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Fichamento do texto: VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana.

INTRODUÇÃO pp-11

Estudo sistemático do bairro de Copacabana, se completando em outras


obras.
Autor viveu em copacabana de 1952 a 1970.
Estudo intensivo de um prédio no qual o autor viveu um ano e meio, com
cerca de 450 moradores. pp-12
Interesse inicial do autor: investigar o caráter ideológico da produção artística
da classe média Brasileira. pp-14
Pergunta básica nos questionários e entrevistas feitas pelo autor ao longo de seus
trabalhos em copacabana: “Por que veio morar em Copacabana?”. O autor tinha como
principal problema o crescimento imenso do bairro (final dos anos 60). pp-15
Quem eram os moradores do bairro, o que faziam, qual era sua ocupação. =
perguntas fundamentais do autor. pp-15
3 variáveis fundamentais neste livro: estratificação social, residência e ideologia. O
objetivo é estabelecer relações entre essas 3 variáveis. pp-15

O BAIRRO pp-16

Universo da pesquisa só incluiu adultos, pois estava interessado em pessoas que


decidiram onde morar. pp-22
Processo de transferência de moradores da Zona norte para a Zona sul. pp-22
Critérios que presidiram a opção de se deslocar e como eles se apresentaram?
Segundo a Revista de Engenharia do Estado da Guanabara: 98,8% das moradias de
Copacabana são apartamentos. pp-24
Quais símbolos puderam ser manipulados e de que forma podem apresentar-se? Se
referindo às potencialidades mobilizadas pelos anúncios e propagandas imobiliárias, que
conseguiam atrair muita gente para Copacabana. pp-24

Subáreas de Copacabana classificadas pelo autor: 1 - Nas proximidades do


Copacabana palace e na praça do lido, que é a parte de ocupação mais antiga,
caracterizada por ser bastante ocupada, tanto por bares, boates, restaurantes, etc… É o
centro da vida noturna de Copacabana. pp-25
Subárea 2 - Postos 4 e 5: região dos cinemas. pp-25
Subárea 3 - o autor incluiu o Leme: seria uma parte mais tranquila, porque o Leme
não é lugar de passagem e tampouco de comércio intenso, já que fica depois do túnel novo.
O autor inclui o Leme porque ele é contínuo a Copacabana, não havendo barreiras
significativas entre os bairros. pp-26
O PRÉDIO pp-29

Edifício Estrela, na rua Bolivar entre os postos 4 e 5. 10 andares com 16


apartamentos por andar mais cobertura. pp-29
São 450 habitantes no prédio, com uma média 2,75 por apartamento (que
têm 39 metros quadrados de área). pp-30
Problemas que ocorrem no Estrela: relacionados a elementos “marginais”,
como prostitutas, que “manchariam” a imagem do edifício. pp-34
Estigma e ambiguidade que carregam os moradores do Estrela e de outros
prédios de conjugados: por um lado, o prestígio social de morar em Copacabana,
digno de ostentação, por outro, uma certa vergonha por morar em um quitinete.
pp-37
Normalmente moradores vizinhos se dão mal, pois a probabilidade de
conflitos é maior, ainda mais levando em conta a situação do prédio (apartamentos
colados com paredes finas, apertados, etc…). pp-43-44
Meio de comunicação mais efetivo do Estrela: o rumor! ou boato. pp-44
Poucos habitantes do Estrele estabeleceram ou mantém amizades com
outros moradores, na sua maioria, os habitantes preservam relações antigas,
sobretudo familiares. pp-51
Também não recebem visitas com frequência, na verdade, geralmente são os
moradores do Estrela que saem de casa para encontrar seus amigos ou parentes.
pp-51
Visitas de moradores do Estrela no subúrbio são encaradas como
problemáticas, negativamente, mesmo que a distância não seja um grande
problema. O autor fala de uma tentativa de “apagar” o fato de terem morado lá.
pp-52
Apartamentos habitados por amigos, constituindo uma estratégia para morar
em Copacabana, que só é viabilizada com a junção de 2 ou mais orçamentos.
Porém, são relações estáveis, porque dependem de laços de amizade. pp-53
Hipótese: símbolos que expressam uma distribuição de poder dentro da
sociedade, como prestígio, status e uma determinada visão da sociedade comum ao
universo pequisado. Portante, são expressão de relações estruturais. pp-55
Símbolos e valores dessa sociedade estudada podem se expressar através
da cultura de massa, mas não são determinados/produtos por ela. pp-56

OS OUTROS MORADORES DO BAIRRO pp-57

142 questionários aplicados a moradores de Copacabana. A pergunta básica


foi a mesma feita no Estrela: Por que copacabana? pp-57
Preocupação em ter a visão de proprietários, inquilinos, saber há quanto
tempo a pessoa vivia no bairro, etc… para abranger o universo de pesquisa à
diversidade do bairro. pp-57
Assim como no Estrela, foram encontrados 40% de cariocas. pp-58
25% dos moradores do Estrela e 30% dos respondentes do questionário
vieram de outros Estados ou países diretamente para Copacabana. pp-59
Das pessoas que declararam onde residiam antes de morar em Copacabana
no questionário: 70% residiam em outros bairros do Rj, e 30% chegaram direto de
outros Estados ou países, sem etapas intermediárias no RJ. pp-60
Tijuca era o principal bairro predecessor tanto no Estrela (12%), quanto dos
moradores que responderam ao questionário (20%).

IDEOLOGIA E IMAGEM DA SOCIEDADE pp-65

O que pode haver em comum nas representações dos indivíduos do universo


de estudo, está vinculado a sua posição na estratificação social.
Ideologia como representações do universo. pp-66
Pesquisa da imagem de copacabana foi feita com 221 moradores e 30
moradores de outros bairros. pp-66
Que categorias apareciam com mais frequência quando se perguntava do
motivo de morar em copacabana?
Resultado das entrevista, que segundo o autor, possui um discurso comum
em suas grandes linhas: aparecem um número limitado de categorias que
chamou-se de unidades mínimas ideológicas. pp-78
1- Justificativa de permanência ou mudança para o bairro: existência de uma
hierarquia de bairros, onde Copacabana é vista como melhor (mais divertimentos,
mais modernas, mais serviços, do que outros bairros da Zona norte ou subúrbio por
exemplo). Algumas pessoas classificam as “qualidades” de copacabana como
coisas ruins: barulhenta, bagunça, promiscuidade, etc… pp-79
No universo pesquisado, moradores do Edifício Estrela, houve
homogeneidade quanto ao discurso que hierarquiza os bairros e coloca
Copacabana como superior, como um status social de que a pessoa está bem na
vida. Algumas pessoas preferiam morar em Copacabana num apartamento pequeno
do que viver numa casa grande em outro bairro. pp-80
Imagem social comum ao universo pesquisado, que é uma Sociedade
Estratificada, onde os estratos são parcialmente definidos mais ou menos pela
distribuição espacial. Ou seja, o lugar que se morar define o status dos indivíduos.
pp-81
Há uma mobilidade social quando se muda de bairro. pp-82
Camadas médias superiores, sobretudo famílias que já estão na zona sul há
muito tempo (pelo menos 2 gerações), corroboram para uma visão mais negativa de
Copacabana, se deslocando para outros bairros “mais tranquilos” da Zona sul, como
leblon e lagoa. pp-85

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