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III WORKSHOP TECNOLÓGICO

FATEC - MAUÁ

Qualidade de Software - Introdução ao CMMI

Palestrante: Marcos Roberto e Silva


Maio/2005
O Histórico do CMMI
Em 1984 o Departamento de Defesa Americano (DoD) patrocinou a
fundação do SEI (Software Engineering Institute), ligado a Carnegie
Mellon University, com o objetivo de determinar um padrão de qualidade
para o software desenvolvido para as forças armadas.
Em 1987 é lançado o primeiro relatório técnico do denominado modelo
de maturidade de software, o qual evoluiu ao longo dos anos até o atual
CMMI (Capability Maturity Model Integration).

CMM TR V.1.0 V.1.1 CMMI I

1985 1990 1995 2000


Maio/2005 III Workshop Tecnológico - FATEC - Mauá
CMMI

Fornece um conjunto das melhores práticas


para melhorar a capacidade das organizações
em controlar o desenvolvimento, aquisição e
manutenção dos seus produtos e serviços e
adquirir o máximo de eficiência, produtividade
e satisfação de seus clientes.

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Premissa básica

A qualidade de um sistema de software


é altamente influenciada pela qualidade
do processo usado para adquirir,
desenvolver e manter este software.

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Processo de Software
É um conjunto de atividades, métodos, práticas e transformações ,
utilizadas pelas pessoas para desenvolver e manter o software e
seus produtos relacionados. (SEI)

PROCESSO
Métodos e
Procedimentos
Pessoas, motivação
e treinamento

Equipamentos e Ferramentas
Fonte: PAULK
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A Estrutura do CMMI
 O CMMI envolve as seguintes áreas:

• SW – Software Engineering
 Engenharia de Software

• SE – Systems Engineering
 Engenharia de Sistemas

• IPPD - Integrated Product and Process Development


 Desenvolvimento Integrado do Processo e Produto

• SS - Supplier Sourcing
 Gerenciamento de Fornecedores

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CMMI - Representações
Possui duas representações:

• Por estágio (Staged) que fornece uma abordagem


passo a passo para a melhoria dos processos ad
hoc se tornarem mais previsíveis, mais eficazes, e
controlados, enfim focaliza a maturidade dos
processos.

• Contínua (Continuous) que permite que a


organização focalize a capacitação dentro das
áreas de processo para maximizar os benefícios da
melhoria para a organização.

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Comparativo entre as representações
Contínua Por Estágio

Flexibilidade em ordenar as melhorias que Fornece uma comprovada seqüência das


melhor atendam aos objetivos do negócio da melhorias, as quais se iniciam com as práticas
empresa básicas de gerenciamento e evoluem através de
um caminho predefinido de níveis sucessivos,
cada um servindo como base para o próximo
nível
Possibilita avaliar a evolução das melhorias Possibilita avaliar a evolução das melhorias
através da capacitação da área de processo através dos níveis de maturidade da
organização
Fornece uma migração fácil do padrão EIA/IS Fornece uma migração fácil do modelo SW-CMM
731 para o CMMI para o CMMI

Fácil comparação com a ISO/IEC 15504, devido Possibilita a comparação entre diversas
as áreas de processos serem similares empresas (benchmarking)

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CMMI - Estrutura (Representação por Estágio)
Níveis de Maturidade

Á
Á
Área de Processo 1

Objetivos Específicos Objetivos Genéricos

Práticas Específicas

Habilidades em Compromissos Diretrizes P/ Verificações da


Executar em Executar Implementação Implementação

Práticas Genéricas
Maio/2005 III Workshop Tecnológico - FATEC - Mauá Fonte: CÔRTES/CHIOSSI
A Institucionalização
Institucionalização implica em dizer que
o processo está engrenado no meio do
trabalho que está sendo executado.

A institucionalização é um aspecto
crítico de melhoria de processo e é um
conceito importante dentro de cada
nível de maturidade.

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Áreas de Processo

São grupos práticas relacionadas a uma


área, as quais quando executadas
coletivamente, satisfazem um conjunto de
objetivos considerados importantes para a
melhoria significativa na área.

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Objetivos Específicos

Se aplicam a uma área de processo e


endereçam as características únicas que
descrevem o que deve ser
implementado para satisfazer a área de
processo.

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Práticas Específicas

São atividades consideradas importantes


para alcançar o objetivo específico a que
a prática está relacionada, dentro de uma
área de processo.

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Práticas Específicas - Nível 2
Área de Processo : Gerência de Requisitos

SP. 2.1 - Obter o entendimento dos requisitos


SP. 2.2 - Estabelecer o comprometimento sobre os requisitos
SP. 2.3 - Gerenciar as mudanças de requisitos
SP. 2.4 - Mantêr rastreabilidade dos requisitos
SP. 2.5 - Obter as inconsistências entre o projeto e requisitos

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Objetivos Genéricos

São denominados genéricos porque a mesma


declaração aparece em várias áreas de
processos. Atingir um objetivo genérico em
uma área de processo significa melhoria no
controle, planejamento e exeçução dos
processos associados a área.

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Práticas Genéricas
Práticas genéricas provêem a institucionalização
para assegurar que os processos associados a
área de processo serão eficientes, repetíveis e
duráveis. Práticas genéricas segue o objetivo
genérico e são agrupados pelas características
comuns:
• Habilidade de executar
• Compromisso de executar
• Diretrizes de implementação
• Verificações da implementação

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Práticas Genéricas - Nível 2
GP. 2.1 - Estabelecer uma Política Organizacional
GP. 2.2 - Planejar o Processo
GP. 2.3 - Prover Recursos para a Execução do Processo
GP. 2.4 - Definir e Atribuir Responsabilidades
GP. 2.5 - Treinar Pessoas para a Execução do Processo
GP. 2.6 - Gerenciar Configurações e Versões
GP. 2.7 - Identificar e Envolver Stakeholders relevantes
GP. 2.8 - Monitorar e Controlar o Processo
GP. 2.9 - Avaliar a Aderência Objetivamente
GP. 2.10 - Revisar o Status com a Alta Gerência

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CMMI - Níveis de Maturidade de Representação por Estágio

5
4 Otimizado

Gerenciado
3 Quantitativamente
Definido
2
Gerenciado
1
Inicial

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CMMI - Níveis de Maturidade Representação por Estágio

 Nível 1 (Inicial)
Os processos são normalmente ad hoc e caóticos. A
organização normalmente não fornece um ambiente estável. O
êxito nestas organizações depende da competência e nével
heróico das pessoas na empresa e não no uso comprovado de
processos. Apesar deste ambiente caótico as empresas que se
encontram neste nível de maturidade podem produzir
produtos e serviços que funcionem; entretanto, eles
freqüentemente excedem o custo e prazos de seus projetos.

Fonte: PAULK
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CMMI - Níveis de Maturidade Representação por Estágio

 Nível 2 (Gerenciado)
Uma organização alcançou todas as metas genéricas e
específicas das áreas de processo do nível 2 de maturidade, ou
seja, os projetos da organização asseguraram que requisitos são
gerenciados e que processos são planejados, executados,
medidos e controlados.

Fonte: PAULK
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Áreas Chaves de Processo (KPAs) do Nível 2
Representação por Estágios

 Gerência de Requisitos
 Planejamento de Projetos
 Monitoração e Controle de Projeto
 Gerência de Contratos com Fornecedores
 Medida e Análise
 Garantia da Qualidade de Produto e Processo
 Gerência de Configuração

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CMMI - Níveis de Maturidade Representação por Estágio

 Nível 3 (Definido)
Uma organização alcançou todas as metas genéricas e específicas
das áreas de processo designadas para os níveis de maturidade 2 e
3. Em nível de maturidade 3, os processos estão bem
caracterizados e entendidos, estão descritos em padrões,
procedimentos, ferramentas e métodos.

Fonte: PAULK

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Áreas Chaves de Processo (KPAs) do Nível 3
Representação por Estágios
 Foco no Processo da Organização
 Foco na Definição do Processo da Organização
 Treinamento Organizacional
 Gerência de Integração de Projetos
 Gerência de Integração de Fornecedor
 Gerência de Risco
 Desenvolvimento de Requisitos
 Solução Técnica
 Integração do Produto
 Verificação
 Validação
 Análise de Decisão de Resolução
 Integração de Times
 Ambiente Organizacional para Integração

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CMMI - Níveis de Maturidade Representação por Estágio

 Nível 4 (Gerenciado quantitativamente)


Uma organização alcançou todas as metas específicas das áreas
de processo designadas para os níveis de maturidade 2, 3, e 4 e
as metas genéricas designadas para os níveis de maturidade 2 e
3. São selecionados sub-processos que apresentem de forma
significativa o aumento de desempenho dos processos. Estes
sub-processos selecionados são medidos através do uso de
estatísticas e outras técnicas quantitativas.

Fonte: PAULK
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Áreas Chaves de Processo (KPAs) do Nível 4
Representação por Estágios

 Inovação e Melhoria da Organização

 Desempenho do Processo da Organização

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CMMI - Níveis de Maturidade Representação por Estágio

 Nível 5 (Optimizado)
Uma organização alcançou todas as metas específicas das áreas
de processo designadas para os níveis de maturidade 2, 3, 4, e
5 e as metas genéricas designadas para os níveis de maturidade
para 2 e 3. Os processos são continuamente melhorados tendo
como base o entendimento quantitativo das causas comuns de
variação inerentes ao processo.

Fonte: PAULK
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Áreas Chaves de Processo (KPAs) do Nível 5
Representação por Estágios

 Inovação e Melhoria da Organização

 Análise Causal e Resolução

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Representação Contínua - Organização

Áreas de Processos

• Gerenciamento do processo
• Gerenciamento do projeto
• Engenharia
• Suporte

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MMI - Níveis de Capacitação - Representação Continua

5 - Otimizado
4 - Gerenciado Quantitativamente
3 - Definido
2 - Gerenciado
1 - Executado
0 - Incompleto

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CMMI - Níveis de Capacitação Representação Continua

 Nível 0 (Incompleto)
• É um processo que não é executado, ou é executado
parcialmente. Uma ou mais metas específicas da área de
processo não são satisfeitas

 Nível 1 (Definido)
• Um processo executado é um processo que satisfaz as metas
específicas da área de processo. Suporta e capacita o
trabalho necessário para produzir produto do trabalho com
saídas identificadas usando entradas identificadas

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CMMI - Níveis de Capacitação Representação Continua

 Nível 2 (Gerenciado)
• É um processo executado (nível 1) e que também é planejado
e executado de acordo com a política e o emprego de pessoas
habilidosas as quais tendo recursos adequados podem produzir
saídas controladas, envolve os Stakeholders; é monitorado, é
controlado, é revisado; e é avaliado sua aderência à descrição de
processo

 Nível 3 (Definido)
• É um processo gerenciado (nível 2) que é amarrado ao
conjunto de padrões de processos da organização de acordo
com as diretrizes de normas da empresa, e contribui com o seu
produto de trabalho, com medidas e outras informações de
melhoria dos processos para o conjunto de processos da
empresa
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CMMI - Níveis de Capacitação Representação Continua

 Nível 4 (Gerenciado Quantitativamente)


• É um processo definido (nível 3) que é controlado usando e
técnicas estatísticas e outras técnicas quantitativas. Os objetivos
quantitativos para qualidade e desempenho de processo são
estabelecidos e são usados como critério no gerenciamento do
processo. A qualidade e desempenho de processo são
entendidos em termos estatísticos e são gerenciados por todo o
tempo de vida do processo

 Nível 5 (Otimizado)
• É um processo quantitativamente administrado (nível de 4)
que é mudado e adaptado para ir de encontro com os objetivos
correntes, relevantes e projetados do negócio da empresa

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SCAMPI
 Para avaliar a implementação das práticas do
modelo CMMI, o SEI desenvolveu o método
SCAMPI (Standard CMMI Appraisal Method for
Process Improvement), ou método padrão CMMI
de avaliação de melhoria de processo

 Foi desenvolvido para possibilitar uma avaliação


dos níveis de qualidade relativos ao Modelo
CMMI

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Número de Organizações com Qualificação CMM Brasil

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Algumas empresas com Avaliação CMM no Brasil

 Nível 2  Nível 4
• CPqD • EDS (Rio de
• G&P Janeiro)
• HP do Brasil
• Politec São Paulo

 Nível 3  Nível 5
• EDS (São Paulo) • Tata Consultancy
• Ericson Services do Brasil
• IBM (CMMI) (Distrito Federal)
• Motorola
Fonte: MCT/SEPIN

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Referências Bibliográficas
CMMI Product Team. CMMISM for Systems Engineering/Software Engineering/IntegratedProduct and
Process Development/Supplier Sourcing, Version 1.1(CMMISE/SW/IPPD/SS,V1.1) Continuous
Representation. Pittsburgh.CMU/SEI-2002-TR-011.Disponível em
< http://www.sei.cmu.edu/publications/documents/02.reports/02tr011.html>

CMMI Product Team. CMMISM for Systems Engineering/Software Engineering/Integrated/Product and


Process Development/Supplier Sourcing, Version 1.1(CMMI-SE/SW/IPPD/SS,V1.1) Staged
Representation. Pittsburgh. CMU/SEI-2002-TR-012. Disponível em
<http://www.sei.cmu.edu/publications/documents/02.reports/02tr012.html>

CÔRTES, Mário Lúcio; CHIOSSI, Thelma C. dos Santos. Modelos de Qualidade de Software.
Campinas: Editora da Unicamp, 2001.

MCT/SEPIN. Qualificação CMM no Brasil. Brasília: MCT/SEPIN, 2004. Disponível em


<http://www.mct.gov.br/sepin/DSI/qualidad/CMM.htm>

PAULK, Mark C.; WEBER, Charles V.; CURTIS, Bill; CHRISSIS, Mary B. The capabilitymaturity
model: guidelines for improving the software process. Massachusetts: Addison-Wesley Publishing
Company, 1995

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