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Antes de chegar aqui você já deve ter lido muito positivamente sobre Holdings.
Quando algum profissional que constrói Holding fala a respeito, diz como se estivesse falando
de um próprio filho, não é verdade?
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Então quer dizer que uma Holding apresenta desvantagens?
Será?
Antes de responder essa pergunta, temos que compreender bem o que é uma Holding Familiar.
Então vamos lá.
Gostaria de esclarecer também que existem Holdings para organização de negócios e Holdings
Familiares para planejamento sucessório e proteção patrimonial, com eficiência tributária.
Quero falar aqui de um tipo muito específico de Holding, que são as Holdings Familiares, que
são um conjunto de atos e estratégias devidamente orquestradas com o objetivo de se alcançar
o interesse daquela família em específico, qual seja, proteção patrimonial e/ou planejamento
sucessório.
E se vamos falar dos riscos que possam eventualmente existir, penso que eles somente
existirão se não houver o alinhamento correto entre os interesses do patriarca/matriarca e a
execução da Holding.
Quer um exemplo?
Carlos decide construir uma Holding com dois objetivos específicos: proteger o patrimônio
familiar dos riscos do negócio de sua empresa e efetuar um planejamento sucessório para que
não exista inventário quando ele partir.
Pois bem.
Imaginemos que o profissional contratado faça toda a construção da Holding, mas postergue a
doação de quotas que é uma das etapas do planejamento sucessório.
Digo que o maior risco numa Holding é ficar como está, qual seja, sem planejamento sucessório
e sem a efetiva proteção patrimonial.
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Afinal de contas, segundo dados da Receita Federal já temos no Brasil mais de 100 mil
Holdings.
Mas alguns podem perguntar: uma das fases do processo de Holding consiste na criação de
uma empresa. Isso não geraria um custo extra com contabilidade, ou seja, esta não seria uma
desvantagem?
E a resposta é: NÃO!
A Holding Familiar é uma empresa chamada carinhosamente de “cofre” e por não ter
movimentação, funcionários, atividade, etc. (lembre-se que o objetivo é separar o patrimônio
do risco do negócio, logo não há atividade econômica aqui), sua contabilidade é simples e de
um custo muito baixo. Na verdade insignificante perto dos absurdos ganhos financeiros e
tributários alcançados na Holding Familiar.
Antoine de Saint-Exupéry, um brilhante escritor francês disse certa vez que: “na vida, não
existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas
seguem-se as soluções.”
Para mim, isso é uma Holding Familiar, ou seja, uma força emanada pela vontade do patriarca
e matriarca de proteger e perpetuar o legado de sua família que materializa essa “força em
marcha” através da Holding e ali seguem as soluções pontuais e específicas para proteger seu
patrimônio e manter a harmonia familiar.
eduardocampadeli