Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Muitas vezes, nós temos em Física, as leis fundamentais de uma teoria expressas
na forma integral. Isso aconteceu (1873) por exemplo, no caso do Eletromag-
netismo. Suas leis eram expressas na forma integral a seguir.
Ocorre que, na Física, temos muitos métodos para tratar equações diferenciais.
Além disso, é interessante saber o comportamento dos campos de maneira local,
o que é permitido se tivermos as expressões das leis na forma diferencial. De fato,
Maxwell, em sua formulação diferencial das equações, conseguiu, manipulando
a versão diferencial, chegar em uma equação de onda do tipo
1 @2E~ 1 @ J~
~
r2 E = r 0 ;
2
c @t 2 @t
"0
Proof. Vejam que a demonstração deve ser bastante geral, pois não sabemos
quem é o campo ~u, nem tampouco qual é o contorno C que envolve a área A.
Ou seja, temos uma situação como a mostrada na …gura a seguir (só que sem a
’cara’do campo, nem o formato da curva C).
1
Para resolver o problema do formato da curva, vamos adotar a seguinte estraté-
gia: vamos dividir a área em pequenas (in…nitesimais) áreas retangulares na
forma mostrada na …gura a seguir:
Note que, com isso, saberemos sempre o formato do nosso contorno elementar
(…gura (b)). Mais ainda, é fácil ver que o cálculo da integral no contorno C
completo pode ser escrito como
I N
X I
~u d~` = lim ~u d~`
N !1
C n=1 C
n
| {z } | {z }
C-desconhecido Cn -conhecido
Note que, ainda não sabemos nada sobre o campo ~u. Para resolver esta situação,
lembramos que Cn é in…nitesimal e escrevemos o campo ~u sobre a trajetória Cn
como sendo uma expansão em série de Taylor em torno do centro da área An
contida em Cn e localizado em N ( ; ). Isso pode ser feito da seguinte maneira
@~u @~u
~u (x; y) = ~u ( ; ) + (x )+ (y ) + o (2)
| {z } @x ( ; ) @y ( ; )
constante | {z } | {z }
constante constante
de modo que …camos apenas com integrais de funções lineares, pois a função
acima é uma função linear de x e y. Assim, agora, conheço tanto a trajetória Cn
(para cada n), como a função, e posso fazer a integração. Note que, devemos
2
usar o circuito Cn de modo a poder parar a expansão de Taylor no primeiro
termo (termo linear). A integração …ca
I I !
~ @~u @~u
~u d` = ~u ( ; ) + (x )+ (y ) d~`n
@x ( ; ) @y ( ; )
Cn Cn
Veja que
I
d~`n = 0;
Cn
pois é uma integral de linha fechada sobre apenas o elemento de linha. Assim
como I I
~
d`n = d~`n = 0;
Cn Cn
3
Por outro lado, temos que
I
xdy = (x0 + x) y x0 y = x y
Cn
I
ydx = y0 x (y0 + y) x = x y
Cn
ou seja
I Z Z
@uy @ux
~u d~` = dA;
A @x @y
C
como queríamos demonstrar.
Note que, na demonstração, usamos um d~` tangencial à curva, como deve
ser. Entretanto, se tomássemos este d~n como normal, então, se
d~` = dx^{ + dy^
| ! d~n = dy^{ dx^
|
que fazem com que o teorema acima …que da forma
I Z Z
@ux @uy
~u d~n = + dA:
A @x @y
C
4
2 Teoremas integrais no espaço:
2.1 Teorema do divergente:
Considere a seguinte situação em três dimensões:
5
RR
e levamos nas integrais ~n (notando que cada paralelepípedo tem 6
~u dS
Sf;n
dSn - 2 dSn;x , 2 dSn;y e 2 dSn;z ). Vamos tomar apenas uma das direções (e
depois generalizamos para as outras). Ficamos com a parcial
RR RR
u x + x ; y; z dSx
Sf x R R 2
u x
Sf x
x
2 ; y; z dSx =
;
= @u x
@x N Sf
xdydz = @u x
@x N x y z = @u x
@x N V
que, se tomássemos a curva no plano xy, como foi o caso, poderíamos escrever
a área dA na direção k^ de modo a termos
I Z Z Z Z
~
~u d` = (r ~u)z dAz = (r ~u) dA; ~
A A
C
em que
@uy @ux
(r ~u)z =
@x @y z
6
Note que se tivéssemos uma curva no espaço, não mudaria muito o problema,
pois poderíamos projetar esta curva no espaço em três curvas cada qual em um
plano. A curva Cxy no plano xy, a curva Cxz no plano xz e a curva Cyz no
plano yz. Assim, na …gura abaixo, temos uma superfície geral A e fazemos os
mesmos passos de antes para escrevê-la como pequenos planos de circulação.
Note que os planos são inclinados (não estão sobre um dos planos coordenados),
como mostra a …gura a seguir.
7
que representa uma derivada com relação a uma área.
Dessa forma, temos que: