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Informações para a história

A casa principal da história era intitulada Escudo Rubro, essa tendo dentro de si 12
facções que controlavam partes do gigantesco feudo da casa. Os Escudo Rubro, eram uma casa
de grandes artistas, e devido a isso, possuía um poder militar relativamente baixo, fato que era
compensado pelas facções que defendiam o feudo, além disso o melhor guerreiro de cada
facção era enviado para o castelo dos Escudo Rubro, e eles formavam a guarda “real” do
Feudo, intitulada Cavaleiros Rubros.

Esse conto já foi parcialmente perdido com o avanço das gerações, nessa época a casa
possuía 3 herdeiros, o filho mais velho um genial pintor e escultor, e de personalidade esnobe,
Sandler, a filha do meio, Luna, de uma beleza excepcional e grande talento para os
instrumentos musicais, e o valoroso guerreiro Joseph, o protagonista dessa história. Por não
seguir o oficio da família, Joseph sempre foi um outsider da família, se relacionando com seus
companheiros cavaleiros, sua mãe e sua irmã. E devido o clima tenso entre seu irmão mais
velho, o herdeiro da casa, Joseph acabou por ser exilado, esse evento movimentou todas as
facções e a própria casa, pois com a saída de Joseph da casa, junto a ele os 12 guerreiros que
formavam os Cavaleiros Rubros também partiram em direção ao sul, onde se tornaram
famosos mercenários sobre as escaldantes áreas do deserto, porem mesmo com todo esses
empecilhos, Joseph, manterá contato com sua irmã, através de cartas que sempre possuíam a
localização futura dos Cavalheiros Rubros. 5 anos se passaram nessa situação, e as cartas de
Luna cada vez mais transmitiam temor. Desde a saída dos Cavaleiros Rubros, a casa estava em
maus lençóis, com a perda da sua principal força militar, acordos tiveram que ser cedidos e
alianças obrigatoriamente formadas, porem devido as riquezas herdadas e adquiridas pelas
gerações de artísticas, a casa pode se manter como ainda líder da região, mas essas riquezas se
esvaíram, até Joseph receber uma carta de Luna, que contava como a situação estava no limite
e uma batalha poderia ocorrer, além de algumas palavras que representavam suas últimas.

Carta de Joseph

Solstício de verão

Prezado Companheiro.

Me diga, como as coisas estão por aí? O nosso ultimo trabalho ocorreu de forma
satisfatório? Realmente sinto muito por ter que abandonar o trabalho de forma repentina,
mas você sabe, esse assunto é pessoal e muito importante para mim, minha irmã é muito
importante para mim. Bem, eu e Nivele chegamos no Feudo bem pela manhã, porém a
algumas milhas antes de chegar, já notei que algo estava estranho, pouco movimento e
algumas carroças com mercadorias em prata, escondidas em pontos específicos da estrada,
então não fiquei completamente surpreso com a entrada vazia da cidade, naquele momento
estranhei muito aquela situação, por mais desértico que local estivesse, nenhuma marca de
batalha ou sangue era visto, fiquei com a empunhadura de minha lamina pronta para qualquer
situação, enquanto caminhávamos pelas ruas cobertas de lama congelada. Não demorou
muito para perceber que as paredes e portas estavam falando, uma pequena parcela do povo
estava escondida, mas porquê? Fui saber o motivo disso um pouco mais tarde.
Os vestígios de uma possível batalha, começaram a surgir conforme nos
aproximávamos do castelo de minha família, primeiro foram pegadas profundas,
provavelmente de homens bem armadurados, logo após alguns pedaços de lã e por fim poças
de sangue que ao invés de secar congelaram, pedaços de corpos, um perna ali, outro braço por
lá e vísceras rasgadas misturadas a lama, que se estendiam a direção do castelo, a minha
frente, a simples construção se erguia a frente de um lago, a muito tempo congelado, que
corrompia as fundações da edificação, as muradas estavam manchadas de sangue congelado e
vinhas pálidas se contorciam através do vão entre as paredes do castelo e a murada, os
olhares desatentos poderiam confundi-la com uma simplória teia de aranha, mas um ser frágil
desses não sobreviveria a esse infernal frio. Antes de entrar na construção me reuni a Nivele
para estudarmos a situação, o que era claro no momento é que uma invasão teria ocorrido, e
que foram pegos de surpresa, isso seria a única explicação para as entradas vazias e intactas,
os leais a casa morreram em frente a mesma, toda essa carnificina poderia ter sido impedida
se tivéssemos nos movido mais cedo, reuni os pedaços e órgãos espalhados por toda aquela a
neve, e os enterrei, tentando ser o mais digno possível a eles.

Após esse pequeno ritual, me juntei a Nivele mais uma vez e decidimos atravessar a
ponte, que trespassava o lago congelado, em direção aos grandes portões de madeira do
castelo, relativamente intactos, se compararmos as outras estruturas, os portões estavam
abertos e a escuridão lá dentro parecia nos chamar. Segurando com força a empunhadura
junta a cintura, acendemos uma singela tocha e adentramos pelos grandes portões. A visão lá
dentro era, grotesca e horripilante, de forma que fez meu estomago se revirar, irei poupa-lo
dessa descrição maldita, mas um ponto muito importante tem que ser dito, transmitia
humilhação e insubordinação, 13 adagas cravadas ao chão, com pedaços simbólicos do Lorde,
além de outras pútridas imagens que jamais serei capaz de esquecer. A situação ficava cada
vez mais clara, e mais perto da verdade estava, então decidimos vasculhar todos os quartos do
castelo, em busca de algo, que nos transmitisse algo, caminhávamos pelos corredores que com
certeza se assemelhavam de forma perfeita ao inferno, as paredes tinhas crostas de fuligem e
sangue seco no roda pé, todos os quartos nos mostravam a mesma coisa, uma cena maldita e
cruel, até que adentramos o atelier de meu irmão mais velho, que estava de certa forma
intacto, tirando um pouco de fuligem na porta, e um cavalete centralizado no atelier com um
quadro, uma maldita pintura que mostrava nosso simples castelo em chamas, e o a tinta
claramente cheirava a sangue, aquele maldito, deveria esperar, ele era o traidor, meu próprio
irmão retirou a vida de meu pai e traiu a casa. Estava ardendo em fúria, mas ainda faltava
verificar um ultimo local, meu antigo quarto. Era outro quarto intacto, estava exatamente igual
ao dia que parti dessa casa, e julgando o estado dos moveis ele continuou recebendo limpeza
diária e cuidados térmicos, então me posicionei tremulo sobre a parede oposta a entrada do
quarto, e rezei a todos os Deuses possíveis, enquanto retirava pedras estratégicas da parede,
para abrir uma das passagens secretas do castelo, a que descobri com Luna quando éramos
crianças. O alçapão que selava a entrada foi revelado e tremulamente segurei o ferrolho e abri
o alçapão, uma rajada de vento logo fugiu pela passagem, respirando fundo desci pelo
alçapão, o ambiente ficava cada vez mais frio, e com isso minhas esperanças morriam aos
poucos, até que visualizei uma distante e fraca luz no fundo da passagem secreta, corri
desesperado para em fim receber uma noticia boa nesse dia horrível, minha irmã estava viva e
quase intacta, ao seu lado uma serva de longos cabelos castanhos. Após um momento de
felicidade, Luna e Anders me explicaram o que houve: Aparentemente, com a baixa no poder
militar da casa, fez com que o negócio de artístico da família virasse a única forma da casa
sobreviver, então pela má gestão as 12 facções se reuniram, junta ao meu irmão para fazer
um, extermínio a casa Escudo Rubro, e dividir o território entre as 12 facções, que agora
seriam casas independentes.

Hora de um pedido egoísta, reúna nossas outros companheiros, é uma ordem de seu
capitão, vamos em busca de sangue, até que as neves sejam consumidas pela vermelho vivido.

Nos vemos sobre a neve

Joseph

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