1) O documento é uma réplica/impugnação à justificativa apresentada pelo executado Harry Potter em uma ação de execução de alimentos provisórios movida por Alvo Severo Potter.
2) A réplica argumenta que a justificativa do executado para deixar de pagar os alimentos fixados é descabida e de má-fé, uma vez que ele esperou vencer o prazo para pagar a primeira prestação para só então recorrer da decisão.
3) Também alega que a redução dos alimentos em sede de agravo de instrument
Descrição original:
Título original
Modelo Impugnacao Replica a Justificativa de Nao Pagamento Dos Alimentos
1) O documento é uma réplica/impugnação à justificativa apresentada pelo executado Harry Potter em uma ação de execução de alimentos provisórios movida por Alvo Severo Potter.
2) A réplica argumenta que a justificativa do executado para deixar de pagar os alimentos fixados é descabida e de má-fé, uma vez que ele esperou vencer o prazo para pagar a primeira prestação para só então recorrer da decisão.
3) Também alega que a redução dos alimentos em sede de agravo de instrument
1) O documento é uma réplica/impugnação à justificativa apresentada pelo executado Harry Potter em uma ação de execução de alimentos provisórios movida por Alvo Severo Potter.
2) A réplica argumenta que a justificativa do executado para deixar de pagar os alimentos fixados é descabida e de má-fé, uma vez que ele esperou vencer o prazo para pagar a primeira prestação para só então recorrer da decisão.
3) Também alega que a redução dos alimentos em sede de agravo de instrument
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA
COMARCA DE _______________/__
PROCESSO Nº __________________
"Alvo Severo Potter", já devidamente qualificada nos autos da presente execuçã o
de alimentos provisó rios, que move em desfavor de "Harry Potter", igualmente qualificado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por sua procuradora signatá ria devidamente constituída, apresentar RÉPLICA/IMPUGNAÇÃO À JUSTIFICATIVA aos fundamentos da petiçã o de fls. ____, nos seguintes termos: 1. DO DESCABIMENTO DA JUSTIFICATIVA APRESENTADA Inicialmente, pela simples leitura da justificativa do executado, o mesmo nega direito à menor, de receber a prestaçã o alimentícia fixada em 75% do salá rio mínimo em caso de desemprego, sob argumento de que a decisã o do agravo de instrumento sob o nú mero _________________ teria reduzido a verba alimentar ao patamar de 25% do salá rio mínimo nacional. Ocorre que sua justificativa nã o merece ser acolhida, pelos termos que se passará a expor. Inicialmente, é notó ria o efeito meramente protelató rio da justificativa do executado, uma vez que o Executado recebeu o mandado que fixou os alimentos provisó rios em 22 de dezembro de 2018 à serem pagos TODO DIA 10, sendo que o Executado, EM TOTAL COMODIDADE E MÁ -FÉ , esperou esvair-se o prazo para pagamento da primeira prestaçã o de alimentos para, somente apó s escoado este prazo, interpusesse recurso para minorar a verba alimentar. Em questõ es prá ticas, a dinâ mica dos acontecimentos transcorreu da seguinte forma: Assim sendo, percebe-se que o executado CONSCIENTEMENTE, DE FORMA MALICIOSA, DEIXOU VENCER A PRIMEIRA PRESTAÇÃ O DE ALIMENTOS, PARA SOMENTE APÓ S, PROTOCOLAR RECURSO. Ora, simples seria para todo e qualquer devedor de alimentos, deixar vencer- se inúmeras parcelas para após, recorrer da decisão, e depois, acaso os alimentos sejam reduzidos, beneficiar-se indevidamente requerendo efeitos retroativos da decisão, quando o acórdão sequer prevê tais efeitos. De total má -fé a atitude do executado, tanto é que nos documentos que instruem a sua justificativa, INEXISTEM ALIMENTOS QUITADOS DO MÊ S DE JANEIRO, mas tã o somente de fevereiro e março de 2019, porquanto em sede liminar os alimentos foram reduzidos a 25% do salá rio mínimo (decisã o liminar confirmada em acó rdã o julgado no dia 4/4/2019). NOTA-SE QUE O ACÓRDÃO NÃO PREVÊ EFEITOS RETROATIVOS: Ora, além de nã o pagar os alimentos na proporçã o que era devido, deixando o menor sem alimentos enquanto pendente recurso, o executado ainda requer benefício de nã o pagar de acordo com a decisã o, sendo que seu recurso foi feito somente apó s o vencimento da primeira parcela? Tal entendimento nã o merece subsistir. Assim nosso tribunal já decidiu anteriormente: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. RITO COERCITIVO DO ART. 733 DO CPC. JUSTIFICATIVA REJEITADA. EFEITO RETROATIVO À DECISÃO QUE REDUZIU A VERBA ALIMENTAR EM AÇÃO REVISIONAL. DESCABIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA INOCORRENTE. PAGAMENTO PARCIAL. PRISÃO CIVIL. CABIMENTO. ARGUMENTOS QUE NÃO AFASTAM A PRETENSÃO EXECUTÓRIA, A QUAL ESTÁ FUNDAMENTADA EM TÍTULO EXECUTIVO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA MANTIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70059295659, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 11/04/2014) (TJ-RS - AI: 70059295659 RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 11/04/2014, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 14/04/2014) (grifo meu) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO DE ALIMENTOS. EFEITO RETROATIVO Á DECISÃO QUE REDUZIU A VERBA ALIMENTAR. OMISSÃO VISUALIZADA. A redução da obrigação alimentar vigora a partir da decisão proferida e não retroage à data da citação. Embargos de declaração acolhidos, para sanar a omissão apontada. (Embargos de Declaração Nº 70052846193, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall\'Agnol, Julgado em 27/02/2013) EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. NOVA FIXAÇÃO POSTERIOR EM SEDE DE AÇÃO REVISIONAL. IRRELEVÂNCIA DA REDUÇÃO EM RELAÇÃO AO CRÉDITO ALIMENTAR VENCIDO. IRRETROATIVIDADE DA FIXAÇÃO. Mesmo que tenha sido redefinido o valor dos alimentos, o novo valor não retroage, pois, caso contrário, o alimentante seria estimulado a inadimplir o encargo durante a tramitação do processo, já que os alimentos, pela sua natureza, são irrepetíveis e incompensáveis. Recurso desprovido. (Agravo de Instrumento Nº 70035030337, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em 23/06/2010) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. REDUÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IRRETROATIVIDADE. A redução dos alimentos tem efeito ex nunc, não retroagindo para beneficiar eventual inadimplência do alimentante. Alimentos reduzidos em sede de agravo de instrumento, nos autos de ação revisional de alimentos ajuizada pelo alimentante, somente passam a vigorar a partir da data do decisum, para alcançar verba alimentar devida após esta data, sob pena de afronta ao princípio da irretroatividade dos alimentos. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70034610097, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 09/02/2010) Ora, o efeito que pretende o executado seja aplicado EX TUNC, não merece prosperar, pois o que deve ser aplicado ao caso é o efeito EX NUNC. VEJAMOS O VOTO DO EMINENTE DESEMBARGADOR SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES NO JULGAMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70028529907, VERBIS: “A regra de que a decisão que reduz alimentos não retroage se justifica pelo fato de que os alimentos se destinam a assegurar a subsistência da pessoa alimentada e supõe-se que, com tal desiderato, o valor tenha sido utilizado. Assim, mesmo que o valor tenha sido pago a maior, isto é, se superar ou a necessidade ou a possibilidade, ensejando a redução do quantum, ainda assim descabida se revelaria a restituição. É que a determinação de restituir valores certamente causaria privações ao beneficiário. No que tange à incompensabilidade e irrepetibilidade dos alimentos, aliás, a doutrina é indissonante. Portanto, uma vez definida a obrigação de prestar alimentos em oito salários mínimos, como ocorre no caso concreto, esse valor é devido até o momento em que foi alterada por nova decisão judicial, seja através de decisão interlocutória, seja através de sentença, homologando acordo ou julgando a ação, como ocorreu no presente caso. E mais: somente com o trânsito em julgado dessa nova decisão é que o novo valor passou a vigorar, pois o recurso de apelação, no caso, foi recebido em ambos os efeitos.”
SE NÃO BASTASSE TUDO ISSO, DEVE-SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO QUE A
SÚMULA CUJO QUAL O EXECUTADO REQUER SEJA APLICADA AO CASO (621 DO STJ) É PROVENIENTE DE EXECUÇÃO DOS ALIMENTOS DEFINITIVOS, NÃO SE APLICANDO AO CASO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS, COMO NO CASO EM APREÇO. Dessa forma, via de regra, os alimentos definitivos retroagem à data da citaçã o, nos termos do art. 13, § 2º, da Lei n 5.478/68, ao passo que os alimentos provisó rios sã o devidos a partir da data do arbitramento, até a sentença ou julgamento do recurso. Nesse sentido, colho dos ensinamentos de Maria Berenice Dias: Os alimentos provisórios são devidos durante o curso da demanda, até a sentença ou julgamento do recurso. Alterado o valor a qualquer tempo – para mais ou para menos –, o novo montante passa a vigorar para as prestações futuras. A modificação incidental do valor dos alimentos tem efeito ex nunc, ou seja, a partir da data da alteração. [...] Da eficácia retroativa só dispõem os alimentos definitivos, e isso a depender se houver aumento ou diminuição de valores. O tratamento diferenciado decorre do princípio da irrepetibilidade do encargo alimentar. Havendo redução, em qualquer momento, passa a vigorar o novo montante. A decisão tem eficácia ex nunc, ou seja, vale com relação às parcelas futuras. As prestações vencidas, ainda que impagas, continuam devidas pelo valor provisório. Somente quando fixados alimentos definitivos em valor maior do que a verba provisória é que terá de proceder ao pagamento das diferenças desde a data da citação. Há que se atender a um detalhe: como os alimentos provisórios vigem desde a data da fixação, e os definitivos retroagem à data da citação, havendo majoração do valor dos alimentos, a diferença alcança somente as parcelas vencidas a partir da citação. As prestações vencidas entre a fixação provisória e a citação permanecem devidas pelo valor fixado em sede liminar. (in: Manual de direito das famílias. 9. ed. São Paulo: RT, 2013. p. 591 – grifo nosso).
Assim, havendo minoraçã o da verba alimentar, o novo montante é devido somente
a partir da sua modificaçã o e nã o atinge as parcelas vencidas anteriormente. Nesse mesmo sentido é a recentíssima decisã o abaixo transcrita: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. DECISÃO AGRAVADA QUE REJEITOU A APLICAÇÃO RETROATIVA DA DECISÃO QUE REDUZIU A OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA E MANTEVE A PRISÃO CIVIL DO EXECUTADO. INSURGÊNCIA DO ALIMENTANTE/EXECUTADO PLEITEANDO O RECONHECIMENTO DO EFEITO RETROATIVO À DATA DA CITAÇÃO NA AÇÃO QUE RECONHECEU A OBRIGAÇÃO ALIMENTAR. INSUBSISTÊNCIA. ENCARGO REDUZIDO EM DECISÃO LIMINAR EM AÇÃO REVISIONAL. EFICÁCIA RETROATIVA QUE NÃO ATINGE O DÉBITO ANTERIOR À CITAÇÃO DO ALIMENTANDO NA DEMANDA REVISIONAL. EXEGESE DO ART. 13, § 2º, DA LEI N. 5.478/68 E DA SÚMULA 621 DO STJ. PRECEDENTES. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJ-SC - AI: 40267798520178240000 Brusque 4026779-85.2017.8.24.0000, Relator: André Luiz Dacol, Data de Julgamento: 12/03/2019, Sexta Câmara de Direito Civil)
Datíssima vênia de entendimentos contrários, reconhecer o efeito retroativo
da redução dos alimentos resultaria em beneficiar o alimentante inadimplente, permitindo que este pague o valor reduzido da dívida, o que não pode ser admitido. Ora, decidir-se pela retroatividade da questã o com efeito ex tunc é o mesmo que ferir diretamente a segurança jurídica dos alimentos devidos à menor. E assim já citou a Ilustríssima Ana Beatriz Ferreira Rabello Presgrave, membro da Comissã o de Processo Civil do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), em comentá rios feitos à Sumula 621 do STJ: “Considerando que a segurança jurídica é um dos pilares do Estado Democrá tico de Direito e que se encontra assegurada no caput do art. 5º, CF, entendo que uma leitura constitucionalmente adequada do art. 13, § 2º, da Lei de Alimentos (que data de 1968), impede que haja a plena retroatividade dos efeitos da decisã o que majora, diminui o valor ou exonera o devedor de alimentos” Assim sendo, a justificativa apresentada pelo executado merece ser afastada, sendo decretada a sua prisã o civil, tendo em vista o nã o pagamento do débito alimentar de janeiro de 2019, que atualmente, perfazem o montante de R$ 787,62, que devem ser acrescidos das custas e honorá rios advocatícios requeridos em exordial. b) DO NÃO PAGAMENTO DO VALOR INCONTROVERSO Excelência, na remota hipó tese de nã o serem acolhidos os argumentos jurídicos verdadeiros acima narrados, o que se admite somente por hipó tese e esgotamento da defesa, necessá rio chamarmos a atençã o ao fato de que o executado tentou justificar o nã o pagamento da prestaçã o vencida em janeiro de 2019 sob argumento de que a verba alimentar foi reduzida de 75% para 25% com efeito ex tunc (o que demonstrou-se ser inverídico). Porém, ainda que para o executado nã o seja devido 75% do salá rio mínimo nacional, mas sim apenas 25% do salá rio mínimo, certo é que ele mesmo aponta como valor incontroverso da dívida o percentual de 25% do salá rio mínimo nacional, sem SEQUER PAGAR TAL PRESTAÇÃ O, e o que é pior, requer mais prazo para pagamento, o que é uma verdadeira aberraçã o jurídica (pedido juridicamente impossível). ASSIM SENDO, DIANTE DA INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO DA PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA DE JANEIRO DE 2019, NEM MESMO PELO VALOR INCONTROVERSO DA DÍVIDA, REQUER SEJA A PRISÃO CIVIL DO EXECUTADO DECRETADA DE IMEDIATO! 2. CONCLUSÃO Face o exposto, requer seja afastada a justificativa do executado, decretando-se a prisã o civil do mesmo, com o reconhecimento da dívida alimentar em 75% do salá rio mínimo nacional, que conforme atualizaçã o monetá ria e juros, corresponde a uma dívida atual de R$ 787,62 (que deve ser acrescida de custas e honorá rios advocatícios) com a procedência da execuçã o provisó ria ora intentada, em sua integralidade. Alternativamente, apenas no caso do entendimento de Vossa Excelência ser diverso do que fora defendido aqui na presente impugnaçã o no item “1”, alínea a, requer seja decretada a prisã o civil do executado, com o reconhecimento da dívida alimentar em 25% do salá rio mínimo nacional, que conforme atualizaçã o monetá ria e juros, corresponde a uma dívida atual de R$ 262,54 (que deve ser acrescida de custas e honorá rios advocatícios); Termos em que pede e espera deferimento. DATA, CIDADE. ADVOGADO - OAB (cá lculo do valor atualizado da dívida em anexo) Peça criada pela Autora Kizi Caroline Marques Castilhos Roloff, advogada inscrita na OAB/RS sob o nº 109.785, criadora do Iuris Petiçõ es.