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Artigo publicado no Yahoo:


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explica%C3%A7%C3%B5es-palocci-223700349.html

Procuradoria-Geral da República pede explicações a Palocci


Jeferson Ribeiro | Reuters – 14 horas atrás
BRASÍLIA (Reuters) - Após receber representações de partidos da
oposição, a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou nesta
sexta-feira um pedido formal de explicações ao ministro-chefe da Casa Civil,
Antonio Palocci, sobre seu suposto aumento patrimonial.
Palocci tem 15 dias para prestar os esclarecimentos pedidos pelo
procurador-geral Roberto Gurgel, que se baseou nas representações de
PSDB, DEM, PPS e PSOL, de acordo com a assessoria da PGR.
Nos pedidos de investigação, a oposição cita reportagem publicada pelo
jornal Folha de S. Paulo no último domingo afirmando que o patrimônio do
ministro teria crescido 20 vezes desde 2006, depois que Palocci fundou a
consultoria Projeto, que atendia clientes na área econômico-financeira.
O PSDB anunciou nesta sexta que tentará abrir uma CPI mista no
Congresso para investigar o ministro.
Palocci afirmou, em notas divulgadas no domingo e na segunda-feira, que
seu aumento patrimonial está detalhado na declaração de Imposto de
Renda e que a Projeto prestou serviços a clientes da iniciativa privada
"tendo recolhido sobre a remuneração todos os tributos devidos".
Nas representações, os partidos de oposição também pedem que a PGR
investigue quem são os clientes da Projeto e qual seu faturamento.
Palocci já planejava enviar esclarecimentos adicionais ao procurador-geral,
segundo disse à Reuters uma fonte do Palácio do Planalto que falou sob a
condição de anonimato. Agora, o ministro tem um prazo legal para se
explicar.
Em nota, a Projeto disse nesta sexta-feira que não confirma que tenha
faturado 20 milhões de reais em 2010, como noticiou a Folha de S. Paulo, e
explicou o motivo para ter obtido ganhos maiores do que no ano passado.
"O faturamento da empresa foi maior em 2010, seu último ano de operação
como consultoria, por duas razões: o natural crescimento do volume de
contratos ano a ano e as negociações decorrentes do fim de suas
atividades de consultoria, que implicaram quitação antecipada pelos
serviços prestados após acordo com os clientes", disse a nota. Depois que
Palocci foi chamado para ser ministro, a Projeto deixou de ser uma empresa
de consultoria e passou a ser administradora de imóveis.
A empresa também afirmou que não pode divulgar detalhes de seus
contratos e nem o nome dos clientes que a contrataram devido a uma
cláusula de confidencialidade entre as partes.
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A divulgação da lista de clientes é uma das reivindicações da oposição no


Congresso. Os parlamentares querem saber se as empresas que
contrataram a Projeto tiveram alguma vantagem no governo, o que poderia
configurar a prática de tráfico de influência.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
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ARTIGO SOBRE A REPORTAGEN

Jose Roberto Soares Ribeiro1

Apresentação

É LAMENTÁVEL O QUE ESTÁ OCORRENDO NO BRASIL


Não resta a menor dúvida de que a situação no Brasil atualmente é crítica. Uma pessoa que foi
afastada do governo em 2005, em virtude de um escândalo praticado na Receita Federal,
quando ministro da Fazenda, revelando a conta de uma pessoa, ainda volta em 2011 com mais
um escândalo.
É de não acreditar que isso esteja ocorrendo. Usar o poder público para passar informações a
particulares. O dinheiro arrecado com as consultorias foi conseguido provavelmente, pelo
menos hipoteticamente, em virtude de informações que acontecem no Ministério da Fazenda,
pois ninguém iria repassar tanto dinheiro a um indivíduo caso ele não desse como retorno
informações sobre a burocracia, os mecanismos de funcionamento do ministério da Fazenda.
Uma delas, aí é que residiria o perigo, pois um ex-ministro da Fazenda, poderia, mesmo
involuntariamente, repassar informações que poderiam comprometer a arrecadação de
impostos. Daí seria necessário um ministro só prestar algum tipo de informação pelo menos
tendo passado uns dez anos de sua saída do Ministério. Essa lei deveria ser criada com
urgência.
Acredita-se que em um país onde as coisas funcionem de forma ética, um ministro da
Fazenda jamais poderia criar uma empresa de consultoria. É lamentável que no Brasil as
coisas estejam desse jeito. E o pior é que os partidos de oposição, em vez de partirem logo
para uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o caso, ainda vão ver se tem algo errado.
Incrível como se deixa passar em branco coisas relativas ao patrimônio público.

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Agora, um cidadão desse, vindo de um partido de trabalhadores, sabendo, pelo menos


teoricamente, das dificuldades de sobrevivência de um operário, parte justamente para um
situação inversa, ou seja, procura tirar proveito da situação.
A verdade é que o partido dos trabalhadores só sairá caso haja uma grande crise internacional,
como ocorreu em 1929, sendo derrubada a República Velha. Naquela época, de 1889 até
1929, 40 (quarenta) anos, o que funcionou foi um acordo entre os governadores e o governo
federal, desaparecendo os partidos políticos. O governador dava apoio ao governo federal, e
este, por seu lado, fazia vistas grossas a qualquer tipo de luta, reivindicação, coisa mal feita
em seu estado. E funcionou tanto, que só uma crise econômica derrubou o projeto criminoso
político da época.
Hoje o que se vê é muito claro. O governo do partido dos trabalhadores procura tirar o maior
proveito possível do poder econômico governamental que exerce. Enriquece da noite para o
dia. É filho de presidente montando empresa milionária de telefonia, é ministro colocando
empresa de consultoria ao setor privado para passar informações sigilosas do ministério da
fazenda, no qual, há ali, um “companheiro de partido” que o sucedeu.
Para compensar a corrupção e a falta de ética, o partido passa a mandar para o congresso
nacional projetos antes rejeitados como imorais para os trabalhadores, entre ele, a idade
mínima da aposentadoria que está sendo ventilada para aumentar.
Assim, as coisas estariam funcionando a base da balança da justiça social, de um lado, o
governo faz as suas trapalhadas, por outro lado, a oposição cobra projetos a favor do
empresariado, e o governo topa a situação. É uma dobradinha que só quem perde é o povo
sofrido, pobre, os trabalhadores maltratados.
Venda de direitos de trabalhadores à direita empresarial
A classe empresarial está calada, pois ganha com um partido que já pertenceu à esquerda no
poder. O partido que pertenceu á esquerda sabe de tudo. Por isso passa informações do
funcionamento do sindicalismo, de lideranças, de reivindicações, da burocracia de
funcionamento. E isso só diminuirá quando o processo ficar defasado. Hoje já passados nove
anos que o partido de trabalhadores deixou a esquerda, as coisas ainda funcionam, bem
menos, pois o afastamento voluntário acabou por tornar as informações menos precisas
Mas se Deus quiser, a situação vai mudar. Pois hoje já existem partidos de esquerda mais
fortalecidos para fazer frente à burguesia nacional juntamente com ex-sindicalistas que
passaram para o seu lado.

Referências
MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Global, 1981.
MARX, Karl. Ideologia alemã. São Paulo: Civilização Brasileira, 1984.
LÊNIN, V.I.Como iludir o povo. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
LÊNIN, V.I. Esquerdismo, doença infantil do comunismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

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