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Existe em todos nós - seres humanos - uma necessidade latente que tem nos
impulsionado através dos séculos. Essa necessidade é “conhecer”. Lembremos que
conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que busca conhecimento e o objeto
ou fenômeno que ele quer conhecer. Conhecer, portanto, pressupõe envolvimento, conexão
e será ainda mais prazeroso se se utilizar um pouco de paixão.
Cada geração recebe da anterior os conhecimentos adquiridos, bem como os
resultados conseguidos com a atividade intelectual e existencial – a experiência. Assim,
“naturalmente cavador de respostas, o homem nega-se quando se acomoda à rotina de uma
ciência já desenvolvida. (...) Nenhuma geração pode dar-se por satisfeita com um mundo de
segunda mão...”1.
Encontrar respostas para as novas questões, ou solução para aquelas que vêm
desenvolvendo-se é um convite aos homens e mulheres que trazem consigo a curiosidade, a
vontade de desvendar objetos, teorias, campos, disciplinas, áreas. Tal convite leva, muitas
vezes, à pesquisa científica. É através dela que, realmente, conseguem-se avanços em todas
as áreas, inclusive na área da comunicação social. Assim, as novas técnicas, os novos
programas que surgem, os usos e efeitos das novas tecnologias partem, sem dúvida de
planejamento e de verificação, enfim, de pesquisa criteriosa. Necessário, portanto, encarar a
pesquisa como uma preciosa aliada. Inevitável, muitas vezes, apaixonar-se pelo tema que se
está pesquisando e perceber o quanto se pode conhecer mais sobre ele.
Projeto de pesquisa
1
- SANTOS, Antônio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 2ª ed., 1999. p. 22.
Planejar, contudo, nem sempre faz parte dos nossos hábitos e das nossas convicções acerca
da pesquisa. Quem já pesquisou, entretanto, sabe que – da mesma forma que na construção
de moradias – sem um planejamento detalhado, a casa pode cair.
Assim, a pesquisa científica prevê, no mínimo, duas grandes etapas. A primeira,
que antecede a sua execução, é o momento – necessário – de refletir sobre o que se quer
conhecer mais, que dúvidas se quer resolver, qual a abrangência daquilo que se vai estudar.
Esse é o momento do projeto de pesquisa. A segunda etapa, refere-se à execução da
pesquisa em si, com base em tudo aquilo que se planejou. Esse é o momento de construir a
casa, ou seja, do desenvolvimento da pesquisa.
2
- SANTOS, Antônio Raimundo. Op. Cit. P. 59
próprio executor dessa, além de permitir que outras pessoas possam entender com clareza
aquilo que se pretende estudar. O projeto permite o desenvolvimento da pesquisa dentro de
padrões científicos, de forma racional, lógica, criteriosa, com métodos e procedimentos
adequados. Assim, esse planejamento ajuda a garantir que os resultados sejam mais
confiáveis, fruto de um pensamento analítico, crítico e questionador.
É interessante lembrar-lhe que muitos estudantes, ao se depararem com a
necessidade de elaborar um projeto de pesquisa, sentem-se bastante ansiosos e até mesmo
indecisos. Enfim, bate um certa insegurança. Isso pode acontecer não por que o estudante
não saiba fazê-lo, mas por que não tem noção clara de como fazê-lo e, às vezes, por não
estar familiarizado com a pesquisa e por não ter descoberto nela uma grande aliada.
Uma vez conhecendo como fazer um projeto e tendo consciência do quanto ele
pode simplificar a trajetória da pesquisa, auxiliando na vida profissional, tudo fica mais
fácil.