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I Funções
Uma função real é uma tríade: subconjunto dos números reais que formará o domínio da
função (Df ) ; um subconjunto dos números reais que formará o contradomínio (gerlamente
o conjunto R); e uma expressão que designa a relação entre elementos do domínio e
contradomínio (designado por f ) de tal modo que a cada elemento do domínio (x ∈ D f )
existe apenas um único elemento no contradomínio associado a ele pela função f (∃! y ∈
R : y = f (x))
y
y
f (x)
f (x) y1
y (x, y1 )
(x, y)
x x
x x (x, y2 )
y2
f : Df ⊆ R −→ R, y = f (x), x ∈ Df
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Conteúdo
I Funções
Uma função real é uma tríade: subconjunto dos números reais que formará o domínio da
função (Df ) ; um subconjunto dos números reais que formará o contradomínio (gerlamente
o conjunto R); e uma expressão que designa a relação entre elementos do domínio e
contradomínio (designado por f ) de tal modo que a cada elemento do domínio (x ∈ D f )
existe apenas um único elemento no contradomínio associado a ele pela função f (∃! y ∈
R : y = f (x))
y
y
f (x)
f (x) y1
y (x, y1 )
(x, y)
x x
x x (x, y2 )
y2
f : Df ⊆ R −→ R, y = f (x), x ∈ Df
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CONTEÚDO 2
ou seja
Imf = { y ∈ R : ∃x ∈ Df , onde y = f (x) }
f
Df Imf
x y
f : Df ⊆ R −→ R, y = f (x), x ∈ Df
O gráfico da função f é uma coleção de todos os pares (x, y) no plano cartesiano
bidimensional R × R onde cada abscissa x é um elemento do domínio e a a ordenada y é
o único elemento do contradomínio relacionado a x pela função, o que se representa por
y = f (x):
(Gráfico de f) Gf = {(x, y) : x ∈ Df , y = f (x) }
Observações e exemplos
• f (x) = x2 , Df = R, contradomínio = R.
f : R −→ R é uma função, pois o número y fica unicamente determinado pelo x
segundo a expressão y = x2 .
• f (x) = x2 , Df = R+ , contradomínio = R+
f é uma função, da mesma forma como a função anterior. Neste caso, nota-se que
a imagem é todo o contradomínio, e dizemos portanto que a função é sobrejetora
(Imf =contradomínio).
Além disso, pode-se mostrar que a função tem a seguinte propriedade:
«para x1 �= x2 temos que f (x1 ) �= f (x2 )» o que é o mesmo que dizer que «Se
f (x1 ) = f (x2 ) então x1 = x2 ». E isso quer dizer que a função é injetora. O que
significa dizer que cada y na imagem está associado a um único x do domínio que é
«levado» a ele pela função. A ligação entre os x’s e y’s é unívoca, havendo apenas
um «caminho para passar» de um a outro elemento via a função .
De fato, se x1 , x2 sendo ambos estritamente positivos forem «levados» pela função
f (nesse caso, f (x) = x2 ) num mesmo elemento na imagem, ou seja x21 = x22 , então
teríamos
II Funções inversas
Dizemos que uma função é injetora quando para cada x1 , x2 no domínio da função em
que f (x1 ) = f (x2 ) implique que, de fato, x1 = x2 . Ou seja, dois elementos distintos no
domínio não podem ter a mesma imagem.
Um consequência da injetividade de uma função é que podemos definir a função que
«traz de volta» os elementos da imagem para o domínio. Ou mais exatamente, existe uma
função, que denominamos de inversa da função (direta) injetora f , e que denotaremos por
f −1 , definida da seguinte forma
Dado qualquer y na imagem de f , Imf , como existe um único x ∈ Df associado a y
pela função f , então designamos este único x como sendo o elemento f −1 (y) que pertence
ao domínio da f . Ou seja, fica definida a função inversa
f −1 : Df −1 = Imf −→ Imf −1 = Df , x = f −1 (y), onde y = f (x)
x y
y
f −1
x
f −1
f ◦ f −1 (y) = y, ∀y ∈ Im(f ) x y
CONTEÚDO 4
Exemplos
√
• f : R+ −→ R+ , f (x) = x2 . A inversa é f −1 : R+ −→ R+ , f −1 (x) = x
√
• f : R −→ R, f (x) = x3 . A inversa é f −1 : R −→ R, f −1 (x) = 3 x
√
• f : R+ −→ R+ , f (x) = x4 . A inversa é f −1 : R+ −→ R+ , f −1 (x) = 4
x
√
• Para n par: f : R+ −→ R+ , f (x) = xn . A inversa é f −1 : R+ −→ R+ , f −1 (x) = n x
√
• Para n ímpar: f : R −→ R, f (x) = xn . A inversa é f −1 : R −→ R, f −1 (x) = n x
f (x) = x3 f (x) = x4
y=x y=x
√ √
f −1 (x) = 3
x f −1 (x) = 4
x
Translações verticais
Da função f (x), se se adiciona na imagem um número real b, translada-se o gráfico da
função para cima se b > 0 ou para baixo se b < 0:
T
f (x) � g(x) = f (x) + b =⇒ O gráfico da g é a translação vertical do da f
Translações horizontais
Se na função f (x), tomarmos g(x) = f (x − a) transladamos para direita se a > 0 ou para
esquesda se a < 0:
T
f (x) � g(x) = f (x − a) =⇒ O gráfico da g é a translação horizontal do da f
f (x) g(x) = f (x − a)
b (a, b)
(0, 0) a
IV Completamento do quadrado
Todo polinômio quadrático (parábola)
p(x) = ax2 + bx + c
• x2 + 2x + 2
x2 + 2x + 2 = (x + 1)2 + 2 − (1)2 = (x + 1)2 + 1
O que podemos tirar desse cálculo? Algumas informações!
a) Que a parábola é a translação de x2 para o ponto V = (−1, 1) e que ela tem
a mesma concavidade de x2 , logo, ela é uma parábola «voltada para cima», de
concavidade positiva.
b) A parábola não tem raízes reais. Pois (x + 1)2 + 1 = 0 não tem solução nos
números reais, somento nos complexos (nesse caso as raízes são −1 ± i).
c) O vértice da parábola V = (−1, 1).
V Função módulo
Dado um número real x ∈ R. Define-se o módulo desse número x como o seu valor
absoluto (sem consideração do sinal), ou mais exatamente
�
x , x≥0
|x| = = Máximo {x, −x}
−x , x < 0
Propriedades do módulo
1. |x| ≥ 0, e |x| = 0 ⇐⇒ x = 0
2. |x · y| = |x| |y|
f (x) = |x|
CONTEÚDO 7
Intervalos
Um intervalo da reta real é um conjunto de números compreendidos entre dois extremos,
mais exatamente, pode-se definir os seguintes intervalos
r
|x − a| < r
a−r x a a+r
Exemplos
• x, | − 3x + 7| < 5 é um intervalo aberto do tipo ]a − r, a + r[, onde chamamos a do
centro do intervalo, e r > 0 o «raio de proximidade» ou o «grau de proximidade»
ao centro. Pois, de fato,
7 7 5
| − 3x + 7| < 5 ⇐⇒ | − 3| |x − | < 5 ⇐⇒ |x − | < , ou seja, da forma |x − a| < r
3 3 3
Logo, o centro é a = 7
3
e o raio r = 53 .
• x, |x2 − 1| < 1. Resolver essa inequação é determinar esse conjunto dos x’s que
resolvem a desigualdade.
Caso 1: x2 − 1 ≥ 0 ( x2 ≥ 1 ⇐⇒ |x| ≥ 1 ⇐⇒ x ≤ −1 ou x ≥ 1)
√ √ √
|x2 − 1| < 1 ⇐⇒ x2 − 1 < 1 ⇐⇒ x2 < 2 ⇐⇒ |x| < 2 ⇐⇒ − 2 < x < 2.
Então, sendo as duas restrições consideradas, tem-se
√ √
− 2 < x ≤ −1 ou 1 ≤ x < 2
Caso 2: x2 − 1 < 0 ( x2 < 1 ⇐⇒ |x| < 1 ⇐⇒ −1 < x < 1)
|x2 − 1| < 1 ⇐⇒ −(x2 − 1) < 1 ⇐⇒ 0 < x2 ⇐⇒ x �= 0. Logo, levando em
conta as condição deste caso, tem-se
−1 < x < 1, x �= 0
Juntando agora os dois casos, decorre que os x’s que resolvem a inequação
fazem parte do conjunto
√ √ √ √
{x ∈ R : − 2 < x < 0 ou 0 < x < 2} =] − 2, 0[ ∪ ]0, 2[
CONTEÚDO 9
f (x) = |x2 − 1|