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2 R2 CURSOS – Atenção! O rateio/compartilhamento desse material é CRIME (Lei 9.160/98 e art. 184 do CP)
SUMÁRIO – AULA 12
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR.............................................................................. 3
Antecedentes ......................................................................................................................3
A oposição...........................................................................................................................3
Eclosão da revolta ..............................................................................................................3
Repartição do movimento ..................................................................................................3
Repressão imperial .............................................................................................................4
Crise do primeiro reinado...................................................................................................4
Morte de Líbero Badaró ......................................................................................................5
Abdicação de D. Pedro I .....................................................................................................5
ESTUDO DIRIGIDO ..................................................................................................... 7
QUESTÕES ................................................................................................................. 8
GABARITO ................................................................................................................ 10
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CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
Com o poder moderador, o imperador poderia interferir em todos os setores do governo,
isso não alegrava os políticos de pensamento liberal. A reação mais enérgica explodiu
no nordeste, em julho de 1824, e foi liderada pela província de Pernambuco.
Antecedentes
Além do descontentamento político, existiam mais alguns motivos para o
descontentamento de vários grupos sociais no nordeste:
➢ Os grandes latifundiários estavam preocupados com a contínua queda no preço
do açúcar.
➢ Os pequenos comerciantes, militares de baixa graduação, mestiços, negros
livres e escravos viviam com graves dificuldades econômicas ou até mesmo na
miséria.
A oposição
Os líderes liberais propunham a instalação de um regime republicano e federalista, ou
seja, o poder descentralizado e autonomia para as províncias. Entre os revoltosos,
podemos destacar a figura de Cipriano Barata (1762-1836), político e jornalista baiano,
publicava o jornal liberal recifense “Sentinela da Liberdade”. Inclusive, Cipriano já havia
participado de outros movimentos revolucionários, como a Conjuração Baiana (1798),
Revolução de Pernambucana (1817) e a Independência do Brasil (1822), ficando
conhecido como “homem de todas as revoluções”. Sendo considerado liberal radical e
defensor da abolição, ele foi detido por ordem do governo imperial em novembro de
1823, não podendo participar da revolta que ele ajudou, de certa forma, a deflagar.
Além de Cipriano Barata, temos também nessa época um dos mais expressivos
representantes da oposição liberal, Joaquim do Amor Divino Rabelo, mais conhecido
como frei Caneca (1779-1825). O apelido vinha da infância, na qual trabalho como
vendedor de canecas pelas ruas da cidade. Defensor do federalismo, frei Caneca era
contrário ao mandato vitalício dos senadores.
Eclosão da revolta
A deflagração da revolta aconteceu quando D. Pedro I nomeou um novo presidente
para a província de Pernambuco, contrariando as forças políticas locais. Tendo como
líder Manuel Pais de Andrade (antigo presidente da província), os revoltosos
proclamaram a formação da Confederação do Equador, um Estado independente que
reuniria as províncias do nordeste sob o regime republicano e federalista. De
Pernambuco, a revolta se espalhou pelo nordeste.
Repartição do movimento
A diversidade de interesses dos grupos reunidos logo mostrou-se problemática: os
líderes mais democráticos da Confederação do Equador defendiam a extinção do
tráfico negreiro e igualdade social, propostas que não expressavam os desejos das
elites locais. Dessa forma, temendo a possibilidade de uma revolta popular, os grandes
latifundiários deixam o movimento.
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Repressão imperial
A Confederação enfraqueceu-se e não conseguiu resistir à repressão organizada pelo
governo imperial, no momento em que foi abandonada pela elite. Com recursos
emprestados de banqueiros britânicos, o imperador contratou uma esquadra
comandada por lorde Cochrane, o mesmo mercenário contratado logo após a
proclamação da independência do Brasil para destruir a resistência interna. Além disso,
enviou ao nordeste uma força terrestre comandada pelo brigadeiro Francisco de Lima
e Silva. Atacados por terra e por mar, os revoltosos da Confederação do Equador foram
derrotados. Diversos líderes do movimento foram presos e condenados à morte, como
frei Caneca. Manuel Pais de Andrade e outros conseguiram fugir.
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da crise econômica por que passava o império. Para o povo, o aumento do custo
de vida foi o aspecto mais perceptível da crise. E os comerciantes portugueses
foram responsabilizados pela elevação dos preços, tornando-se alvo da rejeição
popular.
➢ Sucessão dinástica: após a morte de D. João VI, em março de 1826, D. Pedro
I passa a se preocupar com a sucessão dinástica em Portugal, aqui no Brasil, os
políticos brasileiros, principalmente os liberais, opuseram-se à ideia de que D.
Pedro I fosse rei de Portugal e imperador do Brasil ao mesmo tempo. Dessa
forma, ele renunciou ao trono em favor de sua filha, porém, como ela era menor
de idade, o trono ficou sob a regência de D. Miguel, irmão de D. Pedro I.
Entretanto, D. Miguel trai o irmão e se declara rei de Portugal, inconformado, D.
Pedro passa a elaborar planos para reconquistar o trono, ou seja, continuava a
ameaça para os políticos brasileiros de uma possível união Brasil e Portugal.
Abdicação de D. Pedro I
Visando impedir o agravamento da crise do Primeiro Reinado, o imperador organizou
um ministério composto por brasileiros. Porém, os integrantes não obedeciam às suas
ordens, sendo assim, D. Pedro I demite todos e nomeia outro ministério, agora,
composto somente por portugueses, o chamado Ministério dos Marqueses
A partir da nomeação desse ministério, até mesmo a tropa imperial ficou contra o
imperador, mais de duas mil pessoas juntaram-se em praça pública do Rio de Janeiro
para protestar contra D. Pedro I. Percebendo a difícil situação, o monarca abdicou do
trono em favor do seu filho, Pedro de Alcântara, que na época tinha apenas 5 anos de
idade.
A abdicação de D. Pedro I pode ser vista como a derrota dos grupos absolutistas do
Partido Português e a vitória da oposição nacional, que desejava consolidar o Estado
brasileiro. Mas isso não esgota assunto tão complexo. Essa oposição não era, porém,
um bloco homogêneo, pois nela figuravam, por exemplo, os grandes proprietários rurais
e as classes populares, representadas pelos liberais ditos radicais ou exaltados. Alguns
historiadores interpretam que os setores mais privilegiados dirigiram, com astúcia, a
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ESTUDO DIRIGIDO
ALUNO, MISSÃO!
A melhor forma de aprender e de absorver o conteúdo é estudar de forma ATIVA.
Revolva esse ESTUDO DIRIGIDO (sem voltar na teoria) e depois faça a correção. Em
seguida, resolva todos os exercícios subsequentes
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QUESTÕES
1) (ESA) O ano de 1824 assinala uma grande revolução – Confederação do Equador,
ocorrida na província de:
a) Minas Gerais.
b) São Paulo.
c) Pernambuco.
d) Alagoas.
e) Amazonas.
3) O texto a seguir é um trecho da carta deixada por D. Pedro I a seu filho, Pedro de
Alcântara, quando da sua partida para a Europa em 1831:
“Meu querido filho e imperador… Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior
sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre
de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar… Eu me retiro para
a Europa… Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso
e sem mais esperanças de o ver. D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831.”
Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, coroado em 1822, D. Pedro I foi levado à
abdicação nove anos depois. Diversos fatores contribuíram para essa decisão do
imperador, dentre os quais se pode destacar:
a) a grave crise econômica causada pela superprodução do açúcar, que fez
baixar drasticamente seu preço no mercado externo, afetando diretamente a
balança comercial brasileira.
b) a pressão exercida pelo governo britânico, insatisfeito com as medidas
absolutistas do imperador, em nome da manutenção de uma Monarquia
Constitucional que se espelhasse no modelo liberal inglês.
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c) a perda do apoio político de grande parte da elite política, formada por grandes
fazendeiros e comerciantes, insatisfeita com o autoritarismo de D. Pedro I,
evidenciado pela criação e utilização do Poder Moderador.
d) a grande pressão popular, através de manifestações violentas na Corte,
exigindo do imperador a adoção do voto universal, o fim da escravidão e uma
reforma agrária radical.
e) nenhuma das alternativas acima.
4) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem
vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador
criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do
Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de
nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia
Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram
consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D.
João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime
controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua
maioria por portugueses.
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GABARITO
1) C 2) B 3) C 4) A 5) C
Comentários:
3) O texto a seguir é um trecho da carta deixada por D. Pedro I a seu filho, Pedro de
Alcântara, quando da sua partida para a Europa em 1831:
“Meu querido filho e imperador… Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior
sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre
de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar… Eu me retiro para
a Europa… Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso
e sem mais esperanças de o ver. D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831.”
Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil, coroado em 1822, D. Pedro I foi levado à
abdicação nove anos depois. Diversos fatores contribuíram para essa decisão do
imperador, dentre os quais se pode destacar:
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4) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem
vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador
criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do
Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de
nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia
Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
Comentário: A insatisfação com o fechamento da primeira assembleia
constituinte, a Constituição de 1824 e o autoritarismo de D. Pedro I deram origem
a Confederação do Equador.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram
consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D.
João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime
controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua
maioria por portugueses.
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