Você está na página 1de 6

4ª AULA: DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR – PÓS GRADUAÇÃO

Objetivo geral: Identificar e compreender o papel e a importância das teorias de


estilos de aprendizagem.

Conteúdo: Teorias sobre estilos de aprendizagem e as estratégias de ensino e


aprendizagem relacionadas

Estratégia: Aula expositiva dialogada, trabalho final.

ESTRATÉGIAS PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM

A aprendizagem e o comportamento emergem de uma interação entre o


ambiente, a experiência prévia e o conhecimento do aluno (Alonso e Gallego,
2000).

Estilos de Aprendizagem: Abordagens individuais utilizadas para perceber,


apreender, processar, apreender, organizar e transformar a informação.

O termo “estilos de aprendizagem” surge a partir do século XX em estudos


desenvolvidos pela área da Psicologia e da Educação.

Behaviorismo/Aprendizagem

Skinner (apud Barros 1998), conceitua os reforços como eventos que tornam
uma reação mais frequente, e aumentam a probabilidade de sua ocorrência.
Os reforços se classificam em positivos e negativos.

A aprendizagem estabelece novas relações que tem como fundamento a lei da


contiguidade (proximidade).

Associacionismo x Aprendizagem

As Associações se formam entre as experiências ou as tarefas realizadas pelo


sujeito, entre os elementos estímulo percebido ou resposta fornecida pelo
próprio sujeito.

Aplicação no Processo Ensino-aprendizagem

Segundo Mizukami (1986), no ensino-aprendizagem os comportamentos dos


alunos são listados e mantidos por condicionamentos e reforçadores arbitrários
tais como elogios, graus, notas, prêmios, reconhecimento do professor e
colegas, prestígio.

Abordagem contemporânea: aprendizagem ativa


– Aprendizagem baseada em Projetos

–  Ensino e aprendizagem por meio de jogos

–  Discussão e solução de casos

–  Focado no aprendizado em equipe.

– Aprendizado por pares

O processo de ensino-aprendizagem sempre foi objeto de investigação de


professores, que preocupados com à aquisição de conhecimentos no âmbito
escolar de seus alunos, tem demonstrado ao longo dos tempos, métodos
tradicionais pouco eficazes no contexto pedagógico.
Observa-se então, que o professor é o principal ponto-chave deste
aprendizado, pois as técnicas e estratégias de ensino devem corresponder com
as necessidades e às expectativas dos alunos.
Contudo, o texto esclarece fatores capazes de influenciar ou interver no
aprendizado de estudantes, proporcionando:
-conceituar aprendizagem
- identificar fatores que interferem no processo de aprendizagem;
- reconhecer o papel da motivação na aprendizagem
- usar estratégias para manter a concentração dos estudantes
- usar estratégias para manter a memorização dos conteúdos pelos estudantes.

CONCEITO DE APRENDIZAGEM

O autor discorda com conceitos utilizados nas obras que tratam de Educação,
devido que osmesmos são bastante limitados, no sentido real da
aprendizagem, sendo que esta se refere “... a um processo permanente que se
inicia com o início da vida e só termina com a morte...” (p.80). Conforme trata,
que o ser humano está em constante processo de aprendizagem.
Outras definições de aprendizagem são destacadas pelo autor através de
Gagné (1980, p.6) “ Aprendizagem é inferida quando ocorreuma mudança ou
modificação no comportamento, mudança esta que permanece por períodos
relativamente longos durante a vida do indivíduo”. Concluindo que, a
aprendizagem aumenta de acordo com as experiências vividas.
O conceito de aprendizagem é muito complexo, por que não só envolve o
comportamento das pessoas, mas de tudo que a envolve, como por exemplo: a
formação do preconceito, a aquisição deum conceito simbólico, a ocorrência de
uma contração muscular etc. Mas, no âmbito escolar, ela é restrita porque é
associada a significados referentes a a tividade intelectual, a capacidade de
fazer ou executar uma ação ou capacidade de exercer uma profissão. Para
Bloom, citado pelo autor, o conceito passou a designar mudanças de
interesses, atitudes e valores. Para fins educacionais a aprendizagemse define
como processo de aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de
habilidades e mudança de atitudes em decorrência de experiências educativas,
tais como aulas, leituras, discussões, pesquisas etc.
Também existem fatores que influenciam a capacidade de aprender como: a
inteligência, a criatividade (cognitivos), a motivação, a idade, sexo, o ambiente
social, os hábitos de estudo e a memória.

A inteligência é um dos fatores mais reconhecidos por influenciar na


aprendizagem dos estudantes, que antes era determinada por uma concepção
de inteligência única, onde realizavam com os estudantes testes de Q.I
(quociente de inteligência). Novas descobertas científicas, apontam novas
teorias psicológicas e educacionais nas últimas décadas século XX, vem
desencadeando as inteligências múltiplas, de Howard Gardner91983) apud Gil,
onde não só as capacidades verbais e lógico-matemáticas são priorizadas
como grau de inteligência, mas a definiu em pelo 8 tipos de inteligência que
são:

INTELIGENCIA LINGUISTICA - Inclui a capacidade de manipular a estrutura


da linguagem, a semântica ou os significados da linguagem, suas dimensões e
seus usos práticos.

INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA - Inclui sensibilidade a padrões e


relacionamentos lógicos, afirmações e proposições, funções e outras
abstrações relacionadas.

INTELIGENCIA ESPACIAL - Inclui a capacidade de visualizar, de representar


graficamente idéias visuais ou espaciais e de orientar-se apropriadamente em
uma matriz espacial.

INTELIGENCIA CORPORAL CINESTESICA - Perícia no uso do corpo todo


para expressar idéias e sentimentos e facilidade no uso das partes do corpo
para produzir ou transformar coisas.

INTELIGENCIA SONORO OU MUSICAL - Capacidade de perceber,


discriminar, transformar e expressar formas musicais.

INTELIGENCIA NATURALISTA - Perícia no reconhecimento e classificação


das numerosas espécies do meio ambiente do indivíduo.

INTELIGENCIA INTERPESSOAL - Capacidade de perceber e fazer distinções


no humor, intenções, motivações e sentimentos das outras pessoas.

INTELIGENCIA EXISTENCIAL - Capacidade de situar-se ao alcance do


compreensão integral do cosmos, do infinito, assim como a capacidade de
compreender a existência humana.

Howard Gardner, americano, desenvolveu a teoria das Inteligências Múltiplas


estabelecendo uma uma mediação entre os aspectos biológicos, psicológicos e
culturais.
 Gardner afirma que a INTELIGÊNCIA não é uma propriedade única da
mente humana, mas a interação entre as competências intelectuais – as
inteligências.

 Cada competência é relativamente independente das outras.

 As competências não desenvolvidas ficam inerte ou cristalizadas.

PONTOS-CHAVE NA TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

 Toda pessoa possui todas as oito inteligências;

 A maioria das pessoas pode desenvolver cada inteligência num nível


mais adequado de competência;

 As inteligências funcionam juntas de maneira complexa;

 Existem muitas maneiras de ser inteligente em cada categoria.

COMO MELHORAR O DESEMPENHO DOS SEUS ALUNOS.

1. Mude a visão que os alunos têm dos estudos

A primeira mudança a ser adotada diz respeito à uma alteração de mentalidade


que deverá gerar efeitos práticos, a longo prazo. Trata-se de mudar a imagem
que os alunos têm dos estudos.

Estudar é, muitas vezes, visto como um afazer mandatório e entediante, quase


uma punição que pais e professores impõem aos jovens. Porém, isso não
deveria ser assim, afinal, a possibilidade de entrar em contato com o novo e de
compreender mais o mundo ao nosso redor é algo que deveria se apresentar
como extremamente estimulante. Para que esse quadro mude, é interessante
que as atividades escolares sejam apresentadas como desafiadoras e
cativantes.

Muitos pais e professores cobram o desempenho de forma errada, focando na


duração dos estudos do aluno, por exemplo. Frequentemente, quando a
criança ou o adolescente está ocioso, logo é obrigado a estudar mais, mesmo
que já tenha concluído as atividades em sala de aula ou o dever de casa.
Dessa maneira, o aprendizado acaba se tornando, inevitavelmente, um castigo.

Por isso, muito mais do que dizer “vá estudar” de forma vazia e automática, é
mais interessante focar a questão do aprender, mostrando ao aluno o que ele
tem a ganhar. Além disso, é fundamental transformar as estratégias
pedagógicas.

A família pode ser uma grande aliada no processo de melhorar o desempenho


dos alunos, já que exercem um papel muito relevante na sua formação.
Portanto, manter um diálogo aberto e direto entre as famílias e a escola é
extremamente importante para criar uma relação de confiança. Além disso,
com essa proximidade eles terão a oportunidade para contribuir para uma
melhora contínua no ambiente escolar. Assim sendo, cria-se a oportunidade de
estimular ainda mais os estudantes.

2. Faça do aprendizado uma diversão

A utilização da tecnologia aliada à educação, por exemplo, é uma


estratégia bastante promissora para motivar o estudo. Atualmente, a
maioria dos jovens é bastante ligada a aparelhos tecnológicos e a ferramentas
digitais. Aproveitar esse interesse de modo a melhorar o ensino é uma ótima
ideia. Aplicativos como o Plurall e o AppProva são maneiras de fazer os
estudantes se divertirem e aprenderem ao mesmo tempo, e por isso valem a
sua atenção.

Propor atividades externas, de modo a prender a atenção e instigar o


pensamento dos estudantes é outra ótima estratégia. É preciso saber
manter o foco nos objetivos, mas sair do lugar-comum é mais do que
recomendado. Além dos exercícios que envolvem a tecnologia, é preciso usar
a criatividade para fazer com que aulas fujam do esquema restrito ao livro,
ao caderno e ao quadro.

Nosso cérebro funciona melhor quando é constantemente estimulado e


surpreender os estudantes com exercícios diferentes é muito
positivo. Atividades diferenciadas são interessantes para dar contexto ao
que foi aprendido em sala de aula, além de serem úteis para desenvolver
e fortalecer as competências socioemocionais dos alunos. Por meio disso,
a escola estará incentivando os estudantes a se tornarem cidadãos integrais
capazes de aplicar seus conhecimentos no dia a dia.

3. Mostre a aplicação prática do conteúdo

Fazer com que os alunos atinjam um grau de excelência nos estudos


passa por motivá-los a querer aprender para, a partir daí, ensinar com
qualidade e receber resultados positivos. Esse ensino diferenciado deve deixar
de lado, antes de tudo, o “decoreba”, para privilegiar o conhecimento mais
profundo e aplicado do conhecimento no dia a dia dos estudantes, de
modo que aquilo que o aluno aprende em sala passe a fazer parte de sua vida,
mesmo fora da escola.

Por isso, é essencial tornar as aulas mais dinâmicas e práticas, aliando o


conteúdo das disciplinas à “vida real”, por assim dizer.

Relacionar aquilo que está nos livros às situações comuns do cotidiano


dos estudantes ajuda a deixá-los muito mais interessados nas aulas. Dessa
forma, o desempenho dos alunos melhora bastante ao perceber a utilidade dos
estudos e a aplicação dos conceitos na prática.
É válido, por exemplo, pedir para que eles observem o respeito às normas
gramaticais nas revistas e blogs que leem, deixando a aula de português muito
mais envolvente. Já no caso da matemática, é possível propor a atividade de
observação das condições de pagamento das lojas que costumam frequentar,
de modo a estudar os juros e o parcelamento de valores.

4. Acompanhe o desempenho dos alunos para melhorar

Outra estratégia para melhorar o desempenho dos estudantes é sempre estar


atento ao resultado geral da turma. Uma dificuldade recorrente em
matemática, por exemplo, pode ser um sinal de que o conteúdo não está sendo
trabalhado da melhor forma. É essencial que o professor esteja atento,
também, aos sinais de dificuldade de aprendizagem.

Ao longo do ano, por meio das ferramentas de avaliação de desempenho, é


importante comparar os resultados e acompanhar a evolução da turma. Esse
tipo de diagnóstico ajuda professores e coordenação a identificar
as intervenções pedagógicas necessárias e a traçar estratégias de ensino
mais eficientes. O educador ganha embasamento para, por exemplo, testar
diversas formas de trabalhar o conteúdo e ver quais combinam mais com cada
turma. Além disso, ao indicar exercícios, atividades e formas de avaliação
múltiplas, torna-se muito mais fácil melhorar o desempenho dos alunos.

A partir daí, o processo de aprimoramento do desempenho tem sua etapa final


— que será, também, o pontapé inicial, já que se trata de um ciclo — no
momento da intervenção pedagógica. Isso porque não adianta aplicar uma
atividade aos alunos se os seus resultados não são analisados: é fundamental
entender quais são as lacunas do aprendizado dos alunos e traçar
estratégias para que sejam de fato superadas.

Por fim, não se esqueça de retomar o conteúdo com alguma


periodicidade. Certos temas vão ficando para trás, e relembrá-los é uma boa
estratégia para manter os tópicos sempre em voga na sala de aula e ainda
mostra aos alunos que o que foi aprendido não deve ser esquecido após as
avaliações, e sim permanecer com eles para o futuro.

Mesmo com essas dicas apresentadas, desenvolver os alunos para um melhor


desempenho pode ser um grande desafio. Os estudantes são muito diferentes
uns dos outros, o que exige um tratamento diferenciado para cada um deles.
Para saber mais sobre o assunto, você pode baixar gratuitamente o
nosso "Guia para desenvolver os alunos":

Você também pode gostar