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Modalidade de Curso
Curso Livre de Capacitação Profissional
Caro (a) aluno (a), seu curso é composto de quatro disciplinas e uma avaliação
de dez questões que pode abordar um resumo do conteúdo das quatro ou de
uma delas por uma questão metodológica. Esteja atento (a) e leia as apostilas
com muita atenção. Seja bem vindo(a) e bons estudos!
Disponível em:
Vander Gontijo(*)
Introdução
O modelo orçamentário brasileiro é definido na Constituição Federal de 1988 do
Brasil. Compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual – PPA, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA.
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O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes,
objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO,
anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício
seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a
programação das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar
no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte torna-se o elo
entre o PPA, que funciona como um plano de médio-prazo do governo, e a LOA, que
é o instrumento que viabiliza a execução do plano de trabalho do exercício a que se
refere.
Em relação ao PPA, a primeira questão que pode ser colocada neste contexto se
refere ao entendimento da expressão "de forma regionalizada". Sua finalidade está
ligada ao mandato constitucional de "redução das desigualdades regionais" (§ 7º do
art. 165 da CF 88). Ou seja, sendo apresentado de forma regionalizada, o plano
permitirá ser devidamente avaliado em relação àquele objetivo.
Mas que regiões seriam estas a que se refere a Constituição? Uma primeira
indicação encontra-se no art. 35 do ADCT - CF 1988
O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de forma progressiva, no prazo de até dez anos,
distribuindo-se os recursos entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à
população, a partir da situação verificada no biênio 1986-87.
Além disso, é mister lembrar que o mandado constitucional exige que estados,
municípios e o Distrito Federal também pratiquem o sistema de planejamento
esboçado na Carta Magna. Nesse caso, quais seriam os parâmetros da
regionalização a ser adotada?
Então, um programa que abrigue tal tipo de despesa corrente poderia ser
caracterizado também como programa de duração continuada! Foi nesse sentido as
interpretações dadas por ocasião do PPA 1991-96 e na apreciação dos Projetos de
Lei Complementar nº 222, de 1990, e nº 135, de 1996. Todas focalizavam apenas no
caráter finalístico das ações.
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.
último, refere-se aos 3% do IR e do IPI destinados aos FNO, FCO, FNE, e 40% das
contribuições do PIS/PASEP, destinados ao BNDES.
O PPA é peça de mais alta hierarquia dentre a tríade orçamentária, embora esta
seja somente constituída de leis ordinárias. Esse é o modelo disposto em nossa
Carta Magna, que determina em seu art. 165, § 7º, que os orçamentos devem ser
compatibilizados com o plano plurianual. No § 2º desse artigo exige que a LOA deve
ser elaborada conforme dispuser a LDO. E no art. 166 § 3º, I, prevê a admissão de
emendas ao orçamento somente se compatíveis com o plano plurianual e com a
LDO.
Todas as leis orçamentárias são de iniciativa do Poder Executivo que as envia, sob
a forma de proposta, para apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Cabe ao
Chefe do Poder Executivo sancioná-las e executá-las. Compete ao Poder Legislativo
acompanhar e fiscalizar sua execução. O ciclo integrado de planejamento e
orçamento pode ser ilustrado da seguinte maneira:
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Cada proposta de PPA, LDO ou LOA recebe proposições acessórias durante sua
tramitação, que auxiliarão na análise das proposições principais e determinarão
regras para atuação dos relatores e a apresentação de emendas. Dentre essas
proposições acessórias destacam-se o parecer preliminar, os relatórios setoriais
(somente no caso do projeto da LOA), as emendas e os destaques.
Referências
SANCHES, Osvaldo M. Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins, 2.ª Edição. Brasília:
Prisma/OMS, 2004, 394p.
SANTA HELENA, Eber Z. O Processo de Alocação dos Recursos Federais pelo Congresso Nacional.
In: Cadernos ASLEGIS. Brasília, v. 6, n. 21, p. 9-36, dez-2003.
http://www.camara.leg.br/internet/comissao/index/mista/orca/ppa/PPA_2016_2019/lei/Lei13.
249-2016.pdf- Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019.
http://www.camara.leg.br/internet/comissao/index/mista/orca/orcamento/or2016/lei/Lei13255-
2016.pdf-acessoem04/07/2016 - Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício
financeiro de 2016
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para elaboração e controle dos
Orçamentos Públicos, que estão definidos no caso brasileiro na Constituição, na Lei
4.320/64, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na recente Lei
de Responsabilidade Fiscal.
PLANO PLURIANUAL
Com a adoção deste plano, tornou-se obrigatório o Governo planejar todas as suas
ações e também seu orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas,
somente devendo efetuar investimentos em programas estratégicos previstos na
redação do PPA para o período vigente. Conforme a Constituição, também é
sugerido que a iniciativa privada volte suas ações de desenvolvimento para as áreas
abordadas pelo plano vigente.
É a lei que antecede a lei orçamentária, que define as meta e prioridades em termos
de programas a executar pelo Governo. O projeto de lei da LDO deve ser enviado
pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano (8
meses e meio antes do encerramento da sessão legislativa).
A Constituição determina que o Orçamento deva ser votado e aprovado até o final
de cada legislatura. Depois de aprovado, o projeto é sancionado e publicado pelo
Presidente da República, transformando-se na Lei Orçamentária Anual.
RESUMO
INTRODUÇÃO
A cidade cresce com a influência dos diversos atores que fazem parte da
vida urbana, entretanto, o Estado tem a responsabilidade de gerir esse crescimento
em busca da diminuição da desigualdade e melhor organização do espaço urbano.
1. ESTADO GESTOR
Tendo em vista essa tendência atual das famílias escolherem como moradia
os condomínios fechados é que, cada vez mais, os empreendedores tem investido
nesse tipo de construção, alguns são tão grandes e com tantos serviços dentro dos
seus muros que são chamados pelo próprio investidor de “verdadeiro bairro
planejado de alto padrão”, como ocorre na marca AlphaVille.
Mas, será que morar em um bairro planejado ou até mesmo numa cidade
planejada é só para quem pode pagar? É certo que não, por isso a necessidade e
pertinência em discutir a responsabilidade do Estado no Planejamento Urbano.
O planejador não pode esquecer o que está por fora dos muros de
condomínios projetados, por isso, a legislação urbanística influencia efetivamente na
dinâmica da cidade, e não é possível adotar padrões universais, pois cada lugar tem
um objetivo de crescimento diferente e suas edificações devem estar de acordo com
os planos de urbanização e crescimento da cidade.
relação aos espaços públicos e a forma de dinâmica da cidade, pode ser feito por
meio do Plano Diretor, que dará as diretrizes para o Planejamento Urbano.
Portanto, esse novo modelo de gestão pública seria uma coalização entre
governo, iniciativa privada e sociedade civil, concretizando-se na Parceria Público
Privada, instrumento fornecido pelo Direito.
modernizar a prestação de serviços públicos, por isso, é feito por meio de contrato
de concessão.
A Constituição previu o Plano Diretor em seu texto art. 183, §1º “O plano
diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte
mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
urbana”. Entretanto, por ser norma de eficácia limitada[31] todo este artigo
necessitava de regulamentação posterior, o que só foi feita em 2001 com aprovação
da lei 10.256/01, chamada Estatuto da Cidade. Desta forma, o Estatuto da Cidade
regulamenta os artigos 182 e 182 da Constituição.
A Política Urbana, que deve ser executada pelo Poder Público Municipal,
conforme caput do art. 182 C.F, obedecerá a diretrizes que foram estabelecidas pelo
Estatuto da Cidade.
Art. 2º A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes
gerais:
interferir de maneira mais eficaz para o cumprimento de sua função social, como na
aplicação de verdadeiras punições para as propriedades que estejam em desacordo
com o seu adequado aproveitamento, previsto no Plano Diretor, como, por exemplo,
parcelamento ou edificação compulsórios e imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo.
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor,
assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de
vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas, respeitadas
as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei.
REFERÊNCIAS
CUNHA JUNIOR. Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: Ed. JusPodium. 2008.
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 11º ed. rev.,atual. E ampl. São Paulo: Editora
Método, 2007.
RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. Dos Cortiços aos condomínios fechados. As formas de produção da
moradia na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; IPPUR/UFRJ; FASE,
1997.
SILVA, José Afonso. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores LTDA. 2010.
SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e á gestão
urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2010.
Artigos
LEAL, Suely Ribeiro. O novo capital social das cidades brasileiras. Caderno das Metropoles.
IPPUR/UFRJ. Rio de Janeiro, n. 10, 2004.
LEAL, Suely Ribeiro. O novo capital social das cidades brasileiras. Caderno das Metropoles.
IPPUR/UFRJ. Rio de Janeiro, n. 10, 2004.
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Sites
BARBOSA, Marcondes Dias. Parcerias Público-Privadas (PPP). Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n.
837, 18 out. 2005. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/7448>. Acesso em: 8 jul. 2011.
NOTAS
[1] SILVA, José Afonso. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores LTDA. 2010,
pág. 88.
[2] Como exemplo, o Estado Unitário Puro se caracteriza por uma absoluta centralização do exercício
do Poder.
[3] LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 11º ed. rev.,atual. e ampl. São Paulo:
Editora Método, 2007.
[5] Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
[6] HAROUEL, Jean-Louis. HISTÓRIA DO URBANISMO. São Paulo: Papirus Editora. 1990. Pag. 114.
[7] SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e á
gestão urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2010. Pág. 143.
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[9] SILVA, José Afonso. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores LTDA. 2010,
pág. 87.
[10] VILLAÇA, Flávio. As Ilusões do Plano Diretor. São Paulo, 2005. Disponível em
http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSNPU/Biblioteca/RegularizacaoFundiaria/Ilusoes_P
lano_Diretor.pdf. Acesso em 04/07/2011.
[11] SOUZA, Marcelo Lopes de. Mudar a cidade: uma introdução crítica ao planejamento e á
gestão urbanos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 2010.
[14] RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. Dos Cortiços aos condomínios fechados. As formas de
produção da moradia na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira;
IPPUR/UFRJ; FASE, 1997.
[15] CASTELLS, Manuel. A sociedade em Redes. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
[16] LEAL. Suely Maria Ribeiro. Empresarialismo Competitivo e Produção Imobiliária no Processo de
Organização do Espaço Metropolitano do Recife. Trabalho apresentado no X Colóquio
Internacional Sobre Poder Local, Salvador, dezembro de 2004.
[17]Ibidem. Pág. 3.
[24] LEAL, Suely Ribeiro. O novo capital social das cidades brasileiras. Caderno das Metropoles.
IPPUR/UFRJ. Rio de Janeiro, n. 10, 2004.
[25] BARBOSA, Marcondes Dias. Parcerias Público-Privadas (PPP). Jus Navigandi, Teresina, ano
10, n. 837, 18 out. 2005. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/7448>. Acesso em: 8 jul.
2011.
[26] Contrato Administrativo é o ajuste que a administração pública, agindo com supremacia, celebra
com os particulares para a realização dos objetivos de interesse público, nas condições fixadas pela
própria administração. (Dirley da Cunha Jr.)
[27] CUNHA JUNIOR. Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: Ed. JusPodium. 2008.
Pág. 501.
[29] LEAL, Suely Ribeiro. O novo capital social das cidades brasileiras. Caderno das Metropoles.
IPPUR/UFRJ. Rio de Janeiro, n. 10, 2004.
[30] SILVA, José Afonso. Direito Urbanístico Brasileiro. São Paulo: Malheiros Editores LTDA. 2010,
pág. 93.
[31] É aquela não regulada de modo completo na Constituição, por isso depende de norma
regulamentadora elaborada pelo Poder Legislativo, Poder Executivo ou Poder Judiciário, ou de
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qualquer outro ato do poder público. Não é correto dizer que tais normas não têm eficácia, apenas a
eficácia é mínima, já que seu alcance total depende de ato legislativo ou administrativo posterior.
[34] LEAL, Suely Ribeiro. O novo capital social das cidades brasileiras. Caderno das Metropoles.
IPPUR/UFRJ. Rio de Janeiro, n. 10, 2004. Pág. 58.