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ENERGETICOS

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

NOÇÕES DE TROCADORES DE CALOR


NOÇÕES DE TROCADORES DE CALOR
Descrição
Introdução - O permutador de calor é um equipamento onde dois fluidos, com
temperaturas diferentes, trocam calor através de uma interface metálica. No
processamento das indústrias químicas, principalmente, o permutador de calor é
empregado não só para economizar calor, mas também para atender as
necessidades do processo. De acordo com os fluidos que trocam calor e com o
fim a que se destina, o permutador de calor é chamado de:
Intercambiador Quando há troca de calor entre dois fluidos do processo.
(Exchanger)
Resfriador (Cooler) Quando resfria fluidos do processo, usando água como fluido frio.
Condensador Quando um fluido no estado de vapor passa para o estado líquido.
(Condenser) Geralmente, o fluido frio é a água.
Vaporizador Quando vaporiza o líquido da base de uma torre de destilação, por
(Reboiler) exemplo, por meio de vapor d'água ou outro fluido quente.
Aquecedor (Heater) Quando aquece fluido do processo por meio de vapor d'água.
Caixa resfriadora Quando resfria líquido do processo passando numa grande serpentina
(Cooler box) disposta dentro de um reservatório de água.

Prof. ANGELO
• Escolha do fluido - O permutador já está montado para receber determinados líquidos
nos tubos e no casco. Isto é escolhido pelo projetista do permutador de calor. Não há
regras fixas que estabeleçam qual o tipo de fluido deva passar pelos tubos.
Evidentemente, a escolha do fluido que passa pelos tubos ou pelo casco, deve atender
às melhores condições para o processo, ao menor custo de construção e a fácil
manutenção.
• De uma maneira geral, passam pelos tubos:
Líquidos sujos, carregando material em suspensão, porque é mais fácil
remover a sujeira dos tubos do que do casco.Líquidos
Líquidos corrosivos, porque é mais fácil substituir os tubos furados do
que o casco.
Líquidos de alta pressão. O casco não é construído para resistir pressões
muito altas.
Água de refrigeração, por facilidade de limpeza.
Vapor d'água, porque a água de condensação pode ser arrastada.

• Fluidos que passam pelo casco:


Vapores em grande volume, porque a condensação dos vapores provoca turbulência,
aumentando a troca de calor.
Líquidos que, passando pelo permutador, devem ter baixa queda de pressão.

• Entre os líquidos de propriedades semelhantes, deve passar pelos tubos aquele de


maior pressão, maior temperatura e o mais corrosivo
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Operação
Normas de operação:

Condições de segurança - A temperatura e a pressão limites, nas


quais devam trabalhar os tubos e o casco, estão especificadas na
placa do fabricante junto ao permutador. Elas não devem ser
ultrapassadas. Assim, nos resfriadores a temperatura de saída da
água não deve exceder de um certo valor (70 °C), para evitar
deposição dos sais contidos na água.
.

Aquecimento e resfriamento - Tanto na partida como na parada, os


permutadores de calor devem ser aquecidos ou resfriados
lentamente. Isto é particularmente importante quando as
temperaturas de operação são elevadas. A rápida entrada de um
líquido à alta temperatura pode provocar desigualdades de
expansão nos tubos, causando vazamento nos mesmos e
deformação do feixe.
.

ANGELO
Partida - Entra primeiro o fluido mais frio. Se o fluido mais frio está
ligeiramente quente, então deixa-se o mesmo entrar lentamente.
Quanto mais quente o fluido, mais lenta deve ser a sua admissão ao
permutador de calor.
.

Parada - Primeiro fecha-se a entrada do fluido mais quente. Se isto


não for observado, pode haver vazamento nos tubos. O mesmo pode
acontecer na partida, se não entrar primeiro o fluido mais frio.
.

Suprimento de água - Falha no suprimento de água para um


resfriador pode trazer sérias conseqUências. Quando o fluido a
esfriar é muito quente, a interrupção da água provoca um grande
aquecimento do equipamento. Se a água volta a circular, haverá um
resfriamento brusca do permutador. Esta mudança rápida de
temperatura, afrouxa parafusos e abre as juntas. Por isso é
necessário um fluxo contínuo de água.

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Condensado - Sempre se deve drenar a água de um
ebulidor ou aquecedor, para evitar o fenômeno chamado
martelo hidráulico. Isto pode ser explicado da seguinte
maneira: Supondo-se água acumulada nos tubos do
ebulidor e abrindo-se a válvula do vapor d'água, este vai
conduzir a água a uma grande velocidade até encontrar
um obstáculo, onde provoca um grande choque. Este
impacto severo (martelo hidráulico), pode causar ruptura
do material.
.

Ejetores - Condensadores e resfriadores situados em


lugares elevados, são munidos de ejetores na saída da
água de refrigeração. Os ejetores só funcionam na
partida. Provocam sucção na linha, facilitando a subida
da água para o permutador. Esses aparelhos funcionam
com ar comprimido.
Ver exemplos de trocadoresProf. instalados
Bezerra na empresa
Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

TUBULAÇÕES
Válvula gaveta e Válvula globo
Válvulas de retenção
Válvula de segurança
EXEMPLOS DE TUBULAÇÕES E VÁLVULAS INSTALADOS
NOS DIVERSOS SETORES DA EMPRESA
Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

BOMBAS
BOMBAS

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Conceito - acionamentos, características, classificação e tipos
•Conceito - acionamentos - Bombas são equipamentos
destinados ao transporte de fluidos. O bombeamento é a
operação pela qual se adiciona energia ao fluido sob a forma de
aumento de pressão, o que acarreta a sua movimentação, pois
os fluidos escoam dos pontos de pressão (energia) mais alta
para os de menor pressão (menor energia).
•Portanto, para se movimentar um líquido é necessário haver
um gasto de energia. A obtenção dessa energia é feita através
da movimentação da bomba por um acionador (motor elétrico,
turbina, motor diesel, etc.). No caso de bomba que precisa estar
apta a operar mesmo em caso de falta de energia elétrica, usa-
se o motor diesel. A bomba reserva do sistema de água de
combate a incêndio está neste caso.

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Características - Os fabricantes de bombas geralmente dão as características das
mesmas em forma de gráficos cartesianos. Nestes gráficos os valores da vazão são
colocados no eixo horizontal e os valores correspondentes da altura manométrica,
potência e eficiência são colocados no eixo vertical. As curvas assim obtidas da
altura manométrica, potência e eficiência em função da vazão são as chamadas
curvas características da bomba. Estas curvas são de grande valor na seleção da
bomba para uma determinada função.
As características mais importantes de uma bomba são:
•Capacidade: Quantidade de fluido transferido na unidade de tempo ( Q =
m³/h; m³/dia; l/min, GPM)
•Altura manométrica: Geralmente é dada sob a forma de "carga", que é a
altura a que o líquido pode ser bombeado por uma bomba, sendo obtido
dividindo-se a diferença de pressão obtida na bomba pelo peso específico do
líquido: H = dif. P/ densidade
•Potência: É a Energia consumida pela bomba na unidade de tempo.
•Eficiência: É a relação entre a energia suprida ao líquido e aquela consumida
pela bomba
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Classificação e tipos - As bombas classificam-se em alternativas, centrífugas
e rotativas. As bombas rotativas e alternativas não permitem o livre
escoamento do líquido em seu interior; o liquido somente flui da sucção para a
descarga com a bomba em funcionamento. Estas são chamadas de bombas de
deslocamento positivo, em virtude desta característica.
As bombas centrífugas permitem a livre circulação do líquido em seu
interior em ambos os sentidos, por isso é necessário o uso de válvula de
retenção quando não se quer que o líquido inverta o fluxo com a bomba
desligada (se houver pressão maior na descarga).
Bombas alternativas - descrição e funcionamento - Constam de um êmbolo
móvel, dentro de um cilindro onde o líquido penetra através de uma válvula
dita de sucção, aspirado pelo deslocamento do êmbolo no sentido 1. Ao
inverter-se o sentido do movimento do êmbolo, fecha-se a válvula da sucção ao
mesmo tempo que abre-se a válvula de descarga, por onde o líquido é
empurrado pelo êmbolo para fora do cilindro. A repetição destes movimentos
proporciona o escoamento do líquido, num regime dito pulsátil, pois o
movimento do líquido não é contínuo.
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A capacidade de uma bomba alternativa independe da pressão a ser
exercida; é função apenas do cilindro (área), do percurso (deslocamento
linear) e da velocidade do êmbolo. Desta forma, podemos variar a vazão
de uma bomba alternativa alterando o percurso do êmbolo. Se o
acionador da bomba for do tipo rotação constante, a maneira acima é a
única possível de variar a vazão da mesma.
Um recurso que pode ser utilizado, é abrir o desvio da descarga para a
sucção, de forma que, embora permaneça constante a vazão da bomba,
parte do 'fluido bombeado é recirculado. A pressão na descarga é função
apenas da ação do sistema sobre a bomba. Se formos fechando
gradativamente a válvula de descarga da bomba, a pressão irá se
elevando sem, contudo, haver variação na quantidade de líquido
bombeado. Não se deve fechar a descarga de uma bomba alternativa,
pois ocorrerá uma das duas hipóteses:

• o motor para, podendo se danificar


• se o motor for suficientemente potente, a bomba romperá
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Na placa de operação da bomba alternativa estão marcados os seguintes
dados:
•(DCV) x (DCL) x (P)
•DCV = Diâmetro do cilindro do vapor
•DCL = Diâmetro do cilindro de fluido
•P = Percurso ( o percurso ou "stroke" é a extensão percorrida pelo
êmbolo de líquido em cada movimento num sentido).

Aplicação das bombas alternativas:

•Bombas proporcionadoras
•Baixas vazões e altas pressões
•Cargas acima de 1500 m
•Líquidos muito viscosos
•Casos em que o comportamento pulsátil pode ser tolerado
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Bombas rotativas - As bombas rotativas combinam movimento de rotação
com deslocamento positivo. O líquido é levado de um compartimento a outro
da carcaça, com a pressão necessária para sua movimentação. Tipos de
bombas rotativas, sendo que alguns se interligam:
•bombas de engrenagem
•bombas de lóbulos
•bombas de parafusos
•bombas de aletas (ou palhetas)
•bombas de excêntrico pistão
Bombas de engrenagem:
•Engrenagens retas - são constituídas de duas rodas dentadas (engrenagem), uma
motora e outra livre, que conduzem o fluido entre si e a carcaça, da entrada para a saída
da bomba. Estas bombas podem ser usadas em velocidades até 600 rpm, com pressão
máxima de 100 kgf/cm² e vazão de 400 lpm (0,4 m³/h).
.

•Engrenagens helicoidais ou espinha - são baseadas no mesmo princípio de


funcionamento, empregando porém engrenagens de tipo helicoidal ou espinha com que
é possível obter-se até 1800 rpm, 150 kgf/cm² e 0,4 m³ 4/h.
.

•Engrenagens internas - as bombas de engrenagens internas, por serem pouco usadas,


não serão alvo de estudo no presente curso.
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.
Bombas de parafusos - Neste tipo de bomba os parafusos são dispostos
de tal maneira que os fios de cada parafuso se fecham na parte sulcada de
outro, se encaixando de modo a formar um rolo perfeito entre os parafusos e
a carcaça da bomba. Estas bombas podem ter 1, 2 0u 3 parafusos.
Bombas de aletas - São constiuídas de um rotor cilíndrico com entalhes
radiais, contendo aletas, colocado excentricamente no interior de uma carcaça
cilíndrica. Com o movimento de rotação as aletas são projetadas contra as
paredes da carcaça, levando o fluido da entrada para a saída da bomba. Neste
tipo de bomba o desgaste das aletas é grande; usam-se também roletes e
caçambas articuladas em lugar das aletas, sendo que os roletes têm menor
desgaste por rolarem sobre a superfície cilíndrica da carcaça.

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Bombas tipo excêntrico-pistão - São constituídas de um rotor, que é
sustentado excentricamente dentro de uma câmara cilíndrica, envolvido
exteriormente por um cilindro solidário a uma haste, que é impulsionada no
interior da câmara de maneira a deslocar o líquido da sucção para a descarga
da bomba. Geralmente esse tipo de bomba é feito com dois cilindros, a fim de
produzir um fluxo constante na descarga.

Bombas de diafragma - Nestas bombas, o fluido é succionado e


impulsionado por uma membrana pulsátil. Esta membrana pode ser metálica,
de borracha, ou de materiais plásticos. São usadas para fins especiais, como
bombeamento de produtos tóxicos ou altamente corrosivos, pois podem ser
feitas de material apropriado e sem vedações móveis. Podem ser acionadas
mecânica, hidráulica ou pneumaticamente. Alguns autores as consideram
bombas alternativas, porém outros as classificam como um tipo à parte.

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Bombas centrífugas
Conceito e vantagens - As bombas centrífugas empregam o principio da força
centrífuga, para impulsionar o líquido. São as mais largamente usadas nas
indústrias, devido a sua grande versatilidade. Podem ser usadas para bombear
praticamente todos os tipos de fluidos, desde líquidos límpidos e pouco
viscosos, até material pastoso de grande viscosidade. Podem ser usadas em
serviços que exigem de 10 a 50000 lpm, podendo variar a pressão de descarga
até 200 kgf/cm².

Somando-se a esta versatilidade, as bombas centrífugas apresentam outras


vantagens, tais como:

•Baixo custo inicial


•Construção simples, resultando em baixo custo de manutenção e reparos pouco
frequentes
•Descarga uniforme, não pulsante
•Adaptáveis a controle automático por instrumentos, pois podem ser operadas
em uma larga faixa de vazões, correspondentes a várias pressões de descarga
•Podem ser operadas por motor elétrico ou turbina a vapor

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Principais componentes das bombas centrífugas -
Carcaça - É a parte externa e visível da bomba, sendo construída geralmente já
contendo as conexões de entrada e saída para o fluido, contendo ainda os
dispositivos de vedação necessários para o eixo de acionamento do rotor. As
carcaças das bombas centrífugas podem ser classificadas:

Quanto à maneira de seccionamento - carcaças bipartidas axialmente


- carcaças bipartidas radialmente
Quanto a orientação do líquido - carcaça em voluta
- carcaça em difusor
As caracaças em voluta por sua vez podem ser:
•de voluta simples
•de voluta dupla
Os materiais mais usados na confecção de carcaças são:
•ferro fundido
•aço fundido
•bronze
•aço liga - 11 - 13% Cr
•aços inoxidáveis - 18 - 8
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Rotor - É a parte mais importante da bomba centrífuga, pois de sua configuração e
tamanho dependerão as características operacionais da bomba. Para uma dada rpm,
podemos obter diversas vazões e "cargas", conforme a forma e tamanho do rotor e
também bombear fluidos mais ou menos limpos e viscosos.
Portanto, para se obter condições específicas de bombeamento, deve-se estudar
qual a bomba que se adapta se adapta melhor às condições que se necessitam; para
tal são fornecidos gráficos pelos fabricantes. O rotor pode ser:

•aberto
•fechado
•semi-aberto

Para fluidos "limpos" usa-se o rotor fechado ou semi aberto, e as palhetas são
em maior número e menos inclinadas em relação ao eixo.
Para polpas pesadas usam-se rotores abertos ou semi-abertos e número menor
de palhetas, com inclinação acentuada em relação ao eixo. Os materiais mais
empregados na confecção de rotores são: ferro fundido, aço fundido, bronze,
aços liga 11-13% Cr e inoxidáveis 18-8% CrNi.
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Eixo do rotor - É a peça que aciona o rotor, sendo conectada ao dispositivo
movimentador da bomba por um determinado tipo de acoplamento.
Mancais - São os dispositivos que posicionam o eixo na carcaça, e permitem
que este gire com o mínimo atrito. Nas bombas de pouca responsabilidade
usam-se mancais de deslizamento. Nas bombas de maior responsabilidade
usam-se mancais de rolamento. Nas indústrias, usam-se rolamentos na
maioria das bombas. Os mancais de rolamento podem ser:

•Auto alinhados •quando permitem um pequeno desalinhamento


do eixo, compensando
•Simples ou •conforme possuam um ou dois anéis com esferas
duplos ou roletes
•De escora • quando devem suportar esforços longitudinais ao
eixo

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Vedações - São dispositivos utilizados com o objetivo de evitar que o líquido
bombeado saia da carcaça pelos locais da passagem do eixo do rotor.
A câmara de vedação é a parte onde fica instalado o sistema de vedação ou
selagem, que impede o fluido de sair pela abertura da carcaça onde passa o
eixo. O sistema de selagem por gaxetas é formado por anéis de material
especial para esta finalidade, montados lado a lado sobre o eixo dentro da
câmara de vedação, e apertados uns aos outros pela sobreposta, expandindo-
se radialmente para fazer a vedação sobre o eixo.
O eixo, na região onde são montados estes anéis, sofre um desgaste acentuado
devido à fricção ocasionada pela rotação do eixo sobre em contato com os
anéis estáticos. Quando este desgaste se torna excessivo, o sistema de vedação
deixa de ser eficiente, ocorrendo muito vazamento, sendo necessária a
substituição do eixo. Para evitar custo muito elevado nesta manutenção, o eixo
é revestido nesta região com uma luva, que por ocasião de seu desgaste é
substituída com menor custo daquele que se teria com a substituição do eixo.

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Como há movimento relativo entre eixo e anéis de gaxeta, deve haver
lubrificação das superfícies em contato para evitar desgaste prematuro e
sobreaquecimento. Esta lubrificação é feita geralmente com o próprio fluido
que está sendo bombeado, simplesmente regulando-se o aperto dos anéis da
gaxeta pela sobreposta, de modo a deixar um pequeno vazamento do fluido
em bombeamento. Quando se trata de fluido com características tais que não
seja permitido o seu vazamento (líquidos corrosivos, tóxicos, voláteis, etc...),
faz-se a lubrificação com outro líquido, denominado líquido de selagem,
injetando no anel de lanterna que lubrifica, também, através do seu vazamento
entre os anéis de gaxeta e o eixo. Neste sistema, parte do líquido de selagem
vaza para fora e parte dentro da bomba (é injetado no anel de lanterna com
pressão igual ou ligeiramente superior a pressão de sucção), contaminando e
diluindo o líquido de bombeamento . Um ponto importante neste sistema:
Gaxeta: Sempre deve haver um mínimo de vazamento,
responsável pela lubrificação

Sem esta lubrificação o desgaste do eixo ou da luva do eixo, na região das


gaxetas, seria prematuro e o aquecimento excessivo.
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Mesmo com o funcionamento normal, dependendo das
condições de projeto e de operação da bomba Produtos quentes,
por exemplo) há sobreaquecimento na região de vedação, sendo
necessária a sua refrigeração, o que é feito com água de
refrigeração circulando através da camisa de refrigeração que
envolve a câmara de vedação. Para o controle de refrigeração é
instalado um termômetro no sistema.

Não confundir sistema de selagem com sistema de refrigeração!

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Selo mecânico - A vedação pode ser feita por outro processo que não o de gaxetas.
O dispositivo usado é o chamado selo mecânico. Consta de uma parte fixa ao eixo,
rodando com este, e de uma outra estática. Estas duas partes mantém contato entre si
através de duas superfícies polidas pressionadas uma contra a outra por um sistema de
molas. A pressão entre estas superfícies pode ser ajustada também pelo "balanceamento
hidráulico do selo", com a própria pressão do líquido que está sendo bombeado. A
vedação é feita nestas superfícies polidas construídas de materiais adequados. No
sistema de vedação por selo mecânico não há vazamento algum de produto, sendo esta a
sua principal característica.

As vantagens do selo mecânico são a sua total vedação e a necessidade de


manutenção menos frequente (porém mais qualificada, quando necessária). Uma
desvantagem deste sistema é o seu alto custo de instalação. O sistema de vedação por
gaxetas é mais simples e mais barato, porém exige manutenção com mais frequência, se
não qualificada. A aplicação, caso a caso, de um sistema ou outro é função da análise de
cada caso em particular. Modernamente, a água de selagem aos selos é monitorada por
medidores/reguladores de fluxo, com condições de bloquear o funcionamento do
equipamento por deficiência no fornecimento da água.

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Tipos de bombas centrífugas - As bombas centrífugas podem ser:
•Quanto ao número de 1.Bombas de estágio simples - São usadas em condições nas quais se necessita
estágios: relativamente pouca pressão (150 mca).
2.Bombas de múltiplos estágios - São usados quando se necessita maior
elevação de pressão, pois é mais econômico do que usar bombas simples em
série, o que seria outra maneira de se conseguir maiores pressões.
•Quanto a posição do eixo: 1.Bombas de eixo horizontal
2.Bombas de eixo vertical
•Quanto ao escoamento do 1.Radial - São as mais comuns. O líquido é admitido no "olho" do rotor e é
líquido: jogado na sua periferia, para a descarga na carcaça da bomba.
2.Axial - É o escoamento do tipo dos ventiladores de ar usados nas residências.
O líquido é impelido na direção do eixo da bomba. São usados quando se
necessitam grandes vazões e baixa pressão, como efluentes, águas pluviais, etc .
3.Misto - São bombas que combinam as duas ações descarregando o líquido em
um ângulo intermediário.
4.Sucção simples - O líquido entra no rotor apenas por um lado.
5.Sucção dupla - O líquido entra no rotor por dois lados, o que facilita o
equilíbrio dos esforços sofridos pelo eixo, induzidos pelo rotor.
•Quanto à orientação do 1.Bombas com difusor - O rotor descarrega o líquido em meio a lâminas
líquido na saída do rotor: estacionárias colocadas em seu redor, e cuja finalidade é orientar o fluxo do
líquido mais uniformemente, para a descarga da bomba.
2.Bombas tipo voluta - O líquido é orientado, após sair do rotor, pelas próprias
paredes da carcaça, em forma de voluta. Algumas bombas são construídas
deste tipo praticamente com a mesma eficiência das com difusores, com custo
bem inferior. .XXXXXXXXX
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Tipos especiais de bombas centrífugas:

•Bomba auto-escorvada - As bombas centrífugas, em geral, não podem bombear líquidos se a


sua carcaça não estiver completamente cheia com o líquido a bombear. Por isso, no início de
operação, a bomba deve ser "escorvada", retirando-se todo o ar existente dentro da carcaça,
ou seja, enchendo-a com líquido. Existe, entretanto, um tipo especial de bomba centrífuga
que, pelo seu dimensionamento e configuração da carcaça, permite que o ar existente dentro
da mesma se misture com a parte líquida, formando uma espuma. Uma lâmina que
acompanha a periferia do rotor quebra a espuma, de maneira a fazer a espuma se separar,
sendo o ar expelido. Essa operação prossegue até que seja retirado todo o ar da carcaça e
linha de sucção, quando então a bomba entra em funcionamento normal. São de pequeno
porte, e são usadas no escorvamento de outras bombas maiores, sendo então chamadas de
bomba auxiliar.

•Bomba turbina - São bombas que lembram as turbinas a vapor. Consistem de um rotor
circular, palhetado na periferia, colocado em uma carcaça na qual existe bom ajuste do disco
rotativo, havendo uma cavidade na qual se movimentam as palhetas. O líquido entra na
periferia do rotor, é impulsionado pelas palhetas, circulando no canal de passagem, e
recebendo de cada palheta um novo impulso. As bombas tipo turbina, geralmente,
dispensam ser escorvadas, sendo utilizadas para se conseguir altas pressões, com vazões
moderadas.

•Misturadores - Um sistema de rotor e eixo, em lugar de ser colocado numa carcaça, pode ser
colocado simplesmente dentro de um vaso ou tanque, de maneira a fazer o líquido circular
dentro do próprio tanque ou vaso. Neste caso é chamado misturador (geralmente um rotor
de fluxo axial, podendo ser montado vertical ou horizontalmente).
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Cavitação – Os efeitos nocivos podem ser resumidos em:
•vibrações e ruídos: afetam os mancais e demais ajustes da bomba;
•aparecimento de gases e vapores, acarretando a perda de sucção e, portanto, do
"head";
•corrosão e erosão dos componentes da bomba, danificando-a.

Meios para contornar a cavitação:


•Diminuir a perda de carga na linha de sucção geralmente aumentando seu
diâmetro, e usando o mínimo de conecções e válvulas.
•Esfriar o líquido a ser succionado, o que eqüivale a diminuir a sua pressão de vapor.

•Aumentar a pressão na superfície do líquido a ser bombeado.


•Variar a altura Z.
•Colocar outra bomba intermediária na linha de sucção, com a finalidade de elevar
a pressão da sucção da primeira.

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Associação de bombas
É bastante comum a necessidade de se usar, ao invés de uma só
bomba, duas ou mais bombas montadas em série e/ou paralelo. A
necessidade provém de maior flexibilidade de operação, maior
segurança, melhor rendimento da instalação, maior "head", etc.
Este sistema formado por bombas em série e/ou paralelo funciona
como uma só bomba, cujas curvas características podem ser
obtidas a partir das curvas das bombas componentes.

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Associação em série - Usa-se associação em série no caso de se necessitar
"heads" muito elevados, o que, com uma bomba só, exigiria tubulação com
diâmetros maiores, além da bomba especial, o que não seria econômico.
Como na associação em série a descarga de uma bomba vai ter à sucção da
outra, a vazão que passa pelas duas é a mesma, e o "head" total é a soma dos
"heads" de cada bomba.
Associação em paralelo - Costuma-se usar bombas em paralelo, quando o
sistema deve operar com grandes vazões ou então com variação da vazão em
função das necessidades momentâneas do processo, quando uma bomba só,
escolhida em função da maior vazão, deveria trabalhar com baixo rendimento.
Além disso, como segurança, geralmente se usa uma bomba pequena, reserva
de outras grandes, do que uma grande reserva de outra grande.
Na associação em paralelo o "head" das duas bombas é igual ao de uma só, e a
vazão é a soma das vazões das duas bombas.

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Outros dispositivos para a movimentação de líquidos
Além dos dispositivos usualmente empregados para a movimentação de líquidos, que
empregam ações mecânicas de pistões, êmbolos, rotores, etc., podem ser empregados
outros dispositivos, tais como:
"Air lift" - elevação de uma coluna líquida pela ação de um gás ou ar comprimido. O
gás é introduzido na base da tubulação, que está mergulhada no líquido e, pela
formação dentro do tubo de uma mistura gás-líquido de menor densidade do que o
líquido puro, há o deslocamento do mesmo pela tubulação.
"Ovo ácido" - sistema usado para movimentação de líquidos muito corrosivos. O
líquido é introduzido em um recipiente resistente à pressão e, após estar cheio,
pressuriza-se o tanque de maneira a expulsar o líquido do mesmo.
Bombas de jato -Ejetores: quando a pressão do líquido bombeador é maior do que a
pressão contra a qual o líquido é conduzido. Injetores: quando a pressão do líquido
bombeador é menor do que a pressão contra a qual olíquido é bombeado.
Bombas eletromagnéticas - servem para movimentar metais fundidos. Utilizam as
propriedades da ação de um campo magnético sobre um condutor perpendicular
àquele campo. No caso, o metal fundido é o condutor, sendo então impulsionado. O
campo magnético é produzido por corrente contínua ou alternada, de maneira
conveniente.
Prof. ANGELO
Operação de bombas centrífugas
Atenção:
Estas informações são genéricas. Os procedimentos específicos deverão constar de
"documentos técnicos de procedimentos"!

Partida da bomba centrífuga - Uma bomba centrífuga deve sempre começar a


funcionar com o corpo e a tubulação de sucção completamente cheios do líquido a
bombear. A presença do líquido no corpo da bomba é necessária, pois a maioria das
bombas centrífugas possuem elementos rotatórios com pequenas folgas, que precisam
do líquido para lubrificação e não podem rodar a seco por muito tempo, sem que
sofram danos. De outro lado, a presença de gases ou vapores no corpo da bomba
afetariam as condições de sucção, acarretando a chamada perda de sucção.

De forma alguma a bomba centrífuga deve começar a operar vazia!


Quando a bomba centrífuga está em uma cota mais baixa do que o reservatório de
líquido, ela enche-se pela ação da gravidade desde que seja aberto o suspiro, para
permitir a expulsão dos gases e vapores que estão no seu corpo. No caso de o
reservatório estar situado em nível mais baixo do que a bomba, é necessário o
emprego de um dispositivo auxiliar para encher a bomba.

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Medidas preliminares para a partida após manutenções e/ou revisões
(quando a bomba estiver parada pela operação, por disponibilidade, nos sistemas
automáticos, poderá ser adicionada pelo SDCD e deve ser considerada como em
operação) - Deve ser feita uma inspeção da bomba, do acionador, das linhas, dos
dispositivos auxiliares e do local de trabalho, referente aos seguintes itens:

•Limpeza
•Condições de segurança pessoal
•Condições de segurança do equipamento
•Facilidades de combate ao fogo
•Montagem correta
•Disponibilidade de óleo lubrificante
•Disponibilidade de refrigeração
•Desimpedimento para a operação
•Ausência de bolsas gasosas nas linhas de sucção
Atenção: em sistemas automáticos, equipamento parado a
disposição da operação (em disponibilidade ou "stand by"),
deve ser considerado como em operação. Pode ser ligado
através do painel - SDCD! Prof. Bezerra
•Partida dos sistemas auxiliares - Restabelecer a circulação nas linhas de água de
refrigeração e de líquido de selagem. Quando a bomba trabalha com líquido quente há
necessidade de refrigeração prévia de alguns elementos, antes da admissão de líquido no
corpo. De forma análoga, há necessidade de selagem prévia da câmara de vedamento. Assim,
estes sistemas protetores ficarão em operação antes da partida da bomba.
.

•Admissão de líquido - com a válvula de descarga e o dreno do corpo fechados, abrir


totalmente a válvula de sucção da bomba e o suspiro do corpo. Quando a bomba estiver em
nível mais elevado do que o reservatório, proceder o enchimento pelo dispositivo auxiliar
respectivo (ejetor ou bomba auxiliar). Quando todo o gás for expulso do corpo da bomba,
fechar o suspiro.
.

•Aquecimento da bomba - abrir a válvula de aquecimento, caso a bomba não esteja


aquecida. Depois de aquecida a bomba, fechar a válvula.
.

•Preparo para recirculação - abrir a válvula da linha de recirculação. Em alguns casos a


bomba possui um dispositivo de proteção contra o superaquecimento devido à operação com
a descarga fechada. Este dispositivo consta de um desvio de descarga para a linha de sucção.
O desvio sai de um ponto antes da válvula de descarga e vai a um ponto antes da válvula de
sucção da bomba.
.

•Partida do acionador - neste momento é dada a partida no acionador da bomba.


.

•Regulagem de vazão - abrir lentamente a válvula de descarga, para evitar mudanças


bruscas de velocidade que poderão ocasionar perda de sucção.
Prof. Bezerra
Com a válvula de descarga não esteja fechada e a válvula de
retenção não vedar bem, o líquido pode voltar da linha de
descarga para a bomba e provocar a rotação do rotor no sentido
contrário. Quando o acionador tentar inverter o sentido de
rotação do rotor, poderá haver danificação do eixo ou do sistema
de fixação do rotor ao eixo.
A partida da bomba com a válvula de descarga fechada gasta
menos energia, pois não há bombeamento de líquido. Com a
válvula de descarga aberta, o acionador, além de fornecer energia
para movimentar o rotor e o líquido, tem que fornecer uma
quantidade extra de energia para bombear o líquido. Isto resulta
numa sobrecarga que poderá danificar o acionador.

Prof. ANGELO
Com a válvula fechada o líquido fica circulando dentro do corpo
da bomba, provocando o seu aquecimento. Este aquecimento é
resultante da transformação da energia cedida pelo acionador ao
líquido em energia calorífica.
Em alguns casos a pressão da bomba contra a válvula de descarga
é de tal intensidade que a válvula não poderá ser aberta com a
bomba em operação. Neste caso, a partida poderá ser dada com
a válvula de descarga ligeiramente aberta, o que serve, como o
desvio de recirculação, para diminuir a pressão.
Quando o reservatório fica a uma cota mais baixa do que a
bomba, é sempre melhor partir com a válvula de descarga
fechada. Na operação da bomba centrífuga vertical o rotor fica
permanentemente mergulhado no líquido e não há necessidade
de encher a bomba com líquido.
Prof. ANGELO
Parada da bomba centrífuga - De uma maneira geral, a parada de
uma bomba centrífuga consta de uma operação com os mesmos passos
da partida, porém na ordem inversa. A parada deve ser feita
rapidamente para que a bomba não fique funcionando em seco e não
haja superaquecimento.

Passos da parada:

•abertura da válvula de recirculação


•fechamento da válvula de descarga
•parada do acionador
•abertura da válvula do aquecimento, caso seja necessário manter a
bomba quente.
•fechamento dos sistemas de refrigeração e líquido de selagem
•fechamento da válvula de sucção.

Prof. ANGELO
Cuidados operacionais com bombas centrífugas - Durante a operação de uma bomba
centrífuga, deve-se tomar cuidados para melhor rendimento do equipamento e maior
segurança operacional, tais como:

•Verificar pressões de sucção e descarga


•Verificar acionador (ruídos, consumo, rotação, temperaturas, lubrificação, etc.)
•Verificar caixa de vedação (vazamentos, aquecimentos). Nunca partir uma bomba com
sobreposta frouxa ou afrouxa-la com a bomba em funcionamento. O aperto de ajustagem das
gaxetas pela sobreposta deve ser feito lentamente com a bomba em funcionamento, para se
conseguir boa vedação. Este trabalho, normalmente, é tarefa da equipe de manutenção ou de
quem for designado e habilitado para tal. Selos mecânicos, não devem apresentar vazamento
algum, nem aquecimento excessivo.
•Verificar as caixas de mancal (lubrificação, ruído, aquecimento).
•Verificar sistema de refrigeração (escoamento apropriado, contaminação, temperatura).
•Verificar sistema de líquido de selagem (escoamento, temperatura, contaminação ou
alteração do líquido).
•Verificar filtros de sucção quanto à excesso de sujeira, evidenciando pela perda de pressão
lida nos manômetros, quando instalados antes e depois do filtro.
•A bomba deve ser parada caso seja constatada alguma anormalidade como aquecimento
anormal dos mancais e câmara de vedação, vazamento do selo mecânico, vibração ou ruído
anormal. Se a pressão de descarga cair a zero, a bomba deve ser parada imediatamente,
ventilada, cheia e colocada novamente em operação

Nunca se deve regular a vazão de uma bomba pela válvula de sucção. O


estrangulamento desta válvula pode acarretar perda de sucção, devendo a mesma
permanecer totalmente aberta durante o funcionamento da bomba. A regularem de
vazão deve ser feita sempre pela válvula de descarga.
Prof. ANGELO
Outras instruções e recomendações operacionais:
•Limpeza - o equipamento (bomba e acionado) e seus entorno devem estar sempre limpos e livres de
ferramentas, parafusos, porcas, calços, estopas, panos e materiais que não estejam em uso.

•Segurança - observar as boas condições de proteção do acoplamento, equipamentos apropriados de combate a


incêndio e dispositivos de segurança pessoal.

•Instalação - verificar bomba, acionado, alinhamentos da sucção e descarga, posição correta das válvulas, drenos
e suspiros, linhas de refrigeração e selagem, acoplamento, sistema de controle e instrumentação.

•Lubrificação - verificar mancais da bomba e do acionador, sistema de lubrificação e refrigeração, vazamentos,


níveis de óleo, temperaturas, pureza do óleo, etc. Nunca substituir óleo de mancal com equipamento
funcionando.

•Vedação - verificar se o vazamento através do engaxetamento não está deficiente ou excessivo. Observar
temperatura da câmara de vedação. Lembrar que nunca se deve partir uma bomba com sobreposta frouxa ou
afrouxá-la com a bomba em operação, pois pode haver um vazamento repentino e de grande porte de líquido,
com perigo de acidentes. Verificar, também, se não há vazamento e sobreaquecimento do selo mecânico.

•Partida - ajustar a vazão de água de refrigeração para os mancais e câmaras de vedação. Por em
funcionamento o sistema de líquido de selagem, abrindo a entrada do mesmo para o anel de lanterna antes de
colocar a bomba em operação. Quando a selagem é feita com o próprio líquido em bombeamento, abrir
suficientemente a válvula da linha de selagem. Efetuar os demais passos para a partida do equipamento,
conforme já visto anteriormente em caráter geral e especificamente nos "documentos técnicos de
procedimento".

•Parada - Relembrando os passos básicos verificados anteriormente, observar a sequência: abertura da válvula
de recirculação, fechamento da válvula de descarga do acionador, parada do acionador, abertura da válvula de
aquecimento (se for o caso), fechamento do sistema de refrigeração e selagem, fechamento da válvula de sucção e
abertura do suspiro para aliviar a pressão da bomba, quando necessário.

•Recomendações - manter as bombas e acionadores reserva em condições de entrar em operação a qualquer


momento. Limpar frequentemente as bases e fundações sujeitas à ação de produtos corrosivos e inflamáveis.
Manter desobstruídos os drenos da base e caixas de mancais e vedação. Não esquecer que ajuste de sobreposta,
reparos em engaxetamentos e selos mecânicos são de atribuição apenas de pessoas designadas e habilitadas para
Prof. Bezerra
tal. Comunicar sempre qualquer anormalidade.XXXXXXXXX
Os principais problemas operacionais de uma bomba centrífuga são cavitação,
corrosão, erosão e desgaste de engaxetamentos e mancais.

1.Cavitação - é um fenômeno operacional, constatado por um barulho


estranho que causa impressão de que a bomba está bombeando pedras. É
provocado por pressão deficiente na sucção, havendo vaporização do
líquido formando bolhas gasosas no seu seio, que são carregadas pelo
líquido até uma região de maior pressão onde "implodem" (desaparecem
por implosão), originando uma forte onda de pressão causadora do ruído
estranho e de danos no interior do equipamento.

1.Corrosão - é o ataque químico ao equipamento pelos líquidos corrosivos


como ácidos, cáusticos, sais, etc.

1.Erosão - é o desgaste sofrido pelas partes do equipamento devido ao


atrito com o líquido.

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Operação de bombas alternativas
Partida de bomba alternativa:
Medidas preliminares - deve ser feita uma inspeção da bomba, do
acionador, das linhas, dos dispositivos auxiliares, e do local de trabalho,
referente aos itens seguintes:
•limpeza
•condições de segurança pessoal
•condições de segurança do equipamento
•facilidades de combate ao fogo
•montagem correta
•disponibilidade de óleo de lubrificação
•desimpedimento para a operação

Esta inspeção preparatória é necessária para garantir uma partida normal da


bomba, sem anormalidades prejudiciais ao pessoal e ao equipamento;

Prof. ANGELO
Quando a bomba é acionada a motor elétrico, os passos básicos são os seguintes:
•alinhamento
•abertura do desvio
•colocação do manômetro em operação
•partida do motor
•abertura da descarga
•regulagem da vazão
Parada da bomba alternativa - Os passos da parada de uma bomba
alternativa são praticamente os mesmos da partida, porém na ordem
inversa.
Cuidados operacionais da bomba alternativa -
O cuidado mais importante na operação de uma bomba alternativa é o
controle da pressão de descarga. É sempre perigoso deixar subir a
pressão, sem o devido cuidado. A pressão de descarga da bomba subindo
excessivamente, pode acarretar um dos efeitos seguintes:
•Parar por insuficiência de força, por parte do acionador, em impulsionar o êmbolo.

•Rompimento de uma das partes da bomba com vazamento do líquido. Normalmente


o rompimento ocorre no ponto de menor
Prof. resistência
Bezerra do material.
Influência da variação da densidade do líquido
Bomba centrífuga - Conforme verificamos nas "curvas" das bombas, para
determinada bomba centrífuga, à determinada rotação, fixando-se a vazão teremos
fixa também a "altura manométrica" ou carga de bombeamento. Esta carga, portanto,
não é relacionada com o líquido bombeado. Se tivermos alturas iguais de líquidos de
diferentes densidades, logicamente as pressões na base das colunas ou na bomba
serão diferentes.
Com isso a bomba, para manter a rotação, consumirá maior potência de seu acionador.
Assim, as bombas centrífugas exigirão maior consumo para manter as mesmas
condições de bombeamento (altura, vazão e rpm).
Bomba de deslocamento positivo - Nas bombas de deslocamento positivo, que são
as alternativas e as rotativas, o bombeamento é feito "empurrando" o líquido contra o
sistema, dependendo a pressão de bombeamento do sistema contra o qual está
bombeando.
A pressão que se pode obter, como já vimos, depende da potência do acionador e da
resistência mecânica da própria bomba. Teremos então, para uma dada potência do
acionador, uma única pressão de bombeamento, o que resulta em que líquidos de
densidades diferentes sejam bombeados a alturas diferentes.
Este problema só aparece nos casos em que a potência é crítica, como seja no caso de
estar sendo usada a potência máxima disponível para o acionador, não podendo esta
ser, portanto, aumentada.
Exemplos de bombas instaladas na empresa
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Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

TURBINAS E EJETORES
Turbinas e Ejetores
T

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Turbina à vapor é uma máquina rotativa que consome energia
térmica do vapor d'água transformando-a em energia mecânica.
Sua maior aplicação é no acionamento de bombas,
compressores, e geradores de energia elétrica. Embora inventada
e conhecida a alguns séculos, seu desenvolvimento e aplicação
de forma prática ocorreu nas últimas décadas.
Do ponto de vista termodinâmico a turbina a vapor ocupa uma
posição favorável, transformando em energia mecânica
relativamente grande quantidade de energia térmica que
consome. Sua eficiência pode ser considerada boa,
especialmente nas turbinas de grandes capacidades acionadas
por vapor de alta pressão.

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Do ponto de vista mecânico, a turbina a vapor pode ser
considerada ideal, pois a força de propulsão é aplicada diretamente
no elemento de rotação da máquina, não sendo necessário, como
no caso de máquinas alternativas a vapor, um dispositivo para
transformar o movimento alternativo em rotativo.
Pelo fato de possuir apenas peças com movimento de rotação não
tem o inconveniente de desbalanceamento mecânico como no caso
das máquinas alternativas à vapor e à combustão interna, podendo
ser construída para grandes velocidades. É um equipamento
mecânico que se presta muito bem para o acionamento de
máquinas que exigem torques constantes e rotações elevadas,
como bombas, geradores de energia elétrica e compressores
rotativos.

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Princípios de funcionamento
Quando o vapor, pela sua expansão, empurra diretamente o
pistão de uma máquina alternativa, a energia térmica do vapor
é convertida diretamente em energia mecânica. Numa turbina,
essa mesma transformação é conseguida, passando, entretanto,
por um estágio intermediário. O vapor, ao escapar por um
bocal, forma um jato de alta velocidade, que incide sobre as
palhetas do rotor, uma vez que elas são as causadoras da
mudança de direção de velocidade das partículas, e a força do
jato produz energia mecânica.

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Classificação das turbinas
As turbinas geralmente são classificadas de acordo com a forma de
transformação de energia de pressão do vapor em energia mecânica.
No item anterior, foram citados os dois principais tipos de turbinas,
de impulsão de e de reação. Esta classificação geral foi baseada no
princípio de funcionamento.
Nas turbinas do tipo impulsão tem-se alteração apenas no sentido da
velocidade das partículas do vapor ao passar pelas palhetas móveis.
Nas turbinas do tipo de reação, que na realidade deveriam ser
chamadas de impulsão-reação, tem-se alterações tanto no sentido
como no valor numérico da velocidade das partículas do vapor ao
passar pelas palhetas móveis.
Todos os tipos de turbinas à vapor existentes funcionam com base
em um dos princípios, de impulsão e de reação, ou em ambos
simultaneamente.
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Regulador: A turbina a vapor é projetada para trabalhar à velocidade
constante; entretanto, a velocidade varia com as variações de carga.
Quando a carga diminui, a velocidade para uma mesma vazão de vapor
aumenta e a tendência é disparar a turbina. No caso contrário, a tendência
é a redução progressiva da velocidade, até a paralisação total.
O regulador é um sistema cuja função é manter constante a velocidade de
rotação, durante qualquer variação da carga ou do vapor. O regulador, que
pode ser mais ou menos elaborado, atua na válvula de admissão de vapor
a fim de corrigir qualquer tendência de variação da velocidade da turbina.
O reguladores de velocidade na sua forma mais simples, constam de pesos
montados sobre um sistema articulado, que gira a uma velocidade
proporcional à velocidade do eixo. Devida à rotação, a força centrífuga age
sobre os pesos tendendo a deslocá-los para a periferia do sistema. Nesse
deslocamento, uma mola é comprimida e ligado à base da mola existe um
sistema de alavancas que, agindo sobre uma válvula, controla o fluxo de
vapor de admissão, controlando a velocidade.
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Operação
A operação de turbinas a vapor requer que sejam tomados certos
cuidados, muitos deles são genéricos, isto é, comuns a todos os tipos e
dimensões de turbinas e outros específicos para cada uma delas.
Os fabricantes fornecem todas as instruções e cuidados operacionais
que são de grande valia para o bom funcionamento da máquina.
Evidentemente, a dificuldade e complexidade operacional é função de
cada turbina em particular. Por exemplo, uma turbina de pequeno
porte, de estágio simples e condenação total, que aciona uma bomba
comum, é de operação muito mais simples do que uma turbina de
grande porte, de múltiplos estágios, de extração e condensação, com
controle de rotação e pressão de extração rigorosos, que aciona um
gerador de energia elétrica de uma central termelétrica de um
complexo industrial. Os cuidados a serem tomados e a complexidade
operacional no segundo caso são muito maiores que no primeiro.

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Prof. Bezerra
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TURBINAS E EJETORES

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TURBINAS E EJETORES

EJETORES

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Ejetores - introdução e descrição
A queda de pressão de um fluido em escoamento através de uma
tubulação, aumenta ao longo desta tubulação. A variação de
pressão sofre alterações quando é introduzida uma restrição na
tubulação.
A restrição pode ser resultante da colocação de um disco com
um orifício central. O valor da pressão sobe nas proximidades da
restrição, caindo abruptamente logo depois da mesma. Continua
a cair, alcança um mínimo e depois sobe lentamente, até atingir
um certo valor. Este valor é um pouco inferior ao obtido no
mesmo ponto quando não havia restrição. Assim, o valor da
pressão em consequência da introdução da restrição, no caso um
orifício, sofre uma queda brusca, atingindo posteriormente um
mínimo e depois uma recuperação lenta sem, contudo, alcançar
o valor primitivo.
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A velocidade do fluido ao passar pelo orifício sofre um efeito inverso
ao da pressão, pois sofre um aumento considerável ao passar através
do orifício.
Quando a restrição na tubulação é formada por um bocal, o fenômeno
é semelhante. O aumento da velocidade é obtido pela absorção de
uma certa quantidade de energia do fluido. Esta absorção de energia é
indicada pela queda de pressão. A absorção de energia é tanto maior
quanto maior for a velocidade do fluido.
Ejetor: O funcionamento de um ejetor é baseado na transferência de
energia, provocada pelo choque de um jato de fluido a alta velocidade
(fluido acionador) contra outro fluido (fluido arrastado), parado ou a
baixa velocidade, resultando em uma mistura de fluidos a uma
velocidade intermediária. Depois esta velocidade intermediária é
reduzida, de forma a resultar numa pressão final superior à pressão
inicial do fluido mais lento. O jato de fluido a alta velocidade é
produzido pela passagem de um fluido de pressão elevada através de
um bocal.
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As partes essenciais de um ejetor são as seguintes:

•bocal
•difusor

O bocal serve para transformar a elevada pressão do fluido acionador em alta


velocidade.
O difusor é uma câmara de mistura e serve para transformar a velocidade
residual em pressão.
Nas proximidades do bocal é criada uma região de alta velocidade e baixa
pressão, que provoca a sucção do fluido arrastado, de forma a misturar-se
com o fluido acionador.
O fluido acionador pode ser líquido ou gás e o fluido arrastado pode ser um
líquido ou gás, sendo possíveis todas as combinações, de líquido arrastando
gás, de gás arrastando líquido, etc. O termo edutor é geralmente reservado
para os casos de ejetores com líquidos tanto como fluido acionador, como
fluido arrastado. Fluidos muito utilizados como acionadores são o ar
comprimido e vapor d'água sob pressão.
Prof. ANGELO
Usos do ejetor
O ejetor apresenta as particularidades seguintes:
•Não tem partes móveis
•É de construção simples
•Necessita pouca manutenção
•Simples operação
•Manipula grande quantidade de gás
•Necessita de um fluido acionador de alta pressão

O ejetor é muito prático nos casos em que as necessidades são intermitentes e


desejamos um equipamento barato, quando a corrosão é crítica e quando
desejamos uma combinação de aquecimento e bombeamento, ou uma
combinação de mistura e bombeamento. Além de utilização para mistura e
bombeamento, o ejetor pode ser empregado para a criação de vácuo.
A obtenção de vácuo é muito importante em muitos processos produtivos. Na
indústria de celulose, por exemplo, os ejetores são essenciais no sistema de
concentração do licor preto, nos evaporadores de multiefeitos.
Prof. ANGELO
Geralmente fabricados com chapas e tubos metálicos modelados
em torno, os ejetores são compostos basicamente por cinco
partes: bocais de alimentação e de sucção, câmara de sucção,
câmara de mistura, ou garganta, e difusor, conforme
representado:

Ver exemplos de ejetores instalados na empresa


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Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

COMPRESSORES
COMPRESSORES

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COMPRESSORES
Introdução
Os compressores, assim como as bombas, são equipamentos utilizados
na manipulação de fluidos. Quando o fluido é um líquido, a máquina
empregada é uma bomba, e quando o fluido é um gás, usa-se o
compressor.
Bombas e compressores são construídos com base nos mesmos
princípios de funcionamento; as diferenças entre eles são decorrentes
unicamente das diferenças existentes entre as propriedades dos líquidos
e dos gases. Estas diferenças são de:
•Dimensões
•Sistemas de vedação
•Velocidade de operação
•Refrigeração

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Desta forma, vemos que seria impróprio ou impraticável o uso de bombas como
compressores, e compressores como bombas. No estudo das bombas, ficou
evidenciada a impossibilidade de uma bomba centrífuga bombear um gás, ocorrendo
o fenômeno de perda de sucção quando gases ou vapores estiverem presentes no seu
interior. Quando o gás recebe uma compressão inferior a 35 cm de água (0,5 psi), o
compressor é dito ventilador.
Os compressores, como as bombas, aumentam a pressão do fluido que esta sendo
transferido. Os ventiladores e os exaustores domésticos podem ser considerados
como compressores, pois em ambos há um aumento na pressão do ar que passa
através das suas palhetas. Uma bomba de vácuo também é um compressor, pois
manipula gases que saem pela sua descarga com uma pressão maior à da sucção. O
termo bomba de vácuo é reservado aos compressores que secionam fluidos gasosos a
uma pressão menor que a pressão atmosférica e descarregam a uma pressão próxima
a ela. Uma bomba de bicicleta pode também ser considerada um compressor, uma vez
que o fluido manipulado é o ar.
Existem casos em que não há necessidade de tubulações de sucção e descarga, ou de
uma delas. Um ventilador doméstico que pode ser considerado como um compressor
simples, não tem tubulações ou dutos de sucção e descarga, pois trabalha imerso no
próprio fluido a ser movimentado. Um misturador de tanque de armazenamento de
produtos também pode ser considerado uma bomba sem tubulações de sucção e
descarga por trabalhar imerso no líquido manipulado. Sua função, é agitar o líquido
para homogeneização.
Prof. ANGELO
Utilização
As aplicações mais comuns de compressores, em uma
indústria, são:

•Processo: Na recuperação de gases, refrigeração,


fornecimento de ar para queima de combustíveis, entre
outros.
•Ar de serviço: São compressores que comprimem ar
para utilização em limpezas, ferramentas pneumáticas,
acionamento de dispositivos, ejetores, etc.
•Ar de Instrumentação: Estes compressores também
manipulam ar atmosférico, comprimindo-o para um
reservatório que deve ter pressão mantida no valor
determinado para utilização em instrumentos.

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Compressores rotativos
Os compressores rotativos têm pouca aplicação em indústrias.
O tipo de palhetas deslizantes é empregado para pressões
baixas. Têm rendimento muito baixo, funcionamento oneroso e
o inconveniente de necessitar de injeção de óleo na sucção para
a lubrificação das palhetas. São máquinas usadas para
trabalhos leves, intermitentes e com baixas pressões.
O tipo rotativo de lóbulos é aplicado em serviços que não
requerem pressões superiores a 0,7 kgf/cm², e para vazões
moderadas. São compressores simples, de baixo custo inicial,
porém de eficiência muito baixa devido ao vazamento ao redor
dos lóbulos.
Exemplos de compressores instalados na empresa
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Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

TORRES. VASOS, TANQUES E REATORES


INTRODUÇÃO
• Como o próprio nome indica, as torres de
fracionamento servem para separar
componentes de misturas líquidas. Esta
separação é feita por meio da destilação, daí o
nome também de torres de destilação.

• Existem duas grandes classes de torres de


destilação: torres de pratos e torres recheadas.
Na primeira, o contato líquido/vapor é feito em
estágios; na segunda, o contato é contínuo.
Tipos de escoamento em pratos de borbulhadores:

• Fluxo cruzado: O líquido entra por um dos lados do prato, percorre-o e desce
para o prato inferior, pelo outro lado. Para diâmetros de torre entre 1 e 2
metros usa-se vertedor, não só na saída do prato, mas também na entrada
do líquido, a fim de homogeneizar a distribuição de líquido.

• Fluxo dividido: É usado em torres de grande diâmetro. O líquido entra no


centro do prato e flui para as extremidades, de onde cai para o prato inferior,
onde o fluxo será das extremidades para o centro.

• Fluxo reverso: Evita que ocorra "curto circuito" de líquido no prato, devido
ao maior percurso a ser percorrido.

• Fluxo radial: Proporciona boa distribuição, sendo utilizável em torres


grandes. Sua desvantagem é o alto custo inicial.

• Fluxo em cascata: Em torres de grande diâmetro, a fim de evitar o grande


gradiente de altura do líquido, que seria prejudicial ao fracionamento,
construindo-se os pratos em degraus, evita-se grandes variações de nível.

• Partes principais das torres de pratos:
• Casco: É geralmente cilíndrico, pode ser feito em seções flangeadas e
aparafusadas, ou então soldadas. As calotas do topo e fundo geralmente são
elípticas ou torisféricas.

• Bandejas: Idênticas às já vistas no item anterior.

• Saia: Serve para apoiar a torre sobre a fundação. Possui aberturas de acesso a
seu interior a fim de permitir manutenção no fundo da torre, externamente.

• Bocas de visita: São aberturas flangeadas, em número e tamanho


suficientemente grandes para permitir fácil acesso ao interior da torre para
inspeção e manutenção.

• Escadas e plataformas de acesso

• Bocais de entrada, saída e drenagens de produtos.

• Panelas para retirada de produtos intermediários.

• Telas para evitar arraste de líquido junto com o vapor, principalmente em


torres de vácuo, ou que trabalham com altas velocidades de fluxo
Torres recheadas

• Externamente são semelhantes às torres de pratos, sendo


que no interior, em lugar de pratos, são colocados um ou
mais tipos de recheio, cuja finalidade é prover uma grande
área que, em operação, funciona como superfície de contato
entre líquido e vapor.

• Partes principais das torres recheadas:

• Casco da torre

• Distribuidor de líquido - É importante que seja uniforme o


fluxo de líquido através do recheio da torre. O líquido é
introduzido no topo por borrifadores, pratos de
borrifamento, tubos perfurados ou através de distribuidores.
• Recheio - Os recheios mais comumente usados são:
anéis de Rasching, anéis divididos internamente, selas
de Berl, telas em várias camadas de lã e aço. Um bom
recheio deve possuir as seguintes características:

• prover grande superfície interfacial entre líquido e


vapor
• ter grande fração volumétrica de vazios, para permitir
altas capacidades de líquido
• ser quimicamente inerte para os fluidos processados
• possuir boa resistência estrutural, para evitar perdas
por quebra e esfarelamento
Uso de torres recheadas:

• separação de produtos corrosivos


• nos casos em que se exige baixa queda de
pressão
• nos casos em que o diâmetro da torre for
inferior a 300 mm

• As torres recheadas têm sua principal aplicação


na absorção e extração líquido/líquido.
Ver exemplos de torres instaladas na
empresa
Planta Química própria ou terceirizada?
Módulo 3

EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

VASOS
O QUE É VASO DE PRESSÃO?

• Vaso de Pressão é um nome genérico para


designar todos os recipientes pressurizados,
de qualquer tipo, dimensões, formato ou
finalidade, entre os quais contam-se os vasos
de pressão propriamente ditos, os reatores,
torres de destilação, fracionamento e
retificação e também os permutadores de
calor, aquecedores, resfriadores,
condensadores, refervedores, caldeiras, etc.
Excesso de pressão:

• Para impedir que o vaso suporte pressões acima


daquelas para a qual foi projetado, instala-se no
corpo do mesmo uma ou mais válvulas de
segurança, as quais, ao atingirem o limite de
pressão para a qual foram calibradas, descarregam
o excesso de produto para a atmosfera ou sistema
de "flare", fechando-se novamente ao ser
restabelecida a pressão normal de operação.
Vácuo:
• Os vasos, apesar de suportar vários kilogramas de
pressão interna, devido a sua configuração
estrutural são incapazes de resistir a pequenas
depressões, a não ser que tenham sido projetados
para tal.
• Em vasos de baixa pressão, que recebam produto
de um sistema e alimentem outro, por meio de
uma bomba que succiona diretamente do vaso, há
constante perigo de formação de vácuo, caso a
retirada do produto torne-se maior do que o
recebimento, devido às oscilações do processo.
O tanque à esquerda colapsou porque produto foi expedido depois que
alguém cobriu o respiro com uma lona plástica. Quem poderia pensar
que uma fina folha plástica seria mais forte que um grande tanque de
armazenamento?
• Tanques são projetados para suportar pequenos
aumentos de pressão interna, e não vácuo
(pressão externa sobre as paredes do tanque).
• É possível colapsar um tanque com uma
pequena quantidade de vácuo e existem
inúmeros relatos de tanques que sofreram
colapso provocado por coisas tão simples
quanto bombear quando o respiro está fechado
ou pelo resfriamento rápido do espaço vapor
durante uma tempestade, estando o respiro
entupido ou bloqueado.
O que você pode fazer?
Respiros podem ser bloqueados
facilmente por pessoas bem
intencionadas. Elas podem colocar
sacos plásticos sobre respiros ou
outras aberturas de tanques
durante a manutenção ou paradas
para proteger da chuva ou impedir
que sujeiras entrem no tanque.
Se você fizer isto...

• Liste todas estas coberturas e as remova


antes da partida.
• Nunca cubra ou bloqueie o respiro
atmosférico de um tanque em operação.
• Em serviço “sujo” verifique regularmente
entupimentos em respiro de tanques.
O que a NR-13 considera como Vaso
de Pressão?

• Como enquadrá-los?
• - Grupo potencial de risco
• - Classe do fluido
Por exemplo:
• Um vaso que opera com vapor a 2 kgf/cm2 de pressão e
possui um volume de 2 m3
• Vamos verificar se ele é um vaso de pressão através do
produto P x V > 8 onde:
• - P = KPA sendo que 1 kgf/cm2 = 98,066 KPA
• - V = m3
• Fazendo as contas, temos: P (196,132 KPA) x V (2 m3) =
392,2
• Portanto, 392,2 é > que 8, logo é considerado um vaso
de pressão!
Agora vamos verificar o GRUPO POTENCIAL DE RISCO

• 1 Kgf/cm2 = 0,098 MPA


• Então temos 2 Kgf/cm2 de vapor, que é
equivalente a 0,196 MPA
• P (0,196) x V (2 m3) = 0,392
CLASSIFICAÇÃO DO FLUIDO DOS VASOS DE
PRESSÃO
• - Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
• Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados conforme
descrito a seguir:
• CLASSE “A”:
• - Fluidos inflamáveis - combustível com temperatura superior ou igual a
200ºC;
• - Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
• - Hidrogênio;
• - Acetileno.
• CLASSE "B”:
• - Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200°C;
• CLASSE “C”:
• - Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
• CLASSE “D":
• - Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou "C",
com temperatura superior a 50°C.
• 1 - Disposições Gerais
Documentação
Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento
onde estiver instalado, a seguinte documentação
devidamente atualizada:

a) Prontuário do Vaso de Pressão;


b) Registro de Segurança;
c) Projeto de Instalação;
d) Projetos de Alteração ou Reparo;
e) Manual de Operação;
f) Certificado de Treinamento dos Operadores;
e) Relatórios de Inspeção.
Placa de Identificação
O que é risco grave e iminente?

A falta de:
• a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão
de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA,
instalada diretamente no vaso ou no sistema que o
inclui;
• b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido
da válvula quando esta não estiver instalada
diretamente no vaso:
• c) instrumento que indique a pressão de operação.
Inspeção

Os vasos de pressão devem ser submetidos a


inspeções de segurança
• inicial,
• periódico
• e extraordinária.
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes
oportunidades:

Sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra


ocorrência que:

• comprometa sua segurança;


• quando o vaso for submetido a reparo ou alterações
importantes, capazes de alterar sua condição de segurança;
• antes do vaso ser recolocado em funcionamento, quando
permanecer inativo por mais de 12 (doze) meses;
• quando houver alteração de local de instalação do vaso.
Data-Book
• – 1.1 Nome do cliente
• Identificação do vaso
• Categoria
• Classe do fluído
• Grupo de risco
• – 1.2 Desenho / Croqui / Foto
• – 1.3 Desenho da placa de identificação
• – 1.4 Prontuário
• – 1.5 Relatório de inspeção
• – 1.6 Projeto de alteração e reparo
• – 1.7 Manual de operação
• – 1.8 Documentação do operador
• – 1.9 Certificados de calibração das válvulas de segurança
• – 1.10 ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
• – 1.11 Divisões para próxima inspeção
Calculando o volume de um cilindro
• Vaso cilíndrico de ar comprimido
Calculando o Volume
• 1º calcula-se o raio do diâmetro

• Raio = diâmetro 2,3 / 2 = r 1,15


• = 3,14
Calculando o perímetro do círculo
• 3,14 x 1,15² = 4,15m

• Calculando o volume:
• 4,15m x 4m = 16,6m³

• Volume do cilindro é 16,6m³


• VER EXEMPLO DE CADASTRO DE TANQUES,
PARA ADENTRAMENTO COMO ESPAÇO
CONFINADO
REATORES

VER EXEMPLO:
CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO DE ÁLCALIS
Caldeira de
Recuperação Química

Ver Análise de Cenários


Gases

Ar Terciário Ar Terciário

Ar Secundário Ar Secundário

Ar Primário Ar Primário
Fundido
Módulo 3
EQUIPAMENTOS DE PROCESSO

FORNOS
Fornos Introdução
Nas indústrias, principalmente as químicas e
petroquímicas, na diversas fases de seu
processamento, o produto que está sendo
processado necessita de aquecimento para
passar a uma próxima fase ou mesmo para que
ocorra uma transformação. Como exemplo
poderemos citar o "Forno de Cal", onde do
carbonato de cálcio (CaCO3), obtemos o óxido
de cálcio (CaO) ou "cal virgem" (CaCO3 + Calor
= CaO + CO2, que sai pela chaminé), na
recuperação dos produtos químicos da
indústria de celulose.
Fornos cilíndricos horizontais rotativos
(levemente inclinados)
Estes fornos são utilizados, principalmente, nas indústrias
de cimento e de celulose. Trata-se de um cilindro feito de
chapas de aço revestidas internamente com material
refratário. O material (calcário) é alimentado na extremidade
final do forno e desloca-se para a frente do mesmo
(Considerando o lado de queima do combustível), através
da rotação do forno e da pequena inclinação do mesmo.
Recebendo o calor ao longo do forno, o material "calcina-
se", liberando CO2 e é retirado na frente do forno através
de resfriadores acoplados (satélites), de onde é
transportados aos silos de armazenamento.
Ver fotos do forno de cal
Módulo 3
Equipamentos de Processo

SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
CALDEIRAS
GERADORES DE VAPOR
Popularmente conhecidos como caldeiras, são
trocadores de calor destinados a produzir e
acumular vapor a partir de energia térmica. Esta
energia pode provir de diversas fontes:

➢ Combustíveis fósseis
➢ Eletricidade
➢ Combustíveis fósseis nucleares
Neste curso, estudaremos em particular as
caldeiras a combustíveis fósseis. Estes podem
ser classificados em:

• Sólidos: carvão, lenha, bagaço, casca de


arroz, etc.;
• Líquidos: óleos combustíveis,
principalmente;
• Gasosos: gás natural, GLP, gás pobre, etc.
Combustão
Biomassa: bagaço de cana, casca de
castanha, cavaco de madeira

114
COMBUSTÍVEIS
COMBUSTÍVEL UTILIZADO:
- Óleo BPF : combustível mais comum
- Lenha
- Gás natural / GLP : utilizado em caldeiras de
hospitais e hotéis ou em instalações localizadas em
regiões urbanas
- Cavaco de madeira : encontrado nas indústrias de
celulose
- Licor negro : encontrado nas caldeiras de
recuperação das fábricas de celulose
- Bagaço de cana : encontrado nas usinas de açúcar e
álcool
- Biomassa
- Carvão mineral 115
Combustão
Tabela de poder calorífico:
Combustível Poder calorífico em Kcal/kg
Hidrogênio 28.702
GLP 11.200
GN 9.000
Lenha (40% água e 12% de água) 2.400 e 3.800
Bagaço de cana 1.800 a 3.200
Casca de arroz 3.300
Carvão vegetal 7.500
Carvão mineral Charqueadas e M.do Leão 3.100 e 4.200
Óleo diesel 8.466
Óleo BPF (1A) (2A) e (3A) (9.550), (9.431) e (9.388)
Serragem seca (20% de água) 3.500
Casca de eucalipto 3.750
Casca de árvore (Tanino 68% água) 800

116
Classificação dos geradores de vapor
• Quanto à localização;
• Quanto aos tubos:
➢ Sem tubos;
➢ Flamotubulares;
➢ Aquotubulares.

• Quanto ao volume de água;


• Quanto a pressão:
➢ Baixa pressão;
➢ Média pressão;
➢ Alta pressão.
Classificação quanto a localização:

➢ Fixos;

➢ Semifixos;

➢ Locomóveis;
Máquina de Heros – Alexandria
10 d.C. - 70 d.C.

119
Classificação quanto aos tubos:
➢ Flamotubulares, fogotubulares ou
fumotubulares;
➢ Aquotubulares;
➢ Sem tubos:
Estas caldeiras estão atualmente em desuso.
A seguir, apresentamos os tipos mais utilizados de
caldeiras flamotubulares:

Caldeiras verticais:
São geradores de pequeno porte, até aproximadamente 800 kg de
vapor/h e de até 10 kgf/cm². São bastante utilizadas em pequenas
lavanderias ou cozinhas.

Caldeiras Escocesas (horizontais):


Foram originalmente desenvolvidas para o serviço marítimo pela
sua compactividade. Atualmente, constituem a maioria das
caldeiras industriais. Os gases quentes podem percorrer 2, 3 ou até
4 passes antes de saírem pela chaminé.
Flamotubulares: 3 passes
Flamotubulares:
Os gases de combustão atravessam toda a caldeira, pelo
interior dos tubos, transmitindo calor para a água. O fluxo de
gases pode percorrer vários passes, para melhorar a eficiência
térmica do equipamento.
Constituem a maioria dos pequenos geradores de vapor.

Limites de aplicação aproximados:


➢ 10t/h de vapor;
➢ 17,5 kgf/cm² (250 psi)
➢ vapor saturado.
Vantagens:
➢Fácil limpeza dos tubos;
➢ Fácil substituição dos tubos;
➢ Tratamento de água de alimentação pouco rigoroso.

Desvantagens:
➢ Limites de aplicabilidade anteriormente mencionados;
➢ Risco de explosão, pela pouca automação e grande
volume de água, o qual é muito pequeno em caldeiras
modernas que possuam todos os dispositivos de segurança
recomendáveis.
Flamotubulares -Verticais
Mistas (fornalha aquo e corpo flamo):
Caldeira fumotubular com fornalha do tipo aquatubular

127
Mistas

128
CALDEIRAS - Introdução

132
CALDEIRAS - Introdução

133
Caldeiras de óleo térmico

135
Aquotubulares:
Os gases de combustão circulam externamente aos
tubos. Por dentro dos tubos, a água aquece e
vaporiza. Esta concepção permite a obtenção de
superfícies de aquecimento praticamente ilimitadas.
Assim, estes geradores não possuem limites
definidos de produção e pressão de vapor.
Vantagens:
➢ Sem limites definidos de produção e pressão;
➢ Praticamente não há riscos de acidentes graves devido ao
pequeno volume de água armazenado;
➢ Podem ser projetadas com inúmeras variantes, de modo a
satisfazer necessidades específicas.
Desvantagens:
➢ Maior preço. Sua aquisição, em geral, somente se justifica
quando forem ultrapassados os limites fixados nos itens
referidos como limites das flamotubulares;
➢ Necessidade de tratamento mais rigoroso para a água de
alimentação;
➢ Os controles devem ser automáticos devido ao pequeno
volume d’água.
Aquatubulares

138
Esquema simplificadoCaldeira Flamotubular -
Escocesa
Aquatubular: balão superior
Classificação quanto à pressão:
Esta classificação varia conforme o autor.
Adotaremos a seguinte:
➢ Caldeiras de baixa pressão: p < 10 kgf/cm²
➢ Caldeiras de média pressão: 10<p<50 kgf/cm²
➢ Caldeiras de alta pressão: 50<p<180 kgf/cm²
➢ Caldeiras de altíssima pressão: 180<p<225,65 kgf/cm²
➢ Caldeiras supercríticas: p>225,65 kgf/cm²
Caldeiras elétricas:
Princípio de funcionamento:
A quantidade de vapor gerada (kg/h) depende diretamente dos seguintes
parâmetros:
➢ Condutividade da água;
➢ Nível da água;
➢ Distância entre os eletrodos.

Tipos de caldeiras elétricas:


Tipo resistência: destinada, geralmente, para pequenas produções de vapor. Na
maioria das vezes são do tipo horizontal, utilizando resistências de imersão;
Tipo eletrodo submerso: geralmente, destinadas a trabalhar com pressões de
vapor não muito elevadas (aprox. 15 kgf/cm²);
Tipo jato de água (cascata): destinada a pressões de vapor elevadas e grandes
quantidades de vapor.
Esquema simplificado
Caldeira elétrica

145
Principais características do gerador de vapor elétrico:

➢ Não necessita de área para estocagem de combustível;


➢ Ausência total de poluição (não há emissão de gases);
➢ Baixo nível de ruídos;
➢ Modulação da produção de vapor de forma rápida e precisa;
➢ Alto rendimento térmico (aprox. 98%);
➢ Melhora do fator de potência e fator de carga da rede elétrica;
➢ Área reduzida para instalação da caldeira;

Porém...
➢ Necessita de aterramento da caldeira de forma rigorosa;
➢ Tratamento de água rigoroso.
Caldeiras a gás:
Atualmente iniciando a operação em escala
crescente.
Estas caldeiras têm o sistema de alimentação de
combustível através de um injetor de gás GLP ou
gás natural, a determinada pressão, bem regulada,
e tem a característica de todas as vezes que
reiniciarem a queima, necessitarem de ventilação
exaustora da fornalha antes da introdução e ignição
do gás, para prevenir a ocorrência de explosões por
acumulo de gás na mesma.
Caldeiras a gás:
Visor de nível:
Indicadores de pressão:
Os indicadores de pressão, também chamados
manômetros, são instrumentos utilizados para medir a
pressão de líquidos, gases e vapores.
Pressostatos:
São dispositivos de segurança que comandam o regime de
trabalho das caldeiras, de acordo com a pressão de vapor.
Sempre são instalados aos pares, um para ligar quando a
pressão está baixa, e o outro para desligar quando a pressão
atingir o limite máximo.
Em caldeiras a óleo, alguns pressostatos vêm dotados de um
mecanismo que permite a regulagem da chama, para alta ou
baixa, de acordo com o regime de trabalho da caldeira.
Instrumentos de controle e proteção:
Pressostatos:
Regulam e modulam a combustão para manter a pressão adequada.

152
Válvulas de segurança
Sua função é de promover o escape do excesso de vapor, caso a
pressão de trabalho venha a ser ultrapassada.
Devem ser testadas conforme recomendações do manual de operação
da caldeira que estiver sendo operada. A regulagem deve ser
supervisionada por “profissional habilitado” citado na NR 13.
Válvulas redutora de pressão

154
Pré-aquecedores de ar:
O pré-aquecedor é um equipamento que tem a finalidade de aproveitar o
calor dos gases no aquecimento do ar necessário à combustão, transferindo
parte do calor dos gases quentes para o ar de alimentação da fornalha.
Pré-aquecedor regenerativo:
Parte do calor dos gases de combustão é transferida indiretamente para o ar,
através do aquecimento de chapas que, ao girarem constantemente,
alternam o contato com os gases e com o ar de entrada para a combustão.
Pré-aquecedor com colméia refratária:
Os gases quentes, ao passarem pela colméia refratária trocam calor com o ar
frio que está sendo admitido para a combustão na fornalha.
Economizador:

Tem como finalidade aquecer a água de alimentação da


caldeira, através da troca de calor entre os gases de
exaustão e a água.
Superfícies de troca de calor em geradores de
vapor

Superfície % superfície/total % de calor total


absorvido

Paredes d´água 9 48

Superaquecedor 9 16

Economizador 6 6

Zona de convecção 33 20

Pré-aquecedor ar 43 10

157
Tubo soprador de fuligem:
Os sopradores de fuligem podem ser fixos ou retráteis,
sendo estes automáticos ou manuais.
Têm a finalidade de manter a parte externa das tubulações
das caldeiras aquotubulares livres da fuligem da
combustão, que dificulta a troca de calor.
A operação é denominada sopragem ou ramonagem.
Superaquecedor:
Muitas vezes há necessidade de utilizarmos vapor
superaquecido (por exigências do processo, em turbinas
para obtenção de energia elétrica, em turbo-bombas,
etc.).
Para o superaquecimento, retorna-se o vapor saturado
para o interior da caldeira através da tubulação de
superaquecimento, que em contato com os gases quentes,
superaquece o vapor até o grau de superaquecimento
desejado (controlada pelo temperador), mantendo a
pressão reinante.
Purga automática:
Tratamento de água

Uma questão de segurança


Tratamos a água para prevenir:
➢ Corrosão;
➢ Incrustação;
➢ Arraste.
A água não tratada contém:
➢ Sólidos Dissolvidos
➢ Gases Dissolvidos
➢ Sólidos Suspensos
Dureza:
É a quantidade de íons Cálcio e Magnésio na
água
Distribuição da água
• 2/3 da superfície da terra é coberta
pela água.
• 2,5% desse volume é água doce.
• 68,9% dela está em geleiras e neves
eternas.
• 29,9 são águas subterrâneas.
• 0,9 está na umidade dos solos.
• 0,3 está nos rios e lagos.

163
Disponibilidade da água
Nos últimos 50 anos:

• América Latina: baixou de 105 mil metros


cúbicos para 28,3 por habitante.

• Europa: baixou de 5,9 metros cúbicos


por habitante 4,1.

Alerta da ONU: em 2020 a água será


o petróleo de hoje.

164
Disponibilidade da água

A previsão é que em duas


décadas (20 anos) aproximadamente
três bilhões de pessoas viverão em
países sem água suficiente para
todos.

Brasil tem 14% da água do planeta

165
O corpo humano contém cerca
de 47 litros de água.

O homem necessita ingerir


líquido numa quantidade diária de dois
a quatro litros.

Pode sobreviver 50 dias sem


comer, mas perece após 4 dias sem
água, em média.

166
Disperdício da água
• O Brasil tem a maior reserva de água
doce do planeta.
• O Brasil está entre os países que mais
desperdiçam água.
• No Japão os prédios instalaram um
•segundo sistema hidráulico para o reuso da
água.
• As válvulas de descarga constituem o
maior consumo de uma residência, consumindo
40% do total de água utilizada.
• Banho: 95 a 185 litros.
• Escovar dentes com torneira aberta: até 25
litros.
167
Conseqüências das impurezas
Incrustações e perda de calor

Espessura da Carbonato Sulfato duro


incrustação duro Perda de calor
(em mm) Perda de calor (em %)
(em %)
0,5 5,2 3,0
1,25 11,2 11,0
2,80 16,0 16,0

168
Parâmetros:
Até 13 13,1 – 20 20,1 – 30 30,1 - 40 40,1 – 50 50,1 – 50
kg/cm2 kg/cm2 kg/cm2 kg/cm2 kg/cm2 Kg/cm2
pH 11,0 11,0 11,0 10,5 10,5 10,0

Dureza 0 0 0 0 0 0

Alcalinidade ao metil < 800 < 700 < 600 < 500 < 400 < 300
orange (c/CaCO3)
Alcalinidade 150 – 150 – 100 – 80 – 120 300 - 120 80 - 100
Hidróxida (c/CaCO3) 300 250 150
Coretos (c/Cl) (< 250) (< 200) H2O des H2O des H2O des H2O des

Fosfato c/PO4 30 – 80 30 - 60 30 – 60 20 – 50 20 - 40 15 - 30

169
Se não tratarmos a água...
Parâmetros químicos

• Dureza

Flamotubular
incrustação em tubo.

Aquatubular
inscrustação em tubo

171
4.2 – Tratamento de água

172
Corrosão causada por oxigênio
Podendo ocorrer:
Formação de Laranja
Formação de Laranja
Corrosão cáustica na linha d’água
Corrosão cáustica sob depósito poroso
SUPERAQUECIMENTO
Longo Período – Labios Grossos – Aquecimento Lento
(INCRUSTAÇÃO)
Formação de Laranja
(incrustação / contaminação interna)

e
Comentar/dialogar sobre acidentes
com caldeiras

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