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EFEITOS VISCOSOS EM

ESCOAMENTOS
INTERNOS E EXTERNOS
Conceito de camada limite
 Introduzido por Ludwig Prandtl, em 1904
 Este conceito introduziu a moderna
mecânica dos fluidos.

Prandtl
(1875-1953)
É a região muito próxima à superfície, onde
forma-se o perfil de velocidades.
Existe em escoamentos internos e externos.
Influencia os processos de transferência de
calor e de massa.
FORMAÇÃO DA CAMADA LIMITE EM
ESCOAMENTO EXTERNO

Num escoamento externo, a camada limite aumenta


sua espessura com o progresso do escoamento. O
escoamento nunca fica completamente desenvolvido.
FORMAÇÃO DA CAMADA LIMITE EM
ESCOAMENTO INTERNO

Num escoamento interno, a camada limite aumenta sua


espessura até atingir o centro do duto. Neste ponto, diz-
se que o escoamento está completamente desenvolvido e
o perfil de velocidades está formado.
Espessura da camada limite 
 A espessura da camada limite não é
constante. Ela vai aumentando com o
progresso do escoamento.
 Define-se a espessura da camada limite
como o valor de y para o qual
u = 0,99 U

( na transição entre a camada limite e o


escoamento principal, a velocidade é 99%
do valor da velocidade da corrente livre).
Escoamento sobre placa plana –
efeitos viscosos predominantes
Escoamento sobre placa plana –
efeitos viscosos moderados
Escoamento sobre placa plana –
efeitos de inércia importantes
Escoamento laminar e turbulento
na camada limite
Camada limite turbulenta
Subcamada liminar
Transição em placa plana
 Reynolds crítico = 500.000
 Reynolds pode ser local  Rex
A dimensão característica é o x (distância
a partir do início da placa)
 Reynolds pode ser baseado no
comprimento total da placa  ReL
A dimensão característica é o L
(comprimento total da placa)
 Camadas limites turbulentas são mais delgadas
(se comparadas a camadas limites laminares) e
aderem melhor ao contorno do corpo em
escoamento.

 Observe que, quanto mais espessa a camada


limite, maior será o isolamento da placa em
relação ao escoamento externo. Portanto,
menor será a capacidade do escoamento em
remover calor ou massa da placa.
Descolamento da Camada Limite
em escoamento externo (arrasto)
ARRASTO
 Para um corpo escoar em um meio fluido, ele
precisa vencer duas barreiras conhecidas como
arrasto de forma e arrasto por atrito (viscoso).
 Arrasto viscoso – refere-se ao atrito do fluido
com o corpo
 Arrasto de forma – refere-se aos
turbilhonamentos e descolamento de CL que
ocorrem pela impossibilidade física do
escoamento manter-se colado ao corpo.
ARRASTO
 Arrasto viscoso
2
F V
Cf  

A 2
A é a área de contato entre o corpo fluido e o sólido;
Cf é o coeficiente de atrito adimensional sobre a superfície,
depende do n0 de Reynolds e do tipo de superfície;
 é a massa específica do fluido;
V é a velocidade da corrente livre do fluido.
ARRASTO
 Arrasto de forma
2
F V
 CD  

Ap 2
Ap é a área projetada do corpo submerso;
CD é o coeficiente de arrasto adimensional (depende do n0
de Reynolds e da forma do corpo)
 é a massa específica do fluido;
V é a velocidade da corrente livre do fluido.
Coeficientes de arrasto típicos
Nesta região o fluido
não acompanha o
contorno do corpo.
Região de baixa
pressão conhecida
como esteira de
vórtices de Von Karman
Esteira de vórtices de Von Karman
Esteira de vórtices de Von Karman
As depressões de uma bola de golfe objetivam turbilhonar a camada
limite, de forma que a mesma fique mais delgada, mais colada ao corpo
e descole mais a jusante do mesmo. Desta forma o arrasto de forma
diminui, permitindo à bola, com o mesmo impulso, atingir distâncias
maiores.
PERDA DE CARGA
 Para um fluido escoar internamente a um duto,
por exemplo, ele precisa vencer duas barreiras
conhecidas como perda de carga distribuída e
perda de carga localizada.
 Distribuída – refere-se ao atrito com a parede do
tubo.
 Localizada – refere-se aos turbilhonamentos
causados pela presença de acessórios e
mudanças de direção no escoamento.
Descolamento da Camada Limite
em escoamento interno (perda de
carga localizada)
Perda de carga distribuída

P f Dv L 2
hL  
 2D
1 e D 2,51 
 2,0 log  
0,5 
f 0,5  3,7 Re f 
Perda de carga localizada

P
2 2
f D v Leq Kv
hL   
 2D 2
Tubo (material) Rugosidade (mm)

Aço rebitado 0,9- 9

Concreto 0,3-3

Madeira 0,2-0,9

Ferro fundido 0,26

Ferro galvanizado 0,15

Ferro fundido revestido de asfalto 0,12

Aço comercial 0,046

Aço trefilado 0,0015


Acessório k
Cotovelo de 900 0,9
Cotovelo de 450 0,4
Curva de 900 0,4
Curva de 450 0,2
Medidor venturi 2,5
Registro gaveta (totalmente aberto) 0,2
Registro globo (totalmente aberto) 10,0
 ..\..\Filmes\V7_2 - modelo de
escoamento ambiental.mov
 ..\..\Filmes\V7_4 - modelos utilizados
em tuneis de vento.mov
 ..\..\Filmes\V7_5 - teste de modelo de
trem em tunel de vento.mov
 ..\..\Filmes\V7_6 - modelo de
escoamento de um rio.mov
 ..\..\Filmes\V7_7 - teste de uma
barcaca.mov
 ..\..\Filmes\V9_2 - corpos aerodinamicos e
rombudos.mov
 ..\..\Filmes\V9_4 - esteira num corpo
rombudo.mov
 ..\..\Filmes\V9_8 - arrasto num
caminhao.mov
 ..\..\Filmes\V9_9 - arrasto.mov
CAMADA LIMITE TÉRMICA

Tsup  T
 0,99
Tsup  T
CAMADA LIMITE TÉRMICA
 Forma-se sempre que houver diferença
entre a temperatura da superfície e do
fluido.
 Sua espessura T é dada pelo valor de y
que:

T  T 
s y y 
 0,99Ts  T 
CAMADA LIMITE DE CONCENTRAÇÃO

C A, sup  C A
 0,99
C A, sup  C A, 
Para o engenheiro, as principais
manifestações das três camadas limite
são:
 atrito superficial – camada limite fluidodinâmica.
 transferência de calor por convecção – camada
limite térmica.
 transferência de massa por convecção – camada
limite de concentração.
 Os parâmetros chave das camadas limite são
portanto o coeficiente de atrito Cf, o
coeficiente convectivo de transferência de
calor h e o coeficiente convectivo de
transferência de massa hm.
Números adimensionais
 Número de Prandtl 
Pr 


 Número de Schmidt Sc 
D AB


Le 
 Número de Lewis D AB
FORMAÇÃO SIMULTÂNEA DE
CAMADAS LIMITE

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