Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Organizadora
MODERNIDADE:
VANGUARDAS ARTÍSTICAS
NA AMÉRICA LATINA
Colaboradores
Aracy AMARAL
Néstor García CANCLINI
Rita EDER
Annateresa FABRIS
Adelaida de JÜAN
Mirko LAUER
Ivo MESQUITA
Nelly PERAZZO
Ida Rodriguez PRAMPOLINI
Nelly RICHARD
Beatriz SARLO
Jorge SCHWARTZ
MEMORIAL
1990
Copyright @ by Fundação Memorial da América Latina. 1990
Diretoria Executiva
Diretor-Presidente
MARIA ANGELICA TRAVOLO POPOUTCHI
D iretor do Centro Brasileiro de Estudos da Am érica Latina
ANTÔNIO MÁRCIO FERNANDES DA COSTA
Diretor de Atividades Culturais
JOSÉ FERNANDO DE CAMARGO SEVERINO
Diretor Administrativo e Financeiro
DOMINGOS FURGIONE FILHO
FUNDAÇAO TARA O DESENVOLVIMENTO DA UNESP
Diretoria
Editora UNESP
Apresentação .................................................................................. 9
Os surtos m odernistas................................................................... 13
A na Maria de M. BeUuzzo
Modernidad y mczcla cultural. El caso de Buenos Aires . . . . 31
Beatriz Sarlo
Máquinas y palabras: la sonrisa internacional hacia 1927 . . . 45
Mirko Latter
A questôo futurista no B r a sil...................... .............................. 67
A turnfere sa Fabris
0 expressionismo pela crítica de Mário de Andrade.
Mariátegui c Borges . . 81
Jorge Schwartz
Muralisme mexicano: modernidad e identidad cultural . . . . 99
Rita F.der
Vanguardias plásticas en Cuba y cl C a rib e........................... 121
Adelaida de Juan
Antecedentes del surrealismo en M é x ic o ................................... 133
Ida Rodriguez P nunpolini
1 -as vanguardias construct vas en la Argentina . . . . 157
N etty Perazzo
Modernidade c identidade: as duas Américas Latinas ou três.
fora do tem p o ....................................................... 171
Aracy Am aral
Ncovanguardia y postvnnguardia: el filo dc la sospecha . . 185
Nelly Richard
I.a modernidad después dc la posmodem idad ............... 201
Néstor Garcia Canclini
Manifestos c Declarações 1921-1959 ........................................ 239
1res Llnmamicntos de Oricntacion Actual a los Pintores y
Escultores de la Nueva Gcncracion Americana . . . 240
David Alfaro Siqueiros
Actual N- 1. Hoja de Vanguardia. Comprimido Estridcnfista 243
Manuel Maples Arce
Irradiacion Inaugural.............................. 249
Aprcscniaçáo da revista K laxon.......... 250
MArto de Andrade
MnniCicslo Estridentistn N- 2 . ... . 252
Manuel Majtles Aire. GenuAn I j ./ \ / . odor
Gallardo e axsmada j*elo grti/w Lsiridenn '
Manifesto dei Sindicato de Oberos. Técnico«. Pintores y
Escultores de México o Dcclaración Política. Social y Estética 254
David Alfaro Siqueiros
Manifesto da Poesia Pau-Brasil............................................... 257
Oswald de Andrade
Manifesto de Martin F ierro..................................................... 261
Oliverio Girondo
Manifesto Estridentista N- 3 .............................. .. 263
Salvador Gallardo. Guillermo Rubio. Adolfo Avila
Sânchez e A IdeguIdo Marline:
Am anta................................... .. . ...................................... 265
José Carlos Mariátegui
1927 Exposición de Arte N uevo............................................. 267
Manifesto Antropófago............................................................... 268
Oswald de Andrade
Por un Arte Revolucionário Indcpcndientc.......... ...................... 273
André Breton e Diego Rivera
Manifesto do III Salão de M aio................................................ 279
Flâvio de C ana lho
Afirmacioncs de A rturo............................................................... 282
Manifesto Invencionista.......................................................... 283
Grupo Arte Concreto-Invenciân
Manifesto Madí........................................................................... 285
Gyula Kosice
Manifesto B lanco...................................................................... 287
Lúcio Fontana
Manifesto Perccptista............................................................... 295
Raiil Lozza
Manifesto Ruptura.............................................
/.. Char, via. H' Cordeiro. G J* Liar, • . K Fejer.
/. Haar, L. SeKÜoUo e .4. W/advslaw
Manifesto Arte Generativo . .
F.duardo McFntyre, Ary lirizzi e Carlos Silva
Manifesto Rccfángulo................................................................. 300
Grupo Rectángulo
O O bjeto................................................................................... 302
Waldemar Cordeiro
Manifesto Ncoconcreto............................................................ 304
Ferreira Gullar
A n a M aria de M. Belluzzo
Lygia Clark
Riehe* Máquina
Alumínio, s. d.
1 RELI,A, Franco (org.). Fornie e pensiero dei moderno. Milano: FellrincIH, 1989,
p. 7.
( u Mirtos r.KxJcrnistas 15
Tarsila do Amaral
Central Railway
of Brazil. 1924
Flávio de
Carvalho
A Inferioridade
de Deus. 1931
Não devemos nos deixar levar pelas palavras presentes nos ma
nifestos. Entre cias c as práticas artísticas existem possivelmente
divergências. O cspfrito mudancista dos manifestos futuristas em
voga náo se traduz cm partidos visuais. Uma c outra exceção. Os
futurismos italiano c russo estiveram, isso sim, identificados entre
nós com a idéia de transformação social c revolução, que seduzia
boa parte da intelectualidade latino-americana. Associaram-se ain
da à pregação do novo e, senso comum, a todo e qualquer aspecto
inusitado. Seu contágio parece ter sido de caráter mais ideológico c
literário do que plástico. Klaxon, nome de uma das revistas moder
nistas de São Paulo, o estridcnti&mo, que intitula o movimento da
vanguarda mexicana, exemplificam a figura do mfdo, metáfora do
alarde da linguagem das vanguardas. Poucas telas traduzem o mo
vimento futurista, a afirmação técnica da cidade moderna. A G a
re (1925), São P aulo (1924), Estrada de F erro Central do Bra
sil (1924), de autoria de Tarsila, têm a clareza da sfntcse que pro
movem entre cidade e campo7.
Também a idéia de construção cm arte ecoou o desejo de cons
trução dc uma nova sociedade, quando sc desconhecia, entre críti
cos c artistas latino-americanos, o alcance da gramática visual ela
borada pelos construtivistas. O Oswald dc Andrade do Manifesto
Pau-lirasil denota melhor compreensão da idéia de construção cm
arte. Mário de Andrade, que soube reconhecer que o cubismo havia
propiciado a renovação dos artistas brasileiros dos inícios de 20,
nâo atinou com o alcance da especulação cubista. Ainda que dese
jasse ver o substrato cultural na forma c valorizasse a realidade
plástica do quadro, não admitia a abstração. Tarsila podia avaliar a
contribuição do movimento pelo aprendizado com André Lhotc,
Glcizcs e Fcmand Légcr, tendo sc referido a ele como “exercício
militar cubista”. Mas pôde ver, por seu intermédio, com o olhar dc
quem vê pela primeira vez, as linhas do passado brasileiro nas c i
dades antigas dc Minas, as cores puras c a arquitetura singela das
lembranças do interior. Afirmava que “o cubismo liberta porque
tem a vantagem dc ser uma escola da invenção”8. Mário de Andra
de ficaria mais próximo da ordem e do purismo do Esprit Nouveau.
No fim dos anos 20, ensaia algumas reflexões, aproximando a
'A M A R A !., A racy de A. Tarsila, sua obra e seu tempo. Sfio Paulo: Perspectiva/
Odusp. 1975.2 v.
8 T&ntb do Anura], a interessante artista brasileira, di-nos os suas impressões. Entre
vista «o Correio da M anM , 25 dci . 1923. In: AMARAL, Aracv dc A., op. cit., p.44!-3.
* H surtos modernistas 23
Aqui se delineia o que parece ter sido a visão inédita das van
guardas dos países latino-americanos. Quando a pintura já não
mais atua no domínio mimético, não se trata mais de configurar o
mundo c sim de rccriá-lo. Reduzidas as determinações da realida
de, a dimensão poética desvenda um tempo imaginário fora da mo
dernidade, anterior à história. O retomo ao tempo original reinven
ta o passado e revive o mito da criação, como mito da fundação c
da origem, como fundamento da arte.
A Negra (1923), A Cuca (1924), Abaporu (1928) são formu
lações mentais de Tarsila do Amaral, abstrações, onipotência do
pensamento que se realiza no quadro. Na unidade indivisível do
24 Ana Maria de M. Bcllu/.zo
Tardia do
\::;aral
Antropofagia.
1920
I *•CARVALHO, Flávio dc. Manifesto do III Saláo de Maio. Revista Anual do Saião
de Maio, dc 1939, publicado em: DAHER, Lun Carlos. Flávio de Carvalho e a volúpia
da forma. Sáo Paulo: KMWM, 1984, p. 89-90. LOURENÇO, Maria Cecília França. A
maioridade do moderno em Sdo Paulo, anos 30 e 40. Tese dc Doutorado FAU-USP, S5o
Paulo, inddita.
• 2 PERAZZO, Nelly. Fd arte concreto en la Argentina. Buenos Aires: Ed. Gagliano-
ne. 1983. MIX, Miguel Rojas. Huidobro y cl arte abstrato. Arte en Colombia, Bogotá,
23, p. 56-9,1983.
Os surtos modernistas 27
13 GULLAR, Ferreira. Arte concreta no liraiii. In: — . Etapas <!a arte contemporâ
nea, São Paulo: Nobel, 1985, p. 231-5. IRIARTE, Maii.t Elvira. 1’nmeras etapas de la
abstrnccidn cn Colombia. Arte en Colombia, Bogotá, 23, 1983. GULLAR, Ferreira.
Teoria do nlo-objcto. Plaqueta editada pelo suplemento domnucal do Jorna! do brasil,
como contribuição h II Exposição Ncoconcrcta, Rio de Janeiro, I960. Publicada cm:
AMARAL, Aracy de A. (orf.). Projeto cotutm tiw brasileiro na arte. São Paulo/Rio de
Janeiro, Pinacoteca do Estado/MAM, 1977,p. 114-33.
Os surtos modernistas 29
odernidad y inezcla
cultural.
El caso de Buenos Aires
lieatriz Sarlo
I F.l discurso cnvayístico dc ia dócada siguiente (endrá como uno de sus ejes esta
"monstruosidad" que emerge dc ta modemización y que. para sus autores, no habria si
do. en Ia cxpericncia curopca. ocompaàantc oNigado de la modemidad. Ezequicl Martí-
ner Estiada expone em Radiografia de ia Pampa 1933) sus críticas a una nación que no
lia respondido a las promesax y los sue rios dc ioi/oundingfaihers: la inmigración depo-
siíd en la Argentina sólo uiu imagen degradada dc Europa que ya había sido anticipada
por la conquista espaftola concebida conto \ jobción : Buenos Aires es una máscara que
M'Klcrnidad y mczcla cultural. El caso de Buenos Aires_______________33
Emilio
PettoruU
Quinteto. 1927
I ------------
pués, se fundirfct cn el peronismo.
24 Beatriz Sarlo
Modernidad y ru p tu ra
3 Para José Luís Ronicro cxia productividad dc Io urbano ly dc Ias élites urbanas; cs
uno dc los rasgos constitutivos de Ia tradicidn cultural c institucional latinoamcricona
Véasc: Latinoamérica:lasáudatlesyIasideas Mc\ieo: Siglo XXI. 1976
4 Véasc Puntode Vista. n. JO.jul. 198''
5 ADORNO, T W Teoria estética Madrid: Taurus, 1971. p M'
Modernidad y mezcla cultural. BI caso de Buenos Aires 35
9 BERMAN, Marshall. AU that is solLi melts into air. New Yoik: Simon and Schus
ter, 1982.
38 Beatriz Sarlo
JOVéase: Xul Solar: 1887-1953. Prólogo de Aldo Petlegrini. Paris: Musée d’Art
Moderne de la Ville dc Paris, 1977.
11 GIRONDO, Oliverio. Veùite poemas para ser letdos en el Iran via. In: — . Obras
completas. 2. cd. Buenos Aires: Í.osada, 1990; GONZÁLLZ TUNÓN, Radi. El violín
dei diablo. Buenos Aires: Glcizcr, 1926, y SUircoles de cenizt. Buenos Aires: Glcizcr,
1928; BORGES, Jorge Luis. Poemas (1922-1943). Buenos Aires: Losada, 1943;
ARLT, Roberto. El Jugnete raldoso. Los siele locos. Los larnaSamas y El amor brujo. In:
— . Obras completas. Buenos Aires: Carlos Lohle, 1981.
Modcrnidad y inezcla cultural. El caso dc Buenos Aires 39
Un ciludio exceJcnte «le tos usos sociales dc los sabercs paracientiikos pucilc en-
contrarie en: D.AKNTON. Robert Mear.ensmont! iht emi c f tfu erJighierurtenl in Fron
c< Cambridge, Mass.: Harvard Univcrsity Press. 1968 Sobre los uses sociales dc Lu
vcrstoncs oenliïkas. v in c tambu'n. MERRILL. Lynn The romance o f \idonctn nntu-
ralhistory New York/Oxford: Oxford Uruvenily Press. 1989
M'Hlcmidad y mc/cla cultural. Kl caso de Buenos Aires_______________ 43
áquinas y palabras:
la sonrisa
internacional hacia 1927
Mirko Lauer
Crítico do Aite c dc Literatura. Hnsaístn. Publicou,
entre outros. Szyszlo: indaftación y col/agc «1975».
Introducción a la pintura peruana dei siçlo
XX (1976). Crítica de la artesanía, plástica y so-
ciedad en los Andes peruanos -1982) e El sitio de
la literatura, eseniores y política en cl siçlo
XX (1989). 6 diretor da revista Hueso Húmero.
Vive c trabalha cm Lima.
46 Mirko Lauer
serafín dclniar -
se saca profundos juguetes dei alma
11.a narrativa contemporânea peruana cmpic/a cn cl realismo, cn los anos 30, y cr» la
plástica hay un trânsito eusi sin accidcntes dcl paisajismo regionalista dc comicnzos dc
siglo al mdigenismo pictórico lan/ado por Jo>é Sabogal cn 1919 (Laucr, 1976). Lo mis
próximo al vanguardismo cn Ia plástica fueron las primeras obras dc César Moro, mten-
samente influenciadas por el art nou.eau (Moro, 1990). El proyccto lusUÍrico dc Ia plás
tica en el reril está eslrcchamcntc vinculado con el gremulismo dentro dcl rediseno dcl
Estado.
Máquinas y palabras 47
6 Quizás los textos más conocidos cn castellano sobre este tema scan los poemas de
Rafael Alberti sobre Charles Chaplin, Harold Lloyd y Buster Keaton cn Yoera un tonto
y io que he visto me ha hecho dos tontos {1929), y entre nosotros los de Xavier Abril so
bre Chaplin, y cl dc Juan Parra del Riego sobre cl fulbolista Gratlin.
7 Jorge Basadre en 1928 revela una percepcidn particularmente aguda sobre la llcg.v
da de lo nuevo: "Bs la máquina lo que caracteriza la civilizacidn dcsdccl XIX. Nos6(o
invade Ia industria y la sociologia, la vida familiar y social, la relación entre los sexos:
repercute tsmbién cn el arte. En relación con este, la máquina ha creado el periodismo,
el fbnógrafo y la fotografia. El periodismo resulta meramente un nuevo gíncro literário,
aunque frente a la decadência dc la novela la reemplaza cn parte. El fonógrafo es más
subalterno aún: es la imprenta dc la música. La fotografia es la imprenta de la realidad
exterior; pero da lugar al cinema. ^El cinema scria pucs, cl arte nuevo?" (p. 44-5).
Máquinas y palabras 51
11 Sobre cl particular Quijano (1969) apunta que "es dcmostrablc quo cl movimiento
dc la modemidad se product.» cn cl s. XVII en America Latina al mismo tiempo queen
liuropa Micntras que cn Europa la modemidad ic difunde y florece abonada por
cl dcsarrollo del capitalismo, con todo lo que evo implica "para la produce ida dc bienes
uutcrialcs y para b s relaciones entre Ias gentes, ca America Latina, cspecialmcnte desde
cl áltimo tcrcio d el«. XVIII, ac va estabkcicndo una brecha ostensible entre, de un lado,
Lit ncccsidadcs ideológicas y sociales dc la modemidad, y dei otro, cl csiancamicnlo y
dc -.arliculacidn de becoooinfa mercantil, inclusive su reUoceso en cicrU* Ureas como los
andinas, con la coruccveacb de que pasen al primer plano dc Ia sociedad y dei poder los
sectores y elementos m is ligados a la dcsigualdad y a la axbilraricdad, al despotismo y al
ov:urantismo” (p. 14-15).
54 Mirko Lauer
13 Sobre este lema Franco Morctli »1986. p. 431 sostiene que "En cuanto a la Europa
tlci modernismo [modemism], esta es Iramnacional en otro sentido, como una constela-
i kín dc metrdpoiis: Piris, Pelrogradc. Berlfn. l.ondres. Zurich, Milán, Viena. Praga y
I... ta Dublin - cada una se convirtió. bajo el modernismo, en un arquétipo. En contraste
t»n las dos 'Europas* anteriores, esta cs un diseno puntuado. y cn consecuencia rnucho
In is abierto, que incorpora a Nucva York. a l-os Angeles. Buenos Aires. Por esta mLsma
M/dn cl modernismo sc ha vuelto, en el curso dc nuestrosiglo.el primer verdaderosis*
lema mundial dc la literatura".
60 Mirko Lauer
14 Esta discusidn recién la abre Walter Bcnjamin en Europa, a partir de sus visiones
i* • l‘..rfs cn los anos 10, escritas en los aios 30. Su dcvclamicnto dc las relaciones entre
i m e a y arte no será escrito hasta 1936.
62 Mirko Lauer
Referencias bibliográficas
MORO, César. 1990. Retrospectiva de la obra plástica (catálogo). Lima, Galerte L ’lma-
gmaire. 30 p.
M l'LLER-BBRGH, Klaus. 1982. El hotnbre >• h técnica: contribucidn al coaocitnicnto
ilc corricntcs vanguardistas hispanoamerícanas. Revista Iberoamericana, Pittsburg, n.
118/119, p. 149-76.
<>'HARA, Edgar. 1987. Alberto Hidalgo, hijo del arrebato. Revista de Crítica Uteraría
lat'uicxanericana, Lima, n. 26, p. 97-114.
( RECENDO DE AM AT, Carlos. 1927. Cinco metros de poemas. La que circula adn es
la de Edicioncs Copé, Lima, de los anos 80, edicidn facsimilar de la primera.
1’ARRA DEL RIEGO, Juan. 1943. Poesia. Montevideo: Biblioteca de Cultura Lrugua-
ya. 200 p.
SALAZAR BONDY, Augusto. 1965. Historia de las ideas en el Pení contemporâneo.
Lima: Francisco Moncloa Editores. 2 v.
SPENDER, Stephen. 1967. The modern as a vision of the whole. In: HOWE, Irving
(cd.). Literary modernism. Greenwich, Conn.: Fawcett« p. 50-8.
QL’IJANO, Anibal. 1989, Atodernidad, identidad y utopia. Lima: Socicdad y Política
Edicioncs. 70 p.
TROTSKY, Leon. 1973. Literatura yrewtucUfn. México: Juan Pablos Editor. 258 p. La
primera edicidn cs dc 1923, y el texto citado cs espccíficanicnte "E l futurismo y
Maiacowsky".
VALLEJO, César. 1922. Trice. Lima: Talleres Tipográficos dc la Penitcnciería. 121 p.
— . 1927. Contrael sccrcto profesional. In: VALLEJO, 1984, v. II, p. 120-3.
—. 1984. Crónicas. México: UNAM. 2 v., 456 y 664 p. Hay una seleccidn dc los textos
dedicados al Peril: La cultura peruana. Lima: Mosca Azul Editores, 1987.240 p.
WISE, David. 1984. Vanguard isrno a 3.800 metros de altura: el caso del Boletth Titica
ca. Revista de Crítica Uteraría Latinoamerkana, Lima, n. 20, p. 89-100.
Capa da revista
Klaxon,
1922
questão futurista no
Brasil
Annateresa Fabris
7 ANDRADE, O. de. Paul Port, prthcipe. Jornal do Comércio, Sáo Paulo, 9 jul.
1921; ANDRADE, NI. de. Convulcseeaça. Registado Brasil, Sâo Paulo, 92, p. 339, ago.
1923.
8 Sobre este assunto, vide; FABRIS, op. cit., v. 1 ,144-256.
9 Adaptação da idéia dc Marjorie Pcrloff, cm The futurist moment (Chicago: Univer
sity o f Cliicago Press, 1986, p. 35).
72 Annatcresa Fabris
lÓApud LARA, Cecília de. Klaxon & Terra Roxa e outras terras: dois periódicos
modernistas dc São Paulo. SSo Paulo: Instituto dc Estudos Brasileiros, 1972, p. 24.
17 AMARAL, A. Artes plásticas na Senuma de 22. S5o Paulo: Perspectiva, 1976, p.
137; GUELFI, op. ctt., p. 169; B r i t o , Ni. da Silva. O estrangeiro e a Semana dc Arte
Moderna. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 26 fcv. 1972.
\ i|iicstão futurista no Brasil 75
1*G de N. Cinema. Kkxon, São Paulo, 6, p. 14, 15 *t. 1922; CAPRICH. May
Kme-Kosinoi. Klaxon, I.p 14, !5maio 1922
A tiocsUk) futurista no Brasil 77
A reação dos modernistas à confluência do futurismo no fascismo ainda está para ser es
tudada, mas nio podemos concordar com o argumento dc Cecília de Lara (op. cit., p.
212), que vô neste fato a explicação paru a vontade de afirmação de uma linha não-fu tu
rista por parte dos klaxistas. O futurismo não cra “arte oficial” na Itália, como afirma a
autora, nem o fascismo se configurava ainda como movimento totalitário.
23Apud KOJFMAN, op. cit., p. 195; ANDRADE, M. de. Cartas a Manuel DatuUi-
ra. Rio de Janeiro: Ediçócs de Ouro, 1967, p. 135; ANDRADE, C. Diummond dc
(org.). A lição do amigo. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, p. 78.
24 FABRIS, A. O modernismo e o “ segundo futurismo” . O Estado de S.Paulo, 24
jan. 1987. Suplemento Cultura.
25 ARANHA, Ci. Marinetti c o futurismo. In :__ _ Obra completa. Rio dc Janeiro:
INL, I96S, p. 863-6. Para dados ulteriores sobre a visita de Marinetti ao Brasil, vide:
FABRIS, O "futurismo p a u l i s t a hipóteses para o estudo da chegada da vanguarda ao
Brasil, cit., v. II, p. 380-442.
A questão futurista no Brasil 79
expressionisnio pela
crítica de Mário de Andrade,
Mariátegui e Borges*
Jorge Schwartz
Ensaísta e professor associado de Literatura His
pano-americana na Universidade de Sáo Paulo.
Publicou, entre outros. Osuvld de Andrade ( 1980),
Murilo Rubião: a poética do uroboro (1981), Van
guarda e cosmopolitismo na década de 20: Oswald
de Andrade e Oliverio Girondo ( 1983) c Homenaje
a Girondo (1987). Vive e trabalha cm Sáo Paulo.
César Vallejo
5 lbid., p. 81.
6 ANDRADE, Mário do. MacunaUna. Paris/Sâo Paulo: Archivcs/CNPq, 1988, p.
384. Remetendo à Ic j c inédita dc Nitcs Thcrcsinha Feres, Aurora de arte século XX: a
modernidade e seus veículos de comunicação (Universidade dc S io Paulo. 1972). afirma
Gitda dc Mclto c Souza: "Por ocasião da chegada de Lasar Segail ao Brasil, Mário dc
Andrade já havia aprendido o alemáo c se familiarizado com o Expressionismo, como
provam o arligo 'Lasar Segail' cm A Idéia, 19(1924), c a presença cm sua biblioteca dos
números da revista Der Stunn dc abril a dezembro dc 1923 c março a junho de 1924.
Mário era também assinante da revista francesa Burope, dc que possuía uma coleção
ininterrupta, desde o primeiro número dc 1923 até 1929. Este periódico mantinha uma
seção permanente de notícias da Alemanha onde, sob a responsabilidade dc Kasimir
Edschmidt, comentava-sc sobretudo o movimento expressionista c sua evolução para o
verismo social", em "Vanguarda c nacionalismo da década dc 20” , cit., p. 81. Para ou
tras fontes expressionistas, ver: LOPEZ, Tclê Porto Ancona. Uma difícil conjugação.
In: ANDRADE, Mário de. Amar, verbo intransitivo. 10. cd. Belo Horizonte: Itatiaia,
1982. p. 9-44: Arlequim c modernidade. Revista do Instituto de Esttuios Brasileiros, 21,
p 8 4 -IDO. 1979.
() cxpressionismo pela crítica dc M. üc Andrade, Mariátegui e Borges 85
" LOPEZ, Tctó Porto Ancona. Uma difícil conjugação, cit.. p 14-5
8 Ver SCHMALENBAUM. Fritz. La palabra expresiotusmo Eco. p. 397. apo 1961.
9 MlCHELLl. Mario de Ia s vangiianlias artísticas dtlsiglo XX. Córdoba: Editorial
Universitária de Cdrdoba. 1968, p. 66.
86 Jorge Schwartz
Os waldo Cîoclili
Ameaça de Chuva. 1045
'14 BORGF.S, Jorge Luis. An autobiographical essay I n : — The aUph a rut other
stories. 1933-1969. New York: B. P Dutton, 1970. p 217. Alguns nnes antes. James E.
Irby, cm "F.ncuentro con Borges" (finista tie In L nivenidatl tie México, p 4. m»»o
1902). ru rrt o seguinte: "Borges sugere Whitman, um dos seus porta* predileto* Per
gunto-the quando o lera pela primeira vcz. Lie me drz que per 191". em Genebra. numa
vcrvSo alemã que dcrcobnu cm algum anuário expressionista ( ) Confessa que durante
muito tempo Whitman for para cie o cânon para julgar toda poesia: acreditava que
Whitman era. simplesmente, a Poesia"
ü cxpressionismo pela crítica de M. de Andrade, Mariátegui c Borges X9
Anita
Malfatti
Mário de
Andrade, 1921
15 Eléments pour une histoire de l'express ionisme en Amérique Latine, cit., p. 244
t<URBY,ib:d.,p <i.
90 Jorge Schwartz
sidido anteriormente r.a Itália c r.a F ran ça!'. O autor dos Sietc en-
sayos leve o raro privilégio de frequentar a galeria I>cr Sturm. tor
nando-se am igo de Herwarth Waíden. p r o l e t á r i o c diretor da
prestigiosa revista do mesmo nome Em 1927, justamente no mes
mo ano cm que Mário de Andrade introduz a revista Der Sturm no
romance Amar, verbo intransitivo, Mariátegui rememora, cm “ Der
Sturm c Herwarth Waíden” (ver p 93):
A galeria privada de Herwarth Waíden constitui um dos mais completos
museus de cultura moderna do mundo. Estio aJi representados insupera-
vclmcnte Archipciiko, Humberto Doccioni, Cario Carril, Marc Chagai!,
Mnx Hrmt, Albert Gleizes, Kamünsky, Paul Klee, Kokoschkn, Fernand
l.égcr, Gino Severini c o grande expressionista alemio Franz Marc. mor
to prematuramente faz alguns anos. Estes sâo os nomes por mim anota
dos quando visitei a galena de Waíden cm princípios de 1923.
Mariátegui conviveu intimamente, sem quulqucr preconceito,
com «quilo que havia de melhor na vanguarda internacional IR. Em
brenhou-se no teatro berlinense da época, c no cinema c na litera
tura expressionista 19. Após seu retom o a Lima. Mariátegui conti
nua recebendo Der Sturm c outras publicações alemãs. Em meio à
militância política ele encontra tempo para divulgar os trabalhos
das vanguardas c para escrever sobre seus autores expressionistas
prediletos, cspccialmente os romancistas da guerra; Erich Maria
Remarque, Andreas I-atzko, Emest Glac.vscr. Ludwig Renn, entre
outros Mariátegui chega a publicar cm Amauta uma colaboração
de Cicorgc Grosz, assim como uma breve peça teatral do próprio
Herwarth Walden20.
I ’ Ver N't; NU/. Ustuardo. La expeiiench ewroftea 4e José Cartas Manáttgti. Lima:
Annula, 19?#
18Por exemplo, após fa/er uma excelente descriçio do** princípio* niilistase anar-
q u n usd o dadaísmo. Mariátegui afirma, em 1924. no artigo *'Ulcxprcsionismo y cl da
daísmo" (rcpn àattôaem E Jartsu i yia ép o ca . Lima: Amauta, 19M ,p 6”): “N ioéacn-
teto. por estes morno*, enfadar-se dramaticamente contra o* dadaísu*. O fato de nio
con^rccndé-losnáoautonzaadcclará-losicucos Odaá... n w í m n fruto da época“
*QVer N Ü N 6Z . Lstuardo José Carlos Mariátegui y rJ cxprcsion.vmo alcmln In;
— M anàtrgta y la íteratum Lima: Amauta. 19SÔ. p 137-49
Na segundx ía«c de Amauta. a partir do décimo sétimo mimem 192' a mudança
de aspecto da revista foi dirctaxncntc influenciada pcWiSoati&inuh*MotunshtHr <lc Ber
lim. revista oficial do Partido Social Democrata. "A semelhança entre as du.a rcvalas
é surpreendente", aponta David O Wise, cm MM anitcgui'lAmniila 1926-19JC-. a
source for penman cultural history" {Revista Interamene ona tU Bibliogruffa. 29. p 303.
nota 34. Í9?9>
O cxprosionismo pela crítica de M. de Andrade. Mariátegui c Borges 91
94 Jorge Sc Invarl/.
* liquívaknlc a tompelcnua
** tin Anuwra 'Lim a, n. 11. p. I7,cno. I92M Itucrto José Carlo* Manátcgui m ver*
5KÍn espanoh de una breve pieza teatral de llcrwaiih Walden. titulada *'F.l último
amor"
«) cxprcssionismo pela crítica de M. de And rude, Mariátegui e Borges 95
l.asnr Scgall
Eternos
Caminhantes.
I9S9
Questões de arte*
M ário de Andrade
• Em Diário Nacional, São Paulo, 30 set. 1927. Agradeço a indicação a Tclô Porto
Ancona Lopez.
i >cxprcssionismo pela crítica de M. de Andrade, Mariátegui e Borges 97
uralismo mexicano:
modernidad e identidad
cultural
Rita lider
C r ític a c h is to ria d o ra d a A r te . P ro f e s s o r a d e A r te
L a tin o - A m e r ic a n a C o n te m p o râ n e a n a F a c u ld a d e
d e F ilo so fia c L e tra s d a U n iv e rsid a d e A u tô n o m a
d o M é x ico . P u b lic o u , e n tr e o u tr o s , Gironelta
( 1 9 8 1 ) e Dadó, documentos de arte te m c o la b o -
r a ç i o c o m Id a R o d ríg u e z P ra m p o lin ii. V iv e e t r a
b a lh a n o México.
100 Kita Eder
. I '■ ' Äc M
xk . 1 ondo dc Cullura lxondm:ca. 1987, t III. OROZCO. Jtwé Clemente Anautohto-
graphy Ausim: Univcniiyof Texas Press. I9n?
Murahvnw mexicano: modernidaü c identidad cultural 101
P ic p i
River.
M a in c m
M o sc o u
192^
2 Un buen resumen de la uctitud de los críiicos y artistas de lot Bundos Unidos frente
a los muralittas mexicanos antes y despais dei exprowinismo abstracio y visto desde cl
formalismo puede encontrar»« en: V a RNEDOR. K:rk. Abstract expressioomn. In:
Vnnvtr.ian in modem net New York: llie Muséum of Modem Art. 1984. v II. p bI5:
GOLDMAN, Shifm. Mexican art ni a tune o f change Austin: Texas Univcrsity Press.
1978 lîl estudio de Shifm Goldman incluyc la polie irin negativo de José Luis Cuevas y
Marta Traba frente al murolismo Tambiin ticnc un importante capítulo sobre cl mura-
. m o en k n Estados Untdos: READ. Herbert. La pnfura modernit Mexico. Bditonal
licrmct, 1964.p 8 En cl prefacio Kead explica las bases de su trabajo. a quién inclu>c o
cxcluye de la vision modema. Entre los cxcluidox csii cl muralnmo mexicano; "han
adoptndo por su artc un programa propagnndfslico que a mi cntemlei los coloca fucra de
la evolucidn estilística que es de mi exclusivo objeto” En ei catálogo LesreaUsmer. de la
exposKidn realizada en cl Centro Georges Pompidou en 1933. Jean Clair, en suensayo
mtroduclorio. ” I>onn£c« d'un probRme” . explica, en una nou a pie de p i g: ru impresa
en letra minúscula, que una exposKión no puede incluir todo y que cl muraîisrno ex de
masiado vasto y «demis no es uno de los cjcmplos fondamentales de este estilo tp 15).
RI intérêt por los realismos di<$ por resultado una gran cxposicidn de Riveraen De
troit • que fue llevada a Es paru en junio de 198'’ e inaugurada con un simposio
al que asisticroa connotados investigadores de arte. críticos y filósofos espanolcs <entre
elles Jaune Bri hue ga y Simon Marchan Fnz . Sin cortesia alguns optBaron que Rivera
cm aniimodcrno. programático, stnlinistn. "rccucrdo île la* épocas miioscuras de Euro
pa en cl siglo XX”
102 Rita Eder
3 BERMAN. Marshall. All that is solid melts into air. Ixmdon: Verso, 1982. Marshall
Berman utiliza un conceplo totalizador y abierto dcl modernismo, simplificando sc trala
del pensamiento y la acción cultural de Baudelaire hasta nuestros dfas. Bn 61 cabc una sc-
rie dc clasificacioncs que van del negativismo de nuestro tiempo. objetivado cn una con*
cepcidn autónoma de lo artístico, hasta cl optimismo y la integmeión de iodas las formas
dc arte. Su libro es un canto a la octitud polémica y vital de Nietzsche, Marx, Baudelaire
y Dostoievsky como una manern dc reafirmar los valores de ésto que él llama moder
nismo.
Berman llama modernista a Marx y a Kierkegaard, a Whitman y a Ibsen, a Baudelai
re y a Melville, a Carlyle, Rimbaud y n Dostoievsky.
Es también la pintura y la escultura, la novcla, la poesia, el teatro, cl modernismo y
la danz.a, (a arquifcctura y cl di.se/5o dcl siglo XX, los médios electrónicos, etc. Son lam-
bsén modernistas Grass, Garcia Márqucz, Fucntcs, Cunningham, Ncvclson, Kenzo Tan
ge, Fassbinder y Jackson Pollock.
104 Rita Eder
4 HUYSSEN, Andreas. A fttr the great divide: modernism, mass culture. Blooming
ton: Indiana University Press. 1986. Vcr cspecmimcntc la parlc I del capitulo 7 "The
hidden dialectic. a%ant garde technology and mass culture", p. 3-16
Muralismo mexicano: modernidad e identidad cultural 105
Diego
Rivera
Maio em
Moscou,
1928
*Fuc hacia 1911 que los integrantes del Atcnco cstuvicron más seguros del carác
ter que querían darte a cse nacionalismo espiritual, unir el proyccto de cultura con un
programa de difusidn social. Algunos de los más destacados miembros dei Atcnco
fucron Alfonso Reyes, Antonio Caso, Pedro Henríquez Urefia y entre los artistas Die
go Rivera. Alfonso Reyes, Roberto Montenegro, Angel Zárraga, Saturnino llcnrán y
Jorge Enciso.
108 Rita Oder
11 VASCONCELOS. Jc*é Indohgfa ' I927L In: — Obras computas. México: Eü.
Librcros Mexicanos Unidos. 1959, i. 2. p. I 130
12 VASCONCELOS. Jo^é Discurso inaugural dcl edifício dc ia Secretaria dc Edu-
cacidn Ptlblica. In: — Discursos: 1920-1950.cil.. p R5-7.
figuras cstaban programadas para c! patio grande Sc trataba de
prosistas y educadores que se habfan ocupado de la klcntidad ibc-
roamericana: Sarmiento, Monlalvo, Bello y Rodó. Los fundamen
tos clásicos dei programa cultural de Vasconcelos apareccn cn cl
remate de Ia fachada dei Ministério: la figura de Apoio, símbolo de
la inteligência y de la ra/én, y la de Dioniso, símbolo de la pasión
o de los sentidos. Ambos son presididos por Minerva, diosa heléni
ca de la sabidurfa a la que Vasconcelos confiaba todas las formas
dei conocimicnto.
Correspondia a Ia escultura expresar ei univcrsalismodel nacio
nalismo espiritual, y, a la pintura, expresar un verdadero florcei-
miento de lo nativo cn donde se unirfan lo popular y lo clásico. Es
Diego Rivera quien Ilcvará a cabo, junto con Jcan Charlot. Xavier
Guerrero y Amado de la Cueva, la tarea de erigir sobre las bases
de este extravagante programa iconográfico una pintura mexicana.
Los murales de la ya Secretaria de Educación Pdblicn son impor
tantes para entender hasta dónde llcga la influencia de Vasconcelos
como ideólogo de Ias imágenes y cn que momento Rivera abando
na la propuesta de lo popular como dccoración y asume una postu
ra influído por su militância en cl Partido Comunista Mexicano
11923) cn la que cl pucblo cs protagonista.
En noviembre de 1921 Diego Rivera, rccién Hegado a México
tras catorce artos de estancia en Europa, acompana a Vasconcelos
en un viaje por Yucatán y Campeche. Rivera qucd<5 deslumbrado
con cl trópico, con la escultura mnya, con los trajes de sus mujeres.
A fin de esc afio empezará a trabajar en cl Anfiteatro Bolívar de l<a
Escucla Nacional Preparatória A hí hará un mural - Ixi Creaciôn - ,
que lcjos de scrtalar cl impacto que lc causó la vida cotidiana de
los indios cn cl sureste de México nniestra su idcntificación con las
ideas dei secretario.
El tema de !xi Creaciôn enfoca Ia idea de unión entre la hurna-
nidad y cl principio crcador dei universo por medio dei arte y de Ia
religión, cn una visión muy parecida n la sostenida por Vasconce
los cn su Monismo estético. Cuando se inauguró Ixi Creaciôn, An-
tonio Caso habló dei primer mural amcricanistn. Molina Enríquez
dijo que Rivera había colocado una piedra angular cn cl arte ame
ricano de! futuro: “ Este es cl arte que Vasconcelos con su clara mi
rada de vidente nugurò para América**.
I <• de m .x tiia c n hm oria dei Arte. México, I*>85. p. 112. LI trabajode mvc$í:f*.ión
N ko Ij Coleby cx uno de lof mcjorcx y má* puniuaics »obre cl icnui. Kjperasu prdxi-
•"I i.incm i Imtiiuindc Invcxiigaclone* EatéucMde Ij I NAM.
112 Rita Eder
ro objetivo que cra Ia pintura culta. Puede decirse que en esta rc-
prescntación cl jovcn pintor hace de Ia Guadalupana ei elemento
central.
Jcan Charlot. en La Conquista de Tenochtillán, prosenta otra
novedad. Quizá cs el primero cn intentar oponcr Ia cultura dc los
indígenas a Ia de los espanolcs en términos dc igualdad. El mural
dc Charlot muestra Ia matanza dc los aztccas en cl Templo Mayor.
Su simpatia por cl arte prehispánico venía dc su formación curopea
y la accptación dc Ias culturas primitivas cn Paris como fuentes
fundamcntalcs dc arte.
Una de las cuestioncs que podemos pcrcibir es que. hasta 1922,
lo indio no era parte dcl nacionalismo espiritual; su integración
vendría por otru lado. Los atcncístas, cnvucltos en un idealismo fi
losófico europeo, no tenían Ia posibilidad dc concebir cl arte más
que como arte culto y como tal pertcncciente, como hemos visto, a
la esfera dei dasicismo. Los indios, Ias masas. los pobres no
podían aportar de suyo nada. l.o que podrían hacer era integrarse,
disfrutar, aristocratizarsc a través de Ia educación; su redentor seria
el maestro rural I4.
I^a valoración real dc la cultura prehispánica y de los indios co
mo portadores dc cultura vino por otro lado, cl de Ia antropologia y
Ia arqueologia mexicanas, por un lado y por otro cl descubrimicnto
europeo dcl arte primitivo1*. La entrada dc Rivera al Partido Co
munista influyó en su visión amorosa dei pueblo; Siqueiros. gracias
a su visión construclivista, como Io expresa en los tres llamamien-
tos a Ia conciencia americana, pudo ver la fucrza visual de lo pre-14
Diego
Ruera
Maio cm
Moscou.
1928
hispár.icolG. E n é s to e s s in d a d a m á s m o d e rn o q u e R iv e ra . D ie g o
n c c c s i t d e x p r e s a r s e c o m o u n e n c i c l o p e d i s t a q u e r e v i s a t o d o lo q u e
e x i s t i a e n M é x i c o . S u v i a j e a E u r o p a e n l o s a n o s f o r m a t i v o s le
h a b ía n d a d o u n a e d u c a c ió n v is u a l: n e c c s ita b a a p r e n d e r a m ira r d e
n u e v o . C u m p l i ó la p r i m e r a p a r t e . P o d r f a m o s d e c i r q u e s u v i d a a c t i
v a d e p i n t o r n o lc a l c a n z ó p a r a m á s .
inguardias plásticas en
Cuba y el Caribe
Adelaida de Juan
A m e lia P e lá c z
P o rt as de
Havana. 1948
Marcelo
Pogolotti
Paisagem
Cubana. 1933
Wifrcüo l.nm
O que O rid 1044
>i- »política cuya figura inicial fuc Marcus Cínrvcy y que. cohk > lie
mos mencionado. Uivo posteriormente a una artista dc formacidn
académica como Edna Manley como eje central dei surgimiento de
itn arte afincado cn la moderna identidad jamaicana. Fero existia
una corriente de artistas populares, muchos dc ellos autores dc pin-
lurns ritualcs que. varias décadas después. obtendrán rcconoci-
1 acnlo más allá de sus actividades mito-religiosas. Esta manifcMn-
udn llcvada a cabo cn Haiti por los practicantcs de otros cultos
•ncréticos será exaltada por el Centre d ’Art fundado cn 1944 cn
1'ort-au-Prince por un nortcamericano. Adquicrcn asi repercusión
las obras dc Hyppolite, Obin, et aJ. con pro|x$sitos no siempre loa-
blcs |x>r su intcnciòn promocional. Se reconocc cntonces. dentro de
la linca dc aprcciacidn de lo otro, y también. cn oira dirección.
ik-ntro dc la Ifnca dcl surrealismo americano, lo que inicialmentc
tuvo un contenido mítico de raigambre popular y que fuc promo-
. nado como la cscucla dc pintura primitiva (o /w;/, segün cl ca-
. perdiendo muchas vcccs su reaüdad popular cn funcidn dc su
128 Adelaida de Juan
ntecedentes del
surrealismo en México
Ida Rodriguez Prampolini
1 RODRÍGUEZ PRAMPOLINJ.Id3.Z.arrrtí<Yí</eazree/iefsi£Íi?XW.Méx»co:Univer-
sidad Nacional Autônoma dc México. Instituto dc Investigaciones Estéticas. 1969 3 v.
listas dos prcmtsas aparecen a k> largo dc las críticas dei siglo pasado como hilo con
ductor.
za la agonía por lograr plasmar lo que los intelectuales se habfan
propuesto: definir y encontrar "el espfritu nacional“ . I-a crisis
prcrrcvolucionaria se caracteriza por la ambivalência y la contra*
dicción en que se debaten los mejores hombres: encontrar la sfnte-
s i s dcl ser mexicano reflejada, por un lado, en cl espejo oscuro de
obsidiana en la que aún sobrevive la “ raza vencida" y por otro en
la atracción por el espejismo de Ia cultura curopea y cl brillo de "Ia
nodemidad" que en él resplandece.
Un grupo de intelectuales, entre los que sobresalen el escritor
Alfonso Reyes y el filósofo José Vasconcelos - más tarde conside
rado cl Maestro de América, autor de la famosa frase "Por mi raza
hablará el espfritu" que Ia Univcrsidad Nacional Autónoma de
México adoptará como lema - se reunen y fundan la Sociedad de
Conferencias y más tarde cl Ateneo de la Juvcntud (1907-1908).
Aunque ambos grupos, formados casi por las mismas personas, se
considcran "la aristocracia dei espfritu", no se cncicrran unicamen
te en su cultura de élite sino intentan incidir cn la educación popu
lar a través de la cátedra; prueba de cllo son algunos de sus escri
tos y sobre todo la fundación, cn 1921, de la Univcrsidad Popular
Mexicana.
136 Ida Rodrigues Prampolini
dei saco, está impresa ai Indo dc XIV puntos ele contcnido más un
'‘Dircctorio de Vanguardia". En cstc Ultimo figuran una serie dc
artistas y escritores latinoamericanos (Jorge L. Borges. Vicente R
Huidobro, J. Torres Garcia y otros), poetas y artistas mexicanos
(Siqueiros. cl músico Silvestre Revueltas y su hermano cl pintor
Fermíh Revueltas. Alfonso Rcycs y muchos más) y, entre los euro-
peos, toda la vanguardia dc esos tftos y los inmcdiatnmcnte ante
riores (Picasso. Braquc, Satic, los futuristas en pleno, algunos dn-
dafstas, como Tristan Tzara, autores dc teatro como Pirandello y
una larga lista más). Este dircctorio refleja que en México se estaba
al tanto, perfcctamente. dc lo que sucedia en cl mundo de las élites
culturalcs.
El poeta Mnplcs Arcc, autor dc los libros más novedosos de su
liempo4. en una de las últimas entrevistas que concediò afirma que
cl impulso que llevó a fundar cl actuaüsmo o estridentismo fuc alc-
jarse de Ias influencias modernistas ya agotadas y “lograr una ima-
gen en la poesia y no dar una dcscripción dei objeto poético*’.
Guando la entrevistadora lc inquicrc sobre los movimientos dc
vanguardia europeas que pudicron habcrlo influído, tales como cl
crcacionismo dc Huidobro, cl ultraísmo cspaflol, el futurismo ita
liano y el dada sui/.o. francês y alemán, Maplcs Arcc concede que
to d o s lo s m o v im ie n to s d e v a n g u a rd ia im p lien n c ie r ta u n iv e rsa lid a d e n
c u a n to a la c o n c c p c ió n e s té tic a q u e s u s te n ta n y q u e g e n c rn lm c n te sie m -
p r e h a n m o s tr a d o c ie r ta id c n tiflc a c ió n c o n In in flu e n c ia c u ro p c a
Frida Kahîo
linos cuantos
niquetitos,
1935
7 LISTARZUB1DE, ibid.
8 Los csiractos que publica son:
De Peril: Alberto Hidalgo, creador del sirr.plismo. jefe dc la vanguardia peruana, in
ventor de la/?ev£s/<j Oraly Alejandro Peralta, Edit. Titikaka, Alberto Guillén.
Dc Argentina: Salomón Wapnir, autor de Crítica positiva: Nicolás Olivari dei grupo
Martin Fierro: Lá/aro Liachó Vitarki: Alfredo Palacios; Carlos Mastronardi y J. Ccntc-
nari del periódico socialista El Peludo, dc 1928.
De Uruguay: Juan dc Ibarbourou, Alfredo C. Franci. Dr. L. O. Cosco Montaldo, lí
der de las juventudes revolucionarias.
De Ecuador: Humberto Salvador (Jorge Ariel, Gregorio Cordero y León L. A. La-
vayen Flores; Revista MaiUiruj de Cuenca).
De Cuba: Mariano Picón Salas, S. Lamar Schweyer. Raoul Maestri: un artículo dc la
Revista de Avance, firmado L. M. de 1927, publicado en La Habana; un artículo en El
Diário de h Marina.
De Santo Domingo: Andrés Ari leno.
De Puerto Rico: Vicente Geigel-Polanco
De Chile; Dr. Juan Marin A.. Gerardo Seguei del grupo Nucvos Rumbos.
De Colombia: un artículo cn cl periódico Relator de Cadi.
De Espana: Humberto Rivas, pocta ultrafsta.
vui ■alentes dei surrealismo cn México 143
l-eonora
Carrington
T e m p lo da
P a l a v r a , 1954
I3ARTAUD. Antonín. Era f t grandia. Buenos Airet: Ed. Jorge Alvarez. 1968(Co-
kxctdn Perfiles)
11 SCHNEIDER, Ij i í j Mario At h k o y f t surrfalisnto >1925-1950). México: Arle y
Libro». 1978. p 49
146 Ida Rodrigue/. Prampolini
L a s a n g re in d ia d e M é x ic o c o n s e rv a u n a n tig u o s c c rc to d c r a z a , y a n te s
d c q u e la r a z a s e p ie r d a , h a y q u e a r ra n c a rle la f u c rz a d e e s te a n tig u o s e
c r e to Í...J e l M é x ic o a c tu a l c o p ia a E u ro p a y p a r a m í e s la c iv iliz a c ió n e u -
ro p e a la q u e d e b e a r ra n c a rle a M é x ic o su s e c re to . L a c u ltu r a ra c io n a lista
d c E u ro p a h a f ra c a s a d o y h e v e n id o a la tie r r a d c M é x ic o p a ra b u s c a r las
ra íc e s d c u n a c u ltu r a m á g ic a q u e a ú n e s p o sib le d e s e n tra n a r d e i p u e b lo
in d íg e n a 12.
1“ I d . ibid.
1^Rcxir.ta <te la Vnivcrsidad dc México, México, fcb. 1968.
Universal diário, 13 nvir. 1938. p 12.
Niiicccdcntes del surrealismo en México 147
15 VALLE, Rafael llclidoro. Diálogo con André Breton. Revista Vnhersidad. Mé
xico. D F.. V, 29, p. 5-8, jun. »938.
148 Ida Rodriguez Prampolini
16 Alberto Gironella y Pedro Friedeberg fucron de los últimos artistas que incorporó
André Brcton al surrealismo.
\Mtt'v cdcntes del surrealismo en México 149
Manuel
Alvarez Bravo
Parábola Ótica.
1931
(...] esta exposición resulta hoy demasiado tardia para sor presente y de
masiado próxima para ser historia, lin una palabra. nos resulta vieja. Lo
único que hay ah» cs la pcrsonalidad. cl cspíritu poderoso dc tal o cual
pintor revelándose en $u obra. no gracias al surrealismo sino conK) sal
tando. como salvándose de sus mismas ruinas17.
M ic n lr a s q u e e l p in to r m e x ic a n o M a n u e l R o d ríg u e z L o z a n o ,
d a n d o m á s c n e l c l a v o , e sc rib i< 5 :
gran grabador José Guadalupe Posada cl valor del humor negro tan
caro a su sistema de la sinrazòn. La vivência mexicana del concep-
to de la nnicrtc, las famosas Calaveras que viven y aeftian como en
Ia vida cotidiana, lo ccrcioran de que en México hay un pasado ac-
tuantc. activo, cl que buscan con empeno los surrealistas:
M é x ic o - q u iz á d e b id o n r e c u e r d o s d e in fa n c ia - e r a e l p a ís q u e m á s m e
a tr a ía d e to d o s. M e a p r e s u r o a d e c irle q u e n o m e d c c e p c io n é c n a b s o
l u t o ! 9.
- VlLLA U R RtTIA , Xavier, Pichas sin »obre para Agusiín l-nzo. R n iu a s Ultra-
•unMexicanasModernas. México: Pondo dc Cultura Economics. 1980, p. I 044.
-1 RODRÍGUEZ LOZANO. Mnnuel. Libcrtad en la pintura. Vitimas Notkias. cil.
152 Ida Rodriguez Prampolim
Frida Kahlo
O Que a Agua
me Deu. Iv39
as vanguardias
constructivas en la Argentina
Nelly Perozzo
Enio Iommi
Construção.
1946
5 HABBR. Abraham. Raül Lozza >• elperceptismo. Buenos Aires: Ed. Diálogo, 1948.
I i vanguardias constructivas cn la Argentina 165
lil dibujo Madí es una disposición de puntos y líneas sobre una superfície.
La pintura Madí, color y bidimensionalidad. Marco recortado c irregular,
superfície plana y superfície curva o côncava. Pianos articulados, con
movimiento lineal, rotativo y de traslación.
La escultura Madí, tridimensionalidad, no color. Forma total y sólidos
con âmbito, con movimiento de articulación, rotación, traslación, etc.
La arquitcctura Madí, inscripción de sólidos en Ia sccción áurea.
La poesia Madí, proposición inventada, conccptos e imágenes no traduci-
blcs por otro medio que no sca cl lcnguaje. Suceder conceptual puro.
lil teatro Madí, escenografía móvil, diálogo inventado.
La novela y cuento Madí, personajes y acción sin lugar ni tiempo locali
zados o cn lugar y tiempo totalmentc inventados.
La dan/a Madí, cucrpo y movimientos circunscriptos a un ambiente me
dido, sin música [...)
En todo momento sc maniflestan contra la pintura y la escultura
estáticas y reclaman como invención absoluta de Madí el marco ir
regular y Ia pintura y escultura articuladas6.
Destaquemos las esculturas con partes móviles. realizadas por
algunos de ellos, como R oyi, escultura cn madera dc Kosice, obras
que de alguna mancra podrían vineularse a los juguetes transfor-
mables de Torres García.
En la revista M odi número 5 Kosice escribe:
Lrn producto cspccíficamente Madí como cs Ia pintura con marco cstruc-
turado y color liberado en el cspacio, con o sin movimiento es la única
plástica verdaderamente revolucionaria y válida hoy.
Lo inventivo sc alterna en las distintas manifestacioncs de Madí
con lo lúdico y aún fantástico. A nivel verbal mencionemos algu
nos ejemplos del “ Diccionario M adf'' como Birrgo. Hogrla, Nalu-
sas, Eche-cchcl o relatos como “ La bata!la de INod’* o "El dcscu-
brimiento de GRO-I" o los personajes de una obra teatral llamados
Ade, Tiagno, Mondics y Jigad.
En el catálogo que acompanó a la exposición realizada cn cl Pa-
lacio Velázquez (die. 1989-mayo 1990) sobre “Arte cn Ibero-amé
rica (1820-1980)'*, la critica inglesa Dawn Ades scnala:
Los artistas Madí utiiizaron con completa libertad un amplio espectro del
arte vanguardista curopco-Dadá, Constructivismo ruso, Mondrian y
otros - como un trampolín para la invención. Continuaron experimen-
Alfredo Hlito
Forma c Linha
sobre o Plano,
1952
7 P r HSTA. Salvador. Arte argentino actual. Buenos Aires: l£d. Lacio, 1960.
168 Nelly Perazzo
odernidade e
identidade: as duas Américas
Latinas ou três, fora do tempo
Aracy Amaral
3 ASHTON, Dore. Round trip. Colóquio Arles, Lisboa, n. 84, mar. 1990.
4 ACHA, Juan. EI arte y sudisrribución. México, D. F.: Unívcrsidad Nacional Autó
noma de México, I9£4, p.,303.
lu,.; Américas Latinas ou três, fora do tempo 177
7TRABA,ibid.
Américas Latinas ou três. fora do tempo 179
Tarsila Jo Amaral
A Negra. 1923
gcm nos daremos conta de que o que existe, sim, é uma “percepção
latino-americana“. Por esta mesma razão, mesmo que a história da
arte ocidental chegue a seu fim, época da crise estética, a arte lati
no-americana não sc ressentirá desse momento, dando-se conta
então dc que “ nesse caso não se define como ocidental", por estar
além dessa crise e pouco ter cm comum com cla^. É postura similar
àquela dc Oswald dc Andrade no final dos anos 20 e depois canta
da na música popular brasileira com o refrão de que “não existe
pecado do lado dc baixo do Equador".
Sc Noé lembra que Rivcra descobriu o México em Paris, “um
bigo do mundo", segundo Oswald de Andrade, o mesmo podería
mos dizer de Wifredo Lam, que tem a revelação dc sua anccstraü-
dade africana na capital francesa a partir do contato com Picasso c
a arte africana. O mesmo pode-se dizer também dc Tarsila, que
começa seu processo de focalizar o Brasil mágico e ancestral a par
tir de Paris, onde cia produz, em 1923, a C aipirinha e A N egra, es
ta última peça antológica dc sua produção dos anos 20. Sempre me
pareceu um enigma, igualmcnte, os caminhos de um artista consi
derado paradigmático do construtivismo na América Latina, o uru
guaio Torres Garcia. Depois de uma vida profissional na Europa -
onde reside durante 43 anos com breve estada nos Estados Uni
dos, ao retomar ao Uruguai vai observar com curiosidade a cultura,
não a de seu país, atlântico e europeizado na capital, país de histó
ria praticamente posterior à colonização espanhola, mas a cultura
do altiplano peruano-boliviano, do império inca, para formular sua
teoria construtivista, dc fundo simbolismo.
Paradoxal mente, seria neste construtivismo dc caráter simbólico
dc Torres Garcia que se apoiariam os concretistas argentinos —
Madí c Arte Concrcto-Invención —, grupos que reconheceriam no
mestre uruguaio uma antecipação. E não é por acaso que na I Bie
nal dc São Paulo o Uruguai apresenta uma exposição retrospectiva
de Torres Garcia, ao mesmo tempo que os jovens artistas dc São
Paulo c Rio Janeiro se interessam vivamente pelo concrctismo dc
Max B ill.em 1951.
A partir de então, no Brasil a arte concreta e o construtivismo
significam uma integração com o desenvolvido, uma aspiração dc
identificação com a industrialização mais avançada, e nisto está
implfcito um desejo dc sc afirmar enquanto identidade ao sc rejeitar
Cildo Meireles
Missão, Missões.
1987 (instalaçáol
eovanguardia y
postvanguardia: el filo
de la sospecha
Nelly Richard
La cita vanguardista
- frente a la sede dc las Naciones Unidas, sc lec un texto grabado cn cinco idiomas que
retrata a Chile en el panorama internacional bajo cl signo dc su precariedad y margi-
nación;
- cn ta galcrfa de arte Centro Imagcn, se seita una caja dc acrílico, que conticnc las bol
sas de teche no repartidas cn ta población junto con un cjcmplarde la revista Hoy y la
cinta dei texto lcfdo frente a Ia ONU: la leclie permanece ahf hasta su dcscomposicidn
con el texto T ara permanecer hasta que nuestro pucblo acccda a sus consumos básicos
de alimentos. Kara permanecer como et negativo dc un cuerpo carente, invertido y
plural';
- diez camiones techeros desfilan por la ciudad <desde un centro produetorde Icchc- la
industria - hasta un centro conservador de arte - el Muscoi ofrccilndole al transeunte
cl reconocimiento dc la Icchc como problema;
- Ia extensidn dc un lienzo tachando la entrada dcl Musco metaforiza un acto de clau
sura institucional desde el blanco como referente connotado por la Icchc que acusa
cl harnbrc” .
BI trabajo Ay Sudamitica (1981) consta dcl lanzamicnto desde tres aviones dc
400.000 volantes caídos sobre sectores pobres dc la ciudad dc Santiago. Los volantes in-
cluían la siguiente proposiciún: "E l trabajo dc ampliacidn dc los niveles habitualcs dc
vida cs cl único montaje dc arte válido / la única expesiciún / la única obra dc arte que
vale: cada hombre que trabaja para Ia ampliacidn aunque sea mental de sus cspacios de
vida cs un artista” .-RICHARD, Nelly. Márgenes e insltu/cioncs. Melbournc: Art and
Tcxt Editor, 1986.
6 Citado por: HUYSSBN, Andrens. Guia dei postmodernismo. In: CASULLO, Ni-
colas íorg.l. El debate modenudad pes-modernidad. Buenos Aires: Puntosur Editores.
1989.
vAiiguardia y postvanguardia: clfilo dc la sospecha 193
"K LTIT. Diamcla. Sobre las accioncs dc arte: un nuevo espacio crítico. Apud:
IVlit.tC, Milan e GALAZ, Gaspar. Chile, arie actual. Valparaiso: Kd. Universitárias dc
Valparaiso, 1988.
8 Panfleto dc AySiukvnérica. grupo CADA.
QRntrcvislaal CADA, diário Ia Ttrcera, Santiago dc Chile, nov. 1982.
194 Nelly Richard
*°O Y A R Zt’N, Pablo. Arlc vanguardia y vida. Escritosde Teoria, Santiago de Chi
le, Academia de Humanismo Cristiano, oct. 1982.
* * Una ponencia dei CADA. Diário Ruptura, Santiago de Chile. ago. 1982.
12 Ibid.
13 •'[...] |a rcalidad, la vida social no son d atos de antemano, son conslruccionca so-
ciales. Ordenamos la vida delimitando campos de accidn, formalizando relaciones socia-
Ics, institucionalizando los proccsos de interacción. O sea, no podemos prescindir de ins-
tituciones, no podemos abolir todo limite.” LECHNER, Norbert. Desmontaje y rccom-
posición. In: RICHARD, Nelly. Arte en Chile desde 1973: cscena de avanzada y socic
dad. Santiago de Chile: Publicación Placso, 1987.
N nvanguardia y poslvanguardia: cl filodc la sospccha 195
•4 t n a p o n c n c ia d c! C A D A . cit.
!• TlKON'1. I ii.-onio /.i) '- ht,-f/rBfl/v SamtapnitcOiilc: l'iliooncs Sur. I*»'U
F ’/ l R IT \. kaúl. t-.xcnwiin cu c ./<-//• • 'Mante imprcsv»*! SanMaso dc <’h ik . tu]
iv«:.
17 L n a iK iR o n c u J v U ' A I >A . c i i
196 Nelly Richard
18 Ibid.
19MUNOZ, Gon/alo. Ponencia presentada cn cl Seminário Mode midad/PoM mo
dernismo. tnsliCiiloOr.Ieno-Francésdc Cultura, mayo 1987
Ncovanguardia y postvanguardia: el filo dc la sospccha 197
lorvcnir sobre ella segm entar iam ente como, por ejcmplo, en Para
n<> M orir de H atnbre en el A rte, donde el paisajc social es sujeto a
jiilcraciones que se localizan cn diferentes pur.tos y tramos materia-
I m dc su composición urbana (el desfile dc los camiones por la
. mdad), popular ( la repartición de lcchc cn la población), artística
i '.i cxhibición de la lechc cn la galeria), comunicativa (la página dc
mm revista ocupada como soporte poético), institucional (el discur-
m> frente a la CEPAL), etc. Esta serie de subversioncs locales dcl
• i .tema que distribuye scnalcs de dcsconcicrto y provocación cn
mis articulacioncs más coyunturales. dcsmientc la abstracción glo-
I .ili/.nnte de la socicdad como todo cuyas cstructuras obedecerían a
ima ley única de transfominción.
Pero sin duda que lo más singular dc lo que rodea Ia aventura
dcl CADA como protagonista dc la “avanzada" chilena cs su mo
do dc perfilarsc como vanguardia en circunstancias de tal disconti-
iiiiidad social e histórica que pasa a ser modelo y quiebre dcl mo
delo a la vez.
Es cicito que vários dc los rasgos fu e rte s dcl CADA cnconlra-
ron cn Ia cscena chilena cl trasfondo propicio a su resonancia. Su
misma política de desestructuración dc los limites (llevada hasta el
extremo de abolir cualquier convención socializadora de la expe-
iicncia) metaforiza el rcchazo a toda regia aprisionadora dc la con-
ilucta que coarte sentido o participación, y la negativa - desplazada
de lo social a lo artístico - a dejarse intimidar por el fanatismo de
I**s limites administrado por un régimen disciplinario y represivo
cuya ideologia fue Ia carcelaria. Es también cicrto que la voz zuri-
tiana de las utopias que prevalece cn el CADA con sus ecos funda-
uonalcs y mesiánicos. calza con la impracticabiüdad de lo real en
tiempos de censuras c intcrdicciones, y por consiguientc, con el va
lor esperanzador de la prom esa (Ia formulada por el pacto utópico)
que verbaliza el futuro desde el presente de una palabra invencible
cn la página.
Pero junto con este juego dc condicionamientos y desacondicio-
namientos sincronizado por el CADA, se prefigura y se configura
una situación de profundas alteraciones sociales y trastrocamicntos
ideológicos que rompe el anterior eje dc correlaciones.
Desde ya, Ia misma "avanzada" dc Ia que el CADA es protago
nista presenta en su interior una diversidad dc estratégias crítico-
sociales, rnuchas de las cuales sc difcrencían polémicamente dc la
cita var.guardista propagandeada porei CADA. Micntras el CADA
responde a la fragmentación dcl cuerpo social produeto dc la desin-
198 Nelly Rk-hnrd
P e s q u is a d o r e e n s a ísta . P ro f e s s o r d o c u r s o d e m e s
tr a d o d a E s c o la N a c io n a l d c A n tro p o lo g ia S o c ia l.
P u b lic o u Arte popular y sociedad en América Lati
na (1 9 7 7 ) c La producción sim bólica (1 9 8 4 ). V iv e c
tr a b a lh a n o M é x ic o .
202 Nésfor García Canclim
5 Adoptamos parciaimentc Ia distincién hccha por Marshall Berman cnlrc estos très
términos en su libro AH that is soSd nuits into air. the experience o f modernity. New
York: Simon and Schuster. 1982, p. II.
I a modcrnidad dcspués de la posnodcrnidad 207
n o ; el in fo rn ia lis m o c s o tr a re a c c ió n c o n tr a cl r ig o r ra c io n a lista ; cl a s c e
tism o y la p r o d u c c ió n e n se rie d e la e r a fu n c io n a l c o r re s p o n d e a u n a a g u
d a c ris is d e v a lo re s , a l v a c ío e x is te n c ia l p ro v o c a d o p o r la s e g u n d a g u e r r a
m u n d ia l [...] N o s o tr o s h e m o s p r a c tic a d o to d a s e s ta s te n d ê n c ia s e n la
m ism a su c c sió n q u e e n E u ro p a , sin h a b e r e n tr a d o casi al “ re in o m e c â n i
c o ” d e lo s f u tu ris ta s , sin h a b e r lle g a d o a n in g ú n a p o g e o in d u s tria l, sin
h a b e r in g re s a d o p lc n a m e n te e n la s o c ic d a d d e c o n s u m o , sin e s ta r in v a d i
d o s p o r Ia p r o d u c c ió n e n s e rie n i c o a r ta d o s p o r u n c x c e s o d e fu n c io n a
lism o ; h e m o s te n id o a n g u s tia e x is te n c ia l sin V a rs ó v ia ni H iro s h im a 9.
Antes dc cucstionar esta comparación, quicro decir que yo tam-
bién la cité - y extendí - en un libro publicado en 19771°. Entre
otros desacuerdos que ahora tcr.go con esc texto, por los cualcs ya
no sc reedita, eslán los surgidos de una visión más complcja sobre
la modemidad latinoamcricana.
^Por qué nuestros pafses cumplcn mal y tarde con el modelo me
tropolitano dc modemización? ^Sólo por Ia dcpendcncia estructural
a que nos condena cl deterioro de los términos dcl intercâmbio
econômico, por los intereses mezquinos dc clascs dirigentes que
resisten a la moderr.i/.ación social y se visten con el modernismo
para dar elcgancia a sus privilégios? En parte, el error de estas in-
tcrpretacioncs surge dc medir nuestra modemidad con imágenes
optimizadas dc como succdió esc proceso en los pafses centrales.
May que revisar, primero. si existen tantas diferencias entre Ia mo
demización europea y la nuestra. Lucgo, vamos a averiguar si la
visión de una modemidad latinoamcricana reprimida y postergada,
cumplida con dependência mecânica dc Ias metrópolis, es tan cicrta
y tan disfuncional como los estúdios sobre nuestro “ atraso” acos-
tumbran declarar.
14 I.AL’ER, Mirko, Introducción a la pintura peruana deI siglo XX. Lima: Mosca
\/u ! Editores. 1976.
218 Néslor Garcia Cnnclini
20ROMERO, Luís Alberto. Ubros baratos y cultura de los sectores populares. Bue
nos Aires: CISF.A, 1986; CORBIÈRE. Emílio J. Centros de cultura populares. Buenos
Aires: Centro dc Estúdios de America Latina, 1982.
I I nuxlcrnidad dcspués dc )a posmodernidad 223
21 Sobre estas transfonnacioncs casi lodo está por ser investigado. Menciono un tex
to precursor: DURAND, José Carlos. Arte, privilégio e distinção. SSo Paulo: Perspectiva,
1989.
I I niodcrnidad después de la posmodemidad 227
25 Los juicios sobre cl CAYC y sobre Glusberg están divididos entre los artistas y
I íticos, scgdn sc aprecia en la investigacidn dc Lu/, M. Garcia, M. Elcna Crespo y M.
*I.tina López, CA YC, realizada cn la Escuela de Bellas Artes, Eacultad de Humanida-
.’ . v Arte dc la Univcrsidad Nacional de Rosario, 5987.
2<>SLBMENS0N, Marta F. de y KRATOCHW ILL.üerm ln. Un arte dc difusores.
Apunies para la comprensidn dc un movimiento plástico dc vanguardia cn Buenos Aires,
• s.:s creadorcs, sus difusores y su pdblico. In: MARS AL, J. F. et al. El intelectual lati-
> unerxcano. Buenos Aires: Edit, dcl Instituto, 1970.
232 Néstor Garcia Canclini
IIl- YSSHN, Andreas. Guia dcl pos modernismo. Pimto de Vista. n. 29. ano X.
m I. 1987 La versidn original fuc publicada cn New Gennnn Critique, n. 33, olofio
». i - M
234 Nestor Garcia Canclini
jcra. Las estadísticas rcvclan que en los últimos quince anos creció
la industria cinematográfica de ese país y In proporción de pelícu
las nacionales cn las pantallas, así como cl porccntajc de libros de
autores brasilefios, de discos y cassetes dc música nacional, mien-
tras dcscendieron los importados. Hubo una autonomización y una
nncionalización dc los produetos culturalcs, a la vez que algunos
de ellos - notoriamente Ias telenovelas - sc exportan crecientemen-
tc, conviiticndo al Brasil cn un agente activo dei mercado mundial
dc bienes simbólicos: pnsaron “dc la defensu dc lo nacional-popu
lar a Ia cxportación dc lo intcmacional-popular“*8.
Si bien esta tendência no se da dei mismo modo en todos los
países latinoamcricanos, hay aspectos semejantes cn los dc mayor
dcsarrollo cultural moderno que obligan n replantcor las articula-
cioncs entre lo nacional y Io extranjero. Tales câmbios no eliminai)
la cucstión dc cómo distintas clases sc bencfician y son representa
das con la cultura producida en cada país, pero la radical altcración
dc los csccnarios dc produceión y consumo, nsí como el carácter dc
los bienes que sc prosentnn impide seguir colocando la cuestión de
lo popular cn asociactón “natural“ con lo nacional y oposición
igualmentc apriorfstica con lo internacional.
La terccra consecucncia que vamos a mencionar ayuda a preci
sar la profundidad dc este cambio, i-a dcfinición de la identidad
popular se ha hecho cn rclación con una cierta tcrritorialización:
con la cultura local y comunitária cn cl folklore y la antropologia,
con la barrial cn Ia invcstigack5n participativo dc Ia sociologia ur
bana, con cl territorio nacional en los populismos políticos. Afir
mar y recuperar la identidad popular implica rcscatar la soberania
sobre esos espacios cn los que se constituiría Ia vida propia y dife
renciada de cada pueblo. Sin duda, este vínculo con un escennrio
peculiar sigue siendo base dc muchas construcciones culturalcs, y
la reconquista popular del patrimônio una tarea clave en países tan
despojados como los latinoamcricanos.
Sin embargo, tambión en esta dócada viene surgiendo en vários
países latinoamericanos una rcflexión - desde los movLmientos po
pulares y los intelcctunlcs progrcsistas - acerca dc lo que significa
que Ias culturas disminuyan su relación con cl territorio cn que sc
originan, se comuniquei) con otras y se intcrpcnctren. Las arte-
sanfas migrnn del campo a Ia ciudad, las cauciones y las películas
que narran acontecimicntos populares son difundidas cn otros paí-
• 'G OM EZ-PENA, Guillermo. Wacha esc borJer. soa. 1st Jornada Semana! 25
Declarações 1921-1959
Compilação: Ivo Mesquita
Cronologia
Ivo Mesquita
Pesquisador c crítico de Arte. Foi curador das ex
posições "Hxpressionismo no Brasil: Heranças c
Afinidades” Cl985. com Stelia Teixeira de Barros).
"Imaginários Singulares” (1987, com Sonia Salzs-
tcin-GoIdberg). "Jorge Guinlc” ( 1989> e ”0 Dese
jo na Academia” (cm preparaçáo). Vive c trabalha
cm Sáo Paulo.
240 Mar:fc\!'.x c Declarações 192! - I95S
* Cartaz afixado nos muros. México, dez. 1921. Lxtrafdo de Claves df! arte dénués
fra Am/rictt. La HaKiru: Casadc Lu Américas, v. 1, n. 2. nov. »986
244 Manifestos c Declarações 1921-1959
Im ullación Inaugural*
Significação
A lueta começou de verdade cm princípios de 1921 pelas co-
iumnas do “Jornal do Commercio” e do “Correio Paulistano“.
Primeiro resultado: "Semana de Arte Moderna” - cspccic de Con
selho Internacional de Versalhes Como este, a Semana teve sua
razão de ser. Como elle: nem desastre, nem triumpho. Como elle:
deu fruetos verdes. Houve erros proclamados cm voz alta. Prega
* Publicado na revista Klaxon. Sio Paulo. n. I. maio 1922. bxtraído da edição íac-
similar da revista Kkvcon. São Paulo. Martins /SCCT-SP, 1976.
Apresentação <la revista "Klaxon’ 251
A REDACÇÃO
Mnnifiesto Estridcntista X- 2*
Manuel Maples Arce, Gertnán List Arzubide, Salvador Galiardo
c assinado pelo grupo Estridcntista
‘ Publicado como folha volante. Puebla. I" jan. 1923. f-xtrnfdo dc VERANI, Mup"
/ rtf uviçiuirJkit litfraruu m HL<r\vw> Atn/ru-n, Roma: Bubom. 19R6
M,,n:rtcsto Estrulcntista N- 2 253
>uidad, mucvcs las fábricas, hilas las telas y formas con tus manos
i«kIo el confort moderno para solaz de las prostitutas y de los zán-
punos mientras en ti mismo sc tc rajan las carnes dcl frfo; en cl que
tií soldado indio, por propia voluntad heroica abandonas Ias tierras
*itic laboras y entregas tu vida sin tasn para destruir Ia miséria en
, <c siglos han vivido Ias gentes de tu raza y de tu clase para que
•lespués un Sánchcz o un Listrada inutiliccn la dádiva grandiosa dc
1i sangre en beneficio dc Ias sanguijucias burguesas que chupan la
l licidad dc tus hijos y te roban cl trabajo dc Ia tierra.
No só lo todo lo que cs trabajo noblc, todo lo que es virtud cs
'"M dc nuestro pueblo ídc nuestros indios muy particulamente), si-
la manifestación más pequena de In existência física y espiritual
r.uestra raza como fucrza étnica brota dc él. y lo que es más su
'.icultad admirable y extraordinariamente particular dc h a cerb elle-
m : e l arte dei pueblo de M éxico es la m anifestación espiritual m ós
grande y m ás sana d ei m undo y su tradición indígena es la m ejor
de todas. Y cs grande precisamente porque siendo popular es co-
loctiva. y cs por eso que nuestro objetivo estético fundamental ra-
Ihm en socializar las manifcstacioncs artísticas tendiendo a la dc-
pnrición absoluta dcl individualismo por burguês. Repudiamos la
pintura llamndn dc cabnllctc y todo arte dc cenáculo ultra-inlclcc-
lual |X)r aristocrático y exaltamos las munifestacioncs dc arte ino
centai por ser de utilidad pública. Proclamamos que toda mani-
1 dnción estética ajena o contraria ai sentimiento popular es bur-
i icsa y debe desaparecer porque contribuyc a pcr\'crtir el gusto dc
1 icstra raza, ya casi complctamcnte pervertido cn las ciudadcs.
Proclam am os que siendo nuestro momento social dc (rnnsición cn-
1 el aniquilamiento de un orden cnvcjccido y la implantación de
i i rdcn nuevo, los crcadorcs dc bcllcza deben esforzarse porque
» labor presente un aspecto claro dc propaganda ideológica cn
1 a dcl pueblo, haciendo dcl arte, que nctualmcntc cs una mani-
I • .tación de masturbación individualista, una finalidnd de bcllcza
j .ti.i todos, dc educación y dc combate.
Porque sabemos muy bien que la implantación cn México de un
. » :emo burguês traería consigo la natural deprcsión en la estética
p««pular indígena de nucstrn raza, que actualmentc no vive más que
ii luicstras clascs populares, pero que ya empezaba, sin embargo,
i purificar los médios intclectuales de México; lucharcm os [>or evi-
i i/lo porque sabem os muy bien que el triunfo de las clascs popula-
* . trnerá consigo un ílorccimiento unânime de arte étnica, cos-
• * •mica e históricamente trascendcnta! cn la vida dc nucstrn raza.
256 Manifestos c Pcclnrnçôcs 1921-1959
• l'ul'itc«do no Correio <!« Manhã. Sáo Paulo, 18 mar. 1924. Extraído da Revista tio
• w,.> de Janeiro. INL, n. I6.de*. 1959.
258 Manifestos e Declarações 1921-1959
• Publicado r.a revista Martin Fierro. Buenos Aires. n. 4, maio 1924. Extraído de
i’ r cs dei arte de nuestra América, l.a Habana: Casa dc las Américas, v. I, n. 5. nov.
262 Manifestos c Declarações 1921-1959
Manifíesto Estridentista N2 3*
Salvador Gallardo, Guillermo Rubio, Adolfo Á vila Sánchez e
M deguldo M artínez
• Publicado como folha volante. Zacatecas. 12 jul. 1925. Extraído d© LIST ARZU-
i '11»!•. Germán. Et mo\v)tiento estridentela. México: Secretaria de Educación Pública,
'cpur.da Serie de l-ctras Mexicana;*.
2é4 Manifestos e Declarações 1921-1959
Amauta*
José Carlos Moriâtegui
Manifesto Antropófago*
Oswald de Andrade
O instincto Carahiba.
N o matriarcado de Pindorama.
OSWALD DE ANDRADE
Em Piratininga.
Anno 374 da Deglutição do Bispo Sardinha.
La idea que el joven Marx se había formado dei papel dei escritor
exige, en nuestros dfas, un recordatorio vigoroso. Está claro que
esta idea debe extenderse, en el plano artístico y científico, a las
diversas categorias de produetores y de investigadores. “El escri
tor” , dice, “debe naturalmente ganar dinero para poder vivir y es-
cribir, pero no debe cn n.ingdn caso vivir y cscribir para ganar di
nero... El escritor no considera cn modo alguno sus trabajos como
un medio. Son fin e s en sf, son tan poco un medio para él mismo y
para los otros que sacrifica cn caso ncccsario su existência propia a
la existência de ellos... La prim era condiciôn de la libertad de la
prensa consiste en no ser un o f i c i o Es más oportuno que nunca
blandir esta dcclaración contra aquellos que pretenden someter Ia
actividad intelectual a fines exteriores a ella misma y, con despre
cio de todas las dctemünacioncs históricas que le son propias, re-
gentear, en función de pretendidas razones de Estado, los temas dcl
arte. La libre elección de esos temas y la no-rcstricción absoluta en
Io que sc rcficrc al campo de su cxploración constituyen para el ar
tista un bien que tienc derecho a reivindicar como inalicnablc. En
matéria de creación artística, importa esencialmcntc que la imagi-
nación escape a toda constricción, no sc deje bajo ningdn pretexto
imponer derroteros. A aquellos que podrían instamos, ya sea para
hoy o para manana, a consentir en que cl arte sea sometido a una
disciplina que consideramos como radicalmentc incompatible con
sus médios, oponemos un rechazo sin apclación y nuestra voluntad
deliberada de atenernos a la fórmula: toda licencia en arte.
Afírmaciones de Arturo*
*
* Publicado na revista A rtu ro , n. I , editada por Arden Quin e Edgar Daylcy, Buenos
Aires, 1 9 4 4 . Extraído de C la res d e i a rte d e nuestra am érica, La Habana. Casa de l a s
Américas, v. I. n. 16. nov. 1986.
* El valor de la pintura de Dali por ejempío'. est i coníeaido en los objetos y en sus
significactoncs strr.bdlkaa a Ia vez hay much* descripodn entorpecedora. .
A
Manifesto Invenciormta 283
Manifiesto Madí*
Gyula Kosice
* Publicado por ocosiáo da I Exposição dc Arte Madí. Buenos Aires. 1946. Extraído
dc KOSICE, Gyula. Ane Medi. Buenos Aires: Gaglianooe. 1982.
286 Manifestos c Declarações 1921 -1959
M anifesto Manco*
Lucio Fontana
• Publicado cm Buenos Aires. 1946. lixtratdo de Lúcio Fontana: eltspoao conto ex-
r l.vcaân fealilof«' >. Madrid: Palie w VdfcqBCí. Ministério de la Cultura. 1982.
288 Manifestos c Declarações 1921-1959
Manifiesto Perceptisla*
R aúl Lozza
* Publicado por ocasião da ExpostçSo Raúl Lozza, Galeria Van Ricl, Buenos Aires,
1949. Extraído de PERA7.ZO, Nelly. El arte concreto en la Argentina. Buenos Aires:
Gaglianonc. 1983.
296 Manifestos c Declarações 1921-1959
Manifesto R uptura*
L. Charoux, W. Cordeiro. G. de Barros, K Fejer, L. Haar,
L. Sacilotlo e A. Wlodyslaw
•initét nrlr icntáloeni Km de Janorn/SAo Paulo: MAM /Pmacoico.i tio 1-Mndo. 1»)77
298 Manifestos c Dcclaroçôes 1921-1959
é o velho
é o novo
transcribirlo cn su totalidml
A rte Generativo
AcInrncUSn dc términos: Generativo: dfeese de lo que tiene virtud
de engendrar.
Engendrar: Erocrcar, propagar la propia cspecic, causar, ocasionar,
formar.
Gencrodor: Dfeese dc la línea o dc la figura que por su movimiento
engendran rcspcctivarocnte una figura o un cucrpo geométrico.
“ No se trata dc un pianteo téorico, sino de una aclaración dc con-
ceptos.“
MamTiesto Rectángulo*
Grupo Rectángulo
O Objeto*
Waldemar Cordeiro
O objeto e a sensibilidade encontram, nos endereços de van
guarda, uma nova correlação, que vem situar de modo realista o
processo chamado catarse, querendo-se indicar com esse termo o
momento da transformação do objetivo em subjetivo, do material
em espiritual, do prático em teórico. Os artistas criam, dentro das
leis da natureza, objetos que tem um valor histórico na vida social
do homem. Os objetos criados passam a integrar o mundo exterior,
real c banal. A parcialidade dos românticos, que pretendem fazer
da arte um mistério e um milagre, desacredita a potencialidade so
cial da criação formal. O intelectualismo dos ideólogos, de outro
lado, atribui h arte tarefas que esta não pode cumprir, por serem
contrárias à sua natureza.
ti por força dos objetos que o homem adquire c desenvolve o
conhecimento. Leonardo escreveu que a experiência é a mãe da
razão. A sensibilidade é a chave de todo um mundo de valores. A
arte representa os momentos qualitativos da sensibilidade elevada a
pensamento. Um “pensamento por imagens” .
A universalidade da arte é a universalidade do objeto.
O conteúdo na arte é um cristal. “Corpus solidum", real e visí
vel. Na arte só existe um conteúdo, aquele representado de modo
concreto pela linguagem artística. Não há conteúdos verbais.
O conteúdo não é um ponto de partida, mas o ponto de chegada.
O valor artístico é a qualidade da própria obra de arte e não um
empréstimo usurário, a curto prazo, de sujeitos refinados.
Não há uma sensibilidade artística. Artística 6 só a obra.
Urge uma volta ao realismo, para salvar as conquistas básicas da
arte contemporânea ameaçadas pelas perplexidades e complexos de
uma falsa moral.
Realismo artístico e não realismo anedótico. Courbet escreveu
que a imaginação na arte consiste em saber achar a expressão a
mais completa de uma coisa existente. Nós dizemos que a imagi
nação na arte consiste em saber achar uma coisa existente, a mais
completa, de uma expressão. Não há a expressão de um objeto,
mas o objeto de uma expressão.
Manifesto Neoconcreto*
Ferreira Gitllar
Cronologia 1910-1964
1910 México: Revolução Mexicana. Criação dos Centros Artísticos por ini
ciativa do Doctor Atl (Gerardo Murillo), precursor teórico c político
do muralismo c ativo participante da renovação da arte mexicana.
1911 Colômbio: Andrés dc Santamaría deixa a direção da Escola de Belas
Artes dc Bogotã. cargo que ocupava desde 1904, indo fixar-sc na
Europa.
1912 Aléxico: após uma greve dos estudantes por quase un ano, a Academia
dc Belas Artes é reformada.
Venezuela: greve dos estudantes contra os professores na Academia
dc Belas Artes c criação do Círculo dc Belas Artes.
1913 Brasil: exposição dc Lasar Scgall, artista formado no expressionismo
alemão, cm São Paulo e Campinas.
Chile: exposição coletiva do grupo Geração dc 13. na Sala de Expo
sições dc El Mercúrio.
Venezuela: I Exposição do Círculo dc Belas Artes.
1915 Equador: reforma curricular da Escola dc Belas Artes.
Uruguai: Pedro Figari. nomeado diretor da Escola Nacional dc Artes
c Ofícios, propõe reformas nas estruturas curricular e administrativa.
1916 Venezuela: chegam ao país os pintoresfauves Samys Mutzner (rome
no) e Nicolas Ferdinandov (russo), que sc ligam ao Círculo dc Belas
Artes.
Chile: conferência dc Vicente Huidobro no Ateneu de Buenos Aires,
primeira referência ao criacionismo
1917 Brasil: exposição de telas expressionistas dc Anita Malfatti, desenca
deando a polêmica renovadora das artes visuais no país.
Venezuela: o Círculo de Belas Artes é fechado pela polícia.
1918 Venezuela: Revista de Cultura Venezolana (ate 1927).
1919 Peru: fundação da Escola Nacional dc Belas Artes. Exposição de
José Sabogal. cm Cuzco, dando início ao movimento indigenista pe
ruano: Julia Codesido. Camilo Bias. “Apurimak". Enrique Camino
Brent e Jorge Vinatea Reinoso.
Venezuela: chega ao país o pintor francês pós-impressionista Emilio
Boggio, que realiza exposição no Salão da Escola dc Música e Dc-
clamação.
1920 Brasil: chegam ao país o escultor expressionists alemão Wilhelm Ha-
arberg e o pintor John Graz, aluno dc F. Hodlcr Vítor Brechcrct faz
o projeto do Monumento às Bandeiras.
México: sob a direção de Alfredo Ramos Martinez, criação das Esco
las ao Ar Livre c dos Centros Populares dc Ensino, colocados sol» a
orientação dc artistas como Rufino Tamayo. Carlos Mérklac Miguel
Covarrubias. Revista México Moderno (até 1922).
1921 Argentina: exposições dc Pedro Figari (Galeria MOlkr) c Gómc/
Cornet (Galeria Chandler)
310 Cronologia 1910-1964