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SWEENEY Estatística Aplicada
SWEENEY Estatística Aplicada
ESTATÍSTICA
à administração e economia
APLICADA
ESTATÍSTICA Tradução da 6ª edição norte-americana
APLICADA
à administração e economia
Dennis J. Sweeney ESTATÍSTICA OUTRAS OBRAS
APLICADA
Estatística básica
Thomas A.Williams Sonia Vieira
David R. Anderson
Estatística para economistas
4ª edição revista e ampliada
Estatística aplicada à administração e economia apresenta uma introdução
à administração e economia Rodolfo Hoffmann
Thomas A.Williams
David R. Anderson
Dennis J. Sweeney
conceitual à estatística e suas aplicações. Orientado à análise de dados e
de metodologia estatística, o texto oferece uma boa preparação para o Probabilidade e estatística para
estudo de material estatístico mais avançado. Apresenta uma didática engenharia e ciências
muito bem estruturada, com exercícios que exigem que os alunos utili- Também disponível em e-book
zem fórmulas e material do capítulo em situações reais. Além de outros Jay L. Devore
recursos didáticos como tabelas, gráficos, anotações de margem e glos-
sário, esta edição apresenta conteúdo atualizado com novos apêndices, Inferência estatística
Tradução da 2ª edição
novos estudos de caso e outros tópicos, como ética e novas abordagens norte-americana
sobre coletas de dados. Traz ainda novas opções de estatística adicio- George Casella e Roger L. Berger
nais para os usuários do Excel.
Tradução da 6ª edição
norte-americana
Aplicações: Livro-texto para a disciplina estatística nos cursos
de Administração e Economia. É uma obra muito útil para todos
que utilizam ferramentas estatísticas nas áreas de contabilidade,
finanças, marketing, entre outras.
Trilha é uma solução digital, com plataforma de acesso em português, que disponibiliza
ferramentas multimídia para uma nova estratégia de ensino e aprendizagem.
Dennis J. Sweeney
ISBN 13 978-85-221-1281-4
ISBN 10 85-221-1281-9
Thomas A.Williams
David R. Anderson
Para suas soluções de curso e aprendizado,
visite www.cengage.com.br
9 7 8 8 5 2 2 11 2 8 1 4
Estatística Aplicada à
Administração e Economia
Tradução da 6a edição norte-americana
3a edição brasileira
Dennis J. Sweeney
University of Cincinnati
Thomas A. Williams
Rochester Institute of Technology
David R. Anderson
University of Cincinnati
Tradução
Solange Aparecida Visconti
Revisão Técnica
Cléber da Costa Figueiredo
Professor Adjunto I da ESPM – Campus Álvaro Alvim – SP.
Austrália Brasil Japão Coreia México Cingapura Espanha Reino Unido Estados Unidos
Dedicado a
Márcia, Cherri e Robbie
Sumário
Prefácio xv
Agradecimentos xix
Sobre os autores xxiii
Capítulo 1 Dados e a estatística.............................................................................................. 1
1.1 Aplicações em administração e economia...................................................................... 3
Contabilidade..................................................................................................................... 3
Finanças.............................................................................................................................. 3
Marketing........................................................................................................................... 3
Produção............................................................................................................................. 4
Economia............................................................................................................................ 4
1.2 Dados................................................................................................................................. 4
Elementos, variáveis e observações.................................................................................... 5
Escalas de medição............................................................................................................. 6
Dados categorizados e quantitativos.................................................................................. 7
Dados de seção transversal e de série temporal................................................................. 7
1.3 As fontes de dados............................................................................................................ 8
Fontes existentes............................................................................................................... 10
Estudos estatísticos........................................................................................................... 11
Erros na obtenção de dados.............................................................................................. 12
1.4 Estatística descritiva...................................................................................................... 13
1.5 Inferência estatística...................................................................................................... 14
1.6 Computadores e a análise estatística............................................................................ 16
1.7 Mineração (data mining) ................................................................................................ 16
1.8 Diretrizes éticas para a prática estatística.................................................................... 18
Resumo................................................................................................................................... 19
Glossário................................................................................................................................ 20
Exercícios suplementares...................................................................................................... 21
Apêndice Uma introdução ao StatTools........................................................................... 29
vii
viii Estatística aplicada à administração e economia
Ogiva................................................................................................................................ 47
2.3 Análise exploratória dos dados: a apresentação de ramo-e-folhas............................. 53
2.4 Tabulações cruzadas e diagramas de dispersão........................................................... 58
Tabulação cruzada............................................................................................................ 58
Paradoxo de Simpson....................................................................................................... 61
Diagrama de dispersão e linha de tendência.................................................................... 62
Resumo................................................................................................................................... 70
Glossário................................................................................................................................ 71
Fórmulas-chave..................................................................................................................... 72
Exercícios suplementares...................................................................................................... 72
Estudo de Caso 1 Pelican Stores........................................................................................... 79
Estudo de Caso 2 Indústria cinematográfica....................................................................... 80
Apêndice 2.1 Métodos tabulares e gráficos utilizando o Minitab....................................... 81
Apêndice 2.2 Métodos tabulares e gráficos utilizando o Excel........................................... 83
Apêndice 2.3 Métodos tabulares e gráficos utilizando o StatTools..................................... 91
Fórmulas-chave................................................................................................................... 139
Exercícios suplementares.................................................................................................... 141
Estudo de Caso 1 Pelican Stores......................................................................................... 146
Estudo de Caso 2 Indústria cinematográfica..................................................................... 147
Estudo de Caso 3 Transações no site da Heavenly Chocolates........................................ 148
Apêndice 3.1 Estatística descritiva utilizando o Minitab.................................................. 149
Apêndice 3.2 Estatística descritiva utilizando o Excel...................................................... 151
Apêndice 3.3 Estatísticas descritivas usando StatTools.................................................... 153
Fórmulas-chave................................................................................................................... 237
Exercícios suplementares.................................................................................................... 238
Apêndice 5.1 Distribuições discretas de probabilidade com o Minitab............................ 241
Apêndice 5.2 Distribuições discretas de probabilidade com o Excel................................ 241
Índice.................................................................................................................................... 685
Prefácio
O objetivo do livro Estatística aplicada à administração e aconomia é oferecer aos alunos, princi-
palmente àqueles das àreas de administração e economia, uma introdução conceitual ao campo da
Estatística e suas muitas aplicações. O texto é orientado à prática e foi escrito tendo em mente as
necessidades do aluno não matemático; o único pré-requisito exigido é o conhecimento de álgebra.
As aplicações de análise de dados e metodologia estatística são parte integrante da organização
e apresentação do conteúdo deste livro. A discussão e o desenvolvimento de cada técnica são apre-
sentados em um conjunto de aplicações, com os resultados estatísticos fornecendo critérios para
decisões e soluções de problemas.
Apesar de o livro ser orientado a aplicações, tivemos o cuidado de proporcionar um desenvolvi-
mento metodológico correto e de utilizar a notação geralmente aceita para o tópico em discussão.
Assim, os alunos descobrirão que o texto oferece boa preparação para o estudo de material esta-
tístico mais avançado. Uma bibliografia revisada e atualizada para orientar estudos adicionais foi
incluída como apêndice.
O livro apresenta os pacotes Minitab 15 e Microsoft® Office Excel® 2007 e enfatiza o papel da
computação na aplicação da análise estatística. O Minitab pode ser visto como um dos principais
pacotes estatísticos destinados tanto à educação quanto à prática estatística. O Excel não é um
pacote estatístico, mas sua ampla disponibilidade e uso tornam-no importante para que os alunos
compreendam as capacidades estatísticas desse pacote. Nesta edição, trabalhamos com um suple-
mento comercial do Excel, o StatTools1, que amplia o alcance das opções de estatística para os
usuários do Excel. Os procedimentos referentes ao Minitab, ao Excel e ao StatTools são fornecidos
nos apêndices dos capítulos, de modo que os professores tenham a flexibilidade de utilizar tanta
ênfase computacional quanto desejarem para o curso.
É provável que haja usuários tanto do Excel 2007 como do Excel 2010 utilizando este livro.
Para atender a esses dois grupos de usuários, os procedimentos passo a passo e as planilhas apre-
sentados em nossos apêndices a respeito do Excel foram desenvolvidos e testados utilizando tanto
o Excel 2007 quanto as versões beta públicas do Excel 2010.
1
N.E.: StatTools é um produto comercial, desenvolvido pela Palisade Corporation. Entre em contato
com o fornecedor para adquiri-lo em www.palisade.com.
xv
xvi Estatística aplicada à administração e economia
Revisões de conteúdo
• Suplemento StatTools para o Excel. O Excel 2007 não contém funções estatísticas nem
ferramentas de análise de dados para realizar todos os procedimentos estatísticos discutidos
neste livro. O StatTools é um suplemento comercial do Excel 2007, desenvolvido pela Pa-
lisade Corporation, que fornece opções de estatística adicionais para os usuários do Excel.
No Apêndice do Capítulo 1 e de outros capítulos são apresentadas as etapas requeridas para
implementar um procedimento estatístico utilizando o StatTools.
Foi tomado o devido cuidado para que o StatTools fosse uma ferramenta completamente op-
cional, de modo que os professores que quiserem ensinar recorrendo às ferramentas padrão
disponíveis no Excel 2007 possam continuar a fazer isso. Mas os usuários que preferirem
recursos adicionais que não estão disponíveis no Excel 2007 agora poderão ter acesso a um
suplemento de estatística profissional que os alunos poderão continuar a utilizar no local de
trabalho.
• Modificação na terminologia referente à natureza dos dados. Na edição anterior, dados
nominais e ordinais foram classificados como qualitativos; os dados intervalares ou em es-
cala de razões foram classificados como quantitativos. Nesta edição, os dados nominais e
ordinais foram denominados dados categóricos. Os dados nominais e ordinais utilizam rótu-
los ou nomes para identificar categorias de itens similares. Desse modo, acreditamos que o
termo categórico seja mais descritivo desse tipo de dados.
• Introduzindo mineração. Uma nova seção no Capítulo 1 apresenta o campo relativamente
novo da mineração. Oferecemos uma breve visão geral de mineração e do conceito de arma-
zenamento de dados. Também descrevemos como os campos da estatística e da ciência da
computação se unem para tornar a mineração operacional e valiosa.
• Questões éticas na estatística. Outra seção nova no Capítulo 1 oferece uma discussão con-
cernente a questões éticas ao apresentar e interpretar informações estatísticas.
• Apêndice atualizado do Excel para estatísticas descritivas tabulares e gráficas. O Apên-
dice de final de capítulo sobre o Excel, do Capítulo 2, mostra como as Ferramentas de Gráfi-
co, o Relatório de Tabela Dinâmica e o Relatório de Gráfico Dinâmico podem ser utilizados
para aprimorar os recursos destinados a exibir estatísticas descritivas tabulares e gráficas.
• Análise comparativa com box plots. A abordagem dos box plots no Capítulo 2 foi expan-
dida para incluir comparações rápidas e fáceis de dois ou mais conjuntos de dados. Dados
típicos a respeito de salários iniciais para estudos de contabilidade, finanças, administração
e marketing são utilizados para ilustrar comparações de diversos grupos com box plots.
• Material de amostragem revisado. A introdução do Capítulo 7 foi revisada e agora inclui
os conceitos de uma amostra populacional e de um sistema de referências. A distinção entre
a amostragem em uma população finita e em uma população infinita foi esclarecida, com a
amostragem de um processo utilizado para ilustrar a seleção de uma amostra aleatória a partir
de uma população infinita. A seção Recomendação Prática enfatiza a importância de se ob-
ter estreita correspondência entre a amostra populacional e a população-alvo.
• Revisão da introdução aos testes de hipóteses. A Seção 9.1, Desenvolvendo as hipóteses
nula e alternativa, foi revisada. Um melhor conjunto de diretrizes foi desenvolvido para
identificar as hipóteses nula e alternativa. O contexto da situação e a razão para se considerar
uma amostra são fundamentais. Em situações nas quais o foco está em encontrar evidências
Prefácio xvii
Características e pedagogia
Continuamos com muitas das características introduzidas em edições anteriores. Algumas das mais
importantes são destacadas a seguir.
Exercícios de autoteste
Muitos exercícios são identificados como exercícios de Autoteste. Soluções completas para tais
exercícios são fornecidas no Apêndice D, no final do livro. Os alunos podem tentar resolvê-los e
imediatamente verificar as respostas para avaliar sua compreensão dos conceitos apresentados no
capítulo.
Gostaríamos de agradecer pelo trabalho de nossos revisores, que forneceram seus comentários e suges-
tões sobre as formas de continuar a melhorar nosso livro. Agradecemos a:
xix
xx Estatística aplicada à administração e economia
Continuamos em débito com muitos de nossos colegas e amigos por seus úteis comentários e sugestões
no desenvolvimento desta edição e de edições anteriores de nosso livro. Entre eles, estão:
Um agradecimento especial a nossos associados das empresas e da indústria, que nos forneceram os
recursos referentes à seção “Estatística na Prática”. Em cada um dos artigos, há créditos individuais de
agradecimento. Por fim, também agradecemos ao nosso editor Sênior de Aquisições, Charles McCor-
mick, Jr., à editora de Desenvolvimento, Maggie Kubale, à gerente de Projeto de Conteúdo, Jacquelyn
K. Featherly, à gerente de Projeto na MPS Content Services, Lynn Lustberg, ao gerente de Marketing,
Adam Marsh, ao editor de Mídia, Chris Valentine, e a outros profissionais na Cengage South-Western,
por seu apoio e orientação editorial durante a preparação desta obra.
Dennis J. Sweeney
Thomas A. Williams
David R. Anderson
Sobre os autores
11
Dados e a estatística
CONTEÚDO
1
2 Estatística aplicada à administração e economia
ESTATÍSTICA na PR Á TIC A
*Os autores agradecem a Charlene Trentham, gerente de Pesquisas da BusinessWeek, por fornecer esta Estatística na Prática.
• O preço médio nacional da gasolina comum atingiu $ 4,00 por galão pela primeira vez na
história (site da Cable News Network, 8 de junho de 2008).
• O time do New York Yankees obteve os mais elevados salários da liga profissional de beise-
bol. A folha de pagamento total é de $ 201.449.289, com um salário mediano de $ 5.000.000
(USA Today Salary Data Base, setembro de 2009).
• A Média Industrial do Índice Dow Jones fechou a 10,664 (The Wall Street Journal, 12 de
janeiro de 2010).
Os fatos numéricos contidos nessas afirmações ($ 165.000, 79%, 25,3 minutos, 73%, $ 4,00,
$ 201.449.289, $ 5.000.000 e 10,664) denominam-se estatísticas. Desse modo, o termo estatística
se refere a fatos numéricos, como médias, medianas, percentuais e índices, que nos ajudam a com-
preender uma variedade de situações administrativas e econômicas. Entretanto, como veremos, a
área ou o objeto da estatística envolve muito mais do que fatos numéricos. Em um sentido mais
amplo, estatística é a arte e a ciência de coletar, analisar, apresentar e interpretar dados. Especial-
mente na área da administração e economia, as informações obtidas por meio de coleta, análise,
apresentação e interpretação dos dados proporcionam aos gerentes e tomadores de decisões uma
melhor compreensão do ambiente empresarial e econômico e, assim, capacita-os a tomar decisões
Capítulo 1 Dados e a estatística 3
mais fundamentadas e de melhor qualidade. Neste livro, enfatizamos o uso da estatística para a
tomada de decisões nas áreas de administração e economia.
O Capítulo 1 começa com algumas ilustrações da aplicação da estatística no setor de ad-
ministração e economia. Na Seção 1.2, definimos o termo dados e introduzimos o conceito de
conjunto de dados. Essa seção também apresenta termos-chave, como variáveis e observações,
discute a diferença entre dados quantitativos e categorizados e ilustra o uso de dados transversais
e de séries temporais. A Seção 1.3 discute como é possível obter dados de fontes existentes ou
por intermédio de pesquisa e estudos experimentais idealizados para obter novos dados. O im-
portante papel que a Internet desempenha na obtenção de dados também é realçado. A utilização
de dados para desenvolver estatística descritiva e fazer inferências estatísticas será descrita nas
Seções 1.4 e 1.5. As últimas três seções do Capítulo 1 apresentam o papel dos computadores na
análise estatística, uma introdução ao campo relativamente novo da mineração e uma discussão
sobre as diretrizes éticas para a prática estatística. O Apêndice no final do capítulo inclui uma
introdução ao StatTools, que pode ser utilizado para ampliar as opções estatísticas destinadas aos
usuários do Microsoft Excel.
Contabilidade
Empresas públicas de contabilidade utilizam procedimentos de amostragem estatística ao reali-
zarem auditorias para seus clientes. Por exemplo, suponha que uma firma de contabilidade queira
determinar se o valor das contas a receber indicado na folha de balancete de um cliente representa
fielmente o valor real das contas a receber. Geralmente, o grande número de contas a receber indi-
viduais torna a revisão e validação de cada conta algo demasiadamente demorado e dispendioso.
A prática comum nessas situações é a equipe de auditores selecionar um subconjunto das contas,
denominado amostra. Depois de revisar a exatidão das contas amostradas, os auditores concluem
se o valor das contas a receber apresentado na folha de balancete do cliente é aceitável.
Finanças
Os analistas financeiros usam uma série de informações estatísticas para orientar suas recomendações
de investimentos. No caso dos títulos financeiros, os analistas revisam uma série de dados financeiros
que incluem os índices de preço/ganhos ou lucros e a rentabilidade em dividendos. Comparando a
informação correspondente a um título individual com as informações sobre a média do mercado de
ações, o analista financeiro pode concluir se um título individual está valorizado ou desvalorizado.
Por exemplo, a revista Barron’s (18 de fevereiro de 2008) publicou que a média dos índices de preço/
ganhos ou lucros dos 30 títulos da Média Industrial Dow Jones era de 2,45%. O Altria Group apre-
sentava um índice de preço/ganhos ou lucros igual a 3,05%. Nesse caso, as informações estatísticas
sobre os rendimentos obtidos indicavam um maior rendimento conquistado pelo Altria Group do que
a média em comparação aos títulos da Dow Jones. Portanto, um analista financeiro poderia concluir
que os títulos do Altria Group estavam valorizados. Essa e outras informações sobre o Altria Group
ajudariam o analista a recomendar a compra, venda ou manutenção dos títulos.
Marketing
Scanners eletrônicos utilizados nas caixas registradoras das lojas de venda a varejo coletam dados
que são usados em uma série de aplicações de pesquisa de marketing. Por exemplo, fornecedores
4 Estatística aplicada à administração e economia
de dados como a ACNielsen e a Information Resources Inc. compram dados colhidos por scanners
eletrônicos localizados em pontos de venda de mercearias, processam esses dados e depois vendem
seus resumos estatísticos a empresas de manufatura. Empresas manufatureiras gastam centenas de
milhares de dólares por categoria de produto para obter esse tipo de informação. A indústria tam-
bém compra dados e resumos estatísticos a respeito de atividades promocionais, como a fixação
de preços especiais e o uso de exibições em vídeo nas lojas. Gerentes de marca podem revisar os
dados estatísticos dos scanners e os dados estatísticos da atividade promocional para obter um
entendimento melhor da relação entre as atividades promocionais e as vendas. Esse tipo de análise
muitas vezes é útil para estabelecer as futuras estratégias de marketing para os vários produtos.
Produção
A atual ênfase na qualidade torna o controle da qualidade uma importante aplicação da estatística
na área de produção. Utiliza-se uma série de mapas estatísticos de controle da qualidade para mo-
nitorar o resultado (output) de um processo de produção. Em especial, pode-se usar uma carta de
controle para X-barra para monitorar a média do produto. Suponha, por exemplo, que uma máqui-
na preencha recipientes com 355 ml de determinado refrigerante. Periodicamente, um funcionário
do setor de produção seleciona uma amostra dos recipientes e calcula a quantidade média de refri-
gerante em mililitros. Essa média, ou valor X-barra, é traçada na carta de controle. Um valor acima
do limite máximo de controle no gráfico mostra que o recipiente tem um volume de refrigerante
maior que o especificado, e um valor abaixo do limite mínimo de controle no gráfico mostra que
o recipiente tem um volume menor do que o especificado. O processo é chamado “sob controle” e
pode prosseguir contanto que as médias traçadas se situem entre os limites de controle máximo e
mínimo indicados na carta de controle. Adequadamente interpretada, uma carta de controle pode
ajudar a estabelecer quando há a necessidade de ajustes para corrigir o processo de produção.
Economia
Os economistas frequentemente fornecem previsões sobre o futuro da economia ou algum aspecto
dela. Eles usam uma série de informações estatísticas para fazer essas previsões. Por exemplo, ao
preverem as taxas de inflação, usam informações estatísticas de indicadores como o índice de pre-
ços do produtor, a taxa de desemprego e a utilização da capacidade de produção industrial. Com
frequência esses indicadores estatísticos são inseridos em modelos de previsão computadorizados
que preveem as taxas de inflação.
Aplicações de estatística como as que descrevemos nesta seção são parte integrante deste livro.
Os exemplos constituem uma visão geral da amplitude das aplicações estatísticas. Para comple-
mentá-los, profissionais da área de administração e economia nos forneceram os artigos de abertura
de capítulo intitulados Estatística na Prática, que fazem uma introdução à matéria abordada em
cada capítulo. As aplicações dessa seção mostram a importância da estatística em uma variedade
ampla de situações comerciais e econômicas.
1.2 Dados
Dados são os fatos e números coletados, analisados e sintetizados para apresentação e interpre-
tação. Todos os dados coletados em um estudo em particular denominam-se conjunto de dados
do estudo. A Tabela 1.1 mostra um conjunto de dados que contém informações financeiras
referentes a 25 fundos mútuos de investimento que faziam parte do relatório dos 500 maiores
e mais populares fundos da Morningstar Funds 2008. A Morningstar é uma companhia que
acompanha o desempenho de mais de 7 mil fundos mútuos de investimentos e prepara análises
detalhadas de 2 mil desses fundos. Suas orientações são seguidas à risca por analistas financei-
ros e investidores individuais.
Capítulo 1 Dados e a estatística 5
• Tipo de fundo: tipo de fundo mútuo, identificado como DE (Domestic Equity, ou Capital
Nacional Americano), IE (International Equity, ou Capital Internacional) e FI (Fixed Inco-
me, ou Renda Fixa).
• Valor do ativo líquido ($): o preço de fechamento por ação em 31 de dezembro de 2007.
• Rendimento médio em 5 anos (%): o rendimento médio anual do fundo durante os últimos
cinco anos.
• Quociente de despesas: a porcentagem de ativos deduzidos a cada ano fiscal para as despe-
sas do fundo.
• Classificação pela Morningstar: a classificação geral de cada fundo, em número de estrelas,
de acordo com os riscos; as classificações da Morningstar vão de 1 estrela (classificação
baixa) a 5 estrelas (classificação alta).
Os dados foram obtidos coletando-se as medidas para cada variável de cada elemento do estudo.
O conjunto de medidas obtidas correspondentes a determinado elemento é chamado observação.
Consultando a Tabela 1.1, vemos que o conjunto de medidas referentes à primeira observação
(American Century Intl. Disc) é IE, 14,37, 30,53, 1,41 e 3 estrelas. O conjunto de medidas da se-
gunda observação (American Century Tax-Free Bond) é FI, 10,73, 3,34 e 0,49, 4 estrelas e assim
por diante. Um conjunto de dados com 25 elementos contém 25 observações.
Escalas de medição
A coleta de dados requer uma das seguintes escalas de medição: nominal, ordinal, intervalar ou
razão (quociente). A escala de medição determina a quantidade de informação contida nos dados e
indica a síntese e as análises estatísticas mais apropriadas aos dados.
Quando os dados referentes a uma variável consistem em rótulos ou nomes usados para iden-
tificar um atributo do elemento, a escala de medição é considerada escala nominal. Por exemplo,
consultando os dados da Tabela 1.1, vemos que a escala de medição da variável Tipo de Fundo
é nominal porque DE, IE e FI são rótulos usados para identificar a categoria ou tipos de fundo.
Nos casos em que a escala de medição é nominal, um código numérico, bem como rótulos não
numéricos, pode ser usado. Por exemplo, para facilitar a coleta de dados e prepará-los para serem
digitados em uma planilha eletrônica, poderíamos utilizar um código numérico atribuindo a 1 o
significado Capital Nacional Americano (DE), ao número 2 o significado de Capital Internacional
(IE) e ao número 3 o significado de Renda Fixa (FI). Nesse caso, os valores numéricos 1, 2 e 3
identificam a categoria do fundo. A escala de medição é nominal, embora os dados se apresentem
como valores numéricos.
A escala de medição de uma variável denomina-se escala ordinal se os dados exibirem as pro-
priedades de dados nominais e se a ordem ou classificação dos dados for significativa. Por exemplo,
a Eastside Automotive envia um questionário aos clientes com o objetivo de obter dados sobre a
qualidade de seu serviço de mecânica de automóveis. Cada cliente dá a avaliação de excelente, bom
ou ruim ao serviço de mecânica. Uma vez que os dados obtidos são rótulos – excelente, bom ou ruim
–, eles têm as propriedades de dados nominais. Além disso, podem ser classificados, ou dispostos em
uma ordem, de acordo com a qualidade do serviço. Os dados registrados como “excelente” indicam
o melhor serviço, seguidos de “bom” e depois “ruim”. Desse modo, a escala de medição é ordinal.
Como outro exemplo, note que a Classificação da Morningstar, para os dados na Tabela 1.1, é ordinal.
Ela fornece uma classificação de 1 até 5 estrelas, com base na avaliação da Morningstar em relação
ao retorno do fundo ajustado ao risco do investimento. Os dados ordinais também podem ser forneci-
dos utilizando-se um código numérico, por exemplo, o semestre cursado na faculdade.
A escala de medição de uma variável é a escala intervalar se os dados exibirem as proprie-
dades de dados ordinais e o intervalo entre os valores for expresso em termos de unidade de me-
dida fixa. Dados de intervalos são sempre numéricos. As pontuações do exame SAT (Scholastic
Aptitude Test, ou Teste de Aptidão Escolar) são exemplos de dados com escala intervalar. Por
exemplo, três estudantes com pontuações SAT iguais a 620, 550 e 470 podem ser classificados, ou
ordenados, em termos do melhor para o pior desempenho. Além disso, as diferenças entre as pon-
tuações são significativas. Por exemplo, o estudante 1 pontuou 620 – 550 = 70 pontos a mais que
o estudante 2, ao passo que o estudante 2 pontuou 550 – 470 = 80 pontos a mais que o estudante 3.
A escala de medição de uma variável é a escala de razão (ou quociente) se os dados tiverem
todas as propriedades de dados intervalares e o quociente de dois valores for significativo. Va-
riáveis como distância, altura, peso e tempo usam como medição a escala de razão. Essa escala
Capítulo 1 Dados e a estatística 7
exige que um valor zero seja incluído para indicar que não existe nada para a variável no ponto
zero. Por exemplo, considere o custo de um automóvel. Um valor zero para o custo indicaria
que o automóvel não tem nenhum custo e é grátis. Além disso, se compararmos o custo de $ 30
mil para um automóvel com o custo de $ 15 mil para um segundo automóvel, a propriedade da
razão mostra que o primeiro automóvel é $ 30 mil/$ 15 mil = 2 vezes (ou o dobro) o custo do
segundo automóvel.
Figura 1.1
$ 4,50
Preço médio
por galão para a $ 4,00
gasolina comum, $ 3,50
Fonte: Administração de Informações sobre Energia, Ministério de Energia dos Estados Unidos, julho de 2009.
Industrial do Índice Dow Jones voltasse ao nível de 7 mil, de 1997. Esse foi um período assustador
e desencorajador para os investidores. Em janeiro de 2010, o índice mostrava recuperação, tendo
atingido o nível de 10.600.
O gráfico no Painel (B) mostra o Rendimento Líquido do McDonald’s Inc. de 2003 a 2009. A
situação de crise econômica em 2008 e 2009, na realidade, foi benéfica para o McDonald’s, uma
vez que o rendimento líquido da companhia aumentou para sucessivas altas. O crescimento do
rendimento líquido do McDonald’s mostrou que a companhia prosperou durante a recessão econô-
mica em virtude de as pessoas diminuírem a frequência aos restaurantes tradicionais, mais caros, e
passarem a procurar as alternativas mais baratas, oferecidas pelo McDonald’s.
O Painel (C) mostra a série temporal referente à Taxa de Ocupação de Hotéis do Sul da Flórida
durante o período de um ano. As taxas de ocupação mais altas, de 95% e 98%, ocorrem durante os
meses de fevereiro e março, quando o clima no sul da Flórida é atrativo para os turistas. De fato,
tipicamente, o período de janeiro a abril de cada ano é uma época de grande taxa de ocupação nos
hotéis do sul da Flórida. Por outro lado, note as baixas taxas de ocupação nos meses de agosto
a outubro, com a menor taxa, de 50%, sendo registrada em setembro. As elevadas temperaturas
e a temporada de furacões são as principais razões para a queda na taxa de ocupação em hotéis,
nesse período.
NOTAS e COMENTÁRIOS
1. Uma observação é o conjunto de medidas obtidas correspon- 2. Os dados quantitativos podem ser discretos ou contínuos. Da-
dentes a cada elemento de um conjunto de dados. Portanto, o dos quantitativos que medem uma quantidade (algo enumerá-
número de observações é sempre igual ao número de elemen- vel, por exemplo, número de chamadas telefônicas recebidas
tos. O número de medidas obtidas correspondentes a cada em 15 minutos) são discretos. Dados quantitativos que medem
elemento é igual ao número de variáveis. Portanto, o número uma quantificação (algo não enumerável, como peso ou tem-
total de itens de dados pode ser determinado multiplicando- po) são contínuos, porque não ocorre nenhuma separação en-
-se o número de observações pelo número de variáveis. tre os possíveis valores dos dados.
ESTATÍSTICA
à administração e economia
APLICADA
ESTATÍSTICA Tradução da 6ª edição norte-americana
APLICADA
à administração e economia
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Thomas A.Williams Sonia Vieira
David R. Anderson
Estatística para economistas
4ª edição revista e ampliada
Estatística aplicada à administração e economia apresenta uma introdução
à administração e economia Rodolfo Hoffmann
Thomas A.Williams
David R. Anderson
Dennis J. Sweeney
conceitual à estatística e suas aplicações. Orientado à análise de dados e
de metodologia estatística, o texto oferece uma boa preparação para o Probabilidade e estatística para
estudo de material estatístico mais avançado. Apresenta uma didática engenharia e ciências
muito bem estruturada, com exercícios que exigem que os alunos utili- Também disponível em e-book
zem fórmulas e material do capítulo em situações reais. Além de outros Jay L. Devore
recursos didáticos como tabelas, gráficos, anotações de margem e glos-
sário, esta edição apresenta conteúdo atualizado com novos apêndices, Inferência estatística
Tradução da 2ª edição
novos estudos de caso e outros tópicos, como ética e novas abordagens norte-americana
sobre coletas de dados. Traz ainda novas opções de estatística adicio- George Casella e Roger L. Berger
nais para os usuários do Excel.
Tradução da 6ª edição
norte-americana
Aplicações: Livro-texto para a disciplina estatística nos cursos
de Administração e Economia. É uma obra muito útil para todos
que utilizam ferramentas estatísticas nas áreas de contabilidade,
finanças, marketing, entre outras.
Trilha é uma solução digital, com plataforma de acesso em português, que disponibiliza
ferramentas multimídia para uma nova estratégia de ensino e aprendizagem.
Dennis J. Sweeney
ISBN 13 978-85-221-1281-4
ISBN 10 85-221-1281-9
Thomas A.Williams
David R. Anderson
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