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184 do CP)

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SUMÁRIO – AULA 12
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR.............................................................................. 3
Antecedentes ......................................................................................................................3
A oposição...........................................................................................................................3
Eclosão da revolta ..............................................................................................................3
Repartição do movimento ..................................................................................................3
Repressão imperial .............................................................................................................4
Crise do primeiro reinado...................................................................................................4
Morte de Líbero Badaró ......................................................................................................5
Abdicação de D. Pedro I .....................................................................................................5
ESTUDO DIRIGIDO ..................................................................................................... 7
QUESTÕES ................................................................................................................. 8
GABARITO ................................................................................................................ 10

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CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Com o poder moderador, o imperador poderia interferir em todos os setores do governo,
isso não alegrava os políticos de pensamento liberal. A reação mais enérgica explodiu
no nordeste, em julho de 1824, e foi liderada pela província de Pernambuco.

Antecedentes
Além do descontentamento político, existiam mais alguns motivos para o
descontentamento de vários grupos sociais no nordeste:
➢ Os grandes latifundiários estavam preocupados com a contínua queda no preço
do açúcar.
➢ Os pequenos comerciantes, militares de baixa graduação, mestiços, negros
livres e escravos viviam com graves dificuldades econômicas ou até mesmo na
miséria.

A oposição
Os líderes liberais propunham a instalação de um regime republicano e federalista, ou
seja, o poder descentralizado e autonomia para as províncias. Entre os revoltosos,
podemos destacar a figura de Cipriano Barata (1762-1836), político e jornalista baiano,
publicava o jornal liberal recifense “Sentinela da Liberdade”. Inclusive, Cipriano já havia
participado de outros movimentos revolucionários, como a Conjuração Baiana (1798),
Revolução de Pernambucana (1817) e a Independência do Brasil (1822), ficando
conhecido como “homem de todas as revoluções”. Sendo considerado liberal radical e
defensor da abolição, ele foi detido por ordem do governo imperial em novembro de
1823, não podendo participar da revolta que ele ajudou, de certa forma, a deflagar.
Além de Cipriano Barata, temos também nessa época um dos mais expressivos
representantes da oposição liberal, Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido
como frei Caneca (1779-1825). O apelido vinha da infância, na qual trabalho como
vendedor de canecas pelas ruas da cidade. Defensor do federalismo, frei Caneca era
contrário ao mandato vitalício dos senadores.

Eclosão da revolta
A deflagração da revolta aconteceu quando D. Pedro I nomeou um novo presidente
para a província de Pernambuco, contrariando as forças políticas locais. Tendo como
líder Manuel Pais de Andrade (antigo presidente da província), os revoltosos
proclamaram a formação da Confederação do Equador, um Estado independente que
reuniria as províncias do nordeste sob o regime republicano e federalista. De
Pernambuco, a revolta se espalhou pelo nordeste.

Repartição do movimento
A diversidade de interesses dos grupos reunidos logo mostrou-se problemática: os
líderes mais democráticos da Confederação do Equador defendiam a extinção do
tráfico negreiro e igualdade social, propostas que não expressavam os desejos das
elites locais. Dessa forma, temendo a possibilidade de uma revolta popular, os grandes
latifundiários deixam o movimento.

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Repressão imperial
A Confederação enfraqueceu-se e não conseguiu resistir à repressão organizada pelo
governo imperial, no momento em que foi abandonada pela elite. Com recursos
emprestados de banqueiros britânicos, o imperador contratou uma esquadra
comandada por lorde Cochrane, o mesmo mercenário contratado logo após a
proclamação da independência do Brasil para destruir a resistência interna. Além disso,
enviou ao nordeste uma força terrestre comandada pelo brigadeiro Francisco de Lima
e Silva. Atacados por terra e por mar, os revoltosos da Confederação do Equador foram
derrotados. Diversos líderes do movimento foram presos e condenados à morte, como
frei Caneca. Manuel Pais de Andrade e outros conseguiram fugir.

Crise do primeiro reinado


A popularidade de D. Pedro I foi comprometida por alguns acontecimentos: a imposição
da Constituição de 1824, a violência utilizada contra os rebeldes da Confederação do
Equador, entre outras atitudes autoritárias. Tais fatos levaram ao aumento da oposição
a seu governo, que passou a ser atacado com mais intensidade e por maior número de
opositores. A partir de 1825, novos acontecimentos aumentaram a crise política vivida
pelo governo imperial, que culminaria com a abdicação de D. Pedro I.
A partir de 1825, novos acontecimentos aumentaram a crise política vivida pelo governo
imperial, que culminaria com a abdicação de D. Pedro 1. São eles:
➢ Guerra da Cisplatina: Em 1825 explodiu um conflito entre Brasil e Argentina,
na região do rio da Prata. Em disputa estava a posse do território em que se
situava a antiga Colônia do Sacramento (atualmente correspondente ao
Uruguai). Esse conflito ficou conhecido como Guerra da Cisplatina. Acordos
internacionais estabelecidos entre Espanha e Portugal diziam que a Colônia do
Sacramento, fundada por portugueses, mas colonizada por espanhóis, pertencia
à Espanha (Tratado de Badajós,1801). Em 1816, já instalado no Rio de Janeiro,
D. João VI enviou tropas a Montevidéu – cidade fundada por espanhóis - e
invadiu a região. O território todo foi incorporado ao Brasil, com o nome de
Província Cisplatina. Os habitantes da Cisplatina, porém, não acetavam essa
anexação, pois tinham idioma e costumes diferentes. Assim, em 1825, sob a
liderança de João Antônio Lavalleja, um movimento de libertação articulado na
província e recebeu o apoio do governo argentino. Em reação, D. Pedro l
declarou guerra à Argentina. A guerra da Cisplatina terminou no ano de 1828,
quando foi assinado um acordo de paz entre as partes em conflito, tendo a
Inglaterra como mediadora, ficou decidido que o território não pertenceria nem
ao Brasil nem à Argentina: seria fundado um país independente, a República
Oriental do Uruguai. Este desfecho desfavorável desgastou ainda mais a
imagem de D. Pedro I.
➢ Crise Econômica: durante o governo de D. Pedro I, a balança comercial
brasileira foi acumulando déficits sucessivos, pelo fato de o aumento dos gastos
com as importações facilitadas (lembre-se dos acordos com a Inglaterra) desde
a independência não ter sido acompanhada por uma elevação na receita das
exportações. Ao mesmo tempo, a dívida externa do país aumentou com as
despesas para o aparelhamento das forças militares que participaram das lutas
pela consolidação da independência do Brasil, na Confederação do Equador e
na Guerra da Cisplatina. A falência do Banco do Brasil, em 1829, foi a revelação

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da crise econômica por que passava o império. Para o povo, o aumento do custo
de vida foi o aspecto mais perceptível da crise. E os comerciantes portugueses
foram responsabilizados pela elevação dos preços, tornando-se alvo da rejeição
popular.
➢ Sucessão dinástica: após a morte de D. João VI, em março de 1826, D. Pedro
I passa a se preocupar com a sucessão dinástica em Portugal, aqui no Brasil, os
políticos brasileiros, principalmente os liberais, opuseram-se à ideia de que D.
Pedro I fosse rei de Portugal e imperador do Brasil ao mesmo tempo. Dessa
forma, ele renunciou ao trono em favor de sua filha, porém, como ela era menor
de idade, o trono ficou sob a regência de D. Miguel, irmão de D. Pedro I.
Entretanto, D. Miguel trai o irmão e se declara rei de Portugal, inconformado, D.
Pedro passa a elaborar planos para reconquistar o trono, ou seja, continuava a
ameaça para os políticos brasileiros de uma possível união Brasil e Portugal.

Morte de Líbero Badaró


A morte de uma figura importante da imprensa da época viria agravar ainda mais a crise
política. Desde a época de D. João VI, a imprensa desempenhava um papel muito
significativo no cenário político brasileiro. Com a criação de diversos jornais, diferentes
segmentos da sociedade defendiam suas propostas para o país e criticavam duramente
os adversários. Nesse contexto, em novembro de 1830, foi assassinado, em São Paulo,
o jornalista Líbero Badaró, um dos líderes da imprensa de oposição ao governo. Um
possível envolvimento de D. Pedro I com o responsável pelo crime, cogitado e noticiado
pelo país, causou grande comoção. Para acalmar as tensões políticas, o imperador
viajou para Minas Gerais, mas foi recebido sob protestos pelos mineiros. Em resposta
a essa reação, o Partido Português organizou uma festa de recepção ao monarca, em
seu retorno ao Rio de Janeiro, para o dia 13 de março de 1831. Querendo impedir a
realização desse evento, políticos liberais entraram em choque violento com os
portugueses, nos tumultos que ficaram conhecidos como Noite das Garrafadas.

Abdicação de D. Pedro I
Visando impedir o agravamento da crise do Primeiro Reinado, o imperador organizou
um ministério composto por brasileiros. Porém, os integrantes não obedeciam às suas
ordens, sendo assim, D. Pedro I demite todos e nomeia outro ministério, agora,
composto somente por portugueses, o chamado Ministério dos Marqueses

A partir da nomeação desse ministério, até mesmo a tropa imperial ficou contra o
imperador, mais de duas mil pessoas juntaram-se em praça pública do Rio de Janeiro
para protestar contra D. Pedro I. Percebendo a difícil situação, o monarca abdicou do
trono em favor do seu filho, Pedro de Alcântara, que na época tinha apenas 5 anos de
idade.

A abdicação de D. Pedro I pode ser vista como a derrota dos grupos absolutistas do
Partido Português e a vitória da oposição nacional, que desejava consolidar o Estado
brasileiro. Mas isso não esgota assunto tão complexo. Essa oposição não era, porém,
um bloco homogêneo, pois nela figuravam, por exemplo, os grandes proprietários rurais
e as classes populares, representadas pelos liberais ditos radicais ou exaltados. Alguns
historiadores interpretam que os setores mais privilegiados dirigiram, com astúcia, a

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oposição a D. Pedro I, utilizando as classes populares como "massa de manobra" para


conseguir os seus objetivos. De fato, muita gente saiu às ruas para protestar e exigir a
abdicação do imperador. No entanto, assim que D. Pedro l deixou o país, essas elites
colocaram à margem da cena política os representantes das classes populares.

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ESTUDO DIRIGIDO

ALUNO, MISSÃO!
A melhor forma de aprender e de absorver o conteúdo é estudar de forma ATIVA.
Revolva esse ESTUDO DIRIGIDO (sem voltar na teoria) e depois faça a correção. Em
seguida, resolva todos os exercícios subsequentes

1) O que foi a Confederação do Equador?

2) Cite os motivos da crise do Primeiro Reinado.

3) O que foi a noite das garrafadas?

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QUESTÕES
1) (ESA) O ano de 1824 assinala uma grande revolução – Confederação do Equador,
ocorrida na província de:
a) Minas Gerais.
b) São Paulo.
c) Pernambuco.
d) Alagoas.
e) Amazonas.

2) Termos da abdicação de Dom Pedro I:


Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito
voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de
Alcântara. Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D.
Pedro I. Antonio Mendes Jr. Et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São Paulo:
Brasiliense, 1977. p. 200.
Os fatos que conduziram à abdicação foram:
a) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, incorporação da
Guiana Francesa e outorga da Constituição;
b) favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos portugueses,
dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
c) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, perda da
Província Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
d) perda da província Cisplatina, dissolução da Assembleia Constituinte e
punição exemplar aos pistoleiros que executaram o jornalista Líbero Badaró;
e) controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que elaboraram a
primeira constituição e favorecimento aos comerciantes brasileiros.

3) O texto a seguir é um trecho da carta deixada por D. Pedro I a seu filho, Pedro de
Alcântara, quando da sua partida para a Europa em 1831:
“Meu querido filho e imperador… Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior
sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre
de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar… Eu me retiro para
a Europa… Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso
e sem mais esperanças de o ver. D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831.”
Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, coroado em 1822, D. Pedro I foi levado à
abdicação nove anos depois. Diversos fatores contribuíram para essa decisão do
imperador, dentre os quais se pode destacar:
a) a grave crise econômica causada pela superprodução do açúcar, que fez
baixar drasticamente seu preço no mercado externo, afetando diretamente a
balança comercial brasileira.
b) a pressão exercida pelo governo britânico, insatisfeito com as medidas
absolutistas do imperador, em nome da manutenção de uma Monarquia
Constitucional que se espelhasse no modelo liberal inglês.

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c) a perda do apoio político de grande parte da elite política, formada por grandes
fazendeiros e comerciantes, insatisfeita com o autoritarismo de D. Pedro I,
evidenciado pela criação e utilização do Poder Moderador.
d) a grande pressão popular, através de manifestações violentas na Corte,
exigindo do imperador a adoção do voto universal, o fim da escravidão e uma
reforma agrária radical.
e) nenhuma das alternativas acima.

4) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem
vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador
criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do
Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de
nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia
Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram
consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D.
João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime
controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua
maioria por portugueses.

5) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na


Confederação do Equador de 1824,
a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para
a eclosão dos movimentos.
b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as
principais lideranças dos movimentos.
c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento
antilusitano.
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais
bandeiras.
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando
pelo interior.

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GABARITO
1) C 2) B 3) C 4) A 5) C

Comentários:

1) (ESA) O ano de 1824 assinala uma grande revolução – Confederação do Equador,


ocorrida na província de:
a) Minas Gerais.
b) São Paulo.
c) Pernambuco.
d) Alagoas.
e) Amazonas.

2) Termos da abdicação de Dom Pedro I:


Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei muito
voluntariamente abdicado na pessoa do meu mui amado e prezado filho o Sr. Pedro de
Alcântara. Boa Vista – 7 de abril de 1831, décimo de Independência e do Império – D.
Pedro I. Antonio Mendes Jr. Et al. Brasil-História, Texto e Consulta. Império. São Paulo:
Brasiliense, 1977. p. 200.
Os fatos que conduziram à abdicação foram:
a) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, incorporação da
Guiana Francesa e outorga da Constituição;
b) favorecimento aos comerciantes brasileiros em detrimento dos portugueses,
dívida externa elevada com a Guerra da Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
Comentário: A perca do território no sul e a crise econômica enfraqueceram a
imagem de D. Pedro I.
c) repressão aos revolucionários da Confederação do Equador, perda da
Província Cisplatina e falência do Banco do Brasil;
d) perda da província Cisplatina, dissolução da Assembleia Constituinte e
punição exemplar aos pistoleiros que executaram o jornalista Líbero Badaró;
e) controle das finanças nacionais, respeito aos constituintes que elaboraram a
primeira constituição e favorecimento aos comerciantes brasileiros.

3) O texto a seguir é um trecho da carta deixada por D. Pedro I a seu filho, Pedro de
Alcântara, quando da sua partida para a Europa em 1831:
“Meu querido filho e imperador… Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior
sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre
de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar… Eu me retiro para
a Europa… Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso
e sem mais esperanças de o ver. D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831.”
Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, coroado em 1822, D. Pedro I foi levado à
abdicação nove anos depois. Diversos fatores contribuíram para essa decisão do
imperador, dentre os quais se pode destacar:

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a) a grave crise econômica causada pela superprodução do açúcar, que fez


baixar drasticamente seu preço no mercado externo, afetando diretamente a
balança comercial brasileira.
b) a pressão exercida pelo governo britânico, insatisfeito com as medidas
absolutistas do imperador, em nome da manutenção de uma Monarquia
Constitucional que se espelhasse no modelo liberal inglês.
c) a perda do apoio político de grande parte da elite política, formada por grandes
fazendeiros e comerciantes, insatisfeita com o autoritarismo de D. Pedro I,
evidenciado pela criação e utilização do Poder Moderador.
Comentário: O poder moderador e os insucessos da administração de D. Pedro
I minaram sua popularidade.
d) a grande pressão popular, através de manifestações violentas na Corte,
exigindo do imperador a adoção do voto universal, o fim da escravidão e uma
reforma agrária radical.
e) nenhuma das alternativas acima.

4) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem
vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador
criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do
Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de
nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia
Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
Comentário: A insatisfação com o fechamento da primeira assembleia
constituinte, a Constituição de 1824 e o autoritarismo de D. Pedro I deram origem
a Confederação do Equador.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram
consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D.
João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime
controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua
maioria por portugueses.

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5) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na


Confederação do Equador de 1824,
a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para
a eclosão dos movimentos.
b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as
principais lideranças dos movimentos.
c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento
antilusitano.
Comentário: As duas protestavam contra o poder centralizado e buscavam mais
autonomia para as províncias.
d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais
bandeiras.
e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando
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