O documento resume um estudo sobre o bairro do Rio de Janeiro chamado Copacabana realizado pelo autor Gilberto Velho entre 1952 e 1970. O estudo incluiu questionários e entrevistas com moradores para entender quem eram eles, o que faziam e por que escolheram morar em Copacabana. As principais conclusões foram que a maioria veio de outros bairros do Rio buscando um status social maior, e que havia uma hierarquia comum entre os moradores onde Copacabana era vista como um bairro superior aos demais.
O documento resume um estudo sobre o bairro do Rio de Janeiro chamado Copacabana realizado pelo autor Gilberto Velho entre 1952 e 1970. O estudo incluiu questionários e entrevistas com moradores para entender quem eram eles, o que faziam e por que escolheram morar em Copacabana. As principais conclusões foram que a maioria veio de outros bairros do Rio buscando um status social maior, e que havia uma hierarquia comum entre os moradores onde Copacabana era vista como um bairro superior aos demais.
O documento resume um estudo sobre o bairro do Rio de Janeiro chamado Copacabana realizado pelo autor Gilberto Velho entre 1952 e 1970. O estudo incluiu questionários e entrevistas com moradores para entender quem eram eles, o que faziam e por que escolheram morar em Copacabana. As principais conclusões foram que a maioria veio de outros bairros do Rio buscando um status social maior, e que havia uma hierarquia comum entre os moradores onde Copacabana era vista como um bairro superior aos demais.
Fichamento do texto: VELHO, Gilberto. A Utopia Urbana.
INTRODUÇÃO pp-11
Estudo sistemático do bairro de Copacabana, se completando em outras
obras. Autor viveu em copacabana de 1952 a 1970. Estudo intensivo de um prédio no qual o autor viveu um ano e meio, com cerca de 450 moradores. pp-12 Interesse inicial do autor: investigar o caráter ideológico da produção artística da classe média Brasileira. pp-14 Pergunta básica nos questionários e entrevistas feitas pelo autor ao longo de seus trabalhos em copacabana: “Por que veio morar em Copacabana?”. O autor tinha como principal problema o crescimento imenso do bairro (final dos anos 60). pp-15 Quem eram os moradores do bairro, o que faziam, qual era sua ocupação. = perguntas fundamentais do autor. pp-15 3 variáveis fundamentais neste livro: estratificação social, residência e ideologia. O objetivo é estabelecer relações entre essas 3 variáveis. pp-15
O BAIRRO pp-16
Universo da pesquisa só incluiu adultos, pois estava interessado em pessoas que
decidiram onde morar. pp-22 Processo de transferência de moradores da Zona norte para a Zona sul. pp-22 Critérios que presidiram a opção de se deslocar e como eles se apresentaram? Segundo a Revista de Engenharia do Estado da Guanabara: 98,8% das moradias de Copacabana são apartamentos. pp-24 Quais símbolos puderam ser manipulados e de que forma podem apresentar-se? Se referindo às potencialidades mobilizadas pelos anúncios e propagandas imobiliárias, que conseguiam atrair muita gente para Copacabana. pp-24
Subáreas de Copacabana classificadas pelo autor: 1 - Nas proximidades do
Copacabana palace e na praça do lido, que é a parte de ocupação mais antiga, caracterizada por ser bastante ocupada, tanto por bares, boates, restaurantes, etc… É o centro da vida noturna de Copacabana. pp-25 Subárea 2 - Postos 4 e 5: região dos cinemas. pp-25 Subárea 3 - o autor incluiu o Leme: seria uma parte mais tranquila, porque o Leme não é lugar de passagem e tampouco de comércio intenso, já que fica depois do túnel novo. O autor inclui o Leme porque ele é contínuo a Copacabana, não havendo barreiras significativas entre os bairros. pp-26 O PRÉDIO pp-29
Edifício Estrela, na rua Bolivar entre os postos 4 e 5. 10 andares com 16
apartamentos por andar mais cobertura. pp-29 São 450 habitantes no prédio, com uma média 2,75 por apartamento (que têm 39 metros quadrados de área). pp-30 Problemas que ocorrem no Estrela: relacionados a elementos “marginais”, como prostitutas, que “manchariam” a imagem do edifício. pp-34 Estigma e ambiguidade que carregam os moradores do Estrela e de outros prédios de conjugados: por um lado, o prestígio social de morar em Copacabana, digno de ostentação, por outro, uma certa vergonha por morar em um quitinete. pp-37 Normalmente moradores vizinhos se dão mal, pois a probabilidade de conflitos é maior, ainda mais levando em conta a situação do prédio (apartamentos colados com paredes finas, apertados, etc…). pp-43-44 Meio de comunicação mais efetivo do Estrela: o rumor! ou boato. pp-44 Poucos habitantes do Estrele estabeleceram ou mantém amizades com outros moradores, na sua maioria, os habitantes preservam relações antigas, sobretudo familiares. pp-51 Também não recebem visitas com frequência, na verdade, geralmente são os moradores do Estrela que saem de casa para encontrar seus amigos ou parentes. pp-51 Visitas de moradores do Estrela no subúrbio são encaradas como problemáticas, negativamente, mesmo que a distância não seja um grande problema. O autor fala de uma tentativa de “apagar” o fato de terem morado lá. pp-52 Apartamentos habitados por amigos, constituindo uma estratégia para morar em Copacabana, que só é viabilizada com a junção de 2 ou mais orçamentos. Porém, são relações estáveis, porque dependem de laços de amizade. pp-53 Hipótese: símbolos que expressam uma distribuição de poder dentro da sociedade, como prestígio, status e uma determinada visão da sociedade comum ao universo pequisado. Portante, são expressão de relações estruturais. pp-55 Símbolos e valores dessa sociedade estudada podem se expressar através da cultura de massa, mas não são determinados/produtos por ela. pp-56
OS OUTROS MORADORES DO BAIRRO pp-57
142 questionários aplicados a moradores de Copacabana. A pergunta básica
foi a mesma feita no Estrela: Por que copacabana? pp-57 Preocupação em ter a visão de proprietários, inquilinos, saber há quanto tempo a pessoa vivia no bairro, etc… para abranger o universo de pesquisa à diversidade do bairro. pp-57 Assim como no Estrela, foram encontrados 40% de cariocas. pp-58 25% dos moradores do Estrela e 30% dos respondentes do questionário vieram de outros Estados ou países diretamente para Copacabana. pp-59 Das pessoas que declararam onde residiam antes de morar em Copacabana no questionário: 70% residiam em outros bairros do Rj, e 30% chegaram direto de outros Estados ou países, sem etapas intermediárias no RJ. pp-60 Tijuca era o principal bairro predecessor tanto no Estrela (12%), quanto dos moradores que responderam ao questionário (20%).
IDEOLOGIA E IMAGEM DA SOCIEDADE pp-65
O que pode haver em comum nas representações dos indivíduos do universo
de estudo, está vinculado a sua posição na estratificação social. Ideologia como representações do universo. pp-66 Pesquisa da imagem de copacabana foi feita com 221 moradores e 30 moradores de outros bairros. pp-66 Que categorias apareciam com mais frequência quando se perguntava do motivo de morar em copacabana? Resultado das entrevista, que segundo o autor, possui um discurso comum em suas grandes linhas: aparecem um número limitado de categorias que chamou-se de unidades mínimas ideológicas. pp-78 1- Justificativa de permanência ou mudança para o bairro: existência de uma hierarquia de bairros, onde Copacabana é vista como melhor (mais divertimentos, mais modernas, mais serviços, do que outros bairros da Zona norte ou subúrbio por exemplo). Algumas pessoas classificam as “qualidades” de copacabana como coisas ruins: barulhenta, bagunça, promiscuidade, etc… pp-79 No universo pesquisado, moradores do Edifício Estrela, houve homogeneidade quanto ao discurso que hierarquiza os bairros e coloca Copacabana como superior, como um status social de que a pessoa está bem na vida. Algumas pessoas preferiam morar em Copacabana num apartamento pequeno do que viver numa casa grande em outro bairro. pp-80 Imagem social comum ao universo pesquisado, que é uma Sociedade Estratificada, onde os estratos são parcialmente definidos mais ou menos pela distribuição espacial. Ou seja, o lugar que se morar define o status dos indivíduos. pp-81 Há uma mobilidade social quando se muda de bairro. pp-82 Camadas médias superiores, sobretudo famílias que já estão na zona sul há muito tempo (pelo menos 2 gerações), corroboram para uma visão mais negativa de Copacabana, se deslocando para outros bairros “mais tranquilos” da Zona sul, como leblon e lagoa. pp-85