Biologia – 10º
1. Diversidade na Biosfera
1 – A Biosfera
1.1. Diversidade
Biodiversidade/Diversidade Biológica: Multiplicidade dos seres vivos presentes na
biosfera.
o Diversidade Ecológica: Diversidade de comunidades presentes nos diferentes
ecossistemas.
o Diversidade de Espécies: Variedade entre espécies encontradas em diferentes
habitats do planeta.
o Diversidade Genética: Variedade genética dentro e entre populações
pertencentes à mesma espécie.
Espécie: Conjunto de indivíduos, em regra morfologicamente semelhantes, que podem
cruzar-se entre si originando descendência fértil. Este é um conceito muito utilizado,
mas existem imensas exceções, nomeadamente nas plantas e bactérias.
Relações Tróficas
Produtores: Autotróficos (plantas, algas e outros organismos)
Consumidores e Decompositores: Heterotróficos (animais, a maioria dos fungos,
muitos protistas e bactérias)
Nas cadeias alimentares, os alimentos seguem através de vários níveis tróficos, sendo cada
um deles o conjunto de organismos que usam a mesma fonte de energia. A cada nível
trófico, há menos 90% da energia do que no que o precede.
A maior parte dos organismos dispõem de várias fontes de alimento, podendo ser eles
próprios fonte de alimento de vários outros serves vivos. Assim, a visão mais realista da
estrutura trófica de uma comunidade é a teia alimentar.
Constituintes
Básicos
Prótidos
Glícidos
Lípidos Biomoléculas
Ácidos
Nucleicos
A água tem um papel fundamental na vida da célula, já que permite a ocorrência das reações
químicas essenciais para a sua manutenção. Isto dá-se porque a molécula de água possui
polaridade, ou seja, tem uma carga ligeiramente negativa junta ao átomo de oxigénio e positiva
junta aos átomos de hidrogénio. Assim, esta característica permite que a molécula de água
estabeleça ligações a moléculas iguais, ou até mesmo de diferentes substâncias, desde que
carregadas eletricamente. – Ligações de Hidrogénio
Reação de Hidrólise: Quando os polímeros se desdobram nos seus diversos monómeros, dá-se
a despolimerização. Esta rutura ocorre através da reação de uma molécula de água com o
composto.
Glícidos/Hidratos de Carbonos
Os glícidos são compostos orgânicos ternários, em cuja constituição entra carbono, oxigénio e
hidrogénio. No âmbito da importância biológica dos glícidos, podem referir-se a função
energética e a estrutural.
Lípidos
Os lípidos são biomoléculas estruturalmente muito heterogéneas. Geralmente são compostos
ternários constituídos por C, O, e H, mas também podem conter outros elementos como S, N ou
P. A sua propriedade mais distintiva é a sua fraca solubilidade na água, ou contrário da sua
grande solubilidade em solventes orgânicos. Dentre as funções que este grupo funcional
desempenha nos organismos, destacam-se a função energética, a estrutural, a protetora, a
vitamínica e a hormonal.
Lípidos Simples – Triglicerídeos: Com funções de reserva, este tipo de lípidos tem como
constituintes 3 ácidos gordos e um glicerol (no caso do triglicerídeo). Os ácidos gordos
consistem em grandes cadeias de átomos de carbono, hidrocarbonada. Esta cadeia diz-
se saturada caso todas as ligações dos átomos sejam simples, e insaturada se possuir
ligações duplas ou triplas. Denomina-se ligação éster a ligação entre o glicerol e os
ácidos gordos. Como consequência desta reação, dá-se a formação de moléculas de
água.
Lípidos Complexos – Fosfolípidos: Constituídos por dois ácidos gordos, um glicerol, um
grupo fosfato e um composto R. Por ter uma parte apolar e outra polar, diz-se que os
fosfolípidos são moléculas anfipáticas, ou seja, têm uma extremidade hidrofóbica
(cadeia hidrocarbonada) e uma extremidade hidrofílica (composto R, grupo fosfato e
glicerol).
Prótidos
São compostos orgânicos quaternários. Os prótidos mais simples são os aminoácidos, que
servem como unidade estrutural de moléculas mais complexos, como os péptidos e as proteínas.
Ácidos Nucleicos
Os ácidos nucleicos são as principais biomoléculas envolvidas no controlo celular. As suas
funções consistem no armazenamento e transferência de informação genética. Os nucleótidos
são os monómeros dos ácidos nucleicos. São constituídos por uma pentose, ligada a um
composto alcalino azotado (base) e a um grupo fosfato.
Bases Azotadas
o Anel Simples/Bases Pirimídicas: Uracilo, Citosina, Timina.
o Anel Duplo/Bases Púricas: Adenina e Guanina.
2. Obtenção de Matéria
Os lípidos das membranas são principalmente fosfolípidos, que contêm uma extremidade
hidrofóbica (não polar) e outra hidrofílica (polar).
Três dos modelos de membrana celular mais relevantes são: os modelos de Davson e
Danielle, e o modelo de Singer e Nicholson. Este último também é chamado modelo de mosaico
fluido, constituído por um meio extracelular (glicolípidos e glicoproteínas, proteínas
extrínsecas), uma bicamada fosfolipídica (fosfolípidos, proteínas intrínsecas) e um meio
intracelular (proteínas extrínsecas).
Os mecanismos pelos quais ocorrem as trocas de materiais através da membrana
plasmática são variados. Alguns são controlados por processos físicos e noutros intervêm
proteínas das membranas.
Digestão Intracelular
Verifica-se em seres unicelulares e nalgumas células de seres pluricelulares. No retículo
endoplasmático, são sintetizadas proteínas enzimáticas. Estas são transferidas para o complexo
de Golgi, onde são transformadas e transferidas para lisossomas que se destacam desse
organelo e acumulam essas enzimas. Estes lisossomas fundem-se com vesículas endocíticas,
formando vacúolos digestivos. Graças às enzimas digestivas, as moléculas complexas são
decompostas noutras mais simples, podendo então serem utilizadas pelas células.
Digestão Extracelular
A digestão extracelular, que ocorre fora das células, pode ainda chegar a ocorrer fora do corpo,
muito comum nos fungos. Chama-se a este processo digestão extracorporal. Por exemplo, os
cogumelos possuem filamentos (hifas), que libertam enzimas para o substrato, decompondo as
moléculas complexas que serão absorvidas pelas membranas das hifas.
Na maioria dos animais, a digestão ocorre em cavidades digestivas, sendo, portanto, uma
digestão intracorporal. Os sistemas digestivos foram evoluindo, passando de incompletos, com
uma abertura, para completos, com duas aberturas. O tubo digestivo completo confere várias
vantagens aos organismos que o possuem:
Sobre a absorção, que acontece maioritariamente no intestino delgado, vale ressaltar que esta
aproveita algumas características do órgão para tornar o processo mais eficiente. A superfície
do intestino apresenta válvulas coniventes, que por sua vez apresentam vilosidades, cujas
células apresentam microvilosidades. Estas características aumentam consideravelmente a
superfície de contacto entre os nutrientes e a parede intestinal, facilitando a sua absorção.
A energia luminosa/química não podem ser utilizadas diretamente pelas células. Parte
dessa energia é transferida para um composto, adenosina trifosfato (ATP). Estas
moléculas são a forma mais comum de circulação de energia numa célula, pois podem
ser facilmente hidrolisadas.
Hidrólise de ATP: Este processo dá-se quando uma molécula de H2O entra em
contacto com uma molécula de ATP, rompendo a ligação de um dos grupos
fosfato, libertando energia, e formando uma molécula de ADP e um ião fosfato.
Esta reação é exoenergética.
Fosforilação de ADP: Requer energia, transformando o ião fosfato e o ADP
numa molécula de ATP, formando também uma molécula de H2O no processo.
Esta reação é endoenergética.
O ciclo do ATP é fundamental para a produção de compostos orgânicos na
fotossíntese e quimiossíntese.
2.1 Fotossíntese
6CO2 + 12H2O C6H1206 6+ 602 + H20
Nota:
2.2 Quimiossíntese
A quimiossíntese é um processo semelhante á fotossíntese, porém, não é utilizado energia
luminosa, e sim energia química. Os seres quimiossintéticos produzem compostos
orgânicos pela mesma fonte de carbono que os seres fotossintéticos, o CO2. Porém, a fonte
de eletrões não é a água, mas sim substâncias como o sulfureto de hidrogénio ou o
amoníaco.
3. Distribuição de Matéria
Plantas não Vasculares: (por exemplo, musgos) Em regra não apresentam tecidos condutores.
Vivem geralmente em zonas húmidas, o movimento da água efetua-se por osmose e as
substâncias dissolvidas movimentam-se por difusão de célula a célula.
Plantas Vasculares: (por exemplo, fetos) Nestas plantas, existem vários sistemas complexos de
condução de água e solutos. O movimento de solutos orgânicos e de solutos inorgânicos no
interior da planta, através de tecidos condutores, designa-se por translocação.
• Xilema: também conhecido por lenho ou tecido traqueano, nele circula a seiva xilémica
ou bruta. Os elementos condutores mais importantes deste tecido são os vasos xilémicos
(células mortas e traqueídos, também mortas), cujas paredes laterais têm espessamentos
impregnados de uma substância impermeável – a lenhina. O parênquima é o único tecido do
xilema constituído por células vivas, que desempenham funções de reserva. Tem sentido
ascendente.
• Floema: também conhecido como líber ou tecido crivoso, é nele que circula a seiva
elaborada/floémica. Os seus elementos condutores são os tubos crivosos (células vivas), cujas
paredes transversais com orifícios constituem as placas crivosas. Também contém fibras mortas
(suporte) e células parenquimatosas (reserva). Além disso, no floema existem ainda outro tipo
de células, as células de companhia. Tem sentido descendente.
Sistemas de Transporte
A raiz, o caule e as folhas são estruturas que evidenciam a adaptação das plantas ao meio
terrestre.
No entanto, esta não deve ser o principal fator responsável pela ascensão da água e dos
solutos, pois certas plantas não apresentam pressão radicular.
Assim, o movimento da água no mesófilo faz mover toda a coluna hídrica, que se
mantém contínua, estabelecendo-se deste modo a corrente de transpiração. Quanto
mais rápida for a transpiração ao nível das folhas, mais rápida se torna a ascensão da
seiva.
Resumindo,
A circulação dupla é mais eficiente do que a circulação simples por vários fatores. Entre eles:
Assegura um fluxo vigoroso de sangue para os diferentes órgãos, uma vez que o sangue
dos pulmões volta ao coração e é impulsionado sob pressão para todo o organismo.
O número de cavidades também é importante, pois quando passam a haver quatro
destas, deixa de haver mistura de sangue, aumentando a eficácia da circulação.
Peixes: O coração tem duas cavidades: uma aurícula e um ventrículo. A circulação percorre
apenas um circuito: é uma circulação simples.
Anfíbios: O coração tem três cavidades, duas aurículas e um ventrículo. A circulação é dupla,
ou seja, existe um circuito pulmonar e um sistémico.
Circuito: Na aurícula direita entra sangue venoso vindo dos diferentes órgãos e na
aurícula esquerda entra sangue arterial vindo dos pulmões (e da pele). As aurículas
contraem-se e o sangue passa o único ventrículo. Assim, mesmo com a não
simultaneidade da contração das aurículas, dá-se a mistura do sangue arterial e do
sangue venoso. Por este motivo, diz-se que a circulação dos anfíbios é dupla
incompleta.
Mamíferos: O coração tem quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos, não havendo
mistura de sangues no coração. Assim, a circulação dupla nestes animais é uma circulação
completa. A evolução para este tipo de coração permite uma maior capacidade energética,
adaptação correspondente a uma maior disponibilidade de oxigénio.
Pressão Sanguínea: Pressão exercida pelo sangue sobre a parede dos vasos. Esta atinge o seu
valor máximo nas artérias, diminuindo progressivamente até chegar a valores praticamente
nulos nas veias. Na artéria aorta verifica-se o valor de máxima pressão, cerca de 120 mmHg,
correspondente ao momento de sístole ventricular, pressão sistólica, e um valor mínimo, cerca
de 80 mmHg, correspondente ao momento da diástole ventricular, pressão diastólica.
Porém, se nas veias os valores de pressão sanguínea são praticamente nulos, como é que o
sangue chega ao coração? Entre os principais mecanismos que contribuem para o retrocesso do
sangue ao coração:
Quanto á velocidade do fluxo sanguíneo, esta atinge o valor máximo nas artérias, diminui nos
capilares, e volta a aumentar nas veias.
O excesso da linfa intersticial entra para capilares linfáticos que existem nos diferentes
órgãos entre os vasos sanguíneos, fazendo parte o sistema linfático. Estes capilares reúnem-se
em veias linfáticas, que também possuem válvulas. Aqui, o fluido denomina-se simplesmente
linfa, e é igualmente constituído por plasma (sem proteínas) e leucócitos. Esta é lançada na
corrente sanguínea em veias que abrem na veia cava superior.
Assim, podemos admitir que os fluidos extracelulares sangue, linfa circulante e
intersticial fazem parte do meio interno, assegurando várias funções vitais, tais como:
Às células chegam sempre os nutrientes, mas o oxigénio do meio pode chegar ou não. Existem
seres capazes de viver na ausência deste gás, mas que não sobrevivem sem a energia de que
necessitam para as suas células. São as reações catabólicas que permitem a cedência da energia
contida nas moléculas orgânicas para a síntese de ATP, e estas podem ocorrer na presença de
oxigénio, em aerobiose, ou na ausência deste último, em anaerobiose.
Quando a degradação da matéria orgânica não utiliza oxigénio e o produto final é uma molécula
orgânica, o fenómeno designa-se FERMENTAÇÃO. Por outro lado, quando é utilizado oxigénio
nas células durante a oxidação dos compostos orgânicos, dizemos que se trata de RESPIRAÇÃO
AERÓBIA.
1– Fermentação
As leveduras são seres anaeróbios facultativos, ou seja, podem mobilizar energia de compostos
orgânicos tanto em condições de anaerobiose como aerobiose. No entanto, alguns
microrganismos apenas conseguem realizar essa mobilização de energia por fermentação, que
ocorre no citoplasma, em meios desprovidos de oxigénio. São seres anaeróbios obrigatórios.
Existem diversos tipos de fermentações, mas vão ser apenas consideradas duas versões: a
fermentação lática e a fermentação alcoólica. Ambas compreendem duas fases sequenciais: a
glicólise e a redução do ácido pirúvico.
Glicólise: Conjunto de reações que degradam a glicose em ácidos pirúvicos. É igual tanto
para a fermentação lática como para a fermentação alcoólica.
o Uma molécula de glicose (6C) é desdobrada em duas moléculas de ácido
pirúvico (3C). Este desdobramento é desencadeado pela energia fornecida por
2 ATP. Os ATP tornam-se ADP, uma vez que forneceram um grupo fosfato cada.
Forma-se uma molécula de Frutose-Difosfato (6C+2P), muito instável, que se
divide em 2 moléculas de 3C e 1P.
o 2 moléculas de NADP+ experimentam uma redução ao interagirem com os
compostos, tornando-se 2 NADPH. Entretanto, estes mesmos compostos
fornecem os seus grupos fosfatos, dando-se a fosforilação de 4 moléculas de
ADP.
o Assim, é possível dizer-se que o rendimento energético da glicólise é 2 ATP.
Redução do Ácido Pirúvico: Conjunto de reações que conduzem à formação dos
produtos da fermentação, que ocorrem a partir do ácido pirúvico. Difere da
fermentação lática para a fermentação alcoólica.
Fermentação Lática: Após a glicólise, os dois ácidos pirúvicos experimentam
uma redução, ao combinarem-se com hidrogénios transportados pelas
moléculas NADPH. Originam-se assim dois ácidos láticos (3C), tendo também
sido oxidadas as moléculas NADPH, tornando-se de novo NADP+, podendo,
desse modo, voltar a ser reduzidas.
Fermentação Alcoólica: Após a glicólise, os dois ácidos pirúvicos experimentam
uma descarboxilação, libertando 2CO2. Em seguida, são reduzidos pelas
moléculas NADPH, que voltam á sua forma oxidada (NADP+). Assim, formam-se
dois etanóis (2C).
2– Respiração Aeróbia
Um grande número de indivíduos é capaz de aproveitar com maior eficácia a energia de
compostos orgânicos, realizando respiração aeróbia. Tal como na fermentação, a glicólise
ocorre como uma primeira fase da respiração aeróbia, em que a glicose é transformada em ácido
pirúvico. No entanto, a segunda fase deste processo não se realiza no citosol.
Nas células eucarióticas, existem organelos citoplasmáticos, as mitocôndrias, nos quais se
efetuam etapas fundamentais da respiração aeróbia, entre as quais um conjunto cíclico de
reações designado por ciclo de Krebs.
Sobre a mitocôndria em si, esta é delimitada por uma membrana dupla. A membrana interna
apresenta uma série de pregas, as cristas mitocondriais, orientadas para o interior de um
material indiferenciado, a matriz mitocondrial.
Respiração Aeróbia
Etapa 2 (AcetilCoA): Os dois ácidos pirúvicos (3C) entram na matriz mitocondrial, onde
é descarboxilado, libertando uma molécula de CO2 cada, tornando-se dois acetatos (2C).
São de seguida oxidados, perdendo um hidrogénio cada, que serão usados para reduzir
uma molécula NADP+ em NADPH (2). Ao mesmo tempo, os compostos ligam-se a uma
coenzima A, transformando-se cada um deles em acetil-coenzima A.
Etapa 3 (Ciclo de Krebs): O ciclo de Krebs é um conjunto de reações onde têm lugar
descarboxilações e oxirreduções de diversos componentes, sendo a glicose
completamente degradada. Os principais reagentes deste processo são os dois acetil-
CoA, água e transportadores de eletrões (NADPH), sendo catalisados por enzimas estas
reações. Por cada molécula de glicose degradada (2 ciclos de Krebs), formam-se:
2 Moléculas de ATP
6 Moléculas de NADPH
4 Moléculas de CO2
2 Moléculas de FADH2
Etapa 4 (Cadeia Transportadoras de Eletrões/Fosforilação Oxidativa): As moléculas de
NADPH e FADH2 transferem os seus eletrões (tornam-se moléculas NADP+ e FAD+) para
as cadeias respiratórias, localizadas na membrana interna, sendo constituídas por
proteínas (acetores), e os seus protões para o espaço entre a membrana externa e
interna. Inicia-se assim um fluxo ao longo do qual estas moléculas vão sendo
sucessivamente reduzidas e oxidadas. Cada transportador tem maior afinidade com os
eletrões do que o transportador anterior, garantindo-se desta forma um fluxo
unidirecional até ao acetor final, o oxigénio (libertando energia em todo o processo).
Este, depois de receber os eletrões, capta os hidrogénios da fosforilação oxidativa,
tornando-se H2O. A fosforilação oxidativa consiste no movimento dos protões (H+) do
espaço entre as membranas para a matriz mitocondrial através da ATP sintetase,
produzindo energia que é usada na fosforilação de moléculas de ADP em ATP:
fosforilação oxidativa. – 34 ATP.
Fermentações
o (4 – 2) = 2 Moléculas de ATP por Glicose
o Processo rápido para renovação de pequenas quantidades de ATP.
o Exemplo: Exercícios intensos, relativamente curtos, em provas desportivas.
Respiração Aeróbia
o (4 – 2) + 2 + (10NADPH+2FADH2) = 38 Moléculas de ATP por Glicose
o Processo demorado para renovação de grandes quantidades de ATP.
o Exemplo: Repouso, provas desportivas de longa duração.
Nas plantas superiores, este processo dá-se nas folhas. Nas plantas herbáceas, dá-se não
só nas folhas como também através dos estomas existentes ao longo da epiderme do caule, e
ainda, nos troncos e raízes das plantas lenhosas.
Nos animais mais complexos, existem um conjunto de estruturas que constituem o sistema
respiratório, do qual fazem parte superfícies especializadas nas trocas gasosas entre o meio
externo e interno, designadas por superfícies respiratórias. O movimento dos gases
respiratórios ocorre sempre por difusão simples em meio aquoso.
Nos animais em que se verifica uma difusão indireta dos gases, há uma relação entre o sistema
respiratório e o sistema circulatório, apresentando-se nas superfícies respiratórias
intensamente vascularizadas. Neste caso, o intercâmbio de CO2 do sangue e O2 das superfícies
respiratórias designa-se hematose, transformando-se o sangue venoso em sangue arterial.
Tegumento: Em animais como a minhoca, não existe um sistema respiratório diferenciado, logo,
a superfície do corpo atua como tal. O oxigénio passa para um fluido circulante através da pele,
chegando, desse modo, às células para as quais se difunde. O dióxido de carbono faz o percurso
inverso. Verifica-se, assim, um tipo de difusão indireta, designada por hematose cutânea. Certas
características da pele destes animais favorecem este processo:
Brânquias: Órgãos respiratórios da maior parte dos animais aquáticos. São, em regra, formadas
a partir de evaginações da superfície do corpo. Nos peixes, as brânquias são internas,
localizando-se em duas câmaras branquiais, uma de cada lado da cabeça, recobertas por uma
lâmina óssea de proteção, o opérculo.
A grande área de contacto das brânquias, bem como a disposição dos seus capilares, favorece a
eficiência da hematose branquial. O sangue flui em sentido oposto ao sentido do movimento da
água que banha as lamelas branquiais. Assim, o oxigénio vai passando, por difusão, para o
sangue. Pela mesma razão, o dióxido de carbono difunde-se em sentido contrário. O nome do
processo que desencadeia o movimento da água é ventilação. Esta é controlada por
movimentos da boca e dos opérculos.
Sistema de Traqueias: É constituído por uma rede de canais cheios de ar, as traqueias. Estas
contactam com o exterior por aberturas na superfície do corpo, espiráculos, e a sua parede é
reforçada por anéis de quitina. As trocas gasosas com as células efetuam-se por difusão direta
efetuam-se por difusão direta, não intervindo o sistema circulatório no transporte dos gases.
Além disso, alguns insetos possuem ainda sacos de ar que funcionam como reservas, facilitando
a ventilação.
Na difusão de gases respiratórios, o fator que condiciona o sentido desta depende das
diferenças de pressão parcial de cada um desses gases ao nível dessas superfícies.
Fim
Nota: Método Científico!
Conjunto de regras básicas, com o intuito de realizar uma experiência, a fim de desenvolver
um determinado conhecimento.
1º: Observação;
2º: Recolher dados relacionados com o problema;
3º: Surge uma hipótese (explicação provisória);
4º: Desenvolve-se uma experimentação;
5º: Analisar os dados da experiência, verificando-se se a hipótese estava errada ou
não.
Principais Etapas:
1 – Observação;
2 – Formulação de um Problema;
3 – Formulação de uma Hipótese;
4 – Realizar uma Experiência Controlada;
5 – Análise dos Dados e Conclusão;
Variável Dependente: efeitos causados pela variável independente; variável medida pelos
investigadores.
Resultados e Conclusões: mais viáveis se a experiência for repetida várias vezes. – Teoria
Credível.