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Seu conteúdo tem caráter exclusivamente técnico/informativo e a ATOS se reserva no direito, sem
qualquer aviso prévio, de alterar as informações deste documento.
Índice
1. INTRODUÇÃO AO OPC .............................................................................................................5
3. CONFIGURANDO O SERVIDOR................................................................................................9
4. RECURSOS DE DEBUG...........................................................................................................13
1. Introdução ao OPC
De acordo com a definição da OPC Foundation, OPC é um mecanismo que provê meios de padronizar a
comunicação entre inúmeras fontes de dados, sejam eles equipamentos de chão de fábrica, ou bancos de
dados numa sala de controle.
A OPC Foundation, uma organização com fins não lucrativos, estabeleceu um set de interfaces
padronizadas OLE/COM, a fim de garantir uma grande interoperabilidade entre aplicações de automação
e controle, equipamentos de campo, e aplicações comerciais no controle de processo de uma indústria.
Este set de interfaces, baseados na tecnologia OLE/COM da Microsoft, definem objetos padronizados,
métodos e propriedades para servidores de informação em tempo real, como sistema de processo
distribuído, PLCs, equipamentos inteligentes a fim de comunicar a informação que estes servidores
possuem com aplicações que também entendam o padrão OLE/COM.
A figura abaixo, retirada da documentação fornecida pela OPC Foundation, mostra o exposto acima.
Windows 3.1
Windows-95
Windows NT Business Management
Client Applications
Windows NT
Operator Console
RT/History Data
Server
Plant Highway
Process Management
Controller
Fieldbus
Fisher
PD Meters Analytical
Measurement Common Head -Simple -Analog I/O Handheld
Coriolis Configuration and
-Pressure
Valves -Complex -Discrete I/O PDA
-Temp -TC/RTD Maintenance
Positioners
-Flow
-Level Field Management
O servidor OPC Atos é um software, que após configurado para uma determinada necessidade, comunica-
se com controladores Atos, mantendo em seu espaço de memória valores atualizados de determinados
tags. Aplicações OPC clientes conectam-se ao servidor ATOS, via protocolo OPC a fim de requisitarem
estes tags mantidos pelo servidor. Resumidamente, as aplicações OPC clientes, como por exemplo um
software supervisório, utiliza seu driver OPC client para comunicar-se de uma maneira padronizada com
softwares que são servidores de informação, como o Atos OPC Server.
Nosso servidor pode comunicar com até 4 redes de controladores Atos simultaneamente, utilizando para
isto até 4 canais seriais de um computador. O protocolo de comunicação utilizado entre o servidor e os
controladores é o APR03. O servidor aceita inúmeras conexões de clientes OPC simultaneamente..
O servidor Atos OPC pode ser executado em uma máquina com Windows 95/98/Me/NT/2000/XP, mas
recomenda-se utilizá-lo em máquinas com os sistemas operacionais Windows NT. 2000 ou XP, por serem
mais apropriados para uma aplicação industrial. Ele pode comunicar-se com aplicações clientes que
estejam executando na mesma máquina ou em máquinas diferentes. Neste último caso, as máquinas
devem estar interligadas numa rede de computadores.
3. Configurando o servidor
É extremamente fácil configurar o servidor Atos OPC para comunicar com os tags desejados.
A figura acima mostra a janela principal do software. Ao clicar no menu Editar ou dar um clique com o
botão direito do mouse sobre a região do lado esquerdo da janela, o usuário terá as opções para
configuração da comunicação.
O servidor permite o uso de até 4 portas simultâneas, com 31 controladores por porta (mas no máximo 60
controladores distribuídos pelas 4 portas), e um total de 500 tags distribuídos pelos CLP’s.
Cada porta tem uma tarefa separada dentro do programa, de modo que suas atualizações são feitas de
maneira paralela.
Pode-se alterar o nome da porta sugerido pelo programa. Os parâmetros de comunicação devem ser
ajustados corretamente para todos os controladores conectados na porta serial em questão.
Após adicionada a porta, deve-se clicar sobre a mesma, e adicionar a ela um CLP.
Um CLP tem como parâmetros de configuração apenas um nome e seu endereço na rede, que pode
variar entre 1 e 31 para os controladores ATOS.
Após adicionado um CLP sob a PORTA, deve-se clicar sobre o CLP criado e adicionar um GRUPO.
Caso deseje, pode-se alterar o nome do grupo. O valor da taxa de atualização default do sistema é de
1000 ms, ou seja, os tags deste grupo serão atualizados a cada 1 segundo.
Após adicionar um GRUPO sob o CLP, deve-se clicar sobre o GRUPO e adicionar um TAG, que
representa uma variável do CLP que será monitorada ou atualizada.
Deve-se alterar o nome do tag para um valor que tenha alguma representatividade da função do mesmo.
O endereço representa a posição da memória do CLP que se deseja monitorar/atualizar. O valor do
endereço deve sempre ser digitado em hexadecimal.
O tipo do dado é a propriedade que informa ao servidor e aos seus clientes como a variável deve ser
tratada e quantos bytes ocupa.
Os tipos de dados possíveis são: Estado Interno (boleano), Registro (inteiro 1 a 4 bytes), String (texto
contido em um buffer), Float (ponto flutuante de 4 bytes), Array de Estados Internos (conjunto de variáveis
boleanas) e Array de bytes (buffer de memória do CLP). A variável do tipo Registro ainda pode ser
formatada em BCD ou hexadecimal.
É importante notar que o programa não faz nenhuma conversão dos valores lidos ou escritos do CLP. O
tipo do dado configurado para o tag deve ser o mesmo que se encontra no endereço estipulado no CLP.
Configurações de tipos de dados ou tamanhos que não representem a realidade terão resultados
imprevisíveis.
Os passos de configuração podem ser repetidos para adicionar as PORTAS, CLPS, GRUPOS e TAGS
que a aplicação necessitar. A configuração pode ser salva em um arquivo e ser carregada novamente em
um outro momento.
ATOSOPC.EXE MinhaConfiguracao.cfg
Quando o programa é iniciado desta forma, com um argumento que represente um arquivo existente, o
servidor carrega a configuração na inicialização e automaticamente inicial a atualização dos tags.
Uma outra maneira possível para se disparar o programa e carregar automaticamente uma configuração,
é criar o arquivo de configuração desejado na mesma pasta onde se encontra o servidor Atos OPC com o
nome CONFDEF.CFG.
Para iniciar uma configuração que não foi carregada automaticamente pelo servidor, deve-se clicar sobre
A qualidade da atualização é um conceito definido pelo padrão OPC, e indica se o valor apresentado pelo
servidor é um valor confiável ou não, por ter sido atualizado dentro da taxa estipulada.
O servidor está pronto para receber conexões das aplicações clientes que desejam ler / escrever valores
nos tags configurados.
4. Recursos de debug
O servidor possui uma aba chamada FRAMES, que mostra os frames enviados e recebidos pelo servidor.
Este log de frames pode ser ativado pelo menu EDITAR / MOSTRAR FRAMES. Os valores lidos dos tags
de um grupo selecionado com um clique são mostrados na lista da janela principal, facilitando assim
verificações sobre a atualização correta dos tags.
No nosso exemplo, criamos uma nova aplicação e inserimos um objeto DISPLAY na tela do supervisório.
Para adicionar um tag relacionado ao servidor Atos OPC, clique no menu “Arquivo” comando
“Organizer”.
Com a janela ORGANIZER aberta, clique na opção OPCServers e então no botão NOVO. Um objeto
SERVER é criado, conforme mostrado na figura abaixo:
O combo NOME DO SERVIDOR mostrará todos os servidores OPC registrados na máquina. Selecione o
servidor ATOS OPC SERVER SERIAL, e então clique no botão IMPORTAR. O supervisório deve mostrar
uma tela com os grupos e tags disponíveis no servidor Atos OPC. Arraste os tags que desejar para o
objeto SERVER do supervisório. Clicando sobre o tag arrastado para o objeto SERVER, pode-se ver uma
janela com suas propriedades, e testar a leitura e escrita do tag.
Agora é só fechar o Organizer, dar um duplo clique sobre o objeto DISPLAY colocado na tela do
supervisório e relacioná-lo ao TAG1 recém-criado.
Fig. Tag 1
6. Aplicações distribuídas
Uma das grandes vantagens do uso da tecnologia OPC para fazer a comunicação de equipamentos de
campo com aplicações de controle, é a possibilidade de se distribuir a aplicação, executando o OPC
server em uma máquina de uma rede, e permitindo várias aplicações clientes executando em outras
máquinas usufruírem seus dados.
OPC é uma padronização de interfaces baseadas na tecnologia OLE da Microsoft, que por sua vez deriva
da tecnologia COM (Component Object Model), que tem uma derivação distribuída chamada DCOM. Esta
tecnologia permite que aplicações executem em máquinas diferentes ligadas em rede (até mesmo a rede
internet) possam conversar entre si. Porém nem sempre a configuração do DCOM de uma máquina é uma
tarefa fácil. Caso encontre dificuldades em fazer com que o servidor ATOS OPC comunique-se com uma
aplicação remota, contate o administrador da sua rede para auxiliá-lo na configuração do DCOM.
O Windows possui um aplicativo chamado DCOMCNFG.EXE (pode ser executado do prompt do DOS),
que é utilizado para que se possam configurar os aplicativos remotos utilizados pela máquina.
Algumas aplicações OPC cliente permitem ao configurar uma conexão com um servidor OPC, indicar o
nome da máquina onde o servidor irá executar. No caso do nosso exemplo deste manual, o cliente
ELIPSE, é preciso indicar o nome da máquina remota que possui o servidor pelo aplicativo
DCOMCNFG.EXE.