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Fichamento do livro de Rodrigues, Ferdinando de Moura

Forma, Imagem e Significado em Estruturas Urbanas Centrais. Centro da Cidade de Niterói.


Projeto de Reestruturação Urbana. EdUFF/ProEditores, 2005.

Livro Baseado na Tese de Doutorado apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da


USP.

Tendo como base a cidade de Niterói – RJ

Identificação de disfunções de origem morfológica e perda de significado que possam ter


correção com projetos urbanísticos em novas etapas de crescimento.

Cap 1 – Compreensividade de Pesquisa e Análise

Se a estrutura urbana contém tecidos compostos pela diversidade da tipologia arquitetônica, que
por sua vez está caracterizada por diferentes atividades, pensamos que seja mister estudar tanto
a circulação que as conecta como a série histórica de seus estabelecimentos, se queremos dar
conta de seus movimentos e conseqüente identificação das etapas de transformação da estrutura
(crescimento), também incluídas em nossas categorias de análise do espaço urbano. Pág 06.

Cap 2 – Contextualização de Programa de Usos do Solo Urbano

O “espaço urbano” é um produto social através do qual podemos conhecer a cidade em toda a
sua abrangência, matéria também afeita a outras áreas do conhecimento, mas cujo espaço físico
é, por excelência, um campo de atuação do arquiteto.

Assim, não estudamos cidades para fazer cidade, mas para fazer arquitetura na cidade que a
sociedade faz, o que não nos desobriga, no entanto, de responsabilidade na arquitetura do
contexto resultante.

Pág 13

A integração do edifício ao lugar terá origem no conhecimento de suas histórias e se manifestará


não só por espaços exteriores, mas também por espaços internos de sua intermediação com a
cidade, como demonstraremos em capítulo seguinte.

Aos espaços definidos pelo tradicional programa de necessidades (usos), se deverão contrapor
espaços de indefinição programática, no sentido de sua flexibilização.

Pág.15

Espaço Público da cidade que o recupere como o lugar do convívio, cuja forma deverá conter
indícios claros de sua relação com a história do lugar (...) Faz-se necessário reverter o processo
de abandono do espaço público e dotá-lo de condições de competição com a sofisticação
programática de espaços privados como shoppings centers.

Pág. 16

Capítulo 3 – Centros Urbanos e Área de estudo: Centro de Niterói

Este autor nos oferece características nitidamente particulares a centros urbanos, como a “única
área funcional urbana que nasce junto com a cidade!, ou ainda, como no caso brasileiro,
“manifestação espacial intra-urbana das transformações sociais ocorridas na segunda metade do
século XIX” (1978, p. 248-255)

Capítulo 4 – Forma, Imagem e Significado

Temos como hipótese que formas de estruturas urbanas possam ser legíveis a ponto de sua
memorização e daí alcançar o nível de imagem – como signo, possível de representação mental
e material – mas apenas algumas atingirão o status de simbólico, por seu “valor intrínseco” ou
“particular situação histórica” como identifica Rossi, e implicações com uma relação
paradigmática entre o objeto e seu signo (...)

Lynch constatou que formas geométricas simples se incorporam mais facilmente a imagens, e
que aquelas complexas são simplificados pelo próprio observador.

Pág. 27

Citando Strauss, “quando a sociedade é indiferente a um espaço (...) estruturas inconscientes


parecem tirar vantagem e afirma-se no lugar desta indiferença.

Pág 28.

Ao final é sempre o uso – que confere significado ao objeto, que na relação significa é exercício
pelo interpretante na percepção do signo urbano.

Pág 31

Capítulo 5 – Caracterização e Estórias

Identificação de seu processo de transformação, a medida de desempenho em categorias de


usos como circulação, atividades e estabelecimentos, as relações destas entre si e com os
espaços urbanos – como ruas, esquinas e praças.

Pág 33

Ao privilegiarmos histórias de vida dos usuários no centro da cidade – como alternativa à história
oficial, que apresentamos apenas factualmente, buscamos mais a experiência vivida do que a
experiência institucionalizada, sem pretender, no entanto, chegar as profundezas das estratégias
de vida dos grupos sociais como pressupõe esta categoria de análise, tão cara à antropologia
social contemporânea.

Pág 35

Capítulo 6 – Origem e Processos de Transformação do Centro da Cidade de Niterói

A segunda perda, que considerarmos mais dramática pelo rompimento da convivência co centro
urbano como o mar.

Pág 51

Capítulo 7 – Usos do Solo e Tipologia de Espaços Adaptados

A análise do crescimento de estabelecimentos (para todas as atividades urbanas) se dará pelo


mapeamento de sua distribuição e concentração, através de diagramas de quadras padronizadas
(superfícies equalizadas) (...)
Pág 59.

Quanta incidência de tipos de atividades nos deterá apenas para análise dos grupos dos 10 tipos
de maior expressão quantitativa no universo de estabelecimentos ocupados, sem considerar,
portanto, seu valor social ou econômico visto que nosso interesse tem vinculações mais diretas
com a tipologia arquitetônica e urbanística.

Pág. 65

Tipologia de Espaços Urbanos

Tipos de ruas

Mais do que em áreas urbanas residenciais, as ruas de áreas centrais – comerciais e serviços –
têm demonstrado um uso predominante de circulação (...)

Pág 70

Rua de pista simples – uma única pista, com duas ou três faixas de tráfego, ou excepcionalmente
6.

Rua de pista simples e passeios descobertos – Remanescentes do final do século passado e


início deste, estas ruas contém habitações em sua maioria – com muitas já adaptadas para uso
de serviços – e passeios cobertos apenas nas edificações comerciais de esquina.

Anotar as ruas

Tipos de esquina na pagina77

Capítulo 8 – Tipologia dos tecidos urbanos da área central de Niterói

A quadra tem forma de quadriláteros, retangulares em sua maioria, com parcelamento em lotes
de testada reduzida e grande profundidade. A edificação em todas as testadas provoca muro
contínuo de fachadas de alinhamento com a rua e grandes vazios no interior do lote,
configurando-se o que denominamos como “textura exterior fechada e textura interior aberta”

Pág 93

A continuidade do muro de fachadas com predomínio de vedações e ausência de espaços


intersticiais produz uma estrutura ambiental com imagem enclausurada e contorno visual bem
definido por estes cenários laterais, cuja maior densidade e sequência ágil de elementos de
composição arquitetônica proporcionados pela visão serial de fachadas estimulam a comunicação
e convívio urbanos.

Pág 94.

Capítulo 9 – Conclusões

Como admitimos em hipótese, há um significativo grau de relações entre forma do modelos de


circulação e transporte, suas imagens, e símbolos de identificação espacial para usuários da
cidade, e particularmente do centro urbano. O visitante poderá sentir-se protegido e abrigado dos
conflitos de circulação pelo simples reconhecimento de alguns indicadores de uso do espaço
físico.
Continuamos considerando a desnecessidade de extensas áreas de pedestres, que resultam não
só em dificuldades de abastecimento local – principalmente por mobiliário inadequado – como em
caminhadas excessivamente longas; pensamos que preservar ambientes urbanos históricos pode
querer dizer preservar também a tipologia da rua – inclusive a proporção entre pistas e passeios –
tanto quanto a da edificação.

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