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RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1. SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................6
2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA...............................................................................6
2.1 EQUIPE GERENCIAL..........................................................................................7
3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – PLANO DE NEGÓCIO......................8
3.1 VISÃO....................................................................................................................8
3.2 MISSÃO.................................................................................................................8
3.3 PLANO DE NEGÓCIO – TEORIA DAS RESTRIÇÕES....................................8
3.3.1 A Teoria das Restrições – TOC........................................................................8
3.3.1.1 Sistema Tambor-Pulmão-Corda.....................................................................10
3.3.1.2 Otimização contínua para restrições físicas...................................................11
3.3.1.3 Medidas de desempenho na TOC...................................................................12
3.3.2 Aplicação da TOC na empresa.......................................................................13
3.3.2.1 A otimização do processo...............................................................................16
3.3.2.2 Casos de sucesso na aplicação da TOC.........................................................22
4. PRODUTOS COMERCIALIZADOS................................................................29
5. ANÁLISE DO MERCADO.................................................................................29
6. PLANO DE MARKETING.................................................................................30
7. PLANO FINANCEIRO........................................................................................31
8. CONCLUSÃO.......................................................................................................31
REFERÊNCIAS.......................................................................................................33
ANEXO 1...................................................................................................................35
ANEXO 2...................................................................................................................68
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1. SUMÁRIO EXECUTIVO
2. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
Giovani La Corte
3.1 VISÃO
3.2 MISSÃO
O presente Plano de Negócios tem o objetivo de aplicar a Teoria das Restrições nas
atividades de produção da STARTUP INFORMÁTICA como forma de melhorar sua
performance e garantir melhores resultados para a empresa. Para isso, inicialmente será feita
uma revisão bibliográfica da Teoria, com um breve histórico e suas principais características.
Em seguida, será apresentado como a aplicação da Teoria das Restrições nas atividades da
empresa pode contribuir para o aumento da produtividade e dos ganhos.
A Teoria das Restrições, também conhecida pela sigla em inglês TOC - Theory of
Constraints -, foi desenvolvida pelo físico Eliyahu M. Goldratt no início da década de 80 e
representa uma filosofia gerencial, assim como Just in Time (JIT) e Total Quality
Management (TQM), que define que a meta da empresa é ganhar dinheiro agora e no futuro
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(GOLDRATT apud SANTOS, 2001). Esta teoria mostra como administrar bem os processos
produtivos, de forma a manter os custos sob controle e aumentar os ganhos.
No Brasil, a Teoria das Restrições ainda não está sendo muito bem aplicada, diferente
de no exterior, aonde ela vem sendo gradativamente utilizada nas unidades fabris. Sua
divulgação começou através do livro A Meta, escrito por Goldratt e Jeff Cox em 1984, onde
conta um caso de aplicação da TOC num ambiente de manufatura. Porém, neste primeiro
momento o público não conseguiu captar a essência da teoria que se queria transmitir e a
dupla então publica o segundo livro, A Corrida, onde explica claramente o método e marca o
início da aplicação da metodologia nas empresas (CSILLAG; NETO, 1998).
A TOC é baseada no princípio de que existe uma causa comum para muitos efeitos,
de que os fenômenos que vemos são conseqüência de causas mais profundas. Esse
princípio leva a uma visão sistêmica da empresa. A TOC encara qualquer empresa
como um sistema, isto é, um conjunto de elementos entre os quais há alguma relação
de interdependência. O desempenho global do sistema depende dos esforços
conjuntos de todos os elementos do sistema. Um dos conceitos mais fundamentais é
o reconhecimento do importante papel da restrição de qualquer sistema.
Como sabemos, o objetivo de toda empresa é ganhar dinheiro hoje e sempre, gerando
lucros cada vez maiores, tendo que para isso possuir uma adequada gestão da produção. O
ponto principal da Teoria das Restrições é que toda empresa, ao buscar atingir sua meta,
sempre encontra uma ou mais restrições em seu sistema, pois se não fosse assim a empresa
registraria lucros infinitos. Nesse caso, uma restrição nada mais é do que qualquer coisa que
limite o desempenho global do sistema, como o elo mais fraco de uma corrente, ou algo que a
empresa não possua em quantidade suficiente para o alcance de sua meta (GUERREIRO,
1996). Sendo assim, para uma empresa melhorar seu desempenho é fundamental administrar a
restrição do sistema, pois o importante é o desempenho global da empresa e não o de suas
partes.
Segundo a TOC, existem dois tipos de restrições: a restrição física, que engloba
mercado, fornecedor, máquinas, pessoas, entre outros itens, e a restrição política, referente a
normas e procedimentos ultrapassados. Assim, a Teoria é composta por dois campos, sendo
eles os Processos de Raciocínio e os aplicativos específicos, como a logística de produção.
Segundo Csillag e Neto (1998), os processos de raciocínio são a base do processo de
otimização contínua para restrições não físicas (restrições políticas), sendo ferramentas
lógicas criadas para ajudar a resolver problemas, baseando-se nas relações de causa e efeito da
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física. Os processos de raciocínio servem para tratar restrições políticas e bloqueios mentais,
almejando a melhora do desempenho do sistema. Já as restrições físicas devem ser tratadas
através de aplicativos específicos desenvolvidos pela TOC.
Por este conceito, a capacidade de uma fábrica é determinada pela capacidade dos
gargalos, que determinam tanto o fluxo de produção como os estoques (Módulo 1, GESTÃO
DE OPERAÇÕES, FGV Online).
Pelo sistema OPT, o tambor é o gargalo do sistema que deve trabalhar alinhado com a
demanda, sendo “puxado” por esta, o pulmão é o estoque que protege o gargalo para que este
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não pare e a corda a ligação dos recursos para repor as quantidades do fluxo, conforme
esquema abaixo:
Para o tratamento das restrições físicas, a TOC indica cinco passos que devem ser
seguidos, conforme abaixo (CSILLAG; NETO, 1998, p.20):
Analisando cada passo, inicialmente devemos identificar o elo mais fraco da corrente,
o recurso gargalo que restringe o sistema. Após isso, com o recurso identificado deve-se tirar
o máximo de proveito dele. Em seguida, é importante garantir que os demais recursos
trabalham no mesmo ritmo da restrição, nem mais rápido nem mais devagar. Neste caso, os
outros recursos devem garantir que a restrição não pare por nenhuma falta de material, mas
também não devem trabalhar mais rápido, pois não contribuiria para aumentar o nível de
produção, mas apenas de estoques.
passará a ser determinado por uma outra restrição. Por isso a importância do último passo,
onde devemos nos atentar para não deixar que a inércia seja a maior restrição do sistema e
sim, seguir no processo de melhoria contínua do desempenho da empresa.
Para saber se a empresa está indo no caminho certo do alcance de suas metas, são
necessárias as seguintes informações, segundo Giuntini et. al ([200-?]):
Para Neto (apud GIUNTINI et. al, [200-?]) essas informações expressam a meta de
ganhar dinheiro de forma satisfatória, mas que para conseguir atingir os valores esperados é
preciso desenvolver regras operacionais para a produção da fábrica, sendo elas o ganho, o
inventário e a despesa operacional.
Por fim, a despesa operacional (DO) representa todo o dinheiro que o sistema utiliza
para transformar o inventário em ganho. Ou seja, é todo o dinheiro que sai do sistema para
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Segundo a TOC, qualquer coisa pode ser classificada em uma dessas três medidas e as
mesmas são suficientes para fazer a ponte entre o LL e o RSI com as ações diárias da
gerência. Como comprovação disso, seguem as seguintes fórmulas (NETO apud GIUNTINI
et. al, [200-?]):
A análise das tabelas acima mostra, conforme destacado em vermelho, que nos meses
03, 04, 07 e 08 o estoque dos produtos Desktops e Notebooks foram zerados e, com exceção
do mês 03 que não foi solicitado a compra da informação de vendas perdidas, a empresa
registrou perdas significativas de vendas num total de 87 perdas para os Desktops e 118
perdas para os Notebooks. Com relação aos Workstations, a tabela indica estoque zerado nos
meses 03, 04, 05, 07 e 08 e um total registrado de vendas perdidas de 94 produtos.
Contudo, o que as tabelas acima não mostram é que em alguns meses onde foram
registradas perdas de vendas isto ocorreu pela impossibilidade de a empresa produzir
conforme previsão de demanda do mercado. E esta impossibilidade tem origem justamente
em uma restrição do sistema, ou seja, no recurso gargalo que será apresentado adiante.
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No mês 04, a empresa utilizou 49.900 horas de trabalho quando tinha 41.600 horas
normais disponíveis e 49.920 horas disponíveis computando as horas extras máximas
permitidas. O valor próximo entre as horas indica que a produção neste mês foi limitada pela
quantidade máxima de horas de trabalho disponíveis, configurando a mão de obra como uma
restrição neste mês.
No mês 05, novamente a empresa utiliza as horas de trabalho muito próximas ao valor
máximo disponível, indicando a mão de obra outra vez como uma restrição do sistema. Ainda
neste mês, a tabela mostra que a empresa necessitou de uma capacidade produtiva acima da
disponível, mas não chegou a ser uma restrição visto que a produção intensiva utilizada ficou
bem abaixo da máxima disponível.
No mês 06, a tabela indica que a empresa fez uso das horas extras, mas em quantidade
bem inferior ao máximo possível, fazendo com que a mão de obra não representasse uma
restrição do sistema neste mês.
Por fim, no mês 08 a empresa volta a trabalhar muito próximo ao limite de horas de
trabalho disponíveis e ao limite de sua capacidade de produção possível, com o uso da
produção intensiva. No entanto, a análise dos dois valores mostra que a empresa tinha
condições de utilizar uma capacidade de produção maior, mas não tinha horas de trabalho
disponíveis para tal. Isto mostra novamente a mão de obra como uma restrição do sistema.
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Assim, fica claro que a mão de obra foi o recurso gargalo da empresa durante o Jogo e
a capacidade de máquina pode se enquadrar como um RRC, ou seja, um recurso com restrição
de capacidade, visto que possui grande potencial de se tornar gargalo em caso de quebra da
restrição da mão de obra.
A partir deste momento, iremos demonstrar como a aplicação da Teoria das Restrições
pode contribuir para a melhora do desempenho da empresa, seguindo os cincos passos
apresentados anteriormente.
O primeiro passo foi identificar qual o recurso gargalo, ou seja, aquele que estava
restringindo o sistema. A análise feita demonstrou que o recurso que representou a restrição
do sistema de produção da empresa foi a mão de obra. O registro dos dados mês a mês
mostrou que nos meses 04, 05 e 08 a empresa utilizou o máximo de horas disponíveis,
incluindo as horas extras no limite permitido, mas ainda assim não conseguiu produzir na
quantidade demandada prevista, o que resultou em elevada perda de vendas nos meses 04 e
08.
Neste segundo passo, a empresa deve decidir como explorar a restrição do sistema de
forma a garantir os melhores resultados possíveis. Para isso, deve-se calcular a rentabilidade
por unidade de recurso consumida na restrição.
Neste ponto, deve-se subordinar os demais recursos à decisão anterior que determina
que a maximização do lucro deve estar alinhada com a produção dos itens de maior
rentabilidade. Este momento é crucial, pois é neste ponto que a empresa deveria alterar sua
estratégia para determinação do mix de produção para os meses onde a restrição limitou a
capacidade de fabricação para aquém da demanda prevista.
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Para demonstração prática irá se estudar o mês 08, com as possibilidades do mix de
produção para se determinar o de maior rentabilidade. Para tanto é necessário que a empresa
determine qual a demanda prevista para seus produtos neste mês. Os resultados apresentados
no mês anterior mostraram um volume de vendas de 270 Desktops, 205 Notebooks e 110
Workstations, mas perdas de vendas na ordem de 17, 28 e 25 para os produtos na ordem
apresentada respectivamente. Além disso, o mês de Dezembro, representado pelo mês 08 do
Jogo, apresentou aumento de vendas em relação ao mês anterior nos últimos anos de 25%,
35% e 30%, aproximadamente, para Desktops, Notebooks e Workstations, respectivamente.
Assim, a demanda prevista para o mês 08 pode ser calculada como a soma do volume de
vendas do mês anterior mais as vendas perdidas acrescidas do aumento percentual de vendas
históricas para este mês. Desta forma, a demanda para Desktops seria de 356 produtos, para
Notebooks 315 produtos e para Workstations 176 produtos, aproximadamente.
O gráfico abaixo, desenhado sem escala, ilustra a abordagem adotada para determinar
o mix de produção para o mês. Inicialmente, para a construção do gráfico devemos determinar
as restrições que irão delimitar a área das soluções viáveis. No caso, as restrições para os dois
produtos mais rentáveis serão as demandas previstas para os mesmos, que são 176 para
workstations (Y = 176) e 315 para notebooks (X = 315). Além disso, construímos o trade-off
do consumo do recurso mão de obra (restrição) por unidade produzida, que segue a equação
100X + 200Y = 63.744.
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Desta forma, a solução que maximiza os ganhos deve ser encontrada nos vértices que
delimitam a área das soluções viáveis, onde a margem de contribuição deve ser calculada
baseada na equação 1293,75X + 3056,25Y, sendo os valores de 1293,75 e 3056,25 as médias
das margens de contribuição já calculadas para notebooks e workstations, respectivamente.
Segue abaixo, tabela com os resultados para a equação da margem de contribuição em função
desses vértices:
Pela tabela acima, fica evidente que o melhor mix de produção para o mês 08 é a
fabricação de 285 notebooks e 176 workstations. Tal mix é comprovadamente possível,
conforme tabela de cálculos abaixo:
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É importante lembrar que tal abordagem também pode e deve ser aplicada nos demais
meses onde o gargalo da mão de obra restringiu o sistema produtivo da empresa, sempre
buscando obter os maiores ganhos possíveis com a restrição.
Neste momento onde a restrição já foi identificada e já foi tirado o máximo proveito
dela, cabe à empresa decidir por elevar a restrição, visando rompê-la. Para o caso da empresa,
a opção é a contratação de mão de obra como forma de elevar a disponibilidade de horas de
trabalho disponíveis para permitir uma produção o mais próxima possível da demanda de
mercado prevista.
Por isso, um dos ensinamentos mais importantes da TOC é não deixar que a inércia
seja maior que a restrição do sistema e que devemos sempre buscar a melhoria contínua de
nossos processos, como forma de elevar o desempenho da empresa.
possível otimizar a produção, embora sejam poucas as aplicações práticas em casos reais. Os
autores citam diversas pesquisas feitas que comprovam a utilização das ferramentas da TOC
como forma de otimização da produção.
Em um dos exemplos citados, Belincanta et al. (2006 apud Alves et al., 2011)
realizaram um estudo em uma indústria de embalagens plásticas e os resultados da aplicação
da TOC foram bastante satisfatórios, pois conseguiram que a fábrica aumentasse sua
produtividade com redução de custos.
I. Caso 01:
Em um estudo realizado por Csillag e Neto (1998) com sete empresas do setor de
autopeças que implantaram o sistema Tambor-Pulmão-Corda da Teoria das Restrições, as
principais dificuldades encontradas foram a resistência à mudança por parte dos funcionários
da empresa e o treinamento de pessoal, devido à elevada rotatividade de mão de obra.
empresas pesquisadas tiveram aumento de capacidade sem investimentos nesta área, apenas
com a utilização melhor da capacidade que já tinham, uma vez que já haviam identificado e
explorado suas restrições, representando um incremento médio de 26,67% em suas
capacidades.
II. Caso 2:
O caso que será apresentado a seguir foi realizado em uma empresa prestadora de
serviços de limpeza, de autoria desconhecida, que mostra a versatilidade da Teoria das
Restrições para aplicações em qualquer tipo de entidade, desde que a meta seja o aumento de
ganhos.
A partir de então, serão adotados os cinco passos propostos pela TOC para melhoria
no desempenho do sistema.
Inicialmente, a empresa deve identificar a restrição do sistema. Para isso, deve ser
feito um estudo aprofundado da empresa como um todo, pois a análise da tabela não permite
tirar nenhuma conclusão. O estudo detalhado da empresa mostrou uma restrição na política
dos procedimentos internos, mais precisamente no setor de compras.
Os dados da tabela acima mostram que grande parte dos pedidos feitos foram
realizados através de compras emergenciais. Os motivos levantados para esta situação
envolvem principalmente falta de planejamento para solicitação das compras de acordo com o
calendário e intenção de diminuir o tempo de entrega para os casos das compras emergenciais
em relação às compras no calendário.
Por isso, a ideia para solucionar o problema, ou seja, explorar a restrição, é a de fazer
uma programação de longo prazo, que atendo ao calendário estabelecido pela empresa,
evitando assim falta de materiais em estoque e compras emergenciais que poderiam ser
evitadas. Além disso, sugere-se também viabilizar compras em fornecedores locais, o que
permitiria um melhor acompanhamento dos pedidos, em relação à qualidade e prazo de
entrega.
O passo seguinte é o de subordinar os outros recursos à decisão anterior. Uma vez que
o sistema é avaliado como um todo, é necessário que os outros setores acompanhem o ritmo
do setor de compras, em especial o setor de manutenção e o de operação. Isso porque no caso
de atraso em algum pedido, como uma peça, vai impactar na equipe de manutenção e,
consequentemente, na de operação, fazendo com que se torne necessário fazer uso das
compras emergenciais. Por isso, a importância destes dois setores acompanharem a
programação das compras no calendário da empresa.
entendeu que deveria aumentar o quadro de funcionários no setor de compras, uma vez que
apenas um funcionário era o responsável pelas atividades de suprimento e almoxarifado.
Assim, para que a programação definida no segundo passo tenha efeito, a empresa deve
contratar mais um funcionário para auxiliar nas tarefas de almoxarifado.
O estudo realizado mostrou que a aplicação da Teoria das Restrições não se restringe
às empresas de manufaturas, já que a ideia principal é focalizar a atenção nos problemas que
podem impedir a empresa de alcançar suas metas, fato comum a todo tipo de empresa.
Concluiu-se com este estudo de caso que a TOC pode ser utilizada como uma ferramenta de
gestão na atividade de prestação de serviços.
III. Caso 3:
Este último caso refere-se a um estudo feito em 2009 por Fernandes et al. em uma
indústria de couros do Estado de Santa Catarina. A avaliação da aplicação da TOC foi
dividida em três etapas: investigar o conhecimento que a alta administração possuía sobre a
TOC, demonstrar um exemplo real de aplicação da Teoria e, por fim, testar a aplicação da
TOC diante da possibilidade de materialização de uma restrição inerente ao processo
industrial de couros. As informações foram obtidas através de entrevista ao diretor industrial
da empresa. Para o objetivo deste trabalho, será apresentada apenas a segunda etapa do
estudo.
O pedido do cliente refere-se a 39.000 m² de couro Classe C, para ser entregue em seis
lotes iguais nos próximos seis meses (6.500 m² por mês). Diante disso, foi identificada uma
restrição à capacidade produtiva no parque industrial de máquinas Modelo X, necessária para
confecção das peças.
O cenário posto deixou a gerência frente a um dilema: aceitar o pedido com esta
restrição afetaria seu mix de produtos e geraria impacto negativo na empresa, sendo portanto
inviável. Por outro lado, recusar o pedido poderia prejudicar o relacionamento com o cliente,
além de ceder mercado para um concorrente.
A tabela apresentada não deixa dúvidas quanto ao gargalo que as máquinas Modelo X
possuem, visto estarem com sua utilização já comprometida em 96,3%. Como já comentado,
buscar um melhor mix de produção não seria possível, por existirem pedidos já contratados
que não podem ser descartados. Portanto, as máquinas Modelo X foram identificadas como
recurso com restrição de capacidade (RRC) e devem receber tratamento para a solução.
Para isso, a empresa tem a opção de investir em dois novos equipamentos ao custo de
R$ 750.000,00 cada e capacidade individual de 40.000 minutos por mês. O ganho por minuto
da máquina, conforme tabela de preços apresentada, representa o valor de venda vezes a
margem, considerando a quantidade de horas necessárias da máquina e pode ser expresso
assim:
O raciocínio aplicado neste caso segue os princípios da TOC que ensina que explorar
uma restrição significa buscar o maior ganho possível com esta, sendo neste exemplo o ganho
por hora-máquina, já que a restrição era justamente a hora-máquina. Mais ainda, embora a
aquisição de novas máquinas elimine a restrição, os cálculos feitos para a sugestão do contrato
de 9 meses foram fundamentais para viabilizar a compra.
4. PRODUTOS COMERCIALIZADOS
A análise do mercado nos últimos anos indicava que a demanda por desktops vinha
decrescendo gradativamente, enquanto que a procura pelos notebooks crescia a taxas
significativas e pelas workstations apresentava crescimento gradual de cerca de 50% ao ano.
Os produtos são comercializados tanto para clientes individuais como para empresas,
incluindo os segmentos empresarial, educacional, doméstico e governamental.
5. ANÁLISE DO MERCADO
Faltou à empresa uma visão macro do mercado, incluindo sua reação frente à política
de preços e de investimentos em propaganda, pesquisa e inovação que vinham sendo
adotadas. Um exemplo crucial desta falta de visão ocorreu no mês 07, quando a empresa
decidiu por interromper o incremento de mão de obra que vinha ocorrendo desde o mês 04 na
ordem de 10% do seu efetivo e optou por demitir em torno de 4% do seu efetivo e produzir
bem abaixo de sua capacidade fabril naquele momento. Isto foi motivado apenas pelo,
considerado, elevado estoque registrado no mês anterior. Fica claro aqui a visão micro ao
invés da macro para a tomada de decisões, o que culminou com perdas de vendas em torno de
70 produtos entre os três tipos comercializados. Além disso, tal ação comprometeu
gravemente a atuação da empresa para o mês seguinte, com a já identificada restrição causada
pela falta de mão de obra em atender à demanda, representando grande perda de receita para a
empresa e contribuindo para o resultado ruim apresentado pela equipe ao final do Jogo.
6. PLANO DE MARKETING
O plano de marketing adotado pela empresa foi sendo alterado ao decorrer do Jogo,
mas prevaleceu durante a maior parte duas estratégias distintas para a comercialização de
desktops e para a de notebooks e workstations. Para os desktops, a empresa buscou a
liderança em custo, oferecendo um produto de qualidade com um preço competitivo. Já em
relação aos notebooks e workstations, a estratégia adotada previa a conquista do mercado
31
7. PLANO FINANCEIRO
O plano financeiro adotado pela empresa até o momento e bem como sua situação
atual em relação ao início do Jogo estão descritas com detalhes no Anexo 1.
No estudo feito por Csillag e Neto (1998) com 7 empresas do ramo de autopeças
mostrou que os custos diretos com a implantação da Teoria variaram de zero a US$
80.000,00, com o tempo destinado para isso variando de 1 a 7 meses.
8. CONCLUSÃO
A implantação dos conceitos da Teoria das Restrições nas unidades fabris das
empresas não é novidade fora do Brasil. No entanto, em nosso país ainda são poucas as
empresas que adotam esta filosofia na gestão de seus processos. O que o presente trabalho
demonstrou foram os benefícios que a aplicação da TOC pode trazer para as empresas. Ao
exigir um olhar apurado para dentro do chão de fábrica, a empresa tem a oportunidade de
conhecer a fundo suas potencialidades e suas fraquezas, ilustrada pelas suas restrições. A
Teoria desenvolvida por Goldratt nos ensina a administrar melhor nossos processos
produtivos, de forma a manter nossos custos sob controle e potencializar nossos ganhos.
Ensina ainda que o desempenho global de um sistema depende dos esforços conjuntos de
todas as partes interdependentes, nos provando que não adianta investimentos em
determinados recursos, quando o sistema está limitado pelas restrições, que precisam ser
identificadas e tratadas o quanto antes.
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Diversas são as vantagens que podem ser obtidas com a utilização da TOC pelas
empresas, conforme sugere a pesquisa feita por Csillag e Neto (1998). Entre estas, podemos
destacar os benefícios da melhoria contínua dos processos que libera mais tempo ao pessoal
de produção para outras atividades, como treinamento, manutenção e garantia da qualidade.
Destaca-se ainda um maior envolvimento por parte dos funcionários que trabalham na
restrição, a possibilidade de diminuição de horas extras ao otimizar a produção e a diminuição
do atrito entre as áreas, uma vez que os trabalhadores passam a enxergar a empresa como um
todo, auxiliando na integração entre os departamentos.
Vale ressaltar por fim que os ensinamentos da TOC podem ser aplicados a qualquer
tipo de empresa, independente do ramo de atuação, e seja ela do comércio de produtos ou de
serviços. Ou seja, as aplicações são diversas e a forma de implantação pode diferir de empresa
para empresa. Tudo o que compõe a Teoria não teria condições de caber neste trabalho,
tornando este uma “provocação”, uma luz que se acende no caminho das empresas que
buscam melhorar seus resultados, explorar melhor suas capacidades produtivas, implantar a
melhoria contínua de seus processos e se tornar mais competitiva no seu mercado de atuação.
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REFERÊNCIAS
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Melhoria Contínua da Produção: um Estudo Aplicado a uma Fábrica de Jeans. Revista
ADM.MADE, ano 11, v.15, n.1, p.93-114, janeiro/abril, 2011. Disponível em:
<http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/admmade/article/viewFile/64/113>. Acesso em:
19 out. 2013
CIA, Joanília Neide de Sales. Aplicação da teoria das restrições em bancos. In.: ____.
Teoria das restrições: aplicações da contabilidade de ganhos em instituições financeiras.
[2005?]. Disponível em: <http://www.milenio.com.br/siqueira/Trab.085.doc>. Acesso em: 13
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CSILLAG, João Mário; NETO, Thomas Corbett. Utilização da Teoria das Restrições no
Ambiente de Manufatura em Empresas no Brasil. EAESP/FGV/NPP – Núcleo de
Pesquisas e Publicações. Relatório de Pesquisa nº 17/1998. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/2971/P00140_1.pdf?sequence=
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FERNANDES, Fernanda da Silva. et al. A Teoria das Restrições: estudo de caso em uma
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2013
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PRODUCAO_II%2FPRODII_RESUMO_16_TOC_ARTIGO_PETER_WANKE.doc&ei=5G
dkUozPG-
qg4AOT2IGwCA&usg=AFQjCNHTTNY9l7aPdBeWf01CtYmsdJkNXQ&bvm=bv.5493425
4,d.dmg>. Acesso em: 20 set. 2013
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ANEXO 1
INTRODUÇÃO
O Jogo tem início após a simulação de um período, onde a equipe recebe relatórios
financeiros da situação da empresa ao final do ano anterior, denominado de Ano 0, além de
informações sobre o mercado como um todo e sobre os concorrentes.
A análise dos relatórios e as informações passadas pela antiga diretoria mostram uma
empresa de capital aberto, há cerca de quatro anos, com Capital inicial de R$ 5 milhões e
disposta a competir na Reserva recém-criada pelo Governo.
Tendo em vista as previsões de demanda dos produtos, a empresa decidiu pela
fabricação e comercialização de equipamentos IBM-compatíveis, em especial dos tipos:
Desktops, Notebooks e Workstations.
A primeira decisão da empresa foi com relação ao porte industrial que seria
implantado. Ficou decidido pela construção de uma fábrica com capacidade instalada de 900
unidades, o que requereu um investimento de R$ 4,5 milhões, deixando a empresa, naquele
momento, com dificuldades de capital de giro, sendo necessário recorrer às instituições
financeiras.
Em Dezembro daquele ano, a START-UP INFORMÁTICA apresentou um lucro total
de R$ 0,8 milhão, que representa 16% do capital inicial, dos quais R$ 0,5 milhão foi
distribuído como dividendos aos acionistas.
A antiga diretoria entende que a atividade comercial poderia ter sido mais intensa, se
não houvesse a falta de capital de giro para investimentos em promoção e propaganda, e que
os investimentos para desenvolvimento dos produtos também ficou abaixo do esperado.
As decisões da empresa ficam centralizadas e organizadas em áreas funcionais de
marketing/vendas, finanças, recursos humanos e produção/operações. O custo de
administração e de vendas está em torno de R$ 50.000 ao mês, podendo variar a depender do
porte das instalações e dos níveis de produção e venda no mês.
A fim de manter a capacidade produtiva, a antiga diretoria decidiu por manter
constante o reinvestimento em máquinas, como forma de cobrir a inevitável depreciação da
fábrica, que gira em torno de 0,8% ao mês em relação ao montante investido.
O histórico de produção do ano anterior mostra que a empresa iniciou o período com
um alto volume de produção nos dois primeiros meses, o que ocasionou um elevado custo
com estocagem de produtos acabados em Março. A empresa então reduz a produção nos
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meses seguintes, mas retoma logo em seguida, com a utilização da capacidade máxima
instalada e ainda fazendo uso de capacidade terceirizada, representando um alto custo em
produção intensiva.
Em relação aos recursos humanos, no início do Ano 0 o efetivo na produção era de
300 trabalhadores, mas devido à demanda solicitada para a fabricação dos produtos neste
início ter sido menor do que a disponível, a empresa apresentou um custo com mão de obra
ociosa. Com a redução da produção nos meses seguintes, a diretoria optou pelo desligamento
de parte dos trabalhadores, chegando a um efetivo de 250 pessoas, mas ainda registrando
ociosidade de mão de obra. Em outubro, o efetivo retornou para 300 trabalhadores, mas ainda
assim a empresa passou a registrar gastos com o pagamento de horas extras a fim de garantir a
produção demandada.
Os preços praticados pela empresa até então permaneceram inalterados no último ano,
assim como os preços da concorrência, o que gerou críticas do Governo à Reserva, por
considerar os valores idênticos e elevados, protegidas pela reserva de mercado. O
investimento em promoção e propaganda foi definido no início do ano anterior, com forte
influência da falta de capital de giro naquele momento, e ficou estabelecido um valor mensal,
com maiores valores para desktop, seguido de notebook e workstation. Com relação aos
gastos com desenvolvimento dos produtos, os resultados do último ano mostram um
investimento nulo para Desktops e Notebooks, e muito baixo para Workstations, o que gerou
elevada insatisfação do Governo, que aguarda que a Reserva crie tecnologia própria dentro do
país. No entanto, ainda assim as vendas dos três produtos foram consideradas bastante
satisfatórias pela antiga diretoria.
A START-UP INFORMÁTICA teve que fazer uso de empréstimos bancários durante
todo o primeiro semestre do Ano 0, da ordem de R$ 300.000, o que ocasionou uma despesa
financeira de R$ 10.500 mensais. Com a melhora da situação financeira a partir daí, a
empresa não mais necessitou de empréstimos até o fim do ano.
Por fim, a empresa iniciou em julho passado uma aplicação financeira de R$ 500.000,
aumentando ao longo do ano e atingindo o valor máximo em novembro com o valor de R$ 1
milhão. Ao término do ano, o valor de mercado das ações da empresa era de R$ 18,76.
37
ANÁLISE SWOT
MATRIZ BCG
A aplicação da Matriz BCG para a empresa no início do Jogo chegou aos seguintes
valores:
PARTICIPAÇÃO
CRESCIMENTO ÍNDICE
UNIDADE PARTICIPAÇÃO DE MERCADO
DE MERCADO (TAXA DE
DE NEGÓCIO DE MERCADO DO MAIOR
(ANO -1 / ANO 0) PARTICIPAÇÃO)
CONCORRENTE
DESKTOP -13,48% (0,0%) 20% 20% 1
Leiteiras, porém num mercado com previsão de crescimentos maiores, podendo posicioná-los
nos outros quadrantes, mostrando ser este um mercado que exige muita atenção por parte dos
gestores. Por fim, os resultados para os workstations os posicionam entre Estrelas e Ponto de
Interrogação, sugerindo que a empresa deve dispensar especial atenção para este tipo, em
função de estar situado num mercado em grande crescimento e com disputa acirrada por
participação de mercado pela concorrência.
A análise da situação da empresa no início do Jogo, sob a ótica das cinco forças de
Porter, permite algumas conclusões. Em relação ao poder de barganha dos compradores, esta
força deve ser considerada pela empresa, visto a existência de dois tipos de consumidores
neste mercado: o consumidor habitual e o consumidor volúvel. Principalmente este último,
pode exercer um papel importante para o desempenho das vendas nas empresas do setor.
O poder de barganha dos fornecedores neste mercado é baixo, visto que a maioria
deles é de pequeno porte e não diversificada, podendo apenas causar problemas caso
negligenciem o prazo de entrega dos insumos para os fabricantes.
A possibilidade de produtos substitutos na reserva de mercado de microcomputadores
existe para com os produtos estrangeiros, em situações de falta de produtos ou preços
excessivamente altos e deve ser levada em conta pelas empresas do setor.
Em relação à entrada de novos entrantes, não chega a ser um problema, uma vez que o
Governo limitou a entrada de novos concorrentes na indústria aos já autorizados, pelo menos
até o momento.
Por fim, a rivalidade interna da indústria é uma força que deve ter especial atenção por
parte da empresa, já que o Governo demonstra insatisfação com a ausência de
competitividade entre as empresas, sugerindo uma atuação mais agressiva por parte dos
concorrentes a partir de agora.
PRIMEIRO QUADRIMESTRE
O Jogo tem início para a nova diretoria através das decisões que devem ser tomadas
para o mês de Janeiro do Ano 1. No entanto, como início de atuação de uma nova gerência
faz-se necessária a definição de alguns pontos fundamentais, como: determinação dos pesos
para avaliação de cada um dos quatro objetivos do jogo, determinação das políticas de
marketing, finanças, recursos humanos e produção, entre outros.
Contudo, antes da determinação das políticas de cada uma das áreas de atuação da
empresa, que deveria subsidiar a escolha dos pesos, o grupo já os havia decidido. A escolha
dos pesos, inicialmente realizada, tinha a ideia apenas de fazer uma divisão balanceada dos
43
critérios que seriam avaliados no período. Naquele momento, a estratégia da empresa não
estava tão claramente definida, de modo que não se priorizou nenhum critério em relação aos
demais. Assim, a escolha dos pesos neste primeiro quadrimestre não teve qualquer
embasamento acadêmico, e sim uma única noção básica de que a empresa tinha de obter o
maior lucro possível, o que justifica o peso 3 atribuído a esse critério. Quanto aos demais, o
objetivo era, como já mencionado, apenas ter um balanceamento entre os critérios fruto de
avaliação. Assim, a divisão ficou da seguinte forma:
o Preço da Ação e Receita de Vendas: Peso 2;
o Retorno sobre Patrimônio Líquido e Lucro Acumulado: Peso 3.
É importante ressaltar que neste momento inicial, durante os primeiros meses, a
diretoria não determinou quais seriam as políticas de atuação de cada área.
Para análise dos resultados e estudo das ações tomadas pelas diretorias neste primeiro
quadrimestre, seguem resumidos abaixo os principais pontos da tomada de decisões da
empresa:
Diretoria da Presidência
Diretoria de Marketing
A empresa entende que os resultados foram, de certa forma, satisfatórios, uma vez que
conseguiu elevar seu volume de vendas em toda a sua linha de produtos. Porém, a empresa
acabou por registrar perdas de vendas nos meses finais por não entender que os investimentos
em pesquisa e inovação não têm retorno imediato, o que fez com que a empresa não
conseguisse atender a demanda do mercado.
Diretoria de RH
O capital humano é cada vez mais valorizado pelas organizações, já que a satisfação
de seus funcionários gera resultados positivos para a própria empresa. Nesse contexto, a
empresa deve buscar pagar salários compatíveis com os praticados no setor e adotar uma
política constante de concessão de benefícios e participação nos lucros.
Além disso, outra responsabilidade importante do RH é no que diz respeito ao
planejamento de pessoal. Para a implantação de seu plano de negócios, a organização deve
conhecer a previsão da demanda de pessoal. Ou seja, em nosso caso deve conhecer a
quantidade de recursos humanos necessários de acordo com as previsões de demanda de
nossos produtos para curto, médio e longo prazos. Esse trabalho é realizado em conjunto com
as áreas de produção e marketing.
A política de RH adotada neste primeiro quadrimestre foi a de buscar trabalhar com o
mínimo de horas ociosas, evitar a utilização de horas extras, valorizar e motivar a mão de obra
através, basicamente, da remuneração e benefícios.
A estratégia adotada pela empresa para atendimento da política de RH estava
intimamente ligada às decisões da diretoria de produção. Assim, quando a gerência de
produção informava o numero de unidades a produzir, eram realizadas demissões ou
contratações para atender a esta demanda no mês. Isso era realizado para até 10% da mão de
obra total, ou seja, se diminuíam as horas ociosas demitindo até esse limite do total de
trabalhadores. Da mesma forma, se reduzia a quantidade de horas extras contratando até 10%
da mão de obra já existente. Em algumas situações foi verificado que não se poderia atender a
demanda total da produção e dessa maneira as unidades a produzir eram ajustadas de acordo
com a disponibilidade de mão de obra. Por sim, apesar de algumas demissões nos primeiros
meses, a empresa forneceu benefícios aos funcionários e aumento de salários mesmo após
sofrer um prejuízo, como forma de valorizar os que foram selecionados para permanecer na
organização.
47
Diretoria Comercial
Diretoria de Finanças
Diretoria de Produção
A política de Produção que devia ser elaborada por esta diretoria versava,
basicamente, sobre decisões acerca da capacidade produtiva da fábrica e dos recursos
humanos necessários para atender à demanda oriunda do mercado. Acontece que faltou a esta
diretoria, no primeiro momento, buscar entender o mercado, suas tendências de crescimento,
o perfil de seus consumidores, seus custos específicos e suas limitações (gargalos). O que se
viu neste período inicial foram decisões baseadas nas respostas imediatas do mercado,
deixando de lado a importância de uma visão macro do cenário e de um planejamento de
longo prazo. É sabido que a Produção é a locomotiva principal deste processo industrial,
tendo portanto, importância fundamental para os resultados apresentados pela empresa no
período.
Em relação à capacidade de máquina, no mês inicial a estratégia adotada foi a de
manter um volume de produção que garantisse um estoque semelhante com o volume de
vendas ocorridas ao final do Ano 0. Desta forma, a capacidade de produção foi mantida em
900 unidades. No mês seguinte, o volume de produção seguiu o objetivo do mês anterior, com
um leve aumento de produção para workstations. Neste segundo mês, a produção exigiu uma
capacidade de fábrica de apenas 750,7 unidades, mas a empresa, por um erro de
entendimento, não reduziu a capacidade de máquina e manteve o reinvestimento que
compensava a depreciação.
No mês 03, com o resultado de vendas do mês anterior muito abaixo do esperado, a
empresa registrou um elevado estoque de produtos, e diante desta realidade, o volume de
produção atingiu o nível mais baixo, exigindo apenas 510,7 unidades de capacidade de
máquina. Neste momento, a empresa decidiu pelo não reinvestimento, reduzia a capacidade
para 893 unidades.
No mês 04, com a venda de todo o estoque, a empresa optou por produzir o máximo
que podia, exigindo uma capacidade de 852,2 unidades e fazendo a empresa retomar o gasto
com reinvestimento de máquinas.
50
SEGUNDO QUADRIMESTRE
O início do segundo quadrimestre marcou uma alteração nos pesos utilizados pela
empresa para avaliação do seu desempenho durante o Jogo. Neste momento, a empresa já
possuía uma estratégia sólida, que preconizava a liderança em custos para o mercado de
51
Diretoria da Presidência
A política adotada por esta diretoria no segundo quadrimestre não apresentou grandes
alterações em relação ao aplicado no primeiro período. A empresa seguiu com o objetivo de
reduzir seus estoques e otimizar a utilização de mão de obra e de sua capacidade fabril, mas
acabou por repetir os mesmos erros ao variar meses de elevados estoques com perdas de
vendas devido a estoques zerados em outros.
Presenciou-se neste segundo período, novamente a atuação de uma diretoria com visão
de pequeno alcance, que não considerou as oscilações naturais na demanda do mercado e o
tempo de resposta deste aos investimentos feitos, ocasionando em situações de contratações
de efetivo, seguidas de demissões e então novas contratações, mas aquém da necessidade para
suprir as solicitações do mercado.
Diretoria de Marketing
adotada no primeiro quadrimestre, pretendendo-se assim, posicionar esse produto pelos bons
preços e por oferecer uma qualidade que atenda às expectativas de seus clientes. Em relação à
política de marketing adotada para notebook e workstation, também seguiu-se a estratégia
adotada no primeiro quadrimestre. Essa estratégia buscou posicionar esses produtos pela
diferenciação em tecnologia e qualidade, oferecendo aos clientes produtos com excelente
desempenho. Para isso foram realizados investimentos constantes em pesquisa e inovação
tecnológica, além de investimentos em promoção e propaganda de modo a divulgar entre os
consumidores os diferenciais desses produtos.
De modo geral observa-se que a empresa investiu em propaganda e inovação
tecnológica valores próximos aos máximos praticados pelo mercado além de possuir preços
atrativos. Como controle implantado realizou-se estudo mês a mês da relação entre os valores
investidos e as vendas alcançadas, bem como os investimentos realizados pela concorrência.
No inicio do quadrimestre, os investimentos realizados nos meses anteriores já haviam
dado resultado e não havia nenhum produto em estoque quando se iniciou o período. Nesse
mês decidiu-se por manter os valores de investimento, realizando apenas um pequeno
aumento em workstation para ficar próximo dos valores máximos. A propaganda teve
acréscimo de R$ 60.000 para R$ 70.000 e pesquisa de R$ 50.000 para R$ 60.000.
Provavelmente como resultados desses investimentos aliado aos preços competitivos, a
empresa perdeu venda de 2 unidades em workstations. Não se vendeu todas as unidades dos
demais produtos, mas o estoque era pequeno quando comparado aqueles do primeiro
quadrimestre.
No mês 6, a empresa decidiu incrementar para todos os produtos os valores investidos
em propaganda de modo a tentar consolidar seu nome no mercado e ganhar vendas. Isso
também foi realizado como medida para incrementar as vendas e diminuir os estoques.
Optou-se por realizar um pequeno reajuste nos preços de todos os produtos como forma de
compensar os maiores gastos com investimentos. Apesar de os reajustes dos preços estarem
compatíveis com os da concorrência, com essas medidas a empresa fechou esse mês com um
estoque maior que o mês anterior.
No mês 7, como o segmento de desktop era o que proporcionava o menor retorno para
a companhia, optou-se por diminuir os investimentos. Em contrapartida o preço foi reduzido,
como forma de estimular as vendas. Para os demais segmentos ocorreu uma pequena redução
no valor de propaganda do notebook de R$ 80.000 para R$ 70.000. Todas as unidades foram
vendidas e a empresa perdeu vendas em todos os segmentos.
54
Diretoria de RH
adequadas a essa nova disponibilidade de horas no mês de modo que as horas ociosas ou
extras fossem as mínimas possíveis.
De modo geral não foram implantados controles que permitissem a empresa estar
preparada para as situações futuras. Em geral, os controles implantados foram de curto prazo.
Isso foi uma consequência do fato de o planejamento da demanda dos produtos ter sido
realizada também, apenas para o curto prazo. Na tentativa de minimizar suas horas extras e
ociosas a rotatividade de pessoal foi constante, o que no longo prazo também acarretou custos
extras com tempo adicional de produção. Para melhorar esses aspectos, como medida de
controle a empresa poderia ter feito a análise de tendências, realizando o estudo das
necessidades de pessoal, com base na análise das informações do ano anterior que estavam
disponíveis. Também deveria ter feito a estimativa da demanda de seus produtos para o longo
prazo.
Tendo em vista o baixo desempenho que a empresa teve ao final do quadrimestre, os
valores concedidos em salários e benefícios estiveram muito acima dos mínimos praticados
pelo mercado. O mesmo aconteceu para a participação nos lucros, em que apesar de ter o mais
baixo lucro liquido acumulado do período forneceu participação para seus colaboradores.
Como reflexos dessas ações, a organização aumentou suas vendas no período e nos dois
últimos meses não conseguiu atender a demanda do mercado. Ou seja, no final do
quadrimestre se captou toda a mão de obra possível no mercado, trabalhou com horas extras,
mas ainda assim perdeu vendas, por não conseguir fabricar unidades em quantidade
suficiente.
Diretoria Comercial
Diretoria de Finanças
Caixa, DRE do período e a DRE pro produto. Neste 2º quadrimestre, a empresa passou a
calcular de forma mais exata os preços de vendas de seus produtos, baseados nos custos
envolvidos no mês, na previsão de vendas e no retorno esperado, porém isto só foi utilizado
realmente nas decisões do último mês.
Os resultados financeiros apresentados no período foram positivos, apesar de estarem
ainda muito abaixo do registrado pelo mercado. Em relação à política de investimento em
aplicações, a empresa optou por manter valores constantes de aplicação que giraram em torno
de R$300.000/mês. A única exceção registrou-se no mês 08 quando a empresa optou em
priorizar o pagamento de dividendos a fim de valorizar as ações da empresa que apresentavam
os priores resultados diante da concorrência.
A política de pagamentos de dividendos já previa um aumento no valor repassado aos
acionistas, que se confirmou possível com os resultados positivos e crescentes de suas
demonstrações contábeis. Desta forma, a empresa passou a pagar dividendos cada vez
maiores a cada mês saindo de R$20.000 no mês 04, chegando a R$90.000 no mês 07 e
finalizando o período com o pagamento de R$400.000 aos investidores. Porém, ainda assim o
montante pago pela empresa se manteve abaixo do praticado pelo mercado e o valor de suas
ações não conseguiu decolar, registrando o pior resultado entre todos os concorrentes.
Em relação ao pagamento de PL, a política adotada foi a de manter constante o
pagamento de 5% sobre o lucro auferido e os resultados contábeis obtidos permitiram manter
esta medida.
A análise das demonstrações financeiras no período, no caso Conta Caixa, DRE e
Balanço, mostra uma nítida, mas tímida, evolução positiva nos valores, com exceção dos
resultados do Caixa e Balanço no mês 08 que apresentaram uma leve queda, devido ao alto
pagamento de dividendos. Excluindo o mês 08 da análise dessas contas, partiu-se de um
Caixa de R$597.822 no mês 05 para um Caixa de R$813.223 no mês 07. Já o Balanço saiu de
um ativo de R$5.509.576 no mês 05 para um resultado de R$5.628.144 no mês 07. No
entanto, o melhor resultado relativo foi no lucro líquido obtido pela empresa, que partiu de
R$72.313 no mês 05 para R$273.856 no mês 08, um aumento de 379%, aproximadamente.
O que se pode concluir da atuação desta Diretoria neste 2º quadrimestre é que a
empresa conseguiu melhorar seus resultados contábeis, mas não se atentou para o que
acontecia ao seu redor no mercado e nem para suas próprias contas.
Faltou à empresa dominar seus custos mensais, faltou estabelecer uma margem de
lucro esperado nas vendas, estabelecer uma previsão de vendas mais próxima do real e faltou
por fim chegar ao que seria um valor ideal do preço de venda de seus produtos. Com margens
58
não previstas e almejadas, a empresa conseguiu registrar até boas receitas, o que a
posicionava relativamente bem no mercado, mas lucros e retornos bem abaixo da
concorrência.
Em relação a aplicações e dividendos, a empresa seguiu priorizando o primeiro e com
pagamentos discretos de dividendos viu sempre os preços de suas ações figurarem entre os
últimos e assumirem a última colocação nos meses finais. Fica assim, a certeza de que a
empresa deveria ter tido uma política de pagamento de dividendos um pouco mais ousada.
Diretoria de Produção
estratégia no mês 07, onde, ao decidir por não ousar e arriscar diante de um cenário que
sugeria aumento de vendas devido a altos gastos em propaganda e pesquisa, optamos por
reduzir o efetivo, produzindo menos e registrando elevada perda de vendas no mês, o que
dificultou bastante uma retomada satisfatória para o mês seguinte.
Neste momento, será apresentada uma análise em relação aos dois principais relatórios
financeiros da empresa, em um comparativo entre a situação da empresa ao início do Jogo e
como esta diretoria esta passando a empresa.
A análise da DRE ao término do Jogo permite fazer algumas observações quanto ao
desempenho da empresa durante todo o período, conforme destaques abaixo:
Receita de vendas: os resultados apresentados mostram um aumento
em torno de 50% na receita de vendas da empresa, partindo do valor de
R$ 1.370.400 para R$2.064.410. Isso mostra o bom resultado que a
empresa obteve neste quesito, apesar de ainda bem abaixo do melhor
resultado obtido pela concorrência.
Custos e Despesas: no mês 08, para atender à expectativa de vendas
prevista, a empresa teve um grande aumento nos seus custos com hora
extra e aluguel de máquinas, que pode ser plenamente observado no
comparativo dos relatórios. Contudo, destaca-se a redução do custo
com estocagem, visto o fato de a empresa trabalhar com estoque zerado
ao final do mês 08.
Lucros: a análise dos lucros também não deixa dúvida da melhora dos
índices financeiros da empresa, onde partiu de um lucro líquido no mês
61
ANÁLISE SWOT
MATRIZ BCG
64
A Matriz BCG construída ao término do Jogo adotou para comparação como maior
concorrente da START-UP INFORMÁTICA a empresa da equipe E2, uma vez que teve o
melhor resultado ao fim da competição. Para o cálculo das participações de mercado foi
adotada a média obtida durante os oito meses do Jogo.
Para se chegar ao crescimento do mercado foi utilizado como base os valores médios
por empresa da demanda do Ano 0, conforme disposto no manual, que multiplicado por 5
(cinco empresas), obteve-se o total demandado naquele ano. Para comparação com o Ano 1, a
demanda deste ano foi calculada com base na participação de mercado da START-UP
INFORMÁTICA em função de suas vendas a cada mês, conforme cálculos abaixo:
participação
participação
maior produtos vendidos produtos vendidos no mercado - produtos vendidos no mercado -
produto mês da empresa crescimento Ano 0 - Ano 1
concorrente pela empresa Ano 1 Ano 0 (Demanda)
no mercado
(E2)
1 27,01% 23,87% 275 1018 1795 -43%
2 21,22% 22,28% 222 1046 1765 -41%
3* 21,22% 22,28% 275 1296 2560 -49%
desktop
Com base nesses dados, chegamos à tabela abaixo e à disposição da Matriz ao término
da competição:
65
PARTICIPAÇÃO DE
ÍNDICE
UNIDADE CRESCIMENTO PARTICIPAÇÃO MERCADO DO
(TAXA DE
DE NEGÓCIO DE MERCADO DE MERCADO MAIOR
PARTICIPAÇÃO)
CONCORRENTE (E2)
DESKTOP 0,00% 22,41% 21,55% 1,04
A análise do Matriz mostra os produtos Desktop e Notebook com uma “pequena” alta
participação num mercado sem registro de crescimento em relação ao último ano. O
desempenho do mercado de desktops já era esperado e o resultado de sua participação o
coloca quase em igualdade com seu maior concorrente, podendo sugerir à empresa seguir na
comercialização do produto, já que não exige grandes investimentos, ou desistir do mesmo
devido ao baixo retorno que ele obtém e pelo mercado está em queda de demanda.
Com relação aos Notebooks, o resultado de crescimento encontrado surpreende, visto
ser este um mercado que apresentava aumento de demanda. Sendo assim, considerando a
66
possibilidade de crescimento deste mercado nos próximos anos, a posição dos notebooks na
Matriz estaria no quadrante da estrela, o que a empresa entende ser a realidade da situação
deste produto. Neste caso, a empresa deve manter os altos investimentos para que o produto
consiga acompanhar o crescimento do mercado e se manter, mesmo que ainda timidamente,
com alta participação de mercado.
Já os Workstations apresentaram expressivos resultados no crescimento do mercado e
uma alta taxa de participação. Isso mostra que a empresa deve seguir sua política de
investimentos em pesquisa e inovação para este produto, de forma a mantê-lo bem
posicionado no mercado em grande ascensão.
Os resultados em geral mostraram que a empresa conseguiu atingir boas parcelas de
participação no mercado em todos os produtos, com relação ao seu maior concorrente,
considerado aqui o vencedor da competição. Isso está condizente com os bons resultados da
receita de vendas da empresa durante o Jogo, mas não sendo suficiente para que a empresa
vencesse a disputa. Mais uma vez, a conclusão que se tira da Matriz corrobora que as análises
feitas até o momento, onde mostra que faltou à empresa controlar melhor seus custos, ter uma
visão de longo prazo e, principalmente, um planejamento mais eficaz de sua rotina de
produção.
A análise da situação da empresa ao término do Jogo, sob a ótica das cinco forças de
Porter, permite novamente algumas conclusões. Em relação ao poder de barganha dos
compradores, percebe-se que a empresa não conseguiu captar muito bem os desejos e
necessidades do Cliente, não identificando aquilo que era Valor para ele, resultando em
grandes variações do seu mix de produção, devido a situações onde tinha muito produto em
estoque em contraste com momentos onde zerou seu estoque e não conseguiu atender à
demanda.
O poder de barganha dos fornecedores neste mercado é baixo, conforme havia sido
informado no início do Jogo, de forma que não causou problemas ao andamento das
atividades da empresa.
Em relação à possibilidade de produtos substitutos nesta reserva de mercado, não
foram identificadas situações onde isso possa ter ocorrido. Houve sim, uma concorrência
acirrada entre os concorrentes, com preços competitivos e diferentes políticas de marketing e
67
Ao término do Jogo, fica evidenciado que a empresa deveria estudar melhor sua
composição de custo para determinação do preço de venda de seus produtos, elaborar um
planejamento macro e baseado em um estudo detalhado do mercado de atuação da empresa e
priorizar os investimentos para os produtos mais rentáveis. Para os produtos notebook e
workstation a empresa deve realizar ainda um planejamento a longo prazo, para não repetir o
erro de não estar preparado para atender a demanda em constante crescimento e acumular
perdas em vendas que comprometeram o resultado final da empresa. Em relação aos
investimentos em propaganda e pesquisa, os mesmos foram realizados sem estarem alinhados
com a diretoria de Produção, que por falta de investimentos de expansão da fábrica e de
aumento do efetivo de mão de obra, não conseguiu garantir a produção dentro do volume
esperado. Desta forma, sugere-se para a próxima diretoria que a visão do negócio seja global e
não local, para que as diretorias possam trabalhar alinhadas em busca do mesmo objetivo.
Por fim, pode-se considerar que a empresa não conseguiu aproveitar melhor as
oportunidades que lhe foram oferecidas, o que garantiria melhores resultados em relação à
situação em que recebeu a empresa. Como vimos, isso foi fruto da ausência de análise macro,
de planejamento global e de longo prazo e decorrente de tomada de decisões em muitas vezes
sem nenhum embasamento acadêmico.
68
ANEXO 2
No Jogo, os participantes são divididos em equipes com até 5 integrantes, que juntas
irão formar um Grupo Industrial, representando uma Reserva de Mercado de
Microcomputadores. Cada equipe será responsável pela administração de uma empresa
fabricante de microcomputadores, que competirão entre si na produção e venda de três
diferentes tipos de produto, sendo estes: Desktops, Notebooks e Workstations. Para o
acompanhamento do Jogo, cada equipe deve se dividir em quatro Diretorias, representadas
por Administração Geral, Comercial/Marketing, Produção/Logísitca e Finanças/Controle.
O Jogo será simulado em períodos, onde cada um corresponde a um mês virtual, sendo
simulados um total de 9 períodos, com 1 para teste e 8 valendo para a competição. A cada
período, as equipes terão que tomar diversas decisões que envolvem principalmente questões
relacionadas a preços, propaganda/promoção, desenvolvimento e volumes de produção para
cada tipo de produto, número de trabalhadores, políticas de pessoal, capacidade de fábrica,
empréstimos, aplicações financeiras, dividendos, entre outros.
Para avaliação das equipes, cada uma deverá estabelecer, antecipadamente, sobre
baseadas em quais critérios deverá ser avaliada, de acordo com a importância atribuída a cada
um dos critérios: valor da ação, retorno sobre o patrimônio líquido, receita de vendas e lucro
total.
Os produtos são vendidos tanto para clientes individuais como para empresas, com o
mercado composto por quatro seguimentos: empresarial, educacional, doméstico e
governamental. Segue abaixo, as médias das demandas mensais de cada produto nos últimos
quatro anos, com erro de + ou - 20%:
FORÇAS EM COMPETIÇÃO
A atuação da Reserva nos últimos anos indica certa ausência de competitividade entre
as empresas, com baixos investimentos em inovação e aperfeiçoamento dos produtos
70
existentes, e preços quase idênticos, fazendo o Governo repensar o futuro da Reserva, mesmo
que no momento ainda limite o número de empresas concorrentes às já autorizadas neste
mercado. Em relação à diferenciação dos produtos, esta praticamente inexiste entre as
empresas, uma vez que todas partiram da aquisição de tecnologias disponíveis no mercado
internacional, e, desde então, pouco se tem feito para mudar esta realidade.
A EMPRESA
Partindo das previsões de demanda dos produtos, a empresa decidiu por construir uma
fábrica com capacidade instalada de 900 unidades para início das atividades. Para isso,
aplicou cerca de R$ 4,5 milhões, fazendo-se necessário recorrer aos bancos devido à
dificuldades de capital de giro.
Seguem abaixo, alguns dos dados financeiros da situação de como a empresa foi
recebida por cada equipe, no ano 0, mês de Dezembro:
72
73
74
CAPACITAÇÕES FUNCIONAIS
custos, mas sob a condição de que tal acréscimo ou diminuição total da força
de trabalho não ultrapasse 10% da força de trabalho do mês anterior. Os
trabalhadores contratados são, de imediato, totalmente produtivos. Segue
abaixo, as demandas de produção de cada produto em relação à horas de
trabalho necessárias e capacidade de fábrica necessária:
GERÊNCIA FINANCEIRA
Com relação aos aspectos financeiros do Jogo, seguem descritas abaixo informações
dos pontos mais importantes:
DESENVOLVIMENTO DO JOGO
Após tomar conhecimento da situação da empresa ao final do último ano, cada equipe
ficará responsável pela administração de uma empresa semelhante à START-UP
INFORMÁTICA S/A. A cada período simulado, as equipes terão a possibilidade de interferir
na vida da empresa em diversos pontos, conforme Folha de Decisões abaixo:
77
As equipes irão simular nove períodos, de janeiro a agosto, sendo o mês de janeiro
simulado duas vezes, sendo a primeira para teste. Apesar de o tempo de simulação ser de
apenas 8 meses, as equipes devem ter em mente que a empresa deverá seguir em operação
após ao término do Jogo, onde espera-se que em condições melhores, em decorrência do
desempenho administrativo de cada equipe.
REGRAS DO JOGO