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O segredo de uma vida triunfante

“Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?”


Gênesis 41: 38.
Quando se fala em vida cristã vitoriosa ou bem sucedida, um dos
primeiros personagens que nos vem à mente é José. Não há como falar de
sucesso, vitórias, triunfo e prosperidade sem citar este extraordinário
servo de Deus. Suas virtudes nos transmitem ânimo e alento para a vida
cristã.
José é símbolo de vitórias, pois apesar de uma infância e adolescência
sob os olhos invejosos dos irmãos e, por isso, perseguida, e de uma
juventude de grandes desafios, com a ajuda do Espírito de Deus ele
alcançou um final triunfante.

I – ODIADO PELOS PRÓPRIOS IRMÃOS, Gn 37


Ninguém quer ter inimigos dentro de sua própria casa. Mas, quantas
vezes os problemas surgem dentro do lar e temos grandes
decepções, Mq. 7:6. José sofreu este problema. Seus inimigos eram seus
próprios irmãos. Eles o odiavam muito por causa do amor que seu pai
tinha por ele, Vs. 4, 5 e 8.
Alguns pontos nos chamam a atenção no estudo do relacionamento de
José e seus irmãos:
a) Honestidade de José. Ele não escondia do pai os erros praticados pelos
irmãos, v. 2. Seu compromisso era com a verdade. A conduta dos irmãos
mais velhos poderia trazer problemas para seu pai. José não concordava
com as más atitudes deles e deixava seu pai ciente de tudo. Por isso, era
odiado a cada dia. Ninguém deve intimidar-se ao ser coagido por causa
da verdade;
b) Alvo da hostilidade dos irmãos. José sofreu ódio e inveja em virtude
dos sonhos, v. 8. Desde cedo em sua vida, Deus estava começando a
revelar seus propósitos para José, através dos sonhos. Mas nem ele, nem
seus irmãos entendiam isso; pensavam que ele queria governar sobre eles
e fazer deles seus súditos. Em razão desse rancor, fora vendido como
escravo para uma caravana que se dirigia ao Egito, vv. 7-11, 20, 28.

II – FIRMEZA DIANTE DA TENTAÇÃO, Gn 39


No Egito, José fora vendido a Potifar, comandante da guarda de Faraó,
Gn 37: 36; 39: 1. José era mordomo de Potifar. Tudo ia bem, até que a
mulher de Potifar desejou ter um relacionamento extraconjugal com José.
E embora todos os dias insistisse com ele, v. 10, ele sempre recusava, v. 9.
Certa ocasião, foi assediado pela esposa de Potifar. Desvencilhou-se dela,
mas o fato chegou deturpadamente aos ouvidos de seu senhor, que
mandou prendê-lo, w. 18-20. Fora um laço do inimigo para tentar deter
os planos de Deus na vida de José.
O que o ajudou a vencer essa armadilha?
a)Temor a Deus, v. 9. Todo pecado é contra Deus, SI 51: 4. José sabia
desta verdade, pois ele disse: “…cometeria eu tamanha maldade e pecaria
contra Deus?”.  O temor a Deus livra o cristão de situações como essa: “O
temor do Senhor é o princípio da sabedoria”, Pv. 1: 7. A falta do temor a Deus
leva a perder a consciência dos ensinos bíblicos e a deixar-se levar pelos
desejos da carne, Rm. 8: 1-8.
b)Graça de Deus, v. 10. José não cedeu ao assédio. O que o fortalecia era
a graça de Deus. E nessa hora que o cristão precisa fazer prevalecer os
princípios éticos, morais e religiosos sobre os ímpetos naturais. O Senhor
disse ao apóstolo Paulo, em resposta à sua oração: “…a minha graça te
basta”, II Co. 12: 9.
c) Origem da tentação, Tg 1: 13. Não podemos confundir tentação com
provação. A provação é permitida por Deus, Gn 22: 1. Tentação é o
resultado da cobiça, quando esta atrai e seduz. A cobiça vem sempre
pelos olhos. O que os olhos não vêem, o coração não deseja. Os olhos são
a lâmpada do corpo, Mt 6: 22. Mas o cristão nunca é tentado além de suas
forças, I Co. 10: 13.

III – A PROMOÇÃO DO FIEL, Gn 41


José estava preso, quando Faraó teve alguns sonhos muito estranhos.
Seus sábios não conseguiram interpretá-los. Então, o servo de Deus foi
trazido à sua presença para dar a significação, v. 14. Aprendemos com
José várias lições:
a)O Espírito concede sabedoria, v. 38. O Espírito de Deus capacitou José
para dar a interpretação exata aos sonhos, w. 25 a 32. A interpretação
agradara ao rei. E José, por sua prudência, foi nomeado governador do
Egito. Pôs em prática o que o sonho revelava e salvou milhares da fome;
b)O cuidado com a família. Vindo os sete anos de fome em toda a região,
os irmãos de José foram obrigados a ir ao Egito para comprar cereal, Gên.
42. Depois de alguns contatos com seus irmãos, José dá-se a conhecer e
manda buscar seu pai para habitar nesse país, cap. 46. E ali eles começam
uma nova vida. Os descendentes de Jacó vão habitar no Egito durante
quatrocentos anos;
c)Capacidade para abrigar o perdão, 50: 17. As atitudes de José mostram
que ele havia perdoado os irmãos. Mas, depois de Jacó ter falecido, os
irmãos sentiram-se acusados pela própria consciência, v. 15. Pensavam
que, agora, José iria vingar tudo aquilo que eles haviam feito contra ele.
No entanto, o coração de José estava cheio do amor de Deus, v. 19 e I Jo 4:
8.
Com José, aprendemos que é sempre possível ser um vencedor na vida
moral, espiritual e material sem fugir dos princípios cristãos. Por maior
que seja o desafio, com a ajuda de Deus, o irmão poderá, com certeza,
dar a volta por cima e ser uma pessoa triunfante como foi José.

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