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TÉCNICAS DE

NECROPSIA
• Comentando historicamente e
tecnicamente as quatro técnicas de
necropsia usadas;

TÉCNICAS DE • Técnicas: Cada serviço de Patologia


NECROPSIA tem sua própria técnica de necropsia,
que na verdade é variante de uma
das quatro técnicas básicas - de
Virchow, Ghon, M. Letulle e de
Rokitansky.
• Virchow os órgãos são
retirados um a um e
examinados posteriormente.
• Ghon, a evisceração se dá através de
monoblocos de órgãos
TÉCNICAS DE anatômicamente/ou funcionalmente
relacionados.
NECROPSIA • M. Letulle o conteúdo das
cavidades torácica e abdominal é
retirado em um só monobloco.
• Rokitansky os órgãos são retirados
isoladamente após terem sido
abertos e examinados "in situ“.
• Nos IMLs as técnicas mais usadas são as
de Virchow e Letulle. Estas técnicas foram
desenvolvidas por médicos brilhantes. A
técnica de Rokitansky é muito prática em
exames no IML e SVO, devido sua
praticidade. Quando em morte natural, o
médico vai examinar a fundo o ponto de
TÉCNICAS DE óbito ou seja; vai direto na causa da morte.
Na técnica de Letulle, a retirada completa
NECROPSIA serve para exames detalhados de vísceras
e muito útil também em SVO.A técnica de
Virchow é mais usada em IML para casos
de morte natural, onde se examina por
dentro, mas pra retirar vai direto na causa
da morte. A técnica de Ghon é mais usada
em SVO, principalmente nos Hospitais
escola.
TÉCNICA DE
ROKITANSKY
• Carl von Rokitansky nasceu
• em Boêmia (Áustria) . Ele estudou
• na Charles University em Praga (1821-
1824) e obteve um doutorado em
medicina em 6 de março de 1828
• na Universidade de Viena. Em 1830, ele
se tornou assistente de Johann Wagner,o
professor de anatomia patológica, Ele se
tornou professor titular dez anos depois.
Em 1866 já tinha, já tinha feiro mais de 30
mil necropsias.
• Técnica de Rokitansky: Esta é a primeira técnica
de Necropsia completa descrita e baseia- se em
três conceitos : ectoscopia, avaliação dos
orgãos e inspeção do monobloco.
Fodiesenvolvida em 1842 por Carl Von
Rokitansky, o qual realizou a associação dos
TÉCNICA DE sintomas das doenças com lesões verificadas
nos cadáveres. Os orgãos do cadáver são
ROKITANSKY abertos e examinados no sítio anatômico (
dissecção visceral in situ e análise das
extruturas anatômicas in locu), sendo retirados
isoladamente logo em seguida. Para retirada
dos orgãos, é seguido o sentido cefalocaudal.
Assim, este tipo de análise é fundamentado na
anatomia organológica.
TÉCNICAS DE
NECROPSIA
TÉCNICA DE GHON
Anton Ghon (1 de janeiro de 1866 - 23 de abril
de 1936) era um patologista austríaco natural
de Villach .Em 1890, ele se formou em
medicina em Graz e depois passou vários anos
no instituto de patologia de Viena , onde
trabalhou . Em 1910, tornou-se professor
de anatomia patológica na Universidade
Alemã de Praga . Ghon era especialista no
campo da bacteriologia e é lembrado por seu
trabalho com meningite e tuberculose . Seu
nome é emprestado ao foco de Ghon , que é
uma infecção primária associada à
tuberculose, bem como ao complexo de Ghon
- quando a infecção acima mencionada.
• Técnica de Ghon: Esta técnica foi desenvolvida
em 1890 por Anton Ghon, o qual modificou a
técnica de Rokitansky. A evisceração do
cadáver ocorre por monoblocos de orgãos que
são agrupados por semelhanças anatômicas ou
TÉCNICA DE funcionais. Nesta técnica o exame interno é
realizado na seguinte ordem:
GHON • Abertura do Crânio (remoção do
cérebro e remoção da hipófise).
• Abertura da cavidade toracoabdominal (
com incisão descendente em forma de Y).
• 1º Monobloco - Estruturas anatômicas que
se encontram no mediastino e se
estendem aos pulmões e órgãos da boca
e pescoço.
TÉCNICA DE • 2º Monobloco - Sistema Digestório.
• 3º Monobloco - Sistema
GHON urogenital masculino ou
feminino.
• 4º Monobloco - Segmento terminal
do duodeno, jejuno, íleo e cólon.
TÉCNICA DE GHON

TÉCNICA DE
GHON
TÉCNICA DE
VIRCHOW
• Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de
outubro de 1821 — Berlim, 5 de setembro de
1902) foi um médico e político alemão.É
considerado o pai da patologia moderna e da
medicina social, além de antropólogo e político
liberal (Partido Progressista Alemão e Partido
Livre-Pensador Alemão). Foi ele quem elucidou o
mecanismo
do tromboembolismo, cujos fatores são
conhecidos até hoje como tríade de Virchow. Foi o
primeiro a publicar um trabalho científico sobre
leucemia, pelo qual todas as formas de lesão
orgânica começam com alterações moleculares ou
estruturais das células. Foi ele quem disse que as
doenças eram uma mudança na célula.
• Técnica de Virchow: foi desenvolvida em 1893 por Rudolf
Virchow. Todos os orgãos são removidos
(individualmente) e examinados cuidadosamente, fora
do local anatômico. É importante na patologia forense e
TÉCNICA DE requer um conhecimento profundo de anatomia.
Realiza- se uma incisão medial, com início na margem
VIRCHOW
inferior do mento até o púbis, descolamento dos tecidos
moles e retirada dos órgãos, um por vez. Cada órgão é
examinado de forma extremamente detalhada.
TÉCNICA DE VIRCHOW

TÉCNICA DE
VIRCHOW
TÉCNICA DE LETULLE
• Maurice Joseph Lucien Eleonor
Letulle,(19 março de 1853 à 1 janeiro
1929), é um especialista
em patologia e professor associado da
Faculdade de Medicina de Paris . Ele
ocupa a cadeira de anatomia
patológica de Paris (1917).Ele é um
membro pleno
da Academia de
Medicina ( 1 dezembro 1908 – 1
janeiro 1929) .
• Técnica de Letulle: Esta técnica foi desenvolvida em
1900. É realizada uma incisão nas cavidades torácica
e abdominal e o conteúdo é retirado em um único
bloco. Realiza- se primeiramente a ectoscopia
(exame externo), verificando nesta etapa o
desenvolvimento do esqueleto, anotando possíveis
TÉCNICA DE deformidades e anomalias, estado de nutrição,
fenômenos cadavéricos, aspecto da pele (incluindo
lesões, cicatrizes e tatuagens) e secreções. Realiza –
LETULLE se o estudo do crânio e medula espinhal, em seguida
do pescoço, tórax, abdome e vísceras. A finalização
dos procedimentos de Necropsia ocorre com a
devolução das vísceras ao interior do cadáver,
restauração e limpeza do corpo.
AUTOPSIA CRANIANA

• 1. Isso é feito colocando o corpo na mesa de autópsia em


decúbito dorsal, com o pescoço e occipital descansando em
um descanso cabeças para levantar o crânio da superfície
da mesa de maneira a facilitar a manobra de incisão na
ABERTURA pele e o corte com a serra
• 2. É feita uma incisão coronal no bisturi de um
DA pavilhão auricular para o outro, atingindo em
profundidade até o periósteo.
CAVIDADE • 3. A próxima operação a ser realizada será a separação
CRANIANA dos planos periódico-cutâneo para a frente e para trás
para expor o crânio nu.
• 4. O crânio é cortado com uma serra circular (de
preferência com sucção embutida) começando pela
frente, até atingir o mesmo ponto. A profundidade do
corte não deve exceder a dura- máter.
ABERTURA
DA
CAVIDADE
CRANIANA
• Primeiramente deve-se idealizar uma
incisão adequada para que a cavidade
possa ser bem visualizada, o que facilita
o trabalho do técnico de necropsia e do
médico.
ABERTURA
• Incisão horizontal biacromial e depois
TORACO vertical desde a fúrcula external até a
sínfise púbica, contornando a cicatriz
ABDOMINAL umbilical.

• Toda alteração ou anormalidade


deve ser cuidadosamente anotada
e investigada.
ABERTURA
TORACO
ABDOMINAL
• Secção da pele do pescoço daquela do
tórax e dissecção da mesma até a face
interna da mandíbula para penetrar-se
NECROPSIA na cavidade oral. Liberação do segmento
cervical ao nível do palato duro e coluna
REGIÃO cervical. A evisceração implica também
CERVICAL na abertura e/ou secção das vísceras
bem como na retirada de fragmentos de
tecido para o exame microscópico.
• Abordagem posterior de escolha em autópsia
limitada (família, médico, etc.). Incisão
longitudinal após linha de processo espinhoso,
NECROPSIA corte profundamente separando para um lado e
outro músculos Inter espinhais para facilitar o
DE MEDULA corte de chapas, com serra de rotação cortada
de cima, da parte do osso já separada para
ESPINHAL expor a medula espinhal . É cortado acima
(porções cervicais) e puxa o cordão com sua
cobertura meníngea.
NECROPSIA
DE MEDULA
ESPINHAL
Geralmente, a técnica de necropsia utilizada em
fetos, recém-nascidos e lactentes é similar à que
se emprega em indivíduos adultos, com algumas
NECROPSIA EM variações que serão discutidas adiante. Há de se
FETOS, RECÉM- considerar que a maior dificuldade nesse tipo de
NASCIDOS E exame encontra-se na grande diferença de
tamanho, pois seus órgãos são comparativamente
LACTENTES menores.
Uma série de mensurações essenciais devem ser
incluídas no exame externo, como peso corporal,
comprimentos cabeça-calcãneo e cabeça- nádega,
bem como a aferição do diâmetro biparietal e das
NECROPSIA EM circunferências da cabeça, do tórax e do abdome.
FETOS, RECÉM- O peso dos órgãos internos maiores, sobretudo
NASCIDOS E cérebro, coração, pulmões, timo, fígado, baço,
rins e adrenais, também deve ser medido. O
LACTENTES comprimento do fémur é de importante valia no
cálculo da idade gestacional.
• Em fetos com menos de 12 semanas de gestação
ou comprimento inferior a 70mm, como são
muito pequenos, o método recomendado e
acessível consiste no corte global do embrião
NECROPSIA EM em fatias de aproximadamente 1 cm, para
FETOS, RECÉM- exame em microscópio de dissecção. A partir do
segundo trimestre de gestação, pode-se
NASCIDOS E proceder à necropsia convencional, com
LACTENTES remoção dos órgãos em bloco para inspeção,
deixando os rins, os ureteres e a bexiga in situ
para exame posterior.
• Com relação ao exame da cabeça, utiliza-se a
incisão bimastóidea, assim como no adulto. O
uso corrente de abrir o crânio com serra é
eficiente para crianças maiores, ainda que não
NECROPSIA EM seja aconselhável em fetos e recém-nascidos,
FETOS, RECÉM- nos quais está indicado o emprego de tesouras
NASCIDOS E fortes para efetuar um corte em forma de cruz,
no sentido das fontanelas e linhas de sutura,
LACTENTES separando-se os ossos como se fossem pétalas
de uma flor.
NECROPSIA EM FETOS,
RECÉM- NASCIDOS
E LACTENTES

• A incisão externa do pescoço e do tronco


pode ter início na região submentoniana ou
biacromial, seguindo a linha média nas
regiões esternal e epigástrica, onde deverá
cercar o umbigo de ambos os lados, com
desvio oblíquo para baixo e para fora, em
forma de "V" invertido, para garantir a
integridade dos vasos sanguíneos umbilicais
durante a sua apreciação.

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