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Projeto Gênese História de Mato Grosso – @prof_genesis

derrubam Antônio Maria e através eleições Murtinho


passa a ser governador.
- Grupo oligarca do sul (MS) não aceita e depõe
Murtinho à distância
- Floriano Peixoto contém a oposição ao seu gov.
enviando ao MT tropas (Legião Floriano Peixoto), as
quais foram chefiadas por Paes Leme recolocando
Murtinho no poder.

3.1.2 – O Massacre da Baía do Garcez (1898-


1901)

- CONTEXTO HISTÓRICO: Política dos


Governadores / Presidente Campos Sales
(Paulo Humberto Porto Borges, trecho retirado da
Internet)* - Manuel Murtinho deixa o governo de MT para
apoiar seu irmão Joaquim Murtinho (Ministro da
Fazenda do Presidente Campos Salles)
3.0 - Período Republicano (1889 – ...)
- Murtinho lança o nome de José Metelo para a sua
Após a Guerra do Paraguai, diversos fatos levaram sucessão, Generoso Ponce lança Peixoto de Azevedo
o governo imperial a entrar em isolamento político: A (Rompimento Político)
QUESTÃO MILITAR, A QUESTÃO RELIGIOSA E A
- Peixoto de Azevedo vence as eleições e Murtinho
QUESTÃO ABOLICIONISTA.
inicia um movimento para depor Azevedo
Estas questões, levaram o Império à
desestruturação de suas bases aliadas isolando-o - Formação de um grupo armado chefiado por Totó
politicamente, levando a QUEDA DO IMPÉRIO e a Paes de Barros (usineiro) que sitia o centro de Cuiabá e
consequente Proclamação da República. pela força obriga à Assembleia a anular as eleições,
convocando um novo pleito.
As oligarquias rurais passaram a dominar todo o
cenário político, fazendo com que o governo seja uma -Vence o candidato de Murtinho: Antônio Pedro de
extensão do poder dos chamados Coronéis, (grandes Barros, que para garantir seu governo monta uma tropa
produtores rurais) estes manterão relações eleitorais e armada (divisão patriótica) chefiada pelo “coronel” Totó
políticas promíscuas, fraudulentas e criminosas, (política Paes.
do café-com-leite, política dos governadores e voto de - O objetivo desta tropa era evidente: acabar com
cabresto) mantendo assim no governo membros ligados quaisquer focos de oposição ao governo
à aristocracia rural.
- Em 1901 é descoberto um reduto oposicionista na
Usina Conceição (Propriedade de João Paes de Barros,
3.1 – CONFLITOS POLÍTICOS DA REPÚBLICA irmão de Totó)
VELHA (1889 – 1930) - Totó Paes cerca o local prendendo os
oposicionistas, que são levados até o local chamado de
Baia de Garcez, onde foram executados e jogados no rio
3.1.1 - O movimento de 1892 (com o abdômen aberto em cruz para que não
- Primeiro movimento armado após a proclamação boiassem)
da República - Em 1902, devido uma grande seca, os corpos são
- Antônio Maria Coelho é escolhido para governar o descobertos, mas nada acontece com os culpados.
Estado, este cria um novo partido o Nacional
Republicano (união de republicanos e conservadores)
- Com a queda e Marechal Deodoro, o grupo
3.1.3 – O Movimento de 1906
formado por Manuel Murtinho, Generoso Paes Leme,

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- Totó Paes candidata-se e vence as eleições de Traído por um partidário, o fugitivo teve seu
1902 (apoiado pelos irmãos Murtinho) paradeiro descoberto por uma guarnição comandada
pelo coronel Joaquim Sulpício de Cerqueira Caldas. E,
- Totó, acreditando que somente o apoio da
imediatamente após a captura, foi assassinado com dois
Presidência da República era o suficiente (Política dos
tiros à queima-roupa. Era o dia 6 de julho de 1906.
Governadores), se afasta dos Murtinho
Político habilidoso, grande pecuarista e maior
- Manoel e Joaquim Murtinho se unem com antigos
industrial do Estado – proprietário da então moderna
inimigos de Totó: Generoso Ponce, Pedro Celestino,
usina de Itaicy (ver matéria) -, Totó Paes saiu da vida
Peixoto de Azevedo entre outros, para derrubá-lo
para protagonizar em um dos mais controvertidos
- Generoso Ponce é pressionado por Totó e foge episódios da história e também da historiografia de Mato
para o Paraguai, abrindo um jornal chamado “À Grosso.
Reação”, o qual atacava o governo de Totó “Depois do assassinato, veio uma campanha de
- Líderes oposicionistas de outras regiões reagem e difamação que se estendeu por décadas. O objetivo,
atacam o governo, tornando o controle de diversos além de ligar seu nome a fatos e crimes dos quais não
redutos governistas, por exemplo a Fazenda Itaici de se tem evidência alguma, era o de eliminá-lo da história
propriedade de Totó de Mato Grosso”, acredita o historiador Paulo Pitaluga
- Preocupado Totó Paes pede ajuda ao Governo Costa e Silva, do Instituto Histórico e Geográfico.
Federal, este envia tropas para Mato Grosso Autor da pesquisa “A Visão dos Vencidos: Cem Anos
- O objetivo da Presidência da República era manter Depois”, Pitaluga é um dos organizadores da série de
o Governo Estadual (Paes de Barros), mas antes das eventos que nesta semana pretendem relembrar o
tropas chegarem até Cuiabá, cidade já estava cercada. centenário da morte do político e, principalmente,
defender a revisão de seu legado.
Totó renuncia!
Descrito por muitos como um déspota, responsável
- Têm inicio uma verdadeira perseguição ao Cel
direto por barbaridades como o massacre de 17
Antonio Paes de Barros, esta termina com seu
opositores na Baía do Garcez e pela manutenção de um
assassinato.
regime de terror entre os funcionários de sua usina,
Paes seria, a partir desta ótica, um empresário moderno
Curiosidades: e dinâmico, que acabou por se tornar um político
- Totó é assassinato em seu esconderijo, uma antiga incômodo às antigas oligarquias.
fábrica de pólvora, no Coxipó do Ouro. “Totó Paes era um líder que, continuando na vida
- Após seu assassinato o corpo do Cel. Totó ficou política e na liderança econômico-industrial, por certo
insepulto por vários dias. impediria, tempos depois, a continuidade do poder de
Generoso Ponce e seus correligionários”, aponta o
TEXTO COMPLEMENTAR: historiador, em seu estudo.
Empossado presidente do Estado em 15 de agosto
Morte de Totó Paes faz 100 anos hoje de 1903, Totó Paes vinha obtendo bons resultados com
uma administração baseada na austeridade, aponta
Grande pecuarista e maior industrial do Estado, Pitaluga. “(...) Iniciou um governo de moralização, a
o então presidente de Mato Grosso foi assassinado iniciar pela normalização das alquebradas finanças do
há exatamente um século, no Coxipó do Ouro Estado. Era uma mentalidade nova, que afetava muitos
“Já haviam se passado seis dias desde que o então interesses”.
presidente do Estado de Mato Grosso, Antônio Paes de A derrota para as forças de Generoso Ponce, que
Barros, o Totó Paes, decidira deixar a zona urbana de conseguiu arregimentar quase 4 mil homens para a
Cuiabá em busca de esconderijo em uma fábrica de chamada “revolução de 1906”, significaria também o
pólvora na região do Coxipó do Ouro. início da campanha contra sua memória. “Não queremos
Com a Capital inteiramente cercada por tropas sob colocá-lo em um pedestal, acima do chão, como fizeram
o comando do senador Generoso Ponce, sua única com aqueles que o assassinaram. Existem ideias e
esperança de retornar ao poder era a chegada de uma ideias, teorias e teorias. Nosso objetivo é apenas que a
expedição militar trazendo os reforços prometidos pelo verdade seja esclarecida”.
governo federal. O destino, porém, não permitiria tal Arquivo: Jornal Diário de Cuiabá- Edição nº 11559 06/07/2006
reviravolta.
RODRIGO VARGAS

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3.1.4 – Caetanada (1916) - Estes eram Engenheiros, sócios de garimpos de
Diamante na região.
- Conflito pelo controle político e econômico dos
- Movimento ocorrido em 1916, o qual envolvia garimpos de diamante
questões relacionadas as eleições de Caetano Manoel - Interesse do Governador Pedro Celestino Correa
de Farias Albuquerque (Gen. Caetano) da Costa (pai de Fernando Correa da Costa) em
- Caetano, nega exonerar funcionários públicos enfraquecer o Cel. Morbeck e implantar o seu poder na
região
considerados pelo seu partido (PRC — Partido
Republicano Conservador) como adversários
Motivo: Cel. Morbeck nunca deu apoio político a
- Caetano passa a sofrer pressões de vários políticos
Pedro Celestino (transferir o poder de Morbeck a
da Câmara de Deputados e do Senador Antônio Carvalhinho)
Francisco Azevedo (Vice-presidente do Senado) - Nomeação de Carvalhinho para o cargo de chefe
- Não encontrando saída, Caetano acena com a da polícia (poder maior do que o de prefeito)
renúncia e pede licença a assembleia (viagem para o RJ - Carvalhinho inicia uma onda de críticas a Morbeck
para formalizar a renúncia) (provocação)
- Devido o apoio de Pedro Celestino (Partido - Morbeck ataca Carvalhinho (disputa dura
Republicano de Mato Grosso) Caetano desiste de aproximadamente 20 anos)
renunciar e cerca a Câmara de Deputados - Foi no Governo de Mário Correa da Costa que as
coisas se apaziguaram. Coube ao Tenente Telésforo
- Alegando falta de segurança o Presidente da A.L, Nóbrega a mando do governador garantir e controlar a
transfere os trabalhos para Corumbá, dividindo o situação.
governo: - Não conformado com a possibilidade de não
retomar o poder, Carvalhinho ataca a força estadual,
onde morreram muitos soldados inclusive o próprio Ten.
Telésforo.
- Temendo o revide do governo, fogem para Goiás,
mas logo são presos e levados para Cuiabá, onde
ficaram presos até 1930, quando foram soltos pelo
governo Vargas.

Curiosidades:
- A.L, pede o impeachment de Caetano
Albuquerque, que este procura se defender através de
um habeas corpus (STF) - O conflito entre Morbeck e Carvalhinho, também
- Wenceslau Braz intervém no estado, colocando é chamado com Morcegos contra os Cai Nágua. Isto
como interventor federal Camilo Soares de Moura,
porque Morbeck iniciou o conflito atacando Carvalhinho
sendo substituído rapidamente pelo então Bispo Dom
Aquino Corrêa. no período noturno e Carvalhinho fugiu pelo (rio
Araguaia).
3.1.5 – Morbeck e Carvalhinho BRASÃO DE MATO GROSSO

- Na década de 20 muitos migrantes (MG e NE)


vieram para a região Leste de Mato Grosso, em busca
das “famosas mangabeiras” árvores que se
multiplicaram por todo a região do Araguaia.
- Na busca de mangabeiras, alguns encontraram
diamantes, iniciando assim uma corrida em busca da
valiosa pedra.
Fato violento ocorrido na região leste do Estado
(Araguaia) na década de 20

Morbeck (baiano) de Barra do Garça


Carvalhinho (pernambucano) de Alto Araguaia

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- O Brasão de Armas de Mato Grosso foi criado ou para conquista de cargos eletivos (e do governo).
neste período exatamente em 14/08/1918, pela Nesta luta, a pistola e a violência sempre estiveram
resolução nº 799: presentes. Foi a violência armada, empreendida pelo
D. Francisco de Aquino Corrêa, Bispo de Prusíade, Governador da Capitania de São Paulo, que destruiu o
Presidente do : Estado de Mato Grosso. prestígio dos irmãos Leme e destituiu Pascoal Moreira
Cabral do posto de Guarda-mor. O último Governador e
Faço saber a todos os seus habitantes que a
Capitão-general da Capitania de Mato Grosso,
assembleia Legislativa decretou e eu sancionei a
Francisco de Paula Magessi, caiu em virtude de um
seguinte Resolução:
movimento violento. Este marcou a passagem do poder
Art. 1 ° - O Brasão d’ Armas do Estado de Mato das mãos do representante da Coroa portuguesa para
Grosso compõe-se de um escudo em estilo português, uma elite dominante radicada em Cuiabá.
isto é, com a ponta redonda, ocupada por um campo de
A violência transformava-se, então, em instrumento
sinople, sobre o qual assenta, lado a lado, um morro de
de obtenção e manutenção do poder político no Estado.
ouro com dois cabeços, sendo um no centro do escudo,
Isso ficou claro em 1834, quando um movimento
e outro um pouco mais abaixo, para a sinistra do mesmo.
nativista, conhecido como Rusga, se caracterizou
O resto do escudo é um céu de blau, sobre o qual
também como uma luta armada entre a facção
domina, em chefe, a peça heráldica ultimamente
tradicional e a elite emergente pelo controle do poder
consagrada no Brasão da Cidade de S. Paulo, como
político mato-grossense. O fim da chamada rebelião
símbolo do bandeirante, símbolo este que consiste em
cuiabana, com a prisão dos líderes nativistas, não
um braço armado a empunhar uma bandeira com a
acabou com o uso da violência como instrumento de
flamula quadridentada e ornada com a Cruz da Ordem
conquista de poder.
de Cristo, tudo de prata, exceto a cruz que é de goles. O
escudo tem por timbre uma fênix de ouro a renascer da O advento da República, em 1889, também não
sua imortalidade ou fogueira de goles, e por suporte dois modificara em nada esta situação. Muito pelo contrário.
ramos floridos, um de seringueira e outro de erva-mate, O novo regime intensificou o clima de violência no
enlaçados na base por uma fita que traz a legenda: Estado, abrindo maior espaço à situação declarada do
“Virtute Plusquam Auro”. coronelismo.
Art. 2° - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir o Através do sistema de coronelato, reconhecia-se a
necessário crédito para as despesas de impressão e força de alguns coronéis pelo beneplácito do poder
propaganda do referido brasão. público. Contudo, em muitas ocasiões, esta força
política era contestada pelos opositores. Em 1890, por
Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.
exemplo, o General Antônio Maria Coelho, aliando-se ao
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o Clube Militar “Benjamin Constant”, empreendeu uma
conhecimento e execução da referida Resolução luta aberta contra o coronelismo regional via Partido
pertencer, que a cumpram e façam cumprir fielmente. Nacional, além de utilizar-se (no governo estadual) de
O Diretor da Secretaria do Governo a faça imprimir, todos os mecanismos de pressão política e da máquina
publicar e correr. Palácio da Presidência do Estado, em administrativa do Estado para coagir os partidários ou
Cuiabá, 14 de agosto de 1918, 30° da República. correligionários do Partido Republicano, na tentativa de
enfraquecer a força política do Coronel Ponce.
O Coronel Generoso Ponce, no entanto, agiu rápido.
TEXTO COMPLEMENTAR: Ao lado de Antônio Azeredo e Joaquim Murtinho, forçou
a deposição de Antônio Maria Coelho do governo de
A cultura política de Mato Grosso I
Mato Grosso pelo então Presidente do Brasil, Deodoro
Diante do episódio envolvendo o atentado contra da Fonseca.
um dos postulantes a uma das vagas na Câmara
Em 1892, esse quadro inverteu. O governador
Municipal de Cuiabá, o eleitor ficou meio assustado e,
deposto e seus aliados destituíram o Presidente eleito
certamente, procurou respostas convincentes que
do Estado, Manoel José Murtinho. O que levou o
pudessem explicar tal ato. Não as encontrando, perdeu
Coronel Ponce, á frente de 3.000 homens armados
parte de sua confiança na vida político-partidária e nos
(Legião Patriótica “Floriano Peixoto”) a invadir Cuiabá e
políticos. Mal sabe ele que a cultura política de todas as
derrubar o governo instalado pelo grupo de Antônio
unidades brasileiras foi - e continua sendo - sempre a
Maria. Desse modo, em julho de 1892, Manoel Murtinho
luta pelo poder, a luta de interesses dos grupos,
pôde retornar ao governo do Estado.
disfarçados de ideais, a ser usada ou para manutenção

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Sete anos depois deste episódio, a pistola e a Desse modo, nas diversas regiões do Estado,
violência voltaram a ser apêndices da política mato- ocorreu a luta pelo poder de mando local (o conflito entre
grossense. De um lado, o Coronel Ponce e seus aliados José Morbeck e Manoel Balbino de Carvalho, no
procurando, através de trincheiras, resistir o cerco em garimpo do Garças e do Araguaia, pode ser colocado
como exemplo); enquanto na esfera do governo
que eram submetidos; do outro lado, os Murtinhos e Totó
estadual, os membros dos Partidos Conservador e
Paes que estreitavam ainda mais a pressão. Sangue, Republicano mantinham vivas as velhas estratégias de
terror e pânico dominaram a Capital. No final do quinto ascensão ao poder. Porém, a partir de 1930, as raposas
dia de massacre das forças de Totó Paes, o grupo da política são, aos poucos, tiradas do mando político
poncista foi destronado do controle político regional. estadual. Em seus lugares, assumem indivíduos que,
Passando, então, a governar o Estado, Antônio Pedro embora nativos do Estado e identificados com os grupos
Alves de Barros, um dos aliados de Totó Paes. dominantes, não eram muito ligados às raízes
partidárias. esses indivíduos eram os chamados
A partir de então, ocorreu uma série de violências
interventores, nomeados pelo Governo Federal.
contra os que se opunham á nova força política
Contudo, a partir de 1935, o sistema de
oligárquica no poder. A mais tristemente célebre delas,
interventorias terminara. O Estado, então, passou a ser
a chacina da Baia do Garcez, em 1901, levou a morte 17 administrado por um governador eleito pelos
poncistas. constituintes estaduais, em virtude de uma coligação
Sucederam-se violências de toda ordem: fraudes partidária envolvendo os partidos mais representativos
eleitorais, compra de votos, perseguições, demissões de na assembleia legislativa do Estado. Mário Corrêa, no
funcionários ligados a oposição, retaliações, entanto, não conseguiu manter por muito tempo a
aliança que o elegera. Mas isso, prezado leitor ou
espancamentos e assassinatos. Os membros do grupo
prezada leitora, é tema do nosso próximo artigo.
que ascenderam às posições de mando, interviam (LOUREMBERGUE ALVES)
continuamente nos arranjos político-partidários, não
medindo as consequências de suas imposições. Arquivo: Jornal Diário de Cuiabá- Edição nº 9806 11/12/2000)

Por essa razão (uma delas), a oposição (liderada por


Ponce, Pedro Celestino e os Murtinho) se levantou
3.2 – A ERA VARGAS
contra o governo de Totó Paes. Este, sentindo-se O último Presidente da chamada República
pressionado, abandonou o Palácio do governo e Oligárquica (1889-1930), foi o fluminense Washington
escondeu-se numa fábrica de pólvora no Coxipó do Luís (1926-1930), este mantinha todos os acordos
Ouro. Descoberto, foi friamente assassinado. Com isso, (Convênio de Taubaté e Política do Café com Leite)
o grupo do Coronel Ponce voltou a controlar
entre as oligarquias regionais.
politicamente o Estado.
Depois de um certo período da chamada “paz Em 1929, com a quebra da bolsa de Nova Iorque, a
armada” (1907-1916), a violência, como estratégia de crise do café chega ao seu limite, fazendo com que as
obtenção e manutenção do poder, voltou a ser exportações do produto diminuíssem de forma drástica.
empreendida. Desta feita governava Mato Grosso o Devido a própria crise, Washington Luís não atende
General Caetano de Albuquerque. os produtores (coronéis), com o Convênio de Taubaté,
No geral, a violência ocorreu tanto no embate gerando um grande desconforto entre as oligarquias e o
jurídico como na luta armada, manifestando-se de forma governo federal.
mais cruel e brutal. A Caetanada chegou ao seu final em
1917, com a intervenção do Presidente da República, No inicio do processo eleitoral em 1930, quando
Wenceslau Brás. Mato Grosso passou, então, a ser Minas Gerais esperava através do seu então
administrado por um Interventor Federal. Registrou-se governador: Antônio Carlos Ribeiro de Andrada a
uma certa trégua. As pistolas e a violência foram indicação para a Presidência da República, Washington
substituídas por acordos políticos entre os líderes Luís de forma surpreendente indica o paulista Júlio
partidários. A eleição de Dom Aquino Corrêa, por Prestes.
exemplo, foi fruto dessa suposta conciliação. A mesma
que promoveu o retorno de Pedro Corrêa da Costa ao
governo (1922-24) e foi estendido aos governos de [Quebra a Política do Café-com-leite]
Estevão Alves Corrêa (1924-26) e Mario Corrêa da
Costa (1926-30).
Andrada então busca apoio em outros estados para
Apesar dessa conciliação, registravam-se a
retaliação e as antigas perseguições políticas; as formar uma chapa de oposição a Júlio Prestes.
trincheiras foram reconstruídas e as pistolas, Formação da chapa chamada, Aliança Liberal,
reapareceram-se. composta pelos estados de MG., RS. e PB.. A chapa
seria composta da seguinte forma:

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http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://upload.wikimedi
a.org/wikipedia/commons/thumb/d/d5/Tunel_1932.jpg/300px-
- PRESIDENTE: Getúlio Dorneles Vargas (RS.) Tunel_1932.
- VICE: João Pessoa (PB.) Com a desculpa de querer reconstitucionalizar o
país, os paulistas irão entrar em choque com o governo,
Como toda a Máquina Político-Eleitoral, estava nas pedindo a renúncia de Vargas. Na verdade o que os
mãos do Presidente Washington Luís, era lógico que o paulistas queriam era a saída de Getúlio para que estes
vencedor seria Júlio Prestes e não Getúlio Vargas. pudessem restabelecer o poder perdido com o golpe de
Em 03 de outubro de 1930, Vargas lidera um 30
movimento golpista, que termina em 24 de outubro do A região sul do Mato Grosso, aproveitando a
mesmo ano, este impede Júlio Prestes de tomar posse
situação irá participar desta revolta apoiando os
e coloca do poder Getúlio Vargas.
paulistas, com o interesse de em um novo governo sem
Getúlio, estes conseguiriam a separação do Mato
3.2.1 – Os Interventores Grosso por um curto período, rapidamente organizaram
Vários interventores federais, sucederam-se nos um governo onde o médico Vespasiano Barbosa
governos de todos os Estados, somente Minas Gerais Martins, seria então chefe do executivo do Estado do
foi exceção. Para Mato Grosso inicialmente , foi enviado
Maracajú, este durou 90 dias, quando o governo federal
o Cel. Antonino Mena Gonçalves, o segundo interventor
foi Artur Antunes Maciel, o terceiro Leônidas Antero de acaba com a revolta.
Matos e o último foi Julio Muller.

3.2.2 – A Revolta Constitucionalista e a criação


do Estado do Maracajú
Movimento ocorrido em São Paulo, contra o
governo de Vargas,

- 1º divisão do estado - (1932)

SÃO PAULO X GETÚLIO VARGAS


Soldados da União entrincheirados em Silveiras, Vale do Paraíba
http://www.getulio50.org.br/textos/gv6.htm
Fique esperto na prova:

- A data do início da revolução foi estabelecida em


14 de julho. No entanto, o início das hostilidades se
precipitou com a destituição e passagem para a reserva
de Bertoldo Klinger, comandante militar de Mato Grosso,
que havia rompido publicamente com o Governo
Provisório e prometido apoio das tropas sob seu
comando ao movimento paulista. As expectativas eram
de que cinco mil soldados sediados em Mato Grosso
passassem a fazer parte das forças revolucionárias.
- Foi no governo de Julio Muller que o Colégio Liceu
Cuiabano foi construído, bem como o Grande Hotel
(posterior sede do finado Banco Bemat) e a ponte
ligando Cuiabá e Várzea Grande, denominada Ponte
Julio Muller.

Soldados paulistas.

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- O que de certa forma oficializou a Política do Café No mesmo ano e com os mesmos objetivos o então
com Leite, foi o Pacto de Ouro Fino, assinado em 1913 presidente Getúlio Vargas criou outro território Federal,
na cidade de Ouro Fino (MG) agora o de Ponta Porã, o qual possuía um território
composto por 07 (sete) municípios: Bela
Vista, Dourados, Maracaju, Miranda, Nioaque, Ponta
- 2ª e 3ª divisão do estado - (1943)
Porã (capital) e Porto Murtinho.
Por questões políticas e econômicas a divisão não
Território Federal do Guaporé foi para frente, acabando incorporando os municípios
novamente ao estado de Mato Grosso em 1946, ou seja,
Em 1943, buscando entre outras coisas reduzir as
NÃO DEU CERTO.
tensões entre o norte e o sul de Mato Grosso, foi criado
pelo Governo Federal, o Território Federal do Guaporé,
desmembrando parte do Estado de Mato Grosso e parte 3.2.3 – Tanque Novo (1933)
do Amazonas.
Em 1956, o Território Federal do Guaporé foi
renomeado para Território federal de Rondônia em
homenagem ao Mal Rondon, sendo transformado em
estado no início da déc. De 80.

Costa, Maria de Fátima Gomes. Dissertação de Mestrado/ UnB/(1987)

- Líder: Laurinda de Lacerda Cintra (Doninha)


- Baseado nos “dons” místicos de Dona Doninha, o
que deu origem a um movimento político “religioso” , que
obteve grande repercussão no Estado
- Doninha começou a ter visões de urna santa
Território Federal de Ponta Porã chamada Maria da Verdade (Jesus Maria José), este
fato desencadeou uma verdadeira peregrinação ao local
(Poconé)
- Doninha proíbe a comunidade a consumir bebidas
alcoólicas e diariamente eram realizadas procissões
- A população cresce rapidamente e seus habitantes
passam a ser identificados como oposicionistas a
Vargas (inicia a perseguição)
- 1932, Tanque Novo é invadido e Doninha é presa
(84 dias) em Cuiabá
- Situação piora quando os moradores se filiam ao
Partido Constitucionalista de Mato Grosso (votação
maciça contra o governo que apoiava a Aliança liberal
pró Getúlio)

Atualizada janeiro de 2022 7 Dúvidas me chama no insta: @prof_genesis


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- Nova invasão em 1932, agora com uma grande próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do
resistência aramada (Doninha é presa novamente) Sul.
- Doninha foi julgada e libertada em 1934 (morreu De certa forma a divisão do Estado foi necessária
em 23/06/ 1973) devido a grande quantidade de conflitos históricos nas
regiões, ocasionadas por divergências políticas entre as
lideranças do sul e do norte.
Curiosidades:
Em 11 de Outubro de 1977 é promulgada a Lei
Complementar nº 31 que cria o Estado de Mato Grosso
- Nhô Tico, prefeito de Poconé, será um dos maiores do Sul. Em 1979 e efetivada a divisão territorial.
opositores, promovendo verdadeiras perseguições aos
moradores de Tanque Novo, alegando desordem e
anarquia
Os principais movimentos divisionistas
foram:
- O episódio do Tanque Novo é caracterizado como
um movimento político, cujos interesses das forças
getulistas era a manutenção do controle do voto no • Final do Séc. XIX => Fundação do Partido
município de Poconé Autonomista, liderado por Barros Cassal e João
Caetano Muzzi
• 1901 => Movimento divisionista liderado por Jango
3.3 – OS GOVERNOS MILITARES
Mascarenhas (João Ferreira Mascarenhas)
• 1932 => Região sul apóia os paulistas na Revolta
Governava o Mato Grosso pela segunda vez: Constitucionalista ocorrida em São Paulo contra o
Fernando Corrêa da Costa. governo de Vargas, chegando a ponto de nomearem
Vespasiano Barbosa Martins como Governador da
região sul
3.3.1 - A participação do Mato Grosso no golpe
de 1964 • 1934 => Vespasiano Barbosa lidera um novo
movimento divisionista, levando até o Congresso
Nacional um manifesto pró-divisão do Estado.
- MT. Juntamente com SP, MG, RJ, RS, PR, GO,
• 1937 => Nova tentativa frustrada de divisão no
aliaram-se a favor do golpe militar
momento da discussão entre os limites de Goiás e Mato
- Tropas cuiabanas (16° BC - 44° BlMtz) partem em Grosso
direção à Brasília e permanecem lá até a posse do Gen.
• 1947 => Tentativa de se introduzir na Constituição
Castelo Branco
Estadual, a possibilidade de mudança da Capital do
- A escolha para Presidente e Governador passou a Estado.
ser indireta • Dec. 50 è Grande quantidade de manifestos são
- MT, MG. e Guanabara, por terem elegido apresentados à Câmara dos Deputados, os quais
governadores os quais eram considerados pelos pretendiam a divisão.
militares como inconvenientes, foram destituídos pelo • 1960 => A vitória de Jânio Quadros , para
AI-5, sendo Pedro Pedrossian o último governador eleito presidência da República, fez com que as intenções de
pelo voto direto. divisão se intensificassem ainda mais pois o mesmo era
nascido na região sul de Mato Grosso
• 1963 => “Manifesto pró-divisão do Estado de Mato
3.3.2 – A 4ª divisão do Estado (1977/1979)
Grosso”, este circulou e pela primeira vez é visto
claramente a intenção também do norte para a divisão.
O governo federal decreta a divisão do estado em • 1977 => E criado o Estado de Mato Grosso do Sul
1977, alegando dificuldade em desenvolver a região
diante da grande extensão e diversidade. No norte,
menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela 3.4 – A Nova República
agropecuária extensiva e às voltas com graves
problemas fundiários, fica Mato Grosso. No sul, mais 3.4.1 – Histórico dos últimos governadores

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Governadores do Mato Grosso

- Estendeu a rede de transmissão de energia gerada


em Urubupungá (região sul)
- Implantou a linha de transmissão da Cachoeira
Dourada-Cuiabá (região norte)
- Construiu o C.P.A. (Centro Político e Administrativo)
- Construiu o Estádio do Verdão

3.4.1.3 – Garcia Neto (1975 a 1978)

www.ms.gov.br/governadores/pedro_pedrossian.gif

3.4.1.1 – Pedro Pedrossian (Pedro Placa) 1966 a 1971

- Natural de Sergipe, foi eleito de forma indireta pela


Assembléia Legislativa, no governo do Presidente
Geisel
Com o slogan “O novo Mato Grosso” , Pedrossian, - Ocorreu o processo de divisão territorial do Estado
dá inicio a um grande programa de obras a serem de Mato Grosso
realizadas em todo o estado: - Renunciou ao governo do Estado para ser
- Construção da nova ponte Júlio Muller candidato ao Senado (1978), sendo que foi derrotado
pelo Dep. José Benedito Canelas
- Estação de abastecimento de água e captação
- Ampliação da produção de energia elétrica
3.4.1.4 – Cássio Leite de Barros (1978 a 1979)
- Criou o anel rodoviário (Perimetral)
- Concluiu a construção do Hospital Geral - Primeiro governador após a divisão de fato do
- Criou a Universidade Federal de Mato Grosso Estado
(1º Reitor Dr. Gabriel Novis Neves) - Vice de Garcia Neto, o qual havia deixado o
governo para disputar uma cadeira no Senado
- Garcia Neto perde a disputa eleitoral
3.4.1.2 – José Fragelli (1971 a 1975)
3.4.1.5 – Frederico Campos (1979 a 1983)

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3.4.1.7 – Carlos Bezerra (1987 – 1990)

- Abriu o Estado para a colonização, trazendo uma


grande quantidade de migrantes, os quais fundam várias
cidades
- Inicio o PROMAT (Programa Especial de - Slogan “Em direção ao Social”
Desenvolvimento de Mato Grosso) - Constituição de 1988 (Presidente José Sarney)
- Abertura democrática da educação (eleição para
- Surge POLONOROESTE (Programa Integrado de diretores de escolas)
Desenvolvimento do Noroeste do Brasil)
- Criação da Secretaria de Meio Ambiente
- INTERMAT (Instituto de Terras do Mato Grosso)
- Criação da ZPE (Zona de Processamento de
- Ampliação do sistema de abastecimento de água Exportação) em Cáceres, para escoar a produção
da Capital regional
- Diretas Já, reinicia as eleições diretas para - Surge a Ferronorte, empreendimento ferroviário,
governadores de Estado onde procurou interligar Mato Grosso aos portos
brasileiros
3.4.1.6 – Júlio Campos (1983 a 1986) - Atrasos nas folhas de pagamento, torna o governo
tumultuado
- Deixa o governo em 1990 para concorrer a uma
vaga no Senado, assume o vice Edson de Freitas.

3.4.1.8 – Jaime Campos (1991 – 1995)

- Primeiro governador eleito pelo voto direto


- Construção e pavimentação de estradas (ex. a
estrada de Jangada)
- Aceleração do processo de colonização da região
norte
- teve como meta transformar Mato Grosso no - Priorizou o transporte ( conservação e
“Celeiro Agrícola do Brasil” restauração de rodovias)
- Plano de extensão da energia termoelétrica
- Oficializou o Hino de Mato Grosso (composto por - Assinou um acordo em Santa Cruz de La Sierra,
Dom Francisco de Aquino Correa e música de Emilio ligando a cidade de Cáceres por via fluvial com a
Heiner) cidade de Nueva Palmira no Uruguai via Rio
- Inicio da construção da usina hidroelétrica de Paraguai
Manso
- Construção das hidroelétricas de Apiacás, Caiabis, - A FIEMT (Federação das Indústrias de Mato
Primavera, Culuene, Juina, Braço Norte e Aripuanã. Grosso) inicia integração Sul-americana,
- Deixou o governo para se candidatar a Deputado trabalhando uma saída via Oeste ‘Oceano
Federal, assumiu o seu vice Wilmar Peres (10 meses)
Pacifico’

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-Trabalhou-se um acordo comercial com a Bolívia, - Na educação implantou a Gestão Compartilhada
Chile, Argentina e Brasil; (consolidou a democracia nas escolas de Mato Grosso)
- Autonomia financeira administrativa e pedagógica
- Visita do Papa João Paulo II a Cuiabá (1991) nas escolas;
- Construiu a Ponte Sérgio Moita, ligando Cuiabá a
3.4.1.9 – Dante de Oliveira (1995 a 2002) Várzea Grande
- Construiu o Parque Mãe Bonifácia;
- Projeto Tucum, Educação lndígena
- Criação do PRODEI e FUNDEIC - Secretaria
adjunta de comercio exterior (Pró-madeira, Pró-couro,
Pró-café, Prodemat e Pró-granja);
- Criação do FETHAB
- Programa Luz no Campo;
- Criação dos Programas PADIN e PADIC voltados
para a pequena produção;
- Programa PANTAN visa o desenvolvimento
sustentável do Pantanal;
- Deixa o governo para ser candidato ao Senado.
Assume Rogério Salles;
- Morre em Julho de 2006, devido uma infecção
generalizada causada por uma pneumonia

Um dos políticos mato-grossenses de maior


relevância nacional, grande idealizador da emenda
constitucional (CB 67) conhecida como: emenda Dante 3.4.1.10 – Blairo Maggi (2003 a 2010)
de Oliveira ou emenda das Diretas Já! Foi ministro no
governo de José Sarney.

* 1º Mandato
- Transforma Mato Grosso em grande pólo
agroindustrial - Assegura a biodiversidade, promove a
integração regional e internacional, assegura o equilíbrio
fiscal
- Buscou levar Mato Grosso ao Cenário nacional e
internacional (“vendia” bem o Estado)
- Período marcado também por protestos e
prisões, situação política e social complicada
Gov. Blairo Maggi, o rei da soja
- Reforma e reestruturação do Estado è Extinção:
CODEMAT, COHAB, CASEMAT, BEMAT entre - Aos 43 anos Blairo Maggi nasceu em São Miguel do
Iguaçu, Estado do Paraná. Foi amador de paus em
outras, a SANEMAT foi municipalizada.
Boião, engraxate, formado em Agronomia, Produtor
- Conclusão da Usina de Manso Rural e Empresário;
- Construção do Ramal Gasoduto Brasil-Bolívia
- Eleito em primeiro turno com mais de 60% dos votos, com
- Privatização da Cemat e Telemat poucos dias de campanha
- Toma posse em 2003 pela coligação “Mato Grosso mais
* 2º Mandato forte”
- Em campanha apresentou como proposta:
- Renegociação das contas públicas;
- Trabalhar as reformas estruturais do Estado como a
- Lançamento do Programa “Mato Grosso, é Hora de reforma tributária.
investir”
- Como político antes de eleito Governador foi Suplente e
- Mato Grosso assume o segundo lugar na produção Senador da República por alguns meses;
de grãos - Eleito Governador trabalha a transparência
- Aumento significativo do rebanho bovino - Trabalha a idéia de valorização de quem produz e o
- A ferrovia chega a Mato Grosso respeito de quem paga seus impostos;

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- Por decreto Governamental, baixou o ICMS da carne, do
arroz e do feijão produzidos de MT;
- Tomou uma medida e racionalizou a Máquina Pública,
reduzindo as despesas e gastos nos setores públicos. Reduzir
a 50% do orçamento os gastos públicos e todas as Secretarias
do Estado.
- Em parceria, vem trabalhando a malha viária Estadual,
para escoamento da Produção Rural.

3.4.1.11 – Silval Barbosa (2010 a 2015)

José Pedro Gonçalves Taques, nasceu em


Cuiabá em 15 de março de 1968 é um jurista, professor
e político brasileiro filiado ao Solidariedade. Foi o 55°
governador do Estado de Mato Grosso e senador pelo
mesmo estado. Atualmente é advogado
Sua passagem pelo governo, foi considerada
morna, principalmente em comparação ao seu mandato
como Senador, o qual foi considerado combativo e
atuante.
Mesmo mantendo os salários em dia, bem como
- Nasceu em Borrazópolis, Veio para o Estado o RGA (Reajuste Geral Anual) e realizando uns dos
em 1977 e se instalou na região norte de Mato maiores concursos da história para educação, foi muito
Grosso onde participou de maneira efetiva no
criticado pelos servidores públicos, o que é até hoje
processo de colonização de importantes cidades
entre elas, Matupá, Guarantã do colocado como um dos maiores motivos para a sua não
Norte, Itaúba, Marcelândia e Novo Mundo. reeleição.

É bacharel em Direito e empresário. Seu primeiro Em 2017 foi envolvido em um escândalo


cargo público foi como prefeito de Matupá (695 km ao conhecido como grampolândia pantaneira.
norte de Cuiabá) de 1993 a 1996.
- Prefeito de Matupá (1993 – 1996) Texto Complementar:
- Deputado Estadual (1998 – 2006) A Grampolândia Pantaneira
- Vice governador (2006 – 2010)
- Governador (2010 – 2015) A força-tarefa da Polícia Civil que investiga o esquema de
Grande responsável pelas obras para a copa do interceptações telefônicas clandestinas no âmbito da Casa
mundo em 2014, as quais além da baixa qualidade e Militar de Mato Grosso, mais conhecida como grampolândia
pantaneira, apura possível continuidade do crime de
demora na entrega (muitas até hoje não terminaram
arapongagem em 2018. Isso porque denúncias apontam
e outras se quer começaram) levaram a acusações
que a maleta adquirida para serviços de inteligência pela
de corrupção.
extinta Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos
Em setembro de 2015, foi preso pela Operação (Sejudh), que tinha o coronel Airton Siqueira como titular da
Sodoma, onde permanece em detenção até hoje. pasta, também era utilizada para interceptações telefônicas.

A maleta de tecnologia israelense foi comprada por R$ 2,5


3.4.1.11 – Pedro Taques (2015 a 2019) milhões sem licitação pela gestão de Pedro Taques (PSDB).
Ela foi adquirida após uma viagem técnica do ex-secretário
de Segurança Pública (Sesp), Gustavo Garcia Francisco e
Airton Siqueira.

De acordo com o contrato firmado na época, o equipamento


comprado sem processo de licitação era um “equipamento
tático de revista eletrônica (varredura) GMS, 3G e 4G para
utilização em ambientes prisionais, cujas características e

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especificações técnicas são as contidas no termo de
referência, parte integrante do processo”, diz trecho do
contrato assinado em agosto de 2017.

Na época, o Estado alegou que o equipamento seria


instalado nos presídios de Mato Grosso para bloquear
ligações das unidades penitenciárias do Estado.

Porém, a especificação do aparelho nunca foi revelada. A


reportagem apurou que a maleta também é utilizada para
interceptar telefonemas. No entanto, ela precisa estar
próxima do local que pretende grampear as ligações.

A maleta para fins de inteligência foi comprada no auge da


grampolândia, quando as investigações já tinham afastado
o delegado Rogers Jarbas da função de secretário.

A denúncia encaminhada à força-tarefa, afirma que a maleta


também teria sido usada para outros fins, inclusive com a
suspeita de ter sido usada durante o período eleitoral do ano
passado.

A empresa contratada foi a Suntech S.A, oriunda de


Florianópolis (SC). Procurado pela reportagem, o assessor
jurídico Lucas Paranhes afirmou que não poderia informar
as funções da maleta por questão de sigilo de tecnologia.

Hoje a maleta é utilizada nos presídios pelo serviço de


inteligência da segurança pública do Estado. Ela consegue
interceptar ligações do local em que ela está em
funcionamento.

Histórico

No dia 11 de maio de 2017, após ser procurado pelo repórter


do programa Fantástico, da Rede Globo, para falar sobre
esquema de interceptações telefônicas que estava sendo
apurado pela PGR, Pedro Taques decide demitir o primo,
Paulo Taques, para que ele fizesse a sua defesa no caso.
Três dias depois (14 de maio) a reportagem vai ao ar
revelando que a Polícia Militar de Mato Grosso ‘grampeou’
de maneira irregular uma lista de pessoas não investigadas
por crimes.
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual
Janaina Riva (MDB), o advogado José do Patrocínio e o
jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles
seriam apenas alguns dos “monitorados”.

Outro lado

A defesa do coronel Airton Siqueira não foi localizada para


falar sobre o assunto. A reportagem procurou a força-tarefa
para comentar a nova frente de investigações. Porém, até o
fechamento desta edição, não conseguimos contatos com
as delegadas responsáveis.
(Pablo Rodrigo – Gazeta Digital 03/12/2019)

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