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Introdução
A água é um bem essencial à vida humana. Este recurso é considerado tão ou mais valioso do
que, por exemplo, o petróleo, o ouro ou diamantes. Sem ela não é possível a sobrevivência
humana pois não seria possível fazer plantações ou criar animais. Como é um bem
indispensável à vida pode levar a guerras e conflitos pela sua posse, quer pela água salgada ou
pela gestão da água doce (superficial e subterrânea). Isto leva a uma menor segurança a nível
local e mundial, pelo que a sua boa gestão é essencial para evitar futuros conflitos e a
destabilização do mundo.
Na prática, é poder viver sem medo de ser assaltado, roubado, morto, agredido, furtado ou
violado de alguma maneira. Por isso, é de fundamental importância que a Segurança Pública
seja levada a séria pelos gestores públicos de nível municipal, estadual e federal.
(um país sem segurança publica tem menos turismo e mais emigração, o que é prejudicial)
Um dos motivos pelos quais a Segurança Pública é fundamental é a proteção à vida. É muito
importante que os cidadãos tenham a confiança de que podem viver, sair para trabalhar ou
para lazer com a certeza de que retornarão para casa em segurança, sem sofrer atentados ou
ameaças
(manual)
A mundialização do terrorismo
A escassez de água afeta aproximadamente 40% da população mundial e, segundo estimativas
das Nações Unidas e do Banco Mundial, secas poderiam colocar 700 milhões de pessoas em
risco de deslocamento em 2030.
Os recursos hídricos estão cada vez mais sob pressão em grandes partes do mundo,
especialmente nas regiões mais áridas. A penúria de água, que está a intensificar-se
rapidamente, reflecte os aumentos demográficos, o esgotamento dos lençóis freáticos, o
desperdício e a poluição, bem como os fortes impactos, cada vez mais desastrosos, do
aquecimento climático provocado pelo Homem.
As consequências são devastadoras: seca e fome, perda dos meios de sustento, propagação de
doenças transmitidas por agentes presentes na água, migrações forçadas e até mesmo
conflitos abertos. As soluções práticas pressupõem muitas componentes, incluindo uma
melhor gestão dos recursos hídricos, melhores tecnologias para aumentar a eficiência do uso
da água e novos investimentos empreendidos de forma conjunta pelos governos, sector
privado e organizações de defesa dos cidadãos.
Localizar conflitos
O primeiro conflito envolvendo o uso da água que se tem notícia ocorreu há cerca de 4.500
anos e envolveu duas cidades-estados da Mesopotâmia: Umma e Lagash, que disputavam
áreas que abrangiam os rios Tigre e Eufrates para irrigação.
Esses mesmos rios protagonizam, nos últimos tempos, uma tensão que também pode
transformar-se em um conflito entre Turquia, Iraque e Síria, uma vez que as nascentes desses
rios encontram-se no território turco e o abastecimento é realizado para os três países. Em
1998, a construção de uma barragem por parte da Turquia gerou certa tensão, pois a
diminuição da vazão para a jusante fez com que Iraque e Síria elevassem o tom em
reprovação. Uma forte seca, no final da década passada, também contribuiu para que os
iraquianos e os sírios passassem a questionar mais veementemente os turcos, que
responderam negando as acusações de que estariam diminuindo a vazão dos rios para os
demais países. Embora acordos tenham sido feitos, a situação é considerada delicada.
Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, o Estado de Israel, então recém-criado, expandiu
suas fronteiras e ocupou várias áreas de países adjacentes no Oriente Médio. Uma delas, as
Colinas de Golã – então pertencentes à Síria –, além de apresentarem uma posição geográfica
estratégica, abrangiam as nascentes do Rio Jordão, muito utilizado para a irrigação no local.
Israel, inclusive, controla os recursos hídricos subterrâneos em suas áreas e na Cisjordânia,
sendo frenquentemente acusado de impedir que os palestinos utilizem-nos, em uma
articulação notadamente estratégica. Vale lembrar que Israel, Jordânia e Palestina (os três
países locais) reúnem 5% da população mundial e apenas 1% das reservas hídricas.
Recentemente, a disputa pela água vem encontrando atuações até de grupos terroristas. No
Iraque e na Síria, o Estado Islâmico vem atuando no sentido de tentar controlar algumas fontes
de água, pois sabe que isso lhe dará uma maior vantagem em termos geopolíticos e bélicos.
Com o controle da água – principalmente no caso do Iraque –, torna-se completamente
possível impor várias sanções e estabelecer um amplo controle da área.
Soluções
Há que encontrar soluções a todas as "escalas", o que quer dizer que vamos precisar de
soluções para a água dentro de comunidades individuais (como o projecto de água canalizada
no Senegal), ao longo do curso de um rio (mesmo que atravesse fronteiras nacionais) e,
globalmente, por exemplo, teremos de combater os piores efeitos das alterações climáticas
mundiais. Para chegarmos a soluções duradouras, é preciso o envolvimento conjunto de
governos, empresas e sociedade civil, o que pode ser difícil de negociar e gerir, uma vez que
estes diferentes sectores da sociedade têm por norma pouca ou nenhuma experiência de
relações mútuas e podem desconfiar bastante uns dos outros.
A maioria dos governos não está bem apetrechado para lidar com os sérios problemas em
torno dos recursos hídricos. Os ministérios que tutelam a água estão tipicamente cheios de
engenheiros e funcionários não especializados no tema. Mas as soluções duradouras para os
desafios da água requerem um vasto leque de conhecimento pericial acerca do clima, ecologia,
agricultura, demografia, engenharia, economia, políticas sociais e culturas locais. Os
responsáveis do governo têm também de possuir competências e flexibilidade suficientes para
trabalharem com comunidades locais, empresas do sector privado, organizações
internacionais e potenciais doadores.
Um próximo passo crucial consistirá em reunir líderes políticos, empresariais e científicos que
partilham os problemas da escassez de água - como, por exemplo, o Sudão, Paquistão, EUA,
Austrália, Espanha e México - para reflectirem em conjunto e encontrarem abordagens
inovadoras para os resolver. Uma tal reunião permitiria a partilha de informação, que poderia
salvar vidas e economias. E também salientaria uma verdade elementar: o desafio comum do
desenvolvimento sustentável deve unir um mundo dividido pelos níveis de rendimentos, pela
religião e pela geografia.
Mas se conflitos potenciais de água podem ser identificados, é possível fazer algo para impedir
que eles ocorram?
Infelizmente, não existe uma solução única que possa ser aplicada a várias situações. Em
muitos países, a simples redução de vazamentos no encanamento pode fazer uma grande
diferença: o Iraque perde até dois terços da água tratada devido à infraestrutura danificada.
O nível de água disponível também pode ser aumentado por técnicas como a dessalinização da
água do mar. Atualmente, a Arábia Saudita atende 50% de suas necessidades de água por
meio desse processo.
A reciclagem de águas residuais também pode oferecer uma alternativa de baixo custo e fácil
de implementar que pode ajudar as comunidades agrícolas afetadas pelas secas.
Os acordos para compartilhar a água são uma forma comum de acalmar esse tipo de disputa.
Foram firmados mais de 200 acordos desse tipo desde o final da Segunda Guerra Mundial,
como o Tratado de Águas do Indo de 1960, entre Índia e Paquistão, e o acordo entre Israel e
Jordânia firmado antes do tratado de paz.