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1) QUESTÃO DISSERTATIVA 60 LINHAS

Enunciado –DIREITO TRIBUTÁRIO – DISSERTATIVA

João Clementino, pecuarista do município de General Carneiro, no Mato Grosso,


vendeu todos os seus bens e mudou-se em janeiro de 2012, para o Distrito Federal com
sua família. A partir de janeiro de 2013 dedicou-se à atividade de prestação de serviços de
construção civil, alugando um espaço no município e ali estabelecendo sua construtora.
Obteve rápido sucesso financeiro. Devido à atividade de prestação de serviços de
construção civil, sua construtora também foi obrigada a se inscrever perante a Secretaria
de Fazenda do Distrito Federal, e, com isso, passou a ter inscrição distrital e ficou sujeita
às obrigações acessórias pertinentes à legislação do ICMS, entre as quais a escrituração
das Notas Fiscais de compras de máquinas, equipamentos, insumos e outros materiais no
Livro Registro de Entradas, o qual não é exigido pela legislação do ISSQN. João Clementino
adquiriu dois imóveis residenciais no perímetro urbano do Distrito Federal, o primeiro em
dezembro de 2013 e o segundo em fevereiro de 2014. Não pagou o IPTU dos imóveis após
sua aquisição, apesar de anualmente ter recebido as notificações de lançamento, sempre
no início do mês de janeiro de cada ano-calendário, com vencimento para o último dia do
mesmo mês da notificação, assim como várias outras notificações de cobrança de caráter
administrativo. Todos os débitos foram inscritos em dívida ativa até o último dia útil do
segundo mês posterior ao do vencimento de cada débito. (O que dava condição para
interposição de ações de execução por parte da Procuradoria Geral do Distrito Federal).
Até a presente data não há notícia de qualquer ação de execução relativa aos débitos de
IPTU dos imóveis adquiridos por Clementino. Em 20 de junho de 2019 (quinta-feira) a
construtora de Clementino sofreu oficialmente a visita da fiscalização do Distrito Federal,
sendo, na mesma data, lavrado o competente Termo de Início de Fiscalização e expedida
notificação para apresentação de documentos e livros fiscais referentes aos últimos cinco
anos de atividade. O contador de Clementino, sabendo que em alguns períodos, de forma
intencional, não haviam sido emitidas diversas notas fiscais de operações tributadas pelo
ISSQN apressou-se, logo no dia seguinte à visita oficial dos fiscais (21 de junho de 2019),
em ir ao banco recolher o ISSQN originalmente devido, acrescido de juros de mora,
referente aos serviços prestados em que não foram emitidas as respectivas notas fiscais
de serviços. Ato contínuo, o contador atendeu à notificação do fiscal, entregando os
documentos e os livros fiscais solicitados, assim como as guias de pagamento dos ISSQN
extemporaneamente liquidados junto ao banco. O procedimento fiscalizatório encerrou-se
em 12 de setembro de 2019 (quinta-feira) com notificação pessoal, ao Representante legal
da Construtora, da lavratura de auto de infração acusando-o de: a. Não emissão das notas
fiscais de prestação de serviços de construção civil no período de 01 de julho a 31 de

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dezembro de 2014 e de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2015, ocasionando o não
pagamento do ISSQN no período considerado. O auto de infração neste item exige imposto,
multa de caráter punitivo e juros de mora; b. Não registro no livro de Entradas de uma
máquina de terraplanagem adquirida em dezembro de 2016. O auto de infração neste item
exige somente multa punitiva, não havendo exigência de imposto. Clementino, após a
notificação da lavratura do auto de infração contra a sua construtora, resolveu quitar todos
os débitos em aberto de IPTU relativos aos seus imóveis residenciais, com todos os
encargos devidos. Ao dirigir- se, em 13 de setembro de 2019 (sexta-feira), ao órgão
municipal de cobrança, viu frustrado seu intento, pois fora oficialmente informado de que
o pagamento só poderia ser aceito pelo Distrito Federal se o débito fiscal constituído em
auto de infração lavrado e relativo ao ISSQN e multas de sua empresa fosse totalmente
liquidado. Com base nestas informações responda, de forma fundamentada, aos três
questionamentos a seguir, indicando, inclusive, os dispositivos legais respectivos.
1. O procedimento de lançamento do IPTU relativo aos imóveis residenciais de
Clementino foi de ofício ou por homologação? Após o reconhecimento de dívida de IPTU
por Clementino na sua tentativa frustrada de pagamento em 13 de setembro de 2019,
caberia, ainda, a interposição de ação de execução por parte do Distrito Federal cobrando
todos os débitos de IPTU em aberto relativos aos dois imóveis residenciais por ele
adquiridos? A recusa por parte do órgão público no recebimento do IPTU ensejaria a
possibilidade de Clementino interpor alguma medida judicial no sentido da liquidação do
débito de IPTU relativo aos seus imóveis residenciais?
2. Pode-se considerar como denúncia espontânea o pagamento dos débitos de ISSQN
efetuado pelo contador em 21 de junho de 2019? Tendo em vista que o fiscal atuante
tomou conhecimento deste pagamento antes do término do procedimento fiscalizatório, o
débito fiscal constituído pelo auto de infração em relação ao item a deveria levar em
consideração o montante já pago?
3. Tendo em vista que a notificação do auto de infração deu-se em 13 de setembro
de 2019, teria ocorrido decadência impeditiva da constituição do crédito tributário como
efetuado pelo fiscal atuante em relação ao item a do auto de infração?

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GRADE DE CORREÇÃO

ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Faixa de
Quesitos Avaliados Nota
valor
a) 1. a avaliação do domínio da modalidade escrita totalizará o número de erros (NE) do
candidato, considerando-se aspectos tais como: grafia, morfossintaxe e propriedade Número de
erros:
vocabular;

b) 2. Desenvolvimento do Tema

1. O procedimento de lançamento do IPTU relativo aos imóveis residenciais de


Clementino foi de ofício ou por homologação? Após o reconhecimento de dívida de IPTU
por Clementino na sua tentativa frustrada de pagamento em 13 de setembro de 2019,
caberia, ainda, a interposição de ação de execução por parte do Distrito Federal
0,00 a 2,00 1,40
cobrando todos os débitos de IPTU em aberto relativos aos dois imóveis residenciais por
ele adquiridos? A recusa por parte do órgão público no recebimento do IPTU ensejaria a
possibilidade de Clementino interpor alguma medida judicial no sentido da liquidação do
débito de IPTU relativo aos seus imóveis residenciais?

2. Pode-se considerar como denúncia espontânea o pagamento dos débitos de ISSQN


efetuado pelo contador em 21 de junho de 2019? Tendo em vista que o fiscal atuante
tomou conhecimento deste pagamento antes do término do procedimento fiscalizatório, 0,00 a 2,00 2,00
o débito fiscal constituído pelo auto de infração em relação ao item a deveria levar em
consideração o montante já pago?

3. Tendo em vista que a notificação do auto de infração deu-se em 13 de setembro de


2019, teria ocorrido decadência impeditiva da constituição do crédito tributário como
efetuado pelo fiscal atuante em relação ao item a do auto de infração? 0,00 a 1,00 1,00

ESPELHO

1. O procedimento de lançamento do IPTU relativo aos imóveis residenciais de


Clementino foi de ofício ou por homologação? Após o reconhecimento de dívida
de IPTU por Clementino na sua tentativa frustrada de pagamento em 13 de
setembro de 2019, caberia, ainda, a interposição de ação de execução por parte
do Distrito Federal cobrando todos os débitos de IPTU em aberto relativos aos
dois imóveis residenciais por ele adquiridos? A recusa por parte do órgão público
no recebimento do IPTU ensejaria a possibilidade de Clementino interpor alguma
medida judicial no sentido da liquidação do débito de IPTU relativo aos seus
imóveis residenciais?
1.1 - Lançamento de ofício (art.149, inciso I e 142 do CTN);
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade
administrativa nos seguintes casos:

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I - quando a lei assim o determine;

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o


crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento
administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação
correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação
da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e


obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

1.2- caberia para todos, menos o IPTU de 2014 relativo ao imóvel adquirido em
2013, por ocorrência do prazo de natureza prescricional do art. 174 do CTN. Não se aplica
a interrupção de prazo no caso do imóvel adquirido em 2013, conforme art.174, parágrafo
único, inciso IV do CTN, tendo em vista que já ocorrera a prescrição por volta de março de
2013.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco
anos, contados da data da sua constituição definitiva.

Parágrafo único. A prescrição se interrompe:

I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;

II - pelo protesto judicial;

III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em


reconhecimento do débito pelo devedor.

1.3- sim, seria possível a interposição da competente ação de consignação em


pagamento, conforme art. 164, I do CTN.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos:

I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro


tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

2. Pode-se considerar como denúncia espontânea o pagamento dos débitos de


ISSQN efetuado pelo contador em 21 de junho de 2019? Tendo em vista que o
fiscal atuante tomou conhecimento deste pagamento antes do término do
procedimento fiscalizatório, o débito fiscal constituído pelo auto de infração em
relação ao item a deveria levar em consideração o montante já pago?
2.1 - não pode ser considerado como denuncia espontânea, tendo em vista
que fora efetivado após o inicio do procedimento fiscalizatório em 20 de junho de
2019 (art.138, parágrafo único do CTN).
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de

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mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa,
quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após


o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização,
relacionados com a infração.

2.2 - sim, de acordo com o previsto no art.150, §2 e §3o do CTN, a obrigação


tributaria subsiste, porem, os valores pagos devem ser considerados na apuração do
saldo porventura devido.

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo
obrigado, expressamente a homologa.

§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue


o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento.

§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à


homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à
extinção total ou parcial do crédito.

§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados


na apuração do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposição de
penalidade, ou sua graduação.

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar
da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública
se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e
definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo,
fraude ou simulação.

3. Tendo em vista que a notificação do auto de infração deu-se em 13 de setembro


de 2019, teria ocorrido decadência impeditiva da constituição do crédito tributário
como efetuado pelo fiscal atuante em relação ao item a do auto de infração?

Tendo havido a intenção do Contribuinte em não emitir as notas fiscais,


ensejando falta de pagamento, teria ocorrido o dolo que remeteria a contagem do
prazo de decadencial para o art.173, I do CTN. Assim, os eventos infracionais
ocorridos em 2014 poderiam ser lançados de oficio em 31 de dezembro de 2019.
Outro motivo para não aplicação do art. 150, §4o e sim do art.173, I, ambos do CTN,
é o fato de ausência de atividade a ser homologada por tratar-se de não emissão de
notas fiscais de prestação de serviços tributados, ocasionando o não pagamento do
ISSQN no período considerado.

Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-


se após 5 (cinco) anos, contados:

I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia


ter sido efetuado;

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2) QUESTÃO 20 LINHAS

ENUNCIADO – LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

O contribuinte João Vicente do Nascimento, residente no Distrito


Federal, recebeu, em 10/02/2019, notificação de lançamento do Imposto sobre
a Propriedade de Veículo Automotor - IPVA, competência 2018, referente a
veículo automotor de sua propriedade.
No Lançamento em questão constavam, dentre outras, as seguintes
informações:

Identificação do Veículo: Micro-ônibus, placa XYZ 1234, Renavam 999999999.

Base de Cálculo: R$18.000,00.

O contribuinte não concorda com o lançamento de ofício efetuado, dado


que o micro-ônibus por ele adquirido, poucos dias após a compra, foi totalmente
adaptado para ser utilizado exclusivamente na atividade agrícola, em sua
propriedade rural, razão pela qual entende que o veículo se enquadra em
hipótese de isenção prevista na Legislação Distrital. O micro-ônibus teve todas
as suas poltronas definitivamente removidas e é utilizado para o transporte de
adubos e defensivos agrícolas da sede da propriedade até as lavouras onde são
aplicados e, eventualmente é utilizado para buscar esses adubos na indústria
fornecedora, localizada no Estado de Goiás.

Diante do caso hipotético apresentado, responda fundamentadamente os


itens a seguir:

a) O veículo em questão, nas circunstâncias apresentadas, enquadra-se na


hipótese de isenção prevista na Lei Distrital? Fundamente.
b) De qual prazo dispõe o contribuinte para apresentar a sua impugnação ao
lançamento? Após a decisão, quais recursos são cabíveis e qual o prazo para que
sejam interpostos?
c) Na hipótese de o imposto ser devido, qual o valor do imposto a recolher
referente a competência de 2018? É possível o parcelamento do débito? Em
quantas parcelas? (desconsidere a incidência de multas e juros).

GRADE DE CORREÇÃO

ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Faixa de
Quesitos Avaliados Nota
valor
a) 1. a avaliação do domínio da modalidade escrita totalizará o número de erros (NE) do
candidato, considerando-se aspectos tais como: grafia, morfossintaxe e propriedade Número de
erros:
vocabular;

b) 2. Desenvolvimento do Tema

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c) a) O veículo em questão, nas circunstâncias apresentadas, enquadra-se na hipótese de
isenção prevista na Lei Distrital? Fundamente. 0,00 a 0,80 0,50
d)

e) b) De qual prazo dispõe o contribuinte para apresentar a sua impugnação ao


lançamento? Após a decisão, quais recursos são cabíveis e qual o prazo para que sejam
0,00 a 0,85 0,85
interpostos?
f)

g) c) Na hipótese de o imposto ser devido, qual o valor do imposto a recolher referente a


competência de 2018? É possível o parcelamento do débito? Em quantas parcelas? 0,00 a 0,85 0,85
(desconsidere a incidência de multas e juros).

a) O veículo em questão, nas circunstâncias apresentadas, enquadra-se na


hipótese de isenção prevista na Lei Distrital? Fundamente.

O artigo 4º da Lei 7.431/85 assim dispõe:

Art. 4º. São isentos do pagamento do imposto:

I – os veículos e as máquinas empregados em serviços agrícolas, desde que


transitem apenas na propriedade em que são utilizados;

Logo, por ser eventualmente utilizado para buscar adubos na indústria fornecedora,
localizada no Estado de Goiás, o veículo não se enquadra na isenção prevista na Lei
7.431/85.

b) De qual prazo dispõe o contribuinte para apresentar a sua impugnação


ao lançamento? Após a decisão, quais recursos são cabíveis e qual o prazo
para que sejam interpostos?

O prazo é de 30 dias, nos termos do que estabelece a Lei 4.567/2011:

Art. 7º Os atos serão praticados no prazo de 30 (trinta) dias, salvo disposição


em contrário.

Art. 8º Os prazos para a prática de atos não correm contra o Fisco na


pendência do cumprimento de diligências ou intimações expedidas pela
autoridade fiscal.

Art. 9º Os prazos fixados nesta Lei serão contínuos, excluindo-se da sua


contagem o dia de início e incluindo-se o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente


normal no órgão em que tramite o processo ou em que deva ser praticado o
ato.

Contra a decisão de primeira instância cabe o recurso voluntário, por parte do sujeito
passivo. Podemos citar também o reexame necessário, a ser apresentado pela
autoridade julgadora. Ambos no prazo de 30 dias.

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Lei 4.567.2011:

Art. 51. Da decisão de primeira instância contrária ao sujeito passivo caberá


recurso voluntário, com efeito suspensivo, ao TARF, no prazo de até 30 (trinta)
dias contados da ciência.

Art. 52. A autoridade julgadora de primeira instância encaminhará os autos


para reexame neces-sário, no prazo de até 30 (trinta) dias, ao TARF, se a
decisão exonerar o sujeito passivo de crédito tributário de valor superior a
R$10.000,00 (dez mil reais), que será monetariamente atualizado na forma
da legislação específica.

Contra a decisão de segunda instância cabe recurso extraordinário, nos seguintes


casos:

Art. 97. Da decisão da Câmara desfavorável à Fazenda Pública ou ao


contribuinte em processo de jurisdição contenciosa, cabe recurso
extraordinário ao Pleno no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data da
publicação do acórdão, nas seguintes hipóteses:

I – quando a decisão não for unânime;

II – quando a decisão, proferida com o voto de desempate do Presidente, for


contrária à legislação ou à evidência dos autos;

III – quando a decisão, embora unânime, divergir de outras decisões das


Câmaras ou do Pleno do TARF quanto à interpretação do direito em tese, ou
deixar de apreciar matéria de fato ou de direito que lhe tiver sido submetida.

c) Na hipótese de o imposto ser devido, qual o valor do imposto a recolher


referente a competência de 2018? É possível o parcelamento do débito? Em
quantas parcelas? (desconsidere a incidência de multas e juros).

O art. 10 do regulamento do IPVA determina as alíquotas do imposto:


Art. 10. As alíquotas do IPVA, observado o disposto no § 3º, são:

I – para veículos terrestres, consoante a classificação e a definição do art. 96


e do Anexo I, ambos da Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 –
Código de Trânsito Brasileiro:

a) 1% (um por cento), para aqueles:

1) de carga com lotação acima de 2.000 kg, caminhões-tratores, microônibus,


ônibus e tratores de esteira, de rodas ou mistos;

...

Valor do imposto: 1% (R$ 18.000,00) R$ 180,00

Nos termos do Regulamento do imposto, o parcelamento poderá ocorrer em até 4


vezes, mas no caso em análise, para respeitar a parcela mínima de R$ 50,00, o
parcelamento será, no máximo, em três parcelas:

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Art. 17. O pagamento do imposto será efetuado em parcela única ou em até
04 parcelas mensais, nos prazos fixados pela Secretaria de Estado de
Fazenda.

§ 4º O valor de cada parcela referida neste artigo não poderá ser inferior a R$
50,00.

3) QUESTÃO 20 LINHAS

Enunciado – DIREITO FINANCEIRO

O orçamento público, entre outros aspectos, exprime a alocação dos recursos


públicos. Trata-se de um instrumento fundamental para a democracia, pois
confere, entre outras coisas, transparência à coisa pública.

Com base nessa informação e no que determina o Direito Financeiro, responda


os seguintes tópicos:

a) conceito e definição da Lei Orçamentária Anual; e,


b) definição do orçamento fiscal, do orçamento de investimento e do
orçamento da seguridade social.

GRADE DE CORREÇÃO

ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Faixa de
Quesitos Avaliados Nota
valor
h) 1. a avaliação do domínio da modalidade escrita totalizará o número de erros (NE) do
candidato, considerando-se aspectos tais como: grafia, morfossintaxe e propriedade Número de
erros:
vocabular;

i) 2. Desenvolvimento do Tema

j) a) conceito e definição da Lei Orçamentária Anual; 0,00 a 1,25 1,15


k) b) definição do orçamento fiscal, do orçamento de investimento e do orçamento da
0,00 a 1,25 1,25
seguridade social.

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ESPELHO

a) conceito e definição da Lei Orçamentária Anual;

A Lei Orçamentária Anual representa o orçamento propriamente dito. Resulta de


projeto iniciado pelo executivo e apreciado pelo legislativo. Nesse devem constar os
três orçamentos denominados: Orçamento Fiscal, de Investimento e da Seguridade
Social.

b) definição do orçamento fiscal, do orçamento de investimento e do


orçamento da seguridade social.

O orçamento fiscal refere-se ao orçamento dos poderes da união, de seus fundos e


de órgãos ligados à administração direta e indireta. O orçamento de Investimento,
por sua vez, refere-se ao orçamento das empresas públicas. E o Orçamento da
Seguridade Social, por fim, trata do orçamento referente a todos os órgãos e
entidades vinculados à Seguridade Social.

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