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8.1 — Isolantes 8.1.1 — Definicao Isolantes so materiais de baixo coefi- ciente de condutividade “k*. s isolantes sfo normalmente materiais orosos, cuja elevada resisténcia térmica se deve baixa condutividade de ar contido em seus vazios. Na realidade através da parte sélida, a transferéncia de calor se di por conducio, en- quarito que nos vazios se d4 por condugao — conveccdo — irradiagao. Entretanto, em vista da imobilidade do ar @ do principio das placas intermedirias, tanto a conveccdo como a irradiagdo nos materiais iso- lantes so desprezéveis. Do exposto deprende-se que, quanto me- nor a densidade e maior 0 némero de poros, maior o poder de isolamento. limite desta capacidade naturalmente 0 da condugdo pura do ar em repouso cujo valor é da ordem de 0,02 keal/mh°C. Modernamente se fabricam isolantes plés- ticos, a base: de POLIURETANO com vapor de FREON (k = 0,01 keal/mh°C), cujo coeficiente de condutividade ‘atinge valores da ordem de 0,012 keal/mh°C. Este tipo de isolante entretanto apresenta 5 inconvenientes de: diminuir sua capacidade de isolamento com o tempo, pela difusdo dos vapores de FREON e apresenta a possibilidade de liquefagio do FREON a baixas temperatu- ras. A finalidade do isolamento do frio, ¢ re- duzir as trocas térmicas indesejaveis e, manter a temperatura da parede externa do recinto isola- da (lado quente), proxima a do ambiente, afim de evitar problemas de condensacao. 8. CONSERVACAO DO FRIO 8.1.2 — Propriedades Um bom isolante deve apresentar as se- _ guintes qualidades: — ter baixa condutividade térmica; — ter boa resisténcia mecinica; —ndo softer fisicamente, influéncia da temperatura em que é aplicado; — nao ser combustivel; ser imputrecivel e inatacdvel por pra- 885, ratos, etc.; ~ ser abundante e barato; — ter baixa permeabilidade a0 vapor ddgua. 8.1.3 — Isolantes usados na técnica da refrigeragao ‘A Tabela 8.13.1 relaciona os materiais iso- lantes atualmente em uso na técnica da refrige- rago, com as suas respectivas propriedades. Fibra de madeira aglomerada & um isolan- te em forma de placas porosas de baixa densi- dade, obtidas de fibras de madeira (Eucalipto) tratada mecanica e quimicamente, ligadas com aglutinantes.e levemente prensadas. A cortica € um material de origem vegetal (casca da corticeira) que é cortada em placas ou prensado em pedagos com elementos agluti- nantes. A lide-vidro € constitufda de fios finis- simos de vidro obtidos por processo que consis- te em derramar vidro liquido num jato de vapor a grande velocidade. A léde-rocha € 0 material obtido pelo ‘mesmo processo anterior, de rochas sedimenta- es que contém grandes quantidades de silica- tos. Vermiculite ou cortiga mineral € um ma- terial natural de origem mineral e forma gradu- lar, de baixo peso especifico, que pode ser mis- turado a aglutinantes como o cimento, forman- do argamassas isolantes. ‘Ago ordinério Vidro Conereto Pedra (granito) Alvenaria Asfalto Madeira (Pinho Serragem de Madeira Fibra de madeira aglomerada (Eavcatex figorifico) Contiga Cortiga aglomerada Lide Video La de rocha Vermiculite (cortiga, smineral) Conereto celular Espuma de plastico Espuma de borracha Poliestireno Expandido (styropor) Espuma fendlica rigida Espuma rigida de poliestireno (styrofoan) Espuma rida de poliuretano (moltopren) Espuma rigida de video (Foamglass) ) 0,089 a0. 0.035 0.03 0.028 0.026 0028 oo: 046 42 | nveabilidade /m.h.mmig 800 Tabela 8.1.3.1 O conereto celular ¢ um material consti- tuido de cimento Portland e areia, de estrutura porosa obtida durante a cura, por meio de ga- ses. Expuma de borracha, material de estrutu- ra porosa, que pode ser fabricado em célula es- ‘tanque, e que apresenta étimas qualidades para 0 isolamento de canalizagdes sobretudo quando ‘estas estio sujeitas a vibragbes. © poliestireno expandido (styropor, iso- por, etc) é um derivado de petroleo que expan- dido por meio de vapor dégua torna-se um ma- terial pléstico altamente poroso e praticamente impermedvel. A espuma fendlica rigida ¢ obtida da mis- tura de uma resina Formo-Fendlica com um agente de expansio e um catalizador. Sob a ado do calor verifica-se a polimeri- zagdo da resina, a0 mesmo tempo que ¢ libera- do o agente de expansiio. 223 resultado é uma espuma rigida de estru- tura celular estanque de Stimas qualidades iso lantes. As espumas de poliuretano sio obtidas pela reagdo quimica de 2 componentes lfquidos — Isocianato ¢ Poli-hidroxilo — em presenga de catalizadores. A estrutura celular € formada pelo des- prendimento de CO; devido a uma reagio quimica secundéria ou, pela ebuligdo sob o efei- to do calor de reagdo, de um liquido (agente de expansfo) adicionado a um dos componentes. ‘As espumas de poliuretano podem ser, plisticas de estrutura celular aberta (utilizadas em isolamento. a embalagens, etc.), rigi- das de estrutura porosa fechada (utilizadas em solamento térmico). A espuma rigida de vidro(Foamglass) € uma estrutura celular obtida por espansio a quente do *i2iv quimicamente puro,a cerca de 15 vezes 0 seu volume. Os milhdes de mindsculas células erméti- cas assim formadas do origem a um produto incombustivel, impermedvel, de grande resistén- cia & compressfo, cujo coeficiente de condutivi- dade é de 0,046 keal/mh°C. Em alguns tipos de construcdo, € adotado também como isolamento, espagos livres de ar entre paredes. Estes espagos, como se deprende da Tabe- 1a 8.1.3.2 que registra os valores correspondentes dos coeficientes de condutividade equivalente, devem ser 0 minimo possivel. Tabela 8.1.3.2 8.1.4 — Caleulo da espessura do isolamento Acespessura do isolamento, a adotar numa instalagdo frigorifica, é normalmente calculada a partir da expresso da resisténcia térmica'” ‘Assim para o caso de uma parede plana: Be ety iS a8 Q KS aS 0s coeficientes a, © a2 correspondem & transmussio de calor entre a parede e 0 ar e, podem ser tomados como: = 7815 kealfm?h°C (Dependendo da movimentagio do ar) (g(exterior) = 25 keal/m?h°C 0 “At” € a diferenca de temperatura ex tre o ambiente refrigerado ¢ 0 exterior. A temperatura exterior deve ser conside- rada: Quando sombra — a temperatura médis das méximas de ar no verdo indicada para o local pelas normas brasileiras NB—10 (Tabel 8.14.1. Manaus Belém ‘fo Luiz Terezina Fortaleza Natal odo Pessoa Recife Maceio Aracaja Salvador Vitoria Rio de Janeiro ‘Sto Paulo Curitiba Floriandpolis Porto Alegre Belo Horizonte] Brasil Tabela 8.1.4.1 Quando a0 sol — a temperatura anterior acrescida de um At’ devido a insolagio, cujos valores esto registrados na Tabela 8.1.4.2. Tabela 8.1.4.2 Uma solugdo répida para 0 célculo da es- pessura do isolamento, consiste em considerar ‘como efetiva apenas a camada isolante, despre- zando-se a favor da seguranga as demais resis- téncias térmicas (paredes de alvenaria, passagem para o ar, etc.). Nestas condigdes a expresso da resistén- cia térmica global da parede, torna-se: or 1 donde: (8.14.1) Os europeus adotam como orientago, de- finir valores de Q/S = KAt, os quats classificam de acordo com a Tabela 8.1.4.3 Tabela 8.14.3 Nestas condigSes para um “bom isola- mento” (Q/S = 10 keal/m?h), de acordo com 0 tipo de isolante (ki) e a diferenca de temperatu- a (At) a isolar, podemos registrar as espessuras que seguem (Tabela 8.1.44). Tabela 8.1.4.4 0 isolante tomado como referéncia e es- tudo comparativo € a cortiga cujo valor de “k” € da ordem de 0,05 keal/mh°C e-para a qual se adotam espessuras da ordem de ‘I cm” para cada 2°C de diferenga de temperatura (veja Ta- bela 8.1.4.4). No U.S.A. a caracterizagdo dos isolamen- tos é feita a partir do valor de K global, de acordo com a Tabela 8.1.4.5, na qual aparecem também as correspondentes espessuras da cor- tiga (equagao 8.1.4.1). Al 2 ‘contign plicago ‘kcal/m?h* om 20-30 14-20 1s ‘Congelamento| Extema | 0,17 — 0,25 Resiiamento | Extema | 0,25 — 0,37 Geral __| Interna Esta caracterizagio entretanto, conforme Tabela 8.1.4.5 veremos, no s6 & incompleta por ngo vincular a espessura do isolamento a diferenga de tempera- tura a isolar, como também no atende a um dos problemas mais graves dos isolamentos de baixas temperaturas, que é 0 problema da con- densagio superficial. Com efeito, 0 ar em contato com uma parede fria (lado externo jé que no lado interno a temperatura da parede & sempre maior do que a do ar ambiente), pode sofrer em abaixamento de temperatura tal que, atinja valores inferiores 1 sua temperatura deorvalho “to”, provocando a condensagdo da umidade contida no mesmo. Assim para evitar esta condensagfo super- ficial, a temperatura externa da parede nfo deve ser inferior a temperatura de orvalho"to” do ar ambiente.'° Conhecendo a temperatura a isolar e a temperatura ambiente, podemos equacionar 0 problema como segue (veja Figura 8.1.4.1). Donde para ©” caso de uma parede plana em que S; = S. = S: 146.2) E podemos calcular, para a condigdo de no haver condensagdo, isto.é: te Sto qual o fluxo térmico méximo permitido ‘A Tabela 8.1.4.6 estabelece para as umi- dades relativas mdximas assumidas pelo ar am- biente, os valores “ta — to” obtidos a partir da carta psicrométrica (p/ty = 10°C, jd que as ma- ximas umidades relativas se verificam para tem- peraturas ndo muito elevadas), isto €: “Pinixima lta ~ to) 0s valores méximos de Q/S a adotar, conside- rando a pior situagdo (ar parado) em que e = 7 keal/m*h°C: (ta to) © as correspondentes espessuras de isolante (cor- tiga) a adotar em fungdo da diferenga de tempe- ratura Ot ta — t _0,05 At as ai para que ndo haja condensagio superficial. Conforme podemos notar nesta Tabela, a simples fixagdo de um fluxo térmico limite de 10 keal/m?h, nos garante a isengdo de conden. sagio superficial para ambientes de umidade relativa de até 90%. Tal observago nos mostra que a caracte- rizagio de isolamento por meio de um fluxo térmico limite no s6 define as perdas térmicas, como também atende ao problema da conden- saco superficial. 226 On ata=ta) keal/m?h ta to) S@oa4, 100% 95% 90% 85% 80% 79% 0 ~O7 wAs 2,3 3,2 wad 70%| 5,2 65%| 16,2 60% | © 7,5 55%| V85 0,5 031 0,23 0,17 014 0,12 Ol 0,085 At 0,07 at Tabela 8.1.4.6 8.1.5 — Condensagao interna ‘A impregnago de um isolante com égua, reduz.a sua capacidade de isolamento. Assim para cada aumento de 1% no teor em peso de umidade de um isolante, sua condu- tividade térmica aumenta de 1 a 3%. Por outro lado a existéncia de 4gua no isolamento de cimaras que trabalham abaixo de 0°C possibilita 0 congelamento da mesma, com a conseqiiente destruigZo do isolante. A penetracdo de umidade nos isolantes devida a 2 fatores: — a permeabilidade ao vapor dégua; — a ago higrosc6pica do material. Assim havendo uma diferenga de pressio do vapor entre as duas superficies do isolante (a pressio do vapor do lado quente € sempre maior do que a pressdo do vapor do lado frio) este serd sede de um fluxo de vapor no sentido das presses decrescentes, semelhante ao fluxo térmico que se verifica no sentido das tempera- turas decrescentes. A condutividade do vapor dos materiais, é caracterizada por um coeficiente semelhante a0 da condugdo térmica, que toma o nome de permeabilidade. A permeabilidade “P” de um material € a quantidade de umidade em gramas por hora ¢ por metro quadrado de superficie de passagem, que atravessa uma parede de Im de espessura do mesmo por “mmlg” de diferenca de pressio A Tabela8.1.5.1 nos dévvalores da permea- Bcc bilidade de diversos materiais de construggo e : isolantes. p+ 10" Item Material m i hmmig 1 Jar : 833 2 |Borracha clorada 0,0025 3 |Pintura 9,30 4 *|Pintura asféltica c/feltro alcatroado 0,22 — 0,58 5 |Celulose 05 — 1,0 6 |Polietileno 'p.0006 — 0,0022 7 |Papel KRAPF ~ 1 fotha de 0,1 mm 2,154 8 [Papel KRAPF — 2 folhas de 0,1 mm 1,369 9 [Papel KRAPF — 3 folhas de 0,1 mm. 1,026 10 {Papel KRAPF ~ 4 fothas de 0,1 mm 0815 11 [Papel KRAPF — 5 fothas de 0,1 mm 0,765 12 [Papel KRAPF alcatroado 0 - 0,087 13 |Pergaminho >1.0 14 [Parafina 0,005 15 |Feltro alcatroado 0,116 — 0,87 16 |Feltro de amianto alcatroado 0,22 -1,47 17 |La de vidro 80 18 |Madeira 1/2” 6.41 -7,44 19 |Madeira 1” 795 -9,2 20 |Fibras de madeira 30 — 2800 21 [Madeira compensada 2.0 22 |Chapa isolante 1/2” 134 23 |Chapa isolante 1” 152 24 |Chapa isolante lisa 3/4” 172 25 |Chapa isolante pintada 3/4” 1,15 — 57,42 26 |Cortiga 1” 66 27 |Cortiga mineral 1/2” 10,8 — 21,6 28 |Cortiga mineral 1” 16,7 — 30,45 29 |Cortica mineral 2” 27,5 — 39,15 30 |Poliestireno expandido — 15 kgf/m? 13 31 [Poliestireno expandido — 20 kgf/m? 104 32 [Poliestireno expandido — 30 kgf/m? 18 33 |Poliestireno expandido — $0 kgf/m? 65 34 |Poliestireno expandido — 100 kgf/m? 2.34 35 |Poliestireno expandido — 200 kef/m? 2,08 36 |Poliestireno expandido — 300 kef/m? 182 37 |Cimento 5,48 38 |Concreto 1:2:4 23 39 |Estoque de Gesso 14,73 40 |Reboco em estrutura metélica 1/2” 55,88 41 |Reboco em estrutura metilica 3/4” 70,53 42 |Paredes de tijolos com revestimento 22098 Paredes de tjolos de cerdmica com revestimento} 36,7 Tabela 8.1.5.1 27 A determinagao do indice convencional de permeabilidade a0 vapor dégua, de acordo com as Normas Francesas NF-TS6~105, con- siste em verificar 0 aumento de massa (com uma precisio de 0,001g) de 20g de material absorvente (CaC@ ; anidro) colocado em reci- pientes de vidro de 80mm de diémetro, obtura- dos pelo material em ensaio. Cinco destes recipientes sio_preparados com 20g de CaC?; anidro, enquanto que ou- tros cinco so montados vazios. Os 10 recipientes so colocados em um ambiente a temperatura de 38 + 0,3°C e umida de relativa de 90 + 2% (44,72 mmlg de pressio de vapor), com circulagdo adequada de ar para garantir a necesséria homogeneidade do mesmo. Os recipientes slo pesados de 24h em 24h @, 0 ensaio € considerado terminado para cada recipiente, quando 3 pesagens sucessivas indica- rem uma variago de massa igual a 2% aproxi- ‘madamente. 0 indice convencional de permeabilidade ‘em vapor dagua na diferenga de pressio fixada pelas condigées de operagao estabelecida acima, nos seré dado pela diferenga das variagoes médias das massas, dos recipientes contendo cloreto de calcio (A) ¢ dos recipientes vazios (B), isto é ‘ama - Amp, (=m Feonvencional =P dp ==" MB (EF) ser Para produtos que contenham apos fabricagdo quantidades apreciéveis de umidade, deve-se proceder 0 ensaio de uma secagem a 50°C, até que a massa se mantenha constante. A semelhanga da resisténcia térmica, po- demos definir uma resisténcia 4 passagem do vapor, a qual nos é dada por’ °: ‘Apmmtig km Mygih PSm BLS.) Nestas condigdes podemos calcular a va- riagdo das pressdes do vapor a0 longo de uma parede de maneira idéntica a variagdo das tem- peraturas. Quando a pressdo do vapor no isolante atinge um valor inferior 4 pressio de saturago correspondente 4 temperatura reinante no mes- mo, verifica-se a condensagdo do vapor dégua (condensagdo escondida no interior do mate- rial). 8.1.5.1 — Exemplo Verificar a possibilidade de condensagao no interior de uma parede de um frigorifico, constituida de: 30 em de tijolos macigos isolada internamente com 15 cm de Poliestireno Expandido de 20 kgf/m’, quando sujeita as condigdes: Externas = 30°C = 85% Internas t= -30°C p= 90% Considerando as caracteristicas dos mate- riais constituintes. MATERIAL. Ket | pe ‘mi imme ALVENARIA 0.84 0,020 POLIFSTIRENO EXPANDIDO 20kgt/mm!| 003 ono10 Tabela 8.1.5.2 podemos calcular a distribuiggo de temperatu- 1): Pva = 0485 Ps 30°C =0,85 + 31,82 = 27,05 mmbig De modo que para a pior situagdo (a, =7 keal/m?h°C), teremos: =0,9 + 0,285 =0,26 mmtie re =0,9 P_ 30% t=21 03 ols 1 Ys 7" 0,84 0.03 7 teremos, de maneira idéntica cflculo das temperaturas: Wdotada para o 643, ous 0,001 60 <= 0,143 40,357 +5 40,143 ne 40,397 +5 + 60 63 10,63 keal/mh a 30 10,63 + 0,143 = 28,48° ta =30~ 10,63 «0.143 = 28, i 848°C 2848- ty _%y Eth = 28,48 - 10,63 - 0,357 = a Pva =24,68°C Majs 13,64 + 0,166 =27,05 — 2,2 By 4,79 mei Donde as pressbes de saturago que esto Fredo de stunt“ ty do Vapor Digan registrados na Tabela que segue: Tabela 8.1.5.3 Por sua vez a distribuigdo das pressdes do vapor dégua no ar, no interior da parede, pode ser calculada a partir da expressio 8.1.5.1: Tabela 8.15.4 E, podemos concluir que, apezar de no Onde lembrando que, a pressfo de vapor aver _condensago superficial, pois do. lado igua no ar é uma parcela “\e" (umidade relati- uente: va) da pressio de saturagdo do vapor dégua 4 temperatura do ar (veja Tabela 8.1.5.4), isto & igty 229 haverd condensacao no interior da parede, na zona I-III assinalada na Figura 8.1.5.2, pois: P< Pra, Vy Y Y Yi Yup Figura 8.1.5.2 Como na zona It — III a temperatura é inferior a 0°C, ocorrerd o congelamento do con- denssdo, com sérios danos para o isolante. ‘A condensagdo assinalada se deve ao abai- xamento da linha da pressdo de saturagio, mais rapidamente do que a linha da pressdo do va- Por, no lado da alvenaria (pequena permeabili- dade do Poliestireno Expandido. Baseado nesta observacao alguns autores defendem a hipétese de que os isolantes devem ter uma boa permeabilidade ao vapor dagua pa- ra evitar a sua condensagdo no interior da pare- de. ‘Assim se em vez de Peliestireno Expandi- do, fosse usado como isolante fibra de madeira (Eucatex) do mesmo corficiente de condutivi- dade ¢ permeabilidade P = 0,1 g/mh mmHg a li nha das presses de vapor dégua, passaria a ser a assinalada na Figura 8.1.5.2 evitando-se assim a condensagao. Entretanto, na realidade os materiais iso- lantes de boa permeabilidade tem também um grande coeficiente de absorcdo de umidade (por capilaridade) o que os torna contraindicados. A solugdo para evitar a condensacio, so- bretudo nas zonas de baixa temperatura (zona Il — IMD), € a colocagdo de uma barreira de va- por, constitufda por uma pelicula de material de baixissima permeabilidade, no lado quente do isolante. Esta técnica embora nio evite a conden- sagio na parede de alvenaria, provoca o abaixa- ‘mento da linha “py” no isolante protegendo-o contra qualquer condensagdo. Assim a colocago de uma barreira de va- por no exemplo dado, faz com que as distribui- ges das presses passem a ser as da Figura 81.53. Figura 8.1.5.3 Modernamente com o uso de isolantes em estruturas AUTO PORTANTES, que dispensam a parede de alvenaria (veja Capitulo 8, pag. 74), 4 técnica apontada toma-se ainda mais vantajo- 2. E interessante salientar que barreiras de vapor mal localizadas (no lado frio), criam con- digdes favordveis a condensagio. Numa parede homogénea, em regime de transmisso de calor estacionério, ndo havendo condensago superficial, nfo ha possibilidde de condensagao interna (as retas de p; © py nfo podem cruzar-se).

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