Você está na página 1de 3

1.

Instrumentos Financeiros

Entende-se por instrumento financeiro a todo e qualquer contrato que gera


um activo financeiro para uma certa entidade enquanto, para a outra entidade dá
origem a um passivo financeiro ou instrumento de capital.

a) Activo financeiro: é todo o caixa (dinheiro) ou equivalente de caixa a ser


recebido em resultado de um contrato. Em geral, ele é recebido por meio de
dinheiro corrente, mas ainda pode ser oriundo de direitos contratuais, como
empréstimos, e mesmo ações de determinada empresa. Ainda são
considerados ativos os títulos representativos de capital de uma entidade.
b) Passivo financeiro: é o lado oposto ao activo financeiro; é todo o contrato
que gera a obrigação de pagar; um empréstimo; uma obrigação a pagar
terceiros. Ou seja, é uma obrigação via contrato a entregar um activo
financeiro para outra entidade que apresente potenciais condições
financeiras desfavoráveis.
c) Instrumento de capital: o instrumento de capital é uma espécie de passivo
financeiro. Sua particularidade está no fato de que ela ainda tenha
um resíduo dos ativos da empresa após a dedução de todos os seus
ativos. Ou seja, a parte favorecida durante a transação recebe uma fatia da
empresa que o cede, que podem ser, por exemplo, ações, quotas ou
equiparáveis;

De entre vários instrumentos financeiros que existem no mercado, destacam-se as


acções e as obrigações. Tanto as acções como as obrigações, são alternativas que
as entidades, sejam elas governamentais ou não, possuem para se financiar.

1.1 Obrigações

Quando um país (estado), uma entidade pública ou uma empresa (incluindo as


instituições financeiras) precisa de dinheiro, uma das formas de se financiar consiste
em emitir dívida, que posteriormente terá de reembolsar num determinado prazo
(data de maturidade do título).

Uma obrigação é um título de crédito emitido pelo Estado ou empresa para obter
dinheiro necessário para cumprir com os seus planos, geralmente para
investimento, onde a entidade que recebe o empréstimo concorda em pagar o juro e
o capital aos detentores do titulo. Quem investe em obrigações, está a emprestar
dinheiro a uma destas entidades e em contrapartida recebe um juro denominado
cupão numa data marcada. Quando uma obrigação é emitida pelo estado se chama
obrigação de tesouro.

1.1.1 Principais características das obrigações


Todas as obrigações têm os seguintes elementos básicos:
a) Valor nominal: é o valor da face do titulo de crédito, que em geral representa
a quantidade de dinheiro que a empresa toma emprestado e promete pagar
na data de vencimento;
b) Taxa de juro: é o custo do dinheiro emprestado expresso em forma
percentual. A taxa de juro se obtém dividindo o valor do juro (cupão), dividido
pelo valor nominal da obrigação. Em alguns casos, a taxa de juro é constante
e em outros caso a taxa de juro é flutuante, neste caso atrelada a outras
taxas do mercado.
c) Data de vencimento: É a data convencionada para o reembolso do capital

Para além dos 3 elementos básicos acima, as obrigações possuem cláusulas


especiais que visam proteger as partes de certos riscos, de entre as quais se
destacam:

 Cláusula de resgate antecipado: é uma cláusula no contrato que dá à


empresa emissora a possibilidade e o direito de recompra ou resgate
antecipado dos seus títulos, mediante o pagamento de um prémio de
resgate. A cláusula de resgate antecipado em obrigações e outros passivos
financeiros protege as entidades emissoras, em caso de uma baixa
repentina de taxas de juro do mercado, elas podem resgatar os titios antigos
e emitirem novos a uma taxa de juro mais baixa;
 Cláusula de conversão: é uma clausula que dá possibilidade de os
detentores dos títulos optarem por converte-los em acções ordinárias,
passando assim de obrigacionista para acionista da empresa.
 Clausula de indexação com o poder de compra: é uma cláusula que
associa o nível da taxa de juros ao índice de preço ao consumidor, podendo
subir quando o custo de vida sobe.

1.1.2 Avaliação de activos financeiros


O valor de qualquer activo financeiro (uma acção, uma obrigação, uma
operação de leasing, um aparamento… é sempre o valor presente dos fluxos
de caixa que o activo deve produzir

Você também pode gostar