q = −4, temos que 4 = para baixo, com vértice em ( 12 , 4λ
1
) e com extremos
(−6 − (−4))2 , de modo que
tendendo aos pontos E1 ≡ (0, 0) e E2 ≡ (1, 0). Na-
turalmente, a imagem inclui apenas o trecho das
parábolas no interior de T , que corresponde a 0 <

1± 1 + 24 √ x < λ.
r2 = =± 4
2
y
1
de onde se conclui que r2 = −2, e então podemos
escrever que
λ0
λ1
x − 6x − 4 = (x + 2)(x − 2x − 2)
3 2
λ2

√ √ 0
cujas raı́zes são x = {−2, 1 + 3, 1 − 3}. 0 1 x

v10 
c SLN
175

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que Dada a função racional

x3 + ax2 + bx + c
f (x) =
1 sen (2n+1)x
2
mx2 + nx + p
+ cos x + cos 2x + . . . + cos nx =
2 2 sen x2
e sabendo que a, b, c, m, n, p ∈ Z e que
i) f (2) = 0.
ii) Para x = −1 tem-se uma indeterminação do tipo
Solução: 0
Para n = 0, a relação se reduz a .
0
iii) lim f (x) = −6.
x→−1
1 sen x2
= iv) x = 1 é raiz do polinômio mx2 + nx + p.
2 2 sen x2
1
v) f (3) = .
f (4)
que naturalmente é válida.
Assumindo que a relação é válida para n = k, vamos Determine os coeficientes a, b, c, m, n e p.
analisar o caso para n = (k + 1):
Solução:
Das relações do enunciado, têm-se
sen (2k+1)x sen (2k+3)x 
2 2  (i) : 8 + 4a + 2b + c = 0
+ cos (k + 1)x = 

2 sen x2 2 sen x2 
 (ii) : −1 + a − b + c = 0



 m−n+p=0


(ii) :
Assim, devemos verificar que 3 − 2a + b
 (iii) : = −6

 −2m + n

 (iv) : m+n+p=0




(2k + 1)x x (2k + 3)x 
 (v) :
27 + 9a + 3b + c
=
16m + 4n + p
sen + 2 sen cos (k + 1)x = sen
2 2 2 9m + 3n + p 64 + 16a + 4b + c

Das terceira e quinta relações acima, é fácil ver que


Desenvolvendo o lado esquerdo E da relação acima, n = 0 e então p = −m. Além disto, das primeira,
têm-se segunda e quarta relações acima, têm-se
 
x x  4a + 2b + c = −8 a = −4m
E= sen kx cos + sen cos kx a−b+c=1 ⇒ b = 4m − 3
2 2 
−2a + b = 12m − 3 c = 8m − 2
x x
+ 2 sen cos kx cos x − 2 sen sen kx sen x
2 2
Usando todos estes valores na última relação acima,
x x tem-se
= sen kx(cos −2 sen sen x)
2 2
27−36m+12m−9+8m−2 16m−m
x x =
+ cos kx(sen +2 sen cos x) 9m−m 64−64m+16m−12+8m−2
2 2
3 x x x 4 ou seja
= sen kx cos − cos (x − ) − cos (x + )
2 2 2
3 4 (−16m + 16)(−40m + 50) = (8m)(15m)
x x x
+ cos kx sen + sen (x + ) + sen (− + x)
2 2 2 ⇒ 4(1 − m)(5 − 4m) = 3m2
3kx 3kx ⇒ 13m2 − 36m + 20 = 0
= sen kx cos + cos kx sen
2 2
  Logo
3kx
= sen kx + √
2 36 ± 1296 − 1040 36 ± 16
m= =
26 26
Assim, por indução finita, a validade da relação fica Assim, m = 2, pois pelo enunciado m é inteiro, e então
demonstrada. a = −8, b = 5, c = 14, m = 2, n = 0 e p = −2.

v10 
c SLN
176

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Determine o quadrado OABC cujos vértices são a ori-
gem e os pontos A(1, 1), B(0, 2) e C(−1, 1). Seja F (0, 1) a) A partir do estudo da variação do sinal das funções
o centro desse quadrado e P a parábola de foco F e cuja
diretriz é o eixo das abscissas. Pede-se: x2
f (x) = ln(1 + x) − x e g(x) = ln(1 + x) − x +
a) Mostre que P passa por A e C. 2
b) Determine a equação dessa parábola. deduza a relação
c) Calcule as coordenadas do ponto D, segundo ponto
de interseção da reta BC com P . x2
x− < ln(1 + x) < x, ∀x ∈ ]0, +∞[
d) Seja M um ponto qualquer de P cuja abscissa é x. 2
Mostre que a potência de M em relação ao cı́rculo b) Sendo n ∈ Z+ , seja
1
(c) de diâmetro CD é (x + 1)3 (x − 3).
4 1 2 n−1
e) A partir do resultado anterior, encontre o conjunto P (n) = (1 + )(1 + 2 ) . . . (1 + )
n2 n n2
dos pontos de P interiores a (c).
Mostre que se n → ∞, P (n) admite um limite e
calcule esse limite.
Solução:
A distância (ao quadrado) de F a um ponto (x, y) da
parábola deve ser igual à distância (ao quadrado) deste Solução:
ponto ao eixo das abcissas, assim
a) Das respectivas definições, têm-se
1 1
(x − 0)2 + (y − 1)2 = y 2 ⇒ y = x2 + f (0) = g(0) = 0
2 2
a) Na parábola, se ±x = 1, então y = 1 e a parábola f  (x) =
1
−1=−
x
< 0, ∀x ∈ ]0, +∞[
passa por A e C. 1+x 1+x
1 x2
b) Do desenvolvimento acima, a equação da parábola g  (x) = −1+x= > 0, ∀x ∈ ]0, +∞[
2 1+x 1+x
é y = x 2+1 .
Logo, f (x) < 0 < g(x), ∀x ∈ ]0, +∞[, e a relação
c) A reta BC é descrita por y = x + 2. Assim, na do enunciado se aplica.
interseção tem-se
b) Seja S = ln lim P (n), que, por continuidade, é
n→∞
2
x +1  n−1    
= x + 2 ⇒ x2 − 2x − 3 = (x + 1)(x − 3) = 0 6 i
n−1
i
2 S = lim ln 1+ 2 = lim ln 1+ 2
n→∞
i=1
n n→∞
i=1
n
Para x = 3 na parábola, tem-se y = 5, e então
D ≡ (3, 5). Pelo item anterior, Sa ≤ S ≤ Sb , onde as igualdades
podem ocorrer pois estamos considerando n → ∞,
d) O centro O do cı́rculo é médio de C e D, assim com
O ≡ C+D = ( −1+3 1+5
2 , 2 ) = (1, 3). O raio é R =

2
√  i   i2 
n−1
CD (−1−3) +(1−5)2
2

2 = 2 = 2 2. A potência P de Sa = lim −
2 n→∞ n2 2n4
M ≡ (x, x 2+1 ) é igual a i=1
 n−1 
1 1 2
n−1
2
P = M O  − R2 = lim i− 4 i
n→∞ n2 2n i=1
i=1
x2 + 1  
= (x − 1)2 + ( − 3)2 − 8 1 n(n − 1) 1
2 = lim − p(n)
n→∞ n2 2 2n4
x4 + 2x2 + 1
= x2 − 2x + 1 + − 3(x2 + 1) + 9 − 8 1
4 = −0
2
1
= (x4 − 6x2 − 8x − 3)
4 pois p(n) é um polinômio de ordem 3, e
1
= (x + 1)3 (x − 3) 
n−1
i

1
4 Sb = lim =
n→∞
i=1
n2 2
e) Pontos interiores ao cı́rculo são tais que P < 0, assim 1

devemos ter −1 < x < 3. Assim, S = 2 e então lim P (n) = e.
n→∞

v10 
c SLN
177

IME 1990/1991 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Sejam um cı́rculo, com centro O e raio R, e um ponto Considere um cı́rculo e uma reta que não se intercep-
P tal que OP = 3R. tam, ambos contidos num plano. Determine o lugar
a) Determine o diâmetro M N de modo que o triângulo geométrico dos centros dos cı́rculos que são tangentes
P M N seja retângulo com ângulo reto em M . ao cı́rculo dado (exteriormente) e à reta dada.
b) Calcule, em função de R, os lados e a área do
triângulo P M N . Solução:
c) P N intercepta a circunferência em um segundo Sejam O e r o centro e o raio do cı́rculo dado, respecti-
ponto K. Calcule P K. vamente. O lugar geométrico pedido é o conjunto dos
d) O diâmetro M N gira em torno de O. Qual o lugar pontos cuja distância a O é igual à distância à reta dada
geométrico dos pés das perpendiculares traçadas de adicionada de r. Assim, pela definição de parábola, a
P sobre M N ? solução é uma parábola cujo foco é O e cuja diretriz
e) Determine a posição do diâmetro M N para que a é uma reta paralela, a uma distância r, à reta dada.
área do triângulo P M N seja máxima. Naturalmente, esta paralela deve estar no semi-plano,
definido pela reta dada, que não contém O.
Solução:
3a Questão [Valor: 1,0]
a) O diâmetro M N deve ser tal que o cosseno de seu Sejam dois quadrados ABCD e ABEF , tendo um lado
ângulo com OP seja comum AB, mas não situados num mesmo plano. Se-
jam M e N pertencentes, respectivamente, às diagonais
OM R 1 AM BN 1
cos M ÔP = = = AC e BF tais que = = . Mostre que M N
OP 3R 3 AC BF 3
é paralelo a DE.
b) Naturalmente, M N = 2R. Assumindo que a
condição do item (a) continua válida, dos triângulos
Solução:
retângulos ∆P M O e ∆P M N , têm-se, respectiva-
mente, que
 5 F1
 √ √ D A
 P M = OP 2 − OM 2 = 9R2 − R2 = 2 2R θ2
E=F
5 M2

 2 2 √ √ θ1
P N = P M + M N = 8R2 + 4R2 = 2 3R ∆y
N2
N1
e a área S1 do triângulo ∆P M N fica dada por α
√ C=D M 1 B=A C B E1
PM × MN 2 2×2 2 √
S1 = = R = 2 2R2 ∆x
2 2
c) Usando o conceito de potência de P em relação ao
cı́rculo de centro O, Na vista lateral, tem-se
2 √
PM 8R2 4 3
PK = = √ = R
PN 2 3R 3 BM1 BN1 1
= =

d) Seja O o ponto médio de OP . Seja ainda M o pé  BC BE 3
da perpendicular de P sobre M N , de modo que o
triângulo ∆OM  P é retângulo em M  . Assim,
e assim, os triângulos ∆BM1 N1 e ∆BCE são seme-
3R lhantes, de forma que as projeções das retas M N e DE
M  O = OO = O P = na vista lateral são paralelas.
2
Na vista superior, têm-se
Com isto, o lugar geométrico de M  é a circun-
ferência de centro O e raio O M  = 3R
2 , excetuando
os pontos P e O. 
e) Seja α o ângulo entre M N e OP e seja M  o pé da
a
∆y 3 1
tg θ1 = ∆x = a a cos α =
3+ 3 1+cos α
perpendicular de P sobre M N . Logo, a área S do CD a 1
triângulo ∆P M N é igual a tg θ2 = CE1 = a+a cos α = 1+cos α

MN × PM 2R × 3R sen α
S= = = 3R2 sen α
2 2 de forma que tg θ1 = tg θ2 , e assim as projeções das
retas M N e DE na vista superior são paralelas.
pois P M  = OP sen α. Logo, Smáx = 3R2 , que
ocorre quando α = 90o , ou seja quando M N ⊥ OP . Como as projeções são paralelas nas duas vistas, as
retas M N e DE são paralelas no espaço.

v10 
c SLN
178

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Sejam A, B e C os ângulos de um triângulo. Mostre Seja um cone reto de base circular, vértice V , altura
que h e raio de base r e seja ABC um triângulo equilátero
circunscrito à base do cone. Pede-se:
sen 2A + sen 2B + sen 2C = 4 sen A. sen B. sen C
a) Determinar a relação entre h e r para que o tetrae-
Solução: dro, com vértices V ABC, seja regular.
Como 2A = [2π − 2(B + C)], logo
b) Satisfeitas essas condições, calcule, em função de r, o
sen 2A = − sen 2(B + C) volume limitado pela superfı́cie do cone, pelo plano
de sua base e pelos dois planos tangentes que passam
= −(sen 2B cos 2C + sen 2C cos 2B) pela aresta V A.

= [sen 2B(1−2 cos2 C)+ sen 2C(1−2 cos2 B)]


Solução:
Definindo
S = sen 2A + sen 2B + sen 2C V
têm-se, então, que
B
S = 2[sen 2B(1 − cos2 C) + sen 2C(1 − cos2 B)]
h
2 2
= 4(sen B cos B sen C + sen C cos C sen B)
= 4 sen B sen C(cos B sen C + cos C sen B) A
.
= 4 sen B sen C sen (B + C) r
= 4 sen A sen B sen C
pois
C
sen (B + C) = sen [π − (B + C)] = sen A

5a Questão [Valor: 1,0]


a) Seja  a aresta do tetraedro V ABC. Assim, devemos
Mostre que se num triângulo ABC vale a relação
ter que
cos (B − C)
= tg B
sen A + sen(C − B)  √
 √
 r= 1 3
3 2 r=  3
6
então o triângulo é retângulo com ângulo reto em A. 1 √ 22 ⇒ √
 h2 + r 2 =  3
h=  6
Solução: 2 3

Analisando o lado esquerdo E da expressão do enunci-


ado, têm-se que
Logo,
cos(B − C)
E=
sen (B + C) + sen(C − B) √
h = 2r 2
cos B cos C + sen B sen C
=
senB cosC + senC cosB + senC cosB − senB cosC
b) O volume V desejado é um terço da diferença entre
cotg C + tg B os volumes Vt do tetraedro e Vc do cone. Assim,
=
2
Assim, para que a relação do enunciado seja válida, Vt − Vc
têm-se que V =
3
cotg C = tg B ⇒ " 2√ #
1  4 3 × h πr2 × h
cos C sen B = −
= ⇒ 3 3 3
sen C cos B
√ √
cos B cos C − sen B sen C = cos(B + C) = 0 ⇒ 2 2(3 3 − π) 3
= r
9
cos[π − (B + C)] = cos A = 0
e como A ∈ (0, π), então A = 90o .

v10 
c SLN
179

7a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Resolver o sistema Num triângulo ABC traçamos a altura AH e do pé

 tg2 x + tg2 y = 6 H dessa altura construı́mos as perpendiculares HD e
tg x tg y HE sobre os lados AB e AC. Seja P o ponto de in-
 + = −6 terseção DE com BC. Construindo as alturas relativas
tg y tg x aos vértices B e C determinam-se também, de modo
Sabendo que x e y pertencem ao intervalo [−π/2, π/2]. análogo Q e R sobre os lados AC e AB. Demonstre
que os pontos P , Q e R são colineares.
Solução:
Desenvolvendo a segunda equação e usando o resultado A
da primeira, têm-se
tg2 x + tg2 y = −6 tg x tg y ⇒ tg x tg y = −1
D
Usando este resultado em qualquer equação original, E
tem-se a equação bi-quadrada
1 B H C P
tg2 x + = 6 ⇒ tg4 x − 6 tg2 x + 1 = 0
tg2 x
Logo, Solução:
√ Da semelhança dos triângulos ∆ABH, ∆AHD e
6 ∓ 36 − 4 √
2
tg x = =3∓2 2 ∆HBD, e usando o teorema de Pitágoras no triângulo
2 ∆ABH, têm-se
ou seja 


AB
= AH 
5 5√  AH AD
AD = AH
2
√ √ AB
tg x = ∓ 3 ∓ 2 2 = ∓ ( 2 ∓ 1)2 = ∓( 2 ∓ 1)
AB
BH = BD
BH ⇒


2
BD = AB AB −AH 2

BH = AB − AH
2 2 2
e, correspondentemente,
1 √ Da semelhança dos triângulos ∆ACH, ∆AHE e
tg y = − = ±( 2 ± 1) ∆HCE, e usando o teorema de Pitágoras no triângulo
tgx
∆ACH, têm-se
Calculando tg 2x, têm-se 
√ 

AC
= AH 
2 tg x ∓2( 2 ∓ 1)  AH AE
AE = AH
2

AC
tg 2x = = √ = ∓1 AC CH
CH = CE

1 − tg2 x 1 − ( 2 ∓ 1)2 

2
CE = AC AC −AH 2

CH = AC − AH
2 2 2

Como x ∈ [− π2 , π2 ], logo 2x ∈ [−π, π]. Assim, têm-se


quatro soluções Pelo teorema de Menelaus com a reta P ED, têm-se
 π  π  3π
∓4 ∓8 ±8 AH 2 AB 2 −AH 2
2x = ⇒x= ey= AE.BD.P C AC AB PC
∓4 3π
∓83π
± π8 = AC 2 −AH 2 AH 2
=1
CE.AD.P B AC AB P B

8a Questão [Valor: 1,0] e assim


Seja, sobre uma esfera, um cı́rculo máximo (C) com
diâmetro AB = 2R. Traçam-se uma corda M N do PC AC 2 − AH 2
cı́rculo (C), paralela a AB, e duas retas x e y perpendi- =
PB AB 2 − AH 2
culares ao plano do cı́rculo de diâmetro AB e passando,
respectivamente, por M e N . Os planos definidos pelo Analogamente, para Q e R têm-se
ponto A e a reta x e o definido pelo ponto A e a reta 
y cortam a esfera segundo dois cı́rculos. Mostre que  QA = AB 22 −AH 22
quando M N varia, mantendo-se paralela a AB, a soma QC BC −AH
dos quadrados de seus raios é constante.  RB
= BC 2 −AH 2
RA AC 2 −AH 2

Solução:
AM de forma que
Os cı́rculos-seção têm raios iguais a r1 = 2 e r2 =
AN
2 . Por simetria, AN = M B, e assim P C.QA.RB (AC 2−AH 2 )(AB 2−AH 2 )(BC 2−AH 2 )
= =1
2 2 2 2 2 P B.QC.RA (AB 2−AH 2 )(BC 2−AH 2 )(AC 2−AH 2 )
AM AN AM MB AB
r12 +r22 = + = + = = R2
4 4 4 4 4 e assim, pelo teorema de Menelaus, os pontos P , Q e R
são colineares.

v10 
c SLN
180

10a Questão [Valor: 1,0]


No plano, considere um disco de raio R, chame este
conjunto de A0 . Divida um raio de A0 em três segmen-
tos congruentes e retire de A0 a coroa circular de raios
1 2
R e R, chame este conjunto de A1 . O conjunto A1
3 3
1
contém um disco de raio R1 = R, divida um raio deste
3
disco em três segmentos e, mais uma vez retire de A1 a
1 2
coroa circular de raios R1 e R1 , chame este conjunto
3 3
de A2 . Continue este processo indefinidamente e seja A
o conjunto resultante.

A1 A2

a) Calcule a área do conjunto An obtido após a n-ésima


etapa do processo descrito acima.
b) Calcule a área do conjunto resultante A.

Solução:
Pelo enunciado, para n ≥ 1, têm-se
2πRn2 πRn2 πRn2
An = An−1 − + = An−1 −
3 3 3
1 2
com Rn = 3n−1 R e A0 = πR .
a) Assim,
 πR2

 A1 = A0 − 3 1



 πR2

 A2 = A1 − 3 2

πR23

 A3 = A2 −

 ..
3



 .
 πR2n
An = An−1 − 3

Logo, usando o conceito de soma telescópica e a ex-


pressão para soma de progressão geométrica de n
termos, com primeiro termo R12 = R2 e razão 19 ,
têm-se,


n
π Ri2  
i=1 πR2 1 − 91n
An = A0 − = πR2 −
3 3 1 − 19
ou seja, para n ≥ 1,
 
πR2 3
An = 5+ n
8 9
b) Fazendo n → ∞ na expressão acima, tem-se
5πR2
A = lim An =
n→∞ 8

v10 
c SLN
181

IME 1989/1990 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Calcule o determinante da matriz n×n que possui zeros Considere a famı́lia de retas representada pela equação
na diagonal principal e todos os outros elementos iguais
a 1.
p(1 + m2 )
Solução: y = mx −
2m
Abrindo a soma da primeira coluna em duas parcelas,

1 1 1 . . . 1 −1 1 1 . . . 1
onde p é uma constante positiva dada e m um número
1 0 1 ... 1 0 0 1 ... 1
1 0 . . . 1 + 0 1 0 . . . 1
real variável.
Dn = 1
... .. .. . . . . .. .. . . .
. . . .. .. . . . .. a) Determine a condição para que num ponto M =
1 1 1 ... 0 0 1 1 ... 0 (x0 , y0 ) do plano cartesiano passem duas retas dessa
famı́lia.
Sejam En e Fn a primeira e segunda parcelas acima,
respectivamente. A segunda coluna de En pode ser
desmembrada em duas novas parcelas, de forma que b) Determine o lugar geométrico dos pontos M para os
quais as retas que por eles passem sejam perpendi-
1 1 1 ... 1 1 0 1 ... 1 culares.

1 1 1 . . . 1 1 −1 1 . . . 1
1 1 0 ... 1 1 0 0 ... 1
En = +


... ... ... . . . ... ... .. .. . . ..
. . . .
Solução:
1 1 1 ... 0 1 0 1 ... 0
No ponto M , tem-se
onde a primeira parcela é nula por apresentar duas co-
lunas iguais. Aplicando Laplace na segunda coluna da
segunda parcela de En , tem-se m2 (2x0 − p) − 2y0 m − p = 0

En = (−1)En−1
⇒ En = (−1)n−1 Logo
E1 = 1

Aplicando Laplace na primeira coluna de Fn , tem-se 


y0 ± y02 + (2x0 − p)p
m=
Fn = (−1)Dn−1 2x0 − p
Assim,
a) Para termos duas retas distintas, devemos ter
 n−1
Dn = En + Fn = (−1) + (−1)Dn−1
D1 = 0
y02 p
de forma que, por indução, Dn = (−1)n−1 (n − 1). y02 + (2x0 − p)p > 0 ⇒ x0 > − +
2p 2
2a Questão [Valor: 1,0]
Ligando as cidades A e B existem duas estradas princi-
pais. Dez estradas secundárias de mão dupla, ligam as
duas estradas principais, como mostra a figura. Quan- b) Para que as retas sejam perpendiculares, o produto
tos caminhos, sem auto-interseções, existem de A até dos dois valores de m, que são os coeficientes angu-
B? lares das retas, deve ser −1. Assim,
Obs: Caminho sem auto-interseções é um caminho que
não passa por um ponto duas ou mais vezes.

−p
= −1 ⇒ x0 = p
A B 2x0 − p

e a restrição do item (a) se torna y02 +p2 > 0. Assim,


Solução: o lugar geométrico é a reta x0 = p > 0 com y0
De inı́cio, têm-se 2 caminhos. Cada ponte multiplica o qualquer.
número de opções por 2. Logo, o total de caminhos é
2 × 210 = 2048.

v10 
c SLN
182

4a Questão [Valor: 1,0] 5a Questão [Valor: 1,0]


Considere as funções: 1
Na elipse de excentricidade , foco na origem e reta
2
f (x) = ax , onde a > 1 diretriz dada por 3x + 4y = 25, determine
 a) Um dos focos da elipse.
g(x) = 2px, onde p > 0
b) O outro foco.
Mostre que uma condição necessária e suficiente para c) A equação da outra reta diretriz.
que seus gráficos se tangenciem é sln: Quantos focos tem esta elipse?
p Solução:
a = ee
a) O centro da elipse é determinado pelo encontro das
Neste caso, determine, em função de p, a equação da
tangente comum. diretrizes (ver item (c)):

Solução: y = − 34 x + 25
4
Calculando f  (x) e g  (x), têm-se C≡ ⇒ C ≡ (3, 4)
y = 43 x
f  (x) = f (x) ln a = ax ln a
Note que C é médio dos dois focos, logo o outro foco
√ é dado por (6, 8).
2p
g  (x) = √ b) Pelo enunciado, o outro foco está na origem.
2 x
c) A segunda diretriz é ortogonal à primeira, e por con-
Para que os gráficos se tangenciem, devemos ter ter os focos, deve passar pela origem. Logo, sua
equação é y = 43 x.
 x √
 
f (x) = g(x)  a = 2px 6a Questão [Valor: 1,0]

⇒ 2p Considere a função
f  (x) = g  (x) 
 a ln a = √
x
2 x  1
n 1 n
f (x) = lim x + n
e assim n→∞ x

 2p 1 definida em 0 < x < ∞. Calcule o valor de f em cada
2px ln a = √ ⇒ x = ponto e esboce o seu gráfico.
2 x 2 ln a
Solução: √
Usando este valor de x, tem-se que
É fácil ver que f (1) = limn→∞ n 2 = 1. Em geral,
1  podemos reescrever f (x) da forma
p
a 2 ln a =   n1
ln a x2n + 1 1  1 1
f (x) = lim = lim x2n + 1 n = L
n→∞ xn x n→∞ x
Tirando-se o logaritmo natural da expressão acima,
conclui-se que onde, por continuidade,
 
1 1 p p ln x2n +1
ln a = ln ⇒ a = ee lnL = lim
2 ln a 2 ln a n→∞ n

Usando este valor de a, as coordenadas (x0 , y0 ) do 0, se 0 < 2n
x<1
ponto de contato são d(x +1)
= 2x2n ln x
 lim dn
= lim = 2 ln x, se 1 < x
 1 e
2n
n→∞ (x +1) n→∞ (x2n +1)
 x0 = p =
2 ln e e 2p ou seja
 √ √ √   1
y0 = g(x0 ) = 2p x0 = e 1, se 0 < x < 1
L= ⇒ f (x) = x , se 0 < x < 1
x2 , se 1 < x x, se 1 ≤ x
O coeficiente angular da reta tangente é dado por
p cujo gráfico é mostrado a seguir.
g  (x0 ) = √
e f(x)
Com isto, é possı́vel determinar a reta tangente como a
descrita pela equação
√ 1
p e
y = √ x+ 1 x
e 2

v10 
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183

7a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Resolva a equação IMEBOL é um jogo de três jogadores. Em cada partida
o vencedor marca a pontos, o segundo colocado marca
z5 = z b pontos e o terceiro colocado marca c pontos, onde
a > b > c são inteiros positivos. Certo dia, Marcos,
onde z é o conjugado do número complexo z. Flávio e Ralph resolvem jogar IMEBOL e após algumas
partidas a soma dos pontos foi: Marcos: 20, Flávio:
Solução: 10, Ralph: 9. Sabe-se que Flávio venceu a segunda
Usando z = reiθ , devemos ter partida. Encontre quantos pontos cada um marcou em
cada partida disputada.
r5 e5iθ = re−iθ
Solução:
ou seja O número de partidas é n ≥ 2 e o número total de
r=1 pontos distribuı́dos em cada partida é k = (a + b + c) ≥
kπ 6, pois a > b > c ≥ 1. Assim, o número total de
5θ = −θ + 2kπ ⇒ θ = pontos em todas as partidas é kn = (20 + 10 + 9) = 39.
3 Como k e n devem ser fatores inteiros de 39, a única
e assim possibilidade com n ≥ 2 e k ≥ 6 é k = 13 e n = 3.
Como Marcos fez 20 pontos nas três partidas, a > 6,
kπ kπ e como Flávio fez 10 pontos nas mesmas três parti-
z = cos + i sen , ∀k ∈ Z
3 3 das, tendo ganhado pelo menos uma, a ≤ 8. Assim,
a princı́pio, a = 7 ou a = 8. Mas a = 7, significaria
8a Questão [Valor: 1,0] que Marcos teria tirado dois primeiros e um segundo,
totalizando (2a + b) = 20 pontos, com b = 6. Isto é
Seja f uma função definida nos inteiros positivos satis-
inviável, pois implicaria em c = 0, pois (a + b + c) = 13.
fazendo
Assim, a = 8, e Flávio tendo ganhado pelo menos uma
i) f (1) = 1. partida, necessariamente tirou em terceiro nas outras
ii) f (2n) = 2f (n) + 1. duas com c = 1, de modo que b = 4. Para atingir seus
iii) f (f (n)) = 4n + 3. 20 pontos, Marcos então tirou dois primeiros e um se-
gundo, e assim as colocações de Ralph ficam também
Calcule f (1990). determinadas:
Primeira partida: 1o Marcos; 2o Ralph; 3o Flávio.
Solução: Segunda partida: 1o Flávio; 2o Marcos; 3o Ralph.
Usando n = 1, a terceira relação acima torna-se Terceira partida: 1o Marcos; 2o Ralph; 3o Flávio.
f (f (1)) = f (1) = 4 × 1 + 3 = 7, o que é incoerente
com a primeira relação. Assim, deve haver algum erro 10a Questão [Valor: 1,0]
no enunciado desta questão. Para que valores de p a equação x4 + px + 3 tem raiz
Imagino que a solução desejada fosse de acordo com dupla? Determine, em cada caso, as raı́zes da equação.
a seguinte linha de raciocı́nio:
 Solução:
 f (1990) = f (2 × 995) = 2f (995) + 1 Seja r a raiz dupla. Dividindo o polinômio f (x) do



 f (f (248)) = 4 × 248 + 3 = 995 enunciado pelo fator (x2 − 2xr + r2 ), tem-se



 ⇒ f (995) = f (f (f (248))) = 4 × f (248) + 3

 f (x) = (x2 −2rx+r2 )(x2 +2rx+3r2 )+(p+4r3)x+3(1−r4 )



 f (248) = f (2 × 124) = 2f (124) + 1

 f (124) = f (2 × 62) = 2f (62) + 1 Assim, devemos ter que
 

 f (62) = f (2 × 31) = 2f (31) + 1 1 − r4 = 0 r = {1, −1, i, −i}

 ⇒

 f (f (7)) = 4 × 7 + 3 = 31 p + 4r3 = 0 p = −4r3 = {−4.4, 4i, −4i}



 ⇒ f (31) = f (f (f (7))) = 4 × f (7) + 3

 e as outras duas raı́zes saem do fator (x2 + 2rx + 3r2 ),

 (1)) = 4 × 1 + 3 = 7

 f (f isto é

⇒ f (7) = f (f (f (1))) = 4 × f (1) + 3 √
−2r ± 4r2 − 12r2 √
x= = r(−1 ± 2i)
Logo, de baixo para cima, podemos determinar que 2

 f (7) = 4 × f (1) + 3 = 7 Em suma, para os quatro possı́veis valores de p, têm-se

  √ √

 f (31) = 4 × f (7) + 3 = 31

 
 p = −4 ⇒ x = {1, 1, −1 + √2i, −1 − √ 2i}

 
 (62) = 2f (31) + 1 = 63
f p = 4 ⇒ x = {−1, −1,
√ 1 + 2i,
√ 1 − 2i}
f (124) = 2f (62) + 1 = 127 
 p = 4i ⇒ x = {i, i, 2 −√ i, − 2 −√ i}

 

 f (248) = 2f (124) + 1 = 255 p = −4i ⇒ x = {−i, −i, 2 + i, − 2 + i}



 f (995) = 4 × f (248) + 3 = 1023

 sln: As relações acima, também poderiam ser obtidas
f (1990) = 2f (995) + 1 = 2047 forçando f (x) e f  (x) a terem uma mesma raiz.

v10 
c SLN
184

IME 1989/1990 - Geometria


2a Questão [Valor: 1,0]
Seja AB um diâmetro de um cı́rculo de centro O e raio
R. Sobre o prolongamento de AB escolhemos um ponto
1a Questão [Valor: 1,0] P (P B < P A). Partindo de P tomamos uma secante
Determine o valor de
que corta o cı́rculo nos pontos M e N (P M < P N ), de
modo que P M = AN = R.
a) Mostre que a corda M B é um lado de um polı́gono
regular inscrito de dezoito lados.
b) Encontre uma equação (do 3o grau) que determina
a distância de P ao centro do cı́rculo em função de
π 5π 7π 11π R.
p = sen sen sen sen
24 24 24 24
Solução:

N
o a
60o 40
R R 40o
M
o
R 80o 60o R
Solução: 60o 100θ=20o 80o 100 θ
o
60o
A P
Usando a expressão de transformação em produto, B b
R O R

1
sen a sen b = [cos(a − b) − cos(a + b)] a) Como P M = M O, então M ÔP = M P̂ O = θ. Por
2
uma análise angular simples, é possı́vel verificar que

60o − θ
M ÔB = θ = ⇒ θ = 20o
2
e assim M B corresponde ao lado do polı́gono regular
podemos escrever que de 18 lados inscrito no cı́rculo, e todos os demais
ângulos da figura acima ficam determinados.
b) Sejam P B = b e M N = a. Usando o conceito
de potência de P em relação ao cı́rculo dado (ou
então usando a semelhança dos triângulos ∆P M B
e ∆P AN ), tem-se
  4π  1 1√3 √22
sen 5π
24 sen π
24 = 1
2 cos 24 −cos 24 = 2 2 − 2

P B.P A b(b + 2R)
1√ √ 2 ⇒ (R + a) =
sen 11π sen 7π = 1 cos 4π −cos 18π = 1 3 + 2
 PN =
PM R
24 24 2 24 24 2 2 2
Usando a lei dos cossenos no triângulo ∆P AN , têm-
se

P N 2 = P A2 + AN 2 − 2P A.AN cos 60o ⇒


(R + a)2 = (b + 2R)2 + R2 − (b + 2R)R
Logo,
Assim, usando a expressão anterior para (R + a) e
definindo OP = x = (b + R), têm-se
 2
(x − R)(x + R)
= (x + R)2 + R2 − (x + R)R ⇒
  R
1 3 2 1
p= − =
4 4 4 16 (x2 − R2 )2 − R4 = (x + R)(x + R − R)R2 ⇒

[(x2 − R2 ) + R2 ][(x2 − R2 ) − R2 ] = (x + R)xR2 ⇒

x(x2 − 2R2 ) = (x + R)R2 ⇒

x3 − 3R2 x − R3 = 0

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185

4a Questão [Valor: 1,0]


Dois cı́rculos de raios R e r são, ao mesmo tempo, bases
3a Questão [Valor: 1,0] de um tronco de cone e bases de dois cones opostos de
Considere uma esfera de raio R. Determine a figura mesmo vértice e mesmo eixo. Seja K a razão entre o
geométrica à qual pertence o lugar geométrico dos volume do tronco e a soma dos volumes dos dois cones
vértices dos triedros nos quais as três arestas são tan- R
opostos e seja m a razão . Determine m em função
gentes a essa esfera e formam, duas a duas, ângulos de r
60o . de K.
Solução:
Solução:

x
V V r
a h1
a
h
A . . A
H h2
R
C H
R
Sejam h1 e h2 as alturas dos cones opostos. Logo,
B   h
h1 h2 h2 h1 = m+1
= =
O r R mr
⇒ mh
h1 + h2 = h h2 = m+1
Da semelhança de triângulos, têm-se
x x+h hr h
Por simetria, as três arestas do tetraedro que são tan- = ⇒x= =
gentes à esfera, V A, V B e V C, são congruentes entre r R R−r m−1
si, e as três arestas internas à esfera, AB, AC e BC, Os volumes V1 e V2 , dos cones opostos, e V do tronco
são também congruentes entre si. No triângulo ∆AV B, de cone são dados por
como AV̂ B = 60o , então V A = V B = AB, e então  2

 V1 = πr3h1
V ABC é um tetraedro regular de aresta a. Sendo as- 

sim, o pé H da altura do vértice V em relação à base 2 V m2 (x+h)−x
V2 = πR3 h2 ⇒K= =
∆ABC é tal que 
 V1 +V2 h1 +m2 h2

 π[R2 (x+h)−r 2 x]
V = 3

Usando os valores acima para x, h1 e h2 , têm-se

√ (m2 − 1) m−1
h
+ m2 h
2 a 3 K = h mh
AH = × m+1 + m2 m+1
3 2
m3 −1
m−1
= m3 +1
m+1

m2 + m + 1
Da selhança entre os triângulos ∆AV H e ∆OV A, onde =
O é o centro da esfera, tem-se que m2 − m + 1
Logo,
(K − 1)m2 − (K + 1)m + (K − 1) = 0
e então
√ 
AH OA a 3
R √ (K + 1) ∓
(K + 1)2 − 4(K − 1)2
= ⇒ 3
= ⇒ OV = R 3 m=
2(K − 1)
AV OV a OV

(K + 1) ∓ (3K − 1)(3 − K)
=
2(K − 1)
sln: Nesta solução, considerou-se que os cones opos-
que é constante. Logo, o √lugar geométrico de V é a tos têm mesma abertura. Sem isto, a questão se torna
esfera de centro O e raio R 3. indeterminada.

v10 
c SLN
186

6a Questão [Valor: 1,0]


5 Questão [Valor: 1,0]
a
Seja um segmento fixo OA de comprimento a e uma
Seja P um ponto no interior de um triângulo ABC, semi-reta variável Ox tal que AÔx = α, α ângulo
dividindo-o em seis triângulos, quatro dos quais têm agudo, pertencente a um plano fixo π. Seja a perpen-
áreas 40, 30, 35 e 84, como mostra a figura. Calcule a dicular ao plano π em A e seja B pertencente a esta
área do triângulo ABC. perpendicular tal que AB = a. Seja C o pé da perpen-
dicular traçada de B sobre Ox. Pedidos:
a) Qual a propriedade comum a todas as faces do te-
A traedro OABC?
b) Calcule o comprimento das seis arestas de OABC
em função de a e α.
c) Calcule o volume v do tetraedro em função de a e
α. √
84 a3 3
d) Determine α de modo que v = (existem dois
24
valores).
P 35 e) Determine o volume comum aos dois sólidos encon-
trados no item anterior.
40 30
B C Solução:
B

Solução:
Sejam A , B  e C  as interseções de AP com BC, BP a
com AC e CP com AB, respectivamente. C C
C. x . .
  .
Como os triângulos ∆ABA e ∆ACA têm mesma h
altura relativa ao lado BC, então, π O α a .. A O A
a

a) Da figura, é possı́vel constatar que todas as faces do


84 + SP BC  + 40 40 tetraedro são triangulôs retângulos.
=
SP AB  + 35 + 30 30 b) Ainda da figura e do enunciado, têm-se


 OA = AB = a
 OB = √OA2 + AB 2 = a√2

Analogamente, como os triângulos ∆BCB  e ∆BAB 
têm mesma altura relativa ao lado AC, então,  OC = a cos α; AC = a sen α


 √ √
BC = AB 2 + AC 2 = a 1 + sen2 α
c)
40 + 30 + 35 35
=
SP BC  + 84 + SP AB  SP AB  1 OC ×AC a3 cos α sen α a3 sen 2α
v= × ×AB = =
3 2 6 12
d) Com α ∈ (0, 90o ), têm-se
Logo,
√ √ 
a3 sen 2α a3 3 3 30o
= ⇒ sen 2α = ⇒α=
12 24 2 60o
 
4SP AB  − 3SP BC  = 112 SP BC  = 56 e) A interseção das bases ∆ABC nos dois casos do item
⇒ anterior é ilustrada acima, à direita, onde
2SP AB  − SP BC  = 84 SP AB  = 70

a o a 3
h = tg 30 =
2 6
e assim
Assim, a área Si da base e o volume Vi da interseção
são iguais a
 √
a2 3
SABC = 84 + 70 + 56 + 35 + 40 + 30 = 315 Si = ah
2 = 12 √
Si ×AB a3 3
Vi = 3 = 36

v10 
c SLN
187

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Os lados de um triângulo estão em progressão
aritmética e o lado intermediário mede . Sabendo-se
a) Obtenha a expressão para tg 3α em função de tg α = que o maior ângulo excede o menor em 90o , calcule a
x. razão entre os lados.
b) Utilize o item anterior para determinar as soluções
da equação Solução:
Sejam os ângulos emordem crescente (A, B, C), com
C = (90o + A), de modo que
x3 − 3mx2 − 3x + m = 0
B = 180o − (A + C) = 90o − 2A
onde m é um número real dado.

Assim, tem-se o triângulo da figura a seguir.


Solução:

1. Usando a expressão da tangente da soma, têm-se 90 o+ A


r

tg 3α = tg (2α + α)
90 o 2A A
tg2α + tg α
=
1 − tg 2α tg α +r
1 2
2 tg α
1− tg2 α + tg α
= 1 2 Usando a lei dos cossenos, têm-se
1 − 1− 2 tg α
tg2 α tg α

2 tg α + tg α(1 − tg2 α) 
 (−r)2 = 2 +(+r)2 −2(+r) cos A
= 
(1 − tg2 α) − 2 tg2 α
2 = (−r)2 +(+r)2 −2(−r)(+r) cos(90o −2A)


3 tg α − tg3 α (+r)2 = 2 +(−r)2 −2(−r) cos(90o +A)
=
1 − 3 tg2 α

e assim
2. Pelo item anterior, têm-se
 4r+

 cos A = 2(+r)
tg 3α − 3 tg α tg 3α = 3 tg α − tg α ⇒
2 3 
2 +2r 2
sen 2A = 2( 2 −r 2 )
tg3 α − 3 tg 3α tg2 α − 3 tg α + tg 3α = 0 

 4r−
sen A = 2(−r)

Assim, definindo
Logo, como sen 2A = 2 sen A cos A, tem-se que

m = tg 3α
x = tg α 2 +2r2 4r− 4r+
=2 ⇒ 2 +2r2 = 16r2 −2
2( −r )
2 2 2(−r) 2(+r)
a equação acima se torna igual à equação do enun-
ciado, cuja solução é então da forma
e então

 
1 √
x = tg arc tg m  7
3 r=
7

v10 
c SLN
188

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Prove que as tangentes ao cı́rculo circunscrito a um Seja um triângulo ABC cujos lados são tangentes a uma
triângulo, passando nos seus vértices, interceptam os parábola. Prove que o cı́rculo circunscrito ao triângulo
lados opostos em três pontos colineares. passa pelo foco.
Solução:
Solução:
L L
F γ F
α α+β
α β N N
A B β B
. M C C
θ1 θ2

A A
c
b h Sejam L, M e N os três pontos de tangência dos lados
O do triângulo ABC em relação à parábola P de foco F ,
como indicado na figura acima.
P . C Pelo teorema de Poncelet, AF , BF e CF são bissetri-
a1 a2
B zes de LF̂ N , LF̂ M e M F̂ N , respectivamente. Assim,

LF̂ B = M F̂ B = α
⇒ LF̂ A = N F̂ A = α + β
N F̂ C = M F̂ C = β
Assim, do triângulo ∆LF A, tem-se que
Sejam P , Q e R as interseções das tangentes ao
cı́rculo circunscrito ao triângulo ∆ABC pelos vértices α + β + γ + θ1 = 180o
A, B e C, respectivamente, com os respectivos lados
opostos. Seja ainda h o comprimento da altura por A
L L
do triângulo ∆ABC. Assim, F γ F
γ
N N
   a2 +b2 −c2
B B
a21 = b −h
2 2
a21 −a22 = b −c
2 2 2a1 = a θ2
C .
M C
⇒ ⇒ 2 2 2
O
a22 = c −h
2 2 a1 +a2 = a a −b +c θ2
2a2 = a A θ2 . . A .
X L1 X

Do conceito de potência do ponto P , têm-se


O teorema de Poncelet nos diz ainda que o ângulo θ2
que AF faz com uma tangente AN é igual ao ângulo
P B.P C = P B(P B + a) = P A2 = h2 + (P B + a1 )2 que a outra tangente AL faz com o eixo de simetria da
parábola.
Prolongando tangente AL até interceptar a diretriz
e assim d em X, considere o seguinte resultado:
Lema: A mediatriz m do segmento L1 F , onde L1 per-
 tence à diretriz da parábola P com foco F , é a tangente
 PB = h2 +a21 b2 ab2 a P no ponto L, tal que LL1 ⊥ d.
= 2 2 2 = c2 −b2
a−2a1 a− a +ba −c sln: Ver a prova deste resultado na 10a questão de
 PC = PB + a 2
= c2b−b2 + a = c2ac
2
1985/1986 (geometria).
−b2

Seja O a interseção de m com L1 F . Como L pertence à


Logo, para P , e analogamente para Q e R, têm-se parábola P , então LL1 = LF , e os triângulos ∆LL1 O e
que
∆LF O são congruentes, de forma que L1 L̂O = F L̂O =
γ.
 PB b2 Assim, como LL1 é paralela ao eixo de simetria da

 = c2
 PC
P B.QC.RA
parábola, e ambas as retas são interceptadas por LX
QC c2 ⇒ =1 prolongada, então por Tales, θ2 = γ. Com isto, pode-
=


QA a2 P C.QA.RB mos escrever que
 RA a2
RB = b2 α + β + θ2 + θ1 = 180o
ou seja, o quadrilátero ABCF é inscritı́vel, o que equi-
e então, pelo teorema de Manelaus, os pontos P , Q e R vale a dizer que F pertence ao cı́rculo circunscrito ao
são colineares. triângulo ∆ABC.

v10 
c SLN
189

IME 1988/1989 - Álgebra


2a Questão [Valor: 1,0]
Esboce o gráfico da função
1a Questão [Valor: 1,0]
Determine o coeficiente de x−9 no desenvolvimento de y = f (x) = 5x2/3 − x5/3

assinalando os pontos crı́ticos.

Solução:
Podemos escrever que

 2  5 f (x) = x2/3 (5 − x)
1 1
x2 + 5 . x3 + 4 2 5
x x f  (x) = x−1/3 (5 − x) − x2/3 = x−1/3 (2 − x)
3 3
 −5 −4/3 5 −1/3 10
f (x) = x (2−x)− x = − x−4/3 (1+x)
9 3 9

E assim têm-se:

 f (0) = f (5) = 0; f (1) = 4 > 0


 lim f (x) = ±∞
 
x→∓∞

 f (x) > 0, se (x = 0) < 5

Solução:  
f (x) < 0, se 5 < x
A expressão do enunciado pode ser reescrita como  f (0) = ; f  (1) = 53 > 0; f  (2) = 0





 lim f  (x) = ∓∞
 x→0∓
5 −1
 lim f  (x) = lim 1 2/3 = −∞

 3 3x
x→∓∞ x→∓∞

  

 f (x) > 0, se 0 < x < 2

f  (x) < 0, se x < 0 e 2 < x
 
 7 2  7 5  7 7  f (−1) = 0; f  (0) = ; f  (1) = − 20
9 < 0


x +1 x +1 x +1 
 
=  lim∓ f (x) = −∞

x10 x20 x30  x→0
10 1
 lim f  (x) = − lim 4 1/3 = 0

 x→∓∞ 9 x→∓∞ 3 x

  

 f (x) > 0, se x < −1

f  (x) < 0, se − 1 < (x = 0)

O que determina os seguintes pontos de interesse:


21
(−1, 6) é √ponto de inflexão, (0, 0) é ponto cuspidal e
Logo, o coeficiente desejado é o de x no desenvolvi- raiz, (2, 3 3 4) é máximo local e (5, 0) é raiz. O gráfico
mento de (x7 + 1)7 que é dado por de f (x) é mostrado a seguir.

f(x)

6
 
7 7!
= = 35
4 4!3!

−1 1 2 3 4 5 x

v10 
c SLN
190

3a Questão [Valor: 1,0] 4a Questão [Valor: 1,0]


Um ponto se move de modo que o quadrado de sua Três números, cuja soma é 126, estão em progressão
distância à base de um triângulo isósceles é igual ao aritmética e outros três em progressão geométrica. So-
produto de suas distâncias aos outros dois lados do mando os termos correspondentes das duas progressões
triângulo. Determine a equação da trajetória deste obtêm-se 85, 76 e 84 respectivamente. Encontre os ter-
ponto, identificando a curva descrita e respectivos mos destas progressões.
parâmetros.
Solução:
Solução: Sejam os termos a, b, c da progressão aritmética e d,
Seja o triângulo isósceles de altura h, base b, ângulo da e, f da progressão geométrica. Como 2b = (a + c) e
(a+b+c) = 126, então b = 126
base tal que tg θ = 2h b e com os vértices A ≡ (0, h), 3 = 42, e = (76−42) = 34,
B ≡ (− 2 , 0) e C ≡ ( 2b , 0), de modo que seus lados
b e assim df = e2 = 1156. Como (a + d) = 85 e (c + f ) =
pertencem às retas descritas por 84, logo (d + f ) = [169 − (a + c)] = (169 − 2b) = 85.
Assim, d e f são as raı́zes de

 r1 (AB) : y = x tg θ + h x2 − 85x + 1156 = (x − 68)(x − 17)
r2 (AC) : y = −x tg θ + h
 Assim, temos duas opções:
r3 (BC) : y = 0 
(68, 42, 16, 17, 34, 68)
Lembrando-se que a distância d de um ponto P ≡ (a, b, c, d, e, f ) = ou
(x0 , y0 ) à uma reta y = αx + β é (17, 42, 67, 68, 34, 17)

|y0 − β − αx0 | 5a Questão [Valor: 1,0]


d= √ Dada a equação
α2 + 1
x2 + y 2 − 2mx − 4(m + 1)y + 3m + 14 = 0
logo, as distâncias de P às retas r1 , r2 e r3 são, respec- a) Determine os valores de m, para que esta equação
tivamente,
corresponda a um cı́rculo.
 b) Determine o lugar geométrico dos centros destes
 |y0 − h − x0 tg θ| |y0 − h − x0 tg θ|

 d1 =  = cı́rculos.

 2
tg θ + 1 | sec θ|
|y0 − h + x0 tg θ| |y0 − h + x0 tg θ| Solução:

 d2 =  =

 tg2 θ + 1 | sec θ| Completando os quadrados na expressão do enunciado,

d3 = |y0 | tem-se
(x−m)2 + (y −2(m+1))2 = 5m2 +5m−10
Assim, devemos ter que
= 5(m+2)(m−1)
|(y0 − h)2 − x20 tg2 θ| a) Para que a equação acima corresponda a um cı́rculo,
d33 = d1 d2 ⇒ y02 = devemos ter 5(m + 2)(m − 1) > 0, ou seja, m < −2
sec2 θ
ou m > 1.
Observando que (y0 − h)/x0 é a inclinação de AP , tem- b) O centro do cı́rculo estará no ponto (x0 , y0 ) =
se que se esta inclinação for maior, em módulo, que a (m, 2(m + 1)), ou seja, seu lugar geométrico é a reta
inclinação tg θ de AB, então y0 = 2(x0 + 1), sem o segmento que une os pontos
(−2, −2) e (1, 4).
y02 sec2 θ = (y0 − h)2 − x20 tg2 θ
 2 6a Questão [Valor: 1,0]
h Mostre que todas as raı́zes da equação
⇒ y0 + 2 + x20 = h2 cotg2 θ cossec2 θ
tg θ (z + 1)5 + z 5 = 0
que corresponde a uma circunferência de raio pertencem a uma mesma reta paralela ao eixo ima-
hcotg θ cossec θ e centro (0, −h/tg2 θ). Se, porém, a in- ginário.
clinação de AP for menor, em módulo, que a inclinação
de AB, então Solução:
Seja z = (a + bi), assim devemos ter
y02 sec2 θ = x20 tg2 θ − (y0 − h)2 (a + bi + 1)5 = −(a + bi)5 = (−a − bi)5
" 5 #2 Igualando os módulos dos números acima, tem-se
h h2
⇒ x0 tg θ− y0 2+tg θ− 
2 2 2
= 1
2
2+tg θ 2+sen2 θ (a + 1)2 + b2 = a2 + b2 ⇒ 2a + 1 = 0 ⇒ a = −
2
que corresponde a uma hipérbole com eixo focal y = Logo, as soluções devem pertencer à reta Re(z) = − 21 ,
h
2+tg2 θ . que é paralela ao eixo imaginário.

v10 
c SLN
191

7a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Em cada uma das faces de um cubo constrói-se um Resolva o sistema
cı́rculo e em cada cı́rculo marcam-se n pontos. Unindo-  √ √
7 3 xy − 3 xy = 4
se estes pontos,
x + y = 20
a) Quantas retas, não contidas numa mesma face do
cubo, podem ser formadas?
Solução: √
b) Quantos triângulos, não contidos numa mesma face Definindo z = 6 xy, a primeira equação torna-se
do cubo, podem ser formados?
2
c) Quantos tetraedros, com base numa das faces do 7z 2 − 3z 3 = 4 ⇒ 3(z − 1)(z − 2)(z + ) = 0
3
cubo, podem ser formados?
Assim, temos as três possibilidades:
d) Quantos tetraedros, com todos os vértices em faces    √
diferentes, podem ser formados? 
 xy = 1 x = 10 ± 3√ 11

 1⇒ ⇒
√  x + y = 20 y = 10 ∓ 3 11
Obs: Suponha que, se 4 pontos não pertencem a uma
6
xy = −3 ⇒
2
  x, y 


mesma face, então não são coplanares. 
 xy = 64 x = 10 ± 6
 2⇒ x + y = 20

y = 10 ∓ 6
Solução:
10a Questão [Valor: 1,0]
a) Cada um dos 6n pontos pode ser conectado a 5n Seja uma elipse cujo eixo maior AA = 2a e cuja excen-
pontos das demais faces para formar uma reta. Eli- tricidade é 1/2. Seja F o foco da elipse, correspondente
minando a redundância das retas AB e BA, tem-se ao vértice A. Considere a parábola, cujo vértice é o
um total de apenas 6n×5n
2 = 15n2 possibilidades. ponto O, centro da elipse, e cujo foco coincide com o
foco F da elipse. Determine o ângulo entre as duas
b) O total de triângulos possı́veis é 6n×(6n−1)×(6n−2)
6 , curvas nos pontos de interseção.
1
onde o fator de 6 elimina as permutações dos
Solução:
vértices. Deste total, 6 × n(n−1)(n−2)
6 estão sobre A elipse é descrita pela equação
uma mesma face. Assim, o total de triângulos não
contidos numa mesma face é [n(6n − 1)(6n − 2) − x2 y2
+ =1
n(n − 1)(n − 2)] = 5n2 (7n − 3). a2 b2
2
c) Cada um dos n(n − 1)(n − 2) em uma face pode ser e como ac = 12 e (b2 + c2 ) = a2 , então b2 = 3a4 . A
conectado a 5n pontos das demais faces para compor parábola tem foco (−c, 0) = (− a2 , 0), vértice na origem
o tetraedro, dando um total de 5n2 (n − 1)(n − 2) e diretriz x = c = a2 . Assim um ponto (x, y) desta
possı́veis tetraedros. parábola é tal que
d) Temos 15 combinações de 6 faces 4 a 4. Como cada 
(x + c)2 + y 2 = (x − c) ⇒ y 2 = −4cx = −2ax
face do cubo tem n pontos, o total de possibilidades
aqui é 15n × n × n × n = 15n4 . Determinando as interseções:

3x2 +4y 2 = 3a2 a
⇒ 3x2 −8ax−3a2 = 3(x+ )(x−3a) = 0
Solução: y = −2ax
2
3
Seja D o determinante desejado. Forma-se uma nova
matriz de colunas ci a partir da matriz original de co- cuja raiz de interesse, com x < 0, é x = − a3 , e então

lunas ci , para i = 1, 2, . . . , 4, sem alterar o valor de D, y = ± a 3 6 . Calculando as inclinações das curvas:
com as seguintes operações 
elipse : 3x dx + 4y dy = 0
parábola : 2y dy = −2a dx
 a2 2a+1 4a+4 6a+9
c2 = c2 − c1
 b2 2b+1 4b+4 6b+9
c3 = c3 − c1 ⇒ D = Assim, nos pontos de interseção:

c4 = c4 − c1 c2 2c+1 4c+4 6c+9  √

dx = − 4y =
tg θ1 = dy
d2 2d+1 4d+4 6d+9 elipse : 3x
8
6

parábola : tg θ2 = dy
dx = − ya = − 26
Fazendo uma nova transformação
Usando a fórmula da tangente da diferença de dois

 a2 2a + 1 2 6 ângulos,

c3 = c3 − 2c2 b2 2b + 1 2 6 √ √
c4 = c4 − 3c2
⇒D = =0 tg θ2 − tg θ1 − 26 − 86 √
c2 2c + 1 2 6
| tg (θ2 − θ1 )| = = √ √ = 6
d2 2d + 1 2 6 1 + tg θ2 tg θ1 1 − 6 6
2 8

pois há duas colunas proporcionais. e os ângulos entre as curvas são ±arc tg 6.

v10 
c SLN
192

IME 1988/1989 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Resolva a seguinte desigualdade: Sejam ABC e ACD dois triângulos retângulos isósceles
com o lado AC comum, e os vértices B e D situados
cos 2x + cos x − 1 em semiplanos distintos em relação ao lado AC. Nestes
≥ 2,
cos 2x triângulos AB = AC = a e AD = CD.
para 0 ≤ x ≤ π. a) Calcule a diagonal BD do quadrilátero ABCD.
b) Seja E o ponto de interseção de AC com BD. Cal-
Solução: cule BE e ED.
Seja x ∈ I1 ≡ {[0, π4 ) ∪ ( 3π
4 , π]}, de modo que o deno- c) Seja F a interseção da circunferência de diâmetro
minador D seja positivo. Neste caso, a inequação se BC com a diagonal BD. Calcule DF e EF .
torna
cos 2x + cos x − 1 ≥ 2 cos 2x ⇒ Solução:
cos 2x − cos x + 1 ≤ 0 ⇒ A figura abaixo representa a situação do problema.
2 cos2 x − cos x ≤ 0 ⇒
cos x(2 cos x − 1) ≤ 0 B
Logo, devemos ter que
  
  cos x ≥ 0 x ∈ [0, π2 ]



 e ⇒ e

  cos x ≤ 1 x ∈ [ π3 , π]
 2
ou


 

  cos x ≤ 0 x ∈ [ π2 , π] E

 ⇒
A C

  e e F
cos x ≥ 12 x ∈ [0, π3 ]
Assim, o resultado é tal que D
π π
x ∈ I2 ≡ [ , ]
3 2 a) Os triângulos ∆ABC e ∆ADC são retângulos e
Achando a interseção deste resultado I2 com o intervalo isósceles, de modo que DĈB = 90o , e o triângulo
I1 em que D > 0, o conjunto-solução para este caso é ∆BCD também é retângulo, com
vazio.  √
Se o denominador D for negativo, a solução é a in- 
 BC = a 2 √
 a 10
terseção do complemento de I1 (com exceção dos pontos √ ⇒ BD = BC + CD =
2 2
em que D = 0) com o complemento de I2 (incluindo os  CD = a 2
 2
pontos em que a igualdade pode ocorrer). Ou seja, 2

 x ∈ ( π4 , 3π
4 ) π π π 3π b) CE é bissetriz de DĈB. Logo, pelo teorema das
e ⇒ x ∈ {( , ] ∪ [ , )} bissetrizes
 x ∈ {[0, π ] ∪ [ π , π]} 4 3 2 4
3 2 √ √ √
BC CD BC + CD a 2 + a22 3 5
que é de fato o conjunto-solução da questão, já que no = = = √ =
primeiro caso não houve solução. BE ED BE + ED a 10 5
2

2 Questão [Valor: 1,0]


a
e assim
Numa circunferência de centro O e de diâmetro AB =  √ √
2R, prolonga-se o diâmetro AB até um ponto M , tal 
 BE = BC
3

5
= a√ 2
3 5
= a 10
3
que BM = R. Traça-se uma secante M N S tal que 5 5


a 2
M N = N S, onde N e S são os pontos de interseção 
 ED = CD
√ = 2
√ = a 10
3 5 3 5 6
da secante com a circunferência. Determine a área do 5 5

triângulo M OS.
c) Seja (c) o cı́rculo circunscrito ao triângulo ∆ABC,
Solução: de modo que DC é tangente a este cı́rculo. A
Usando o conceito de potência do ponto M em relação potência de D em relação a (c) é então
ao cı́rculo de centro O, têm-se  √ √
 √ DF ×DB = DF × a 10
a 10
M N ×M S = M N ×2M N 6 Pot D =
2
⇒ DF =
Pot M = ⇒MN = R DC 2 = a2 10
M B ×M A = R×3R 2 2

e assim
√ o triângulo ∆M OS tem lados de comprimentos e ainda
R 6, 2R, R, de modo que sua área S é √ √ √
5 √ a 10 a 10 a 10
R2 √ √ √ √ 15 2 EF = ED − DF = − =
S= (3+ 6)(3− 6)( 6+1)( 6−1) = R 6 10 15
4 4

v10 
c SLN
193

4a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que a área total do cilindro equilátero inscrito Seja ABC um triângulo retângulo isósceles, com AB =
em uma esfera é média geométrica entre a área da esfera AC = a. Sejam BB  e CC  dois segmentos de compri-
e a área total do cone equilátero inscrito nessa esfera. mento a, perpendiculares ao plano ABC e situados no
mesmo semi-espaço em relação a este plano.
Solução: a) Calcule a área total da pirâmide de vértice A e base
Seja R o raio da esfera de área Sesf = 4πR2 . O cilin- BCC  B  .
dro equilátero tem altura hcil e diâmetro b) Calcule o volume desta pirâmide.
√ dcil das bases c) Mostre que os pontos A, B, C, C  e B  pertencem a
iguais, de modo que dcil = hcil = R 2, e a área total uma esfera.
Scil do cilindro é d) Determine o centro e o raio desta esfera.

πd2cil Solução:
Scil = 2 + πdcil hcil = πR2 + 2πR2 = 3πR2
4
. A
A seção do cone equilátero, gerada por um cı́rculo
máximo da esfera passando pelo vértice do cone, é um a a
triângulo equilátero inscrito no cı́rculo de raio R. A ge- h
ratriz gcon e o diâmetro dcon da base do cone são iguais
ao lado do triângulo
√ equilátero. Assim, dcon = gcon = , B . A’
. C
com  = R 3, e a área total Scon do cone é a
2
a a
πd2con dcon 3 3 9 O
Scon = +π gcon = πR2 + πR2 = πR2
4 2 4 2 4 B’ C’

Logo, é fácil agora ver que a) Da figura, têm-se


 √ √
Scon × Sesf = 9π 2 R4 = Scil
2 AB  = AB 2 + BB 2 = a 2
√ √
AC  = AC 2 + CC 2 = a 2

5a Questão [Valor: 1,0] e o triângulo ∆AB  C  é equilátero de lado a 2.
Mostre que, se os ângulos de um triângulo ABC verifi- Com isto, a área total S da pirâmide é
cam a igualdade sen 4A + sen 4B + sen 4C = 0, então
o triângulo é retângulo. S = SABC +SABB  +SACC  +SAB  C  +SBB  CC 
√ √
a2 a2 a2 (a 2)2 3 √
Solução: = + + + + a2 2
2 2 2 4
a2 √ √
sen 4A = sen [4π − 4(B + C)] = (3 + 3 + 2 2)
2
= − sen 4(B + C) b) Seja A o pé da altura √
de A em relação à base
  a 2
BB CC . Logo, h = 2 e o volume V da pirâmide
= −(sen 4B cos 4C + sen 4C cos 4B) é dado por
√ √
Definindo, SBB  CC  × h a2 2 × a 2 2 a3
V = = =
3 3 3
S = sen 4A + sen 4B + sen 4C c) Veja o próximo item.
d) Seja O o centro da base BB  CC  . Do triângulo
retângulo ∆AA O, tem-se que
têm-se, então, que
 √
 a2 a 3
S = sen 4B(1 − cos 4C) + sen 4C(1 − cos 4B) OA = h2 + =
4 2
= 4 sen 2B cos 2B sen2 2C + 4 sen 2C cos 2C sen2 2B Calculando a distância de O para os vértices da base,
têm-se
= 4 sen 2B sen 2C(sen 2C cos 2B + sen 2B cos 2C) 7"
8 √ #2
8 a 2 1 a 22 a√3
= 4 sen 2B sen 2C sen 2(B + C) 
OB = OB = OC = OC =  9 + =
2 2 2
= −4 sen 2B sen 2C sen 2A

a 3
Logo, O é centro de uma esfera, de raio R = 2 ,
Assim, se S = 0, como A, B, C ∈ (0, π), então algum circunscrita à pirâmide ABB  CC  .
ângulo deve ser reto, e o triângulo deve ser retângulo.

v10 
c SLN
194

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Seja ABCD um trapézio cuja base maior AB = a é São dados um segmento AB e os pontos C e D, que o
fixa e cuja base menor CD tem comprimento constante dividem, internamente e externamente na mesma razão.
igual a b. A soma dos lados não paralelos é constante e Mostre que as circunferências de diâmetros AB e CD
igual a L. Os prolongamentos dos lados não paralelos são ortogonais.
se cortam em I. Solução:

a) Demonstre que o lugar geométrico decrito pelo P


ponto I, quando a base CD se desloca, é uma cônica.

A D
b) Determine os eixos e a distância focal. O C B O’

Solução:
Sejam O e O os centros dos cı́rculos de diâmetros
I 2R = AB e 2r = CD. Seja ainda P um dos pontos de
interseção dos cı́rculos. Do enunciado,
CB DB CB 2r − CB
= ⇒ =
c d CA DA 2R − CB 2R + 2r − CB
de forma que
C D 2CB 2 − 4CB(R + r) + 4Rr = 0
b que é equivalente à condição de ortogonalidade dos
x y cı́rculos dada por
OO2 = OP 2 + O P 2 ⇒ [(R + r) − CB]2 = R2 + r2
A B
9a Questão [Valor: 1,0]
a
Seja um quadrado de lado a e um ponto P , exterior
ao quadrado. Chame de “ângulo sob o qual o qua-
drado é visto pelo ponto P ” o menor ângulo com vértice
em P que contenha o quadrado. Determine o lugar
a) Da semelhança entre os triângulos ∆IAB e ∆ICD, geométrico dos pontos P , de onde o quadrado é visto
têm-se sob um ângulo de 45o .
Solução:
a c+x d+y c+x+d+y c+d+L
= = = = ⇒
b c d c+d c+d
bL
c+d= ⇒
a−b
aL
IA + IB = c + d + x + y = c + d + L =
a−b

Estendendo os lados do quadrado, formam-se oito


Logo, (IA + IB) é constante, e o lugar geométrico regiões de dois tipos: o tipo 1, entre as extensões de
de I é uma elipse (E) de focos A e B. dois lados paralelos, e o tipo 2, na diagonal das regiões
do tipo 1.
Para as quatro regiões do tipo 1, a projeção do qua-
b) Do item (a), a distância focal de (E) é igual a AB = drado é um dos seus lados. Assim, o lugar geométrico
aL
a e o eixo principal é igual a (IA + IB) = a−b . de P é a porção do arco capaz de 45o relativo ao res-
Assim, o eixo secundário 2y é igual a pectivo lado na região em questão. Este arco capaz é
determinado pelo cı́rculo circunscrito a um quadrado
auxiliar formado a partir do lado em questão.
 Para as quatro regiões do tipo 2, a projeção do
a2 L 2 a2 a  quadrado é uma de suas diagonais. Assim, o lugar
2y = − = 4L2 − (a − b)2
(a − b) 2 4 2(a − b) geométrico de P é a porção do arco capaz de 45o rela-
tivo à respectiva diagonal na região em questão. Este
arco capaz é determinado pelo cı́rculo circunscrito a
um quadrado auxiliar formado a partir da diagonal em
questão.

v10 
c SLN
195

10a Questão [Valor: 1,0] a’ a’


Seja ABCD um tetraedro regular de aresta a. Seja O o h h
baricentro da face ABC. Efetua-se uma translação do
tetraedro igual a AO/2, obtendo-se um novo tetraedro R x. x
A B  C  D . R
a) Determine o volume da esfera inscrita no sólido co-
mum aos tetraedros ABCD e A B  C  D .
b) Determine o volume da esfera circunscrita a este
sólido. b) Já o raio R da esfera circunscrita é tal que
" √ #2 " √ #2
Solução: 2 a 3 2 a 3
2
R =x + 2
= (R − h) +
2

A 3 2 3 2
D D’
" √ #2
A’ 2 a 3
a R = (R − h) +
2 2

3 2
a’
D h 2 √ √
h2 + a3 a 6 a 6
B D’ C A A’ B=C B’=C’ R= = =
2h 4 6
B’ C’ e o volume Vc da esfera circunscrita é

O deslocamento d é dado por 4πR3 πa3 6
√ √ Vc = =
3 27
AO 1a 3 a 3
d= = =
2 3 2 6
de forma que d = AA = A O = OO , onde O é bari-
centro da base transladada ∆A B  C  . Sendo assim, é
simples perceber que a interseção dos dois tetraedros re-
gulares de aresta a é, por sua vez, um tetraedro regular
de aresta a = 2a
3 .

a’ a’
h h r.

a) Pela figura acima, para um tetraedro de aresta a , a


altura h é tal que
  1 √ 22

  √
 h = a2 − 23 a 2 3
2
a 6
1 1 √ 22 ⇒ h = 3
 √ 22

 h2 = a 3 
− 1a 3
2 3 2

e o raio r da esfera inscrita é tal que


" √ √ #2
 
a 3 1 a 3
(h − r)2 = r2 + − ⇒
2 3 2
2 √ √
h2 − a3 a 6 a 6
r= = =
2h 12 18
e o volume Vi da esfera inscrita é

4πr3 πa3 6
Vi = =
3 729

v10 
c SLN
196

IME 1987/1988 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Determine o valor de a para que o sistema abaixo tenha
mais de uma solução e resolva-o neste caso:
a) Mostre que se p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + a1 x3 + a0 x4 ,
 então existe um polinômio g(x) do 2o grau, tal que
x+y−z =1
2x + 3y + az = 3 p(x) = x2 g(x + x−1 ).
x + ay + 3z = 2
b) Determine todas as raı́zes do polinômio p(x) = 1 +
4x + 5x2 + 4x3 + x4 .
Solução:
Para evitar que o sistema tenha solução única, o deter-
minante abaixo deve ser nulo:
Solução:
1 1 −1

2 3 a ⇒ −(a + 3)(a − 2) = 0
1 a 3
a)

A opção a = −3 torna o sistema



  y−z =1−x p(x) a0 a1
x+y−z =1  = 2+ + a2 + a1 x + a0 x2
2x + 3y − 3z = 3 ⇒ y − z = 3−2x x2 x x
x − 3y + 3z = 2 

3
   
y−z = 3 x−2 1 1
= a0 2
+ 2 + x + a1 + x + (a2 − 2a0 )
x2 x
que não tem solução. A opção a = 2 torna o sistema  2  
1 1
 = a0 + x + a1 + x + (a2 − 2a0 )
x+y−z =1 x x
2x + 3y + 2z = 3
x + 2y + 3z = 2 1
= g( + x)
x
e assim, a segunda equação corresponde à soma das
outras duas equações, o que faz com que o sistema tenha
múltiplas soluções. Fazendo z = t, têm-se
com
 
x+y =1+t x = 5t

x + 2y = 2 − 3t y = 1 − 4t
g(x) = a0 x2 + a1 x + (a2 − 2a0 )
e a solução geral é da forma (x, y, z) = (5t, (1 − 4t), t).

2a Questão [Valor: 1,0]


Para que valores de x a função b) Do item anterior, as raı́zes de f (x) podem ser obti-
das a partir das raı́zes de g(y) = 0. Com a0 = 1,
1 a1 = 4 e a2 = 5, tem-se
f (x) = |x| ln x4 . ln x2

1
assume o valor e 4 ?
Obs: ln denota logaritmo neperiano. g(y) = y 2 + 4y + 3 = (y + 3)(y + 1) = 0

Solução:
Considerando, x > 0, podemos escrever que
Fazendo y = ( x1 + x), as raı́zes em x são
1 1
f (x) = x 4 ln x .2 ln x = 2e 4 ln x

1
 √
−1±i 3
Assim, com x > 0, f (x) = e 4 , se 1 −1 ⇒ x2 +x + 1 = 0 ⇒ x = 2
+x = √
√ x −3 ⇒ x2 +3x+1 = 0 ⇒ x = −3± 5
2 ln x = 1 ⇒ x = e 2


Como f (x) é uma função par, os valores x = ± e sa-
tisfazem a condição do enunciado.

v10 
c SLN
197

4a Questão [Valor: 1,0] 5a Questão [Valor: 1,0]


Seja a função Considere a seqüência cujos primeiros termos são:
  1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, . . . Seja an seu n-ésimo termo.
1 1
f (x) = 6 − Mostre que
x2 x
a) Determine os pontos de máximo, mı́nimo e de in- " √ #n
flexão de f (x), caso existam. 1+ 5
an <
b) Trace o gráfico desta função. 2

Solução:
Podemos escrever que para todo n ≥ 2.
 
1−x Solução:
f (x) = 6 A seqüência de Fibonacci é descrita por
x2
 2    
x (−1) − 2x(1 − x) x−2
f  (x) = 6 = 6 an = an−1 + an−2 , n ≥ 3
x4 x3 a1 = 1; a2 = 2
 3   
 x (1) − 3x2 (x − 2) 3−x
f (x) = 6 = 12
x6 x4 Usando o operador deslocamento, z[an ] = an−1 , a série
pode ser descrita por
E assim têm-se:
 √
 f (1) = 0; f (2) = − 23 < 0; f (3) = − 43 < 0 1∓ 5



 (z − z − 1)[an ] = 0 ⇒ z =
2
 lim f (x) = ∞
 x→0 2
 lim f (x) = 0±

 
x→∓∞

 Logo, a forma geral do termo da série é

 f (x) > 0, se x < 1
f (x) < 0, se 1 < x
  " √ #n " √ #n
 f (1) = −6 < 0; f  (2) = 0; f  (3) = 29 > 0 1− 5

 1+ 5

 a n = c1 + c2
 lim f  (x) = ±∞
 x→0 2 2

 lim f  (x) = 0

  f  (x) > 0, se x < 0 e 2 < x
 x→∓∞

 onde c1 e c2 são determinadas a partir das condições ini-

f  (x) < 0, se 0 < x < 2 ciais a1 e a2 dadas. Após um intenso desenvolvimento
  algébrico, têm-se que
 f (1) = 24 > 0; f  (2) = 34 > 0; f  (3) = 0



lim f  (x) = +∞ " √ # " √ #

x→0∓   5− 5 5+ 5

 lim f  (x) = ±∞ f  (x) > 0, se (x = 0) < 3
 c1 =
10
; c2 =
10
x→∓∞ f (x) < 0, se 3 < x

O que determina os seguintes pontos de interesse: x =


0 é ponto de descontinuidade, (1, 0) é raiz, (2, − 32 ) é Assim, para n ≥ 1,
mı́nimo local e (3, − 34 ) é ponto de inflexâo (mudança de
concavidade). O gráfico de f (x) é mostrado a seguir. " √ # " √ #n " √ # " √ #n
5− 5 1− 5 5+ 5 1+ 5
an = +
f(x) 10 2 10 2
" √ # " √ #n " √ # " √ #n
5− 5 1+ 5 5+ 5 1+ 5
< +
10 2 10 2

2 3
1 Logo,
x
" √ √ #" √ #n " √ #n
4/3
5− 5+5+ 5 1+ 5 1+ 5
3/2
an < ⇒ an <
10 2 2

v10 
c SLN
198

8a Questão [Valor: 1,0]


6a Questão [Valor: 1,0]
Mostre que por todo ponto não situado no eixo OX pas-
Determine a equação e o raio do cı́rculo de menor
sam exatamente duas parábolas com foco na origem e
diâmetro, que possui com o cı́rculo x2 +y 2 −8x−25 = 0,
eixo de simetria OX e que estas parábolas interceptam-
eixo radical y − 2x − 5 = 0.
se ortogonalmente.
Solução: Solução:
Os pontos de interseção, P1 e P2 , do eixo radical com Parábolas com foco na origem, simetria em torno de
o cı́rculo são tais que OX e diretriz em x = a são tais que
1 2 a
 x2 + y 2 = (x − a)2 ⇒ x = − y +
x2 +y 2 −8x−25 = 0 2a 2
⇒ x2 +(2x+5)2 −8x−25 = 0
y −2x−5 = 0 de modo que
1 dy a
dx = − 2y dy ⇒ =−
2a dx y
Logo, P1 ≡ (0, 5) e P2 ≡ (− 12 1
5 , 5 ).
O cı́rculo de menor raio será aquele com diâmetro Em um ponto fora do eixo OX, (x0 , y0 ) com y0 = 0,
P1 P2 , e assim, o raio r e o centro O deste cı́rculo são temos que
5
a2 − 2x0 a − y02 = 0 ⇒ a1,2 = x0 ∓ x20 + y02
 √
P1 P2
r= 2 = 655 e assim, têm-se duas parábolas passando por este ponto.
O ≡ P1 +P2
= (− 56 , 13 O produto P dos coeficientes angulares das retas tan-
2 5 )
gentes destas duas parábolas é
a1 a2 a1 a2
P = (− )(− ) = 2 = −1
Logo, a equação deste cı́rculo é y0 y0 y0
e assim as parábolas são ortogonais entre si em todo
6 13 36 ponto (x0 , y0 ).
(x + )2 + (y − )2 =
5 5 5 9a Questão [Valor: 1,0]
Sejam A, B e C matrizes 5 × 5, com elementos reais.
Denotando-se por A a matriz transposta de A:
a) Mostre que se A.A = 0, então A = 0.
7a Questão [Valor: 1,0] b) Mostre que se B.A.A = C.A.A , então B.A = C.A.
Considere um torneio de xadrez com 10 participan-
tes. Na primeira rodada cada participante joga somente
uma vez, de modo que há 5 jogos realizados simulta- Solução:
neamente. De quantas formas distintas esta primeira
rodada pode ser realizada? Justifique sua resposta. a) Seja A = [aij ] e AA = [αij ], de modo que

Solução:
5
αii = a2ij
Os jogadores podem se sentar em 10! permutações dis-
j=1
tintas nas 10 cadeiras disponı́veis para as 5 partidas. As
5 partidas podem se permutar de 5! maneiras. Logo o
número de formas distintas para cada rodada é para 1 ≤ i ≤ 5. Assim, se AA = 0, então
traço{AA } = 0 e assim,

10!
5
5
5
= 10 × 9 × 8 × 7 × 6 = 30240 αii = a2ij = 0 ⇒ aij = 0, ∀ 1 ≤ i, j, ≤ 5
5! i=1 i=1 j=1

b)
sln: Note que o jogo A × B é distinto de B × A, já
que a primeira posição indica o jogador com as peças BAA = CAA ⇒
brancas, que dá inı́cio à partida. Se esta distinção nao (B −C)AA = 0 ⇒
for feita, o número de formas da rodada se reduz para
(B − C)AA (B − C) = 0 ⇒

[(B − C)A] [(B − C)A] = 0
10! 30240
= = 945
25 5! 32 Logo, pelo item (a),

(B − C)A = 0 ⇒ BA = CA

v10 
c SLN
199

10a Questão [Valor: 1,0]


Considere os seguintes conjuntos de números comple-
xos: A = {z ∈ C/|z| = 1, Im(z) > 0} e B = {z ∈
C/Re(z) = 1, Im(z) > 0}, onde Re(z) e Im(z) são as
partes real e imaginária do número complexo z, respec-
tivamente.
2z
a) Mostre que para cada z ∈ A, o número per-
z+1
tence a B.
b) Mostre que cada w ∈ B pode ser escrito da forma
2z
para algum z ∈ A.
z+1

Solução:

a) Seja z = eiθ , com θ ∈ (0, π). Logo,

2z
s=
z+1
2eiθ
=
1 + eiθ
2eiθ (1 + e−iθ )
=
(1 + eiθ )(1 + e−iθ )
2(eiθ + 1)
=
2 + (eiθ + e−iθ )
1 + cos θ + i sen θ
=
1 + cos θ
sen θ
= 1+i
1 + cos θ
Logo, as partes real e imaginária de s são tais que

Re(s) = 1
θ > 0, ∀θ ∈ (0, π)
sen θ
Im(s) = 1+cos

de modo que s ∈ B.
b) Seja w = 1 + ki, com k > 0. Logo, forçando as
relações
 a
k=
1+b ⇒ k 2 (1+b)2 +b2 = 1
2 2
a +b =1

e assim

−2k 2 ∓ 4k 4 − 4(k 2 + 1)(k 2 − 1) −k 2 ∓ 1
b= 2
= 2
2(k + 1) k +1

Desprezando a opção b = −1, têm-se para k > 0 que


 1 2
2
 −1 < b = 1−k 1+k2 = cos θ < 1
1 2
 0 < a = 2k = sen θ ≤ 1
1+k2

com θ ∈ (0, π). Assim, pelo item (a), tem-se que


para algum z ∈ A,

a sen θ 2z
w = 1 + ik = 1 + i =1+i =
1+b 1 + cos θ z+1

v10 
c SLN
200

IME 1987/1988 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Demonstre que num triângulo ABC Dado um cı́rculo de raio R e centro O, constroem-se
três cı́rculos iguais de raios r, tangentes dois a dois, nos
A sen B + sen C pontos E, F e G e tangentes interiores ao cı́rculo dado.
cotg =
2 cos B + cos C Determine, em função de R, o raio destes cı́rculos e
a área da superfı́cie EF G, compreendida entre os três
Solução: cı́rculos e limitada pelos arcos EG, GF e F E.
Solução:
A cos A
2
cotg =
2 sen A
2

cos π−(B+C)
2
E F
= π−(B+C)
sen 2
G
cos π2 cos (B+C)
2 + sen π2 sen (B+C)
2
=
sen π2 cos (B+C)
2 − sen (B+C)
2 cos π2
Da figura, tem-se que
sen (B+C) √
= 2
2 2r 3 3R √
cos (B+C) R=r+ ⇒r= √ = (2 3 − 3)R
2 3 2 2 3+3
sen B2 cos C2 + sen C2 cos B2 A área S desejada é
=
cos B2 cos C2 − sen B2 sen C2 S = SEF G − 3Ss
Logo, usando as expressões do arco-metade onde SEF G é a área do triângulo ∆EF G e Ss é a área
 do setor de 60o do cı́rculo de raio r, de modo que 3Ss
cos 2x = 2 cos2 x − 1 ⇒ cos2 x2 = 1+cos
2
x
é metade da área deste cı́rculo. Logo,
cos 2x = 1 − 2 sen2 x ⇒ sen2 x2 = 1−cos x √ √ √
2 (2r)2 3 πr2 (2 3−π)(2 3−3)2 2
S= − = R
podemos escrever que 4 2 2
5 5 5 5
1−cos B 1+cos C 3a Questão [Valor: 1,0]
A + 1−cos C 1+cos B
cotg = 5
2
5
2
5
2
5
2 Demonstre a identidade
2  
1+cos B 1+cos C
− 1−cos B 1−cos B 3 + cos 4x
2 2 2 2 tg2 x + cotg2 x = 2
  1 − cos 4x
(1−cosB)(1+cosC)+ (1−cosC)(1+cosB) Solução:
=  
(1+cosB)(1+cosC)− (1−cosB)(1−cosC) Desenvolvendo os lados esquerdo E e direito D da
  equação, têm-se que E = D, pois
(1+cosB)(1+cosC)+ (1−cosB)(1−cosC)
×   1 − cos2 x cos2 x
(1+cosB)(1+cosC)+ (1−cosB)(1−cosC) E= +
cos2 x 1 − cos2 x
N (1 − cos2 x)2 + cos4 x
= =
D cos2 x(1 − cos2 x)
com
  2 cos4 x − 2 cos2 x + 1
N = (1+cos C) 1−cos2 B +(1−cos B) 1−cos2 C =
− cos4 x + cos2 x
 
+ (1+cos B) 1−cos2 C +(1−cos C) 1−cos2 B 6 + 2(2 cos2 2x − 1)
D=
1 − (2 cos2 2x − 1)
= (1 + cos C) sen B + (1 − cos B) sen C
4 + 4 cos2 2x
+ (1 + cos B) sen C + (1 − cos C) sen B =
2 − 2 cos2 2x
= 2(sen B + sen C) 2 + 2(2 cos2 x − 1)2
=
1 − (2 cos2 −1)2
D = (1+cos B)(1+cos C) − (1−cos B)(1−cos C)
2 + 2(4 cos4 x − 4 cos2 x + 1)
= 2(cos B + cos C) =
1 − (4 cos4 x − 4 cos2 x + 1)
Logo, 8 cos4 x − 8 cos2 x + 4
=
cotg
A
=
sen B + sen C −4 cos4 x + 4 cos2 x
2 cos B + cos C

v10 
c SLN
201

5a Questão [Valor: 1,0]


Secciona-se um cubo de aresta a por planos passando
4a Questão [Valor: 1,0] pelos pontos médios das arestas concorrentes em cada
Calcule o lado c de um triângulo ABC, em função de vértice. Considere o sólido formado ao retirar-se as oito
sua área S, do ângulo C e de k = a + b − c. pirâmides obtidas. Calcule a soma das arestas, a área
e o volume deste sólido.
Solução:
Solução:
Pela lei dos cossenos, como (a + b) = (k + c), têm-se


c2 = (a+b)2 −2ab(1+cos C) ⇒ 2ab = k(k+2c)
1+cos C
c2 = (a−b)2 +2ab(1−cos C) ⇒ 2ab = c2−(a−b)2
1−cos C

Seja S a área do triângulo ∆ABC, logo,

Cada face

do cubo tem 4 arestas de comprimentos
p(p − a)(p − b)(p − c) = S 2 ⇒ iguais a a 2 2 . Logo, a soma A das arestas é
S2 √
(p − a)(p − b) = ⇒ a 2 √
p(p − c) A = 24 × = 12a 2
2
c2 − (a − b)2 4S 2 Existem√ 6 quadrados e 8 triângulos equiláteros, todos
= ⇒
4 (k + 2c)k de lado a 2 2 . Assim, a área S total é
16S 2 " √ #2 " √ #2 √
2ab = a 2 a 2 3
(k + 2c)k(1 − cos C) S = 6× +8×
2 2 4

= 3a2 + a2 3

= a2 (3 + 3)
Logo, igualando duas expressões para 2ab, têm-se
O volume desejado é o volume do cubo original sub-
traı́do do volume de 8 tetraedros

iguais. Cada tetraedro
a 2
tem base equilátera de lado 2 e demais arestas iguais
a a2 . Assim, a altura h de cada tetraedro é tal que
 " √ #2  " √ √ #2
1 a 22 √
k(k + 2c) 16S 2 a 2  1a 2 3 a 12
= ⇒ h2 =  − − ⇒h=
1 + cos C (k + 2c)k(1 − cos C) 2 4 3 2 2 12
k 2 (k + 2c)2 (1 − cos C) = 16S 2 (1 + cos C) ⇒
de modo que o volume V desejado é
k 2 (k + 2c)2 (1 − cos2 C) = 16S 2 (1 + cos C)2 ⇒ " √ #2 √
k(k + 2c) sen C = 4S(1 + cos C) ⇒ 1 a 2 3
V = a −8×
3
h
3 2 4
2S(1 + cos C) k
c= −
k sen C 2 a3
= a3 −
6
5a3
=
6

v10 
c SLN
202

7a Questão [Valor: 1,0]


6 Questão [Valor: 1,0]
a Considere um semi-cı́rculo de diâmetro AB = 2R. Por
Sobre os catetos AB e AC de um triângulo retângulo A, traça-se uma reta que forma um ângulo de 30o com
ABC constroem-se dois quadrados ABDE e ACF G. o diâmetro AB e que corta o semi-cı́rculo em C. Por
Mostre que os segmentos CD, BF e a altura AH são C, traça-se a tangente ao semi-cı́rculo, que intercepta
concorrentes. a reta que contém AB no ponto D. Fazendo-se uma
rotação em torno da reta que contém AB, o semi-cı́rculo
Solução: gera uma esfera (E) e o triângulo ACD gera um sólido
(S).
a) Calcule o volume deste sólido (S), em função do raio
R.
B R
D
α a2 b) Seja M um ponto sobre AB tal que AM = . Con-
b1 H 3
β . sidere um plano (π) passando por M e perpendicular
I a1 à reta AB, seccionando-se a esfera (E) e o sólido (S).
b2
J α Calcule a razão entre a área destas duas secçẽs.
E C
A c1 c2
Solução:

β C
..
G F

o Rr
A 30 B D
Sejam I e J as interseções de AC com BF e de AB ,
M O C
com CD, respectivamente. Sejam ainda CH = a1 ,
BH = a2 , AI = b1 , CI = b2 , BJ = c1 e AJ = c2 . Da
semelhança dos triângulos ∆ABC, ∆HBA e ∆HAC,
têm-se

  b2
b a a1 =
a1 = b a a) De uma análise angular, é simples constatar que
a2 c
⇒ 2
= a2 = c
AĈO = OĈC  = C  ĈB = B ĈD = 30o
c a a

O sólido (S) é formado por dois cones justapostos


Da semelhança dos triângulos ∆ABI e ∆CF I, têm-se
pela base, de raio da base r e alturas h1 e h2 , com
 √ √
 bc r = 2R cos 30o cos AĈC  = R 3 cos 60o = R 3
b1 b2 b1 + b2 b b1 = b+c
2
= = = ⇒ h1 = h2 = r
= 3R
c b b+c b+c b2 tg 30o
b2 = b+c
2

Logo, o volume V de (S) é


Da semelhança dos triângulos ∆ACJ e ∆BDJ, têm-se
πr2 h1 πr2 h2 3πR3
V = + =
3 3 4
 c2
c2 c1 c2 + c1 c c1 = b+c b) As duas seções em (E) e (S) são cı́rculos de raios r1
= = = ⇒
b c b+c b+c c2 = bc e r2 , respectivamente tais que
b+c
    √
 r2 + 2R 2 = R2 r1 = R 5
1 3 3
Logo, ⇒ √
 tg 30o = r2
R r2 = R 3
3 9

b2 bc c2 de modo que a razão Q entre as áreas das duas seções


CH.AI.BJ a 1 b 1 c1 a b+c b+c é
= = c2 b2 bc
=1
BH.CI.AJ a 2 b 2 c2 a b+c b+c
5
πr12 9
Q= = = 15
πr22 3
81
e assim, pelo teorema de Ceva, os segmentos AH, BF
e CD são concorrentes.

v10 
c SLN
203

8a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Dadas duas retas reversas r e s, ortogonais e sua per- Seja o semi-cı́rculo de diâmetro AB = 2R e r sua tan-
pendicular comum t, que corta r em I e s em K. Consi- gente em A. Liga-se um ponto P da reta r ao ponto B,
dere um segmento AB, de comprimento constante, que interceptando o semi-cı́rculo no ponto C.
se move apoiando suas extremidades A e B, respectiva- a) Demonstre que o produto P B.BC é constante.
mente sobre r e s. Unindo-se A a K e I a B, forma-se b) Determine o lugar geométrico do ponto médio de
um tetraedro variável ABIK. AC, quando P desloca-se sobre a tangente.
PB
c) Seja AP = , calcule a área da porção do
2
a) Demonstre que a soma dos quadrados das arestas triângulo P AB situada no exterior do semi-cı́rculo.
deste tetraedro é constante.
Solução:
b) Calcule o raio da esfera circunscrita ao tetraedro em
função da distância AB.
P
C

Solução:
M
s

B A θ B
O’ O

a) Como o triângulo ∆ABC está inscrito em uma semi-


circunferência, ele é retângulo em C. Assim,
.. K BC AB
cos θ = = ⇒= P B.BC = AB 2 = 4R2
AB PB
r b) Sejam O, O e M os pontos médios de AB, AO e
A t AC, respectivamente. Assim, O M é base média do
. triângulo ∆AOC relativa ao lado OC, de modo que

I OC R
O M = =
2 2
Quando P percorre a tangente r, C percorre a semi-
circunferência e M percorrerá a semi-circunferência
a) Calculando a soma S do quadrado das arestas, têm- de centro O , ponto médio de AO, e raio R2 .
se c) A área S desejada é a área SABC do triângulo
∆ABC subtraı́da de uma área S1 , que é a área Ss
do setor circular de ângulo AÔC e raio R adicionada
à área SCOB do triângulo ∆COB.
S = AB 2 + (AK 2 ) + AI 2 + BK 2 + (BI 2 ) + KI 2 Da figura, tem-se que se P B = 2AP , então
= AB 2 +(AB 2 −BK 2 )+AI 2 + PB
AP = 2R tg θ = ⇒ P B = 4R tg θ
2
BK +(AB −AI )+KI
2 2 2 2

e do triângulo retângulo ∆AP B, têm-se


= 3AB 2 + KI 2
P B 2 = AP 2 +AB 2 ⇒ 16R2 tg2 θ = 4R2 tg2 θ+4R2

e assim tg θ = 3
3 , ou seja θ = 30o , pois θ ∈ (0, π2 ).
que é constante. Logo,

S = SABC − (Ss + SCOB )


b) Os triângulos ∆AKB e ∆AIB são retângulos em K  2 
e I, respectivamente. Logo, os pontos K, I, A e B 4R2 tg 30o πR 2R2 cos 30o cos 60o
= − +
pertencem a uma mesma esfera, de raio AB2 e centro 2 6 2
no ponto médio de AB, que é a esfera circunscrita √
ao tetraedro. 5 3 − 2π 2
= R
12

v10 
c SLN
204

10a Questão [Valor: 1,0]


Considere as esferas cuja interseção com um plano (π)
é um cı́rculo fixo (C). Seja r uma reta do plano (π),
exterior ao cı́rculo. Determine o lugar geométrico dos
pontos de contato dos planos tangentes a tais esferas e
que contêm a reta r.
Solução:

T
.

A’’
r .
A’
O’
α
.
.
A

Sejam os pontos fixos O , centro de (C), e A, perten-


cente a r e tal que AO ⊥ r. Seja (E) uma esfera, de
centro O, cuja interseção com o plano (π) é (C). Por
simetria, O está na perpendicular a (π) por O , e assim
AO ⊥ r. Seja T o ponto de tangência do plano que
contém a reta r com a esfera (E). Como AO ⊥ r, o
ponto T deve ser tal que também AT ⊥ r, ou seja o pé
da altura de T em relação a r é sempre o ponto A, que
é fixo.
Os pontos A, T , O e O definem um plano (π  ) que
secciona a esfera (E) numa circunferência m áxima (C  )
e a circunferência (C) em dois pontos diametralmente
opostos A e A . Do conceito de potência de A em
relação a (C  ) e a (C), têm-se

Pot A = AT 2 = AA × AA = AT 2


que é constante, onde T  é um ponto de tangência a
(C) por A.
Assim, o lugar geométrico de T é o arco da circun-
ferência de centro fixo A e raio igual a AT  . Natural-
mente, se α = T ÂO , existe um valor mı́nimo de α, em
que O = O , e então
OT O T 
tg αmı́n = =
AT AT 
Devemos ainda eliminar o ponto diametralmente oposto
a O em relação a A deste lugar geométrico.

v10 
c SLN
205

IME 1986/1987 - Álgebra 3a Questão [Valor: 1,0]


Dados dois conjuntos A e B, define-se
1a Questão [Valor: 1,0]
Dois números complexos Z1 e Z2 , não nulos, são tais A∆B = (A − B) ∪ (B − A)
que
Prove que dados três conjuntos arbitrários X, Y e Z

X ∩ (Y ∆Z) = (X ∩ Y )∆(X ∩ Z)
|Z1 + Z2 | = |Z1 − Z2 |

Solução:
Z2 Usando diagrama de Venn, os lados esquerdo, E, e di-
Mostre que é imaginário puro. reito, D, da relação do enunciado são iguais a
Z1
E = X ∩ [(Y − Z) ∪ (Z − Y )]
Solução: = (a, b, d, e) ∩ [(b, c) ∪ (d, g)]
Sejam Z1 = (a + bi) e Z2 = (c + di), com a, b, c, d reais.
tais que (a2 + b2 ) = 0 e (c2 + d2 ) = 0. Do enunciado, D = [(X ∩ Y ) − (X ∩ Z)] ∪ [(X ∩ Z) − (X ∩ Y )]
= [(b, e) − (d, e)] ∪ [(d, e) − (b, e)]
 
(a+c)2 +(b+d)2 = (a−c)2 +(b−d)2 ⇒ ac+bd = 0 E assim E = D = (b, d).

X Y
a b c
Assim, e f
d
g
Z
Z2 (c+di)(a−bi) (ac+bd)+(ad−bc)i
= =
Z1 (a+bi)(a−bi) a2 + b 2
4a Questão [Valor: 1,0]
Dados um sistema de eixos ortogonais XOY e um ponto
A, de coordenadas (x0 , y0 ), (x0 , y0 ) = (0, 0), considere
que é imaginário, pois (ac+bd) = 0. dois pontos variáveis P e Q, P pertencente ao eixo OX
e Q pertencente ao eixo OY , tais que a área do triângulo
2a Questão [Valor: 1,0] AP Q seja constante e igual a K, K ∈ R. Calcule e iden-
Determine as soluções reais do sistema tifique a equação do lugar geométrico do ponto médio
do segmento P Q.

 Solução:
x2 y + xy 2 = 70 Sejam P ≡ (p, 0) e Q ≡ (0, q), tais que a reta P Q é
(x + y).(x2 + y 2 ) = 203 descrita por qx + py = pq. A distância h do ponto
(x0 , y0 ) à reta P Q é dada por

|qx0 + py0 − pq|


h= 
p2 + q 2
Solução:
Somando a primeira equação multiplicada por 2 à se- Igualando a área S do triângulo AP Q a K, tem-se
gunda equação, tem-se

PQ × h p2 + q 2 |qx0 + py0 − pq|
S= =  =K
2 2 p2 + q 2
2xy(x+y)+(x+y)(x2 +y 2 ) = (x+y)3 = 343
logo, devemos ter

|qx0 + py0 − pq| = 2K ⇒ qx0 + py0 − pq = ∓2K


Logo,
O ponto médio de P Q é descrito por (x, y) = ( p2 , q2 ), de
modo que seu lugar geométrico deve ser tal que

x+y = 7
⇒ x2 −7x+10 = 0 ⇒ (x, y) = (2, 5) ou (5, 2) 2yx0 +2xy0 −4xy = ∓2K ⇒
xy = 10
(2x−x0 )(2y −y0 ) = (±2K +x0y0 )

que corresponde a uma hipérbole.

v10 
c SLN
206

5a Questão [Valor: 1,0]


Seja f uma função de uma variável real definida por c) Podemos escrever que

f (x) = ln (e2x − ex + 3)
2e2x − ex
f  (x) =
e2x − ex + 3
onde ln é o logaritmo neperiano.
(e2x −ex + 3)(4e2x −ex)−(2e2x −ex )2
f  (x) =
(e2x − ex + 3)2
a) Calcule o domı́nio e a imagem de f .
−e3x + 12e2x − 3ex
=
(e2x − ex + 3)2
b) Determine uma função ϕ(x) com lim ϕ(x) = 0, tal
n→∞
que f (x) = 2x + ϕ(x), para todo x pertencente ao
domı́nio de f .
E assim têm-se:
c) Faça o gráfico de f (x), indicando seus mı́nimos e
máximos relativos e suas assı́ntotas.

 f (0) = ln 3; f (ln 12 ) = ln 11
4

Solução:  lim f (x) = ln 3; lim f (x) = +∞


x→−∞ x→+∞
  1
 f (ln ) = 0;


2

lim f  (x) = 0; lim f  (x) = 2
a) Definindo g(x) = (e2x − ex + 3), o domı́nio de f (x)   f  (x) > 0, se ln 1 < x
x→−∞ x→+∞


é o intervalo de x para o qual g(x) > 0. Porém,  2
é simples perceber que g(x) > 0, para todo x real. f  (x) < 0, se x < ln 12 √
 
Assim, o domı́nio de f (x) é o conjunto R.  f (r1,2 ) = 0, com r1,2 = 6 ∓ 33



lim f  (x) = 0
A função logarı́tmica natural é sempre crescente.  
x→−∓∞

 f  (x) > 0, se r1 < x < r2
Assim, a imagem de f (x) pode ser determinada 
a partir da imagem de g(x), cujo valor máximo f  (x) < 0, se x < r1 e r2 < x
tende a infinito e cujo valor mı́nimo é tal que, sendo
h(x) = ex ,

O que determina os seguintes pontos de interesse:


M ≡ (ln 12 ) é mı́nimo global, I1 ≡ (r1 , f (r1 )) e
1 1 1
2h(x)−1 = 0 ⇒ h(x) = ⇒ fmin = ln( − +3) I2 ≡ (r2 , f (r2 )) são pontos de inflexâo (mudança
2 4 2 de concavidade). Além disto as assı́ntotas são para
x → −∞ : y = ln 3 e para x → ∞ : y = 2x. O
gráfico de f (x) é mostrado a seguir.

4 ≤ f (x) < ∞.
ou seja ln 11

b) Trivialmente,
f(x)

ϕ(x) = f (x) − 2x I2
= ln (e 2x
− e + 3) − ln e
x 2x

= ln (1 − e−x + 3e−2x )
M
ln 3

de modo que limx→∞ ϕ(x) = ln 1 = 0, indicando I1 x


que a reta y = 2x é uma assı́ntota de f (x) quando
x → ∞.

v10 
c SLN
207

6a Questão [Valor: 1,0]


Seja f uma função bijetora de uma variável real e a 8a Questão [Valor: 1,0]
relação h, definida por Mostre que para todo número natural n maior ou igual
a 2,
h : R2 → R2
 
(x, y) → x3 , x − f (y)
 
Verifique se h é bijetora e calcule uma relação g, tal que 5n 2n
2 4 <
n
g ◦ h(x, y) = (x, y)
h ◦ g(x, y) = (x, y), ∀x, ∀y ∈ R

Solução:
Seja a função h calculada em dois pontos distintos Solução:
(x1 , y1 ) = (x2 , y2 ). Se x1 = x2 , tem-se x31 = x32 e Como
então h(x1 , y1 ) = h(x2 , y2 ). Se, porém, x1 = x2 e
y1 = y2 , tem-se (x1 − f (y1 )) = (x2 − f (y2 )), pois
f (y1 ) = f (y2 ) já que f é bijetora, e então novamente   
h(x1 , y1 ) = h(x2 , y2 ). Logo, pontos distintos são mape- 3 5 √ 4 4! √
4
ados por h em pontos distintos, e assim h é injetora. 2 = 32 <
2 = = 6 = 36
4 2!2!
Seja Im[F ], a imagem de uma função F . Assim, para
cada x = x0 , Im[x0 − f (y)] = R, pois f é bijetora de
contra-domı́nio R. Logo,

Im[h] = Im[x3 ] × Im[x − f (y)] = R × R a relação do enunciado é válida para n = 2.

Analisando os lados esquerdo, E, e direito D, da ex-


isto é, a imagem de h é todo o seu contra-domı́nio, o pressão do enunciado para o caso (n + 1):
plano R2 , e h é sobrejetora.
Logo, por tudo isto, h é função bijetora. Determi-
nando a inversa de h, tem-se
 5(n+1) 5 5n
g(x, y) = h−1 (x, y) = h−1 (α3 , α − f (β)) 
 E = 2 4 = 24 2 4
   
com 
 D=
2(n + 1) [2(n+1)]!
= (n+1)!(n+1)! = 2(2n+1) 2n
(n + 1) (n+1) n
 3  √
α =x α= 3x √

α − f (β) = y β = f −1 (α − y) = f −1 ( 3 x − y)
√ √
e assim g(x, y) = ( 3 x, f −1 ( 3 x − y)). Como, para n > 1,

7a Questão [Valor: 1,0]


Sejam a, b, c números inteiros tais que 100a+10b+c seja
divisı́vel por 109. Mostre que (9a − c)2 + 9b2 também é 3 5 √ 4 3 √ 4 2(2n + 1)
4 4
divisı́vel por 109. 2 4 = 32 < 3 = 81 <
(n + 1)
Solução:
Definindo ∆ = [(9a−c)2 +9b2 ], têm-se

(100a + 10b + c) ≡ 0 (mod 109) ⇒ logo, assumindo que a expressão é válida no caso n,
(109a − 9a + 10b + c) ≡ 0 (mod 109) ⇒ tem-se que
(−9a + 10b + c) ≡ 0 (mod 109) ⇒
(−9a + 10b + c)2 ≡ 0 (mod 109) ⇒
* +
(9a−c)2 +100b2 −180ab+20bc ≡ 0 (mod 109) ⇒ 3 4 2(2n+1) 5n  2(2n+1)   
5 5n 2n
E=2 2
4 4 < 2 <
4 =D
(∆+91b2 −180ab+20bc) ≡ 0 (mod 109) ⇒ (n+1) (n+1) n
[∆+20b(10b+100a+c)−109b(b+20a)] ≡ 0 (mod 109) ⇒
∆ ≡ 0 (mod 109)

onde na última passagem, usamos a condição inicial do e a expressão é também válida no caso (n + 1). Assim,
problema. Assim, se esta condição é válida, tem-se que por indução finita, a validade da expressão do enunci-
∆ = [9b2 + (9a − c)2 ] também deve ser múltiplo de 109. ado fica demonstrada para n ≥ 2.

v10 
c SLN
208

10a Questão [Valor: 1,0]


9a Questão [Valor: 1,0] Seja p(x) um polinômio de grau 16 e coeficientes intei-
Sejam ros.
a) Sabendo-se que p(x) assume valores ı́mpares para
x = 0 e x = 1, mostre que p(x) não possui raı́zes
  inteiras.
a b   b) Sabendo-se que p(x) = 7 para quatro valores de x,
 c d  i j l m
A=
f 
e B= inteiros e diferentes, para quantos valores inteiros de
e n o p q x, p(x) assume o valor 14?
g h

Solução :
Seja
duas matrizes de elementos inteiros. Verifique se a ma-
triz AB é inversı́vel.
16
p(x) = a16 x16 + a15 x15 + . . . + a1 x + a0 = ai xi
i=0
Solução:
O determinante D de AB é com ai ∈ Z, para i = 0, 1, . . . , 16.
a) Sendo r uma raiz inteira de p(x), podemos escrever
que p(x) = (x − r)q(x), onde q(x) também seria um
polinômio de coeficientes inteiros. Para x = 1, tem-
(ai + bn) (aj + bo) (al + bp) (am + bq) se p(1) = (1 − r)q(1), e então, como p(1) é ı́mpar,

(ci + dn) (cj + do) (cl + dp) (cm + dq) (1 − r) também o é, pois caso (1 − r) fosse par, p(1)
D=
(ei + f n) (ej + f o) (el + f p) (em + f q) também seria par. Logo (1 − r) é ı́mpar, e então r
(gi + hn) (gj + ho) (gl + hp) (gm + hq) não pode ser ı́mpar. Mas se r é uma raiz inteira de
p(x), logo aa16
0
é múltiplo de r, e então a0 é múltiplo
de r. Como p(0) = a0 é ı́mpar, r não pode ser par,
pois em tal caso, a0 sendo múltiplo de r, também
Fazendo a primeira coluna receber a primeira coluna seria par.
multiplicada por j menos a segunda coluna multiplicada
por i, tem-se Logo, r não pode ser nem par nem ı́mpar, ou seja,
r não pode ser inteira.
b) (Baseada em solução de Guilherme Augusto)
Sejam a, b, c e d valores inteiros distintos para os

bα (aj + bo) (al + bp) (am + bq) quais p(x) = 7. Assim, podemos escrever que

dα (cj + do) (cl + dp) (cm + dq)
D= p(x) = (x − a)(x − b)(x − c)(x − d)q(x) + 7
fα (ej + f o) (el + f p) (em + f q)
hα (gj + ho) (gl + hp) (gm + hq)
onde q(x) é um polinômio de coeficientes inteiros
b (aj + bo) (al + bp) (am + bq)
em x. Suponha que exista x = k inteiro tal que
d (cj + do) (cl + dp) (cm + dq)
= α p(k) = 14. Assim,
f (ej + f o) (el + f p) (em + f q)
h (gj + ho) (gl + hp) (gm + hq)
p(k) = (k − a)(k − b)(k − c)(k − d)q(k) + 7 = 14 ⇒
(k − a)(k − b)(k − c)(k − d)q(k) = 7
com α = (nj − oi). Fazendo a segunda coluna receber
a segunda coluna multiplicada por l menos a terceira onde os fatores (k − a), (k − b), (k − c) e (k − d)
coluna multiplicada por j, tem-se são necessariamente inteiros distintos e q(k) é in-
teiro. Como não é possı́vel decompor o número 7 em
quatro fatores inteiros distintos (o número máximo
de fatores inteiros distintos seria três: −1, 1 e −7),
então não pode haver k inteiro tal que p(k) = 14.
b bβ (al + bp) (am + bq)

d dβ (cl + dp) (cm + dq)
D = α
f fβ (el + f p) (em + f q)
h hβ (gl + hp) (gm + hq)

b b (al + bp) (am + bq)

d d (cl + dp) (cm + dq)
= αβ
f f (el + f p) (em + f q)
h h (gl + hp) (gm + hq)

com β = (ol − pj). Logo D = 0 por ter duas colunas


iguais, e a matriz AB é não inversı́vel.

v10 
c SLN
209

IME 1986/1987 - Geometria


2a Questão [Valor: 1,0]
Resolva a inequação

1a Questão [Valor: 1,0] 2 cos x + 2 sen x + 2
Seja ABCD um quadrilátero circunscritı́vel. Demons- <0
cos x − sen x
tre que os cı́rculos inscritos nos triângulos ABC e ACD
têm, com a diagonal AC, um mesmo ponto em comum.
Solução:
Igualando o numerador N a zero, têm-se

Solução: 2 cos x + 2 sen x + 2 = 0 ⇒
Sejam E, F e G os pontos de contato do cı́rculo inscrito √
no triângulo ∆ABC com os respectivos lados AB, BC 2
cos x + sen x = − ⇒
e AC. Logo, 2
1
cos2 x + 2 cos x sen x + sen2 x = ⇒
2
1
sen 2x = − ⇒
2
AE = AG; BE = BF ; CF = CG
3π π
2x = ∓ + 2kπ ⇒
2 3
3π π
x= ∓ + kπ ⇒
4 6
Analogamente, sejam E  , F  e G os pontos de contato com k ∈ Z. No intervalo [0, π], temos então quatro
do cı́rculo inscrito no triângulo ∆ACD com os respec- soluções dadas por
tivos lados AD, DC e AC. Logo,
7π 11π 19π 23π
x1 = ; x2 = ; x3 = ; x4 =
12 12 12 12
que dividem o cı́rculo trigonométrico em quatro regiões

 r : (x4 − 2π) < x < x1
AE  = AG ; DE  = DF  ; CF  = CG  1
r2 : x1 < x < x2

 r3 : x2 < x < x3
r4 : x3 < x < x4
Analisando o sinal de N para pontos particulares destas
regiões, vê-se que elas são caracterizadas por
Mas como o quadrilátero ABCD é circunscritı́vel, têm-  √
se que 
 0 ∈ r1 : 2 cos 0 + 2 sen0 + 2 >√0 ⇒ r1 > 0
 3π
4 ∈ r2 : 2 cos 4 + 2 sen 4√+ 2 > 0 ⇒ r2 > 0
3π 3π


 π ∈ r : 2 cos π + 2 senπ + 2 √ 0 ⇒ r3 < 0
<
 7π 3
4 ∈ r4 : 2 cos 7π
4 + 2 sen 7π
4 + 2 > 0 ⇒ r4 > 0
Igualando o denominador D a zero, têm-se duas no-
AB +CD = BC +AD ⇒ vas regiões sobre o cı́rculo trigonométrico definidas por

(AE +BE)+(CF  +DF  ) = (BF +CF )+(AE  +DE  ) ⇒ 4 − 2π < x < 4
r5 : 5π π

r6 : π4 < x < 5π
(AG+BF )+(CG +DE  ) = (BF +CG)+(AG +DE  ) 4
Analisando o sinal de D nestas regiões, vê-se que elas
são caracterizadas por

0 ∈ r5 : cos 0 − sen0 > 0 ⇒ r5 > 0
π ∈ r6 : cos π − sen π < 0 ⇒ r6 < 0
e assim,
Resolvendo assim a inequação, devemos ter que
  
 N <0 x ∈ r3

 ⇒ ⇒ 5π 19π

 e e 4 < x < 12

 D>0 x ∈ r6
 ou
AG + CG = AG + CG   
⇒ AG = AG ⇒ G ≡ G 
 N >0 x ∈ r1 , r2 , r4
AG + CG = CG + AG 


 e ⇒ e ⇒ π4 < x < 11π
12
D<0 x ∈ r5
Assim,
   -
π 11π 5π 19π
de modo que os cı́rculos inscritos nos triângulos ABC x∈ , ∪ , + 2kπ; k ∈ Z
4 12 4 12
e ACD têm um ponto em comum G na diagonal AC.

v10 
c SLN
210

3a Questão [Valor: 1,0] 4a Questão [Valor: 1,0]


Sobre uma reta r marcam-se, nesta ordem, os pontos Seja uma hipérbole equilátera de centro O e focos F e
A, B, C e D. Em um dos semiplanos determinados F  . Mostre que o segmento determinado por O e por um
por r, traçam-se as semicircunferências de diâmetros ponto M qualquer da hipérbole é média proporcional
AB, CD e AD; no outro semiplano traça-se a semicir- entre os segmentos M F e M F  .
cunferência de diâmetro BC. Calcule a razão entre a
área delimitada por estas semicircunferências e a área
do quadrilátero cujos vértices são os pontos médios das Solução:
semicircunferências. Mostre que esta razão independe
dos pontos A, B, C e D.

Solução: M
A área S1 delimitada pelas semicircunferências é dada
por θ

πAD2 πAB 2 πBC 2 πCD2 F O F’


S1 = − + −
8 8 8 8
π
= (AD2 − AB 2 + BC 2 − CD2 )
8

Sejam E, F , G e H os pontos médios das semicircun- Aplicando a lei dos cossenos nos triângulos ∆F M O
ferências, como indicado na figura abaixo, onde, por e ∆F  M O, têm-se
uma análise angular, é fácil verificar que os pontos são
colineares, três a três.

H M F 2 = M O2 + OF 2 − 2M O × OF cos θ
M F 2 = M O2 + OF 2 + 2M O × OF  cos θ

e, como OF 2 = OF 2 = c2 , então
G
E
M F 2 + M F 2 = 2M O2 + 2c2
A B C D

Assim, considerando que na hipérbole equilátera

F
2c2 = 4a2 = (M F − M F  )2

Assim, a área S2 delimitada pelo quadrilátero é a


área SAHD do triângulo ∆AHD, subtraı́da da área
SAEB do triângulo ∆AEB, adicionada da área SBF C então
do triângulo ∆BF C, e subtraı́da da área SCGD do
triângulo ∆CGD. Logo,
2M O2 = M F 2 + M F 2 − (M F − M F  )2
AD × AD
AB × AB
BC × BC
CD × CD
S2 = 2
− 2
+ 2
− 2
= 2M F × M F 
2 2 2 2
1
= (AD2 − AB 2 + BC 2 − CD2 )
4 ou seja,

de forma que
M O2 = M F × M F 
S1 π
=
S2 2
como era desejado demonstrar.

v10 
c SLN
211

5a Questão [Valor: 1,0]


Dado um triângulo ABC de lados a, b, c opostos aos 6a Questão [Valor: 1,0]
ângulos Â, B̂, Ĉ respectivamente e de perı́metro 2p, Sejam duas circunferências, não ortogonais, de centros
mostre que O e O que se interceptam em A e B. Sendo D e D os
pontos onde as retas O A e OA interceptam, respectiva-
mente, as circunferências de centro O e O , demonstre
p sen Â
2 que o pentágono BODD O é inscritı́vel.
a=
cos B̂2 cos Ĉ2
Solução:
Solução:
Pela lei dos senos, têm-se
D’
a b c 2p
= = =
sen  sen B̂ sen Ĉ sen  + sen B̂ + sen Ĉ D

Logo,
A
2p sen Â
a= O O’
sen (π − B̂ − Ĉ) + sen B̂ + sen Ĉ
B
2p sen Â
=
sen (B̂ + Ĉ) + sen B̂ + sen Ĉ

2p sen Â
=
sen B̂ cos Ĉ + sen Ĉ cos B̂ + sen B̂ + sen Ĉ
2p sen  Seja DÔA = α. Como os triângulos ∆DOA e
=
sen B̂(cos Ĉ + 1) + sen Ĉ(cos B̂ + 1) ∆D OA são isósceles, então

e usando as expressões do arco-metade


α
 OD̂A = DÂO = D ÂO = O D̂ A = 90o −
cos 2x = 2 cos2 x − 1 ⇒ cos2 x
2 =1+cos x
2
2
sen 2x = 2 sen x cos x ⇒ sen x = 2 sen x2 cos x2

podemos escrever que


e assim AÔ D = α. Note ainda que DB̂D pode ser
2p sen  determinado como
a=
4 sen B̂2 cos B̂2 cos2 Ĉ
2 + 4 sen Ĉ2 cos Ĉ2 cos2 B̂
2

2p sen Â
= 1 2 DÔA AÔ D α α
4 cos B̂
cos Ĉ
sen B̂2 cos Ĉ2 + sen Ĉ2 cos B̂2 DB̂D = DB̂A + AB̂D = + = +
2 2 2 2 2 2

2p sen Â
=

4 cos 2 cos Ĉ2 sen B̂+
2

Logo,
4p sen  Â
2 cos 2
=
4 cos B̂2 cos Ĉ2 sen π−2 Â

p sen  Â
2 cos 2 DÔD = DÔ D = DB̂D
=
cos B̂2 cos Ĉ2 cos Â
2

p sen Â
2
= e assim, os pontos O, O e B estão no arco-capaz de
cos B̂2 cos Ĉ2 ângulo α relativo à corda DD , e então o pentágono
BODD O é inscritı́vel.

v10 
c SLN
212

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Num plano π tem-se um retângulo ABCD de dimensões Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e
AB = 2a e AD = a. Consideram-se a superfı́cie base ABCDEF , de lado da base igual a  e altura h:
a) Mostre que existem duas esferas tangentes aos pla-
prismática, cujas arestas são as retas perpendiculares
nos das faces dessa pirâmide.
a π, passando por A, B, C, D e um ponto C  , sobre a b) Calcule os raios dessas esferas.
aresta traçada por C, tal que CC  = b. Seccionando-se c) Mostre que o produto desses raios independe de h.
esta superfı́cie por um plano passando por AC  :
a) Mostre que é possı́vel obter-se para seção plana um
losango AB  C  D , onde B  e D são pontos das ares- Solução:
tas que passam respectivamente por B e D. V
b) Determine, em função de a e b, uma condição ne-
cessária e suficiente para que o losango esteja situ-
V
ado em um mesmo semiespaço em relação ao plano
π.
c) Calcule o volume do tronco de prisma r F
ABCDB  C  D , supondo satisfeitas as condições do r
G
h
item anterior. O
R
Solução:
R
.
C’ O

G
D’ b
y
a) Fazendo uma seção na pirâmide como indicado na
D C figura acima, podemos planificar o problema. As
esferas corresponderiam aos cı́rculos inscrito e ex-
B’
inscrito em relação ao ângulo em V no triângulo da
x a seção.
b) Como o lado da base hexagonal é , então
√ 
 3 32
A 2a B OG = GF = ⇒ V G = h2 +
2 4
a) Sejam BB  = x e DD = y. Calculando as arestas Assim, V F = (V G − GF ) e por Pitágoras
da seção, têm-se " √ #2
 3 2  3
 AB  = 4a2 + x2
2 2 2
(h−r) = r +V F = r + 2
h2 + −

 4 2
 B  C  = a2 + (b − x)2
 C  D = 4a2 + (b − y)2 ou seja


  
D A = a2 + y 2 32 √ 32
+ 2hr =  3 h2 + ⇒
Assim, para termos um losango devemos ter as qua- 2 4
tro arestas iguais, ou seja 4hr2 + 62 r − 32 h = 0 ⇒
   1 2 2
 4a + x = a + (b − x)
2 2 2 2 2
x = b −3a
2
r= 9 + 12h2 − 3
2b 4h
4a + x = 4a + (b − y) ⇒
2 2 2 2
 2
y = b +3a
2

4a2 + (b − y)2 = a2 + y 2 2b Da semelhança de triângulos, têm-se


b) Para que o losango-seção esteje todo em um mesmo h−r h+R hr
= ⇒R=
sub-espaço,
√ devemos ter b, x, y ≥ 0, e assim b ≥ 0 e r R h − 2r
b ≥ a 3.
c) O volume V é dado pelo produto da área média das √
com r calculado anteriormente.
c) Do item anterior, seja S = 92 + 12h2 . Assim,
faces ABB  e CC  DD pela altura do tronco. Assim,
hr2
2ax b + y a a2 Rr =
V =( + × 2a) = (x + b + y) h − 2r
2 2 2 2
h2
 2 
16h2 9 + 12h − 6S + 9
2 2
Nas condições do item (a), têm-se =
4h [4h − 2(S − 3)]
1 2
 
a2 b2 − 3a2 b2 + 3a2 32
V = +b+ = a2 b
2 2b 2b =
4

v10 
c SLN
213

médios. Para a aresta AB, é simples ver que o plano


9a Questão [Valor: 1,0] é π1 : z = 0. Para a aresta M  M , o plano passa por
Sejam duas retas ortogonais r e r não coplanares. Con- M  +M
e é ortogonal ao vetor M M  = (M − M  ). Logo,
sidere sobre r dois pontos fixos A e B e sobre r dois 2

pontos variáveis M e M  , tais que a projeção de M  so-


m2 + p m2 − p
bre o plano que contém o triângulo M AB é o ortocentro ([x, y, z] − [b, , c]).[0, , 0] = 0
H deste triângulo. Determine o lugar geométrico dos 2m m
centros das esferas circunscritas ao tetraedro ABM M  . m2 + p
⇒ π2 : y =
Solução (Baseada em solução de Paulo Santa Rita): 2m
Definição: Duas retas r1 e r2 são ortogonais no espaço B+M
se e somente se existe um plano que contém r1 e é per- Para a aresta BM , o plano passa por 2 e é ortogonal
pendicular a r2 . ao vetor BM = (M − B). Logo,

b m c−a
A
r
([x, y, z] − [ , , ]).[b, m, c + a] = 0
Hb 2 2 2
r
M
m2 − p
⇒ π3 : bx + my + (c − a)z =
H 2

Ha
Achando a interseção de π1 , π2 e π3 , encontra-se
B

p m2 + p
M
O ≡ (− , , 0)
b 2m

Seja a figura acima, na qual a projeção de M  no plano cujo lugar geométrico então pertence (mas não é neces-
do triângulo ∆ABM , que aparece em destaque, é o sariamente igual a) a uma reta paralela a r .
ortocentro H deste triângulo, como colocado no enun- Analisando a função yo = f (m), tem-se
ciado. Logo, B, M  e H definem um plano que contém 
 m2 +p
BM  e é perpendicular a AM (em Hb , pé de B em 
 f (m) = 2m
AM ), de forma que BM  e AM são ortogonais, pela 
(2m)(2m)−(2)(m2 +p) m2 −p
definição acima. Analogamente, A, M  e H definem f  (m) = =

 4m2 2m2
um plano que contém AM  e é perpendicular a BM 
 (4m2 )(2m)−(4m)(m2 −p) m2 +p
(em Ha , pé de A em BM ), de forma que AM  e BM f  (m) = 4m4 = m3
são ortogonais.
Vamos situar este tetraedro num conjunto de eixos e ainda
cartesianos em que a reta r coincide com o eixo z e
o plano xOy é perpendicular a r no ponto médio de lim = ∓∞; lim = sign(p) ∞
m→∓∞ m→0∓
AB = 2a. Para facilitar, considere a reta r alinhada

√ ∓ p,
com o eixo y, de forma que esta reta é descrita pelos de forma que se p > 0, há extremos locais em m =
pontos (b, R, c), com b = 0 (para evitar que r intercepte e se p < 0, não há extremos locais em m = ∓ p mas
r) e c constantes, e com R real. sim mudança de concavidade. Um esboço dos gráficos
de f (m) para estes dois casos é dado a seguir. Na-
r turalmente, se p = 0, então tem-se a simplificação
z
y M ≡ (b, m, c) f (m) = m2.
A ≡ (0, 0, a)

f (m) f (m)
a r
p>0 p<0

p

x − p
b M  ≡ (b, m , c) √ √p √ √
p
a − p m − p m

c
B ≡ (0, 0, −a)

Assim, A ≡ (0, 0, a), B ≡ (0, 0, −a) e M ≡ (b, m, c), Com tudo isto, se p ≤ 0, então a imagem de y0 é
com m ∈ R. Podemos determinar M  usando o fato de o conjunto dos reais, e assim o lugar geométrico de
que AM  = (M  − A) e BM = (M − B) são ortogonais. O é uma reta paralela a r cruzando o plano xOz em
Logo, o produto escalar AM  .BM é nulo e assim (− pb , 0, 0). Se, porém, p > 0, a imagem de y0 é o inter-
√ √
p valo I = (−∞, − p) ∪ ( p, ∞), e o lugar geométrico
[b, m , c − a].[b, m, c + a] = 0 ⇒ m = de O consiste apenas em duas semi-retas paralelas a r ,
m √ p √
com origens nos pontos (− b , − p, 0) e (− b , p, 0).
p

com p = (a2 − b2 − c2 ) constante. sln: No caso p > 0, o centro O da esfera passa a ser
O centro O ≡ (xo , yo , zo ) da esfera circunscrita ao externo ao tetraedro, pois neste caso xo fica com sinal
tetraedro é a interseção, se houver, dos planos ortogo- oposto a b. Este fato deve causar a discontinuidade no
nais às arestas do tetraedro pelos respectivos pontos lugar geométrico de O.

v10 
c SLN
214

10a Questão [Valor: 1,0]


Sejam A, B, C, D, E os vértices de um pentágono
regular inscrito num cı́rculo e M um ponto qualquer

sobre o arco AE. Unindo-se M a cada um dos vértices
do pentágono, mostre que os segmentos satisfazem
MB + MD = MA + MC + ME

Solução:

A A
M
5

5 B E B
E θ α
α θ
x α o α
α
x
α 5
D C D C

Na figura à esquerda, a partir de uma análise angular,


é possı́vel constatar que os dois triângulos em destaque
são isósceles com ângulo do vértice igual a 36o , de modo
que eles são semelhantes. Assim, têm-se que

5 x 5−1
= ⇒ x +5 x−5 = 0 ⇒ x =
2 2
5
5 +x 5 2
pois a outra raiz é negativa. Assim, da mesma figura,
 √

5
 cos α =  2+x = 12 x = 5−14
5 5
5 5 √ √

 cos α = cos α+1 = 3+ 5 = 1+ 5
2 2 8 4

Da figura à direita, seja M ÔA = θ < α2 , onde α =


72o . Logo,


 M A = 2R sen θ2

  



 M B = 2R sen α+θ = 2R sen α2 cos θ2 + sen θ2 cos α2
 2
 
M C = 2R sen 2α+θ = 2R sen α cos θ2 + sen θ2 cos α


2
 



 M D = 2R sen 2α−θ = 2R sen α cos θ2 − sen θ2 cos α


2
 

M E = 2R sen α−θ2 = 2R sen 2 cos 2 − sen 2 cos 2
α θ θ α

de forma que a equação do enunciado se aplica pois


S = (M A + M C + M E) − (M B + M D)
θ1 α2
= 2R sen 1 + 2 cos α − 2 cos
2 2
" √ √ #
θ 5−1 1+ 5
= 2R sen 1+2 −2
2 4 4
=0
α
O caso M ÔE = θ < 2 é análogo ao caso acima.

v10 
c SLN
215

IME 1985/1986 - Álgebra


3a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: √ 1,0] Seja N∗ o conjunto dos números naturais não nulos e
Determine log√0,333... 0,037037 . . . n ∈ N∗ . Mostre que a relação Rn = {(a, b)|a, b ∈ N∗ e
|a − b| é múltiplo de n} é uma relação de equivalência.
Solução:
Seja Solução:
 Como |a − a| = 0, que é múltiplo de n, logo (a, a) ∈ Rn .
x = 0,037037 . . . 37 1 Seja (a, b) ∈ Rn , de modo que |a−b| = |b−a| é múltiplo
⇒x= =
1000x = 37,037037 . . . 999 27 de n, e assim tem-se também que (b, a) ∈ Rn . Sejam
(a, b) ∈ Rn e (b, c) ∈ Rn , de modo que |a − b| e |b − c|
Logo, a expressão do enunciado é igual a são múltiplos de n, e então,

 
1 1 1
2 log3 27 −3 a − b = k1 n, k1 ∈ Z
log√ 1 ⇒ |a − c| = |k1 + k2 |n
27
= 1 1 =
−1
=3 b − c = k2 n, k2 ∈ Z
2 log3 3
3

Logo, |a − c| também é múltiplo de n, e assim (a, c) ∈


2a Questão [Valor: 1,0] Rn .
No produto abaixo, o “*” substitui algarismos diferen- Dos resultados acima, Rn é reflexiva, simétrica e
tes de “3” e não necessariamente iguais. Determine o transitiva. Logo, Rn é uma relação de equivalência.
multiplicando e o multiplicador.
4a Questão [Valor: 1,0]
∗ ∗ 3 ∗ Uma padaria trabalha com 4 tipos de farinha cujos te-
∗ ∗ 3 ores de impureza são os seguintes:
3 ∗ ∗ ∗
∗ ∗ ∗ 3 3
TIPO TEOR
∗ ∗ ∗ ∗
A 8%
∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗ ∗
B 12%
C 16,7%
D 10,7%
Solução:
Reescrevendo o produto da forma
Para fabricar farinha tipo D, o padeiro mistura uma
a b 3 c certa quantidade de farinha A com 300 gramas de fa-
d e 3 rinha tipo B; em seguida, substitui 200 gramas dessa
mistura por 200 gramas de farinha tipo C. Determine
3 f g h
a quantidade de farinha tipo A utilizada.
i j l 3 3
m n o p
Solução:
q r s t u v x
Seja x a quantidade desejada de farinha tipo A. Na
fabricação de D, inicialmente têm-se (0,08x + 0,12 ×
têm-se: 300) gramas de impureza, em um total de (x + 300)
(i) Devido ao 3 presente na primeira parcela, a = 1 e gramas de mistura. Trocando 200 gramas desta mistura
assim b é menor ou igual a 2, pois 3b = f < 10. por farinha tipo C, tiramos y gramas de impureza e
(ii) Com a = 1, para gerar i na segunda parcela, deve- adicionamos (0,167 × 200) = 33,4 gramas de impureza.
mos ter e alto. e = 8 não é possı́vel, pois 8c não pode Assim, ficamos com um total final de impureza igual a
terminar em 3. Assim, e = 9 e i = 1, de forma que (0,08x + 36 − y + 33,4) gramas, em (x + 300) gramas
c = 7, h = 1, g = 1, x = 1 e v = 4. de farinha, em um percentual de impureza que deve ser
(iii) Com a = 1, b pequeno e i = 1, então, d deve ser igual a 10,7%. Logo, têm-se que
alto para gerar m alto, de modo a gerar q. d = 9 não
é possı́vel, pois faria p = 3, o que não é aceitável pelo 
enunciado. Testando d = 7, tem-se também que esta  y= 200(0,08x+0,12×300)
(x+300)
não é uma solução aceitável. De fato, d = 8, de modo
que b = 2 e o produto fica da forma:  (0,08x+36−y+33,4)
= 0,107 ⇒ y = −0,027x + 37,3
(x+300)

1 2 3 7 Igualando y nas duas equações acima, tem-se


8 9 3
3 7 1 1
1 1 1 3 3 13,2 ∓ 24,6
0,027x2 −13,2x−3990 = 0 ⇒ x =
9 8 9 6 0,054
1 1 0 4 6 4 1
Logo, desprezando a raiz negativa, x = 700 gramas.

v10 
c SLN
216

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


A derivada de ordem n de uma função y = f (x) é a Seja a curva representada pela equação
primeira derivada da derivada de ordem n−1 da mesma
1 w
função, ou seja: 4
w
y= +
d (n−1) 1 + w 1 + w i=1 w + λi
y (n) = y
dx
* +(20) onde , λ1 , λ2 , λ3 e λ4 são constantes reais, tais que
Calcule (x2 + 1) sen x . 1 > λi+1 > λi >  > 0. Esboce o gráfico de y, carac-
terizando as assı́ntotas, num sistema cartesiano ortogo-
Solução:
nal.

f (1) (x) = 2x sen x + (x2 + 1) cos x Solução:


Podemos escrever que
f (2) (x) = 4x cos x + (−x2 + 1) sen x
" #
f (3) (x) = −6x sen x + (−x2 + 5) cos x w 4
1
y(w) = +
f (4) (x) = −8x cos x + (x2 − 11) sen x 1 + w i=1
w + λi
f (5) (x) = 10x sen x + (x2 − 19) cos x
E assim têm-se:
f (6) (x) = 12x cos x + (−x2 + 29) sen x 
 y(− 1 ) = ; y(−λi ) = ; y(0) = 0
f (7) (x) = −14x sen x + (−x2 − 41) cos x 



 lim1 y(w) = ±∞
f (8) (x) = −16x cos x + (x2 − 55) sen x w→(−  )∓
.. 
 lim y(w) = ±∞
. 
 w→(−λi )∓

 lim y(w) = 
de modo que para k ≥ 1, w→∓∞

f (4k) (x) = −2(4k)x cos x+[x2 −(4k)2 +(4k)+1] sen x ⇒ O que determina as seguintes assı́ntotas verticais em
f (20) (x) = −40x cos x + (x2 − 379) sen x w = − 1 , w = −λi , para i = 1, 2, 3, 4, e assı́ntotas
horizontais y =  para w → ±∞. O gráfico de y(w) é
mostrado a seguir.
6a Questão [Valor: 1,0]
Determine a equação e identifique o lugar geométrico
dos pontos médios dos segmentos determinados pela in- y(w)
terseção da cônica
5x2 − 6xy + 5y 2 − 4x − 4y − 4 = 0
1
com as retas de coeficiente angular igual a .
2 1 1 λ4 λ3 λ2 λ1 0 w
Solução:
Determinando as interseções da cônica com as retas do
tipo y = 12 x + k, têm-se
13 2
x − (k + 6)x + (5k 2 − 4k − 4) = 0
4
Para garantir que o sistema tenha duas soluções, deve- 8a Questão [Valor: 1,0]
mos ter que Mostre que os números 12, 20 e 35 não podem ser ter-
mos de uma mesma progressão geométrica.
(k+6)2 −13(5k 2 −4k+4) = −8k 2 +8k+11 > 0 ⇒
√ √ Solução:
2 − 26 2 + 26
<k< Assuma, por hipótese, que 12, 20 e 35 sejam termos de
4 4 uma mesma progressão geométrica. Logo, para k1 , k2
Assim, as soluções P1 ≡ (x1 , y1 ) e P2 ≡ (x2 , y2 ) têm e k3 inteiros não negativos, devemos ter
ponto médio P ≡ (x0 , y0 ) da forma 
 12 = a1 q k1  35  k2  k3
x1 +x2 x1 +x2 2(k+6) (k+6)  k3 −k1
P =( , +k) = ( , +k) k2 ⇒ 12 = q 35 20
2 4 13 13 20 = a1 q ⇒ =

 20 k2 −k1 12 12
12 = q
Logo, o lugar geométrico de P é descrito por 35 = a1 q k3
  26−√26 √
k = 13x02−12 26 < x0 < 26+26 26 Se k2 > 0, o termo da esquerda tem um fator 7 e o
⇒ √ √
0 −6 termo da direita não, logo, devemos necessariamente
k = 13y14 26−7 26
< y0 < 26+7 26
26 26 ter k2 = 0. Analogamente, devemos ter k1 = k3 = 0, o
Em suma, o lugar geométrico é segmento de reta y = que é inadmissı́vel, pois tornaria 12 = 20 = 35. Logo a
(7x − 6) estritamente entre as extremidades acima. hipótese inicial deve ser falsa.

v10 
c SLN
217

9a Questão [Valor: 1,0]


Sabendo-se que x é um número real, −1 ≤ x ≤ 1,
0 ≤ arc cos x ≤ π e n é um número inteiro positivo,
mostre que a expressão
fn (x) = cos (n arc cos x)
pode ser desenvolvida como um polinômio em x, de
grau n, cujo coeficiente do termo de maior grau é igual
a 2n−1 .
Solução:


cos (n+1)θ = cos nθ cos θ−sen nθ sen θ
cos (n−1)θ = cos nθ cos θ+sen nθ sen θ

Logo,
cos (n+1)θ + cos (n−1)θ = 2 cos nθ cos θ
Definindo, fn = cos nθ, podemos então escrever que
fn+1 = 2fn f1 − fn−1
Definindo x = cos θ, tem-se então

f1 = cos θ = x
f2 = cos 2θ = 2 cos2 θ − 1 = 2x2 − 1

Como f1 e f2 são polinômios em x, logo com a recursão


acima f3 , f4 , . . . , fn também o serão. Além disto, da
recursão, o termo de maior grau de fn+1 é 2x vezes o
termo de maior grau de fn . Como o termo de maior
grau de f1 é x, o termo de maior grau de f2 é 2x2 , o
de f3 é 4x3 e o termo de maior grau de fn é da forma
2n−1 xn .
10a Questão [Valor: 1,0]
12 cavaleiros estão sentados em torno de uma mesa re-
donda. Cada um dos 12 cavaleiros considera seus dois
vizinhos como rivais. Deseja-se formar um grupo de 5
cavaleiros para libertar uma princesa. Nesse grupo não
poderá haver cavaleiros rivais. Determine de quantas
maneiras é possı́vel escolher esse grupo.
Solução:
Numerando os cavaleiros como em um relógio, pode-
mos formar 15 grupos, devidamente ordenados, com o
cavaleiro de número 12:
(2, 4, 6, 8, 12) (2, 4, 6, 9, 12) (2, 4, 6, 10, 12)
(2, 4, 7, 9, 12) (2, 4, 7, 10, 12) (2, 4, 8, 10, 12)
(2, 5, 7, 9, 12) (2, 5, 7, 10, 12) (2, 5, 8, 10, 12)
(2, 6, 8, 10, 12) (3, 5, 7, 9, 12) (3, 5, 7, 10, 12)
(3, 5, 8, 10, 12) (3, 6, 8, 10, 12) (4, 6, 8, 10, 12)
Assim, para todos os 12 cavaleiros, terı́amos um to-
tal de 15 × 12 = 180 grupos devidamente ordenados.
Porém, cada grupo estaria sendo contado 5 vezes com
as ordenações (a, b, c, d, e), (b, c, d, e, a), (c, d, e, a, b),
(d, e, a, b, c) e (e, a, b, c, d). Logo, o número de grupos
distintos é apenas 180 5 = 36.

v10 
c SLN
218

IME 1985/1986 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Seja um paralelepı́pedo retângulo de bases ABCD e Seja um triângulo ABC, retângulo em A. Por B, traça-
A B  C  D , cujas arestas AA , BB  , CC  e DD tenham se uma reta perpendicular ao plano do triângulo. Sobre
por comprimento h e os lados da base sejam, respecti- esta, fixa-se um ponto S. Por B, passa-se um plano
vamente, AB = a e AD = b. Por DD considere dois que intercepta SC em C  e seja perpendicular a SC. O
planos DD M M  e DD N N  . plano corta SA em A . Demonstre que os cinco pontos
a) Determine as distâncias AM = x e CN = y para A, B, C, A e C  pertencem a uma mesma esfera.
que esses dois planos dividam o paralelepı́pedo em
três partes de mesmo volume.
b) Determine a razão entre os volumes dos sólidos Solução:
M BN M  B  N  e M DN M  D N  .
c) Encontre a relação entre a e b, que estabeleça a
condição necessária e suficiente para que o diedro
de aresta M M  , cujas faces passem por DD e N N  ,
seja reto. S

Solução:
A’ .
D’ a C’ S
Sb y A’=C’
C’ . B .

b N’
Sc A .
Sa b y
Sd A= C B

A’ x M’ a x B’
C
Por ser um paralelepı́pedo, o problema se torna todo
plano, envolvendo áreas, ao invés de ser um problema
espacial, envolvendo volumes.
a) Para que as três partes tenham a mesma área da
base, têm-se Pelo enunciado, é simples ver que os triângulos
  ∆ABC e ∆C  BC são retos em A e C  , respectivamente.
Sa = bx ab
2 = 3
x = 2a3
⇒ Além disto, tomando a projeção do tetraedro na face
Sb = ay
2 = ab
3
y = 2b
3 ∆SAB, as projeções das arestas AS e BS coincidem,
b) Usando áreas ao invés de volumes, têm-se de forma que o plano BA C  é ortogonal ao plano da
face CAS. Logo, BA ⊥ AS e então
bx ay
Sc = ab−Sa −Sb −Sd = ab− − −Sd
2 2
Assim, usando também as condições do item (a),
têm-se 
  A B 2 = AB 2 − AA2
Sd = (a−x)(b−y)
2
ab
Sd = 18 Sd 1 A C 2 = AA2 + AC 2
⇒ ⇒ =
ab−xy
Sc = 2 5ab
Sc = 18 S c 5
c) Por Pitágoras, devemos ter
D M 2 + M  N 2 = D N 2 ⇒ de modo que
 2  2  2  2  2  2
D A +A M +M B +B N = D C +C N ⇒
(b2 + x2 ) + [(a − x)2 + (b − y)2 ] = (a2 + y 2 ) ⇒

b2 + x2 − ax − by = 0 A B 2 + A C 2 = AB 2 + AC 2 = BC 2
Nas condições do item (a), têm-se
√ √
a 2=b 3
ou seja, o triângulo ∆A BC é retângulo em A .
sln: Esta condição, em conjunto com a condição do
item (a), se torna necessária e suficiente para que
Sendo assim, os pontos A, A e C  pertencem a uma
D M̂  N  = 90o . mesma esfera de diâmetro BC.

v10 
c SLN
219

3a Questão [Valor: 1,0] 4a Questão [Valor: 1,0]


Dadas duas esferas de raios respectivamente iguais a R Dados dois pontos fixos A e B (AB = d), considere as
e r, tangentes exteriores, e um cone circunscrito a elas. elipses passando por B, com foco em A e eixo maior de
Calcule a área da superfı́cie lateral do tronco do cone comprimento 2a, tal que 2a > d.
que tenha por bases os cı́rculos de contato das esferas a) Determine o lugar geométrico do segundo foco F das
com o cone. elipses.
Solução: b) Determine o lugar geométrico dos centros de gravi-
dade dos triângulos ABF .

Solução:
a F

r1 b 2a d
.
r θ

A d B
r2
.
a) Da definição de elipse, tem-se
R
BF + BA = 2a ⇒ BF = 2a − d

Logo, BF é constante, e assim o lugar geométrico


de F é a circunferência de centro B e raio (2a − d),
Seja x a distância do vértice do cone ao centro da a menos dos pontos colineares a A e B.
esfera de raio r. Logo, da semelhança de triãngulos, b) Seja AB̂F = θ. Situando um sistema de coordena-
tem-se das em A com o eixo x ao longo de AB, os vértices
do triângulo ∆ABF estão nas posições
x x+r+R r(R + r)
= ⇒x= 
r R R−r A ≡ (0, 0)


Por Pitágoras, B ≡ (d, 0)


F ≡ (d − (2a − d) cos θ, (2a − d) sen θ)
 √ √
 a = x2 − r2 = 2r rR
R−r
 b = (x + r + R)2 − R2 =
√ Logo, o centro de gravidade G do triângulo ∆ABF
2R rR
R−r está na posição
 
e com isto, d + d − (2a − d) cos θ (2a − d) sen θ
(xo , yo ) ≡ ,
 3 3
 √
xr1 = ra  r1 = 2r rR
R+r
⇒ √ de forma que
(x + r + R)r2 = Rb  r = 2R rR
2 R+r
 2d−3xo  2  2
cos θ = 2a−d 2d − 3xo 3yo
A superfı́cie lateral S é então igual a ⇒ + =1
sen θ 3yo
= 2a−d 2a − d 2a − d

S = π(r2 b − r1 a)
e então
" √ √ √ √ #
2R rR 2R rR 2r rR 2r rR  2  2
=π × − × 2d 2a − d
R+r R−r R+r R−r − xo + yo2 =
3 3
 
4rR3 4r3 R
=π −
(R2 − r2 ) (R2 − r2 ) e o lugar geométrico de G é a circunferência de cen-
tro ( 2d
3 , 0) e raio
2a−d
3 , a menos dos pontos colineares
= 4πrR a A e B.

v10 
c SLN
220

6a Questão [Valor: 1,0]


a) Demonstre que a diferença entre os quadrados de
5a Questão [Valor: 1,0] dois lados de um triângulo é igual ao dobro do pro-
Considere um triângulo ABC qualquer e três pontos X, duto do terceiro lado pela projeção, sobre ele, da
Y e Z, tais que X ∈ BC, Y ∈ AC e Z ∈ AB. Consi- mediana correspondente.
dere os cı́rculos (C1 ), (C2 ) e (C3 ) que passam respecti- b) Determine o lugar geométrico dos centros dos
vamente pelos pontos CXY , AY Z e BXZ. Demonstre cı́rculos que cortam dois cı́rculos exteriores, de cen-
que (C1 ), (C2 ) e (C3 ) se encontram em um ponto W . tros O1 e O2 e raios respectivamente iguais a R1 e
R2 , em pontos diametralmente opostos.

Solução:
Solução:

c b
m
θ
a a
A 2 2

Y a) Usando a lei dos cossenos (ou diretamente o teorema


Z de Stewart), têm-se
 2 2
W b = m2 + a4 −2m 2a cos θ
2
⇒ c2 −b2 = 2am cos θ
B C c2 = m2 + a4 +2m 2a cos θ
X
b) (Baseada em solução de Jean-Pierre, Eric e Francisco
Javier Garcı́a Capitán, via Luı́s Lopes)
P
R R

R1 R2
P1
Seja W a interseção de (C1 ) e (C3 ). Logo, O1 O2

C1
C2
Seja R o raio da circunferência de centro P . Logo,
 2
R = R12 + P O12
⇒ P O12 − P O22 = R22 − R12
 R2 = R22 + P O22
Z Ŵ X = 180o − B
⇒ Y Ŵ Z = B + C Seja Q um ponto do eixo radical de C1 e C2 . Assim,
Y Ŵ X = 180o − C 
Pot Q = QO12 − R12
⇒ QO12 − QO22 = R12 − R22
Pot Q = QO22 − R22
Pode-se concluir então que o lugar geométrico de P é
o eixo radical dos cı́rculos de centros O1 e O2 e raios
R2 e R1 , respectivamente. Ou seja, é a reta perpen-
dicular ao segmento O1 O2 passando pelo ponto P1
tal que
Com isto, (Y Ŵ Z + Y ÂZ) = 180o e o quadrilátero
AW Y Z é inscritı́vel. Logo, o cı́rculo (C2 ), circunscrito R22 − R12
P1 O1 − P1 O2 =
ao triângulo ∆AY Z, também passa por W . O1 O2

sln: É possı́vel concluir que o lugar geométrico é a


reta simétrica ao eixo radical de C1 e C2 em relação
A demonstração para o caso em que W é exterior ao ao ponto médio de O1 O2 .
triângulo ∆XY Z é inteiramente análoga.

v10 
c SLN
221

7a Questão [Valor: 1,0]


8a Questão [Valor: 1,0]
a) Resolva a equação Num triângulo ABC (Â > B̂ > Ĉ) traçam-se as bisse-
trizes externas AA do ângulo Â, com A sobre o pro-
m cos x − (m + 1) sen x = m, m ∈ R longamento de BC, e CC  do ângulo Ĉ, com C  sobre
o prolongamento de AB. Se AA = CC  mostre que
b) Determine m de modo que essa equação admita
raı́zes x e x cuja diferença seja π/2.

Solução:
 − B̂ B̂ − Ĉ
a) Se sen x = 0, tem-se m cos x = m. Assim, se c sen = a sen
também m = 0, então x = kπ. Se m = 0, deve- 2 2
mos ter cos x = 1, e então x = 2kπ, com k ∈ Z.
Em geral, podemos re-escrever a equação do enun-
ciado como

m cos x − m sen x = m + sen x Solução:

e elevando ao quadrado, os lados esquerdo E e di-


reito D desta equação tornam-se
C’
E 2 = m2 cos2 x − 2m2 cos x sen x + m2 sen2 x
= m2 (cos2 x + sen2 x) − 2m2 cos x sen x

= m2 − 2m2 cos x sen x A


c
D2 = m2 + 2m sen x + sen2 x a
A’ B C
Logo,

E 2 = D2 ⇒ (2m + sen x + 2m2 cos x) sen x = 0 De uma análise angular da figura acima, é possı́vel
verificar que
Assim, ou sen x = 0, e então terı́amos o caso discu-
tido acima, ou então
 
m cos x−(m+1) sen x = m sen x = −2m(m+1) 

1+2m(m+1) AB̂A = 180o −B A B −C
sen x+2m cos x = −2m
2 cos x = −(2m+1) ⇒ AÂ B = B + −90o =
 2 2
1+2m(m+1) B ÂA = 90 o
−A
2

b) A opção m = 0 gera soluções da forma x = kπ, o C ÂC  = 180o −A C A−B
que não serve para este item. Para um m geral, o ⇒ C Ĉ  A = A+ −90o =
 2 2
caso sen x = 0 gera soluções da forma x = 2kπ, e AĈC = 90 o
− C2
o outro caso descrito acima gera uma única solução
x ∈ [0, 2π). Assim, as duas únicas formas de se ter
duas soluções com diferença igual a π/2 são:

sen x = 1 ⇒ x = 0 e x = π
2 Aplicando a lei dos senos nos triângulos ∆ABA e
sen x = −1 ⇒ x = 2π e x = 3π ∆CBC  , têm-se que
2

Analisando estes casos, têm-se


 
 AA AA
sen x = 1, cos x = 0 ⇒ −(m+1) = m ⇒ m = − 12 sen (180o −B) = sen B = sen
c
B−C
2

sen x = −1, cos x = 0 ⇒ (m+1) = m ⇒  m  CC
= a
A−B
sen B sen 2

Logo, m = − 21 , e a equação original se torna

cos x + sen x = 1
e assim, se AA = CC  , então a equação do enunciado
fica demonstrada.

v10 
c SLN
222

10a Questão [Valor: 1,0]


Seja uma parábola de foco F e diretriz d. Por um ponto
P ∈ d, traçam-se tangentes à parábola que a intercep-
9a Questão [Valor: 1,0] tam em M1 e M2 . Demonstre que M1 , M2 e F estão
Dado um tronco de pirâmide triangular de bases para- em linha reta.
lelas, demonstre que as retas que ligam os vértices da
base inferior aos pontos médios dos lados opostos da Solução:
base superior são concorrentes.

Solução:

M1
F

M2
O

. . d
M 1’ P M 2’

Lema: A mediatriz m do segmento M1 F , onde M1


pertence à diretriz de uma parábola (P ) com foco F , é
a tangente a (P ) no ponto M1 , tal que M1 M1 ⊥ d.
Prova: Sejam M1 uma interseção de m com (P ) e M1
a projeção de M1 na diretriz d. Como M1 ∈ m e M1 ∈
(P ), então M1 M1 = M1 F = M1 M1 , com M1 , M1 ∈ d.
Como M1 M1 ⊥ d, então M1 ≡ M1 , e assim M1 M1 ⊥ d.
Para provar que m é tangente a (P ), considere um
ponto M ∈ m, diferente de M1 , cuja projeção na
diretriz d seja M  , diferente de M1 . Assim, o seg-
Podemos deformar o tronco da pirâmide para torná- mento M M1 é maior que o segmento M M  . Mas como
lo reto. Por ser uma transformação biunı́voca, esta de- M ∈ m, então M M1 = M F . Logo, M F > M M  ,
formação leva pontos distintos para pontos distintos, e e assim o ponto M não pertence a (P ). Com isto, a
assim ela não altera as propriedades de concorrência de interseção de m e (P ) é única.
retas no interior do sólido.

Seja m1 uma tangente à parabola (P ) por P ∈ d.


Sejam r1 , r2 e r3 as retas que unem os vértices da Seja M1 a projeção do ponto de tangência M1 em d.
base inferior aos pontos médios dos lados opostos da Pelo lema acima, a mediatriz de M1 F é a tangente m1 .
base superior. Seja O a interseção de m com M1 F . Como M1 F =
M1 M1 e OF = OM1 , então os triângulos ∆M1 F O e
∆M1 M1 O são congruentes, e assim F M̂1 O = M1 M̂1 O.
Na vista superior as projeções destas retas se confun- Desta forma, os triângulos ∆M1 F P e ∆M1 M1 P são
dem com as medianas da base superior, que são concor- congruentes (caso LAL), e então M1 F̂ P = M1 M̂1 P =
rentes. 90o .
Analogamente para a outra tangente à (P ), no ponto
M2 , por P ∈ d, tem-se M2 F̂ P = M2 M̂2 P = 90o . Sendo
Dois pontos médios da base superior são ligados pela assim, M1 F̂ M2 = 180o e os pontos M1 , F e M2 são
base média do triângulo que é paralela a um dos lados colineares.
do triângulo. Tomando a vista lateral em relação a
este lado, a base média e este lado são vistos como um
ponto. Assim duas das retas r1 , r2 e r3 se confundem
nesta vista lateral, pois elas ligam os vértices do lado
aos vértices da base média. Com isto, a concorrência
das projeções das três retas se verifica também nesta
vista.

Como as projeções das retas são concorrentes em


duas vistas ortogonais, então as retas são concorrentes
no espaço.

v10 
c SLN
223

IME 1984/1985 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Sejam as funções Determine o valor de b tal que
√ √
1 + x2 + 1 − x2 
z= √ √ e y = 1 − x4
1 + x2 − 1 − x2
n
lim logp 5t+1 = 4
n→∞
Mostre que no subconjunto dos reais onde as funções t=0
são definidas

dz z
= 4 t
dy x onde p = b(t+1)2 .

Solução:
Solução: O limite L do enunciado é dado por

√ √
( 1 + x2 + 1 − x2 )2
z= √ √ √ √ n
( 1 + x2 − 1 − x2 )( 1 + x2 + 1 − x2 ) log 5t+1
L = lim
√ n→∞ log b(t+1)2t
1 + 1 − x4 t=0
=
x2 n
(t + 1)
= lim logb 5
n→∞ (t + 1)2t
logo, podemos determinar que t=0


1 √ 1
dz (x2 ) 12 (1 − x4 )− 2 (−4x3 ) − (2x)(1 + 1 − x4 ) = logb 5 t
= 2
dx x4 t=0
√ = 2 logb 5
2(1 + 1 − x4 )
=− √
x3 1 − x4
dy 1 1 2x3
= (1 − x4 )− 2 (−4x3 ) = − √ Logo,
dx 2 1 − x4

de modo que √

L = 4 ⇒ logb 5 = 2 ⇒ b = 5
1−x4 ) √
dz dz − 2(1+√
x3 1−x4 1+ 1 − x4 z
dx
= = 3 = = 4
dy dy
dx
− √2x
1−x4
x6 x

4a Questão [Valor: 1,0]


2a Questão [Valor: 1,0] Seja A uma relação definida sobre os reais, contendo os
Encontre o valor de k para que a reta determinada pelos pontos pertencentes às retas y = 12 x e y = 2x. Deter-
pontos A(0, 3) e B(5, −2) seja tangente à curva y = mine os pontos que necessariamente devem pertencer à
k A para que A seja transitiva.
para x = −1.
x+1
Solução: Solução:
A reta AB é descrita por y = (3 − x). Assim, para Como A contém as retas y = 12 x e y = 2x, um ponto
haver tangência, devemos ter que x0 pode ser mapeado por A em x1 = 2x0 ou x1 = 12 x0 .
Por sua vez, o ponto x1 poderá ser mapeado por A
 em x2 = 2x1 ou x2 = 12 x1 . Ou seja, x2 = 4x0 , x2 =
k
x+1 = 3−x
x0 ou x2 = 14 x0 . Por sua vez, o ponto x2 poderá ser
k 
( x+1 ) = (3 − x) ⇒ − (x+1)
k
2 = −1 mapeado por A em x3 = 2x2 ou x3 = 12 x2 . Ou seja,
x3 = 8x0 , x3 = 2x0 , x3 = 12 x0 ou x3 = 18 x0 . Para
ou seja, que A seja transitiva, ela deve conter todos os possı́veis
pontos x1 , x2 , x3 , . . .
x+1=3−x⇒x=1⇒k =4 Logo, A deve conter todas as retas do tipo y = 2k x,
com k ∈ Z.

v10 
c SLN
224

7a Questão [Valor: 1,0]


5a Questão [Valor: 1,0] Seja a sequência {vn }, n = 0, 1, 2, . . ., definida a partir
Sejam z1 e z2 complexos de raios vetores OP1 e OP2 , de seus dois primeiros termos v0 e v1 e pela fórmula
respectivamente. Mostre que OP1 e OP2 são perpendi- geral
culares se e somente se z1 z2 é um imaginário puro.
Obs: z é o conjugado complexo de z.
vn = 6vn−1 − 9vn−2 , para n ≥ 2

Solução: Define-se uma nova sequência {un }, n = 0, 1, 2, . . .,


Sejam pela fórmula vn = 3n un .
a) [Valor: 0,4] Calcule un − un−1 em função de u0 e
 u1 .
z1 = r1 eiθ1
⇒ z1 z2 = r1 r2 ei(θ1 −θ2 ) b) [Valor: 0,3] Calcule un e vn em função de n, v1 e
z2 = r2 eiθ2
v0 .
c) [Valor: 0,3] Identifique a natureza das sequências
{vn } e {un } quando v1 = 1 e v0 = 13 .
Logo,

Solução:
π Usando a relação de vn e un na recursão de vn , têm-se
z1 ⊥ z2 ⇔ θ1 = θ2 ∓ ⇔ z1 z2 = r1 r2 e∓ 2 i = ∓r1 r2 i
π

2
3n un = 6 × 3n−1 un−1 − 9 × 3n−2 un−2 ⇒
un = 2un−1 − un−2 ⇒
que é imaginário. un − un−1 = un−1 − un−2
a) Do desenvolvimento acima,
6a Questão [Valor: 1,0]
Sabe-se que as raı́zes do polinômio abaixo são todas 
un −un−1 = un−1 −un−2 
reais e distintas 
un−1 −un−2 = un−2 −un−3 


un−2 −un−3 = un−3 −un−4 ⇒ u −u
n n−1 = u1 −u0
.. 

. 

f (x) = an xn + . . . + a1 x + a0 ; 
u2 −u1 = u1 −u0

onde ai ∈ R, i = 0, 1, . . . , n; an = 0. Mostre que b) Da relação entre vn e un , têm-se que


a derivada f  (x) possui também todas as suas raı́zes
reais e distintas.  
v0 = u0 u0 = v0

v1 = 3u1 u1 = 13 v1
Solução:
Como f (x) é um polinômio, ela é contı́nua e continu-
amente diferenciável, e podemos aplicar o Teorema do Do item (a), tem-se que (un − un−1 ) é constante, o
Valor Médio em sua função derivada. De fato, f  (x) que caracteriza uma progressão aritmética, e assim
será um polinômio de ordem (n − 1), com conseqüente- podemos escrever que
mente (n − 1) raı́zes.
 
Sejam bn > bn−1 > . . . > b1 , as n raı́zes reais e un = u0 +n(u1 −u0 ) un = v0 +n( 31 v1 −v0 )

distintas de f (x). Logo, entre duas raı́zes, bk e bk−1 , vn = 3n [u0 +n(u1 −u0 )] vn = 3n [v0 +n( 31 v1 −v0 )]
existe ao menos um ponto x0 em que

c) Com v1 = 1 e v0 = 13 , têm-se
f (bk ) − f (bk−1 )
f  (x0 ) = =0 
bk − bk−1 un = 1
3
n−1
vn = 3

pois f (bk ) = f (bk−1 ) = 0, para k = 2, 3, . . . , n. Ou


seja, entre duas raı́zes consecutivas de f (x) deve haver e assim, {un } é um seqüência constante e {vn } é
uma raiz de f  (x). Assim, podemos mostrar que f  (x) uma progressão geométrica.
possui as (n − 1) raı́zes reais e distintas.

v10 
c SLN
225

8a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Dois clubes do Rio de Janeiro participaram de um cam- Uma reta m1 passa pelo ponto fixo P1 (−1, −3) e inter-
peonato nacional de futebol de salão onde cada vitória cepta a reta m2 : 3x + 2y − 6 = 0 no ponto A e a reta
valia um ponto, cada empate meio ponto e cada derrota m3 : y − 3 = 0 no ponto B. Determinar a equação do
zero ponto. Sabendo que cada participante enfrentou lugar geométrico do ponto médio do segmento retilı́neo
todos os outros apenas uma vez, que os clubes do Rio AB à medida que a reta m1 gira em torno do ponto P1 .
de Janeiro totalizaram, em conjunto, oito pontos e que
cada um dos outros clubes alcançou a mesma quanti- Solução:
dade k de pontos, determine a quantidade de clubes A reta m1 é da forma (y−ax+3−a) = 0. Determinando
que participou do torneio. as interseções, A ≡ (xa , ya ) e B ≡ (xb , yb ), de m1 com
m2 e m3 , têm-se, respectivamente, que
Solução: 
Cada partida distribui sempre o total de 1 ponto. Logo, ya − axa + 3 − a = 0
o número total de pontos do campeonato é igual ao ⇒ A ≡ ( 12−2a 9a−9
3+2a , 3+2a )
3xa + 2ya − 6 = 0
número total de partidas realizadas ao longo do mesmo. 
Assim, seja N o número de clubes, têm-se yb − axb + 3 − a = 0
⇒ B ≡ ( 6−aa , 3)
N (N −1) (N +1) 14 yb − 3 = 0
8+(N −2)k = ⇒k= −
2 2 2(N −2) Logo, o ponto médio M de AB é tal que
Logo, 2(N − 2) deve ser divisor de 28. Verificando as
A+B −4a2 + 21a + 18 15a
possibilidades, observamos que as únicas alternativas M≡ =( , )
viáveis são 2 2a(3 + 2a) 2(3 + 2a)

2(N − 2) = 14 ⇒ N = 9 ⇒ k = 4 cujo lugar geométrico, quando a varia, é tal que
2(N − 2) = 28 ⇒ N = 16 ⇒ k = 8 15a 6ym
ym = ⇒a=
2(3 + 2a) 15 − 4ym
de modo que N = 9 ou N = 16 clubes.
e então
9a Questão [Valor: 1,0]
1 22 1 2
Um exame vestibular se constitui de 10 provas distin-
−4 6ym
+ 21 15−4y6ym
+ 18
tas, 3 das quais da área de Matemática. Determine de 1
15−4ym
21
m
2
xm =
quantas formas é possı́vel programar a seqüência das 6ym
2 15−4y 6ym
3 + 2 15−4y
10 provas, de maneira que duas provas da área de Ma- m m

temática não se sucedam.


−4(36ym
2
)+21(6ym)(15−4ym)+18(15−4ym)2
=
Solução: 12ym [3(15−4ym)+12ym]
O total geral de possibilidades é 10!.
Destas, 3! × 8 × 7! possibilidades possuem as três pro- −4ym
2
− 3ym + 45
vas de Matemática consecutivas, onde o fator 3! surge =
6ym
da ordem das três provas de Matemática, o fator 8 surge
da posição das provas de Matemática no conjunto das ou seja, o lugar geométrico de M é descrito pela equação
10 provas, e o fator 7! surge da ordem das demais 7
provas. 4y 2 + 6xy + 3y = 45
Além disto, se tivermos duas provas de Matemática
como as duas primeiras ou as duas últimas provas, têm-
se 6 × 7 × 7! possibilidades, onde o fator 6 surge da esco-
lha das duas provas de Matemática dentre as três pos-
sibilidades, o fator 7 surge da ordem da terceira prova
de Matemática não consecutiva às outras duas para não
cair no caso anterior, e o fator 7! surge da ordem das
demais 7 provas.
Se as duas provas de Matemática ocorrerem em
seqüência no meio do exame, há 6×6×7×7! possibilida-
des, onde o primeiro fator 6 surge da escolha das duas
provas de Matemática dentre as três possibilidades, o
segundo fator 6 surge da ordem da terceira prova de
Matemática não consecutiva às outras duas para não
cair no caso anterior, o fator 7 surge da posição das
duas provas consecutivas de Matemática no conjunto
das 10 provas, e o fator 7! surge da ordem das demais
7 provas.
Logo o número aceitável de formas é
10! − (3!8! + 42 × 7! + 42 × 7! + 252 × 7!) = 1.693.440

v10 
c SLN
226

IME 1984/1985 - Geometria


2a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 0,6]
a Em um triângulo ABC são dados o lado a, a soma dos
Dá-se um triângulo retângulo isósceles de catetos AB = outros dois lados, b + c = , e a área S.
AC = . Descreve-se um quarto de cı́rculo (Q) de cen- a) Construa o triângulo com régua e compasso.
tro A, ligando os vértices B a C. Com diâmetro BC, b) Calcule os ângulos A, B e C e os lados b e c.
descreve-se um semi-cı́rculo (S) exterior ao triângulo e
que não contém A. Traçam-se duas semicircunferências
de diâmetros AB e AC, (Sb ) e (Sc ), ambas passando b+c
pelo ponto D, meio de BC. Seja M a superfı́cie com-
preendida entre (Q) e (S). Seja N a superfı́cie entre
(Q) e o arco BD de (Sb ) e o arco CD de (Sc ). Seja P a
a superfı́cie limitada pelos arcos AD de (Sc ) e AD de
(Sb ). Demonstre que:
a) A área M é igual a área do triângulo ABC.
b) As áreas N e P são iguais.
S
Solução:

A Solução:

a) Do desenvolvimento do item (b), devemos realizar


P E os seguintes passos:
(i) Determine
D 
B C x1 = 2 − a2 ⇒ 2 = x21 + a2
N
traçando o triângulo retângulo com hipotenusa  e
catetos a e x1 . Para tal, trace a semi-circunferência
M c1 de diâmetro LM =  e marque LN = a, com N
sobre c1 , de modo que N M = x1 .
(ii) Determine


4S 4S x2 2 S
a) A área M é a área do semi-cı́rculo de raio  2 2 sub- x2 = √ = ⇒ √ =
traı́da de uma área S1 , que por sua vez é a área do  2 − a2 x1 2 S x1
setor circular de 90o com raio  subtraı́da da área
SABC do triângulo ∆ABC. Assim, traçando√o triângulo retângulo com hipotenusa x1 e
cateto 2 S, seguindo procedimento similar ao usado
2   no passo (i) acima. A projeção do cateto sobre a
π π2 2 hipotenusa é o segmento x2 desejado, o que pode
M= 2 − − SABC = SABC = ser verificado por semelhança de triângulos.
2 4 2
(iii) Determine
b) A área N é a área S1 subtraı́da de uma área S2 , que  5
16S 2
por sua vez é o dobro da área do setor circular de x3 = a2 − 2 = a2 − x22 ⇒ a2 = x22 + x23
90o com raio 2 subtraı́da da área SEDC do triângulo  − a2
∆EDC, onde E é ponto médio de AC. Assim,
traçando o triângulo retângulo com hipotenusa a e
    catetos x2 e x3 , seguindo procedimento similar ao
π2  2
π2  2
(π − 2)2 usado no passo (i) acima.
N= − −2 − =
4 2 16 8 8 (iv) Os lados b e c do triângulo ∆ABC são obtidos
por
Já a área P é igual à area S2 , de modo que  ∓ x3
b, c =
  2
π2 2 (π − 2)2
P =2 − = e, tendo o lado a, a construção desejada fica com-
16 8 8 pleta.
sln:
√ No problema, (b + c) = 6,80 cm, a = 3,72 cm
e então N = P . e S = 2,30 cm. Assim, x2 ≈ a e então x3 ≈ 0, de
forma que b ≈ c = 2 = 3,4 cm.

v10 
c SLN
227

3a Questão [Valor: 1,0]


N 2 S Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e
base ABCDEF , de lado da base igual a  e altura h,
determine, em função de  e h, a posição do centro da
x2 esfera que é tangente às doze arestas da pirâmide.
a Solução:
x1 .
V

L M
b+c
A
T . h
R
c b
R O
A .x D
r O’
B C
a B C


b) Usando a expressão S = p(p−a)(p−b)(p−c), têm-
se r
A D
O’
16S 2 = (a+b+c)(−a+b+c)(a−b+c)(a+b−c)
= (a+)(−a+)[a−(b−c)][a+(b−c)] F E
= ( − a )[a − (b − c) ]
2 2 2 2
Sejam T o ponto de tangência da esfera na aresta
AV , r e O o raio e o centro, respectivamente, da seção
e então da esfera no plano da base da pirâmide, e R e O o raio
e o centro, respectivamente, da esfera pedida. Note que
 5 5 os pontos de tangência da esfera com as arestas da base
16S 2
b − c = ∓ a2 − 16S 2 ∓ a2 − 2 −a2 hexagonal distam r do centro O e R do centro O.
2 −a2 ⇒ b, c =
2 Da semelhança entre os triângulos ∆AV O e ∆OV T ,
b+c= tem-se
AO OT  R
= ⇒ √ =
Traçando a altura hb por B, é simples verificar que AV OV  2 + h2 h−x
onde OO = x. Além disto, têm-se ainda que
bhb bc sen A  2 
S= = R = x2 + r2 3
2 2 √ ⇒ R = x2 + 2
r= 2 3 4
Logo, Assim, eliminando R na equação inicial, têm-se

8S(2 − a2 ) 3
sen A =
2S
= 2 (h − x) = (x2 + 2 )(2 + h2 )
bc ( − a2 )2 + 16S 2 4
3 3
⇒ (h2 − 2hx + x2 )2 = x2 2 + x2 h2 + 4 + h2 2
onde bc pode ser determinada pelas expressões de b 4 4
e c dadas acima. Usando a lei dos senos,
34 − 2 h2
⇒ h2 x2 + 22 hx + =0
4
b, c sen A
sen B, C = Eliminando a raiz negativa, a posição do centro da es-
a fera fica determinada por
 1 2 2
com b, c e sen A determinados anteriormente. x=  + h2 − 2
2h

v10 
c SLN
228

A
4a Questão [Valor: 1,4]
Em um plano π dão-se uma circunferência de centro O e .I
raio r, um ponto fixo A sobre ela e um diâmetro variável . θ
 seja igual a Θ (0 ≤ Θ ≤ π/2).
BC tal que o ângulo ABC C B
Sobre a perpendicular a π em A, marca-se um ponto V H O
tal que AV = 2r. Considere-se um tetraedro ABCV .
a) Calcule em função de r e Θ as arestas do tetraedro.
b) Mostre que a soma dos quadrados destas arestas é
constante quando Θ varia.
c) Qual o lugar geométrico do ponto H de π, pé da d) A área S do triângulo ∆V BC é dada por
altura V H do triângulo V BC?
d) Para que posição de BC a área do triângulo V BC
é máxima e qual o valor desse máximo? √
V H × BC AH 2 + 4r2 × 2r
e) Calcule, em função de Θ, a tangente de α, onde α é S= =
 2 2
igual ao ângulo V HA.
f) Deduza o valor de Θ que corresponde ao mı́nimo do
diedro de aresta BC.
g) Calcule Θ para que se tenha tangente de α igual a Assim, S é máxima quando AH for máxima. Mas,

4/ 3.

Solução: AH = AB sen Θ = 2r cos Θ sen Θ = r sen 2Θ

V
Logo, S é máxima quando

2r √ √
Θ = 45o ⇒ AHmáx = r ⇒ V Hmáx = r 5 ⇒ Smáx = r2 5
B
. θ r
A .
. e) Do triângulo retângulo ∆V AH, tem-se
.. O
H
C
AV 2r 2
tg α = = =
a) Da figura e do enunciado, têm-se AH r sen 2Θ sen 2Θ


 AV = 2r



 BC = 2r




 AB = 2r cos θ V

 AC = 2r sen Θ

 √ √



 BV = AV 2 + AB 2 = 2r 1 + cos2 Θ

 √ √ 2r

CV = AV 2 + AC 2 = 2r 1 + sen2 Θ
b) Do item anterior, α
A H
S = BC 2 +AB 2 +AC 2 +AV 2 +BV 2 +CV 2
= 4r2 (1+cos2 Θ+ sen2 Θ+1+1+cos2 Θ+1+ sen2 Θ)
f) O mı́nimo α corresponde a sen 2Θ máximo, ou seja
= 24r 2 Θ = 45o , quando então αmı́n = arc tg 2.

c) Como AV ⊥ BC, o pé H da altura de V em relação


a BC é o mesmo pé da altura de A também em g)
relação a BC.
Seja I o ponto médio de AO. Como o triângulo
∆AHO é retângulo em H, logo, √
2 4 3
= √ ⇒ sen 2Θ = ⇒ Θ = 30o
AO r sen 2Θ 3 2
HI = IA = IO = =
2 2
Assim, o lugar geométrico de H é a circunferência
de centro I, ponto médio de AO, e raio r2 .

v10 
c SLN
229

5a Questão [Valor: 1,0] 6a Questão [Valor: 1,0]


Dão-se um plano π e dois pontos A e B não pertencentes
a π, situados em um mesmo semi-espaço de π, sendo: a) [Valor: 0,5] Dá-se (P ) uma parábola de foco F e
i) AB = . diretriz d. Sejam M um ponto qualquer de (P ); M1
ii) a e b as cotas de A e B em relação a π. sua projeção sobre d; M2 a projeção de M1 sobre
iii) a < b. F M . Identifique o lugar geométrico de M2 quando
M descreve a parábola (P ).
Determine um triângulo ABC isósceles, retângulo em b) [Valor: 0,5] Em uma hipérbole (H) são dados um
C, tal que o vértice C pertença ao plano π. Discuta a foco F e a diretriz correspondente d, que distam
possibilidade da existência desse triângulo e o número entre si 5 cm. A direção de uma assı́ntota forma um
de soluções. ângulo de 30o com o eixo focal. Pede-se calcular os
valores dos semi-eixos de (H).
Solução:
Solução:
B
F

M2 M α
. . α

O c b
A . . a α
. B’ d
M1 F’ P O F
D. (a) (b)
y
. .
A’ C a) Lema: A mediatriz m do segmento M1 F , onde M1
pertence à diretriz de uma parábola (P ) com foco F ,
Sejam A e B  as projeções de A e B, respectiva- é a tangente a (P ) no ponto M , tal que M M1 ⊥ d.
mente, no plano π, e D a projeção de C na reta A B  . sln: Ver a prova deste resultado na 10a questão de
Seja ainda a notação 1985/1986 (geometria).
  
 A D = c1 ; B D = c2
A C = d1 ; B  C = d2
 Seja O o ponto médio de M1 F . O lema acima afirma
CD = y que a mediatriz de M1 F tangencia a parábola em M .
Como M pertence à parábola, M F = M M1 , e assim
Da figura, têm-se que
os triângulos ∆M F O e ∆M M1 O são congruentes,
 2
 2 2 de forma que M1 M̂ O = F M̂ O = (90o − α). Com
 d1 + a = 2

 2 2 isto, é simples concluir que M F̂ O = F  F̂ O = α,
d2 + b2 = 2
⇒ c21 − c22 = a2 − b2 onde F  é a projeção de F na diretriz d. Assim, dos

 c 2
+ y 2
= d2
triângulos ∆M1 M2 F e ∆M1 F  F , têm-se que

 12 1
c2 + y 2 = d22
F M2 = F M1 cos α = F F 
Logo, como (c1 + c2 )2 + (b − a)2 = 2 , têm-se que
Logo, F M2 é constante e igual ao parâmetro 2a da
  2 parábola, que é a distância do foco F à diretriz d.
2 2
c1 − c2 = √ 2a −b 2  c1 = √−2a(a−b)
2 2 −(b−a)2 Assim, o lugar geométrico de M2 é a circunferência
 −(b−a) ⇒ 2
c1 + c2 = 2 − (b − a)2  c2 = √ 2  −2b(b−a) de centro F e raio 2a.
2 2
 −(b−a) b) A inclinação de uma assı́ntota é tal que sen α = cb .
e assim y fica determinado por A diretriz d é a reta cuja distância M d a um ponto
 M de (H) vezes a excentricidade e é igual ao raio
5
 2 − 2(a2 + b2 ) vetor de M ao foco correspondente. Logo,
y = d1 − c1 =
2 2
2 2 − (b − a)2 c c a2
eM d = M F ⇒ M d = xm ± a ⇒ M d = xm ±
Conhecendo-se c1 e y, podemos localizar o vértice C. a a c
Para haver solução, devemos ter Assim, d é uma reta, perpendicular ao eixo focal,
 2 cuja distância ao foco correspondente é igual a ∆ =
2
y≥0⇒ ≥ (a2 + b2 ) (c − ac ). Logo, do enunciado, têm-se
2
2  b 
De fato, se 2 > (a2 + b2 ), há duas soluções, uma de o 1  b = 10
c = sen 30 = 2
2
cada lado da reta A B  . Se 2 = (a2 + b2 ), então y = 0 ⇒ c = 20
2
∆ = bc = 5  √ √
e há apenas uma solução sobre a reta A B  , com c1 = b a = c2 − b2 = 10 3
2
e c2 = a. Se 2 < (a2 + b2 ), então não há solução.

v10 
c SLN
230

7a Questão [Valor: 0,8] 8a Questão [Valor: 1,0]


Em um triângulo ABC retângulo em A, é dada a razão
k entre o produto das bissetrizes internas dos ângulos B a) [Valor: 0,5] Construa um quadrilátero convexo
e C e o quadrado da hipotenusa. Calcule B, em função ABCD, dados: os comprimentos das diagonais AC
de k. Determine entre que valores pode variar a razão e BD; o ângulo de AC com BD; os ângulos adja-
k para que o problema tenha solução. centes A e D.

Solução:
Seja B  o pé da bissetriz bB por B no triângulo ∆ABC, AC BD
que divide o lado AC nos segmentos AB  = b1 e CB  =
b2 , de forma que pelo teorema das bissetrizes têm-se A
 bc
b1 b2 b1 + b2 b1 = c+a
= = ⇒ ab
c a c+a b2 = c+a
Usando o teorema de Pitágoras no triângulo ∆BAB  ,
tem-se então que

 b2 = c2 + b2 = c2 [(c+a)2 +b2
]
= 2ac
2
B 1 (c+a)2 c+a
AC/BD D
 b2 = 2ab2
C b+a

onde o resultado para bC , a bissetriz por C, é obtido de


forma análoga ao resultado para bB . Assim,
bB bC b) [Valor: 0,5] São dados dois cı́rculos concêntricos,
k=
a2 (C1 ) e (C2 ), de raios r1 e r2 (r1 > r2 ) e centro O. Por
um ponto A de (C1 ) determine uma corda AD de
2bc
=  (C1 ), que corta (C2 ) em B e C, tal que AD = 3BC.
a (c + a)(b + a) Discuta a possibilidade e o número de soluções.

2 2h
= Solução:
a+b+c

pois ah = bc e (a + b + c)2 = 2(c + a)(b + a). Logo,


√ B
k(b + c) = 2 2h − ka ⇒ c
√ B1 C
k 2 (b2 + 2bc + c2 ) = 8h2 − 4 2hka + ka2 ⇒
C2
√ B2
2k 2 ah = 8h2 − 4 2hka ⇒ f e
√ θ C1
h k(k + 2 2) b
= O d
a 2
A1 D2
Analisando o ângulo B, têm-se A2 D
 1
sen B = ab bc h
c
⇒ 2 sen B cos B = sen 2B = 2 = A a D
cos B = a a
a
e então a) Seja a notação definida na figura acima. Aplicando

1 k(k + 2 2) a lei dos senos nos triângulos ∆ADC e ∆ADB, têm-
B = arc sen se
2 2
Como 0 < B < 90o , então 0 < 2B < 180o , e assim 
 sen C1 = a sen D
0 < sen 2B < 1, de modo que  e 
 √ e
a 
 cos C1 = e2 −a2 sen2 D
√ sen D = sen C1 e
k(k + 2 2) ⇒ a sen A
0< <1⇒ f a 
 sen B =
sen A = sen B2
2
2 
 √ f2 2 2
√  f −a sen A
cos B2 =
0 < k(k + 2 2) < 2 ⇒ f

√ Além disto, da figura, é simples ver que


2 < (k + 2)2 < 4 ⇒

√ √ B + C = B1 + B2 + C1 + C2 = 360o − (A + D)
2<k+ 2<2 ⇒
√ B1 + C2 + θ = 180o
0 < k < (2 − 2)
⇒ φ = B2 +C1 = 180o +θ−(A+D) = 180o +φ

v10 
c SLN
231

onde φ = [θ − (A + D)], e assim

cos φ = − cos φ ; sen φ = − sen φ

Assim, definindo r s
A D
m = a sen A; n = a sen D
AC BD
têm-se que

cos φ = cos B2 cos C1 − sen B2 sen C1

a

(f 2 −m2 )(e2 −n2 )−mn

AC
=
ef
BD
ou seja,

(ef cos φ + mn)2 = (f 2 − m2 )(e2 − n2 ) ⇒


e2 m2 +f 2 n2 +2ef mn cos φ = e2 f 2 (1−cos2 φ) ⇒
ef sen φ
a= 

2R
D r
e sen A+f sen2 D+2ef sen A sen D cos φ
2 2 2

θ
Note que a grandeza

φ,
A
p2 = e2 sen2 A+f 2 sen2 D−2ef sen A sen D cos φ

pode ser obtida a partir da construção de um


triângulo ∆ com lados r = e sen A e s = f sen D
e ângulo φ entre eles. Além disto, aplicando a lei

s
dos senos neste triângulo ∆, tem-se

p ef sen φ ef

= 2R ⇒ a = =
sen φ p 2R

onde 2R é o diâmetro do cı́rculo circunscrito ao


triângulo ∆.
Assim, tem-se a seguinte construção: A B C D
(i) Obtenha os comprimentos r = AC sen A e s = θ
BD sen D, usando os semi-cı́rculos de diâmetros AC O
e BD, e marcando os ângulos A e D, corresponden-
temente. Como A é obtuso, pode-se usar (180o −A).
(ii) Construa o triângulo ∆, de lados r e s e ângulo
φ = (θ − A − D) entre estes dois lados.
(iii) Determine o diâmetro 2R do cı́rculo circunscrito
ao triângulo ∆ a partir do encontro das mediatrizes
e então
dos lados deste triângulo.
(iv) Determine o lado a = AC×BD 2R do quadrilátero. r12 = r22 + 2x2
A partir deste lado, usando os demais dados do
enunciado, determine o quadrilátero de forma com- Do triângulo ∆AOD,
pleta. O resultado desta construção é dado na figura
inicial da solução deste problema. (3x)2 = r12 + r12 − 2r12 cos θ ⇒
b) Como
2r12 − 9x2 9r2 − 5r2
 cos θ = 2 = 2 2 1
AD = AB + BC + CD = 2AB + BC 2r1 4r1
AD = 3BC Para haver solução, devemos ter que
⇒ AB = BC = CD = x −1 ≤ cos θ < 1 ⇒ r2 < r1 ≤ 3r2
a potência do ponto C é tal que onde no caso r1 = 3r2 a corda AD é diâmetro de
(C1 ).
Pot C = x × 2x = (r1 − r2 )(r1 + r2 )

v10 
c SLN
232

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,2]


Seja um triângulo acutângulo A1 A2 A3 . Traça-se um Dão-se um plano horizontal π, um de seus pontos O
cı́rculo de diâmetro A2 A3 e de A1 traçam-se tangentes e a vertical em O, OV . A cada ponto P de π faz-se
a ele, com pontos de contato T1 e T1 . Analogamente corresponder um ponto P1 sobre a vertical em P , tal
procede-se com os lados A3 A1 e A1 A2 , obtendo-se os P P1
que = k (constante). Com essa correspondência,
pontos de contato T2 , T2 e T3 , T3 . Mostre que os seis OP
pontos de contato obtidos pertencem a um cı́rculo de π transforma-se em uma superfı́cie (S).
a) Deduza a natureza de (S), as seções de (S) por pla-
centro G (baricentro de A1 A2 A3 ).
nos passando por OV e as seções de (S) por planos
perpendiculares a OV ; identifique o plano tangente
Solução:
a (S) em um ponto qualquer P1 .
b) De um ponto Q fixo sobre OV tal que OQ = h,
A traça-se uma perpendicular sobre OP1 : considera-se
T2 a esfera (E) de centro Q e raio QN . (N é o pé da
.
perpendicular sobre OP1 ). Determine a curva co-
mum a (E) e a (S) e calcule o volume compreendido
T1 entre (E) e (S).
G
B C Solução:
O

Q P1

O comprimento da mediana AO = ma do triângulo r .


N
∆ABC é tal que
h
 a2
c2 = m2a + 4 − 2ma a2 cos AÔB
a2
b2 = m2a + 4 − 2ma a2 cos(180o − AÔB) θ P
O

e assim a) A superfı́cie (S) é um cone com vértice em O e aber-


tura tal que tg θ = k. As seções de (S) por planos
2b2 − 2c2 − a2 passando por OV são dois segmentos de retas que
m2a =
4 passam por O e têm inclinação θ com relação a π.
Já as seções de (S) por planos perpendiculares a OV
Seja G o baricentro do triângulo ∆ABC, de modo que são circunferências de centro em OV . O plano tan-
AG = 2GO = 2m gente a (S) por P1 é aquele com inclinação θ em
3 . Determinando a distância T1 G = r
a

pelo triângulo ∆OT1 A, que é retângulo em T1 , têm-se relação a π e que contém a reta OP1 .
b) A curva comum é uma circunferência (c) de raio

 AT 2 = r2 + 4m2a hk
1 9 − 2r 2m
3 cos T1 ĜA
a
r = QN sen θ = h cos θ sen θ =
k2+1
 a2 m2a
4 = r2 + 9 − 2r m3a cos(180o − T1 ĜA) a uma altura, em relação a O, igual a
hk 2
Eliminando cos T1 ĜA nas equações acima e usando h = ON sen θ = h sen2 θ =
Pitágoras, têm-se k2 + 1
O volume V  desejado é o volume V1 do cone de base

 AT 2 + a2 = 3r2 + 6m2a (c) e altura h menos o volume V2 da calota esférica
1 2 9 de base (c) e altura
 AT 2 = m2 − a2 
1 a h
h = QN (1 − cos θ) = 2
4
( k 2 + 1 − 1)
k +1
e então Assim,
4m2a + 3a2 a 2 + b 2 + c2 πr2 h πh (3r2 + h2 )
r2 = = V= −
36 18 3 6
πh 3 3   4
Assim, pode-se concluir que a distância r, de T1 a G, = k 4
−( k 2 +1−1)(2k 2 +1− k 2 +1)
3(k 2 +1)3
independe do vértice para o qual o cálculo é feito. Logo,
os seis pontos de tangência têm a mesma distância r πh3 3 3
4
para o baricentro G do triângulo ∆ABC. = k 4
+ 3k 2
+ 2 − 2(k 2
+ 1) 2
3(k 2 + 1)3

v10 
c SLN
233

IME 1983/1984 - Álgebra


4a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Determine os valores de m para os quais as quatro raı́zes
Seja log a o logaritmo decimal de a e log3 a o logaritmo da equação biquadrada
de a na base 3. São dados: log 2 = α e log 3 = β.
Calcule em função de α e β os valores de log N e log3 N x4 − (3m + 5)x2 + (m + 1)2 = 0
onde sejam reais e estejam em progressão aritmética.

364,5 Solução:
N = 243 4 √ 3
2 Sejam as raı́zes da forma

 r = a − 3q
 1
r2 = a − q
Solução:

 r3 = a + q
r4 = a + 3q
1 36 1 1 Logo, por Girard, tem-se que
log N = log 35 + log − × log 2
4 2 4 3
6 1 1 r1 + r2 + r3 + r4 = 4a = 0 ⇒ a = 0
= 5β + β − α − α
4 4 12 e as demais relações de Girard nos dizem que
13 1 
= β− α r1 r2 +r1 r3 +r1 r4 +r2 r3 +r2 r4 +r3 r4 = −(3m+5)
2 3 r1 r2 r3 + r1 r2 r4 + r1 r3 r4 + r2 r3 r4 = 0
log N 13 1 α r1 r2 r3 r4 = (m + 1)2
log3 N = = −
log 3 2 3β de modo que

q 2 (3−3−9−1−3+3) = −(3m+5) q 2 = 3m+5
2a Questão [Valor: 1,0] q 3 (3+9−9−3) = 0 ⇒ 10
Determine o polinômio 9q 4 = (m+1)2 q 2 = ∓ m+1
3

p(x) = x4 + ax3 + bx2 + cx + d ou seja


 3m+5 
tal que p(x) = p(1 − x), p(0) = 0 e p(−1) = 6. 
 10 = 3
m+1
 m=5 e q =2
2

Solução:
ou ⇒ ou

 3m+5 
Como p(0) = 0, então d = 0. Usando x = 1 e x = 2, = − m+1 m = − 25 2
19 e q =
2
19
10 3
têm-se
  5a Questão [Valor: 1,0]
p(1) = 1+a+b+c = 0
p(1) = p(0) = 0
⇒ p(2) = 16+8a+4b+2c = 6 Determine a soma de todos os números inteiros que são
p(2) = p(−1) = 6 obtidos permutando-se, sem repetição, os algarismos 1,
p(−1) = 1−a+b−c = 6
2, 3, 4 e 5.
Logo, somando as primeira e terceira equações, tem-se
que b = 2, e assim Solução:
  Seja N o número total de números obtidos pela per-
a + c = −3 a = −2 mutação sem repetição dos algarismos 1, 2, 3, 4 e 5.

8a + 2c = −18 c = −1 Para cada número n1 = abcde tem-se o seu comple-
mento da forma n2 = (6 − a)(6 − b)(6 − c)(6 − d)(6 − e)
de modo que p(x) = (x4 − 2x3 + 2x2 − x). tal que (n1 + n2 ) = 66666. Logo, a soma total S dos N
números é
3a Questão [Valor: 1,0] N 5!
Quais as relações entre os coeficientes reais a, b, c, d da S = 66666 × = 66666 × = 3.999.960
equação 2 2

x2 + 2(a + ib)x + c + id = 0 6a Questão [Valor: 1,0] n


Seja o desenvolvimento 15 x + 25 onde n é um inteiro
de modo que ela seja satisfeita para um valor real x = positivo. Determine n sabendo-se que o maior dos coe-
k? ficientes é o do termo em xn−9 .
Obs: i2 = −1.
Solução:
Solução: O maior coeficiente do desenvolvimento é tal que
Para x = k real, tem-se      
 n n n
28 < 29 > 210
k 2 + 2ak + c = 0 n−8 n−9 n−10
k 2 + 2(a + ib)k + c + id = 0 ⇒
2bk + d = 0
Logo,
 n! 
Logo, para k real ser único, devemos ter 8 n! 9
(n−8)!8! 2 < (n−9)!9! 2 9 < 2(n−8)
 ⇒ ⇒ n = 13
c = a2 n! 9 n! 10 10 < 2(n−9)
(n−9)!9! 2 < (n−10)!10! 2
− 2b
d
= −a

v10 
c SLN
234

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


São dadas duas retas paralelas r e r e um ponto O. Dada a função definida nos reais por
Determine o lugar geométrico dos pés das perpendicu- x2
lares baixadas de O aos segmentos da reta AA , vistos y = e x2 −1
de O sob um ângulo reto e tais que A pertence a r e A
pertence a r . Sabe-se que: a) [Valor: 0,6] Estude a sua variação quanto a: con-
Distância de O a r : d. tinuidade e possı́vel simetria de sua representação,
Distância de O a r : p. crescimento ou descrescimento, extremos, inflexões
Distância de r a r : p − d. e assı́ntotas.
b) [Valor: 0,4] Faça o esboço gráfico da curva repre-
Solução: sentativa da função.
Sejam os pontos O ≡ (0, 0), A ≡ (xa , d) e A ≡ (xa , p),
de modo que as retas OA e OA são descritas por
Solução:
 É simples perceber que y é contı́nua no domı́nio x =
OA : y = xda x
∓1 e simétrica em relação ao eixo y. Além disto, no
OA : y = xp x domı́nio de y, têm-se que
a
  2
Como OA e OA devem ser ortogonais, então devemos (x2 −1)(2x)−(2x)(x2 ) x2x−1
2
2x x
y = e = − e x2 −1
ter xa xa = −pd. Assim, eliminando xa , a reta AA (x−1) 2 (x −1)
2 2

pode descrita por  


6x4 − 2 x2
y  = e x2 −1
(d − p)xa p(d2 + x2a ) (x2 − 1)4
AA : y = 2
x+
xa + pd x2a + pd E assim têm-se:
 √ √
e a reta OM , sendo ortogonal a AA e passando pela  y(0) = 1 > 0; y(∓ 33 ) = e
>0

 e
origem, passa a ser descrita por 
 lim y = e
x→∓∞
x2 + pd 
 lim y = lim y = ∞
OM : y = − a x 
 x→−1− x→1+
(d − p)xa  lim y = lim y = 0
 x→−1

+ x→1−

Logo, o ponto M , interseção de AA com OM , é tal que 


 y (0) = 0;



 lim y  = −∞; lim y  = ∞


x2a + pd (d − p)xa p(d2 + x2a ) 
 x→−1− x→1+
− xm = 2 xm + lim + y  = lim− y  = 0
(d − p)xa xa + pd x2a + pd x→−1 x→1

 lim y  = 0



 
x→∓∞
e assim é possı́vel determinar que 
 y  > 0, se (x = −1) < 0


 y √< 0, se (x = 1) > 0
p(p − d)xa p(x2a + pd)   √
(xm , ym ) = ( , ) 
 y (∓ 3 ) = 0; y (0) = −2 e < 0
3
x2a + p2 x2a + p2 

 lim y  = 0

x→∓∞ √ √
Determinando o lugar geométrico de M , tira-se da 
 y  > 0, se (x = −1) < − 33 e 3
< (x = 1)
equação de ym que 
 3
 √ √
y  < 0, se − 33 < x < 33

d − ym O que determina os√seguintes pontos de interesse: (0, 1)
xa = ∓p √
ym − p 3 e
é máximo local, (∓ 3 , e ) são pontos de inflexão (mu-
dança de concavidade). Além disto, têm-se a assı́ntota
Usando este valor na equação de xm , tem-se horizontal y = e e assı́ntotas verticais em x → ∓1. O
5 gráfico de y é mostrado a seguir.
p(p − d)p d−ym
ym −p 
xm = ∓ p2 (d−ym )
= ± (d − ym )(ym − p) y
ym −p + p2

Logo o lugar geométrico de M é tal que e


  2  2 1
d+p d−p
x2m = (d−ym )(ym −p) ⇒ xm + y −
2
=
2 2 1 1 x
d+p
que corresponde à circunferência de centro (0, 2 ) e
raio p−d
2 .

v10 
c SLN
235

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Seja D o determinante da matrix A = [aij ] de ordem Dada a matriz M = (mij )
n, tal que aij = |i − j|. Mostre que:  
1 0 1 1
D = (−1)n−1 .(n − 1).2n−2  0 1 0 1 
M =
1 0 1 1 
1 1 1 1
Solução:
e o conjunto A = {a1 , a2 , a3 , a4 }, define-se em A uma
Da definição
relação R por:

0 1 2 . . . (n−2) (n−1) ai R aj ⇔ mij = 1

1 0 1 . . . (n−3) (n−2)

2 1 0 . . . (n−4) (n−3) Verifique se R é uma relação de equivalência.
D = .. .. .. .. .. ..

. . . . . . Solução:
(n−2) (n−3) (n−4)
... 0 1 É simples ver que R é reflexiva pois todos os elementos
(n−1) (n−2) (n−3) ... 1 0
da diagonal principal de M são iguais a 1. É simples
também perceber que como M é simétrica, R também
Forma-se uma nova matriz de colunas ci a partir da o será.
matriz original de colunas ci , sem alterar o valor de D, Além disto m24 = m43 = 1, logo a2 Ra4 e a4 Ra3
realizando a seguinte operação são definidos. Porém, m23 = 1, e assim a2 Ra3 não é
definido. Logo, R não é transitiva e, desta forma, R
ci−1 = ci−1 − ci não é uma relação de equivalência.
para i = 1, 2, . . . , (n − 1), de modo que

−1 −1 −1 ... −1 (n − 1)

+1 −1 −1 ... −1 (n − 2)

+1 +1 −1 ... −1 (n − 3)
D = .. .. .. .. .. ..

. . . . . .
+1 +1 +1 −1 +1
...
+1 +1 +1 ... +1 0

Repetindo a operação acima, só que agora para i =


1, 2, . . . , (n − 2), tem-se

0 0 0 . . . −1 (n − 1)

2 0 0 . . . −1 (n − 2)

0 2 0 . . . −1 (n − 3)
D = .. .. .. . . .. ..

. . . . . .
0 0 0 . . . −1
+1
0 0 0 . . . +1 0

Aplicando Laplace na primeira linha, nota-se que o


termo correspondente à penúltima coluna é nulo, pois
tal termo teria a última linha nula. Assim, sobra ape-
nas o termo correspondente à última coluna que é dado
por

2 0 0 . . . −1

0 2 0 . . . −1

0 0 2 . . . −1
D = (−1) n−1
(n − 1) .. .. .. . . ..
. . . . .
0 0 0 . . . −1

0 0 0 . . . +1

Assim, D é o determinante de uma matriz triangular


superior, isto é, D é o produto dos termos da diagonal
principal, de modo que

D = (−1)n−1 .(n − 1).2n−2

v10 
c SLN
236

IME 1983/1984 - Geometria



1a Questão [Valor: 0,8] a) Como S é crescente com Θ, Smáx = 2πa2 3, obtido
Um triângulo equilátero ABC, de lado a, gira em torno o
com Θ = 60 . A superfı́cie é composta√ de um cilin-
de um eixo XX  de seu plano, passando por A sem atra- dro (c), de altura a e raio da base a 23 , subtraı́do
vessar o triângulo. Sendo S a área total da superfı́cie ge- de dois cones opostos pelo vértice, de mesmos eixos
rada pelo triângulo e designando por Θ o ângulo X ÂB, e raios da base que (c), e altura a2 cada.
pede-se determinar os valores de Θ para que:

a) S seja máximo.

b) S seja mı́nimo.

c) S = 3πa2 .

Descreva o sólido obtido em cada um dos três casos.

Solução:


x o b) Como S é crescente com Θ, Smı́n = πa2 3, obtido
60 Θ o
com Θ = 0 . A superfı́cie é composta de dois cones,
r1 √
opostos pela base, com altura a2 e raio da base a 23 .

a a
Θ r2

o
a
120 Θ

A área total S é a área de um cone de raio da base


r1 e geratriz a, mais a área de um cone de raio da base
r2 e geratriz a, mais a área lateral de um tronco de
cone de bases com raios r1 e r2 . Assim, da figura, com
0 ≤ Θ ≤ 60o (por simetria), têm-se que a área lateral c)
ST do tronco é

x x
ST = πa2 [ sen (60o + Θ)( + 1) − sen Θ]
a a √
= πax[ sen (60o + Θ) − sen Θ] + πa2 sen (60o + Θ) 3
S = 3πa2 ⇒ sen (30o + Θ) = ⇒ Θ = 30o
2
= πax[ 2 sen 30o cos(30o + Θ)] + πa2 sen (60o + Θ)
= πa2 [ sen Θ + sen (60o + Θ)]

pois A superfı́cie gerada é composta de um cilindro (c) de



3
raio da base a e altura a 2 , subtraı́do de um cone

r1 = a sen Θ = x sen (60o − Θ) de mesmos raio da base e altura que (c).
cos(30o + Θ) = sen (60o − Θ)

Logo,

S = πa2 [r1 + r2 ] + ST
= 2πa2 [ 2 cos(−30o ) sen (30o + Θ)]

= 2πa2 3 sen (30o + Θ)

v10 
c SLN
237

e então
2a Questão [Valor: 1,4]
AB.A B  = −4rR cos(α − θ) cos(β + θ)
a) [Valor: 0,8] São dados dois cı́rculos C(O, r) e
C  (O , r ), um ponto fixo A sobre C e um ponto fixo = −2rR [cos(α + β) + cos(β − α + 2θ)]
A sobre C  . Traçam-se cordas paralelas AB e A B  Como cos(α + β) é constante, AB.A B  é máximo
nos cı́rculos C e C  , respectivamente. Determine a quando cos(β − α + 2θ) for mı́nimo, ou seja, quando
direção destas cordas para que o produto AB.A B 
seja máximo. π+α−β
θ=
2
A
Note que a bissetriz de AÔA faz com o eixo OD um
ângulo igual a β−α
2 . Logo, a direção θ é perpendi-
cular a esta bissetriz.
O b) (Baseada em solução do Colégio Princesa Isabel)
A

L . .
E F M
O’ B C

P
A’

b) [Valor: 0,6] Dá-se um triângulo ABC. De um Sejam E e F os pontos médios dos lados AB = c e
ponto P variável (e não pertencente às retas supor- AC = b, respectivamente. Os pontos L e M perten-
tes dos lados do triângulo) traçam-se retas P B e cem às circunferências de centros E e F e raios AB
2 e
AC
P C. Sejam L e M os pés das perpendiculares de A 2 , respectivamente. Pela desigualdade triangular,
a estas retas. Com a variação de P , o comprimento LM ≤ LE + EF + F M ⇒
LM também varia. Qual o comprimento máximo de
LM ? AB BC AC c+a+b
Obs: Para resolver este item não é necessário deter- LMmáx = + + = =p
2 2 2 2
minar a posição de P , correspondente a este máximo
de LM .
3a Questão [Valor: 0,5]
Sejam  o lado de um polı́gono regular de n lados, r
Solução:
e R, respectivamente, os raios dos cı́rculos inscrito e
circunscrito a este polı́gono. Prove que
A
 π
r + R = cotg
2 2n

B Solução:
α O θ
D D‘
θ 2 a b
β
B‘ r
A’
R π R
n

a) Podemos trabalhar com os dois cı́rculos


concêntricos, transpondo o centro de um deles π
Da figura, o ângulo 2n é obtido traçando a bissetriz
para o centro do outro. Sejam, nesta nova fi- do triângulo retângulo de catetos 2 e r e hipotenusa R,
gura, o diâmetro DD e os ângulos AÔD = α e de modo que
A ÔD = β. Seja ainda a direção ótima desejada π r
cotg =
A D̂O = AD̂ O = θ. Da figura, têm-se que 2n a
 Mas, pelo teorema das bissetrizes,
OÂB = OB̂A = α − θ r R r+R r+R
OÂ B  = OB̂  A = 180o − β − θ = = = 
a b a+b 2

Logo, logo,
 π r+R  π
AB = 2R cos(α − θ) cotg =  ⇒ r + R = cotg
2n 2
2 2n
A B  = 2r cos(180o − β − θ) = −2r cos(β + θ)

v10 
c SLN
238

4a Questão [Valor: 0,8] 5a Questão [Valor: 0,6]


Um paralelepı́pedo tem a base ABCD sobre um plano Dão-se um cı́rculo (c), de centro O, e três direções d1 ,
horizontal e as arestas verticais são AA , BB  , CC  e d2 e d3 . Inscreva em (c) os triângulos cujos lados AB,
DD . As três arestas concorrentes AB = a, AD = BC e CA têm, respectivamente, as direções d1 , d2 e d3
b e AA = c formam um triedro tri-retângulo, sendo e cujos vértices A, B e C se sucedem no cı́rculo (c), no
a > b > c. Um plano secante corta a aresta AB em sentido do movimento dos ponteiros do relógio.
seu ponto médio M , a aresta BB  no ponto N , tal que
N B 1   
N B = 3 e a aresta B C em P , tal que B P = x, com
0 < x ≤ b. Pede-se estudar a forma das seções obtidas
pelo plano secante M N P no paralelepı́pedo, quando a d1
distância x varia nas condições dadas.
Solução:
Situando uma origem de eixos cartesianos em A, e cha-
mando B  P = p (ao invés de x, como indicado no enun- d2
ciado, para evitar confusão com a abscissa no nosso O
sistema de coordenadas), tem-se que o plano M N P é
descrito pela equação
 d3
 M ≡ ( a2 , 0, 0)
 2 1 4
N ≡ (a, 0, 3c 4 ) ⇒ M N P : a x + 3p y − 3c z = 1


P ≡ (a, p, c)
Os planos ABCD e A B  C  D são caracterizados por

ABCD ≡ (0 ≤ x ≤ a, 0 ≤ y ≤ b, z = 0) Solução:
A B  C  D ≡ (0 ≤ x ≤ a, 0 ≤ y ≤ b, z = c) Prolongue d1 , d2 e d3 , determinando o triângulo auxiliar
∆A B  C  , com A B  sobre d1 , B  C  sobre d2 e A C 
Definem-se quatro casos: sobre d3 , com A , B  e C  no sentido horário.
 Determine o circuncentro O (encontro das mediatri-
 Caso 1 : 0 ≤ p ≤ 7b zes) do triângulo ∆A B  C  . Assim, basta traçarmos



 Caso 2 : b ≤ p ≤ b paralelas a O A , O B  e O C  por O para determinar-
7 3
mos uma solução para A, B e C, respectivamente, sobre

 Caso 3 : b
≤ p < b

 3 (c). A outra solução pode ser obtida por simetria em
 relação ao centro O de (c), como indicado na figura a
Caso 4 : p = b
seguir.
As interseções do plano M N P com ABCD e A B  C  D
são as retas r1 e r2 , respectivamente descritas por B
 d1 B’
r1 : a2 x + 3p
1
y=1 C

r2 : 2 1 7 A’
ax + 3p y = 3
A
Assim, no Caso 1, r1 encontra AD em Pa ≡ (0, 3p, 0)
d2
e r2 encontra A D em Pb ≡ (0, 7p, c). No Caso 2, r1
ainda encontra AD no ponto Pa , mas a reta r2 passa a O’ O
encontrar D C  em Pc ≡ ( 7a6 − 6p , b, c). No Caso 3, r1
ba

passa a encontrar DC em Pd ≡ ( a2 − 6p ba
, b, 0), e r2 ainda
 
d3
encontra D C no ponto Pc . No Caso 4, p = b, e então C’
P ≡ Pc ≡ C  , e a seção se torna um quadrilátero. Os A
quatro casos são ilustrados na figura a seguir.
C
Pb D’ C’ D’ Pc C’

P
B
D P D
A’ B’ A’ B’
C C
N N
Pa
Pa A justificativa para estas construçẽs é que a partir do
A D’ M Pc B C’ A D’ M B C’P circuncentro os ângulos AÔB, B ÔC e C ÔA se preser-
P vam. Assim, o mesmo acaba ocorrendo para os ângulos
A’
D
B’ A’
D Pd
B’
Â, B̂ e Ĉ, que são determinados pelos encontros das
Pd
N
C
N
C
direções dadas, duas-a-duas.
sln: As figuras do enunciado e da solução estão ligeira-
A M B A M B
mente escaladas, em relação ao tamanho original, por
motivo de formatação.

v10 
c SLN
239

7a Questão [Valor: 1,4]


6 Questão [Valor: 0,6]
a

Dão-se um quadrado de vértices A, B, C e D e o seu a) [Valor: 0,8] São dados um cone de revolução de
centro O. Mostre que os incentros dos triângulos, cujos vértice V , cuja geratriz faz com o eixo do cone um
vértices são cada 3 pontos não colineares deste conjunto ângulo β e uma elipse de semi-eixos a e b.
de 5 pontos, são vértices de um polı́gono regular con- (1) Mostre que esta elipse pode ser sempre obtida
vexo e calcule, em função do lado  do quadrado, o raio como seção plana do cone dado.
do cı́rculo no qual está inscrito o polı́gono. (2) Sendo AB o traço do plano secante com o plano
meridiano AV B, que lhe é perpendicular, de-
monstre a relação V A.V B = b2 cossec2 β.
Solução: b) [Valor: 0,6] Em uma hipérbole (h) são dados: um
foco F , uma assı́ntota () e uma tangente (t). Pede-
se determinar graficamente o outro foco, a outra
assı́ntota e os comprimentos dos eixos, justificando
a construção executada.
A B

d1
r1
O
d2
F
r2
C D

Têm-se, fundamentalmente, duas situações ilustradas t


na figura acima. Há quatro casos do tipo 1 em que
os três pontos são vértices do quadrado: ABC, ABD,
ACD e BCD. Há ainda quatro casos do tipo 2 em que Solução:
O é um dos vértices do triângulo: ABO, BCO, CDO
V
e DAO. Sejam r1 e r2 os raios dos cı́rculos inscritos ao
triângulo nas situações dos tipos 1 e 2, respectivamente. β
Da figura, têm-se
A

Q
O
 √ √  √
α

r1 + r1 2 =  2  r1 =  √
2
2(1+ 2)

2
⇒ B
r2 + r2 2 =   r2 = √
2 2(1+ 2)
r
b
h

Para cada tipo, a distância do centro do cı́rculo inscrito


ao centro do quadrado é dada por a) 1o ) Sejam A e B os extremos do eixo principal da
elipse, e Q a interseção de AB = 2a com o eixo
do cone. Seja ainda x = V Q. Da lei dos senos
nos triângulos ∆V AQ e ∆V BQ, têm-se
 √
 AQ
x
 d1 = r1 =  √ 2 sen (α+β) = sen β
2(1+ 2) x BQ ⇒
√ √

= sen
 d2 = r2 2 =  √ 2 sen (α−β) β
2(1+ 2) x sen β = AQ(sen α cos β + sen β cos α)

x sen β = BQ(sen α cos β − sen β cos α)
 AQ sen α
sen β = x−AQ cos α cos β
BQ sen α ⇒
sen β = x+BQ cos α cos β
de modo que em todos os oito casos a distância é sempre 
x = 2AQ.BQ
BQ−AQ
cos α
a mesma e igual ao raio do cı́rculo no qual o octógono
(BQ−AQ) sen α
regular está inscrito. sen β = (AQ+BQ) cos α cos β

v10 
c SLN
240

Como β é dado, podemos re-escrever a última


relação acima como
 a
AQ+BQ sen α = AQ+BQ sen β c . d
α .

tg α = tg β ⇒
BQ−AQ BQ−AQ
cos α = ∆ cos β F
O c
com b

∆= AQ2 +2AQ.BQ(sen2 β −cos2 β)+BQ2
b) Seja a seguinte construção:
O centro O da elipse é tal que OQ = BQ−AQ 2 .
Assim, as distâncias vertical, v, e horizontal, h, (i) Determine a distância d de F a , e trace uma
de O a V são paralela x1 a , a uma distância d, com  entre x1 e
 F . Note que
 v = x + OQ cos α = (AQ+BQ)2 cos α
2(BQ−AQ)
 h = OQ sen 45o = (BQ−AQ) sen α
2
b d d
sen α = = =
Na altura de O, um plano paralelo à base do c OF c
cone gera uma seção circular de raio

(AQ + BQ)2 sen β Logo 2d = 2b é o eixo não-focal da hipérbole.


r = v tg β =
2∆
(ii) Prolongue  e t, determinando sua interseção P ,
Assim, com algum algebrismo simples mas e trace a reta x2 = P F , determinando o ângulo α
longo, o eixo secundário 2b da elipse é tal que entre x2 e a assı́ntota .
b2 = r2 − h2 = AQ.BQ sen2 α (iii) Por P , trace uma reta x3 , entre os prolongamen-
tos de  e t, fazendo um ângulo α com a tangente
Considerando que (AQ + BQ) = 2a, Podemos, t.
então, re-escrever que
(iv) Por simetria, F  ∈ x1 , e pelo teorema de Pon-
sen α = 
2a sen β celet, F  ∈ x3 . Logo, F  é interseção de x1 e x3 .
AQ2 +2AQ.BQ(sen2 β −cos2 β)+BQ2

√ focal 2c = F F . O eixo
(v) Determine a distância
2a focal é dado por 2a = 2 c − b . Na figura, 2a =
2 2
=
4a2 + 4AQ.BQ cos2 β F  T , onde T ∈ x1 é o ponto simétrico de F em
relação a .
a
=5
(vi) A outra assı́ntota  intercepta o ponto médio
2 cos2 β
a2 + b sen2α
de F F  e faz com este segmento o mesmo ângulo θ
e assim que .

a2 sen2 β + b2 cos2 β
sen α =
a
Com este valor, pode-se determinar que T
x1
b
b2 cos β
x=VQ= .
a sen β 2a b
2o ) Pela lei dos senos nos triângulos ∆V AQ e
θ c F
∆V BQ, ou pelo teorema das bissetrizes no
θ
α
triângulo ∆V AB, têm-se que c α x2
 VA AQ x3 P
sen α = sen β F’ ’
VB BQ

sen α = sen β
2 2
t
V A.V B = AQ.BQ sen
sen2 β
α
= senb 2 β = b2 cossec2 β

v10 
c SLN
241

8a Questão [Valor: 1,4]


a b
α
a) [Valor: 0,8] Seja ABCD um quadrilátero convexo x
tal que os dois pares de lados opostos não são pa- γ
δ
ralelos; AB encontra CD em E e AD encontra BC y
em F . Sejam L, M e N os pontos médios dos seg- c
mentos AC, BD e EF , respectivamente. Prove que d
β
L, M e N são colineares.
b) [Valor: 0,6] Dá-se um quadrilátero convexo ins-
critı́vel em um cı́rculo, cujos lados são cordas deste
cı́rculo e de comprimentos a, b, c e d e que se suce- b) 1) Pela lei dos cossenos, têm-se
dem na ordem a, b, c, d.  2
 x = a2 + b2 − 2ab cos α
(1) Calcule, em função de a, b, c, d os comprimentos 


 x2 = c2 + d2 − 2cd cos β
das diagonais x e y.
(2) Permutando a ordem de sucessão das cordas, de-

 y 2 = a2 + d2 − 2ad cos γ
duza, com auxı́lio de figuras, se as diagonais dos 

novos quadriláteros obtidos têm comprimentos  2
y = b2 + c2 − 2bc cos δ
diferentes de x e de y.
(3) Sabendo-se que  a área de um quadrilátero ins- Assim, como β = (180o − α) e δ = (180o − γ),
critı́vel é S = (p − a)(p − b)(p − c)(p − d) e 
 cdx2 = cd(a2 + b2 ) − 2abcd cos α
supondo que o quadrilátero, além de inscritı́vel 

também é circunscritı́vel, mostre que a fórmula 
 abx2 = ab(c2 + d2 ) + 2abcd cos α

de sua área reduz-se a S = abcd.

 bcy 2 = bc(a2 + d2 ) − 2abcd cos γ



Solução: ady 2 = ad(b2 + c2 ) + 2abcd cos γ
a) (Baseada em solução do Colégio Princesa Isabel) e então
 5
F 
 x = (ab+cd)(ac+bd)
ad+bc
K H 5
D 
 y= (ad+cb)(ac+bd)
C ab+cd
N
2) Usando, por exemplo, a = a, b = c, c = b e
d = d, as novas diagonais teriam comprimentos
L
M  5

 x = (ac+bd)(ab+cd) = x
ad+bc
A B E 5

 y = (ad+bc)(ab+cd)
ac+bd = y
Trace uma paralela a CD por N , determinando K
sobre DF e H sobre CF . Como N é médio de Assim, uma das diagonais se preserva e outra se
EF , então no triângulo ∆DEF , KN é base média altera. Naturalmente se invertêssemos a = a,
de DE, e assim K é médio de DF . Com isto, no b = d, c = c e d = b, as diagonais não se
triângulo ∆CDF , KH é base média de CD, e assim alterariam, apenas o quadrilátero fica refletido
H é médio de CF . em torno do centro do cı́rculo.
No triângulo ∆ACF , H e L são os respectivos pon-
tos médios de CF e AC. Assim, HL é base média a a
de AF e então HL  AF . Seja G a interseção de HL x x
com CD. No triângulo ∆CDF , como H é médio de x’ c b
CF e HG  F D (pois HL  AF ), então HG é base y
média de DF , e assim G é médio de CD. y d
d
Analogamente, no triângulo ∆BDF , K e M são
os respectivos pontos médios de DF e BD. As- b c
sim, KM é base média de BF e então KM  BF .
Seja G a interseção de KM com CD. No triângulo
∆CDF , como K é médio de DF e KG  F C (pois 3) Se o quadrilátero é circunscritı́vel, então
KM  BF ), então KG é base média de CF , e assim 

 p−a=c
G ≡ G é médio de CD. 

 p−b=d
Aplicando o teorema de Menelaus no triângulo a+c=b+d=p⇒
∆CDF com a reta ABE, têm-se 
 p−c=a



AD.BF.EC 2GL.2KM.2HN GL.KM.HN p−d =b
1= = =
AF.BC.ED 2HL.2GM.2KN HL.GM.KN Logo, S é tal que
 √ √
Logo, pelo teorema de Menelaus no triângulo S = (p−a)(p−b)(p−c)(p−d)= cdab = abcd
∆GKH, têm-se que L, M e N são colineares.

v10 
c SLN
242

9a Questão [Valor: 0,8]


Determine os ângulos de um triângulo, dados o 10a Questão [Valor: 0,6]
perı́metro 2p, o lado a e a altura correspondente ao Determine o lugar geométrico do vértice V de um trie-
lado a, ha . dro cujas faces medem 60o cada e cujas arestas tangen-
ciam uma esfera (e) dada, de raio r e centro O.

Solução:
Solução:

 ah
p(p − a)(p − b)(p − c) = ⇒ V V
2 a
a
a2 h2a
(p − b)(p − c) = p − (b + c)p + bc =
2
A .
4p(p − a) H . A

C H
r
B
Logo,
O


b + c = 2p − a
a2 h2a a2 h2a +4p2 (p−a)2
bc = 4p(p−a) − p2 + (2p − a)p = 4p(p−a) Por simetria, as três arestas do tetraedro que são tan-
gentes à esfera, V A, V B e V C, são congruentes entre
si, e as três arestas internas à esfera, AB, AC e BC,
são também congruentes entre si. No triângulo ∆AV B,
como AV̂ B = 60o , então V A = V B = AB, e então
Com isto, b e c são soluções da equação V ABC é um tetraedro regular de aresta a. Sendo as-
sim, o pé H da altura do vértice V em relação à base
∆ABC é tal que

a2 h2a + 4p2 (p − a)2


x2 − (2p − a)x + =0
4p(p − a)


2 a 3
AH = ×
3 2
e assim,

ha 2ha
sen B̂, Ĉ = = 5 Da selhança entre os triângulos ∆AV H e ∆OV A, tem-
c, b h2a
(2p − a) ∓ a 1 − p(p−a) se que

e ainda, pela lei dos senos,



AH OA a 3
r √
= ⇒ 3 = ⇒ OV = r 3
AV OV a OV

a sen B̂ aha 4aha p(p − a)


sen  = = = 2 2
b bc a ha + 4p2 (p − a)2

que é constante. Logo, o √lugar geométrico de V é a


esfera de centro O e raio r 3.

v10 
c SLN
243

11a Questão [Valor: 0,6] 12a Questão [Valor: 0,5]


Numa circunferência são dadas uma corda fixa AB, Obtenha uma relação entre a, b e c, eliminando x entre
igual ao lado do triângulo equilátero inscrito e uma as duas equações abaixo:
corda móvel CD, de comprimento constante e igual ao 1
lado do dodecágono regular convexo inscrito. As duas a sen x − b cos x = c sen 2x
2
cordas são os lados opostos de um quadrilátero con- a cos x + b sen x = c cos 2x
vexo inscrito ABCD. Determine o lugar geométrico do
ponto de encontro dos outros dois lados, especificando Solução:
a delimitação deste lugar. Dividindo as equações do enunciado, tem-se
a cos x − a cos x
a sen x b cos x
1 a sen x−b cos x tg x− ab
Solução: tg 2x = = a cos x b sen x
=
2 a cos x+b sen x a cos x + a cos x 1+ ab tg x
Logo, usando a fórmula da tangente do arco-dobro,
têm-se
α 1 2tg x tg x − ab
= ⇒
2 1 − tg2 x 1 + ab tg x
C    
30o b b  
O O tg x 1 + tg x = tg x − 1 − tg2 x ⇒
D a a
30o

120o
b 2 b b
tg x + tg x = tg x − tg3 x − + tg2 x ⇒
A B C=A B a a a
b
tg3 x = −
a
e então
Sejam O e R o centro e o raio, respectivamente, da 5
circunferência dada. A partir de uma análise angular −2 3 ab
da figura à esquerda, é possı́vel mostrar que tg 2x = 5
2
1 + 3 ab 2
120o − 30o Elevando cada equação do enunciado ao quadrado e
α= = 45o
2 adicionando os resultados, têm-se
 2
a2 sen2 x−2ab sen x cos x+b2 cos2 x = c4 sen2 2x
ou seja, o lugar geométrico desejado é tal que α é cons- ⇒
tante e igual a 45o . Este lugar geométrico é então o a2 cos2 x+2ab sen x cos x+b2 sen2 x = c2 cos2 2x
arco-capaz de 45o relativo à corda AB. Este arco-capaz
é parte da circunferência (c ), de centro O e raio R , c2
para a qual AB é lado de um quadrado inscrito, de (a2 + b2 )(sen2 x + cos2 x) = (sen2 2x + 4 cos2 2x) ⇒
4
modo que AÔ B = 90o . Assim, têm-se que
4(a2 + b2 )
= (sen2 2x + 4 cos2 2x)
 √ √ √ c2
AB = R 2 = R 3 ⇒ R = 6
2 R
√ √ Divindo esta expressão por cos2 2x e lembrando que
O O = O I − OI = 2 
2 R − 12 R = 3−1
2 R
sec2 2x = (tg2 2x + 1), têm-se
 
4(a2 + b2 )
(tg2 2x + 1) = tg2 2x + 4 ⇒
onde I é médio de AB e O está acima de O. c2
A delimitação do lugar geométrico é determinada  
considerando a situação extrema em que o lado do do- 4(a2 + b2 ) − c2 4(c2 − a2 − b2 )
tg 2
2x = ⇒
decágono é adjacente ao lado do triângulo equilátero. c2 c2
Por exemplo, o caso em que A e C são coincidentes é
visto na figura à direita acima, de modo que se E ∈ (c ) 4(c2 − a2 − b2 )
tg2 2x = ⇒
é um extremo do arco-capaz, então 4(a2 + b2 ) − c2

AÔD AÔ E (c2 − a2 − b2 )
AB̂D = AB̂E = = = 15o ⇒ AÔ E = 30o tg 2x = ∓2
2 2 4(a2 + b2 ) − c2
Logo, igualando as duas expressões obtidas anterior-
Se E  ∈ (c ) é o outro extremo do arco-capaz, tem-se mente para tg 2x, tem-se
então que o lugar geométrico é o arco de valor 5 
− 3 ab (c2 − a2 − b2 )
E Ô E  = 360o −(AÔ E +AÔ B +B Ô E  ) = 210o 5 =∓
1+ 3 b
2 4(a2 + b2 ) − c2
a2

v10 
c SLN
244

IME 1982/1983 - Álgebra 3a Questão [Valor: 1,0]


1a Questão [Valor: 1,0] Seja F o conjunto das funções de R em R que satisfazem
Determine a equação, identificando a sua natureza, do f (xy) = f (x) + f (y). Dados f ∈ F e a ∈ R define-se a
lugar geométrico de um ponto que se desloca de tal função ga : R → R tal que ga (x) = f (ax) − f (x).
forma que o quadrado de sua distância ao ponto (1, 1)
é proporcional à sua distância à reta x + y = 0. a) [Valor: 0,4] Mostre que f (1) = 0, ∀f ∈ F .

Solução: b) [Valor: 0,6] Mostre que ∀a ∈ R, ga é função cons-


Do enunciado, tante.
Obs: Para o item (b), desenvolver ga (xy) e leve em
(x − 1)2 + (y − 1)2 = k |x+y|

2
⇒ conta o item (a).
3 1 √ 242 3 1 √ 242 √
x− 22√2±k
2
+ y − 22√2±k2
= k(k±4 2)
4
Solução:
Se (x + y) > 0, então usa-se o sinal + na equação
acima e tem-se uma circunferência (c1 ) de centro
 √ a) Para y = 1, tem-se
(r0 , r0 ) e raio r = 2r0 − 2, com r0 = 2√2 . Note
2 k+2 2

que como r < r0 2, então (c1 ), que sempre existe, está
toda acima da reta (x + y) > 0. f (x.1) = f (x) = f (x) + f (1) ⇒ f (1) = 0
Se (x + y) < 0, então usa-se o sinal − na equação
acima e tem-se uma 5 circunferência (c2 ) de centro b)

(r0 , r0 ) 
e raio r = 2r0 2
− 2, com = r0 2 √
2−k
Note, .

√ 2 2
novamente, que como r < r0 2, então, se existir, (c2 ) ga (x) = f (a) − f (x) − f (x) = f (a)
está toda abaixo da reta (x + y) < 0.
Analisando a existência de (c2 ), o lugar geométrico
pedido é que, dado a ∈ R, é uma função constante.
 √
 0 < k√< 4 2 : (c1 )
k = 4√2 : (c1 ) ∪ (−1, −1) 4a Questão [Valor: 1,0]
 Determine o polinômio p(x) do 4o grau, sabendo que
k > 4 2 : (c1 ) ∪ (c2 )
p (x) = ax2 + bx + c e que p(x) é divisı́vel por p (x).
2a Questão [Valor: 1,0]
Solução:
Dada a equação 2mx2 − 2x − 3m − 2 = 0 , onde m ∈ R:
a) [Valor: 0,3] Determine m tal que uma raiz seja Como p (x) = ax2 + bx + c, então podemos escrever
nula; calcule a outra raiz. p(x) da forma
b) [Valor: 0,3] Mostre que a equação dada tem sempre
duas raı́zes distintas. 1
c) [Valor: 0,4] Determine m para que uma raiz seja p(x) = (ax4 + 2bx3 + 6cx2 + 12dx + 12e)
12
inferior a 1 e a outra seja superior a 1.
faltando determinar os valores de d e e em função de a,
Solução: b, c. Divindo p(x) por p (x), tem-se
Seja f (x) o polinômio de x.
a) Se f (x) tem uma raiz nula, então f (0) = (−3m − p(x) = p (x)q(x) + r(x)
2) = 0, logo m = − 32 e a outra raiz é x = − 23 .
b) O discriminante ∆ de f (x) é tal que onde
 
2 1 2 1 
∆ = (−2) +4(2m)(3m+2) = 24 (m+ ) +  q(x) = 1 2 b 5ca−b2
3 18 12 x + 12a x + 12a2
3 4 3 4
 r(x) = (12da−bc)a−(5ca−b2 )b (5ca−b2 )c
de modo que ∆ > 0, para todo m real. Logo, f (x) 12a2 x+ e− 12a2
tem sempre duas raı́zes reais e distintas.
sln: Na verdade, f (x) só terá duas raı́zes se m = 0. Assim, devemos ter r(x) ≡ 0, ∀x, ou seja
c) Sejam r1 e r2 as raı́zes reais e distintas. Logo,

(r1 − 1)(r2 − 1) = 1 − (r1 + r2 ) + r1 r2 < 0 ⇒  6abc − b3
 d=
1 3m + 2 12a2
1− − <0⇒  5ac 2
− b2 c
 m 2m  e=

 m>0 12a2

 ⇒m>0
 2m − 2 − 3m − 2 < 0
ou de modo que
 

 m<0  
 ⇒ m < −4 1 3
5ac2 −b2 c
2m − 2 − 3m − 2 > 0 4 3 2 6abc−b
p(x) = ax +2bx +6cx + x+
12 a2 a2
Assim, devemos ter m < −4 ou m > 0.

v10 
c SLN
245

y
5 Questão [Valor: 1,0]
a
y=x+1
Dada
√ a função y : R → R definida por y =
3
x3 + 3x2 − 4:
a) [Valor: 0,6] Estude a sua variação quanto a: con-
tinuidade, crescimento, assı́ntota e pontos notáveis, 2 1
inclusive o ponto em que a curva corta a assı́ntota.
x
b) [Valor: 0,4] Faça o esboço do gráfico da curva re- P 3
presentativa da função. 4
Obs: Para determinação da assı́ntota é conveniente
colocar x em evidência para fora do radical e desen-
volver a função pelo binômio de Newton.

Solução:
y é contı́nua para todo x real e podemos escrever que

y= 3
(x − 1)(x + 2)2
x 6a Questão [Valor: 1,0]
y =  3
(x − 1)2 (x + 2) Uma rua possui um estacionamento em fila com N va-
gas demarcadas junto ao meio-fio de um dos lados. N
2
y  = −  automóveis, numerados de 1 a N , devem ser acomoda-
3
(x − 1)5 (x + 2)4 dos, sucessivamente, pela ordem numérica no estacio-
namento. Cada carro deve justapor-se a um carro já
E assim têm-se: estacionado, ou seja, uma vez estacionado o carro 1 em
qualquer uma das vagas, os seguintes se vão colocando
 √ imediatamente à frente do carro mais avançado ou atrás
 y(−2) = y(1) = 0; y(0) = − 3 4 < 0 do carro mais recuado. Quantas configurações distin-


 tas podem ser obtidas desta maneira? A figura abaixo
lim y = ∓∞
 
x→∓∞ mostra uma das disposições possı́veis.

 y > 0, se 1 < x

y < 0, se (x = −2) < 1
 
 y (−2) = ; y  (0) = 0; y  (1) = 


 lim y  = 1; lim y  = ±∞; lim y  = ∞
  y  > 0, se x < −2 e 0 < x
x→∓∞ x→−2∓ x→1∓



y  < 0, se − 2 < x < 0
 
 y (−2) = ; y  (0) > 0; y  (1) = 


 lim y  = 0
  
x→∓∞

 y > 0, se (x = −2) < 1 11 10 8 7 6 2 1 3 4 5 9

y  < 0, se 1 < x

O que determina os seguintes pontos de interesse:


(−2, 0) é raiz e ponto cuspidal, (1, 0) é raiz
√ e ponto de
inflexão (mudança de concavidade), (0, − 4) é mı́nimo
3

local. Além disto, o comportamento de y  indica que


existem assı́ntotas para x → ∓∞ da forma y = (x + α),
onde

α = lim [y − x]
x→∓∞
Solução (Baseada em solução do Colégio Impacto):
= lim [x(1 + x−1 + . . .) − x] Dada a posição do carro 1, os demais carros têm 2
x→∓∞
=1 opções cada, à esquerda ou à direita da fila de carros já
estacionados. Assim, tem-se um total de 2N −1 pos-
sibilidades. Neste raciocı́nio, ignoramos inicialmente
Logo, as assı́ntotas coincidem e são iguais a y = (x + as posições das vagas, pois qualquer que seja a or-
1), de modo que a interseção da curva original com a denação dos carros, sempre podemos deslocá-los (de
assı́ntota se dá no ponto P ≡ (− 53 , − 32 ). O gráfico de y forma biunı́voca) para o conjunto de 10 vagas inicial-
é mostrado a seguir. mente existentes.

v10 
c SLN
246

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


Considere a função f definida nos reais por Seja um determinante definido por ∆1 = |1| e

f (x) = (x − 1) ln |x − 1| − x ln x :
1 1 1 1 ... 1 1
−1 0 0
a) [Valor: 0,5] Dê seu domı́nio e calcule lim f (x). 2 0 0 ...
0 −1 2 0 . . . 0 0
x→∞
∆n =
b) [Valor: 0,5] Dada a função g definida nos reais por 0 0 −1 2 . . . 0 0


f (x), se x ∈
/ {0, 1} 0 0 0 0 . . . −1 2
g(x) =
0, se x ∈ {0, 1} a) [Valor: 0,5] Pede-se a fórmula de recorrência (isto
é, a relação entre ∆n e ∆n−1 ).
verifique se g é contı́nua em x = 1 e se é derivável b) [Valor: 0,5] Calcule a expressão de ∆n em função
neste ponto. de n.

Solução: Solução:
Aplicando Laplace na primeira coluna, tem-se
a) O domı́nio de f (x) é tal que
2 0 0 ... 0 0

|x − 1| > 0 −1 2 0 ... 0 0
⇒ (x = 1) > 0
x>0 ∆n = 0 −1 2 . . . 0 0


0 0 0 . . . −1 2
Neste intervalo, podemos reescrever f (x) como

    1 1 1 ... 1 1
|x − 1|x−1 |x − 1| |1 − x1 |x
−1 2 0 ... 0 0
f (x) = ln = ln
xx |x − 1| |x − 1| −(−1) 0 −1 2 . . . 0 0


logo, 0 0 0 . . . −1 2
a) Logo, podemos ver que
|1− x1 |x e
lim f (x) = ln lim = ln = −∞
x→∞ x→∞ |x−1| lim |x−1| ∆n = 2n−1 + ∆n−1
x→∞

b) Podemos reescrever f (x) como b) Do item anterior,

ln |x − 1| 
f (x) = − x ln x  ∆n = 2n−1 +∆n−1
1 

x−1  n−2
 ∆n−1 = 2n−3 +∆n−2
∆n−2 = 2 +∆n−3
logo, têm-se que 
 ..


 .
∓1 ∆2 = 21 +∆1

 lim ln |x−1| = lim x−1
= lim∓ ±(x−1) = 0
x→1∓ −
1 1
x→1∓ x→1
(x−1)2
 x−1
 lim x ln x = 0 logo,
x→1
∆n = 2n−1 +2n−2 +. . .+21 +20 = 2n − 1
e assim lim f (x) = g(1) = 0, de modo que g(x) é
x→1
contı́nua em x = 1.
Determinando a derivada de f (x) na redondeza do 9a Questão [Valor: 1,0]
ponto x = 1, tem-se Seja m um inteiro positivo. Define-se uma relação Θm
por
x−1 x
f  (x) = ∓ +ln |x−1|− −ln x RΘm = {(i, j)| i = j + km, k inteiro}.
|x−1| x
1 Mostre que Θm é uma relação de equivalência.
= (∓1−1)+ln |1− |
x Solução:
Com kij = 0, tem-se RΘm = (i, i), e RΘm é reflexiva.
logo,
Com kji = −kij , então RΘm = (i, j) = (j, i), e RΘm
é simétrica. Seja RΘm = (i, j) e RΘm = (j, l), com
lim f  (x) = −∞ i = (j + kij m) e j = (l + kjl m), de modo que com i =
x→1
(l + kil m), onde kil = (kij + kjl ), tem-se RΘm = (i, l),
e g(x) é não diferenciável em x = 1. e RΘm é transitiva.
Logo, RΘm é uma relação de equivalência.

v10 
c SLN
247

10a Questão [Valor: 1,0]


Seja

n
Sn = an
1

onde os an são complexos. Os módulos dos an estão em


progressão geométrica. Os argumentos dos an estão em
progressão aritmética. São dados:

a1 = 13,5( 3 + i)

i 3−1
a4 =
2
Calcule o lim Sn .
n→∞

Solução:
Fazendo a1 = r1 eiθ1 , podemos escrever para n ≥ 1 que

rn = r1 q n−1
an = rn eiθn ⇒ ⇒
θn = θ1 + (n − 1)r

an = [r1 q n−1 ]e[iθ1 +i(n−1)r] = a1 z n−1


com z = qeir , de modo que

i 3−1 √
a4 2 −i 3 − 1 1
=z =3
√ × √ = i
a1 13,5( 3 + i) −i 3 − 1 27
e então

3 1 iπ 1 π 1 √
z= e 2 = ei 6 = ( 3 + i)
27 3 6
Para a definição do enunciado, Sn = nan , e assim,
lim Sn = lim nan
n→∞ n→∞
= lim na1 z n−1
n→∞

lim (na1 )
n→∞
=  
lim z 1−n
n→∞
a1
= lim
n→∞ (1 − n)z −n
a1 z n
= lim
n→∞ 1 − n
=0
pois |z| < 1.
sln: A definição dada para Sn é confusa. Parece que o
correto seria

n
Sn = ak
k=1

de modo que, como |z| < 1, tem-se



a1 13,5( 3 + i)
lim Sn = = √
n→∞ 1−z 1 − 16 ( 3 + i)

v10 
c SLN
248

IME 1982/1983 - Geometria


2a Questão [Valor: 1,0]
1 Questão [Valor: 1,0]
a Dada a equação
Mostre que o lado do icoságono
√ regular convexo é igual π
cos (2x + ) − m sen2 x = 0,
à diferença, dividida por 2, entre o lado do decágono 6
regular estrelado e o lado do pentágono regular convexo. determine a condição a que deve satisfazer m para que
Todos os três polı́gonos estão inscritos em um mesmo ela tenha pelo menos uma solução x0 , tal que 0 < x0 <
cı́rculo de raio r. 2π.
Solução: Solução:
E
Verificando se x0 = π pode ser solução:
π π
20
10
H
cos (2π + ) − m sen2 π = 0 ⇒ cos = 0
B 2 C 6 6
10 5
2 .
I 10
o que não se aplica. Assim, sen x = 0, e então
A
F G
D cos (2x + π6 )
m=
sen2 x
r r
cos 2x cos π6 − sen 2x sen π6
=
sen2 x
O √
(cos2 x − sen2 x) 3 − 2 sen x cos x
=
De uma análise angular, é possı́vel verificar que AB = 2sen2 x
AF = OF = 10 de forma que os triângulos ∆AOB e √ √
∆F AB são semelhantes, e então 3 3
= cotg x − cotg x −
2
√ 2 2
OA AB r 10 5−1
= ⇒ = ⇒ 10 = r e assim
5
AB BF 10 r − 10 2 √ √
1 ∓ 1 + 4 23 ( 23 + m)
Da semelhança dos triângulos ∆OBC e ∆OF G, têm-se cotg x = √
3
OB OF r 10 2
= ⇒ = ⇒ F G = 10 Logo, para haver solução, devemos ter
BC FG 10 FG r √ √ √
3 3 2 3
de forma que 1+4 ( + m) ≥ 0 ⇒ m ≥ −
√ 2 2 3
1+ 5
∗10 = AF + F G + GD = 210 + F G = r 3a Questão [Valor: 1,0]
2
Consideram-se todos os pares de pontos do espaço M ,
Do triângulo ∆AIF , M  , tais que o ângulo MOM  = 90o , sendo O um ponto

 2 √ fixo dado.
r−10 25
5− 5 a) [Valor: 0,5] Qual o lugar geométrico de M  , sendo
AI 2 = AF 2+F I 2⇒ = 210 − ⇒ 5= r M e M  variáveis porém fixo o ponto médio I, de
4 2 2
M M ?
Dos triângulos ∆OBH e ∆BEH, têm-se que b) [Valor: 0,5] Considere outro ponto fixo O , tal que
  2
também M O M  = 90o . O ponto M sendo fixo,
220 = 104 + (r − OH)
2
BE 2 = BH 2 + HE 2 obtenha o lugar geométrico de M  .
⇒ 2
BO2 = BH 2 + OH 2 
r2 = 10 + OH 2 4
Solução:
de onde se tem que a) Como M  OM  = 90o , então, no espaço, M , O e
7  M  devem pertencer a uma esfera de centro em I,
"  #2 8 √
8 ponto médio de M M  . Se I e O são dados, o lugar
210 210 9 5+ 5 geométrico de M  é a esfera de centro em I e raio
20 = + r− r2 − = 2− r
4 4 2 OI.
b) Dados M , O e O , então M  deve pertencer aos pla-
Logo, nos π1 , ortogonal à reta M O por O, e π2 , ortogo-
∗ 2 √ √  √ √ nal à reta M O por O . Assim, se M , O e O não
10 −5 (1+ 5)2 −2(1+ 5) 10−2 5+(10−2 5) são colineares, o lugar geométrico de M  é a reta
√ =
2 8 interseção de π1 e π2 , ortogonal ao plano definido
 pelos três pontos dados. Esta reta passa pelo ponto

5+ 5 M ∗ diametralmente oposto a M no cı́rculo circuns-
=2− crito ao triângulo ∆M OO , pois neste ponto tem-se
2
M OM ∗ = M O M ∗ = 90o . Se, porém, M , O e O
= 220 são colineares, então π1 e π2 são paralelos, e o lugar
geométrico de M  é vazio.
e a relação do enunciado fica comprovada.

v10 
c SLN
249

4a Questão [Valor: 1,5] b) Seja O o centro do cı́rculo ex-inscrito relativo ao


ângulo A. A área S do quadrilátero AB  C  O pode
Em um triângulo ABC dão-se o ângulo  , o raio do ser escrita como
cı́rculo ex-inscrito ra (relativo ao ângulo Â) e a altura     
ha (relativa ao lado a). SABC + ra BB + ra BH + ra CH + ra CC
a) [Valor: 0,8] Indique a construção do triângulo S=
2 2

2 2

ABC e conclua daı́ a condição que deve haver en- SABO + SACO = ra (c+BB2
)
+ ra (b+CC
2
)

tre os elementos dados para que a construção seja


possı́vel, isto é, para que exista o triângulo ABC, ou seja
escaleno. 
b) [Valor: 0,7] Deduza as expressões de a, b.c e de SABC + ra a
b + c, em função dos elementos dados. S= ra (a+b+c)
⇒ SABC = ra (p − a)
2 = pra
Solução: pois BB  = BH  e CC  = CH  , (BH  + CH  ) = a
A e 2p = (a + b + c).
Aplicando a lei dos cossenos no triângulo ∆ABC,
A^ tem-se
c b
ha a2 = b2 + c2 − 2bc cos Â
P H’
= (b + c)2 − 2bc(1 + cos Â)
.
B . C
H
= (2p − a)2 − 2bc(1 + cos Â)
. C’
= 4p(p − a) + a2 − 2bc(1 + cos Â) ⇒
ra
B’ .
2p(p − a)
bc =
ra ra 1 + cos Â

180 o A^ Com isto,

O bc sen  p(p − a) sen Â


SABC = = = ra (p − a) ⇒
2 1 + cos Â
a) Do quadrilátero ABCO, têm-se que B  ÔC  =
(180o − Â) e ha  ra . Assim, o triângulo desejado ra (1 + cos Â)
p=
pode ser obtido a partir da seguinte construção: sen Â
(i) Trace circunferência (c1 ), de centro O e raio ra ,
e marque o ângulo central (180o − Â), determinando Logo, podemos determinar que
os pontos B  e C  sobre (c1 ). aha
(ii) Trace as tangentes t1 e t2 a (c1 ), por B  e C  , res- = ra (p − a) ⇒
2
pectivamente, determinando o vértice A, interseção
de t1 e t2 . 2ra p 2ra2 (1 + cos Â)
a= =
(iii) Trace circunferância (c2 ), de centro A e raio ha . ha + 2ra (ha + 2ra ) sen Â
(iv) Trace uma tangente interna comum a (c1 ) e (c2 ),
determinando os vértices B e C, respectivamente aha
bc =
sobre as tangentes t1 e t2 , traçadas anteriormente. sen Â
Para haver solução escalena, deve existir a tangente
comum interna. Assim, do triângulo ∆AB  O, deve- 2ra2 ha (1 + cos Â)
=
se ter (ha + 2ra ) sen2 Â

sen  ra
2 = AO
ha sen  2ra2 ha
⇒ ra > 2 =
AO > ra + ha 1 + sen  (ha + 2ra )(1 − cos Â)
2
b + c = 2p − a
sln: A tangente comum é obtida determinando-se
P sobre AO tal que 2ra (1 + cos Â) 2ra2 (1 + cos Â)
 = −
AP = hAOh a sen  (ha + 2ra ) sen Â
AP a +ra
= ha ra ⇒
OP OP = hAOr a
a +ra
2ra (ha + ra )(1 + cos Â)
=
(ha + 2ra ) sen Â
Tendo P , o problema torna-se traçar as tangentes a
(c1 ) e (c2 ) por P .

v10 
c SLN
250

Na altura de O, um plano paralelo à base do cone gera


5a Questão [Valor: 1,0] uma seção circular de raio
É dada  uma elipse de eixo focal 2a e excentricidade
igual a 2/3. Essa elipse é seção de um cone de re-
volução: o ângulo que o plano da elipse forma com o
eixo do cone é β = 45o . Pede-se, em função de a, a
distância do vértice V do cone ao plano da elipse. √
(AQ + BQ) 2
r = v tg α =
Solução: 4

V
d
α .

A
Assim, o eixo secundário 2b da elipse é dado por

Q
O
β
  
2b = 2 r2 − h2 = 2AQ × BQ = 2a 1 − e2
B

r
b
h e então

Dados o eixo focal 2a e a excentricidade e, a distância 


focal 2c e o eixo secundário 2b são respectivamente AQ × BQ = 2a2 (1 − e2 )
iguais a ⇒
 AQ + BQ = 2a
2c = 2ae
√ AQ2 − 2aAQ + 2a2 (1 − e2 ) = 0 ⇒
2b = 2a 1 − e2

AQ, BQ = a(1 ∓ 2e2 − 1) ⇒
Sejam A e B os extremos do eixo principal da elipse, e
Q a interseção de AB = 2a com o eixo do cone. Seja 
ainda x = V Q. Da lei dos senos nos triângulos ∆V AQ BQ − AQ = 2a 2e2 − 1
e ∆V BQ, têm-se
 x AQ  √
sen (135o −α) = sen α x sen α = AQ 22 (cos α+ sen α)
x BQ
⇒ √
sen (45o −α) = sen α x sen α = BQ 22 (cos α− sen α)

e assim Logo, a distância d desejada é igual a


 √  √
 sen α = AQ 2√
cos α x = AQ×BQ 2
2x−AQ 2 BQ−AQ
√ ⇒
 sen α = BQ 2√
cos α  sen α = BQ−AQ cos α
2x+BQ 2 AQ+BQ
d = x cos 45o
Logo, usando a relação trigonométrica fundamental, √ √
têm-se AQ × BQ 2 2
 =
BQ − AQ 2
 √ BQ−AQ
 sen α = 2(AQ2 +BQ2 )

sen2 α + cos2 α = 1 ⇒ cos α = √ AQ+BQ 2a2 (1 − e2 )
 2(AQ2 +BQ2 ) = √

 BQ−AQ 2a 2e2 − 1
tg α = AQ+BQ)

a 3
O centro O da elipse é tal que OQ = BQ−AQ . Assim, =
2 3
as distâncias vertical, v, e horizontal, h, de O a V são
 2

 v = x + OQ cos 45o = (AQ+BQ) 2
4(BQ−AQ)

 (BQ−AQ) 2
h = OQ sen 45o = 4

v10 
c SLN
251

6a Questão [Valor: 1,5] 7a Questão [Valor: 1,5]


São dadas duas superfı́cies cônicas de revolução, con- Dados dois cı́rculos externos de raios distintos, mostre
gruentes e de eixos paralelos. Seccionam-se essas duas que o conjunto de secantes que determinam em ambos
superfı́cies por dois planos π e π  perpendiculares ao cordas iguais, é tal que, cada uma dessas secantes é
eixo de revolução, passando cada qual pelo vértice de tangente a uma parábola, que se pede identificar.
uma das superfı́cies. Designam-se por (c) e (c ) os co-
nes resultantes situados entre os dois planos. Seja h a Solução (Baseada em solução de Paulo Santa Rita):
distância entre π e π  . Cortam-se (c) e (c ) por um ter-
ceiro plano σ, paralelo a π e π  , a uma distância variável y y
x de π.
a) [Valor: 0,7] Mostre que a soma dos perı́metros das
seções (k) e (k  ), determinadas por σ em (c) e (c ) é S1
constante. S2
b) [Valor: 0,8] Determine x de forma que a soma das O1 x O1 x
áreas das duas seções (k) e (k  ) seja igual ao produto d1

d1
θ G θ
de um número real m pela área da base de um dos
r1
cones (c) ou (c ). Entre que valores poderá variar r1
k G
m? k

Solução:
I
H  d2
O2 d2 k O2
θ H
r2
r2 k
(k ) (k’) h
σ
x θ θ
E

Sejam C1 e C2 dois cı́rculos distintos de raios r1 > r2 ,


a) Os raios, r e r , das seções (k) e (k  ) são respectiva- centros em O1 ≡ (0, 0) e O2 ≡ (0, −d), respectivamente,
mente iguais a e com d > (r1 + r2 ), para garantir que C1 e C2 sejam
 externos.
r = (h − x) tg θ2 Pela simetria do problema, o eixo da parábola P em
r = x tg θ
2
questão deve coincidir com a reta suporte do segmento
O1 O2 . Assim, vamos escrever que P : y = ax2 + b,
Logo, a soma P dos perı́metros de (k) e (k  ) é dada que tem vértice V ≡ (0, b), foco F 5 ≡ (0, f ) e diretriz
por y = (2b − f ). Como o ponto p1 ≡ ( f −b a , f ) pertence
θ a P , então, pela definição de parábola, tem-se que f é
P = 2π(r + r ) = 2πh tg tal que
2

que é constante. f −b 1
= f − (2b − f ) = 2(f − b) ⇒ f = +b
b) A soma S das áreas de (k) e (k  ) é dada por a 4a
θ θ Além disto, uma tangente T : y = (αx + β) a P no
S = π(r2 + r2 ) = π[x2 tg2 + (h − x)2 tg2 ] ponto (x0 , y0 ) é tal que α = 2ax0 e ainda
2 2

O raio R da base dos cones é R = h tg θ2 . Assim, se y0 = (2ax0 )x0 + β
⇒ β = b − ax20
S = mπR2 , logo devemos ter que y0 = ax20 + b

x2 + (h − x)2 = mh2 ⇒ A chave do problema é encontrar os coeficientes a e b


de P . Para isto, o que será útil mais adiante, vamos
2x2 − 2xh + h2 (1 − m) = 0 ⇒ eliminar x0 nas expressões acima de α e β, obtendo
√ 
 α2
1 ∓ 2m − 1 1 α 22  a = 4(b−β)
x= h
2 β =b−a ⇒ α2 = 4a(b − β) ⇒ ou
2a 
 2
Os limites de m são tais que b = β + α4a
 
2m − 1 ≥ 0 m ≥ 12 O enunciado do problema sugere que, ignorando a
⇒ simetria em torno do eixo y já considerada na expressão
x≤h m≤1 de P usada acima, há dois tipos de secantes formando
em C1 e C2 cordas iguais, de comprimento 2k: os tipos
ou seja 1
2 ≤ m ≤ 1. S1 e S2 , que formam ângulos agudos θ e θ com o eixo
x, e que cortam o eixo y em pontos E (externo) e I

v10 
c SLN
252

(interno) ao segmento O1 O2 , repectivamente. Assim, Analisando a parábola P , vê-se que seu foco F ≡
tanto para S1 e S2 , têm-se (0, f ) é tal que
 2
r1 = d21 + k 2
⇒ d21 − d22 = r12 − r22
r22 = d22 + k 2

Para o tipo S1 , representado à esquerda na figura


inicial, é fácil ver que GOˆ1 O2 = θ, e assim, traçando
1 1 d2 + r12 − r22 d
uma paralela a S1 por O2 , tem-se f= +b = d
− =−
 4a 4 2(r2 −r2 ) 2d 2
√ 2 1 2
d1 −d2 1−cos2 θ d
cos θ = ⇒ tg θ = = −1
d cos θ d1 −d2
e ainda, pela semelhança dos triângulos ∆EO1 G e
∆EO2 H, tem-se
EO1 EO2 EO1 −EO2 dd1 ou seja, P tem foco no ponto médio de O1 O2 .
= = ⇒ EO1 =
d1 d2 d1 −d2 d1 −d2
de forma que as secantes S1 têm equação O eixo radical de C1 e C2 é uma reta ortogonal a
  O1 O2 no ponto p ≡ (0, b ), entre O1 e O2 , tal que as
 2 potências de p em relação a C1 e C2 são iguais. Logo,
d dd1
S1 : y =  − 1 x −
d1 − d2 d1 − d2

Analogamente, Para o tipo S2 , representado à direita


na figura inicial, é fácil ver que G Ô1 O2 = θ , e assim,
traçando uma paralela a S2 por O2 , tem-se
 (−r1 −b )(r1 −b ) = (d−r2 + b )(d+r2 +b )
√ 2
d +d 1−cos 2θ d

cos θ =
1 2
⇒ tg θ = = −1 ⇒ −r12 +b2 = (d + b )2 −r22 = d2 +2db +b2 −r22
d cos θ d1 +d2
d2 + r12 − r22
e ainda, pela semelhança dos triângulos ∆IO1 G e ⇒ b = −
2d
∆IO2 H  , tem-se
IO1 IO2 IO1 +IO2 dd1
= = ⇒ IO1 =
d1 d2 d1 +d2 d1 +d2
de forma que as secantes S2 têm equação
  Ou seja, b = b, e assim conclui-se que o eixo radical de
 2
d dd1 C1 e C2 é tangente à parábola P no seu vértice. Um
S2 : y =  − 1 x −
d1 + d2 d1 + d2 esboço de P é mostrado a seguir.

Associando as secantes S1 e S2 às tangentes T da


parábola P , têm-se os seguintes sistemas de equações
para a = f (b) ou b = g(a):
     
y


 d
2
−1 2

 d1 −d2 

d
−1

 a = dd1
4(b− d −d )

 b = − d
dd1
−d +
d1 −d2
4a
1 2


1 2




2 ou



 2
O1 x

 −1  −1
d d

 a=
d1 +d2
b = − d1 +d2 +
dd1 d1 +d2

4(b− d
dd1
) 4a
1 +d2

Resolvendo qualquer um destes sistemas, após um al-


gebrismo muito intenso, porém simples, encontram-se I
 
a = 2(d2d−d2 ) a = 2(r2d−r2 ) O2
1 2
⇒ 1 2
d2 +d21 −d22 d2 +r12 −r22
b=− 2d b=− 2d
E
que são constantes no problema. Logo, existe a
parábola P , tangente a todas as secantes S1 e S2 , e
suas simétricas em relação ao eixo y, independentes até
mesmo do valor de k.

v10 
c SLN
253

V
8a Questão [Valor: 1,5] θ
Uma pirâmide de vértice V e base ABCD constitue a
metade de um octaedro regular de aresta a.
h
a) [Valor: 0,8] Determine em função de a, os raios das r .
esferas medial (esfera que passa pelos pontos médios
das arestas deste poliedro), circunscrita e inscrita. a
A=D B=C
b) [Valor: 0,7] Marcam-se sobre V A e V B os segmen- 2
tos V A = V B  = x; marcam-se sobre V C e V D os
segmentos V C  = V D = y; Supõe-se que x e y va-
riam sob a condição de x + y = a. Determine x e y,
em função de a, de forma que a área do quadrilátero
a2
A B  C  D seja igual a .
4 sln: O enunciado não é claro sobre o poliedro a ser
considerado: a pirâmide ou o octaedro. A solução
Solução: acima é para a pirâmide V ABCD. Se considerarmos
o octaedro, as esferas medial e circunscrita são as
V V mesmas da pirâmide, pois o centro destas esferas
. está no centro da base da pirâmide, que é também
.
o centro do octaedro. Já a esfera, de raio r, inscrita
h r a a R a
r 2 no octaedro é tal que, por semelhança de triângulos,
r O R tem-se
h R
A=D R’ O’ a B=C A=C B=D
√ √
2 h r h a 2 a 6
√ = a ⇒r = √ = √ =
a 3
2 3 2 3 6
2
a) A altura h da pirâmide V ABCD é metade da
distância de dois vértices opostos, distância esta que
V
é igual√à diagonal de um quadrado de lado a. Assim,
x
h = a2 2. α
A’ B’
A esfera medial da pirâmide V ABCD, com raio R
e centro O , intercepta a base em pontos que per- D’ C’ h’
tencem a uma circunferência C1 de raio r1 = a2 , e
intercepta as arestas que se conectam em V em pon- y
tos que√pertencem a uma circunferência C2 de raio A B
r2 = a 4 2 . As circunferências C1 e C2 distam h2 .
D C
Logo, se x é a distância de O ao centro da base,
então
b) As faces conectadas ao vértice V são triângulos
  2 equiláteros, com α = 60o . Assim, A B  = x e
x2 +(r1 )2 = R2 x2 + a4 = R2 C  D = y. Além disto, se A D = B  C  = , pela lei
⇒ dos cossenos no triângulo ∆V B  C  , tem-se
(x+ h2 )2 +(r2 )2 = R2
2 2
x2 +xh+ a8 + a8 = R2
2 = x2 + y 2 − 2xy cos α = x2 + y 2 − xy
e assim, x = 0, isto é o centro da esfera medial é o
centro da base, de forma que R = r1 = a2 . Usando Pitágoras, no trapézio-seção, obtém-se
A esfera inscrita, com raio r, é tal que  2
2 y−x
h = −2
" √ #2 √ √ 2
a 3 a a 2( 3 − 1)
(h − r) = r +
2 2
− ⇒r= 3x2 + 3y 2 − 2xy
2 2 4 =
4
3a2 − 8xy
A esfera circunscrita, com raio R e centro O, do =
triângulo ∆OO B, têm-se 4
de forma que a área S da seção é igual a
" √ #2 √
a 2 a 2 
(h − R) +
2
= R2 ⇒ R = x+y  a 3a2 − 8xy a2 a2
2 2 S= h = = ⇒ xy =
2 2 2 4 4

de forma que novamente o centro da esfera está no Como (x + y) = a, então têm-se x = y = a2 .


centro da base, isto é O = O .

v10 
c SLN
254

IME 1981/1982 - Álgebra


2a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,5] Seja Mn (R) o conjunto de matrizes quadradas de ordem
n, de coeficientes reais. Define-se a função,
a) [Valor: 1,1] Seja a função:
Ψ : Mn (R) × Mn (R) → Mn (R)
y = mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1) Ψ(A, B) = AB − BA

onde m é um número dado, mas variável. Mostre Calcule:


que todas as curvas representativas da função pas-
sam por um ponto A fixo e que são todas tangentes Ψ(Ψ(A, B), C) + Ψ(Ψ(B, C), A) + Ψ(Ψ(C, A), B)
entre si, neste ponto. Calcule as coordenadas do
ponto A e dê a equação da tangente comum.
b) [Valor: 0,4] Determine os dois valores de m para Solução:
os quais a razão entre as raı́zes da equação: Da definição de Ψ, têm-se

mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1) = 0 


 Ψ(Ψ(A, B), C) = Ψ(AB − BA, C)

 ABC −BAC −CAB +CBA


=
é igual a (− 14 ). Ψ(Ψ(B, C), A) = Ψ(BC − CB, A)

 = BCA−CBA−ABC +ACB

 Ψ(CA − AC, B)
 Ψ(Ψ(C, A), B) =
Solução: = CAB −ACB −BCA+BAC

a) A função pode ser reescrita como e assim a expressão do enunciado é igual à matriz nula
de ordem n.
m(x2 − 8x + 16) = y + x − 4
3a Questão [Valor: 1,5]
Logo, a solução do sistema Dado o número m = 24 × 33 × 52 , determine quan-
tos números inteiros positivos não maiores que m são
 primos relativos com m.
x2 − 8x + 16 = 0
⇒ (x, y) = (4, 0)
y+x−4=0 Solução:
Existem m 2 múltiplos de 2, m 3 múltiplos de 3, 5
m
m
torna a função independente de m. Além disto, múltiplos de 5, 6 múltiplos de 2 e 3 simultaneamente,
m m
10 múltiplos de 2 e 5 simultaneamente,
m 15 múltiplos
dy de 3 e 5 simultaneamente e 30 múltiplos de 2, 3 e 5
= 2mx − (1 + 8m) simultaneamente. Logo, o número N de primos com m
dx são
de modo que em (4, 0) esta derivada é constante e 1m m m2 1m m m2 m 8m
igual a −1. N = m− + + + + + − =
2 3 5 6 10 15 30 30
Logo, todas as curvas passam pelo ponto A ≡ (4, 0) e
têm uma tangente comum y = (−x+ 4) neste ponto. Assim, para m = 24 × 33 × 52 , tem-se N = 2880.
b) Resolvendo a equação para x, tem-se
4a Questão [Valor: 1,0]
 Calcule o coeficiente do termo em x3 , no desenvolvi-
(1 + 8m) ∓ (1 + 8m)2 − 16m(4m + 1) mento de:
x=
2m
(1 + 8m) ∓ 1 (2x − 3)4 (x + 2)5 .
=
 2m
 4
= ou Solução:
 4m+1 Desenvolvendo a expressão E do enunciado, tem-se
m

E = (16x4 − 96x3 + 216x2 − 216x + 81) ×


Logo, temos as possibilidades
(x5 + 10x4 + 40x3 + 80x2 + 80x + 32)


4
= − 14 


4m+1
m  m = − 20
1
assim, o termo a3 em x3 de E é igual a
ou ⇒ ou

  m = −1
 4m+1
a3 = (−96)(32)+(216)(80)+(−216)(80)+(81)(40)
m
4 = − 14 5
= 168

v10 
c SLN
255

5a Questão [Valor: 1,5]


Seja a função f definida, no conjunto dos reais, por: 6a Questão [Valor: 1,0]
 Determine as equações de uma circunferência com cen-
 1, para x ≤ −2

 tro no ponto (−2, 2) e tangente à circunferência:


 cos 2 , para − 2 < x ≤ 0
πx

f (x) = e−2x , para 0 < x ≤ 1







 1 , para x > 1
x
x2 + y 2 − 2x − 4y + 4 = 0
a) [Valor: 0,3] Determine o domı́nio e a imagem de
f.
b) [Valor: 0,4] Determine os pontos de descontinui-
dade e os pontos onde f não é derivável.
c) [Valor: 0,4] Determine os intervalos em que f é
crescente e os intervalos em que f é decrescente.
d) [Valor: 0,4] Determine os pontos e os valores de
máximo e mı́nimo de f . Calcule o supremo e o Solução:
ı́nfimo da imagem de f . A circunferência dada, que pode ser reescrita como

Solução:

a) O domı́ınio, como dado no enunciado, é o conjunto


dos reais. Da definição de f , podemos compor o (x − 1)2 + (y − 2)2 = 1
seu gráfico, como mostrado a seguir, de modo que a
imagem de f é tal que −1 < f ≤ 1.,

f(x)
1 tem centro em (1, 2) e raio unitário. Como as circun-
ferências pedidas devem ter centro em (−2, 2), é sim-
1 e2
ples ver que elas deverão ter raio r igual a 2 ou 4, sendo
1 1 x tangentes externa ou interna, respectivamente, à cir-
2 cunferência dada. Logo, as equações pedidas são
1

b) Pelo gráfico, f é descontı́nua em x = −2 e x = 1.


Além destes pontos, f (x) não será diferenciável em 
12
x = 0, pois os limites laterais de f  (x) neste ponto (x+2) +(y −2) = r ⇒ x +y +4x−4y =
2 2 2 2 2
ou
são tais que L1 = L2 , onde 24
 π πx
 L1 = lim − sen =0
x→0 − 2 2
 L2 = lim −2e −2x
= −2
x→0+

c) Para x = −2, x = 0 e x = 1, tem-se



 0, para x < −2




 − 2 sen 2 , para − 2 < x < 0
π πx
y
f  (x) = −2e −2x
, para 0 < x < 1





 − 1 , para x > 1
2
x2
Assim, pela expressão de f  (x), ou mesmo pelo 2 x
1
gráfico de f (x), podemos concluir que f (x) é cons-
tante para x < −2, f (x) é crescente para −2 < x <
0, e que f (x) é descrescente para (x = 1) < 0.
d) Pelo gráfico de f (x) é simples ver que o máximo de
f (x) é igual a 1, ocorrendo para todo x < −2 e
x = 0, e o mı́nimo de f (x) não existe. Já o supremo
e o ı́nfimo de f (x) são 1 e −1, respectivamente.

v10 
c SLN
256

7a Questão [Valor: 1,5] 8a Questão [Valor: 1,0]


Deseja-se transmitir sinais luminosos de um farol, re-
a) [Valor: 0,7] O quadrado de qualquer número par presentado pela figura abaixo. Em cada um dos seis
2n pode ser expresso como a soma de n termos, em pontos de luz do farol existem uma lâmpada branca e
progressão aritmética. Determine o primeiro termo uma vermelha. Sabe-se que em cada ponto de luz não
e a razão desta progressão. pode haver mais que uma lâmpada acesa e que pelo
b) [Valor: 0,8] Três progressões geométricas têm menos três pontos de luz devem ficar iluminados. De-
mesma razão q e primeiros termos diferentes a, b, termine o número total de configurações que podem ser
c. A soma dos n primeiros termos da primeira é obtidas.
igual à soma dos 2n primeiros termos da segunda e
igual à soma dos 3n primeiros termos da terceira. V V V V V V
b c
Determine a relação que liga as razões e , em
a a 1 2 3 4 5 6
função somente de a, b e c.
B B B B B B

Solução:

a) Como Solução: 
6
a1 + an Com exatamente k lâmpadas acesas, têm-se 2k
k
Sn = × n = 4n2
2 possibilidades. Logo, o total T de possibilidades é
       
assim devemos ter que 6 6 6 6
T = 23 + 24 + 25 + 26
3 4 5 6

a1 + an = 8n
⇒ n(8 − r) = 2a1 − r 6! 3 6! 4 6! 5 6! 6
an = a1 + (n − 1)r = 2 + 2 + 2 + 2
3!3! 4!2! 5!1! 6!0!
Para que esta relação seja independente de n, e as- = 160 + 240 + 192 + 64
sim válida para todo n, devemos ter
= 656

r=8
2a1 = r ⇒ a1 = 4

b) Do enunciado, podemos escrever que

a(q n − 1) b(q 2n − 1) c(q 3n − 1)


= =
q−1 q−1 q−1

e então

a = b(q n + 1)
a = c(q 2n + q n + 1)

Logo, tem-se que

a 1− b
qn = −1= b a
b a

e assim
 b 2
c 1 a
= 1 b 22 =  2
a 1− a b
1− a b
− b
+1
b + b +1 a a
a a

sln: Assume-se que a relação trivial


b c b
= ×
a a c
seja inaceitável.

v10 
c SLN
257

IME 1981/1982 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,5] 2a Questão [Valor: 1,0]
Sejam duas retas paralelas (r) e (s), e um segmento Dado um retângulo ABCD, de lados a e b,
divide-se a diagonal BD em n segmentos iguais,
AB (A pertencente a (r) e B pertencente a (s)), per-
pendicular a ambas. Sobre (r) e (s), e à direita de AB, marcando-se os pontos M1 , M2 , . . . , Mn−1 (na ordem
2 B, M1 , M2 , . . . , Mn−1 , D). Estabeleça a expressão ge-
AB ral dos segmentos CMk = k , k = 1, 2, . . . , n − 1, em
marcam-se os pontos C e D, tais que AC.BD = .
4 função de a, b, n e k.
Tomando-se C e D como centros, traçam-se os cı́rculos
(c) e (d) tangentes a AB. Solução:
a) [Valor: 0,7] Sendo O o meio de AB, mostre que
o triângulo COD é retângulo e que (c) e (d) são
tangentes entre si em um ponto M , cujo lugar
geométrico é pedido. A M1 B
b) [Valor: 0,8] Prolongando-se AM até B  , perten- θ
cente a (s), e BM até A , pertencente a (r), calcule M2
AC, tal que AA + BB  = 4AB.
a
Solução:
Mn 1
C
A α
A’
α
M D b
C
.
O . α
Seja C B̂D = θ, tal que

α b a
B B’ tg θ = ⇒ cos θ = √
D a a2 + b 2
a) Da figura,
 2 2 2 2
Pelo enunciado,
AB
OC = AC + = AC + AC.BD
2 2
4
2 2

OD = AB
BD + 4 = BD + AC.BD kBD k a2 + b 2
BMk = =
n n
de forma que
2 2 2 Logo, aplicando a lei dos cossenos no triângulo
CD = OC +OD = (AC + BD)2
∆CBMk , têm-se
e assim, (r) e (s) são tangentes entre si em M , com
CM = AC e DM = BD. 2 2 2
CMk = BC + BMk − 2BC.BMk cos θ
Seja OM̂ C = θ. Aplicando a lei dos cossenos √
nos triângulos ∆OM C e ∆OM D (ou o teorema de k 2 (a2 + b2 ) k a2 + b 2 a
2
=a + − 2a √
Stewart no triângulo ∆COD), com OM = m, têm- n2 n a + b2
2
se
 2 2 2 2 e assim
OC = AC + AB 4 = m +CM −2mCM cos θ
2

2
OD = BD + AB 2 2 2 2 
4 = m +DM +2mDM cos θ (k − n)2 a2 + k 2 b2
CMk =
e assim, OM = AB o n
2 e ainda θ = 90 . Logo, o lugar
geométrico de M é a semi-circunferência, à direita
de AB, com centro em O e raio AB sln: Nos casos k = 0 e k = n, têm-se
2 .
 
b) Seja A B̂D = C Â B = α. Como BD = BM , então 
DM̂ B = A M̂ C = α. Logo, CA = CM = CA e CM0 = a = CB
AA = 2AC. Analogamente, BB  = 2BD, e então CMn = b = CD

AA + BB  = 2AC + 2BD = 4AB
AB
2 o que indica a validade do resultado encontrado.
AC.BD = 4 sln: Caso tg C B̂D = ab , naturalmente que
de modo que AC e BD são soluções da equação

√ (k − n)2 b2 + k 2 a2
2 2∓ 3 CMk =
4x − 8xAB + AB = 0 ⇒ AC, BD =
2
AB n
2

v10 
c SLN
258

3a Questão [Valor: 1,0] 4a Questão [Valor: 1,0]


Considera-se um quadrado ABCD pertencente a um Seja (T ) um triângulo retângulo em A, sendo os outros
plano (π). Traçam-se pelos quatro vértices perpendicu- vértices B e C.
2p
lares ao plano (π). Sobre o prolongamento de DA (no a) [Valor: 0,5] Dá-se a razão m = , onde a é a
sentido de D para A), marca-se a partir de A um seg- a
hipotenusa e p o semiperı́metro. Indique entre que
mento AI igual a a e sobre o prolongamento de CB (no valores m pode variar para que o problema tenha
sentido de C para B), marca-se a partir de B um seg-
solução, e calcule B̂ e Ĉ em função de m.
mento BJ igual a b, tal que a > b. Um plano qualquer, b) [Valor: 0,5] São dados a hipotenusa a de (T ) e
passando por IJ, corta as perpendiculares ao plano (π),
πa3
formando um quadrilátero A1 B1 C1 D1 (A1 correspon- volume V = , gerado quando (T ) gira em torno
dendo a A, B1 a B, C1 a C e D1 a D). 48
a) [Valor: 0,5] Determine a natureza do quadrilátero da hipotenusa. Calcule B̂ e Ĉ em graus ou o valor
A1 B1 C1 D1 e estabeleça a relação existente entre as numérico de uma de suas linhas trigonométricas.
AA1 BB 1
razões e .
a b Solução:
b) [Valor: 0,5] Supondo as razões iguais a k e AB
igual a unidade, calcule os lados e as diagonais do a) Pelo enunciado
quadrilátero em função de k, a e b.
a+b+c b+c
m= =1+ ⇒ b + c = (m − 1)a
Solução: a a
D1 e assim
C1
(b + c)2 = (m − 1)2 a2 ⇒ 2bc = m(m − 2)a2
A1 D C
B1 θ
Logo, b e c são as soluções da equação

θ m(m − 2)a2
A B x2 − (m − 1)ax + =0
J 2
I Para que o problema tenha solução, devemos ter que
a) A projeção de A1 B1 C1 D1 no plano π é o quadrado 
m−1>0 √
ABCD. Logo, A1 D1  B1 C1 e A1 B1  D1 C1 . m−2>0 ⇒ 2 < m ≤ (1 + 2)
Assim, AI  BJ e então os triângulos ∆AIA1 e (m − 1)2 − 2m(m − 2) ≥ 0
∆BJB1 são semelhantes, com AIA ˆ 1 = B JˆB1 = θ.
Desta forma, se  é o lado do quadrado ABCD, têm- quando então,
se que 
 b, c (m − 1) ∓ 2 − (m − 1)2
 AA1 = a tg θ sen B̂, Ĉ = =

 a 2
 BB = b tg θ AA1 BB1
1
⇒ tg θ = = b) Quando (T ) gira em torno da hipotenusa, formam-

 CC1 = (b + ) tg θ a b se dois cones com raios da base iguais à altura h


DD1 = (a + ) tg θ de A em relação à hipotenusa e com alturas iguais
às projeções a1 e a2 dos catetos sobre a hipotenusa.
de modo que Logo,
 5 

 A B = 2 +(AA1 −BB1 )2 = 2 +(a−b)2 tg2 θ πh2 a1 πh2 a2 πh2 a πa3


1 1
5 V = V1 + V2 = + = =

  3 3 3 48
B1 C1 = 2 +(CC1 −BB1 )2 = 2 +2 tg2 θ
5  e então a = 4h. Além disto, têm-se que

 2 +(DD1 −CC1 )2 = 2 +(a−b)2 tg2 θ

 C1 D 1 = 

 5  2
 bc = ah = a4
D1 A1 = 2 +(DD1 −AA1 )2 = 2 +2 tg2 θ
a2 3a2
(b + c)2 = a2 + 2bc = a2 + 2 = 2
Logo, A1 B1 = C1 D1 e B1 C1 = D1 A1 e então
A1 B1 C1 D1 é um retângulo. e então, b e c são soluções da equação
b) Se tg θ = k e  = 1, então √
  a 6 a2
A1 B1 = C1 D1 = 1 + (a − b)2 k 2 x −
2
x+ =0
√ 2 4
B1 C1 = D1 A1 = 1 + k 2
de modo que
e as diagonais são dadas por √ √
 b, c a( 6 ∓ 2)
sen B̂, Ĉ = =
A1 C1 = B1 D1 = 2 + [(a − b)2 + 1]k 2 a 4

v10 
c SLN
259

5a Questão [Valor: 1,5] 6a Questão [Valor: 1,5]


Em um plano (π) dá-se uma circunferência (c) de centro
a) [Valor: 0,8] Seja (d) a diretriz e F o foco de uma O e raio r. Por um ponto A pertencente a (c), tira-se
parábola. Seja M M  uma corda focal qualquer. a perpendicular a (π) e marca-se AV = x, V acima de
Mostre que as tangentes em M e M  encontram-se (π).
em P , pertencente a (d) e que a reta P F é perpen- a) [Valor: 0,4] Seja BD um diâmetro de (c): mostre
dicular a M M  . que no tetraedro V ABD os três pares de retas que
b) [Valor: 0,7] Sejam uma elipse (e) e uma hipérbole ligam os meios das arestas opostas concorrem em
(h) tendo os mesmos focos e o mesmo eixo não focal. um ponto, ponto esse que parmanece fixo quando
Estabeleça a relação na forma f (ε, ε ) = 0, sendo ε BD gira em torno de O.
e ε as excentricidades de (e) e (h), respectivamente. b) [Valor: 0,3] Mostre que as arestas opostas de
V ABD são perpendiculares duas a duas.
Solução: c) [Valor: 0,4] Ache o lugar geométrico do pé da al-
tura tirada de V no triângulo V BD, quando BD
M gira em torno de O.
F d) [Valor: 0,4] Determine o centro e o raio da esfera
circunscrita ao tetraedro V ABD em função de r e
M’
x.
O
d
. . Solução:
M1 P M 1’
V
a) Lema: A mediatriz m do segmento M1 F , onde M1
pertence à diretriz de uma parábola (P ) com foco F ,
é a tangente a (P ) no ponto M , tal que M M1 ⊥ d.
x
sln: Ver a prova deste resultado na 10a questão de
1985/1986 (geometria). B
. θ r
A .
.
Seja O a interseção de m com M1 F . Como M per- .. O
tence à parábola (P ), então M M1 = M F , e os H
triângulos ∆M M1 O e ∆M F O são congruentes, de D
forma que M1 M̂ O = F M̂ O. Seja P a interseção
de m com d. Assim, os triângulos ∆M M1 P e
∆M F P são congruentes (caso LAL), de forma que V
M M̂1 P = M F̂ P = 90o . Além disto, como M , F e V= A B
M  são colineares, então M  F̂ P = 90o . .
Analogamente, tem-se que a tangente por M  é a
mediatriz m de M1 F , onde M1 é a projeção de M  O
sobre a diretriz d. Assim, se P  é a interseção de m
.
com d, tem-se M  M̂1 P  = M  F̂ P  = 90o . D
A= D O B
Assim, têm-se M  F̂ P = M  F̂ P  = 90o , com P, P  ∈
d. Logo, P ≡ P  , e as tangentes m e m se encontram a) Sejam r1 , r2 e r3 as três retas que ligam os meios
em P ∈ d tal que P F ⊥ M M  . das arestas opostas. Na projeção do tetraedro no
b) Dados o comprimento 2b do eixo não-focal e a
plano da face ABD, as projeções das arestas V B
distância focal, 2c, os comprimentos dos eixos focais
e AB coincidem, e assim as projeções de duas das
para a elipse e para hipérbole são tais que
três retas r1 , r2 e r3 coincidem. Logo, as projeções
 √ das três retas nesta vista superior são concorrentes.
2ae = 4b2 + 4c2
√ Na projeção no plano da face V AB, as projeções
2ah = 4c2 − 4b2 das arestas V A e V D são coincidentes, e assim no-
vamente tem-se que as projeções das três retas são
e as respectivas excentricidades são concorrentes.
  b2 1−ε2 Como as projeções de r1 , r2 e r3 são concorrentes em
ε = ace = √b2c+c2 c2 = ε2
⇒ duas vistas ortogonais, as três retas são concorrentes
ε = ach = √c2c−b2 b2 ε2 −1 no espaço. Tomando o triângulo ∆V AO, que é fixo,
c2 = ε2
o ponto de interseção deve estar sobre a mediana por
de forma que O neste triângulo, já que ela é uma das três retas r1 ,
r2 ou r3 . Na vista superior do tetraedro, observa-se
1 − ε2 ε2 − 1 ε2 − 2ε2 ε2 + ε2
f (ε, ε ) = − = =0 que a interseção estará no ponto médio desta medi-
ε2 ε2 ε2 ε2 ana, ponto médio este que independe completamente
da posição da aresta BD.

v10 
c SLN
260

b) Como V A ⊥ (π) e BD ∈ (π), então V A ⊥ BD. 7a Questão [Valor: 1,5]


Sejam (σ) e (σ  ) os planos das faces BV A e DV A, Sejam (k) e (k  ) os cı́rculos das bases e O o centro do
respectivamente. Como BA ⊥ DA e BA ⊥ V A, cilindro de raio R e altura h. No cı́rculo (k), inscreve-se
então BA ⊥ (σ  ), e assim BA ⊥ DV . Como DA ⊥ um triângulo equilátero ABC. Um ponto A , perten-
BA e DA ⊥ V A, então DA ⊥ (σ), e assim DA ⊥ cente ao cı́rculo (k  ), projeta-se paralelamente ao eixo
BV . Logo, as arestas opostas são perpendiculares do cilindro, em um ponto D do arco de (k) que suben-
duas a duas. tende BC. Determine a posição de A para que área
do triângulo A BC seja máxima, e nessa posição de A
calcule a distância de O (centro do cilindro) ao plano
A de A BC.

I Solução:
.
D H O r B
A B
R O1 E
O1
c) A projeção de V no plano da face ABD é o ponto A. θ E. .
d
Logo a projeção do pé H da altura de V em relação 120o θ .D α
a BD é a projeção do pé H  da altura de A e em .
O
relação a BD. Logo, H = H  . Assim, no triângulo C
h
R R
2
∆AHO, tem-se que AĤO = 90o , de onde se tem h
4

que, se I é ponto médio de AO, então O2


2
α
O2 . A’
F R F R
2 2
A’
AO r
HI = =
2 2
Sejam O1 e O2 os centros dos cı́rculos (k) e (k  ), res-
pectivamente, e B Ô1 D = θ. Sejam, ainda, E o pé da
que é constante. Logo, o lugar geométrico de H é a altura de D no triângulo ∆BDC e F a projeção de E
circunferência de centro I, médio de AO, e raio 2r . em (k  ). Da definição, A DEF é um retângulo, cuja
diagonal A E é tal que

V
R
O
, A E 2 = DE 2 + DA2 = DE 2 + h2
x
R
. y
A r O A área S do triângulo ∆BCA é máxima quando A E
for máxima (já que BC é fixo). Assim, S é máxima
quando DE for máxima, o que ocorre quando BD =
d) O centro O da esfera de raio R deve estar na per- CD = R e assim
pendicular ao plano (π) por O, a uma altura y de
O, pois assim
 R
DE = 2
 120 − θ = θ ⇒ θ = 60 ⇒
o o

R2 +4h2
O A = O B = O D = y 2 + r2 A E = 2

Além disto, devemos ter que Quando S é máxima, tem-se a configuração mostrada
na figura acima, à direita. Nela, têm-se

  x
R2 = y 2 + r 2  y= 2
⇒ 5 h d 3Rh
R2 = (x − y)2 + r2  R= x2
+ r2 sen α = 
= 3R ⇒ d = √
4 AE 4 2 R2 + 4h2

onde d é a distância desejada.

v10 
c SLN
261

8a Questão [Valor: 1,0]



Por um ponto C, ponto médio de um arco AB qualquer,

de uma circunferência (k) de centro O (AB < 180o ),
traça-se a corda CDE, paralela ao raio AO (D in-
terseção de CDE com AB e E pertence a (k)). De-
termine o valor do ângulo AÔB (definido pelo valor
numérico de alguma de suas linhas trigonométricas),
para que o ponto D seja o ponto médio de CE.
Solução:

A F D B
. .

θ E

Se D é médio de CE, então DC = DE e OD ⊥ CE.


Além disto, como CE  AO, então OĈD = AÔC = θ.
Com isto, C ÔD = (90o − θ), de modo que o triângulo
∆AOD é retângulo em O, e ainda OD̂A = θ.
Assim, do triângulo retângulo ∆COD, CD =
R
R cos θ. Do triângulo retângulo ∆AOD, AD = sen θ,
e como AB = 2R sen θ, então BD = (AB − AD).
Do conceito de potência do ponto D, têm-se que

DC × DE = DC 2 = R2 cos2 θ
Pot D =  
DA × DB = sen R
θ × R 2 sen θ − sen θ
1

Logo,
1
cos2 θ = 1− sen2 θ = 2− ⇒ sen4 θ+ sen2 θ−1 = 0
sen2 θ
e assim
 5√

sen θ = 5−1 5
2 √
5 √ ⇒ sen 2θ = sen AÔB = 4 5−8

cos θ = 3− 5
2

v10 
c SLN
262

IME 1980/1981 - Álgebra


1a Questão [Valor: 1,0] 3a Questão [Valor: 1,0]
Dada a função f : R → R definida como Dados dois triângulos equiláteros ABC e A BC, traça-
se por A uma reta qualquer que encontra os lados AC e
1 1 AB, ou os seus prolongamentos, nos pontos D e E, res-
f (x) = − , x = 0 pectivamente. Determine o lugar geométrico dos pontos
x3 x
de encontro das retas BD e CE.
f (x) = 1, x = 0
determine os valores de m para os quais o gráfico de f Solução: √ √
admite tangente paralela à reta y = mx. Sejam os vértices A ≡ (0, l 2 3 ), A ≡ (0, − l 2 3 ), B ≡
Obs: R é o conjunto dos números reais. (− 2l , 0) e C ≡ ( 2l , 0), onde l é o lado dos triângulos
equiláteros. Logo as retas AB e AC são descritas por
Solução:
A pergunta é equivalente a se determinar a imagem de  √ √
f  , onde AB : y = 3x + l 2 3√;

3 1 x2 − 3 AC : y = − 3x + l 2 3
f  (x) = − 4
+ 2 =
x x x4
x4 (2x) − 4x3 (x2 − 3) 2(6 − x2 ) Seja uma reta r passando por A e com coeficiente an-
f  (x) = 8
= gular m, descrita por
x x5

x5 (−4x) − 5x4 (12 − 2x2 ) 6(x2 − 10)
f  (x) = 10
= r : y = mx −
l 3
x x6 2
Assim, podemos determinar que
de modo que suas interseções D e E, respectivamente
lim f  (x) = 0; lim f  (x) = −∞ com as retas AC e AB, sejam
x→∓∞ x→∓0∓

√ 1 √ √ 1  1 √ √ 2
f  (∓ 6) = − < 0; f  (∓ 6) = 0; f  (∓ 6) =  D≡ l √3
, l(m 3−3)

9 12
√ 1 m+√
3 2(m+ 3)
√ 2
 E≡ l(m 3+3)
Logo, x = ∓ 6 são máximos de f  (x). Assim, para
l √
3 √
,
m− 3 2(m− 3)
todo −∞ < m ≤ 12 1
, o gráfico de f admite tangente
paralela à reta y = mx.
Assim, podemos determinar as retas BD e CE que são
2a Questão [Valor: 1,0] respectivamente descritas por
Determine os valores de h, de modo que a desigualdade
 √ √
x2 − hx + 1  BD : y = m 3−3
√ x+
l(m 3−3)

−3 < 2 <3 m+3 3

2(m+3 3)

x +x+1  CE : y = √ x−
m 3+3 l(m 3+3)

−m+3 3 2(−m+3 3)
seja válida para qualquer x real.
Solução: Isolando m em cada uma das reta acima, tem-se que a
Completando o quadrado, o denominador pode ser es- interseção de BD e CE é tal que
crito como
√ √
1
x2 + x + 1 = (x + )2 +
3 3 3y + 3x + 3l
2 3 3y − 3x + 3l
m= √ √ = √ √2
2 4
−y + 3x + l 2 3 y + 3x − l 2 3
que é sempre positivo para todo valor real de x. As-
sim, temos duas inequações que devem ser satisfeitas
simultaneamente: e assim
 2  2 √
x −hx+1 > −3(x2 +x+1) 4x +(3−h)x+4 > 0 √ √
⇒ 3l 3
x2 −hx+1 < 3(x2 +x+1) 2x2 +(3+h)x+2 > 0 6 3y 2 − 6ly + 6 3x2 − =0⇒
2
Completando os quadrados, têm-se " √ #2
 2  3−h 2   2 l 3 l2
y− + x2 =
 2x+ 3−h
4 − 4 +4 > 0  3−h
4 <4 6 3
1√ 22 1 22 ⇒ 1 22
 2x+ 23+h
√ − 23+h
√ +2 > 0  3+h
√ <2
2 2 2 2 √
que corresponde a uma circunferência de centro (0, l 6 3 )

Assim, devemos ter que
e raio l 3 3 .
 
−8 < (3−h) < 8 −5 < h < 11 sln: O lugar geométrico é a circunferência circunscrita
⇒ ⇒ −5 < h < 1
−4 < (3+h) < 4 −7 < h < 1 ao triângulo ABC.

v10 
c SLN
263

4a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que não existem matrizes quadradas A e B, que 6a Questão [Valor: 1,0]
verifiquem AB − BA = I, onde I é a matriz identidade O professor Sah Bido quer oferecer jantares para 3 alu-
de uma ordem n qualquer. nos de cada vez. O professor tem 7 alunos e quer ofere-
cer 7 jantares, com a restrição de que um mesmo par de
Solução: alunos não pode ser convidado para mais de um jantar,
Sejam A = [aij ] e B = [bij ], para i, j = 1, 2, . . . , n. isto é, se os alunos A, B e C comparecerem a um jan-
Assim tar, então a presença do aluno A, por exemplo, em outro
 n  jantar, impedirá a presença de C ou de B neste jantar.
 a1i bi1 ∗ ... ∗ 
Chamando-se de programa a um conjunto de 7 janta-
 i=1  res nas condições especificadas, pergunta-se: quantos
 n 
  programas diferentes poderão ser formados?
 ∗ a2i bi2 . . . ∗ 
 
AB =  
 i=1
 Solução:
 .. .. .. .. 
 . . . .  O professor deverá oferecer um total de 21 refeições.

n 
  Cada aluno não pode ir a mais de 3 jantares, pois acima
∗ ∗ ... ani bin deste número começará a ter repetições de pares. Um

i=1
 aluno não poderá a ir a menos de 3 jantares, pois isto

n obrigará outro aluno a ir a mais de 3 jantares, o que é
 b1j aj1 ∗ ... ∗  inviável. Logo, todos os alunos deverão ir a exatamente
 
 j=1  3 jantares cada um.

n 
 ∗ ∗ 
 b2j aj2 ...  Com um dado aluno, podemos formar (5 + 4 + 3 + 2 +
BA = 
 j=1

 1) = 15 triplas de alunos. Por exemplo, com o aluno A
 .. .. .. ..  terı́amos as triplas
 . . . . 
 

n 
 ∗ ∗ ... bnj ajn 
j=1
(A, B, C) (A, B, D) (A, B, E) (A, B, F ) (A, B, G)
de modo que (A, C, D) (A, C, E) (A, C, F ) (A, C, G) (A, D, E)
 . . (A, D, F ) (A, D, G) (A, E, F ) (A, E, G) (A, F, G)
Tr[AB] = .nj=1 . ni=1 aij bij
⇒ Tr[AB] = Tr[BA]
Tr[BA] = ni=1 nj=1 bij aij
ou seja,
 Com um dado aluno, para uma dada tripla, existem
Tr[AB − BA] = 0 6 opções para a segunda tripla evitando repetição de
⇒ AB − BA = I
Tr[I] = n par de alunos. Assim, com o aluno A, para a tri-
pla (A, B, C), podemos escolher a segunda tripla den-
tre as opções (A, D, E), (A, D, F ), (A, D, G), (A, E, F ),
5a Questão [Valor: 1,0]
(A, E, G) e (A, F, G). Porém, dadas 2 triplas, a terceira
Mostre que o número 4444. . . 4 8888
. . . 8 9 é um qua- tripla fica automaticamente definida para um dado
n vezes (n−1) vezes aluno. Assim, dadas as triplas (A, B, C) e (A, E, G), a
drado perfeito. terceira tripla contendo o aluno A necessariamente de-
verá ser (A, D, F ). Assim, para cada aluno há 15×6 3! =
Solução: 15 formas de escolher suas três triplas, onde o termo 3!
Seja x o número acima, de modo que surge para eliminar as permutações das 3 triplas.
10x = 4444. . . 4 8888
. . . 8 90 Dadas as 3 triplas de um dado aluno, só existem 2
n vezes (n−1) vezes
opções para as outras 4 triplas dos demais alunos. Por
e então exemplo, para as triplas (A, B, C), (A, E, G) e (A, D, F )
do aluno A, as outras triplas só poderão ser
9x = (10x − x)
. . . 0 4 00
= 4 00  . . . 0 1

(n−1) vezes (n−1) vezes
(B, D, E) (B, F, G) (C, D, G) (C, E, F )
= 4 × 102n + 4 × 10n + 1 ou
= (2 × 10n + 1)2 (B, D, G) (B, E, F ) (C, D, E) (C, F, G)
Pela soma dos algarismos é simples ver que a expressão
final é múltipla de 9, logo
 2
(2 × 10n + 1) Logo, se a ordem dos jantares não for importante, te-
x= mos um total de 30 possibilidades. Se, porém, a ordem
3
dos jantares for importante, o total sobe para 7! × 30
é um número inteiro e quadrado perfeito. possibilidades.

v10 
c SLN
264

7a Questão [Valor: 1,0] 8a Questão [Valor: 1,0]


A população de um paı́s, no ano t, t ≥ 1860, é dada, Seja C o conjunto dos números complexos e seja h ∈ C.
aproximadamente, por: Diz-se que um ponto h é um ponto de Hurwitz se |h| = 1
e, para todo número natural n, hn+1 = 1. Prove que o
L 2−i
N (t ) = ; onde t = t − 1860 ponto z = é um ponto de Hurwitz.
λ−t 2+i
1+e α
Obs: i = −1.
2

L, λ, α são constantes reais e 106 × N (t ) é o número Solução (Baseada em solução do Colégio Impacto):
de habitantes. É simples ver que
a) [Valor: 0,7] Calcule a população do paı́s no ano
2000, sabendo-se que em 1860, ele tinha 15 milhões (2 − i)(2 − i) 3 4
z= = − i = |z|e2iθ
de habitantes, em 1895, 18 milhões de habitantes e (2 + i)(2 − i) 5 5
em 1930, 20 milhões de habitantes.
Obs: e é a base do sistema de logaritmos neperia- onde |z| = 1 e
nos.
4 1
b) [Valor: 0,3] Ao longo do tempo, a população ten- tg 2θ = − ; tg θ = −
derá a um número finito de habitantes? Justifique 3 2
sua resposta.
Deduzindo a fórmula de recursão da tangente, têm-se

Solução: sen (n + 1)θ


tg (n + 1)θ =
Definindo cos (n + 1)θ
 sen nθ cos θ + sen θ cos nθ
λ =
e α = k1 cos nθ cos θ − sen nθ sen θ
−35 tg nθ + tg θ
e α = k2 =
1 − tg nθ tg θ
do enunciado, têm-se que
Logo, com tg θ = − 12 e definindo
 

L
1+k1 = 15  k = L−15 

 
 1 15 Pn P1 = −1; Q1 = 2
tg nθ = ,
L
1+k1 k2 = 18 ⇒ k1 k2 = L−18 Qn P2 = −4; Q2 = 3

 

18
 L
= 20  2 L−20
1+k1 k22 k1 k2 = 20
com todos os Pn e Qn inteiros, tem-se
Logo, 2tg nθ − 1 Pn+1 2Pn − Qn
tg (n + 1)θ = ⇒ =
2 + tg nθ Qn+1 2Qn + Pn
L−18 L−20
k2 = 18
L−15
= 20
L−18

15 18
Assim,
182 (L − 20)(L − 15) = 15 × 20(L − 18) ⇒ 2 
Pn+2 = 2Pn+1 − Qn+1
324(L − 35) = 300(L − 36) ⇒ ⇒ Pn+2 = 4Pn+1 − 5Pn
2Pn+1 + Qn+1 = 5Pn
45 1 1
L= ; k1 = ; k2 =
2 2 2 Aplicando-se congruência módulo 10, têm-se
a) A população do ano 2000 é dada por

P1 ≡ −1 (mod 10)
Pn+2 ≡ 4Pn+1 − 5Pn (mod 10)
45 P2 ≡ −4 (mod 10)
L 2 720
4 = = = 21,8 milhões
1 + k1 k2 1 + 12 214 33 Logo,

n = 1 : P3 ≡ 4P2 −5P1 = −16+5 = −11 ≡ −1 (mod 10)
b) A população limite é
n = 2 : P4 ≡ 4P3 −5P2 = −4+20 = −16 ≡ −4 (mod 10)

L Continuando o processo, nota-se que Pn é sempre con-


lim λ−t
= L = 22,5 milhões gruente com −1 ou −4 em módulo 10, ou seja, Pn nunca
t →∞ 1+e α
é congruente com 0 em módulo 10. Assim, tg nθ = 0,
e então sen nθ = 0, ou seja, z n = 1, para todo n ∈ N.
Logo, z é um ponto de Hurwitz.

v10 
c SLN
265

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Prove a seguinte identidade: Seja M = (mij ) uma matriz quadrada real n × n de
  n    termos positivos. Define-se o “permanente de M ” como
n+1 n−k k
= ,
2m + 1 m m perm M = m1t(1) m2t(2) . . . mnt(n)
k=0
S
onde n e m são inteiros positivos e
  onde S é o conjunto das permutações
n n! (t(1), t(2), . . . , t(n)) de {1, 2, . . . , n}. A matriz
= , para n ≥ m  
m (n − m)!m! 1 2 3
  4 5 6 tem, por exemplo, como permanente
n 7 8 9
e = 0, para n < m
m
1×5×9 + 4×8×3 + 2×6×7 + 3×5×7 + 2×4×9 + 1×6×8.
Solução (Baseada em solução do Prof. Nicolau C. Sal- Seja a matriz n × n, H = (hij ) onde hij = i(j + 1).
danha): Calcule o permanente de H.
Lema: Para |x| < 1, tem-se
∞   Solução:
k xm Do enunciado
fm (x) = xk =  
m (1 − x)m+1 2 3 4 . . . (n + 1)
k=0
 4 6 8 . . . 2(n + 1) 
Prova (Baseada em prova de Claudio Buffara): Para  6 
|x| < 1, tem-se que M =  .
9 12 . . . 3(n + 1) 

 .. .. .. .. .. 

. . . .
1
xk = 2n 3n 4n . . . n(n + 1)
1−x
k=0 Note que a linha i é sempre múltipla de i. Pela definição
Derivando esta equação m ≥ 1 vezes, têm-se de permanente, cada parcela sua terá um fator de cada

linha da matriz. Assim, cada parcela terá os fatores
1 1, 2, . . . , n exatamente uma vez. Logo, podemos colocar
m=1 : kxk−1 =
(1 − x)2 estes fatores em evidência na matriz e escrever que
k=0
∞ perm M = (1 × 2 × . . . × n) × perm P = n! × perm P
2
m=2 : k(k − 1)xk−2 =
(1 − x)3 onde
k=0
 
∞ 2 3 4 ... (n + 1)
6
m=3 : k(k − 1)(k − 2)xk−3 =  2 3 4 ... (n + 1) 
(1 − x)4  
k=0 P =

2 3 4 ... (n + 1) 

..  .. .. .. .. .. 
. . . . . .

2 3 4 ... (n + 1)
k! m!
m : xk−m = Note ainda que a coluna j é sempre múltipla de (j + 1).
(k − m)! (1 − x)m+1
k=0 Pela definição de permanente, cada parcela sua terá um
Note que o valor inicial do contador foi mantido em fator de cada coluna da matriz. Assim, cada parcela
k = 0 sem alterar o resultado. Multiplicando ambos os terá os fatores 2, 3, . . . , (n + 1) exatamente uma vez.
m
termos por xm! , conclui-se a prova do lema. Logo, seguindo o mesmo raciocı́nio anterior, podemos
colocar estes fatores em evidência na matriz e escrever
que
2
Analisando a expressão de fm (x), perm M = n! × (2 × 3 × . . . × (n + 1)) × perm Q
∞     ∞   
l k = n! × (n + 1)! × perm Q
2 l
fm (x) = x xk
m m onde
l=0 k=0

∞      
l k
1 1 1 ... 1
= xl+k  1 1 1 ... 1 
m m  
l=0 k=0 Q=

1 1 1 ... 1 

 .. .. .. .. .. 
nota-se que o lado direito D da expressão do enunciado . . . . .
corresponde ao coeficiente do termo em xl+k para l = 1 1 1 ... 1
(n − k), ou seja, D é o coeficiente do termo em xn de
2
fm (x). Porém, pelo lema, É simples, porém, perceber que o permanente de Q terá
2m 2m+1 todas as parcelas iguais a 1, e o número total de parcelas
x x
2
fm (x) = = x−1 = x−1 f2m+1 (x) é igual a n!, de modo que o permanente de Q é n! e o
(1−x)2m+2 (1−x)2m+2 permanente de M é igual a
Logo, D é o coeficiente do termo em xn+1 de f2m+1 (x), perm M = (n!)2 (n + 1)!
que é o lado esquerdo da expressão do enunciado.

v10 
c SLN
266

IME 1980/1981 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Dada uma pirâmide hexagonal regular de vértice V e
Sejam (c) um cı́rculo de raio r, distante h de um plano
(π), I o traço nesse plano do eixo (∆) do cı́rculo (isto base ABCDEF , de lado da base igual a b e altura igual
3b
é, a perpendicular ao plano de (c) pelo centro de (c)), a , traça-se o plano perpendicular à aresta V B no
e P um ponto fixo de (π) distante h de I. Liga-se P a 2
ponto M , tal que este plano contenha os vértices A e
um ponto M , móvel, que percorre toda a circunferência C. Determine, para a pirâmide de vértice M e base
de (c), e define-se um plano (σ) variável, normal a (π), ABC assim formada:
que conterá sempre P M . Na interseção
√ de (σ) com (π) a) O comprimento da aresta AM .
existem dois pontos distantes h 3 de M . Seja A aquele b) O volume.
cuja distância a P é a maior. Determine:
a) O lugar geométrico de A quando M percorre toda a Solução:
circunferência de (c). V
b) O máximo valor de IA.

Solução:

M r
C
M
.
h 3 h
h B .
.
h M’
r I P O
A h 2 . θ
M’
A
a) Seja M  a projeção de M no plano (π) e seja Sejam M  o pé da altura de M no triângulo ∆AM C e
ˆ  . Assim, aplicando a lei dos cossenos no
θ = P IM O o centro da base da pirâmide. Pela semelhança entre
triângulo ∆P IM  , obtém-se os triângulos ∆V OB e ∆M  M B, tem-se
 √ MM OV MM 3b
3b
P A = P M  + M A = r2 + h2 − 2rh cos θ + h 2 
= ⇒ b =5 2 ⇒ MM = √
BM BV 2 9b
b2 + 4
2 2 13
a) Do triângulo ∆AM C, tem-se
com θ ∈ [0, 2π].
 2
sln: As figuras abaixo representam os casos de r = 1 AM 2 =
AC
+M M 2 ⇒
e h = 1,5 (figura da esquerda) e h = 0,9 (figura da 2
direita). Em cada figura, a posição de M é indicada  √
pela circunferência e o lugar geométrico pedido é 3b2 9b2 2b 39
representado pela outra curva. AM = + =
4 52 13
2.5 2.5
b) Seja hM a altura de M no triângulo ∆BM M  . O
2 2 volume V desejado é dado por
1.5 1.5

1 1
SABC hM
0.5 0.5 V =
0 0
3

b2 3 BM×MM 
−0.5 −0.5

−1 −1
4 BM 
=
−1.5 −1.5
3

−2 −2

√ 2 2
b2 3 (BM − M M ) ×
−2.5
−5 −4.5 −4 −3.5 −3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0
−2.5
−3.5 −3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 3b

2 13
= b
12 2
b) Por inspeção da figura inicial, o valor máximo de IA
é obtido quando θ = 180o , quando então √ 
b2 3 b2 9b2
= √ −
√ 4 13 4 52
IAmáx = r + h 2 √
b3 3
=
52

v10 
c SLN
267

3a Questão [Valor: 1,0]


Sejam 9 o lado do eneágono regular convexo, ∗9 e ∗∗ 9 5a Questão [Valor: 1,0]
os lados dos eneágonos estrelados (∗9 < ∗∗
9 ), todos ins- Um ângulo α de grandeza constante, situado em um
critos em um cı́rculo de raio r. Mostre que: plano (π), gira em torno de seu vértice A, que é fixo,
9 = ∗∗
9 − 9
∗ permanecendo no plano (π). De um ponto B, fixo, no
plano (π), tiram-se perpendiculares BC e BD aos lados
do ângulo α. Determine o lugar geométrico dos pontos
Solução:
C e D. Mostre que CD tem comprimento constante e
Os lados 9 , ∗9 e ∗∗
9 são bases de triângulos isósceles determine o lugar geométrico do ponto médio de CD.
com lados iguais R e ângulos de vértice iguais a 40o ,
80o e 160o , respectivamente. Logo,

 9 = 2R sen 20
o
Solução:

 = 2R sen 40o
 9∗∗
9 = 2R sen 80o
e assim, usando a transformação em produto da dife- A O B
rença de senos, têm-se que
α
∗∗ ∗
9 −9 = 2R(sen 80 − sen 40 ) = 2R(2 sen 20 cos 60 )
o o o o
.
C .
Logo, I D
∗∗ ∗
9 − 9 = 2R sen 20 = 9
o

4a Questão [Valor: 1,0]


Determine todos os valores de x, y e z, situados no
intervalo fechado [0, π], satisfazendo o sistema: Na figura acima, sejam O e I os pontos médios de
cos x + cos 2y = 0 AB e CD, respectivamente. Nos triângulos retângulos
∆ACB e ∆ADB, CO e DO são medianas relativas às
cos y + cos 2z = 0 respectivas hipotenusas, e assim
cos z + cos 2x = 0
Solução:
Das relações de transformação em produto, têm-se
    

 2 cos x+2y cos x−2y =0 AB
 2
 y+2z 
2
 y−2z  CO = DO =
2
2 cos 2 cos 2 =0

  z+2x   z−2x 

2 cos 2 cos 2 =0
e assim
 x∓2y 
 2 = k1 π + Logo, A, B, C e D estão inscritos em uma mesma
 x = (2k1 + 1)π ± 2y
π
 2
circunferência de centro O e raio AB
2 , que é o lugar
y∓2z
= k2 π + π ⇒ y = (2k2 + 1)π ± 2z


2 2  geométrico de C e D.
z∓2x
= k3 π + π z = (2k3 + 1)π ± 2x
2 2
com k1 , k2 , k3 ∈ Z. Logo, Da análise anterior, C ÔD = 2α e assim
x = (2k1 + 1)π ± 2[(2k2 + 1)π ± 2[(2k3 + 1)π ± 2x]]
= [(2k1 + 1) ± 2(2k2 + 1) ± 4(2k3 + 1)]π ± 8x
= (2k1 + 1)π ± 8x
AB
com k1 ∈ Z, e assim CD = 2 sen α = AB sen α
2
(2k1 + 1)π
x
1∓8
Como x, y, z ∈ [0, π], têm-se as possibilidades


 x = π9 ⇒ ±2x = ± 2π9 ⇒ z = 9 ⇒ ±2z = ± 9 ⇒ y = 9
7π 14π 5π que é constante. Além disto,



 9 ⇒ ±2x = ± 9 ⇒ z = 9 ⇒ ±2z = ± 9 ⇒ y = 9
x = 3π 6π 3π 6π 3π





 9 ⇒ ±2x = ± 9 ⇒ z = 9 ⇒ ±2z = ± 9 ⇒ y = 9
x = 5π 10π π 2π 7π





 x = 7π
9 ⇒ ±2x = ± 9 ⇒ z = 9 ⇒ ±2z = ± 9 ⇒ y = 9
14π 5π 10π π AB
OI = cos α
2
 9 ⇒ ±2x = ± 9 ⇒ z = 9 ⇒ ±2z = ± 9 ⇒ y = 9
x = 9π 18π 9π 18π 9π





 x = 7 ⇒ ±2x = ± 7 ⇒ z = 7 ⇒ ±2z = ± 7 ⇒ y = 7
π 2π 5π 10π 3π



 x = 3π ⇒ ±2x = ± 6π ⇒ z = π ⇒ ±2z = ± 2π ⇒ y = 5π



 7 7 7 7 7

 Logo, o lugar geométrico de I é a circunferência de cen-
 x = 5π ⇒ ±2x = ± 10π
⇒ z = 3π
⇒ ±2z = ± 6π
⇒ y = π
tro O e raio AB
2 cos α.
7 7 7 7 7

v10 
c SLN
268

6a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Uma esfera (ε) de raio r e centro O tangencia um plano Dá-se uma elipse de vértices A1 e A2 , definida por:
(π) em M . Sobre a reta OM , no mesmo semi-espaço A1 A2 = 2a (eixo focal), B1 B2 = 2b (eixo não focal).
determinado pelo plano (π) em que se acha a esfera (ε), Sejam F1 e F2 os focos da elipse, e uma tangente à
marca-se um ponto V tal que V O = x > r, e traçam-se elipse em um ponto M qualquer (M = A1 e M = A2 ).
3 retas, partindo de V , que tangenciam a esfera em A, Esta tangente é cortada nos pontos T1 e T2 respecti-
B e C, sendo AV̂ B = B V̂ C = C V̂ A = π2 . Calcule x vamente pelas tangentes à elipse nos vértices A1 e A2 .
em função de r e determine, também em função de r, Mostre que o quadrilátero T1 F1 F2 T2 é inscritı́vel e que
as dimensões da calota seccionada na esfera pelo plano o produto A1 T1 .A2 T2 é constante.
V AB (isto é: o raio da base da calota e sua altura).
Solução:
Solução: T1
V . V
α
a
α
A . . A M
H
H .
β T2
C
r r β
. .
B A1 A2
F F2
O O 1

Sejam V A = V B = V C = a. Assim, a base ∆ABC


do
√tetraedro é equilátera com lados AB = AC = BC =
a 2. Esta base está inscrita num cı́rculo, de raio R, As retas T1 A1 e T1 M são tangentes à elipse por T1 .
que é a base da calota do enunciado. Assim, Assim, pelo teorema de Poncelet, têm-se que
√ 
√ a 6 
 A Tˆ F = M Tˆ1 F2 = α
2R sen 60 = a 2 ⇒ R =
o  1 1 1
3 A1 Fˆ1 T1 = M Fˆ1 T1 = (90o − α)



Seja H o pé da altura de V em relação à base ∆ABC, A1 Fˆ2 T1 = M Fˆ2 T1 = γ
de forma que
Analogamente, as retas T2 A2 e T2 M são tangentes à
√ √ elipse por T2 . Assim,
2 √ 3 a 6 
HA = × (a 2) =  A Tˆ F = M Tˆ2 F1 = β
3 2 3 
 2 2 2
A2 Fˆ2 T2 = M Fˆ2 T2 = (90o − β)
Da semelhança entre os triângulos ∆V OA, ∆V AH e 

∆AOH, têm-se 
A2 Fˆ1 T2 = M Fˆ1 T2 = δ
 √
a 6 √ Por uma análise angular, é possı́vel constatar que γ = β

 AH
= OA
⇒ 3
= r
⇒ OV = x = r 6

 AV OV a x 2 e δ = α, e assim,

 √  

 VH AV
⇒ ⇒ V H = a 3r 6
VH a 2

AV = OV a = x T1 Fˆ1 F2 = 90o + α F1 Tˆ1 F2 = 90o − α − β


√ 5 √ ⇒

 2
T2 Fˆ2 F1 = 90o + β F1 Fˆ2 T2 = 90o − α − β

 V H = AV 2 − AH 2 = a2 − 6a9 ⇒ V H = a 3


3



a 6 √
Logo,
OH
= AH
⇒ OH
= 3
⇒ OH = r 6
OA AV r a 3 
T1 Fˆ1 F2 + F2 Tˆ2 T1 = (90o + α) + (90o − α) = 180o
Igualando os dois valores de V H obtidos acima, têm-se
T2 Fˆ2 F1 + F1 Tˆ1 T2 = (90o + β) + (90o − β) = 180o
√ √ √
a2 6 a 3 r 2 de forma que o quadrilátero T1 F1 F2 T2 é inscritı́vel.
= ⇒a=
3r 3 2 Além disto, da análise angular acima, T1 Fˆ1 T2 =
90o . Assim, da semelhança dos triângulos ∆T1 A1 F1
e assim, o raio R e a altura h da calota são respectiva- e ∆F1 A2 T2 , têm-se
mente iguais a A1 T1
= A2 F1

 √ √ √
A1 F1 A2 T2
 R= r 2 6
= r 3 A1 T1 .A2 T2 = A1 F1 .A2 F1 = (a − c)(a + c) = b2
2 3 3

 h = r − OH = (3− 6) onde 2a, 2b e 2c são os comprimentos do eixo focal,
3 do eixo não-focal e da distância focal, respectivamente.
Logo, A1 T1 .A2 T2 é constante para a elipse em questão.

v10 
c SLN
269

8a Questão [Valor: 1,0] 9a Questão [Valor: 1,0]


Dado o triângulo escaleno ABC, sejam respectivamente Considere a sucessão
D, E, F os pontos de contato do cı́rculo inscrito ao
triângulo ABC, com os lados BC, AC e AB. Mostre Pn , pn , P2n , p2n , P4n , p4n , P8n , p8n . . . (1)
que os triângulos ABC e DEF não são semelhantes, e na qual Pk é o semi-perı́metro do polı́gono regular de
EF k lados circunscrito ao cı́rculo unitário, e pk é o semi-
estabeleça a relação em função de sen 2b e sen 2c .
BC perı́metro do polı́gono regular de k lados inscrito no
Solução: mesmo cı́rculo.
O centro O do cı́rculo inscrito é o encontro das bis- a) Usando a figura abaixo, estabeleça a fórmula
setrizes internas do triângulo ∆ABC. Logo, F ÂO = 2Pn pn
P2n =
E ÂO = Â 2 , e como F O ⊥ AF e EO ⊥ AE, então Pn + pn
F ÔA = E ÔA = (90o − Â2 ), e assim, C F E G D


 D̂ = F D̂E = 2 = (90 − 2 )
F ÔE Â
 o
I J
 A B
H
Ê = DÊF = DÔF = (90o − B̂2 )


2

 O
F̂ = E F̂ D = E ÔD
2 = (90o − Ĉ2 )

onde Ê e F̂ são determinados de forma análoga à de D̂.


Como o triângulo ∆ABC é escaleno, então b) Calcule o limite da sucessão (1).
 = B̂ = Ĉ =  ⇒ D̂ = Ê = F̂ = D̂
Solução:
e o triângulo ∆DEF também deve ser escaleno. Exis-
tem seis formas de os triângulos ∆ABC e ∆DEF serem a) Sejam Ln e n os lados dos polı́gonos regulares de
semelhantes: n lados circunscrito e inscrito, respectivamente, no

(Â, B̂, Ĉ) ou (Â, Ĉ, B̂) ou (B̂, Â, Ĉ) cı́rculo unitário. Logo,
(D̂, Ê, F̂ ) =
(B̂, Ĉ, Â) ou (Ĉ, Â, B̂) ou (Ĉ, B̂, Â) 

 P = 2nL 2n

Em cada um dos seis casos, usando as expressões ob-  2n 2

tidas acima para D̂, Ê e F̂ , obtém-se um triângulo Pn = nL2 n




∆ABC equilátero, o que é absurdo. Logo, os triângulos 
pn = n2n
∆ABC e ∆DEF são efetivamente não semelhantes.
Seja r o raio do cı́rculo inscrito ao triângulo ∆ABC.
e a expressão do enunciado se torna
Logo, do triângulo ∆F OE, tem-se que OF̂ E = OÊF =

2 , e assim L2n =
Ln n

L2n
=
n
Ln + n Ln − L2n Ln
 (B̂ + Ĉ) (B̂ + Ĉ)
EF = 2r cos = 2r cos[90o − ] = 2r sen
2 2 2 Usando o teorema das bissetrizes no triângulo
Dos triângulos ∆ODB e ∆ODC, têm-se ∆OCE, têm-se

 tg OB̂D = tg B̂ = r CF EF Ln −L2n L2n
L2n r
2 BD
= ⇒ 2
= 2
⇒ =
 tg OĈD = tg Ĉ = r OC OE R r Ln − L2n R
2 DC

e então onde r = 1 e R são os raios dos cı́rculos circunscritos


aos polı́gonos regulares de lados n e Ln , respectiva-
BC = BD + DC mente, e então
r r
= + n r

tg 2 tg Ĉ2 =
Ln R
1 2
r sen B̂2 cos Ĉ2 + sen Ĉ2 cos B̂2 e a expressão do enunciado fica demonstrada.
= b) A sucessão (1) pode ser decomposta em duas su-
sen B̂2 sen Ĉ2 cessões

r sen (B̂+
2
Ĉ)
Pn , P2n , P4n . . .
= (1) ≡
sen B̂2 sen Ĉ2 pn , p2n , p4n . . .
Logo,
Ambas as sucessões convergem para o mesmo valor
EF B̂ Ĉ L, que é a semi-circunferência do cı́rculo unitário.
= 2 sen sen Assim, o limite da sucessão (1) é L = π.
BC 2 2

v10 
c SLN
270

O ponto P pertencente à hipérbole é tal que


10a Questão [Valor: 1,0] 
Calcule os eixos e a excentricidade da cônica, seção por x = h tg α
um plano (π) em um cone de revolução (Γ), de vértice y = h sen α
V , sabendo-se: e, sendo a hipérbole equilátera, b = a e então
1) A excentricidade da seção por (π) é a maior possı́vel √
para o cone (Γ). F F  = 2c = 2a 2
2) V dista de (π) 6 unidades de comprimento.
3) (Γ) é tal que a seção por um plano perpendicular a
uma geratriz é uma hipérbole equilátera. y 2a’
z F F’
x n m
Solução:
P
b F

α α Da definição de hipérbole, a diferença das distâncias


a c de P aos focos F e F  é igual a 2a . Assim,
O b
m − n = 2a ⇒
m2 − 2mn + n2 = 4a2 ⇒
m2 + n2 − 4a2 = 2mn ⇒
(m + n2 − 4a2 )2 = 4m2 n2 ⇒
2
Para ter excentricidade máxima, a seção deve ser uma
hipérbole. Se α é o ângulo entre a assı́ntota e o eixo m4 + n4 + 16a4 + 2m2 n2 − 8a2 (m2 + n2 ) = 4m2 n2 ⇒
focal, a excentricidade e da hipérbole é tal que
(m2 − n2 )2 = 8a2 (m2 + n2 − 2a2 )
c 1 Com isto,
e= =
a cos α 3 √ 42
(x2 +(z +2a 2)2 )−(x2 +z 2 ) = 8a2 (m2 +n2 −2a2 ) ⇒
Assim, devemos ter o maior α possı́vel. No cone, √
o ângulo máximo entre planos tangentes é o próprio (4a z 2 + 8a2 )2 = 8a2 (m2 + n2 − 2a2 ) ⇒
ângulo da geratriz com o eixo. Esta configuração de √
tangentes é obtida para qualquer plano-seção paralelo 2(z 2 + 2a )2 = m2 + n2 − 2a2 ⇒
ao eixo do cone. Logo, do enunciado, √
4z 2 + 8a z 2 + 10a2 = m2 + n2 ⇒
 √ √
2a = tg12α 4z 2 +8a z 2+10a2 = (x2 +(z +2a 2)2 )+(x2 +z 2 ) ⇒
2b = 12 ⇒ √
12
2c = sen 2z 2 + 4a z 2 + 2a2 = 2x2 ⇒
α √
(z + a 2)2 = x2 + a2
Precisamos, então, do ângulo α para caracterizar a
hipérbole. Isto será feito usando a informação (3). Mas,
√ √
z = y −(c −a ) = y +a (1− 2) ⇒ (z +a 2) = y +a
Logo,
β 2a’ y 2 + 2ya = x2 ⇒
.
h α h2 sen2 α − h2 cos α sen α tg 2α = h2
sen2 α

cos2 α
tg α
tg α − tg 2α = ⇒
Para um plano ortogonal a uma geratriz do cone, cos2 α
tem-se 2 1
1− = ⇒
2a 2a 2a 1 − tg2 α cos2 α
h cos α = = = − tg4 α − tg2 α − 2 = 0 ⇒
tg β tg (180o − 2α) tg 2α

tg α = 2
Por fim,


 2b = 12 √ c √
2a = tg12α = 6 2 ⇒e= = 3
α 
 √ √ a
2a ’ 2c = 2 a2 + b2 = 6 6
h sln: Algo me diz que tg α poderia ser obtida direta-
y mente do fato da hipérbole gerada pelo plano ortogonal
x
x a uma√geratriz ser equilátera, ou seja, ter excentricidade
P e = 2.

v10 
c SLN
271

IME 1979/1980 - Álgebra


3a Questão [Valor: 1,0]
1a Questão [Valor: 1,0] Determine o polinômio f (x) de coeficientes racionais e
Seja um barco com 8 lugares, numerados como no dia- do 7o grau, sabendo-se que: f (x) + 1 é divisı́vel por
grama seguinte: (x − 1)4 e que f (x) − 1 é divisı́vel por (x + 1)4 .
Solução:
Seja
1 3 5 7
2 4 6 8 f (x) = ax7 + bx6 + cx5 + dx4 + ex3 + f x2 + gx + h
Pelas propriedades do enunciado, têm-se
 
Há 8 remadores disponı́veis para guarnecê-lo, com as  f (1)+1 = 0  a+b+c+d+e+f +g +h+1 = 0
 
 

seguintes restrições: Os remadores A e B só podem 
 f (1) = 0 
 7a+6b+5c+4d+3e+2f +g = 0
f  (1) = 0
 42a+30b+20c+12d+6e+2f = 0

sentar no lado ı́mpar e o remador C, no lado par. Os 
  

remadores D, E, F , G, H podem ocupar quaisquer f (1) = 0 210a+120b+60c+24d+6e = 0

posições. Quantas configurações podem ser obtidas com 
 f (−1)−1 = 0 
 −a+b−c+d−e+f −g+h−1 = 0

 f  (−1) = 0 

o barco totalmente guarnecido? 
 

7a−6b+5c−4d+3e−2f +g = 0
  

f (−1) = 0 −42a+30b−20c+12d−6e+2f = 0

f (−1) = 0 210a−120b+60c−24d+6e = 0
Solução:
Do lado par, temos 4 posições para o remador C. Do Somando-se as equações correspondentes, podemos eli-
lado ı́mpar, temos 4 × 3 = 12 posições para os dois minar as incógnitas a, c, e e g, compondo o sistema
remadores A e B. Para os demais cinco remadores, te- 
mos 5! = 120 posições. Sendo assim, o total de posições 

2b + 2d + 2f + 2h = 0
distintas é 4 × 12 × 120 = 5760. 12b + 8d + 4f = 0

 60b + 24d + 4f = 0
240b + 48d = 0
2a Questão [Valor: 1,0]
Seja I = [−1, 2] ∈ R. Dê exemplo de uma função cuja solução claramente é b = d = f = h = 0. Com
contı́nua em I tal que não exista um ponto a ∈ ]− 1, 2[ isto, o sistema original se reduz a
que satisfaça a condição: 
 a + c + e + g = −1

7a + 5c + 3e + g = 0

 42a + 20c + 6e = 0
f (2) − f (−1) = 3f  (a) 210a + 60c + 6e = 0
cuja solução é tal que
5 7 21 5 35 3 35
f (x) = x − x + x − x
16 16 16 16
Solução:
Para que a propriedade desejada ocorra, f não deve sa- 4a Questão [Valor: 1,0]
tisfazer as condições do Teorema do Valor Médio. As- Seja a seqüência, real (xn ), n = 0, 1, . . . tal que:
sim, f deve necessariamente não ser continuamente di-
ferenciável. Um exemplo simples é f (x) = |x|, onde lim (xn − xn−2 ) = 0, n = 2, 3, . . .
n→∞

Prove que
 
 xn − xn−1
−1, para x < 0 lim =0
f  (x) = , para x = 0 n→∞ n
1, para x > 0
Solução:
Assumindo que o enunciado está correto,

assim, é simples ver que não existe x = a no intervalo lim (xn − xn−2 ) = lim (xn − xn−1 + xn−1 − xn−2 )
n→∞ n→∞
I tal que
= lim (xn − xn−1 ) + lim (xn−1 − xn−2 )
n→∞ n→∞
= 2 lim (xn − xn−1 )
n→∞
2−1 1 =0
f  (a) = =
3 3 Logo,
 
xn − xn−1
lim =0
n→∞ n

v10 
c SLN
272

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Resolva as equações: Seja f uma função real de variável real, não constante,
x3 −7x2 −204x+1260 = 0 x3 −15x2 −394x+840 = 0 contı́nua, tal que existe uma função φ, φ : R2 → R
tal que f (x + y) = φ(f (x), y), para todos x e y reais.
sabendo-se que a primeira tem uma raiz cujo valor é o Prove que f é estritamente crescente ou estritamente
triplo do valor de uma raiz da segunda. decrescente.
Solução:
Seja r a raiz da segunda, logo 3r é raiz da primeira. Solução:
Assim, Assuma uma primeira hipótese de que existem dois
 pontos x1 = x2 , com ∆ = (x2 − x1 ) > 0, tais que
27r3 − 63r2 − 612r + 1260 = 0 (÷9) f (x1 ) = f (x2 ) = K. Desta forma, podemos escrever

 r 3− 15r2 − 394r + 840 = 0 (×3)
3 2 que
3r − 7r − 68r + 140 = 0 
3r3 − 45r2 − 1182r + 2520 = 0 φ(f (x1 ), y) = f (x1 +y)
⇒ f (x1 +y) = f (x2 +y)
Logo, φ(f (x2 ), y) = f (x2 +y)
38r2 +1114r−2380 = 0 ⇒ 19r2 +557r−1190 = 0
para todo y real. Logo,
e assim


−557∓ 310249−90244 −557∓633  − 19
595
y = x − x1 ⇒ f (x) = f (x + x2 − x1 ) = f (x + ∆)
r= = = ou
38 38 2
para todo x real, de modo que f (x) deve ser periódica
Testando, verifica-se que r = 2 é a raiz desejada. A par- de perı́odo ∆.
tir desta raiz, é simples reescrever as equações originais Vamos analisar agora um perı́odo de f (x) em deta-
nas formas lhe. Assuma, em uma segunda hipótese, que f (x) va-
  rie neste intervalo. Como f (x) = K nos extremos do
(x − 6)(x + 14)(x − 15) = 0 {6, −14, 15}
⇒x= intervalo, qualquer variação no valor de f (x) forçará
(x − 2)(x + 15)(x − 28) = 0 {2, −15, 28}
com que f (x) assuma valores iguais para diferentes va-
lores de x no interior do intervalo. Logo, pelo desen-
6a Questão [Valor: 1,0] volvimento inicial, f (x) deverá ter perı́odo igual a um
Seja, para n = 1, 2, 3, . . . a coleção B(n) = {M |M = sub-múltiplo comum a todos os ∆x em que f (x) re-
[mij ] é matriz quadrada de ordem n e |mij | = 1}. (Note pete de valor. Porém, por continuidade, se f (x) variar,
que B(2) tem 24 = 16 elementos). Prove que, se M ∈ estas repetições deverão ocorrer infinitas vezes. Logo,
B(n) então o determinante de M é múltiplo de 2n−1 , o perı́odo comum será nulo, o que corresponde a uma
para n = 1, 2, 3, . . . f (x) constante, tornando a segunda hipótese absurda.
Isto, porém, contradiz o enunciado, e assim mostra-se
Solução:
que a primeira hipótese é falsa, e então não pode haver
Somando a segunda coluna à primeira coluna de M , e
dois valores distintos de x para os quais f (x) assuma o
aplicando Laplace na nova primeira coluna, tem-se
mesmo valor. Desta forma, f (x) deve ser uma função

n
estritamente descrescente ou estritamente crescente em
|M | = ki |Mi | todo o seu domı́nio.
i=1

onde cada ki é igual a −2, 0 ou 2, e ainda Mi ∈ B(n−1). 8a Questão [Valor: 1,0]


Desta forma, podemos colocar um fator 2 em evidência
n

e escrever que Prove que: n3 = ai , onde ai = (n − 1)n + 2i − 1.


i=1
n
|M | = 2 |Mi | Solução:
i=1
ki =0 Seja S a soma do enunciado. Logo,
onde Mi incorpora o sinal de ki = 0 em Mi , de modo

n
que Mi ∈ B(n − 1). S= [(n − 1)n + 2i − 1]
Como cada Mi pertence a B(n − 1), podemos repetir
i=1
o raciocı́nio anterior, colocando novamente o fator 2 em " n # " n #
evidência e reduzindo a ordem da matriz. De fato, este
processo pode ser realizado (n − 1) vezes, quando então = [(n − 1)n − 1] 1 + 2i
o determinante de M pode ser escrito como i=1 i=1
2 + 2n

n n−1
2 = (n2 − n − 1)n + n
|M | = 2n−1 ... 
|Mij...z | 2
i=1 j=1 z=1
= n −n −n+n+n
3 2 2
ki =0 kj =0 kz =0
= n3

onde |Mij...z | = ∓1. Logo, tem-se que o determinante
de M é múltiplo de 2n−1 . como querı́amos demonstrar.

v10 
c SLN
273

10a Questão [Valor: 1,0]


9 Questão [Valor: 1,0]
a
Por um ponto M qualquer de uma hipérbole (h), traça-
Um velho manuscrito descrevia a localização de um te- se uma paralela a uma assı́ntota (a) de (h): esta para-
souro enterrado: Há somente duas árvores, A e B, em lela encontra uma diretriz (d) de (h) em D. Sendo F o
um terreno plano, e um canteiro de tomates. A é uma foco de (h) correspondente à diretriz (d), mostre que:
mangueira, e B uma jaboticabeira. A partir do centro MD = MF
K do canteiro, meça a distância em linha reta até a
mangueira. Vire 90o à esquerda e percorra a mesma
distância até o ponto C. Volte ao canteiro. Meça a Solução:
distância em linha reta até a jaboticabeira. Vire 90o à Seja a hipérbole (h) descrita por
direita e percorra a mesma distância até o ponto D. O x2 y2
tesouro está no ponto médio T do segmento CD. Um − =1
a2 b2
aventureiro achou o manuscrito, identificou as árvores c
com focos em (∓c, 0) e com excentricidade e = > 1,
mas, como o canteiro desaparecera com o passar do a
tempo, não conseguiu localizá-lo, e desistiu da busca. O onde (a2 + b2 ) = c2 .
aluno Sá Bido, do IME, nas mesmas condições, diz que A inclinação da reta tangente a (h) é tal que
seria capaz de localizar o tesouro. Mostre como você 2x 2y dy b2 x
resolveria o problema, isto é, dê as coordenadas de T 2
dx − 2 dy = 0 ⇒ = 2
a b dx a y
em função das coordenadas de A = (5, 3) e B = (8, 2).
de modo que as assı́ntotas têm coeficiente angular
dy b2 x b
Solução: lim = lim √ =∓
x→∓∞ dx x→∓∞ ∓ab x − a
2 2 a
Por simetria, as assı́ntotas (a) passam pela origem,
Seja K ≡ (kx , ky ) a posição do canteiro, de modo que assim elas têm coeficiente linear nulo. Logo, as re-
os vetores KA e KB sejam tas (p) paralelas às assı́ntotas (a) e que passam por
M ≡ (xm , ym ) são descritas por
b
(p) : y = ∓ (x − xm ) + ym
 a
KA ≡ (5 − kx , 3 − ky ) As distâncias (raios vetores) de um ponto M do ramo
KB ≡ (8 − kx , 2 − ky ) direito de (h) aos focos (∓c, 0) são iguais a
c
M F = xm ± a
a
A diretriz (d) é a reta cuja distância M d a um ponto
As rotações de 90o à esquerda e à direita de um vetor M de (h) vezes a excentricidade e da hipérbole é igual
(a, b) são respectivamente dadas pelos vetores (−b, a) ao raio vetor ao foco correspondente. Logo,
e (b, −a). Logo, a rotação de 90o à esquerda do vetor c c a2
KA é descrita por (ky − 3, 5 − kx ) e a rotação de 90o eM d = M F ⇒ M d = xm ± a ⇒ M d = xm ±
à direita do vetor KB é descrita por (2 − ky , kx − 8). a a c
Assim, os pontos C e D são descritos por e assim as diretrizes (d) são retas verticais descritas por
a2
(d) : x = ∓
c
 Determinando a interseção D ≡ (xd , yd ) das diretri-
C ≡ A + (ky − 3, 5 − kx ) = (ky + 2, 8 − kx ) zes (d) com as retas (p), tem-se
D ≡ B + (2 − ky , kx − 8) = (10 − ky , kx − 6)  2  2 
xd = ∓ ac a ab b
⇒ D ≡ ∓ , ± xm +ym
yd = ∓ b (xd −xm )+ym c c a
a
Com isto,
de modo que o ponto médio de CD está em  2  2
a2 ab b
MD = xm ± + − ∓ xm
c c a

b 2 1 a2
C+D = x2m (1 + 2 ) ± 2 xm (a2 + b2 ) + 2 (a2 + b2 )
T ≡ = (6, 1) 
a c c
2 2
c
= x2m 2 ± 2cxm + a2
a
c
= xm ± a
a
sln: Olhando de B para A, o tesouro está a uma e então M D = M F . A demonstração para o ramo
distância AB esquerdo de (h) é inteiramente análoga.
2 á esquerda do centro de AB.

v10 
c SLN
274

IME 1979/1980 - Geometria


1a Questão [Valor: 1,0] 2a Questão [Valor: 1,0]
Seja ABC um triângulo no qual se supõe que a medi- São dados um cı́rculo (c) de centro K, raio R e um
ana AM é tal que o triângulo ABM é semelhante ao ponto fixo A, tal que 0 < AK < R. Por A traçam-se
triângulo ABC. duas semi-retas (d) e (d ): (d) corta a circunferência de
(c) em M e (d ) em N . M e N se deslocam ao longo
a) [Valor: 0,5] Calcule a razão de semelhança, e de- da circunferência de (c) de modo que AM e AN são
termine o lugar geométrico do vértice B supondo A sempre perpendiculares. Ache o lugar geométrico do
e C fixos. ponto médio I do segmento M N .

Solução:
b) [Valor: 0,5] Mostre que o cı́rculo que passa pelos
pontos A, C e M tangencia a reta AB.

N
I
Solução:
M
.
a) Seja m o comprimento da mediana. Da semelhança, K O A
tem-se a proporcialidade

a2
a : b : c ≡ c : m : a/2 ⇒ c2 =
2 Do triângulo retângulo ∆AM N ,

e a razão r de semelhança é MN
AI = M I = N I =
2
a √
r= = 2
c e do triângulo retângulo ∆KIM ,

KI 2 + IM 2 = R2 ⇒ KI 2 + AI 2 = R2
Da análise anterior, tem-se que

√ Seja O o ponto médio de KA, de modo que IO é


bc b 2 mediana por I do triângulo ∆KAI, e seja I ÔA = θ,
m= =
a 2 logo


Seja C  tal que A seja médio de CC  , ou seja, C  A =  AI 2 = IO2 + OA2 − 2IO.OA cos θ

AC. Desta forma, a mediana por A é base média KI 2 = IO2 + OK 2 − 2IO.KA cos(π − θ)
do triângulo ∆BCC  relativa ao lado BC  . Logo, √ 

dado AC = b fixo, tem-se que BC  = 2m = b 2, = IO2 + OA2 + 2IO.OA cos θ
que é constante. Logo, o lugar geométrico
√ de B é a
cirfcunferência de centro C  e raio b 2.
Assim, devemos ter que
b) A potência de B em relação ao cı́rculo que passa por
A, C e M é dada por
AI 2 + KI 2 = 2(IO2 + OA2 ) = R2 ⇒

a2 R2 R2 KA2
Pot B = BM × BC = = c2 = BA2 IO2 = − OA2 = −
2 2 2 4

ou seja, IO deve ser constante. Logo, o lugar


logo, BA tangencia o cı́rculo em questão. geométrico de I é a circunferência de centro O (ponto

2 2
médio de KA) e raio 2R 2−KA .

v10 
c SLN
275

3a Questão [Valor: 1,0] 4a Questão [Valor: 1,5]


Dão-se duas circunferências de raios 8 e 3, tangentes São dadas duas esferas (e1 ) de centro O1 e raio 3, e
internas. Pelo ponto T de contato se traça a tangente (e2 ) de centro O2 e raio 9. O1 dista de O2 de 20. Essas
comum e sobre ela se toma uma distância T A = 6. Seja esferas são focais de uma seção elı́tica (E) de um cone
(s) uma secante aos cı́rculos que passa por A. (s) faz de revolução. Determine a excentricidade e a distância
com T A um ângulo α (α = 0), e corta a circunferência focal de (E).
maior nos pontos D e E e a menor nos pontos P e Q. Obs: Esferas focais de uma seção são esferas inscritas
Calcule α de modo que DE = 2P Q. num cone que tangenciam o plano seção.
Solução: Solução: V

A α

α O1 A
D
.
Q C
P
T O
B β

Q D
.
B
O2
E r
b
Seja B a interseção da secante (s) com o diâmetro h
comum às duas circunferências. Definindo,

AD = u; AP = v; P Q = w
AB = x; DE = y; BT = z Sejam A e B os extremos do eixo principal da elipse
(E), Q a interseção de AB com o eixo do cone, e C
têm-se, do teorema de Pitágoras no triângulo retângulo e D os pontos de tangência das esferas com (E). Da
∆AT B e do conceito de potência de um ponto em semelhança dos triângulos ∆O1 CQ e ∆O2 DQ, têm-se
relação a um cı́rculo, que  
 2  O1 Q = O2 Q ⇒ O2 Q = 3O1 Q
O1 C O2 D
O1 Q = 5

 AT +BT 2 =AB 2 
36+z 2 = x2 ⇒

AD.AE =AT 2 
u(u+y) = 36 O1 Q + O2 Q = 20 O2 Q = 15
AP.AQ =AT 2 ⇒ v(v+w) = 36 Além disto,

 (x−u)(u+y −x) = z(16−z)
BD.BE =BT (16−BT ) 
 
 V O1 V O2 V O1 V O1 + 20
BP.BQ =BT (6−BT ) (x−v)(v+w−x) = z(6−z) = ⇒ = ⇒ V O1 = 10
O1 C O2 D 3 9
Da segunda equação, têm-se
 Assim,
−y ∓
y 2 + 144  O1 C
u + uy − 36 = 0 ⇒ u =
2 sen β = O 1Q
= 35 ; cos β = 45 ; tg β = 34
2 √
O1 C 3 91 √3
sen α = = 10 ; cos α = 10 ; tg α =
e assim, com raciocı́nio análogo para a terceira equação, V O1 91
têm-se Da lei dos senos nos triângulos ∆V AQ e ∆V BQ, têm-se
  
(2u+y) = ∓ y 2 + 144; (2v+w) = ∓ w2 + 144  15 3 √
VQ
= AQ 
AQ = 3 4 +10 √
91
= 91−4
o 3
sen (180 −α−β) sen α
Desenvolvendo as duas últimas equações, têm-se ⇒ 10 5 5 10

 VQ BQ  3
BQ = 3 √91 3 4 = 91+4
15
sen (β−α) = sen α
10
2xu−(u2 +uy)−x2 +xy = x(2u+y)−36−(z 2 +36) 5 10 − 10 5
2xv−(v 2 +vw)−x2 +xw = x(2v+w)−36−(z 2 +36) √
Assim, o eixo principal AB é 2a = 2 91, e OQ = 4,
ou seja onde O é o centro de (E). As distâncias vertical, v, e
8(2z + 9) 6(z + 12) horizontal, h, de O a V são
(2u+y) = √ ; (2v+w) = √ 91 12
2
z + 36 z 2 + 36 v = V Q + 4 cos β = ; h = 4 sen β =
5 5
Usando os resultados anteriores para (2u+y) e (2v+w),
e a condição do enunciado DE = 2P Q, isto é, y = 2w, Na altura de O, um plano paralelo à base√do cone gera
têm-se uma seção circular de raio r = v tg α = 3 591 . Assim, o
 eixo secundário, 2b, a distância focal, 2c, e a excentri-
 y 2 + 144 = 4(w2 + 36) = 64(2z+9)
2
2
cidade, e, de (E) são dados por
(z +36)
 w2 + 144 = 36(z+12)2  √ √
(z 2 +36)  2b = 2√ r2 − h2 = 6 √3
2c = 4a2√− 4b2 = 2 91 − 27 = 16
ou seja, 
e = ac = 8 9191
16(2z + 9)2 36(z + 12)2
w2 = − 36 = − 144 sln: Os pontos de tangência C e D são os focos de (E),
(z 2 + 36) (z 2 + 36)
justificando o nome de “esferas focais”, pois
Logo, após um algebrismo intenso mas básico, tem-se  √
AC = AQ − Otg1 βC = 91 − 8 = BQ − Otg2 D β = BD
36 z 6
136z 2 −288z = 0 ⇒ z = ⇒ tg α = ⇒ α = arc tg O1 C O2 D
CD = tg β + tg β = 16
17 6 17

v10 
c SLN
276

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,5]


Um quadrilátero reverso ABCD é constituı́do pela jus- Dão-se um hexágono de lado  num plano π e, num
taposição de dois triângulos isósceles ABC e BCD plano π  paralelo a π, um triângulo equilátero de lado ,
(AB = AC e DB = DC) cujos planos são perpen- numa posição tal que cada altura do triângulo é paralela
diculares
√ e cujas alturas medem respectivamente 6 e à uma diagonal maior do hexágono. Os baricentros do
6 3. A base comum dos dois triângulos é BC = 8. hexágono e do triângulo estão na mesma perpendicular
Projeta-se ortogonalmente o quadrilátero ABCD sobre comum aos seus planos. A distância entre π e π  é .
um plano de modo que a projeção seja um paralelo- Dê, em função de , o volume do sólido que se obtém,
gramo (P ). Como deve ser feita a projeção e qual é a quando se liga cada vértice do triângulo aos três vértices
área do paralelogramo (P )? mais próximos do hexágono.
Solução: Solução:

A C
. 4
A’ θ 6
. 6 3
90 θ
o D
4 O
. x
D’
B
. r

Para que a projeção seja um paralelogramo, as di-


agonais devem se interceptar nos respectivos pontos
médios. Assim, sejam A e D as respectivas projeções
de A e D, e seja O o ponto médio de BC. Na figura
acima, devemos ter então que
√ .
A O = D O ⇒ 6 cos θ = 6 3 sen θ ⇒ θ = 30o R
ou seja, o plano de projeção faz um ângulo de 30o com
√o
plano do triângulo ∆ABC. Assim,A O = D O = 3 3,
e a área S de (P ) é dada por

8×6 3 √
S= = 24 3
2 Os raios, R e r, dos cı́rculos circunscritos ao hexágono
e ao triângulo são respectivamente tais que
6a Questão [Valor: 1,0] 
Dão-se um paralelogramo ABCD num plano π e um R=
outro EF GH num plano π  de modo que se obtém um √

paralelepı́pedo (P ) de vértices A, B, C, D, E, F , G e 2r cos 30o =  ⇒ r =  3


3

H, oblı́quo, com todas arestas de comprimento a. O


plano que contém os pontos A, E e F forma com π um Sendo assim, a distância x do baricentro do triângulo
ângulo de 60o e AEF = 120o . Calcular em função de a ao vértice da pirâmide é igual a
e do ângulo F EH = θ o volume de (P ). √
x x+ r 3+1
Solução: = ⇒x= = 
r R R−r 2
H G de modo que o volume V1 do tronco da pirâmide, de
base hexagonal, situado entre os planos do hexágono e
do triângulo é
h3
D C √
3

3

θ 62 4 (x + ) 6r2 4 x 6+8 3 3
E .
F V1 = − = 
h2 3 3 12
120o
.
h1 60o Para obtermos o volume desejado V , devemos sub-
. trair de V1 os volumes de três pirâmides de base trian-
A B gular (um terço da diferença entre o hexágono do plano
do triângulo e o próprio triângulo) e altura . Assim,
O volume V pode ser calculado por √
3 3
√ √
3 3 6+7 3 3
3a 3
V = V1 − 3 12
= V1 − = 
V = h1 h2 h3 = a3 cos 30o sen 60o cos(θ−90o ) = sen θ 3 12 12
4

v10 
c SLN
277

9a Questão [Valor: 1,0]


8a Questão [Valor: 1,0] Sejam 4 , 6 e 10 os lados do quadrado, do hexágono e
Determine x na equação do decágono regulares, inscritos todos no mesmo cı́rculo
(C). Com esses três lados, constrói-se um triângulo
ABC, não inscrito em (C), tal que BC = 4 , AC = 6
  e AB = 10 . Pede-se calcular o ângulo A do triângulo
1 1−x ABC.
arc tg x = arc tg
2 1+x
Solução:
Os quadrado e √
hexágono inscritos em um cı́rculo de raio
R têm lados R 2 e R, respectivamente.

Solução: 10
Seja

5 R
    5
1−x 1−x
θ = arc tg ⇒ tg θ = x
1+x 1+x O
x

5
Logo, do enunciado,

Para o pentágono inscrito, por uma análise angular,


1−x é possı́vel constatar que os três triângulos marcados na
arc tg x = 2 arc tg = 2θ
1+x figura acima são isósceles com ângulo do vértice igual
a 36o , de modo que eles são semelhantes. Sendo assim,
têm-se que
e então 5 + x 5
= ⇒ x2 + 5 x − 25 = 0
5 x
1 2 e assim
2 1−x
2  √
2tg θ 1+x 1−x −5 ∓ 25 + 425 5−1
x = tg 2θ = = 1 22 = x= ⇒x= 5
1−tg2 θ 1−x 2x 2 2
1− 1+x
pois a outra raiz é negativa. Ainda da semelhança dos
triângulos da figura acima, têm-se

Assim, x 10 5−1
= ⇒ 10 = R
5 R 2
Assim, usando a lei dos cossenos no triângulo ∆ABC,
√ têm-se
1 3
x = ⇒x=∓
2
3 3 24 = 26 + 210 − 26 10 cos A ⇒
√ √
6−2 5 2 5−1 2
2R2 = R2 + R −2 R cos A ⇒
4 2
Substituindo estas soluções na equação original,
verifica-se que a solução negativa é espúria, pois 1
cos A = − ⇒ A = 120o
2

 √

 arc tg − 3
<0
3

 1+ 33
 arc tg √ >0
1− 33


3
e assim, tem-se que x = 3 .

v10 
c SLN
278

IME 1978/1979 - Álgebra 3a Questão [Valor: 1,0]


Seja a equação x3 + px2 + qx + r = 0 cujas raı́zes são:
1a Questão [Valor: 1,0]
Admita Y = (a, b, c) e seja a função h: Y × Y → Y a, b, c. Determine s, t e u, em função de p, q e r, para
que a equação x3 + sx2 + tx + u = 0 tenha raı́zes bc, ca
definida por:
e ab.
h(a, a) = a h(b, a) = b h(c, a) = c Solução:
h(a, b) = b h(b, b) = c h(c, b) = a Das relações de Girard, têm-se que
h(a, c) = c h(b, c) = a h(c, c) = b

 p = −(a + b + c)

Considere uma função f : Z → Y tal que:
q = ab + bc + ac


f (0) = a r = −abc
f (1) = b
e ∀n, m ∈ Z, f (n + m) = h(f (n), f (m)). Logo, devemos ter que
 
Sabe-se que ∀n ∈ Z, f (3n) = a.  s = −(bc+ca+ab)  s = −q
 
a) Determine y ∈ Y , tal que h(y, f (52)) = f (45). t = bc a+ca b+ab c = abc(c+a+b) ⇒ t = rp
2 2 2

 

u = −a2 b2 c2 u = −r2
b) Encontre um H ⊂ Z, tal que f (H) = {c}.

4a Questão [Valor: 1,0]


Solução: Considere a famı́lia de curvas:

a) Usando as propriedades dados no enunciado, têm-se y(m) = mx2 − (1 + 8m)x + 4(4m + 1).
que
Determine:
 a) As coordenadas do ponto P , comum a todas essas
h(f (−7), f (52)) = f (45) = a
⇒ curvas.
h(f (−7), f (1)) = h(f (−7), b) = f (−6) = a
b) A curva da famı́lia, tal que a tangente no ponto de
h(f (−7), b) = a ⇒ y = f (−7) = c abscissa x = 1 tenha coeficiente angular igual a 1.

b) Novamente, das propriedades dadas Solução:


a) Reescrevendo y(m), tem-se



f (3n) = a
y(m) = [m(4 − x) + 1](4 − x)
f (3n + 1) = h(f (3n), f (1)) = h(a, b) = b


f (3n + 2) = h(f (3n + 1), f (1)) = h(b, b) = c Logo, quando x = 4, y se torna independente de m
e igual a y(m) ≡ y = 0.
b) Calculando o coeficiente angular da tangente, tem-se
Logo, H = {h | h = 3n + 2, n ∈ Z}.

2a Questão [Valor: 1,0] dy


Dadas as matrizes: = 2mx − (1 + 8m)
dx
" # " #
x−2 0 0 0 −x 0
3 −1 1 −1 1 1 Logo, quando x = 1, tem-se
A= eB=
1 0 1+x 1 0 −1
dy 1
= −6m − 1 = 1 ⇒ m = −
determine x, sabendo-se que existe uma matriz in- dx 3
versı́vel P , tal que A = P −1 .B.P .
e então
Solução:
Como det[B] = 0, devemos ter det[A] = 0, e assim
x = 2 ou x = −1. Experimentando estes valores, não y=
1
(−x2 + 5x − 4)
se encontra P inversı́vel tal que P.A = B.P . Assim, o 3
conjunto solução para x é vazio.
sln: Deve ter havido algum erro no enunciado.

v10 
c SLN
279

5a Questão 
[Valor:1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]
x Seja uma progressão aritmética de 1o termo a1 = 0 e
x−1 último termo a10 tal que a1 = a10 =  0. Seja a pro-
Calcule lim .
x→∞ x + 1 1
o
gressão aritmética de 1 termo b1 = e último termo
a1
Solução: 1 a5
b10 = . Calcule em função de a1 e a10 .
Chamando o limite de L, tem-se, usando L’Hôpital, que a10 b6

Solução:
  Sejam r e q as razões das progressões a e b. Assim,
x−1
ln L = lim x ln
x→∞ x+1   a10 −a1
a10 = a1 + 9r r= 9
⇒ a1 −a10
ln(x − 1) − ln(x + 1) b10 = b1 + 9q ⇒ 1
a10 = 1
a1 + 9q q= 9a1 a10
= lim 1
x→∞
x
Logo,
1
x−1 − 1
x+1
= lim
x→∞ − x12 a5 a1 + 4r
=
b6 b1 + 5q
−2x2
= lim
x→∞ x2 − 1 a1 + 4(a10 −a1 )
9
= 5(a1 −a10 )
= −2 1
+
a1 9a1 a10

5a1 +4a10
9
= 5a1 +4a10
Logo, L = e−2 . 9a1 a10

= a1 a10
6a Questão [Valor: 1,0]
Determine os valores máximo e mı́nimo de |z − 4|,
sabendo-se que |z + 3i| ≤ 1, onde z ∈ C.
8a Questão [Valor: 1,0]
Um elevador com 7 pessoas parte do andar térreo de
Solução: um prédio e faz 4 paradas em andares diferentes. De-
O domı́nio D ≡ |z + 3i| ≤ 1 equivale ao cı́rculo de terminar de quantas maneiras diferentes, todas aquelas
centro em z = −3i e raio unitário. Assim, devemos 7 pessoas podem desembarcar até a 4a parada, inclu-
determinar os comprimentos máximo cmáx e mı́nimo sive.
cmı́n dos vetores com origem em z = 4 e término em D. Obs: Seja ni o número de pessoas que desembarcam

4
na i-ésima parada {i = 1, 2, 3, 4} : ni = 7, ni ≥ 0.
i=1

Solução:
Descendo todas as 7 pessoas em uma única parada, têm-
4 se 4 maneiras. Descendo 6 e 1 pessoas separadamente,
têm-se 4 × 3 = 12 maneiras. Descendo 5, 1 e 1 pessoas
separadamente, têm-se 4×3 = 12 maneiras. Descendo 5
1
e 2 pessoas separadamente, têm-se 4 × 3 = 12 maneiras.
3
Descendo 4, 1, 1 e 1 pessoas separadamente, têm-se 4
1
maneiras. Descendo 4, 2 e 1 pessoas separadamente,
têm-se 4 × 3 × 2 = 24 maneiras. Descendo 4 e 3 pessoas
separadamente, têm-se 4 × 3 = 12 maneiras. Descendo
3, 2, 1 e 1 pessoas separadamente, têm-se 4 × 3 = 12
maneiras. Descendo 3, 2 e 2 pessoas separadamente,
Da figura, é simples ver que estes comprimentos são
têm-se 4 × 3 = 12 maneiras. Descendo 3, 3 e 1 pessoas
tais que separadamente, têm-se 4 × 3 = 12 maneiras. Descendo
2, 2, 2 e 1 pessoas separadamente, têm-se 4 maneiras.
Assim, têm-se um total de 120 maneiras distintas.
 √
cmáx = 32 + 42 + 1 = 6 sln: Assume-se que interessa apenas o número de pes-
√ soas desembarcando em cada parada, e não qual(is) pes-
cmı́n = 32 + 42 − 1 = 4 soa(s) irá(ão) desembarcar em cada parada. Se consi-
derarmos apenas as pessoas, cada uma tem 4 possibi-
lidades de desembarcar. Assim, neste caso, o número
total de maneiras é 47 = 16384.

v10 
c SLN
280

f (x)
9 Questão [Valor: 1,0]
a

É dada a função f : R → R tal que:


 1 1
 x+k
 √ 3
, se x = ±1 x
f (x) = x2 − 1 3 3 1 3 3

 0, se x = 1
−1, se x = −1
a) Se k = −1, determine os pontos de descontinuidade
de f .
b) Se k = 0:
i) Determine as raı́zes de f  (x) = 0.
ii) Determine as raı́zes de f  (x) = 0.
iii) Faça o esboço do gráfico da função em coorde- 10a Questão [Valor: 1,0]
nadas ortonormais. Determine a área da superfı́cie finita entre as curvas de
equações: y = 16 − x4 e y = x4 − 5x2 + 4.
Solução: Solução:
a) Para k = −1, têm-se As interseções das curvas são tais que

 lim f (x) = ∓∞
 x→−1 −2x4 + 5x2 + 12 = 0 ⇒ x = ∓2



3
(x − 1)2 Seja S a área desejada. Logo,
 lim f (x) = lim √ =0
x→1 x→1 3
x+1 , 2
S= [−2x4 + 5x2 + 12] dx
Logo, f (x) é descontı́nua apenas em x = −1. −2
b) Para k = 0, têm-se   x=2
2 5 5 3
x = − x + x + 12x
f (x) = 1 5 3
(x2 − 1) 3 x=−2

1 2 2 5
(x2 −1) 3 (1)− 13 (x2 −1)− 3 2x(x) = − [25 −(−2)5 ]+ [23 −(−2)3 ]+12[2−(−2)]
f  (x) = 2 5 3
(x2 −1) 3
128 80
x2 −3 =− + + 48
= 4
5 3
3(x2 −1) 3
736
4 1 =
3(x2 −1) 3 (2x)−3 34 (x2 −1) 3 2x(x2 −3) 15
f  (x) = 8
9(x2 −1) 3
−2x(x2 − 9)
= 7
9(x2 − 1) 3

i) As raı́zes de f  (x) são x = ∓ 3.
ii) As raı́zes de f  (x) são x = 0 e x = ∓3.
iii) Para o esboço do gráfico, têm-se ainda que

lim ∓ f (x) = ∓∞; lim∓ f (x) = ∓∞
x→−1 x→1
lim f (x) = ∓∞
 x→∓∞ 
 lim f (x) = −∞; lim f  (x) = ∞
 x→∓1
  √
x→∓∞

 f (x) > 0, se |x| > 3 √



f  (x) < 0, se (|x| = 1) < 3

 lim f  (x) = ∓∞; lim f  (x) = ∓∞

 x→−1 ∓ x→1∓

lim f  (x) = ±∞
 x→∓∞
 f  (x) > 0, se x < −3; −1 < x < 0; 1 < x < 3

 
f (x) < 0, se − 3 < x < −1; 0 < x < 1; 3 < x
O que determina os seguintes pontos de in-
teresse: √(0, 0) é raiz e ponto de inflexão,
√ √ √3
(− 3, − √ 3
3 )
2
é máximo local, ( 3, √ 3 )
2

mı́nimo local, (∓3, ∓ 2 ) são pontos de inflexão
3

e x = ∓1 são assı́ntotas verticais. O gráfico de


f (x), que apresenta simetria ı́mpar, é mostrado
a seguir.

v10 
c SLN
281

IME 1978/1979 - Geometria


Solução:
1a Questão [Valor: 1,0]
Achar os valores de x que satisfazem a equação: A A
P
 5
π 2 − 4x2 = arc sen (cos x)
5 B E B
E θ α
α θ
Solução:
x α o α
Tomando o seno da equação, tem-se
α
 1 π 2 x
sen π 2 − 4x2 = cos x = sen x + + 2kπ α 5
2 D C C
D
com k ∈ Z. Logo,
 π a) Na figura à esquerda, a partir de uma análise angu-
π 2 − 4x2 = x + + 2kπ lar, constata-se que os dois triângulos em destaque
2
são isósceles com ângulo do vértice igual a 36o , de
π2 modo que eles são semelhantes. Assim,
⇒ π 2 − 4x2 = x2 + + 4k 2 π 2 + xπ + 2kπ 2 + 4πkx
4 √
  5 x 5−1
3 = ⇒ x2 +5 x−25 = 0 ⇒ x = 5
⇒ 5x2 + (1 + 4k)πx + 4k 2 + 2k − π2 = 0 5 +x 5 2
4
e assim pois a outra raiz é negativa. Da mesma figura,
5    √
−(1 + 4k)π ∓ (1 + 4k)π 2 − 20 4k 2 + 2k − 34 π 2 
5
 cos α = 2
5 +x = 1 x
2 5 = 5−1
4
x= 5 5
10 √ √

 cos α = cos α+1 3+ 5 1+ 5
√ 2 2 = 8 = 4
−(1 + 4k)π ∓ 4π 1 − 4k 2 − 2k
=
10
α
Da figura à direita, seja P ÔA = θ < 2, onde α =
Para evitar um discriminante negativo, tem-se k = 0 e 72o . Logo,
assim
 π 
−π ∓ 4π −2 
P A = 2R sen 2
θ

  
x= = 
 α+θ α θ θ α
10 3π
10
P B = 2R sen 2 = 2R sen 2 cos 2 + sen 2 cos 2 
P C = 2R sen 2α+θ = 2R sen α cos θ2 + sen θ2 cos α
A alternativa x = 3π 

2  
10 , porém, é uma raiz espúria, pois 
 P D = 2R sen 2α−θ = 2R sen α cos θ2 − sen θ2 cos α

 2  
quando substituı́da na equação original, resulta em 
2 = 2R sen 2 cos 2 − sen 2 cos 2
P E = 2R sen α−θ α θ θ α

8π 3π
= arc sen (cos )
10 10 de forma que (1) se aplica pois
o que não se aplica, já que
* a função
+ arco-seno tem con-
junto imagem dado por − π2 , π2 . S = (P A + P C + P E) − (P B + P D)
θ1 α2
2a Questão [Valor: 1,5] = 2R sen 1 + 2 cos α − 2 cos
2 2
Seja uma circunferência (C) na qual está inscrito um " √ √ #
pentágono regular convexo ABCDE (nesta ordem so- θ 5−1 1+ 5
bre (C) e no sentido trigonométrico). Considere M o = 2R sen 1+2 −2
2 4 4
ponto médio do arco AE < 180o e P um ponto qualquer
do mesmo arco: =0
a) Sendo P = M , P = A e P = E, prove que
O caso P ÔE = θ < α2 é análogo ao caso acima.
PA + PE + PC = PB + PD (1) b) Com P = A, têm-se P A = 0, P B = P E = 5 e
P C = P D = d5 , de forma que (1) se reduz a
b) Se P coincidir com A, mostre o que acontece com a
relação (1). 5 + d5 = 5 + d5
c) Se P coincidir com M , mostre que de (1) pode-se
obter uma relação entre o raio da circunferência (C) c) Com P = M , têm-se P A = P E = 10 , P B = P D =
e os lados dos decágonos regulares inscritos convexo ∗10 e P C = 2R, de forma que (1) se reduz a
e estrelado.
10 + R = ∗10
Obs: As soluções dos três sub-itens acima são indepen-
dentes.

v10 
c SLN
282

3a Questão [Valor: 1,0]


Seja (T ) um triângulo ABC tal que Ĉ = 2Â: 4a Questão [Valor: 1,0]
a) Calcule, em função do cos Â, as excentricidades da Dado um triângulo ABC de área S, prolongam-se seus
elipse e da hipérbole de focos A e B e que passam lados CA, AB e BC:
por C. CA, no sentido de C para A, até A , tal que AA= k.CA;
b) Supondo-se existir (T ), qual a relação de igualdade AB, no sentido de A para B, até B  , tal que BB = k.AB;
que devem satisfazer os lados AB, BC e CA. BC,no sentido de B para C,até C  ,tal que CC = k.BC.
Onde k é uma constante positiva. Sendo o triângulo
A B  C  de área S  , determine k para que S  = 19S.
Solução:
Sejam AB = c, BC = a e CA = b.
a) Da lei dos senos, têm-se
Solução:
a b b c
= = =
sen  sen [180o − ( + 2Â)] sen 3 sen 2Â
A
A excentridade ee da elipse, de distância focal 2ce e
kb
eixo principal 2ae , é dada por A

c
ce 2 c c b
ee = = (a+b)
=
ae a+b
2
B a C ka C

Com isto, B
kc

sen 2Â sen 2Â 1


ee = = =
sen  + sen 3 2 sen 2 cos  2 cos Â

A excentridade eh da hipérbole, de distância focal Pela figura acima, a área S  pode ser escrita como
2ch e eixo principal 2ah , é dada por
c
ch 2 c
eh = = =
ah |a−b| |a − b|
2
S  = S + SAA B  + SBB  C  + SCC  A
Com isto,
kb.c. sen (180o − Â)
=S+
sen 2Â 2
eh =
|sen  − sen 3Â| kc.a. sen (180o − B̂) ka.b. sen (180o − Ĉ)
+ +
sen 2Â 2 2
=
k 1 2
2| sen (−Â) cos 2Â| =S+ bc sen  + ca sen B̂ + ab sen Ĉ
2
2 sen  cos Â
= = S + k(S + S + S)
2 sen Â|2 cos2 Â − 1|

cos Â
=
|2 cos2 Â − 1|

b) Do item anterior, têm-se de forma que, se S  = 19S, então



 2 cos  = a+b
c
 c= a sen 2Â
= 2a cos Â
sen Â

de forma que 19S = S + 3kS ⇒ k = 6

a+b c
= ⇒ c2 = a(a + b)
c a

v10 
c SLN
283

5a Questão [Valor: 1,5] 6a Questão [Valor: 1,0]


Dá-se num plano π um triângulo equilátero ABC de Considere a famı́lia de triângulos ABC onde BC = a,
lado a, a > 0, e tira-se por A uma semi-reta AX per- AB = c e AC = b. Os pontos B e C são fixos e A varia
pendicular ao plano π. Seja V a extremidade do seg- de tal maneira que b − c = k (constante).
mento AV de comprimento a, situado nessa semi-reta: a) Pede-se o lugar geométrico do ponto D, encontro da
a) Calcule o volume da pirâmide V ABC e, caso a bissetriz interna do ângulo  com a perpendicular
mesma admita um plano de simetria, identifique-o. baixada do vértice C àquela bissetriz. √
b) Considere uma reta r do plano V BC paralela à reta b) Supondo o caso particular  = 60o , a = 4 3 e
BC, tal que o plano V BC e o plano determinado b − c = 4, calcule os valores em radianos dos ângulos
por r e pelo ponto A sejam perpendiculares. Sejam B̂ e Ĉ.
D a interseção de r com V B e E a interseção de r
com V C. Calcule o volume da porção da pirâmide Solução:
V ABC que está compreendida entre os planos ABC
e ADE. A

2

Solução:
c b

ab
V V b+c
a B̂+Ĉ
α
B E F 2 2
C
x
x B̂−Ĉ
x 2

D b cos B̂+2 Ĉ
a 
D E

d y
a) Usando a lei dos cossenos no triângulo ∆CDF para
y calcular a distância DF = x, têm-se
α
A F B C
√ B̂+ Ĉ a2 B̂ + Ĉ a B̂ − Ĉ
+ −2b cos
a 3 F
2 x2 = b2 cos2 . . cos
2 4 2 2 2
" #
a) Existe um plano de simetria definido pelos pontos V , B̂ + Ĉ B̂ + Ĉ B̂ − Ĉ a2
A e o ponto médio F de BC. O volume V desejado = b cos b cos −a cos +
é dado por 2 2 2 4

a2 3
√ Do triângulo retângulo ∆EDC, porém, tem-se que
SABC .V A 4 .a a3 3
V = = =
3 3 12 ab B̂ − Ĉ B̂ + Ĉ
cos = b cos
b) O volume V  desejado é um terço da área do trapézio b+c 2 2
BDEC vezes a altura d do ponto A em relação a e assim
este trapézio. Usando a notação indicada na figura  
acima, tem-se B̂ + Ĉ B̂ − Ĉ ab a2
2
x = b cos cos −a +
(+a)
2 2 b+c 4
SBDEC .d 2 y.d ( + a)yd
V = = = abc 1 2 a2
3 3 6 =− cos B̂ + cos Ĉ +
2(b + c) 4
Ainda da figura acima, têm-se
  √ Usando a lei dos cossenos, tem-se então que
y
sen α = ad = a√ d= a 21
 2 2 2 
2
3

7
√ 2 abc b −a −c c2 −a2 −b2 a2 k2
y 2 + d2 = a2 3a 7 x = + + =
y= 14 2(b + c) 2ac 2ab 4 4
Com isto, que é constante. Logo, o lugar geométrico de D é a
√ circunferência de centro F , médio de BC, e raio k2 .
 2a 7 b) Da lei dos cossenos,
x= a −d =
2 2
7 a2 = b2 + c2 − 2bc cos 60o = (b − c)2 + bc
e então podemos determinar  da forma
de forma que

2a 7  
 a .a 4a b−c=4 b=8
= ⇒= √ 7 √ = √ 2 ⇒
x x+y 3a 7
14 + 4a 7
14
7 bc = a − (b − c) = (4 3) − 4 = 32
2 2 2 c=4

Logo, Assim, pela lei dos senos, têm-se


 
 4a  3a√7 √ √ o
sen B̂ = b sena 60 = 1 B̂ = π
 7 +a 14 .a 7
21
11a3 3 ⇒
2
V = = o
6 196 sen Ĉ = c sena 60 = 12 Ĉ = π
6

v10 
c SLN
284

7a Questão [Valor: 1,5] 8a Questão [Valor: 1,5]


Um cone de revolução de vértice V é seccionado por um Sejam (C) uma superfı́cie cônica de revolução, de
plano que determina uma seção parabólica (P ). Sejam vértice V , cujo semi-ângulo no vértice é 45o , r uma
respectivamente S e F o vértice e o foco de (P ). São reta paralela ao eixo de revolução de (C) e π o plano
dados: V S = 12 e SF = 3: passando por V e perpendicular a r. A reta r atravessa
a) Determine α (ângulo do eixo do cone com sua gera- o plano π em O. V O tem comprimento 2a, a > 0. Seja
triz).  a perpendicular comum a r e a geratriz g de (C); 
b) Determine a área do segmento parabólico compreen- corta g em A e r em B.
dido entre a parábola e a corda focal perpendicular
ao seu eixo. a) A sendo a projeção ortogonal de A sobre π, ache o
lugar do ponto A quando g varia.
b) Identifique as retas  situadas em um plano ρ pa-
Solução: ralelo a π. Examine o que ocorre quando varia a
V distância entre os planos π e ρ.
c) Mostre que os pontos A (quando g varia) pertencem
α a uma esfera (e) de centro (O).
12
y
S x Solução:
S

F 2α 2a O
V
F
α A
O A 45o
O P
P
h
a) A parábola é formada por um plano-seção paralelo g
à geratriz oposta ao ponto de contato S. Assim, na
figura acima, têm-se r
2a
1 B
OV̂ S = S ÔV = OŜA 
2 h
A
de forma que
V S = OS = SA = 12 ⇒ OP = OA = 24 sen α a) O ponto A é tal que V A ⊥ A O, de forma que

Desta forma, no conjunto de eixos cartresianos indi- V A2 + A O2 = V O2 = 4a2


cado à direita, o ponto P ∈ (P ) tem coordenadas
P ≡ (OP, OS) = (24 sen α, −12) Logo, o lugar geométrico de A é a circunferência de
diâmetro V O = 2a.
e assim a parábola (P ) é descrita por b) Seja h a distância entre os planos π e ρ. Com isto,
determina-se o ponto B sobre r tal que OB = h.
x2 A
√ partir de B, marca-se o cı́rculo de raio  =
y=−
48 sen2 α 4a2 − h2 , que determina o ponto A sobre o cı́rculo-
base da superfı́cie cônica (C).
Pela definição de parábola, a distância d1 de P ao
foco F é igual à distância d2 de P à geratriz y = 3, Assim, a reta  é uma tangente, que passa por B,
de forma que ao cı́rculo de raio h, tendo um comprimento igual a

 2 4a2 − h2 .
d1 = 242 sen2 α+(−12+3)2 1 c) Da figura acima, tem-se que
⇒ sen α = ⇒ α = 30o
d22 = (−12−3)2 2
2
OA2 = h2 + 2 = h2 + (4a2 − h2 ) = 4a2
o
b) Com α = 30 , a equação de (P ) torna-se y = − x12 .
Com y = −3 nesta equação, tem-se x = ∓6. Assim, que é constante. Logo, os pontos A estão sobre a
a área SP desejada é dada por esfera de centro O e raio 2a.
, 6 2
x
SP = [6 − (−6)] × 3 − dx
−6 12
x=6
x3
= 36 −
36 x=−6

= 24

v10 
c SLN
285

IME 1977/1978 - Álgebra 3a Questão [Valor: 1,0]


Mostre que, em toda reunião constituı́da de seis pes-
1a Questão [Valor: 0,5] soas, uma das hipóteses necessariamente ocorre (po-
Determine as soluções da equação dendo ocorrer ambas):
I) Existem três pessoas que se conhecem mutua-
36x3 − 12x2 − 5x + 1 = 0 mente (isto é, das três cada duas se conhecem).
II) Existem três pessoas que se desconhecem mutua-
dado que uma de suas raı́zes é a soma das outras duas. mente (isto é, das três cada duas se desconhecem).

Solução:
Solução:
Sejam as raı́zes a, b e c com (a + c) = b. Pelas relações
Sejam as pessoas identificadas por A, B, C, D, E e F .
de Girard, têm-se
(i) Se A conhece todos B, C, D, E e F :
 (i).1 Se qualquer outro par se conhece, por exemplo
 abc = − 36
1 D e F , então A e o par, (A, D, F ), formam uma trinca

 que se conhece mutuamente.
ab + bc + ac = − 36
5
(i).2 Se ninguém mais se conhece, então quaisquer


 a + b + c = 2b = − −12 = 1 três pessoas diferentes de A, por exemplo (B, C, D),
36 3 formam uma trinca que não se conhece mutuamente.
(ii) Se A conhece apenas quatro pessoas, por exemplo
Logo, da terceira equação, tem-se b = 16 , e então B, C, D e E:
(ii).1 Se algum par, dentre as quatro pessoas que A
conhece, se conhece, por exemplo C e E, então A e

ac = − 61 o par, (A, C, E), formam uma trinca que se conhece
mutuamente.
1
a+c= 6 (ii).2 Se ninguém mais, das quatro pessoas que A co-
nhece, se conhece, então quaisquer três destas quatro
pessoas conhecidas por A, por exemplo (B, C, E), for-
Assim, a e c são raı́zes de 6x2 − x − 1 = 0, ou seja mam uma trinca que não se conhece mutuamente.
(iii) Se A conhece apenas três pessoas, por exemplo B,
√ C e E:
1∓ 1 + 24 1 1
a, c = =− , (iii).1 Se algum par, dentre as três pessoas que A
12 3 2 conhece, se conhece, por exemplo B e E, então A e
o par, (A, B, E), formam uma trinca que se conhece
/ 0
Logo, as soluções desejadas são − 31 , 16 , 12 . mutuamente.
(iii).2 Se ninguém mais, das três pessoas que A co-
2a Questão [Valor: 0,5] nhece, se conhece, então estas três pessoas, (B, C, E),
formam uma trinca que não se conhece mutuamente.
Seja um polinômio
Por simetria, os casos em que A conhece duas, uma
ou nenhuma pessoa(s), caem em casos duais aos vistos
p(x) = a3 x3 + a2 x2 + a1 x + a0 acima. Assim, as trincas de pessoas que se conhecem
tornam-se trincas de pessoas que não se conhecem e
vice-versa. Logo, para todas as possibilidades do númeo
com coeficientes reais. Sabe-se que p(0) = 0, p(2) = 4, de pessoas conhecidas por A, pelo menos um dos dois
que a reta tangente a p(x) no ponto (1,1) é paralela à casos do enunciado necessariamente ocorre.
reta y = 2x + 2 e que a reta tangente a p(x) no ponto
(2,4) é perpendicular à reta y = − 31 x − 4. Determine 4a Questão [Valor: 0,5]
os coeficientes a3 , a2 , a1 , a0 . Seja h uma função contı́nua, real de variável real. Sabe-
se que h(−1) = 4; h(0) = 0; h(1) = 8. Defino uma
Solução: função g como g(x) = h(x) − 2. Prove que a equação
Do enunciado, têm-se as relações g(x) = 0 admite, pelo menos, duas soluções distintas.
Solução:
  Por sua definição, g(x) é contı́nua e tal que
 p(0) = 0  a0 = 0

 


 
 


p(2) = 4  a + a2 + a1 = 1
 3  g(−1) = 2

p(1) = 1 ⇒ 3a3 + 2a2 + a1 = 1 g(0) = −2

 
 
 
 p (1) = 2 
 

 

8a3 + 4a2 + 2a1 = 4 g(1) = 6
  
p (2) = 3 12a3 + 4a2 + a1 = 3
Assim, há um número ı́mpar de raı́zes de g(x) em cada
um dos intervalos (−1, 0) e (0, 1). Ou seja, g(x) =
Este sistema não possui solução, o que torna a questão 0 possui pelo menos duas soluções distintas, como era
impossı́vel. desejado demonstrar.

v10 
c SLN
286

5a Questão [Valor: 1,0] 7a Questão [Valor: 1,0]


Seja o conjunto Sejam A, B, C, D matrizes reais 2 × 2.

A = (aij ); A−1 = B = (bij )


A = {z ∈ C / |z| = 1} C = (cij ); cij = a−1
ij

D = (dij ); dij = b−1


ij

Determine a imagem de A pela função g, complexa de


variável complexa, tal que g(z) = (4 + 3i)z + 5 − i. Sabe-se que aij .bij = 0, 1 ≤ i ≤ 2; 1 ≤ j ≤ 2, e que
Obs: C é o conjunto dos números complexos. |z| é o C é matriz singular (não admite inversa). Calcule o
valor absoluto de z. determinante de D.

Solução:
Solução: Pelo enunciado, têm-se as matrizes
O conjunto A equivale à circunferência de raio unitário
no plano complexo, e seus elementos ser podem escritos   
 a22 −a12
como z = eαi , com α ∈ [0, 2π). Para este domı́nio, g(z) 
 1
B= ∆


pode ser escrita como 
 −a21 a11
  
  1 

 1
a11 a12 a11 a12
  A= ⇒ C=
4 3 a21 a22 

1 1
+ i eαi + 5 − i = 5e(θ+α)i + 5 − i 
 a21 a22
g(z) = 5 
  
5 5 

1
− a112

 a22
 D=∆
− a121 1
a11
com θ = arc tg 34 . Assim, a imagem de g(z) para o
conjunto A é a circunferência de centro (5 − i) e raio 5. onde ∆ = (a12 a21 − a11 a22 ) = 0 é o determinante de A.
Como C é singular, devemos ter
6a Questão [Valor: 1,0] 1 1 1 1 a12 a21 − a11 a22
Para t > 0 e x ≥ 1, defino a função ft , real de variável − =0⇒ =0
real, como: a11 a22 a12 a21 a11 a22 a12 a21

Assim, o determinante ∆ de A é nulo. Logo, B não


  existe e a questão se torna impossı́vel.
x − (t + 1)
t
ft (x) = x
t 8a Questão [Valor: 0.5]
Seja m uma função real de variável real definida como:
m(x) = |7 − x|. Diz-se que uma função u, real de
Supondo-se que o limite indicado exista, define-se variável real, é contı́nua no ponto a de seu conjunto
de definição se, para todo número real  > 0, existe um
número real δ > 0 tal que, se y é ponto do conjunto de
definição de u e se |y − a| < δ, então |u(y) − u(a)| < .
f (x) = lim ft (x), x ≥ 1 Quer-se testar a continuidade de m no ponto x = −2.
t→0
Escolhe-se um  = 0,01. Determine um δ conveniente,
para este valor de . Justifique sua resposta.
Obs: |h| é o valor absoluto de h.
Determine f (e2 ), onde e é a base dos logaritmos nepe-
rianos. Solução:
Com |y + 2| < δ, ou seja, y ≈ −2, de modo que |7 − y| =
Solução: (7 − y), devemos ter que
Da definição de f (x) e por L’Hôpital, têm-se
|m(y) − m(−2)| < 

f (e2 ) = lim ft (e2 ) ⇒ ||7 − y| − |7 + 2|| < 


t→0
  ⇒ |7 − y − 9| < 
e2t − (t + 1)
2
= lim e ⇒ |−y − 2| < 
t→0 t
 2t  ⇒ |y + 2| < 
2e − 1
= lim e2
t→0 1 Assim, para atestar a continuidade de m(x) em torno
de x = −2, podemos ter qualquer valor de δ ≤ . Por
exemplo, podemos escolher o próprio valor limite δ =
e assim f (e2 ) = e2 .  = 0,01.

v10 
c SLN
287

9a Questão [Valor: 1,0] 10a Questão [Valor: 1,0]


Sejam R e S duas retas quaisquer. Sejam p2 = (x2 , y2 ); Dadas as parábolas y1 e y2 , y1 (x) = 51 − x2 e y2 (x) =
p4 = (x4 , y4 ); p6 = (x6 , y6 ) três pontos distintos sobre x2 + 1, sabe-se que a área entre y1 e y2 , medida entre
R e p1 = (x1 , y1 ); p3 = (x3 , y3 ); p5 = (x5 , y5 ) três pon- x = 0 e x = 5 é igual a 3 vezes a área entre y1 e y2 ,
tos distintos sobre S. O segmento p2 p3 não é paralelo medida entre x = 5 e x = a. Determine a.
ao segmento p1 p4 ; o segmento p1 p6 não é paralelo ao
segmento p2 p5 e o segmento p3 p6 não é paralelo ao seg- Solução:
mento p4 p5 . Sejam: A, a interseção dos segmentos p2 p3 As duas parábolas se cruzam no ponto (5, 26). A área
e p1 p4 ; B, interseção de p1 p6 com p2 p5 e C, interseção S1 entre x = 0 e x = 5 é igual a
de p3 p6 com p4 p5 . Prove que os pontos A, B e C estão , 5 , 5
em linha reta. S1 = y1 dx − y2 dx
0 0
Solução (Baseada em solução do Colégio Impacto): , 5
= [(51 − x2 ) − (x2 + 1)] dx
0
X , 5
= (50 − 2x2 ) dx
0
5
p p p
S 2x3
1 3 5
= 50x −
3 0

Z 500
=
A C 3
B Já a área S2 entre x = 5 e x = a é igual a
, a , a
Y R
S2 = y2 dx − y1 dx
p 5 5
6
p , a
p 4
= (2x2 − 50) dx
2
5
a
2x3
Definindo X a interseção de p1 p4 com p3 p6 , Y a = − 50x
interseção de p1 p4 com p2 p5 , Z a interseção de p3 p6 3 5
com p2 p5 , podemos aplicar o teorema de Menelaus no
triângulo ∆XY Z com diferentes secantes para obter: 2a3 500
= − 50a +
3 3
AX.p2 Y.p3 Z Assim, para S1 = 3S2 , então a > 5 é solução de
secante p2 Ap3 : =1
AY.p2 Z.p3 X 3a3 − 225a + 500 = 0
p1 X.BY.p6 Z sln: a ≈ 7,2
secante p1 Bp6 : =1
p1 Y.BZ.p6 X
11a Questão [Valor: 1,0]
p4 X.p5 Y.CZ Se x(t) é o número de parasitas existentes no tempo t,
secante p4 Cp5 : =1 em uma população hospedeira y(t), a relação entre as
p4 Y.p5 Z.CX
duas populações pode ser descrita por
p3 X.p1 Y.p5 Z
secante p1 p3 p5 (S) : =1 y A eBy = kxR eSx
p3 Z.p1 X.p5 Y
onde A, B, R e S são constantes apropriadas. Pede-se
p6 X.p4 Y.p2 Z dy
secante p1 p3 p5 (R) : =1 determinar .
p6 Z.p4 X.p2 Y dx
Solução:
Usando o conceito de diferencial, têm-se
Multiplicando todas estas relações, tem-se  A−1 A  By  
Ay +y B e dy = kRxR−1 +kxR S eSx dx
AX.BY.CZ    
=1 A R
AY.BZ.CX ⇒ A By
+ B y e dy = + S kxR eSx dx
y x
que, ainda pelo teorema de Menelaus com o triângulo Como y A eBy = kxR eSx , então
∆XY Z, comprova que os pontos A, B e C são coline- R 
ares.
dy
1 x + S2 (R + Sx) y
= =
sln: O que uma questão fundamentalmente de geome- dx A (A + By) x
y +B
tria está fazendo nesta prova de álgebra?

v10 
c SLN
288

Este último passo se verifica já que as seqüências {xn }


12a Questão [Valor: 1,0] {yn } são regulares e então
Uma seqüência (xn )n∈n∗ de números racionais diz-se  
regular se |xm − xn | ≤ m−1 + n−1 , m, n ∈ n∗ . Dada |x1 − x2Kn | ≤ 1 + 2Kn1
|x2Kn | ≤ |x1 | + 1 + 2Kn
1
uma seqüência regular t = (tn )n∈n∗ , defino Kt = me- ⇒
nor inteiro maior que |t1 | + 2. Sejam x e y seqüências |y1 − y2Kn | ≤ 1 + 2Kn1
|y2Kn | ≤ |y1 | + 1 + 2Kn
1

regulares e K = máximo {Kx , Ky }. Defino a seqüência


Logo,
z = (zn )n∈n∗ como zn = x2Kn .y2Kn , n ∈ n∗ . Prove que
(zn )n∈n∗ é uma seqüência regular. K(|x1 | + |y1 | + 2) + 1
+1
Obs: n∗ é o conjunto dos naturais sem o número zero, S2 ≤ n

isto é, n∗ = {1, 2, 3, . . .}. 2K 2


K(|x1 | + |y1 | + 2) + 2
Solução: ≤
Definindo 2K 2
pois n ≥ 1, e assim
D = zm − zn = x2Km y2Km − x2Kn y2Kn
K(|t1 | + 1) + 1
vale a pena verificar a relação S2 ≤
K2
D = x2Km y2Km −x2Km y2Kn +x2Km y2Kn −x2Kn y2Kn onde |t1 | = máx{|x1 |, |y1 |}. Desta forma,
= x2Km (y2Km − y2Kn ) + y2Kn (x2Km − x2Kn ) |t1 | + 1 1
S2 ≤ + 2
= (x2Km − x2Kn )(y2Km − y2Kn ) K K

+x2Kn (y2Km − y2Kn ) + y2Kn (x2Km − x2Kn ) |t1 | + 1 1


≤ +
K K(|t1 | + 3)
de modo que, pela desigualdade triangular, tem-se
(|t1 | + 1)(|t1 | + 3) + 1
|D| ≤ |(x2Km − x2Kn )|.|(y2Km − y2Kn )| =
K(|t1 | + 3)
+|x2Kn |.|(y2Km − y2Kn )|
|t1 |2 + 4|t1 | + 4
=
+|y2Kn |.|(x2Km − x2Kn )| K(|t1 | + 3)
Como {xn } e {yn } são seqüências regulares, então (|t1 | + 2)2

 −1 2 (|t1 | + 3)3
m + n−1
|D| ≤
2K ≤1
 −1  Logo, S2 ≤ 1, e então |D| ≤ (m−1 +n−1 ), de forma que,
m + n−1
+|x2Kn | como explicado anteriomente, {zn } é uma seqüência re-
2K
gular.
 −1 
m + n−1
+|y2Kn |
2K
Definindo
 −1  −1  
m +n−1 m +n−1
S1 = +|x2Kn |+|y2Kn |
2K 2K

devemos mostrar que S1 ≤ (m−1 + n−1 ), de forma a


termos |D| ≤ (m−1 + n−1 ), comprovando que {zn } é
regular. Assim, devemos mostrar que,
m−1 + n−1 |x2Kn | + |y2Kn |
S2 = + ≤1
4K 2 2K
Analisando S2 , e usando o fato de que m, n ≥ 1,
têm-se
1 |x2Kn | + |y2Kn |
S2 ≤ 2
+
2K 2K
K(|x2Kn | + |y2Kn |) + 1
=
2K 2
K(|x1 | + 1 + 1
+ |y1 | + 1 + 1
2Kn ) +1
≤ 2Kn
2K 2

v10 
c SLN
289

IME 1977/1978 - Geometria


Solução:
1a Questão [Valor: 1,0]
Dados os arcos Â, B̂, Ĉ e D̂, todos do primeiro qua- A
drante, e tais que tg  = 1/3, tg B̂ = 1/5, tg Ĉ = 1/7 e
tg D̂ = 1/8, verificar se  + B̂ + Ĉ + D̂ = π/4.
E
H

Solução:
Usando a expressão da tangente do arco-soma, têm-se B B̂ Ĉ C
D

tg  + tg B̂ 1
+ 15 4 a) Da figura, tem-se
3
tg (Â + B̂) = = =
1 − tg  tg B̂ 1 − 13 . 15 7 CE AD CE 2HD
tg B̂ tg Ĉ = . = .
tg Ĉ + tg D̂ 1
+ 18 3 BE CD BE CD
7
tg (Ĉ + D̂) = = 1 1 = 11
1 − tg Ĉ tg D̂ 1 − 7.8 Da semelhança dos triângulos ∆HDC e ∆BEC,
tem-se
HD BE
=
e assim CD CE
e assim
4 3 tg B̂ tg Ĉ = 2
7 + 11
tg (Â + B̂ + Ĉ + D̂) = 3 = 1
1 − 47 . 11 b)

tg  = tg [180o − (B̂ + Ĉ)]


Como a tangente de cada ângulo é menor que 1, então
os ângulos, que pelo enunciado estão no primeiro qua- = − tg (B̂ + Ĉ)
drante, são menores que π4 , e assim sua soma é menor
que π. Logo, tg B̂ + tg Ĉ
=−
1 − tg B̂ tg Ĉ

= tg B̂ + tg Ĉ
π
 + B̂ + Ĉ + D̂ =
4 pois tg B̂ tg Ĉ = 2. Logo, têm-se que

tg B̂ tg Ĉ = 2
tg B̂ + tg Ĉ = tg Â
2a Questão [Valor: 1,0]
Designa-se por (T ) um triângulo ABC no qual sua al- de forma que tg B̂ e tg Ĉ são as raı́zes da equação
tura AD é cortada ao meio no ponto H, pela altura
CE.
x2 − x tg  + 2 = 0

ou seja
a) Demonstrar que as tangentes dos ângulos internos
5
B̂ e Ĉ de um triângulo (T ) verificam a relação
tg  ∓ tg2  − 8
tg B̂. tg Ĉ = 2 (*) tg B̂, tg Ĉ =
2

Logo, deve-se ter tg  ≥ 8. A opção tg  ≤ −2 2,
porém, é inviável pois corresponde a três ângulos
b) Suponha satisfeita a relação (*), dá-se o ângulo Â
obtusos, já que as três tangentes dos ângulos seriam
do triângulo (T ). Calcular os ângulos B̂ e Ĉ. Qual a negativas. Assim, deve-se ter
condição que deve ser satisfeita pelo ângulo  para
que o triângulo (T ) exista? √ √ π
tg  ≥ 2 2 ⇔ arc tg 2 2 ≤  <
2

v10 
c SLN
290

3a Questão [Valor: 1,5] 4a Questão [Valor: 1,5]


Sejam um cı́rculo (O) de centro O, um ponto A fixo Dá-se um icosaedro (I) regular convexo de aresta .
exterior a (O), e um diâmetro BC móvel. a) Calcular o ângulo diedro dˆ de (I). (Apresentar
a) Mostrar que o cı́rculo circunscrito ao triângulo ABC uma expressão trigonométrica, numérica, que per-
passa por um ponto fixo I (I distinto de A). mita calcular o valor do ângulo diedro d). ˆ
b) As retas AB e AC cortam o cı́rculo (O) nos pontos b) Seja V um vértice de (I): V e os vértices de (I)
D e E respectivamente, e DE corta OA em P . Com- adjacentes (isto é, os que são ligados a V por arestas
ˆ B ĈA e B D̂E e mostrar que
parar os ângulos B IA, de (I)), determinam um poliedro (P ) cujas arestas
o quadrilátero IBDP é inscritı́vel, sendo o ponto P são arestas do icosaedro. Calcular o volume de (P )
fixo. em função de .
Obs: Sugere-se que entre as propriedades a serem Solução:
aplicadas na solução deste problema, estejam as da
potência de um ponto em relação a um cı́rculo.
V

Solução:


C M d h
B D
r a

A E
B

D
a) O poliedro (P ) é uma pirâmide de altura H e base
pentagonal ABCDE. Esta base tem lado  e diago-
O I
nal AD = d, que é a raiz positiva da equação
P
" √ #
d  1+ 5
A = ⇒ d − d −  = 0 ⇒ d =
2 2

 d− 2
E
C Pela lei dos cossenos no triângulo ∆AM D, onde dˆ =
AM̂ D, tem-se
" √ #2 " √ #2 " √ #" √ #
3 3 3 3
a) Sejam r o raio de (O) e I a outra interseção da corda 2
d =  +  −2   cos dˆ
AO, com O entre A e I, com o cı́rculo circunscrito 2 2 2 2
ao triângulo ∆ABC. Do conceito de potência do
ponto O em relação a este cı́rculo, tem-se de forma que
√ √
r2 3+ 5 2 3 2 ˆ ⇒ cos dˆ = − 5
OA.OI = OB.OC = r2 ⇒ OI =  =  (1 − cos d)
OA 2 2 3
b) Da figura acima à direita,
que é constante, pois A e O são fixos. Logo, o ponto
I é fixo. √  √
2 5+2 5+1 2 5+2 5
b) Como A, B, C e I estão sobre o mesmo cı́rculo, então 2
h + 2
=d =  ⇒h= 
B ĈA = B IA.ˆ Como B ĈE e B D̂E são ângulos 4 4 2
opostos do quadrilátero inscritı́vel BDEC, então e assim o apótema a da base ABCDE é
(B ĈE + B D̂E) = 180o . Como B ĈE = B ĈA, 2
" √ #
ˆ = B IP
B IA ˆ e B D̂E = B D̂P , então tem-se que 2 h2 − 4 2+ 5 
a + = (h−a) ⇒ a =
2 2
=  √
4 2h 5+2 5 2
ˆ + B D̂P = 180o
B IP
Com isto, a área da base Sb pentagonal é
de forma que o quadrilátero BIP D é inscritı́vel. " √ #
Para verificar que P é fixo, sejam as potências P1 , de 5 2+ 5 5
A em relação a (O), e P2 , de A em relação ao cı́rculo Sb = a =  √
2 5+2 5 4
circunscrito ao quadrilátero BIP D, dadas por
 A altura H de (P ) pode ser determinada como
P1 = AD.AB = (AO−r)(AO+r) 
" √ #2 √
P2 = AD.AB = AP.AI  3 5− 5
2
H +a = 2
⇒H = 
2 10
e assim
AO2 −r2 e o volume V desejado é dado por
AP = 5
AI √ √
Sb H 10(3 + 5) 3 5 + 5 3
Logo, como I é fixo, AP é constante, com P sobre V = =  = 
AO, e então P é fixo. 3 24 24

v10 
c SLN
291

6a Questão [Valor: 1,0]


A tangente e a normal em um ponto M de uma elipse
5a Questão [Valor: 1,0] cortam o eixo focal respectivamente em T e N , sendo
Dado um triedro de vértice S, consideram-se duas os focos F e F  .
seções paralelas: uma fixa ABC, com o triângulo
A1 B1 C1 traçado pelo meio dos lados BC, AC e AB, a) Mostre que o segmento F F  é dividido harmonica-
e outra seção móvel A2 B2 C2 . (A1 é meio de BC, C1 mente por T e N , bem como a razão das distâncias
de AB e B1 de AC, e AA2 , BB2 e CC2 estão respec- de F aos pontos N e M é igual à excentricidade da
tivamente nas arestas SA, SB e SC). Mostrar que as elipse.
retas A1 A2 , B1 B2 , C1 C2 passam por um mesmo ponto b) Se a tangente e a normal citadas cortam o eixo não
e determinar o lugar geométrico desse ponto. focal em T  e N  respectivamente, mostre que o
cı́rculo M T  N  passa pelos focos F e F  .

Solução: T
y

N T
F F x

N

Solução:

a) Seja a elipse descrita por

x2 y2
Podemos transformar o triedro, tornando equiláteras 2
+ 2 =1
a b
as seções triangulares ∆ABC (e conseqüentemente
também o triângulo ∆A1 B1 C1 ) e ∆A2 B2 C2 . Observe cuja reta tangente tem coeficiente angular tal que
que esta transformação é biunı́voca, e, por isto mesmo,
preserva a propriedade de concorrência.
2x dx 2y dy dy b2 x
2
+ 2 =0⇒ =− 2
a b dx a y
Vistas de cima, as projeções das retas A1 A2 , B1 B2
e C1 C2 se confundem com as medianas do triângulo Assim, a reta tangente por M à elipse é descrita por
∆A1 B1 C1 , que são concorrentes no baricentro deste
triângulo, que coincide com o baricentro do triângulo
b2 xM b2
∆ABC. y=− x +
a2 y M yM

Dois pontos médios da seção ∆A2 B2 C2 são ligados e os pontos T e T  ficam determinados por
pela base média que é paralela ao lado correspondente
do triângulo. Tomando a vista lateral em relação a 
este lado, a base média e este lado são vistos como  T ≡ ( a2 , 0)
xM
um ponto. Assim duas das retas A1 A2 , B1 B2 e C1 C2  T  ≡ (0, b2 )
se confundem nesta vista lateral, pois estas duas retas yM
ligam os vértices do lado em questão aos vértices da
base média. Com isto, a concorrência das projeções de Com isto as distâncias T F e T F  são tais que
A1 A2 , B1 B2 e C1 C2 se verifica também nesta vista.
2
T F  xM − c a2 − cxM
a
= a2 = 2
a + cxM
Como as projeções das retas são concorrentes em
TF
duas vistas ortogonais, então as retas são concorrentes xM + c
no espaço.
Dada a reta tangente, a reta normal por M à elipse
Analisando as duas vistas, tem-se que o lugar é descrita por
geométrico do ponto de concorrência das três retas, a
medida que o plano móvel varia, é o segmento que une a2 y M c2 y M
o vértice S ao baricentro do triângulo ∆ABC. y=− 2
x− 2
b xM b

v10 
c SLN
292

e os pontos N e N  ficam determinados por


7a Questão [Valor: 1,5]
 Considere um cone de revolução de vértice V , altura
 N ≡ ( c2 x2M , 0) h, tendo por base um cı́rculo de centro O e raio r. No
a
 N  ≡ (0, c2 yM ) plano da base desse cone toma-se um ponto A, a uma
b2 distância x do ponto O (x > r). Pelo segmento V A
traçam-se dois planos tangentes contendo as geratrizes
Com isto as distâncias N F e N F  são tais que do cone V B e V C (B e C são pontos das geratrizes, e
pertencem ao plano da base).
2
NF c xM − c cx − a2 a) Calcule em função de x, de h e de r o comprimento
a2 M BC, e as distâncias dos pontos B e C ao segmento
= c2 x =
NF 2M + c cxM + a2 V A.
a
b) Determine x de modo que o ângulo dos dois planos
V AB e V AC seja reto. Qual a condição para que
de modo que este problema tenha solução?
TF NF Solução:
=
TF NF
V
b) Vamos mostrar inicialmente que existe uma circun-
ferência C, de centro O e raio r, que passa pelos
pontos F , F  , T  e N  . Seja O ≡ (0, yo ) o ponto
médio de T  e N  , de forma que h
P

b2 c2 yM
yM − b2 b 4 − c2 y M
2
O x A
yo = =
2 2b2 yM r
C
b2 c2 yM
yM + b2 b 4
+ c2 y M
2
r= = 2
2 2b yM V
B

t
Com isto, C passa por T  e N  e é descrita por
r P
v
P
x g d d
O A
d
 2  4 2
b 4 − c2 y M
2
b + c2 y M
2 B C

x2 + y − = C B A

2b2 yM 2b2 yM t

de modo que quando y = 0, têm-se a) Seja P o ponto de V A tal que BP ⊥ V A e CP ⊥


V A. Das figuras acima, definem-se o comprimento
da geratriz do cone g = V B = V C, o comprimento
4b4 c2 yM2
das tangentes t = AB = AC, o comprimento v =
x2 = 2 ⇒ x = ∓c
4b4 yM V A e a distância d = BP = CP . Assim, têm-se
  
e assim C contém os pontos F e F  . g = h2 + r2 ; t = x2 − r2 ; v = h2 + x2
Para verificar que M pertence a C, seja y = yM na Dos triângulos retângulos ∆OBA e ∆V CA, têm-se
equação de C. Assim, tem-se √
BC 2r x2 − r2
 2  4 2 .x = rt ⇒ BC =
b 4 − c2 y M
2
b + c2 y M
2 2 x
x + yM −
2
= √ √
2b2 yM 2b2 yM h2 + r2 . x2 − r2
dv = gt ⇒ d = √
b 4 − c2 y M
2 h2 + x2
⇒ x2 + yM
2
− 2
= c2 b) Com BP ⊥ CP , do triângulo ∆BP C, tem-se
b
(b2 + c2 ) 2 BC 2 = BP 2 + CP 2 = 2d2
⇒ x2 + yM = (b2 + c2 )
b2
Logo, do item anterior, tem-se
x2 y2
⇒ 2 + M =1 4r2 (x2 − r2 ) (h2 + r2 )(x2 − r2 )
a b2 2
=2
x (h2 + x2 )
que é a equação da elipse, com a2 = (b2 + c2 ). Logo, √
de forma que, dado que x > r 2, então
x = xM e então M pertence a C.
rx
Logo, a circunferência C definida por M , T  e N  h= √
passa por F e F  , como era desejado demonstrar. x − 2r2
2

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293

Analisando a figura da projeção, tem-se que o raio r


8a Questão [Valor: 1,5] da semi-esfera é dado por R cos α, y0 e 1/3 da altura
Dá-se uma semi-esfera cuja base é um cı́rculo (C) de do triângulo equilátero de lado 2x0 . Assim,
raio r. Corta-se a semi-esfera por um plano π paralelo √
à base, o qual determina sobre a semi-esfera um cı́rculo 1 2x0 3
(C1 ) de raio x. Estabeleça a relação entre x e r para r = R cos α + y0 + .
3 2
tornar possı́vel traçar sobre a semi-esfera três cı́rculos √ √
tangentes aos cı́rculos (C) e (C1 ) e também tangentes R 3 cos2 α R 3
entre si dois a dois. = R cos α + √ + √
1 + 3 cos2 α 3 1 + 3 cos2 α
Solução: √ √
R 3 1 + 3 cos2 α
= R cos α +
3
x
Usando o fato de que 2R cos α = (r − x), tem-se
α
R
√ √
r − x R 3 1 + 3 cos2 α
r r= +
H
2 3
√ 
h R
⇒ 3(r + x) = 2R 3 1 + 3 cos2 α
r−x α
r que elevada ao quadrado, nos diz que
3(r + x)2 = 4R2 (1 + 3 cos2 α)
Sejam R, o raio dos três cı́rculos tangentes dois a
dois, e α, o ângulo do plano de um destes cı́rculos com  2
r−x
o plano da base da semi-esfera. Da figura acima, tem-se = 2r(r − x) + 12
2
R r−x
cos α = = ⇒ 2R2 = r(r − x)
r 2R
Desenvolvendo esta equação, encontra-se
y
12(r2 +2rx+x2 ) = 8r2 −8rx+12(r2 −2rx+x2 )
e assim
r = 7x

(x0 , y0 )
2x0
y0 x

2R cos α −30o
2R

Os três cı́rculos quando projetados na base da semi-


esfera geram três elipses, também tangentes entre si
duas a duas, e de eixos principal 2R e secundário
2R cos α. Logo, uma destas elipses pode ser descrita
por
x2 y2
+ =1
R2 R2 cos2 α
cuja reta tangente tem coeficiente angular tal que
2x dx 2y dy dy x cos2 α
2
+ 2 2
=0⇒ =−
R R cos α dx y
Determinando o ponto (x0 , y0 ) da elipse para o qual
a tangente faz um ângulo de −30o com o eixo x, tem-se

dy 3 √
= tg(−30o ) = − ⇒ y0 = 3x0 cos2 α
dx 3
que, na equação da elipse, dá que

2
x0 2 2
3x0 cos α  x0 = ∓ √ R 2
1+3 cos α
+ = 1 ⇒ √
R2 R2  y0 = ∓ √R 3 cos22α
1+3 cos α

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