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Conceitos Fundamentais
para a Gestão de Pessoas
- Parte I
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Como descrever e planejar estruturas organizacionais que • Como ocorre a atribuição de poder – chefias, coordenação,
fazem a empresa funcionar como previsto. controle – às pessoas numa organização para o exercício
• Como especificar cargos, funções e características para e comando de atividades.
que pessoas sejam selecionadas e contratadas para atuar • Conhecer experiências de empresas brasileiras sobre
nas organizações. Universidades corporativas, canais on-line, serviços de
• De que forma as pessoas podem ser treinadas para ati- aplicativos e plataformas próprias de treinamento – exe-
vidades específicas nas empresas e como podem desen- cutivo, gerencial e operacional.
volver suas carreiras nos vários níveis.
Compreensão Inicial de
Estruturas Organizacionais
Presidente
Diretor
comercial
Unidade
SP
Loja
região
central
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Presidente torna-se mais complexa, exigindo normalmente
a intervenção de níveis superiores que, caso não
haja métodos de gestão muito bem descritos, po-
Nível 1 derão tornar-se sobrecarregados, em virtude de
grande número de intervenções.
Uma definição importante é a referente à bu-
Nível 2 rocracia em empresas. Costumamos nos irritar
quando algum atendimento ou solução de nossos
Nível 3 problemas leva-nos a comunicar com várias pes-
soas diferentes numa empresa, ou que tenhamos
que aguardar intervenções superiores, sem que o
Operação
problema nos pareça solucionado. É frequente nos
referirmos à “burocracia”, com intuito por vezes pe-
Figura 2 - Organização 1: Presidente – diretor – nível 1 –
nível 2 – operação jorativo. Como comenta Hall (2004), referindo-se
Fonte: o autor. aos trabalhos de Max Weber – jurista e economista
alemão – o termo Burocracia pode ser definido
Presidente como sendo apenas a estruturação existente para
o exercício de poder e controle organizacionais.
Assim sendo, a burocracia deve existir em toda
Nível 1 organização, porém o excesso de níveis, controles e
intervenções pode resultar em excessos de demora
Nível 2 ou de imprevisões na realização de trabalhos finais,
trazendo aquela noção de senso comum, ligada a
Nível 3 um atendimento ineficaz, lento e impreciso.
É importante ainda ter atenção ao que cita
Chiavenato (2014) sobre estruturas organiza-
Nível 7 cionais, quando se refere às descrições de cargos.
Torna-se claro, a partir da obra deste autor, que os
cargos descritos comporão a estrutura, definindo
Operação
a hierarquia, as posições ocupadas por profissio-
nais devidamente selecionados. Aqui temos, por-
Figura 3 - Organização 2: Presidente – diretor – nível 1 –
nível 2 – nível 3 ... – nível 7 – operação tanto, a indicação dos gestores, dos “chefes” em
Fonte: o autor. cada um dos níveis, exercendo os atributos de
poder e controle, como discutimos inicialmente.
Podemos dizer que, no segundo caso, teremos O mercado busca algumas alternativas para
mais níveis a repassar uma determinação, uma as estruturas hierárquicas, com o intuito de dis-
comunicação ou ordem, demandando mais in- tribuir o comando, facilitar a comunicação e tor-
tervenções por parte de gestores, demandando nar as empresas mais ágeis e flexíveis. Com este
mais tempo e custo, com mais riscos que haja al- objetivo, outras estruturas são propostas, como
guma distorção da mensagem original. Também as que se orientam à execução de processos ou
a comunicação entre setores de níveis distintos mesmo as que são propostas pela área da Gestão
Função
Finanças Engenharia Produção
Projeto
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A figura acima mostra uma estruturação matricial Conforme ainda nos apresenta Lodi (1970), a
proposta, com as funções nas colunas e os projetos estrutura matricial nasceu como proposta para ser
a serem delegados aos profissionais nas linhas. aplicada em organizações da indústria aeroespa-
Nas células, colocaríamos os perfis ou nomes dos cial, devido a demandas e necessidades de rápidas
que foram selecionados para cada projeto - repro- respostas ao mercado e de disponibilidade tec-
duzido de Lodi (1970). nológica. Então, caro(a) aluno(a), deixamos-lhe
Lodi apresentou, de maneira clara, os funda- uma questão: atualmente, não encaramos estes
mentos que motivaram a definição das “matrizes” e mesmos desafios em nossos modernos ambientes
sua aplicação diante das necessidades das empresas. de negócios (necessidades rápidas de novos pro-
O autor apresenta, em seu artigo, as motivações al- dutos e serviços e disponibilidade de tecnologias)?
ternativas às estruturas hierárquicas que descreve- Portanto, este tema prossegue sendo oportuno.
mos acima: “não parece estar oferecendo condições No entanto temos que considerar alguns fato-
de flexibilidade e funcionalidade para atender às res numa comparação entre as estruturas hierár-
mudanças do ambiente” (LODI, 1970, p.2). quicas e matriciais:
Hierárquicas Matriciais
Como as funções são bem definidas, os traba- Dependem de trabalhadores altamente treina-
lhadores são selecionados para trabalhos deter- dos – podem ser alocados em funções diferentes
minados e fixos, sendo preparados para estes. com brevidade.
Demandam baixa tecnologia para implantação Frequentemente demandam alta tecnologia para
implantação
São muito conhecidas do mercado São ainda pouco conhecidas “na prática”
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Seleção e Recrutamento
de Pessoas
Assim, em um breve exercício, pensemos no ge- Segundo Almeida (2015), os cargos referem-se a
rente de loja de um supermercado. Seu cargo é de especificações identificadas na estrutura organi-
Gerente daquela loja, com a expectativa (conteú- zacional, ou “organograma” da empresa, enquan-
do) aguardada de coordenar todas as funções da to funções são as atividades praticadas pelos
loja – logística, reposição de estoques, atendimento colaboradores na atuação real. Assim, alguém
a clientes, segurança, cobranças, infraestrutura, etc. que ocupa o cargo de diretor poderá, por exem-
Os métodos descreverão as rotinas: por exemplo, plo, numa eventualidade, executar a função de
em que momentos este profissional fará os acertos vendedor, atendendo diretamente a um cliente.
financeiros dos caixas, quando deverá reportar Um profissional que está no cargo de gerente
uma falha de segurança, como iniciar as atividades técnico de uma clínica de saúde, poderá, noutro
da loja em um dia típico, como as encerra, como exemplo, executar funções de atendimento a
se relaciona com a segurança corporativa, entre pacientes de maior complexidade.
outras. Sua responsabilidade é de se reportar ao
gerente de operações regional, sendo que ele é um
dos vários gerentes de lojas que se dirige formal-
mente a este superior. E, por último, este gerente
de loja tem, sob seu comando, os profissionais ge-
renciais e técnicos responsáveis pelas funções de Cargos são descrições que provém da divisão do
atendimento, suprimento, segurança, infraestru- trabalho imposta pelo velho e tradicional modelo
tura, comunicação, tecnologia da informação, etc. burocrático [...] estando em processo de subs-
Os cargos, portanto, irão se apoiar em des- tituição por novos formatos organizacionais e
crições de funções para completar todo o seu pelas definições de trabalhos em equipes.
desenho, toda a identificação do que o detentor (Idalberto Chiavenato)
daquele cargo deve fazer, como se reportar a supe-
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Esta conexão de conceitos possibilita compreen- em ordem inversa, ou seja, esta organização pode
dermos o seguinte relacionamento: definir sua estrutura, os cargos que a compõe
• As funções de trabalho explicam, deta- e, finalmente, especificar função por função,
lham o que os trabalhadores fazem, as configurando um projeto de como eles se rela-
atividades esperadas de uma empresa. cionarão e produzirão os resultados esperados
• Os cargos designam como estes trabalha- pelos clientes.
dores irão fazer estas atividades, com os Adicionalmente, é sempre importante notar
aspectos de conteúdo, métodos, respon- que os desenhos e definições da estrutura, dos
sabilidade e autoridade. cargos e das funções a eles atribuídas, devem cor-
• O detalhamento de cada cargo permitirá responder à estratégia da empresa, permitindo
que a organização agrupe estes cargos na que ela seja executada de acordo com os planos
estrutura organizacional que irá definir elaborados para seu futuro.
como a empresa opera. A definição dos cargos terá influência em
vários dos aspectos que serão abordados em se-
Devemos notar que estas definições também quência, para a gestão de pessoas. Vejamos alguns
podem ocorrer, segundo a decisão da empresa, exemplos para descrever tais influências:
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Que tal conhecer um pouco mais sobre definições formais de cargos e funções? Algumas empresas
e órgãos públicos, por exemplo, no intuito de dar transparência às suas atividades, publicam as
especificações oficiais destas atribuições. Veja os seguintes links:
Informações quantitativas de cargos e funções do Ministério da Defesa do Brasil:<http://www.defesa.
gov.br/ministro-da-defesa/40-lei-de-acesso-a-informacao/8533-informacao-quantitativa-de-cargos-
-e-funcoes-do-md>.
Modelo de descrição de cargos públicos e funções para Instituições Federais de Ensino: <https://
www2.ifmg.edu.br/arcos/noticias/modelo-de-cargos-e-funcoes-para-institutos-federais-e-publicado-
no-dou>.
Que tal avançar a pesquisa e buscar outras definições? Pesquise, via Internet, com a expressão “car-
gos e funções” e encontrará várias fontes interessantes.
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de trabalhadores e, enfim, planejar sua própria Esta evolução retrata um dos aspectos mais críti-
carreira - que são atribuições e conhecimentos cos e gratificantes da moderna gestão de pessoas.
de gestão de pessoas, o engenheiro ou arquiteto Adicionalmente, este mesmo autor ainda relacio-
adiciona ao grande contexto de conhecimentos na o treinamento ao conhecimento disseminado,
técnicos estas habilidades gerenciais. à estrutura de cursos e formações dadas aos tra-
Com este conhecimento adicional, tornam-se balhadores, aos objetivos estratégicos da empre-
profissionais com habilidades mais abrangentes, sa, ao ensinamento de atividades essenciais para
críticas para o sucesso de projetos e empreendi- realização das tarefas esperadas, ao aumento das
mentos de engenharia em empresas de qualquer competências no relacionamento com os demais
porte, tendo maior condição de atender às empre- colaboradores e na formação de experiências –
sas e ao mercado em decisões mais abrangentes. neste último aspecto, atingimos o aprendizado,
Chiavenato (2014) conceitua o treinamento ou seja, a retenção evolutiva dos conhecimentos.
empresarial através dos tempos em fases diversas: Detalhando um pouco mais, não se sabe apenas
• Inicialmente, o treinamento destinava-se repetir o que foi ensinado em um curso, de ma-
a adequar pessoas às funções previstas, neira “decorada”, mas compreende-se o que foi
demandadas pelas empresas. ensinado e há possibilidades de desenvolvimento,
• Posteriormente, o treinamento foi apli- de evolução dos ensinamentos, para os objetivos
cado para que as pessoas aumentassem o organizacionais.
desempenho na execução de tarefas. Temos aqui, ao abordar a aprendizagem, uma
• Numa visão mais moderna, o treinamento diferença entre dois dos conceitos falados acima:
assume o processo de tornar as pessoas treinamento e desenvolvimento.
mais produtivas, criativas e inovadoras, Costa (2017) reforça esta diferença, citando
desenvolvendo suas competências em ali- um fator muito importante: o treinamento é volta-
nhamento ao que as empresas estabelecem do para uso imediato, para aplicar-se em funções
como seus objetivos. e decisões do cotidiano do trabalhador – exem-
Treinamento é fruto de um projeto que resulta numa série de ações programadas para ministrar
ao participante um conteúdo definido, com objetivo claro de solucionar um problema empresarial
ou aumentar o desempenho na realização das tarefas já prescritas.
Desenvolvimento é conceituado como ir além das especificações; é ter a capacidade de otimizar,
diferenciar, melhorar e ampliar processos, tarefas e funções designadas, usando de capacidade
de inovação, criatividade e absorção de conhecimento, ao mesmo tempo que se tem em mente os
objetivos organizacionais.
Fonte: adaptado de Caproni (2002), Chiavenato (2014) e Chiavenato (2015).
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trabalhadores para riscos, segurança do cação rigorosa de condições de agenda
trabalho ou clima organizacional mais (quando); infraestrutura (como, quais
favorável. são os recursos essenciais e adicionais);
• Desenvolver conceitos: realizar a defi- instrutor(es) (quem) e processo (como –
nição conceitual dos trabalhos realizados, atividades) os cursos serão ministrados
dando-lhes fundamento racional, como a aos participantes. Caso seja necessário,
que vem dos estudos científicos, permitin- condições de aprovação, incluindo
do que sejam aprimorados no ambiente critérios e formas de avaliação de cada
de trabalho. treinamento, visando avaliar se o partic-
• Construção de competências: desen- ipante absorveu o conhecimento minis-
volvimento de novas habilidades que po- trado, devem ser especificados.
derão ser aplicadas pela organização no 4. Avaliação geral do treinamento – Quando
aprimoramento de processos e de solução o participante qualifica sua percepção de
de problemas. aplicabilidade e resultados do treinamen-
to ministrado. Esta avaliação permitirá a
Vários autores definem como os projetos de treina- correção de problemas e o aprimoramen-
mentos podem ser elaborados. A seguir, discutire- to do treinamento, em futuras execuções.
mos uma breve metodologia, consolidando o pen-
samento dos autores, pensando na montagem de Sempre é necessário reforçar que, como parte vital
um ou mais “cursos” (programas de treinamentos): da gestão de pessoas, os treinamentos também
1. Verificar o que é realmente necessário, devem atender às necessidades e oportunidades
qual o problema a ser resolvido pelo estratégicas especificadas pela empresa, alinhados
treinamento – Quais são as necessidades às metas e objetivos discutidos no planejamento
da empresa em termos de treinar as pes- estratégico, conforme já falado em partes ante-
soas? Resolver um problema empresarial? riores do curso.
Melhorar algo no atendimento ou em um De maneira muito interessante, Lotz e Gramms
processo? Desenvolver um novo conceito (2012) descrevem quatro tipos básicos de apren-
ou forma de trabalhar? dizes, em geral, para treinamentos:
2. O(s) curso(s) deve(m) ser planejado(s): • Os ativistas: aprendem mais com par-
Todo o programa do curso, ou dos cursos, ticipação em atividades curtas, de maior
deve(m) ser escrito(s) – Qual a sequência aderência com a realidade, concretas. Nor-
de temas a serem abordados, como serão malmente não são receptivos às formas
abordados, qual o objetivo em cada abor- com aulas expositivas longas, de desen-
dagem particular e como estes temas irão, volvimento abstrato de conteúdo.
quando todos forem abordados, completar • Os reflexivos: aprendem mais com o
o objetivo do curso, como foi definido no exercício do pensamento em evolução ao
primeiro passo. Havendo mais de um cur- que foi ensinado, necessitando de tempo
so, o relacionamento entre os vários cursos “afastados” para meditar, pensar num obje-
(pré-requisitos) devem ser descritos, possi- tivo de aprendizado. Diferem dos ativistas,
bilitando que se complementem na prática. principalmente, na velocidade em serem
3. Execução dos treinamentos – Especifi- expostos a casos ou situações práticas.
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O Exercício de Chefia
Executiva em Empresas
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O executivo terá, sob seu comando, as atribui- responsabilidade para atender e contribuir para
ções racionais, designadas para a administração o alcance destas metas. Agindo desta forma, o
da empresa, sendo o responsável por implementar executivo “alinha” seu setor às necessidades da
planos e estruturas, setoriais e empresariais, para empresa, aos trabalhos esperados para produzir,
realizar as visões propostas pelos líderes (CHIA- de forma consistente, os resultados projetados nos
VENATO, 2014; COSTA, 2017). Desta forma, planos – estratégico e setorial.
podemos compreender o relacionamento entre Esta conexão entre o estratégico e o operacional,
estas duas importantes atribuições. ou seja, de participar na construção, elaboração
Outra abordagem é que o exercício do car- dos planos e na sua operacionalização final, é uma
go executivo tem muita compatibilidade com a das capacidades que destacam e diferenciam os
estrutura hierárquica, por níveis, como vimos executivos, sendo fator de sua atividade profissional
anteriormente. Desenhos mais recentes, como essencial reconhecida no mercado, de destaque nos
a estrutura matricial, por exemplo, prescrevem currículos profissionais. Por exemplo, um executivo
outras formas de gestão, como a de controles e que desempenhou o papel de gestor de marketing
coordenação compartilhada entre seus membros, de uma empresa de alimentos poderá ter cuidado
diferindo da forma mais clássica. de políticas de distribuição e desenvolvimento de
Os processos de seleção executiva serão con- negócios em locais diferentes, atendendo à meta
duzidos de maneira semelhante aos já vistos, para estratégica de aumento na venda destes bens.
recrutamento e seleção de profissionais regulares Por último, eventualmente encontram-se al-
da empresa, chamando-se a atenção para os pro- gumas atividades executivas sendo realizadas por
cessos de desenvolvimento e evolução de carreiras prestadores de serviços ou empresas de consul-
internos às empresas. Nestes casos, os executivos toria, externos à empresa onde tais trabalhos são
serão recrutados dos níveis subordinados ao cargo efetivamente executados. O gerente de marketing
em vista, analisando-se fatores como experiência, citado acima, por exemplo, pode ser membro de
tempo de trabalho, características ideais (comu- uma empresa de consultoria e realizar este trabalho
nicação, conhecimento, decisão, relacionamento, para uma empresa cliente, preenchendo o cargo em
imagem, entre outras). Exemplificando: ao ocorrer termos de assumir e executar as funções esperadas.
a disponibilidade de uma vaga para gestor de pro- Tal contratação dependerá de alguns fatores, como:
jetos de engenharia ou arquitetura titular de uma • Especificação detalhada das funções espe-
empresa, por motivos como a saída do anterior radas para o trabalho gerencial necessário.
ocupante, um engenheiro de qualquer formação • Desenho de perfil estimado do profissio-
e que já faz parte da equipe poderá ser promovi- nal a ser contratado.
do a esta função executiva, responsabilizando-se • Definição de dedicação deste profissional
pelo setor organizacional. Neste caso, é habitual à empresa.
falarmos em “promoção” ou recrutamento interno. • Detalhamento de indicadores, associados
O relacionamento do chefe com a construção e às metas estratégicas empresariais, para o
execução da estratégia da empresa é fundamental. monitoramento das funções do setor.
O chefe de setor, o executivo, deve ter a capaci- • Aceite de condições financeiras de contrata-
dade de compreender as metas empresariais, es- ção – remuneração da empresa que cede o
tabelecidas quando do planejamento estratégico, profissional e do próprio consultor que atua-
e definir, a partir delas, as ações do setor sob sua rá como chefe na empresa que o contrata.
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externos à empresa. Portanto, é usual referir-se, habilidades e carreiras, vem se tornando uma área
como uma qualificação esperada, que o gestor atrativa para a aplicação de novos recursos, uma
“possui boa inteligência emocional”. vez que as organizações, cada vez mais, necessi-
Já o Capital intelectual foi notabilizado por um li- tam de profissionais conscientes das modernas
vro com este título, escrito por Thomas Stewart, sendo tendências do trabalho. Este é o foco do próximo
uma iniciativa de relacionar a intelectualidade, capa- tópico a ser abordado, lembrando-se que, opor-
cidade analítica e conceitual de um gestor a grandezas tunamente, o tema tecnologia (mesmo quando
quantitativas, como as financeiras e de desempenho. falamos de aplicação para gerenciamento, como
Por exemplo, uma iniciativa comum na análise de ca- é o caso de treinamento profissional) é algo afeto
pital intelectual é avaliar se programas de treinamento à formação do engenheiro que, neste caso, com
ministrados na empresa repercutiram em ganhos de o conhecimento de gestão de pessoas, poderia
produtividade ou lucro em negociações. também se tornar um gestor ou colaborador
O treinamento formativo, como elemento dos programas de treinamento profissional da
oportuno e decisivo para o desenvolvimento de empresa.
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Como tecnologia da informação, portan- mensagens instantâneas, mídias sociais
to, compreendemos a aplicação da tecnologia corporativas, entre outras). Neste caso, di-
para fins de produção, coleta, armazenamento, zemos que estamos diante de tecnologia
distribuição e aplicação de informações para de comunicação também, pois aí recai a
fins específicos (JAMIL, 2001). Claro, há de ser definição para os padrões de comunicação
lembrado que os termos “Informática” e “Com- utilizados eletronicamente.
putação” são vastamente aplicados, no senso co-
mum, para se referir a este campo tecnológico e Desta forma, a gestão de pessoas terá que avaliar
suas aplicações. como estes recursos impactam na formação e de-
Encontramos a TI em empresas, em vários senho das estruturas organizacionais, nas designa-
cenários, como: ções de cargos e funções, na comunicação interna
• Processamento do atendimento a e externa e nos relacionamentos e formações de
clientes – nos sistemas de venda, logística equipes físicas e virtuais de trabalho. Um destaque
e entrega, atendimento robotizado (recen- interessante deve ser dado às propostas de treina-
temente verificamos a inserção dos cha- mento e preparo de pessoas por meio de sistemas
mados “Chatbots”, geradores automáticos como Universidades corporativas e autoinstrução
de diálogos com clientes), faturamento, via Internet, atualmente em grande difusão.
cobrança e pagamentos, contatos para no- Nestes ambientes, o trabalhador encontra cur-
vas vendas, entre outros. sos prontos, estruturados em vídeo aulas, textos de
• Processamento da burocracia inter- apoio e atividades avaliativas com monitoramento
na – anotações de frequência ao trabalho do professor para solução de dúvidas e correção
(“ponto”), pagamento de salários e remu- de avaliações aplicadas. Claro, é muito similar
nerações variadas, manutenção de perfis à estrutura que agora utiliza para este curso de
de cargos e salários em bancos de dados Gestão de Pessoas.
para estudos, fichas funcionais eletrôni-
cas, comunicações formais, controle de
estoques, registros contábeis, entre vários
outros.
• Automação de produção – como os Tecnologia é conceituada como:
robôs usados em produção industrial de “Ciência cujo objeto é a aplicação do conheci-
produtos domésticos, eletrônicos e auto- mento técnico ou científico para fins industriais
móveis. ou comerciais” ou “Conjunto dos termos técnicos
• Integração de unidades fabris – siste- de uma arte ou ciência”. Também encontramos:
mas em rede de computadores para au- “Conjunto de processos, métodos, técnicas e fer-
tomação integrada, incluindo unidades ramentas relativos à arte, indústria ou educação”
externas à empresa, etc. e ainda “Linguagem peculiar a um ramo deter-
• No provimento de comunicação for- minado do conhecimento científico ou prático”.
mal – (via sistemas, relatórios e informa- (Dicionário Michaelis e Dicionário de português
ções oficiais preenchidas) ou informal Aurélio).
(intranets, correio eletrônico, sistemas de
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Para Almeida (2015), as habilidades dos colabo- A função básica deste ambiente de sistemas é per-
radores em tecnologia da informação e da comu- mitir ao gestor de pessoas e a todos os gestores da
nicação são responsáveis pelo sucesso de alguns empresa que tenham, por definição de seus cargos,
competidores, levando as empresas concorrentes gerir pessoas individualmente ou times de trabalho,
a terem de planejar o uso destes recursos para se disponibilidade de dados, informações e conheci-
manterem competitivas. mento que permitam a tomada de decisão mais
Vários autores definem o uso de Sistemas de ágil. Alguns exemplos destas situações decisórias,
informações gerenciais para a administração em que o sistema de informações pode auxiliar:
de pessoas. • Processo de recrutamento interno de tra-
Num sistema de informações para gestão de balhadores para uma função gerencial.
pessoas, podemos encontrar, como funções e re- • Ajuste de remunerações, simulações de
cursos típicos: promoções e análises de custos empre-
• Armazenamento e recuperação das “fichas sariais com salários e remunerações di-
funcionais” dos colaboradores, de forma di- versas.
gital, em que são registrados os conteúdos • Definição (seleção) de membros para uma
de pagamento, alocação, delegação e dados equipe, especialmente delegada para um
cadastrais dos funcionários da empresa. trabalho específico – por exemplo, aber-
• Registro de movimentações dos funcio- tura de uma filial em local onde a empresa
nários: cargos ocupados, remunerações, ainda não opera.
avaliações e seus resultados, papéis desem- • Avaliação de desempenho funcional
penhados – por exemplo, de gestores tem- (a qual será vista com maiores detalhes
porários – no quadro funcional da empresa. adiante).
• Informações de mercado: nível salarial
de cargos típicos, formas de contratação, Podemos entender, portanto, que este sistema de
determinações legais de exercício de de- informações terá recursos tanto para uma análise
terminadas funções e atividades (exemplo: estática, deste momento – por exemplo, avaliar se
área da saúde – enfermeiros, médicos es- um salário de um executivo de uma determinada
pecialistas, laboratoristas, etc.). área da empresa é compatível com o que é pratica-
• Análise de desempenho funcional: registros do pelo mercado – ou para planejamento futuro –
que informam como os profissionais desen- como dimensionar um programa de treinamento
volveram suas carreiras e níveis de desem- para um novo time de trabalho, que está sendo
penho obtidos ao longo de seus trabalhos. formado para uma atuação específica (ver o caso
• Registros estruturais da empresa – descri- acima citado, de abertura de uma filial).
ção de cargos, relacionamento destes car- Adicionalmente, podemos falar de teletrabalho:
gos, perfis gerenciais e executivos, dados uma técnica discutida por vários anos que, devido a
referentes à remuneração, entre outros. vários fatores, está sendo muito usada no mercado.
Teletrabalho é a forma de produzir que utiliza o potencial oferecido pelas novas tecnologias, tendo
como objetivo básico processar a informação, atendendo aos novos valores dos trabalhadores e,
principalmente, ao novo modelo de gestão das organizações.
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1. Sobre estruturas organizacionais, podemos dizer:
a) Que são sempre regidas por leis para qualquer setor.
b) Que são formas racionais de especificar trabalhos e relacionamentos.
c) Que são a forma de definir o faturamento da empresa.
d) Que mostram o único caminho para um profissional ser treinado.
e) Que não podem ser modificadas com facilidade.
3. Sobre os aspectos usados para definir cargos numa empresa, assinale Verdadeiro
(V) ou Falso (F) e depois marque a opção correta:
(( ) A “responsabilidade” diz respeito a quem o profissional deve reportar suas
ações e aguardar as delegações.
(( ) A “autoridade” identifica se o gestor tem boa postura para comandar.
(( ) O “conteúdo do cargo” define o que é esperado que o profissional faça.
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4. Não é uma função de programas de treinamento empresarial:
a) Preparo para aumento de remuneração.
b) Desenvolvimento de habilidades.
c) Transmissão de informações.
d) Construção de competências.
e) Desenvolvimento conceitual.
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LIVRO
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ALMEIDA, A. V. Divisão e modelagem de cargos. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2015.
CAPRONI, P. J. Treinamento gerencial: como dar um salto significativo em sua carreira. São Paulo: Makron
Books, 2002.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações 4. ed. Barueri:
Ed. Manole, 2014.
______. Gerenciando pessoas: transformando o executivo num excelente gestor de pessoas. Barueri: Ed.
Manole, 2015.
HALL, R. H. Organizações: Estruturas, processos e resultados. São Paulo: Editora Prentice Hall, 2004.
JAMIL, G. L. Repensando a Tecnologia da informação na empresa moderna. Rio de Janeiro: Axcel Books
do Brasil, 2001.
LODI, J. B. A estrutura matricial e a estrutura sistêmica: dois novos tipos de organização. In: Revista de Admi-
nistração de Empresas. v. 10, n. 4, 1970. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex-
t&pid=S0034-75901970000400008>. Acesso em: 23 mai. 2017.
SOARES, M. T. R. C. Liderança e desenvolvimento de equipes. São Paulo: Pearson Educacional do Brasil, 2015.
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1. Opção a ser marcada: letra “B” - São formas claras e objetivas de especificar como trabalhamos e nossos
relacionamentos formais.
2. Opção a ser marcada: letra “C” - O líder promove visões de futuro, orienta. O executivo, ou chefe, irá dese-
nhar planos para este realizar esta visão de futuro.
4. Opção a ser marcada: letra “A” - Treinamentos empresariais não são preparados especificamente para
prover aumentos de remuneração aos empregados.
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