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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
ROTINA: NÚMERO 05 – 2013
TÍTULO: FIBROSE CÍSTICA - ABORDAGEM DA EXACERBAÇÃO RESPIRATÓRIA NA EMERGÊNCIA
FLUXOGRAMA IMPLANTAÇÃO:
SETOR: EMERGÊNCIA EXTERNA – HIJG VERSÃO: 01
OBJETIVO:
REFERÊNCIAS:
1 - Fibrose cística: Protocolo Clínico dos Centros de Referência do Estado de Minas Gerais.
Organizado por Elizabet Vilar Guimarães e colaboradores. Belo Horizonte: Secretaria de Saúde
de Minas Gerais, 2008.
2 - Royal Brompton Hospital. Clinical Guidelines: Care of Children with Cystic Fibrosis.2011. 5th
edition.
5 - CF Trust. Antibiotic treatment for cystic fibrosis: report of the UK cystic fibrosis trust
antibiotic working group. 3rd edition. May 2009.
3) Colonização:
- Crônica: três culturas positivas, com intervalo superior a um mês entre elas,
em um período de seis meses, por mesma bactéria patogênica.
CLASSIFICAÇÃO DA EXACERBAÇÃO:
Exacerbação leve: isolamento de bactéria nas vias aéreas inferiores sem sinais
diretos de infecção (febre, cansaço, prostração), com repercussão discreta no quadro
clínico do paciente (perda de apetite, perda de peso, aumento da expectoração,
alteração da cor do escarro).
EXAMES COMPLEMENTARES:
Hemograma/hemocultura;
Ureia e creatinina;
Eletrólitos;
Glicemia;
Coagulograma;
Sudam/Esteatócrito
RX de tórax.
→ Haemophilus influenzae
Tratar se sintomático.
Exacerbação leve
1ª opção: Amoxicilina + Clavulanato ou SMX/TMP por três a quatro semanas.
Outras opções: Claritromicina ou Azitromicina.
Exacerbação grave
Oxacilina 200mg/Kg/dia, EV, por 14 a 21 dias.
→ Influenza
→ Pseudomonas aeruginosa
Exacerbações Leves
Exacerbações moderadas/graves
- Internação
- Ceftazidime + Tobramicina, EV, por 2 semanas.
- Associar Oxacilina, se cultura positiva para S. aureus nos últimos 12 meses.
→ Resfriado comum
→ Sinusite
→ Pneumotórax
Tratamento
Atenção: pode não haver correlação direta entre o volume do pneumotórax e os sintomas.
→ Hemoptise
Hemoptise menor
Habitualmente não requer tratamento específico.
Afastar fatores desencadeantes, como uso de AAS, antiinflamatórios não hormonais.
Hemoptise maior (>250 ml/24 horas)
Maioria auto-limitada e não exige broncoscopia.
Excluir medicações que alteram a crase sanguínea.
Propedêutica: radiografia de tórax, cultura de escarro.
Tratamento:
Sedar se necessário.
Transfusão.
Vitamina K - Administrar IM (0,5 mg/kg/dose - máximo 10 mg).
ATB específico à colonização, independente do volume do sangramento.
A fisioterapia respiratória deve ser adaptada conforme a condição clínica do paciente.
Recomenda-se que as manobras sejam mantidas nos casos de hemoptise leve e
suspensas por 12 a 18 horas após o último episódio de hemoptise maciça.
As medicações inalatórias podem desencadear tosse ou broncoespasmo em alguns
pacientes, mas não há consenso para a sua suspensão.
O ácido tranexâmico pode ser indicado nos casos de hemoptise recorrente na dose de
15-25 mg/kg três vezes ao dia (máximo 1,5 grama/dose).
A lobectomia é indicada como último recurso terapêutico.
OUTRAS MODALIDADES DE TRATAMENTO:
Alfadornase
Indicações:
- VEF1 <70% do valor previsto ou tomografia de tórax de alta resolução com bronquiectasias.
- Dificuldade de expectoração.
- Sibilância persistente.
Como administrar:
- Administrar à tarde, uma hora antes da fisioterapia.
- 1 ampola de 2,5 ml uma vez ao dia.
- Duração 10-15 minutos.
Salina Hipertônica
Indicações:
- Na indução de escarro em pacientes com tosse improdutiva e cultura negativa.
- Ausência de resposta a alfadornase.
- Exacerbações infecciosas frequentes.
*A SH 7% se prepara com 2/3 de solução de NaCl a 10%, diluída em 1/3 de água destilada. Da
solução resultante, nebulizar 4 ml 1-2 vezes por dia. Em lactentes, usar SH 5% (metade de
cloreto de sódio e metade de água destilada) 1-2 vezes por dia.
* Sequência de administração da terapia inalatória:
1º Beta 2-agonista; 2º Alfadornase ou Salina Hipertônica; 3º Fisioterapia (em até 2
horas); 4º Antibiótico.
* Iniciar com monitorização hospitalar.
Azitromicina
Indicações:
- Antibioticoterapia convencional.
- Colonização crônica por Pseudomonas aeruginosa com evolução desfavorável.
- < 15 kg – 10 mg/kg/dia
- < 40 kg – 250 mg
- > 40 kg – 500 mg
- Oferta 3 vezes por semana (2ª/4ª/6ª).
Corticoterapia Oral
Indicações:
- Aspergilose broncopulmonar alérgica.
- Broncoespasmo de difícil controle.
- Doença de pequenas vias aéreas.
- Prednisolona 2mg/kg/dia
- Metilprednisolona 10-15 mg/kg/dia (máximo 1g/dia) por 3 dias.
FLUXOGRAMA ADMISSÃO EMERGÊNCIA:
HEMOPTISE SE NOVA OU
AUMENTADA;
AUMENTO DA TOSSE;
AUMENTO DESCONFORTO
RESPIRATÓRIO;
T > 38 GRAUS
ANOREXIA
ALTERAÇAO RINORREIA
ALTERAÇAO AUSCULTA
ALTERAÇAO RADIOLÓGICA
MODERADA/
GRAVE
LEVE
RESFRIADO (COLONIZAÇÃO
(COLONIZAÇÃO
(SOMENTE VAS) VAI COM FEBRE/
VAI SEM FEBRE/
PROSTRAÇAO)
PROSTRAÇAO)
Amoxacilina+Ac Bem, Exac. leve Exac. Leve: Grave: Vanco Oseltamivir 2x/d
Clavulanico 2-4 s/sintomas – amoxi + Grave Linezolida VO ou
semanas. – não Ac Oxacilina 2a3 Teicoplanina por 5 dias
Alternativa: tratar clavulanico 14 a 21 semanas EV por 2 a 3
Claritromicina ou sulfa dias semanas
por 3 a 4
semanas
RESFRIADO COMUM
Adultos: 500 mg
Linezolida VO < 12a: 10mg/kg/dose < 12a: 8/8h <12a: 600 mg/dia
15 – 23 kg: 45 mg
23 – 40 kg: 60 mg
> 40 kg: 75 mg
Adultos: 2 g
Linezolida EV < 12 anos: 10 mg/kg/dose < 12a: 8/8h <12a: 600 mg/dia
Adultos: 2g