Você está na página 1de 17

Apontamentos Gerais de Funções 11º e 12º anos

Exercícios Resolvidos

1. Teorema de Comparação de Sucessões

1.1 Considera duas sucessões (𝑢# ) e (𝑣# ) tais que:


• 𝑙𝑖𝑚 (𝑢# ) = −∞
• 𝑣# ≥ −2 − 𝑢# , ∀𝑛 ∈ ℕ
Então:
(A) 𝑙𝑖𝑚 𝑣# = +∞ (B) 𝑙𝑖𝑚 𝑣# = −∞ (C) 𝑙𝑖𝑚 𝑣# ∈ [−2, +∞[ (D) 𝑙𝑖𝑚 𝑣# ∈ ]−∞, −2]

• lim(−2 − 𝑢# ) = −2 − lim(𝑢# ) = −2 − (−∞) = +∞


• Como 𝑣# ≥ −2 − 𝑢# e lim(−2 − 𝑢# ) = +∞, então pelo Teorema de Comparação de Sucessões,
lim(𝑣# ) = +∞.
Opção correta: (A)

:;<(#)=#>
1.2 Considera a sucessão (𝑢# ) = . Mostra que lim 𝑢# = −∞.
?#@A
−1 ≤ cos(𝑛) ≤ 1
⟺ −1 − 𝑛A ≤ cos(𝑛) − 𝑛A ≤ 1 − 𝑛A
=H=#> :;<(#)=#> H=#>
⟺ ≤ ≤ , pois 3𝑛 + 2 > 0
?#@A ?#@A ?#@A
O O
H=#> #> L > =HM #L > =HM @R(S=H)
• lim L M = lim N P
> Q = lim N P
> Q= = −∞
?#@A #L?@ M ?@ ?@S
P P

:;<(#)=#> H=#> H=#>


• Como ?#@A
≤ ?#@A e lim L?#@AM = −∞, então pelo Teorema de Comparação de Sucessões
TUV(#)=#>
lim L ?#@A
M = −∞

H=AX
1.3 Seja (uX ) a sucessão de termo geral uX = e seja (vX ) uma sucessão tal que
X@H
∀n ∈ ℕ, vX + 2 ≤ 0 ∧ vX ≥ uX . Justifica que a sucessão (vX ) é convergente e indica o valor do seu
limite.
O O
H=A# #L =AM =A S=A
• 𝑙𝑖𝑚 𝑢# = lim L #@H M = lim N P
O Q = lim NP OQ = H@S = −2
#LH@ M H@
P P

• vX + 2 ≤ 0 ∧ vX ≥ uX ⟺ 𝑣# ≤ −2 ∧ 𝑣# ≥ 𝑢# ⟺ 𝑢# ≤ 𝑣# ≤ −2
• Como lim (𝑢# ) = lim(−2) = −2 e 𝑢# ≤ 𝑣# ≤ −2, então pelo teorema das sucessões enquadradas,

𝑙𝑖𝑚(𝑣# ) = −2, logo é (𝑣# ) é convergente.

2. Teorema de Enquadramento de Sucessões

A#@H #
2.1 Considera a sucessão (𝑣# ) = L \#
M . Usando o teorema das sucessões enquadradas, determina
𝑙𝑖𝑚 𝑣# .
A#@H A# H A H
• \#
= \# + \# = \ + \#

𝑛 ≥ 1 , ∀𝑛 ∈ ℕ
A # ? #
Como lim L\M = lim L\M = 0, pelo teorema das
⇔ 5𝑛 ≥ 5
H H
sucessões enquadradas,
⟺ 0 < \# ≤ \, pois é uma sucessão de termos positivos
A A H ? 2 1 #
⟺ < + ≤ lim p + q = 0
\ \ \# \ 5 5𝑛
A # A H # ? #
⟺ L\M < L\ + \#M ≤ L\M

#@<aX (#)
2.2 Determina o limite da sucessão 𝑏# = .
A#

−1 ≤ sen(𝑛) ≤ 1
⟺ −1 + 𝑛 ≤ sen(n) + n ≤ 1 + 𝑛
=H@# <aX(X)@X H@#
⟺ ≤ ≤ , pois 2𝑛 > 0
A# A# A#
=H@# H@# H H
Como lim L M = lim L M = então, pelo teorema das sucessões enquadradas, lim 𝑏# = .
A# A# A A

3. Limite segundo a definição de Heine

3.1 Seja f a função de domínio [−3,2], representada graficamente na


A
figura ao lado e seja (uX ) a sucessão definida por − 1. Qual é o valor
X
de lim f(uX ) ?
(A) 3 (B) 2 (C) 0 (D) -1

A
• lim(𝑢# ) = lim L# − 1M = 0@ − 1 = −1@

• lim 𝑓(𝑢# ) = lim h 𝑓(𝑥) = 0 (por observação do gráfico).


f→=H

Opção correta (B)

3.2 Na figura ao lado está representada parte da representação gráfica de


uma função 𝑓 de domínio ℝ\{2}. As retas de equações 𝑥 = 2, 𝑦 = 1 e
𝑦 = 0 são assíntotas do gráfico de 𝑓.
As retas de equações 𝑥 = 2, 𝑦 = 1 e 𝑦 = 0 são assíntotas do gráfico de 𝑓.
Seja (𝑥# ) a sucessão de termo geral 𝑥# = 2 − 𝑛A .
Indica o valor de lim 𝑓(𝑥# ).
(A) 0 (B) 1 (C) −∞ (D) +∞

• lim(𝑥# ) = lim(2 − 𝑛A ) = 2 − (+∞) = −∞

• lim 𝑓(𝑥# ) = lim 𝑓(𝑥) = 1


f→=R
Opção correta (B)
4. Sucessões monótonas, limitadas e convergentes

?#=\
4.1 Considera as seguintes afirmações acerca das sucessões definidas por 𝑢# = e 𝑣# = (−1)# × 2𝑛.
A#@H
I. (𝑣# ) é limitada.
II. (𝑢# ) é convergente.
III. (𝑢# ) é monótona e (𝑣# ) é não monótona.
Podemos afirmar que:
(A) Apenas a afirmação III é verdadeira.
(B) Apenas a afirmação I e II são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
(D) As afirmações I, II e III são verdadeiras.

?(#@H)=\ ?#=\ (?#=A)(A#@H)=(?#=\)(A#@?) s#> =#=A=s#> @#@H\ H?


𝑢#@H − 𝑢# = A(#@H)@H − A#@H = (A#@?)(A#@H)
= (A#@?)(A#@H)
= (A#@?)(A#@H)

Como 𝑛 ∈ ℕ, (2𝑛 + 3)(2𝑛 + 1) > 0, então 𝑢#@H − 𝑢# > 0, ∀𝑛 ∈ ℕ.


Então, (𝑢# ) é estritamente decrescente.

• 𝑣H = (−1)H × 2 × 1 = −2
• 𝑣A = (−1)A × 2 × 1 = 2
• 𝑣? = (−1)? × 2 × 3 = −6
• 𝑣H < 𝑣A e 𝑣A > 𝑣? à logo (𝑣# ) é não monótona

Ou
?#=\ ?
𝑢# = = − >
𝑛 ≥ 1, ∀𝑛 ∈ ℕ
A#@H A A#@H
⟺ 2𝑛 ≥ 2
3𝑛 − 5 2𝑛 + 1 ⟺ 2𝑛 + 1 ≥ 3
3 ? H H
−3𝑛 − ⟺ 0 < A#@H ≤ ?, pois é uma sucessão de termos positivos
2 A
H? Ou
−A ⟺ 0 > A#@H
>
=
≥−
H?
s
Ou
? ? \
⟺A>A− >
A#@H
≥s
? \
Como a sucessão (uX ) é majorada (supremo ) e minorada (ínfimo ),
A s

então (uX ) é limitada.

Como a sucessão (𝑢# ) é monótona e convergente, então é limitada.

−2𝑛 𝑠𝑒 𝑛 í𝑚𝑝𝑎𝑟
• 𝑣# = (−1)# × 2𝑛 = v
2𝑛 𝑠𝑒 𝑛 𝑝𝑎𝑟
Como nem para 𝑛 ímpar nem para 𝑛 par, a sucessão não é majorada, então não é limitada.

Opção correta (B)


5. Limites de sucessões

Determina os limites das seguintes sucessões:



#~ @#u @#@H ∞ #~ @#u @#@H #~ H H H
5.1 lim } ~ > = }lim ~ >
}lim ~ = }𝑙𝑖𝑚 = } =
•# @# •# @# •# • • A

∞−∞ €√#u @?#@A=√#u @?#‚€√#u @?#@A@√#u @?#‚


5.2 lim€√𝑛? + 3𝑛 + 2 − √𝑛? + 3𝑛‚ = lim
√#u @?#@A@√#u @?#
=

> >
€√#u @?#@A‚ =€√#u @?#‚ 𝑛3 +3𝑛+2−€𝑛3 +3𝑛‚ 𝑛3 +3𝑛−2−𝑛3 −3𝑛 −2 −2
= lim = lim = lim ƒ = lim ƒ = +∞ = 0
√#u @?#@A@√#u @?# ƒ𝑛3 +3𝑛+2+ƒ𝑛3 +3𝑛 𝑛3 +3𝑛+2+ƒ𝑛3 +3𝑛 𝑛3 +3𝑛+2+ƒ𝑛3 +3𝑛


u u u u
#@? ∞ #LH@ M
P
#LH@ M
P
#LH@ M
P
H@ H@S H
5.3 lim = lim = lim = lim = lim P
= =…
√„#> @H@•# O O O O √„@•
}#> L„@ > M@•# #×}„@ @•# #N}„@ @•Q }„@ @•
P P P P

u u u
√#> @? }#> LH@ > M #×}H@ > }H@ >
P P P √H H
5.4 lim = lim O = lim O = lim O = =A = − A
H=A# #L =AM #L =AM =A
P P P

†P @• PhO †P @• P וO †P @• P ו †P • P ו †P H •P •
5.5 lim = lim = lim = lim L\P ×A\ + \P ×A\M = lim L\P × A\ + \P × A\M =
\Ph> \P ×\> \P ×A\

† # H • # • H •
= lim ‡L\M × A\ + L\M × A\ˆ = +∞ × A\ + 0 × A\ = +∞ + 0 = +∞ Relembra:
Se a > 1, então lim aX = +∞
Se 0 < a < 1, então lim aX = 0
2𝑛 − 1, 𝑠𝑒 𝑛 ≤ 10 A#=H A
5.6 𝑢# = ‰ A#=H lim 𝑢# = lim \#@• =
, 𝑠𝑒 𝑛 > 10
\#@•
\

6. Limites de Funções

Determina os limites das seguintes funções:

u u
√f@\ √†
6.1 lim = =2
f→? f=A H

f > @•f=H ? f > @•f=H f > @•f=H


6.2 lim = àNão existe, pois limh ≠ lim‹
f→H H=f S f→H H=f f→H H=f

H „
6.3 lim (2𝑥 A + 𝑥 + 9) = lim 𝑥 A L2 + + M = +∞(2 + 0 + 0) = 2
f→=R f→=R f f>

O
H@?f > f > L > @?M S@?
6.4 lim = lim •
O > = H@S@S = 3
f→@R f > @f@A f→@R f > LH@ @ > M
• •

€√A=f=√H=f‚€√A=f@√H=f‚ (A=f)=(H=f) H H
6.5 lim €√2 − 𝑥 − √1 − 𝑥‚ = lim = lim = lim = @R = 0
f→=R f→=R √A=f@√H=f f→=R √A=f@√H=f f→=R √A=f@√H=f

Af=• A(f=A) A H
6.6 lim = lim (f=A)(f@A) = lim f@A = A
f→A f > =• f→A f→A

=?f > @f@A (f=H)(=?f=A) =?f=A =\ =\


6.7 lim = lim (f=H)(f > = lim = =
f→H f u @f > @?f=\ f→H @Af@\) f→H f > @Af@\ H@A@\ …
C.A.

−3 1 2 1 1 3 −5
1 ↓ 1 ↓
−3 −2 1 2 5

−3 −2 0 1 2 5 0

f f f f H H
6.8 lim = lim = lim = lim = = lim =H=1
f→@R √f > @H f→@R }f > LH@ O M f→@R |f|}H@ O f→@R f}H@ O f→@R }H@ O
•> •> •> •>

f f f f H H
6.9 lim = lim = lim = lim = = lim = =H = −1
f→=R √f > @H f→=R }f > LH@ O M f→=R |f|}H@ O f→=R =f}H@ O f→=R =}H@ O
•> •> •> •>

7. Limite de uma função definida por ramos

7.1 Seja 𝑓 a função, de domínio ℝ, definida por:


Limite de uma função num ponto 𝒙 = 𝒂 ∈ 𝑫𝒇
f=H
𝑠𝑒 𝑥<1
H=√f 𝒇(𝒂) = 𝐥𝐢𝐦h 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐢𝐦‹ 𝒇(𝒙)
𝒙→𝒂 𝒙→𝒂
𝑓(𝑥) = ‘ −2 𝑠𝑒 𝑥=1
√f@?=A
𝑠𝑒 𝑥>1
H=f >

Verifica se existe lim 𝑓(𝑥).


f→H

• 𝑓(1) = −2

f=H (f=H)€H@√f‚ (f=H)€H@√f‚ H@H


• lim 𝑓(𝑥) = lim‹ H= = lim‹ = lim‹ = = −1
f→H‹ f→H √f f→H H=f f→H =(f=H) =H

√f@?=A €√f@?=A‚€√f@?@A‚ f=H H H


• lim 𝑓(𝑥) = lim‹ = lim‹ = lim‹ = lim‹ =−
f→Hh f→H H=f > f→H (H=f)(H@f) f→H =(f=H)(f@H) f→H =(f@H) A

Como 𝑓(1) ≠ lim‹ 𝑓(𝑥) ≠ limh 𝑓(𝑥), então não existe lim 𝑓(𝑥).
f→H f→H f→H

7.2 Considera a função 𝑓, de domínio [−4, +∞[\{0}, definida por:

f > @f
𝑠𝑒 −4 ≤ 𝑥 < 0
𝑓(𝑥) = “A=√f@•
A”
, sendo 𝑘 um parâmetro real não nulo
𝑠𝑒 𝑥>0
f@H

Determina o valor de 𝑘 de modo que exista lim 𝑓(𝑥).


f→S

Como 0 ∉ 𝐷˜ , para lim 𝑓(𝑥) existir então limh 𝑓(𝑥) = lim‹ 𝑓(𝑥).
f→S f→S f→S
A”
• limh 𝑓(𝑥) = limh f@H = 2𝑘
f→S f→S

f > @f f(f@H)€A@√f@•‚ f(f@H)€A@√f@•‚ (f@H)€A@√f@•‚


• lim 𝑓(𝑥) = lim‹ = lim‹ = lim‹ = lim‹ = −4
f→S‹ f→S A=√f@• f→S €A=√f@•‚€A@√f@•‚ f→S =f f→S =H

• lim 𝑓(𝑥) = lim‹ 𝑓(𝑥) ⟺ 2𝑘 = −4 ⟺ 𝑘 = −2


f→Sh f→S
8. Continuidade de uma função

√4𝑥 A + 4 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −10
Seja 𝑓 a função definida por: 𝑓(𝑥) = ‰
(𝑥 + 1)√𝑥 + 10 𝑠𝑒 𝑥 > −10

Estuda a continuidade da função 𝑓.

• Para 𝑥 ∈ ]−∞, −10[, 𝑓 é continua por ser a raiz quadrada de uma função polinomial.

• Para 𝑥 ∈ ]−10, +∞[, 𝑓 é continua por ser o produto de duas funções continuas: 𝑥 ⟼ 𝑥 + 1 é
continua por ser uma função polinomial e 𝑥 ⟼ √𝑥 + 10 por ser a raiz quadrada de uma função
polinomial.

• Em 𝑥 = 0:

𝑓(−10) = ƒ4(−10)A + 4 = √404

𝑓(−10) = lim ‹ 𝑓(𝑥)


f→=HS

lim 𝑓(𝑥) = limh (𝑥 + 1)√𝑥 + 10 = 0


f→=HSh f→HS

Como lim‹ 𝑓(𝑥) ≠ limh 𝑓(𝑥), então 𝑓 não é continua em 𝑥 = 10.


f→HS f→HS

Logo 𝑓 é continua em ℝ\{0}.

9. Assíntotas do gráfico de uma função

\f > =H
9.1 Considera a função 𝑓 definida por 𝑓(𝑥) = . Determina, se existir, as equações das assíntotas do
•=f
seu gráfico.
A existência de assíntotas verticais pode ser
Assíntotas Verticais: testada em:
• pontos de descontinuidade do domínio
da função;
• 𝐷˜ = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 4 − 𝑥 ≠ 0} = ℝ\{4}
• pontos que não pertencem ao domínio
da função.
C.A. 4 − 𝑥 = 0 ⟺ 𝑥 = 4

\f > =H \ו> =H …†
• lim‹ 𝑓(𝑥) = lim‹ •=f
= •=•
= Sh = +∞
f→• f→•

\f > =H \ו> =H …†
• limh 𝑓(𝑥) = limh •=f
= •=•
= S‹ = −∞
f→• f→•

A reta de equação 𝑥 = 4 é assíntota (bilateral) do gráfico de 𝑓.

Assíntotas Não Verticais: 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 (𝑚, 𝑏 ∈ ℝ)


£•> ‹O
˜(f) \f > =H 𝑓(𝑥)
• 𝑚H = lim = lim ~‹•
= lim = 𝑚 = lim
f→@R f f→@R f f→@R •f=f > f→±R 𝑥

O
f > L\= > M \= >
O 𝑏 = lim [𝑓(𝑥) − 𝑚𝑥]
\ f→±R
= lim ~

= lim ~

= =H = −5 ∈ ℝ
f→@R f > L =HM f→@R •=H

Se 𝑚 = 0, então a assíntota, se existir, será
5𝑥2 −1 horizontal.
• 𝑏H = lim [𝑓(𝑥) − 𝑚H 𝑥] = lim ‡ 4−𝑥
− (−5)𝑥ˆ =
f→±R f→@R
Se 𝑚 ≠ 0, então a assíntota, se existir, será
5𝑥2 + 20𝑥 − 5𝑥2 20𝑥 oblíqua.
= lim ¥ ¦ = lim § ¨=
f→@R 4−𝑥 f→@R 4 − 𝑥

20𝑥 20 20
= lim © ª = lim © ª= = −20 ∈ ℝ
f→@R 4 f→@R 4 −1
𝑥 L𝑥 − 1M 𝑥 − 1

Para 𝑥 → −∞, os cálculos seriam análogos. Logo, a reta de equação 𝑦 = −5𝑥 − 20 é assíntota oblíqua do
gráfico de 𝑓 quando 𝑥 → −∞ e quando 𝑥 → +∞.

OBSERVAÇÃO:
• Dada uma função 𝑓 e a reta de equação 𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 (𝑚, 𝑏 ∈ ℝ), diz-se que a reta de equação
𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏 é assintota não vertical ao gráfico de 𝑓 se:
lim [𝑓(𝑥) − (𝑚𝑥 + 𝑏)] = 0
f→±R
• O gráfico de uma função apenas pode admitir duas assíntotas não verticais (uma quando 𝑥 → +∞
e outra quando 𝑥 → −∞), mas pode admitir infinitas assíntotas verticais.

9.2 De uma função 𝑓, de domínio e continua em ℝ@ , sabe-se que o gráfico admite a assíntota de
equação 𝑦 = 𝑥 − 4.
(A) lim [𝑓(𝑥) − 𝑥 + 4] = 0 (B) lim [𝑓(𝑥) − 𝑥] = 0
f→@R f→@R

˜(f) (D) lim 𝑓(𝑥) = +∞


(C) lim =1 f→@R
f→@ f

Qual das proposições seguintes podemos afirmar que é falsa?

Como o gráfico de 𝑓 admite uma assíntota oblíqua de equação 𝑦 = 𝑥 − 4, então:


˜(f)
• 𝑚 = 1 ⇔ lim = 1, por sua vez tem-se que lim 𝑓(𝑥) = +∞
f→@R f f→@R

• 𝑏 = −4 ⇔ lim [𝑓(𝑥) − 𝑥] = −4
f→@R

• lim [𝑓(𝑥) − (𝑥 − 4)] = 0 ⇔ lim [𝑓(𝑥) − 𝑥 + 4] = 0


f→@R f→@R

Sendo assim, a afirmação falsa é a (B).

9.3 Seja 𝑔 uma função de domínio ℝ@ . Sabe-se que a reta de equação 𝑦 = 2𝑥 + 4 é uma assíntota do
¬(f)
seu gráfico. Indica o valor de lim ‡ f
× (𝑔(𝑥) − 2𝑥)ˆ.
f→@R
𝑔(𝑥) 𝑔(𝑥)
lim ¥ × (𝑔(𝑥) − 2𝑥)¦ = lim × lim (𝑔(𝑥) − 2𝑥) = 2 × 4 = 8
f→@R 𝑥 f→@R 𝑥 f→@R

9.4 Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções reais de variável real. Sabe-se que:


• 𝐷˜ = 𝐷¬ = ℝ@
• lim (𝑓(𝑥) − 3𝑥) = 0
f→@R
Af > @f
• 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑥) +
f
Estuda a função 𝑔 quanto à existência de assíntotas oblíquas do seu gráfico.

>•> h•
¬(f) ˜(f)@ ˜(f) Af > @f H
• 𝑚 = lim = lim •
= lim ‡ + ˆ = 3 + lim ‡2 + f ˆ = 3 + 2 = 5
f→@R f f→@R f f→@R f f> f→@R

Af > @f f˜(f)@Af > @f=\f > f(˜(f)=?f@H)


• 𝑏 = lim [𝑔(𝑥) − 5𝑥] = lim ‡𝑓(𝑥) + − 5𝑥ˆ = lim ‡ ˆ = lim ‡ ˆ=
f→@R f→@R f f→@R f f→@R f

= lim [𝑓(𝑥) − 3𝑥 + 1] = lim [𝑓(𝑥) − 3𝑥] + 1 = 0 + 1 = 1


f→@R f→@R

A reta de equação 𝑦 = 5𝑥 + 1 é assíntota oblíqua do gráfico de 𝑔 quando 𝑥 → +∞.

10. Teorema de Bolzano – Cauchy

• 𝑓 é continua em [𝑎, 𝑏]
• Calcular 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏)
• 𝑓(𝑎) < 𝑘 < 𝑓(𝑏) ou 𝑓(𝑏) < 𝑘 < 𝑓(𝑎)
• Pelo Teorema de Bolzano: ∃𝑐 ∈ ]𝑎, 𝑏[: 𝑓(𝑐) = 𝑘

• 𝑓 é continua em [𝑎, 𝑏]
• Calcular 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏)
• 𝑓(𝑎) × 𝑓(𝑏) < 0
• Pelo Corolário do Teorema de Bolzano: ∃𝑐 ∈ ]𝑎, 𝑏[: 𝑓(𝑐) = 0

10.1 Seja g a função definida em ℝ por 𝑔(𝑥) = 𝑥 \ − 𝑥 + 1.


O Teorema de Bolzano-Cauchy permite-nos afirmar que a equação 𝑔(𝑥) = 8 tem pelo menos uma
solução no intervalo:
(A) ]−1,0[ (B) ]0,1[ (C) ]1,2[ (D) ]2,3[

(A) 𝑔(−1) = (−1)\ − (−1) + 1 = −1 + 2 = 1 < 8 (C) 𝑔(1) = 1 < 8


𝑔(0) = 0 − 0 + 1 = 1 < 8
𝑔(2) = 2\ − 5 + 1 = 32 − 4 = 28 > 8
(B) 𝑔(0) = 1 < 8
(D) 𝑔(2) = 28 > 8
𝑔(1) = 1 − 1 + 1 = 1 < 8
𝑔(3) = 3\ − 3 + 1 = 243 − 2 = 241 > 8

Opção correta (C)


10.2 Seja 𝑓: [0,2] → ℝ uma função continua tal que 𝑓(0) = 𝑓(2) = 0 e 𝑓(1) > 0.

Prova que existe pelo menos um 𝑐 ∈ ]0,1[ ∶ 𝑓(𝑐) = 𝑓(𝑐 + 1).

• 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑥 + 1) ⇔ 𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥 + 1) = 0 ⇔ 𝑔(𝑥) = 0


• 𝑔 é continua em [0,1] por ser a diferença de duas funções continuas.

• 𝑔(0) = 𝑓(0) − 𝑓(0 + 1) = 0 − 𝑓(1) = −𝑓(1) < 0


𝑔(1) = 𝑓(1) − 𝑓(1 + 1) = 𝑓(1) − 𝑓(2) = 𝑓(1) − 0 = 𝑓(1) > 0
• 𝑔(0) × 𝑔(1) < 0
• Pelo Corolário do Teorema de Bolzano:
∃𝑐 ∈ ]0,1[ ∶ 𝑔(𝑐) = 0 ⟺ ∃𝑐 ∈ ]0,1[ ∶ 𝑓(𝑐) − 𝑓(𝑐 + 1) = 0 ⟺ ∃𝑐 ∈ ]0,1[ ∶ 𝑓(𝑐) = 𝑓(𝑐 + 1)

10.3 Seja 𝑓 uma função de domínio ℝ@ A


S definida por 𝑓(𝑥) = √𝑥 + 𝑚𝑥 + 2.
Determina para que valores de 𝑚 o teorema de Bolzano-Cauchy garante para a equação 𝑓(𝑥) = 4 é
possível em [1,4].
• 𝑓(𝑥) = 4 ⇔ 𝑓(𝑥) − 4 = 0 ⇔ 𝑔(𝑥) = 0
• 𝑔 é continua em [1,4] por ser a diferença de duas funções continuas.

• 𝑔(1) = 𝑓(1) − 4 = √1 + 𝑚 × 1A + 2 − 4 = 𝑚 − 1
𝑔(4) = 𝑓(4) − 4 = √4 + 𝑚 × 4A + 2 − 4 = 16𝑚
• 𝑔(1) × 𝑔(4) < 0 ⇔ (𝑚 − 1) × 16𝑚 < 0 ⇔ 16𝑚A − 16𝑚 < 0 ⇔ 𝑚 ∈ ]0,1[
C.A. 16𝑚A − 16 = 0 ⟺ 16𝑚(𝑚 − 1) = 0 ⟺ 16𝑚 = 0 ∨ 𝑚 − 1 = 0 ⇔ 𝑚 = 0 ∨ 𝑚 = 1

f=A
10.4 Sejam 𝑓 e 𝑔 duas funções definidas por 𝑓(𝑥) = 𝑥 A − 3𝑥 e 𝑔(𝑥) = de domínios ℝ e ℝ\{−3},
f@?
respetivamente.
(a) Utiliza o Teorema de Bolzano-Cauchy para provar que os gráficos de 𝑓 e 𝑔 se intersetam num
ponto pertencente ao intervalo ]3,4[.
• 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) ⟺ 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) = 0 ⟺ ℎ(𝑥) = 0
• ℎ é continua em [3,4] por ser a diferença de duas funções continuas.
?=A H
• ℎ(3) = 𝑓(3) − 𝑔(3) = (3A − 3 × 3) − ?@? = − s < 0
•=A A A\
ℎ(4) = 𝑓(4) − 𝑔(4) = (4A − 3 × 4) − •@? = 4 − … = …
>0
• ℎ(3) < 0 < ℎ(4)
• Pelo Teorema de Bolzano-Cauchy:
∃𝑐 ∈ ]3,4[ ∶ ℎ(𝑐) = 0 ⇔ ∃𝑐 ∈ ]3,4[ ∶ 𝑓(𝑐) − 𝑔(𝑐) = 0 ⇔ ∃𝑐 ∈ ]3,4[ ∶ 𝑓(𝑐) = 𝑔(𝑐)

(b) Recorre à calculadora gráfica para determinar, com arredondamento às centésimas, o valor da
abcissa do ponto cuja existência ficou provada na alínea anterior.
• Introduz-se na calculadora gráfica as funções:
A f=A
𝑓H (𝑥) = 𝑥 − 3𝑥; 𝑓A (𝑥) = f@?
• Janela de visualização:
𝑥𝑚𝑖𝑛 = 3; 𝑥𝑚𝑎𝑥 = 4; 𝑦𝑚𝑖𝑛 = −1; 𝑦𝑚𝑎𝑥 = 1.
Resposta: 𝑥 ≈ 3,08

11. Teorema de Weierstrass

• 𝑓 é continua em [𝑎, 𝑏]

• Segundo o Teorema de Weierstrass, 𝑓 admite máximo e mínimo absolutos.

?
11.1 Considera a função f, de domínio ℝ, definida por: f(x) = v−x + 5x + 2 se x ≤ 3
4x + 1 se x > 3
Justifica que a função tem no intervalo [−1,2] um máximo e um mínimo.

Para 𝑥 ≤ 3, 𝑓 é continua por ser uma função polinomial. Em particular, 𝑓 é continua em [−1,2].

Sendo assim, segundo o Teorema de Weierstrass, 𝑓 admite extremos absolutos em [−1,2].

A
11.2 Considere a função 𝐟 , real de variável real, de domínio IR , definida por: f(x) = v a x − 2a se x ≥ 2
12 se x < 2
Determine o valor de a > 0 , de forma que o teorema de Weierstrass permita garantir a existência de

um mínimo e um máximo absolutos da função f em [1, 3].

Para que o Teorema de Weierstrass garante a existência de extremos absolutos da função 𝑓 em [1,3] é

necessário que 𝑓 seja continua nesse intervalo.

• 𝑓(2) = 𝑎A × 2 − 2𝑎 = 2𝑎A − 2𝑎
• lim 𝑓(𝑥) = lim‹(12) = 12
f→A‹ f→A

Para 𝑓 ser continua, 𝑓(2) = lim‹ 𝑓(𝑥) ⟺ 2𝑎A − 2𝑎 = 12 ⟺ 2𝑎A − 2𝑎 − 12 = 0 ⟺


f→A

2 ± ƒ2A − 2 × 2 × (−12)
⟺𝑎= ⟺ 𝑎 = −2 ∨ 𝑎 = 3
2×2

Como 𝑎 > 0, 𝑎 = 3.
12. Derivadas de funções reais de variável real

12.1 No referencial da figura está representada uma função f. A reta r passa

pelos pontos de coordenadas (−1,4); €2, f(2)‚; €k, f(k)‚ e (7,0).

Determina:
H … \
(a) f(2) = − × 2 + =
A A A
S=• H H … H …
C.A. 𝑚¹ = …=(=H) = − A; 0 = − A × 7 + 𝑏 ⟺ 𝑏 = A; 𝑟: 𝑦 = − A 𝑥 + A
˜(A)=˜(=H) H
(b) t. m. v.[=H,A] = = m» = − A
A=(=H)
H
(c) t. m. v.[A,¼] = 𝑚¹ = −
A

12.2 Considera a função 𝑓(𝑥) = −5𝑥 A . Determina 𝑓 ½ (1), recorrendo à definição de derivada de uma

função num ponto.


˜(f)=˜(H) =\f > =€=\×H>‚ =\f > @\ =\€f > =H‚ =\(f=H)(f@H)
𝑓 ½ (1) = lim f=H
= lim f=H
= lim f=H
= lim f=H
= lim (f=H)
= lim −5(𝑥 + 1) = −10
f→H f→H f→H f→H f=H f→H

ou
˜(H@¾)=˜(H) =\(H@¾)> =€=\×H> ‚ =\€H@A¾@¾> ‚@\ =HS¾=¾> ¾(=HS=¾)
𝑓 ½ (1) = lim ¾
= lim ¾
= lim ¾
= lim ¾
= lim ¾
= −10 − 0 = −10
¾→S ¾→S ¾→S ¾→S ¾→S

12.3 Considera a função g definida por g(x) = |x − 1|.

(a) Mostra que g é continua em 1.


𝑥 − 1 𝑠𝑒 𝑥≥1
g(x) = |x − 1| = À
−𝑥 + 1 𝑠𝑒 𝑥<1
𝑔(1) = 1 − 1 = 0
lim (𝑥 − 1) = 1 − 1 = 0
f→Hh

lim (−𝑥 + 1) = −1 + 1 = 0
f→H‹

Como 𝑔(1) = limh 𝑔(𝑥) = lim‹ 𝑔(𝑥) = 0, então 𝑔 é continua em 𝑥 = 1.


f→H f→H

(b) Calcula g ½ (1@ ) e g ½ (1= ). O que concluis quanto à existência de derivada em 1?


¬(f)=¬(H) (f=H)=(H=H) f=H
𝑔½ (1@ ) = limh f=H
= limh f=H
= limh f=H = 1
f→H f→H f→H

¬(f)=¬(H) (=f=H)=(H=H) =(f=H)


𝑔½ (1= ) = lim‹ f=H
= lim‹ f=H
= limh f=H
= −1
f→H f→H f→H

Como 𝑔½ (1@ ) ≠ 𝑔½ (1= ) então a função 𝑔 não tem derivada em 𝑥 = 1.

12.4 Seja 𝑓 uma função de domínio ℝ. Sabe-se que 𝑓 ½ (2) = 6 (𝑓′ designa a derivada de 𝑓).
˜(f)=˜(A)
Qual é o valor de lim f > =Af
?
f→A
˜(f)=˜(A) ˜(f)=˜(A) ˜(f)=˜(A) H H H
lim = lim = lim × lim f = 𝑓 ½ (2) × A = 6 × A = 3
f→A f > =Af f→A f(f=A) f→A f=A f→A

12.5 Seja 𝒇 uma função real de variável real. Sabe-se que:

• 𝒇½ (𝟐) = 𝟗

• a reta tangente ao gráfico de 𝒇, no ponto de abcissa 2, interseta o eixo 𝑶𝒚 no ponto de ordenada

−𝟏𝟓.

Qual é o valor de 𝒇(𝟐)?

O declive da reta tangente ao gráfico de 𝒇 no ponto de abcissa 2 é igual à derivada da função 𝒇 no ponto

de abcissa 2, ou seja, 𝒎𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝒇½ (𝟐) = 𝟗.

Como a reta tangente interseta o eixo das ordenadas em −𝟏𝟓, então a reta tem como ordenada na origem

−𝟏𝟓. Sendo assim, a equação da reta tangente é dada por 𝒚 = 𝟗𝒙 − 𝟏𝟓.

Como o gráfico da função 𝒇 e a reta tangente se cruzam no ponto de abcissa 2, podemos recorrer à

equação da reta tangente para determinar a ordenada de 𝒙 = 𝟐:

𝒚 = 𝟗 × 𝟐 − 𝟏𝟓 = 𝟑

Logo, 𝒇(𝟐) = 𝟑.

12.7 Recorrendo às regras de derivação, determina a expressão da

função derivada de cada uma das seguintes funções:

(a) 𝒇(𝒙) = 𝟓𝒙𝟑 − √𝟓𝒙 + 𝟒

𝒇½ (𝒙) = 𝟏𝟓𝒙𝟐 − √𝟓
𝟓𝒙𝟑 @𝒙𝟐
(b) 𝒇(𝒙) =
𝟏=𝒙𝟐

Ï Ï
€𝟓𝒙𝟑 @𝒙𝟐 ‚ ×€𝟏=𝒙𝟐 ‚=€𝟓𝒙𝟑 @𝒙𝟐 ‚×€𝟏=𝒙𝟐 ‚ (Retirado do Formulário do EN 2019)
𝒇½ (𝒙) = (𝟏=𝒙𝟐)𝟐
=

€𝟏𝟓𝒙𝟐 @𝟐𝒙‚×€𝟏=𝒙𝟐 ‚=€𝟓𝒙𝟑 @𝒙𝟐 ‚×(=𝟐𝒙) 𝟏𝟓𝒙𝟐 =𝟏𝟓𝒙𝟑 @𝟐𝒙=𝟐𝒙𝟑 @𝟏𝟎𝒙𝟒 @𝟐𝒙𝟑 𝟏𝟎𝒙𝟒 =𝟏𝟓𝒙𝟑 @𝟏𝟓𝒙𝟐 @𝟐𝒙
= (𝟏=𝒙𝟐 )𝟐
= (𝟏=𝒙𝟐 )𝟐
= (𝟏=𝒙𝟐 )𝟐

(c) 𝒇(𝒙) = 𝒙𝟑 × √𝒙

𝟏 ½ 𝟏
𝟏
𝒇½ (𝒙) = (𝒙𝟑 )½ × √𝒙 + (𝒙𝟑 ) × €√𝒙‚ = 𝟐𝒙𝟐 × √𝒙 + L𝒙𝟐 M = 𝟐𝒙𝟐 √𝒙 + 𝒙=𝟐 = 𝟐𝒙𝟐 √𝒙 +
√𝒙

(d) 𝒇(𝒙) = (𝟐𝒙𝟑 + 𝒙)𝟑

𝒇½ (𝒙) = 𝟑 × (𝟐𝒙𝟑 + 𝒙)𝟐 × (𝟐𝒙𝟑 + 𝒙)½ = 𝟑(𝟐𝒙𝟐 + 𝒙)𝟐 × (𝟔𝒙𝟐 + 𝟏) = (𝟏𝟐𝒙𝟐 + 𝟑) × (𝟐𝒙𝟐 + 𝒙)𝟐
𝟑
(e) 𝒇(𝒙) = √𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙

𝟏 ½ 𝟐
𝟏 𝟔𝒙𝟐 @𝟒
𝒇½ (𝒙) = ‡(𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙)𝟑 ˆ = 𝟑 × (𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙)=𝟑 × (𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙)½ = 𝟑
𝟑× ƒ(𝟐𝒙𝟑 @𝟒𝒙)𝟐
12.6 Considera a função 𝒇, de domínio ℝ, definida por 𝒇(𝒙) = 𝟏 − 𝒙𝟐 . Seja 𝒕 a reta tangente ao gráfico de
𝟏
𝒇 no ponto de abcissa . Qual é a inclinação da reta 𝒕?
𝟐

𝟏
O declive da reta tangente ao gráfico de 𝒇 no ponto de abcissa 𝟐 é igual à derivada da função 𝒇 no ponto
𝟏 𝟏
de abcissa 𝟐, ou seja, 𝒎𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝒇½ L𝟐M.

𝒇½ (𝒙) = (𝟏 − 𝒙𝟐 )½ = −𝟐𝒙
𝟏 𝟏
𝒎𝒕𝒂𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 = 𝒇½ p q = −𝟐 × = −𝟏
𝟐 𝟐
𝒎 = 𝒕𝒈(𝜶), onde 𝜶 é a inclinação da reta tangente

−𝟏 = 𝒕𝒈(𝜶) ⟺ 𝜶 = 𝒕𝒈=𝟏 (−𝟏) + 𝟏𝟖𝟎° ⟺ 𝜶 = −𝟒𝟓° + 𝟏𝟖𝟎° ⟺ 𝜶 = 𝟏𝟑𝟓°

13. Monotonia e extremos de uma função


𝟏 𝟏
13.1 Estuda os intervalos de monotonia e extremos locais da função 𝒋(𝒙) = − , recorrendo ao estudo
𝒙 𝒙@𝟏

do sinal da respetiva derivada.

1º passo: Determinar o domínio da função 𝐟


𝐷Ö = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 ≠ 0 ∧ 𝑥 + 1 ≠ 0} = ℝ\{−1,0}

2º passo: Determinar a expressão da função primeira derivada 𝐟′ e o respetivo domínio


1 1
j½ (x) = − A + ; DÙÏ = ℝ\{−1,0}
x (x + 1)A

3º passo: Determinar os zeros da primeira derivada: resolver a equação 𝐟 ½ (𝐱) = 𝟎


H H =(Û@H)> @Û> =AÛ=H
j½ (x) = 0 ⟺ − Û> + (Û@H)> = 0 ⟺ Û> (Û@H)>
= 0 ⟺ Û>(Û@H)> = 0 ⟺ −2x − 1 = 0 ∧ x A (x + 1)A = 0

H
⟺ x = − A ∧ (x ≠ 0 ∧ x ≠ −1)

4º passo: Estudar o sinal da 𝐟′ e construir o quadro

x −∞ −1 1 0 +∞

2
−2𝑥 − 1 + + + 0 − − −
𝑥 A (𝑥 + 1)A + 0 + + + 0 +
𝐣′ + n.d. + 𝟎 − n.d. −
𝐣 ↗ n.d. ↗ M ↘ n.d. ↘

H H H
j L− AM = O − O = −4
= = @H
> >

5º passo: Indicar os intervalos de monotonia e os extremos relativos, se existirem


A função j:
H
• É estritamente crescente em ]−∞, −1[ e em ˆ−1, − Aˆ;
H
• É estritamente decrescente em ‡− A , 0‡ e em ]0, +∞[;
H
• Tem um máximo relativo igual a −4 para x = − A.
13.2 Na figura ao lado, está representada, num referencial o.n. 𝒙𝑶𝒚, parte do

gráfico de uma função 𝒉′, primeira derivada de 𝒉. Em qual das opções

seguintes pode estar representada parte do gráfico da função 𝒉?

A partir do gráfico da função ℎ½ , podemos estudar a monotonia da função ℎ:

x −∞ 0 +∞

𝐡′ + 0 −
𝒉 ↗ M ↘

Então, o gráfico da função ℎ é estritamente crescente de ]−∞, 0] e estritamente decrescente em


[0, +∞[, tendo um máximo absoluto em ℎ(0). Logo, a opção correta é (D).

14. Concavidades e pontos de inflexão do gráfico de uma função

14.1 Estuda, quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à existência de pontos de
f>
inflexão, a função 𝑖(𝑥) = .
f > =A

1º passo: Determinar o domínio da função 𝐟

Dà = {𝑥 ∈ ℝ ∶ 𝑥 A − 2 ≠ 0} = ℝ\á−√2, √2â

2º passo: Determinar a expressão da função segunda derivada 𝐟′′ e o respetivo domínio


AÛ(Û> =A)=Û> ×AÛ =•Û
i½ (x) = (Û> =A)>
= (Û>
=A)>

=•(f > =A)> =(=•f)(A(f > =A)Af) =•(Û> =A)@Hsf > HAÛ> @†
i½½ (x) = (Û> =A)~
= (Û> =A)u
= (Û>=A)u ;

DàÏÏ = {𝑥 ∈ ℝ ∶ (𝑥 A − 2)? ≠ 0} = ℝ\á−√2, √2â

3º passo: Determinar os zeros da segunda derivada: resolver a equação 𝐟 ½½ (𝐱) = 𝟎

12x A + 8
i½½ (x) = 0 ⟺ = 0 ⇔ 12x A + 8 = 0 ∧ (x A − 2)? ≠ 0
(x A − 2)?
Equação Impossível
4º passo: Estudar o sinal da 𝐟′′ e construir o quadro

x −∞ −√2 √2 +∞
12𝑥 A + 8 + + + + +
(𝑥 A − 2)? + 0 − 0 +
i′′ + n. d. − n. d. +
i ∪ n. d ∩ n. d ∪

5º passo: Indicar os pontos de inflexão, se existir, e os intervalos onde o gráfico da função tem
concavidade tem voltada para cima e/ou para baixo

O gráfico da função h tem:


• Concavidade voltada para cima em è−∞, −√2é e em è√2, +∞é
• Concavidade voltada para baixo em è−√2, √2é;
• Não tem pontos de inflexão.

14.2 Na figura ao lado, está representada, num referencial ortogonal 𝑥𝑂𝑦, parte
do gráfico da função 𝑔′′, segunda derivada de uma função 𝑔. Em qual das
opções seguintes pode estar representada parte do gráfico da função 𝑔?

A partir do gráfico da função ℎ½½ , podemos estudar as concavidades e pontos de inflexão do gráfico da

função ℎ:

x −∞ 0 𝑎 +∞

𝐠′ + 𝟎 − 𝟎 +
𝐠 ∪ P.I. ∩ P.I. ∪

O gráfico da função 𝑔 começa com concavidade voltada para cima, fica com concavidade voltada
para baixo e depois volta a ficar com concavidade voltada para cima, e tem dois pontos de
inflexão um com abcissa 0 e o outro com abcissa positiva. Logo, a opção correta é (A).
15. Identificação dos extremos relativos de uma função a partir do estudo do sinal da 2ª derivada

> 0 → concavidade voltada para cima → f tem mínimo relativo

f → f ½ → zeros → substituir os zeros em f′′ = 0 → nada se pode concluir (contruir tabela de monotonia)

< 0 → concavidade voltada para baixo → f tem máximo relativo

Acerca de uma função g sabe-se que a função g′ tem domínio ℝ e os seus zeros −5, 1 e 3. Sabe-se ainda

que g ½½ (x) = 3x A + 2x − 17. Mostra que a função g tem um máximo e dois mínimos locais e identifica-os.

g ½½ (−5) = 3(−5)A + 2(−5) − 17 = 48 > 0 à g tem concavidade voltada para cima logo g tem um mínimo

relativo em x = −5

g ½½ (1) = 3 + 2 − 17 = −12 < 0 à g tem concavidade voltada para baixo logo g tem um máximo relativo

em x = 1

g ½½ (3) = 3 × 3A + 2 × 3 − 17 = 27 + 6 − 17 = 16 > 0 à g tem concavidade voltada para cima logo g tem

um mínimo relativo em x = 3

16. Aplicar a primeira e segunda derivadas à cinemática do ponto


Um corpo é lançado na vertical, de baixo para cima, sendo a altura ℎ, em metros, a que se encontra o
corpo decorridos 𝑡 segundos, dada pela expressão ℎ(𝑡) = −𝑡 A + 7𝑡 + 1.
(a) Qual é a velocidade do corpo no instante 𝑡 = 2? Apresenta o resultado em km/h.
𝑣(𝑡) = ℎ½ (𝑡) = (−𝑡 A + 7𝑡 + 1)½ = −2𝑡 + 7
𝑣 ½ (2) = −2 × 2 + 7 = 3 𝑚/𝑠 = 3 × 3,6 𝑘𝑚/ℎ = 10,8 𝑘𝑚/ℎ

(b) Determina a aceleração, em 𝑚/𝑠 A , em 𝑡 = 5.


𝑎(𝑡) = 𝑣 ½ (𝑡) = (−2𝑡 + 7)½ = −2
𝑎(5) = −2 𝑚/𝑠 A

17. Teorema de Lagrange


Dados uma função 𝑓 ∶ 𝐷˜ ⊂ ℝ → ℝ e um intervalo [𝑎, 𝑏] ⊂ 𝐷˜ (𝑎 < 𝑏) tais que:

• 𝑓 é continua em [𝑎, 𝑏];

• 𝑓 é diferenciável em ]𝑎, 𝑏[;

˜(ï)=˜(ð)
então existe pelo menos um ponto 𝑐 ∈ ]𝑎, 𝑏[ tal que: 𝑓 ½ (𝑐) = ï=ð

Geometricamente, concluímos que existe um ponto do gráfico de 𝑓 com abcissa entre 𝑎 e 𝑏 em que a

reta tangente é paralela à reta que passa nos pontos do gráfico de 𝑓 de abcissas 𝑎 e 𝑏.

17.1 Verifica que a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 ? − 3𝑥 A + 4𝑥 − 2 satisfaz as hipóteses do Teorema de Lagrange no intervalo
[−1,2] e determina o valor (ou valores) do número real 𝑐 cuja existência o teorema garante.
• Como 𝑓 é uma função polinomial então é continua em [−1,2] e diferenciável em ]−1,2[, pelo que,
˜(A)=˜(=H)
segundo o Teorema de Lagrange, ∃𝑐 ∈ ]−1,2[ ∶ 𝑓 ½ (𝑐) =
A=(=H)
• Para determinar o valor de 𝑐:

˜(A)=˜(=H) €Au =?×A> @•×A=A‚=€(=H)u =?×(=H)> @•×(=H)=A‚ A=(=HS)


𝑓 ½ (𝑐) = ⟺ 3𝑐 A − 6𝑐 + 4 = ⟺ 3𝑐 A − 6𝑐 + 4 =
A=(=H) A@H ?

⟺ 3𝑐 A − 6𝑐 + 4 = 4 ⟺ 𝑐(3𝑐 − 6) = 0 ⟺ 𝑐 = 0 ∨ 𝑐 = 2

Como 𝑐 ∈ ]−1,2[, 𝑐 = 2.

17.2 Seja 𝑓 uma função diferenciável no intervalo [0,2] tal que:

• 𝑓(0) = 1
• ∀𝑥 ∈ [0,2], 0 < 𝑓 ½ (𝑥) < 9
O teorema de Lagrange, aplicado à função 𝑓 em [0,2], permite concluir que:
(A) 0 < 𝑓(2) < 18 (B) 1 < 𝑓(2) < 19

(C) 2 < 𝑓(2) < 20 (D) 3 < 𝑓(2) < 21

˜(A)=˜(S) ˜(A)=H
𝑓 ½ (𝑥) = ⟺ 𝑓 ½ (𝑥) = ⟺ 2𝑓 ½ (𝑥) + 1 = 𝑓(2)
A=S A

0 < 𝑓 ½ (𝑥) < 9 ⟺ 0 < 2𝑓 ½ (𝑥) < 18 ⟺ 1 < 2𝑓 ½ (𝑥) + 1 < 19 ⟺ 1 < 𝑓(2) < 19
Opção correta (A)

Você também pode gostar