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N. 56
RISO JUNHO
Preço
$200
ROIÃICES iSSâESTMTE
ESTÃO A VENDA :
Familia B e l t r ã o . . . 1 $500 réis Como ellas nos engrnnr- 600
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BILHETES POSTAES
Luxuosa e artistica collecção de bilhetes postaes.

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A VENDA

0 Chamisco
ou
0 querido das mulheres
Interessante narrativa das aventuras de
um mancebo, possuidor de um poderoso talisman que o
tornava irresistível.
Este elegante livro é dotado de lindas gravuras.

PREÇO 1$500
PELO CORREIO 2$000

=ae at=ae
Rio de Janeiro, 13 de Junho de 1912

© RISO
NUM. 56
Semanário artístico e humorístico
Propriedade: A. Reis & C. ANNO II

CHRONIQUETA até que o Deiró cozinhe o piléque e abran-


de a resáca...
Confesso qne nunca me melti nisso.
Isto, hoje, leitorzinho amigo, vae Tenho me mettido por ahi em muitas
mesmo em prosa, porque a respeito de coisas, lá isso é verdade... mas a chronico
chronicar por rima hão é positivamente é que não. Sim, porque quem faz «Chro-
o meu forte, pois não sou versado em nicas» deve ser chronico por força, ou en-
versos, como é o malandrote do Deiró Jú- tão eu não passo de uma respeitável ca-
nior, o pândego encarregado desta sec- valgadura, com licença do leitor, que por
ção que teve a má lembrança de ir sab- certo não levará a mal eu expremer-me por
bado á uma festa, onde apanhou uma esta forma, c não vae também tomar a
mona que mal se lambia, o que o levou a coisa pelo outro lado, isto é, pelo lado da
flautear-nos com a Chroniqueta, dando lo- maldade...
gar a que o patrão tivesse por sua vez a má Mas, vamos nós ao que serve. Met-
lembrança de me incumbir desta estopada íamos o nariz na Chroniqueta,

do P h a r m a c e u t i c o Sltveira
$> ELIXIR DE NOGUEIRA — C u r a a ayphllls.
O RISO
madas scenas do pessoal da Saúde, hábil
De que quer o leitor q»e eu lhe fale? no exercício da rasteira e no manejo do
Da chacina de Bello Horizonte? Da bom- tsbçfc
ba de dinamite atirada no Ceará contra Uma belleza ! e a Pátria que se lixe!
o bravo coronel Thomaz Cavalcanti? Das
infâmias que têm sido praticadas no Pi- Boa fita desenrolou também o ex-
auhy por uma súcia de bandidos? Dos "delegado da zona"; o ineffavel Suru-
desastres da Central? cucu, que, por ter sido chamado pelos
Hum! estou daqui a ver o leitor a tor- alegres rapazes de uma das nossas Facul-,
cer o nariz e a dizer: dade» pelo seu venenoso appellido, pre-
— Nada, seu chronico] nada disso me tendeu esfolar meio mundo, ameaçando
agrada. Dessas misérias já estou eu farto céos e terra, de revólver em punho, isso
de saber. Escolha outros assumptos. em pleno dia!
E eu, que aqui não estou sinão para O homemzinho teve saudades do tem-
ser agradável ao leitor, dou três piparo- po em que aggredia indefesas creaturas,
rótes na torre dos piolhos, dou um murro : e então quiz mostrar que "ainda é o mes-
na testa e zaz! atiro-me á cata de assum- mo Surucucu de outr'ora, dando aquelle
pto melhor, de qualquer coisa que não bote sobre os alegres estudantes, fazendo
cheire a chamusco e dê margem á trepa- aquella tremebunda fita que felizmente
ção, como diz o Deiró. queimou a tempo, servindo apenas de
palpite para muita gente jogar na cobra,
Mas, qual ha de ser o assumpto, no dia seguinte é... perder, porque em
com mil bombas?! vez delia deu o estuporado leão, indo eu
Ah! Eurekal — esta Eurejca não é também no arrastão em vinte nicolâus de
daquella de apagar tinta de escrever; tra- cem réis, que perdi bestamente.
ta-se de uma exclamação feita por um
grande agricultor inglez, por nome John Raios partam o palpite!
Pey Dorrento, ao descobrir a melhor ma-
neira de um cidadão plantar batatas — . E agora, leitor amigo, vou dar o fora
Eurekal achei o assumpto: vou falar so- desta gronga, que afinal não é Chronica
bre os successos da Praia do Peixe, per- nem coisa alguma. Já vejo que não tenho
dão! quero dizer, vou chronicar sobre os geito para estas coüas; e si não consegui
successos da Câmara nestes últimos dias. dar melhor conta do recado agradece ao
Não acha o leitor que a coisa serve ? páo d'agua do Deiró, que é o único cul-
Pois sem duvida! Aquillo tem estado sim- pado de te fazer gramar esta joça.
plesmente delicioso! Vale a pena ir assis- Interino
tir aquellas matinées cuja representação
nos custa os olhos da cara (a não ser que
, haja outros) e cujos adores nos saem á
razão de cem fachos diários! Correndo a Pita
Sim senhor! Com que prazer, com
que carinho tratam os senhores pães da Obedecendo á norma do nosso jornal,
Pátria dos interesses da dita! E com que publicar qualquer trabalho que nos seja
primor de estylo, com que belleza de enviado, dês que não contenha qualquer
linguagem se tratam mutuamente os fi- allusâo directa, estampamos em nosso ul-
nos cavalheiros para ali NOMEADOS ! timo numero um trabalho sob o titulo aci-
Aquillo é só: ma e que nos foi enviado pelo Correio,
sem que de longe avaliássemos o alcance
— V. Ex. é um pulha! do autor do referido trabalho que, apro-
— Pulha será sua tátaravó, seu coisa ! veitando-se das columnas d'0 Riso e abu-
— Peço perdão! Eu não tive inten- sando da nossa boa fé, foi attingir á pes-
ção de offender o meu illustre collega. soa da sra. Palmyra d'01iveira, estimada
— Então retire o "pulha" ! discípula do theatro S. José, a quem se
— Não ponho duvida nisso desde. refere a descripçâo do gracioso missi-
que V. Ex. engula a "coisa"... vesta.
E por ahi além, até que os horizon- Ora, como não seja intenção nossa
tes escurecem e os contendores appro- magoar quem quer que seja, lamentamos
ximando-se, quasi fazem uma pega á deveras que a sra. Palmyra tenha sido,
unha, sempre evitada, graças á interven- por involuntária culpa nossa, assim tão
ção dos collegas, que não permittem um grosseiramente attingida, o que de viva
máo desfecho da encrenca, privando os voz já lhe fizemos sentir, pois,, fomos tam-
espectadores do "Gallinheiro" de assisti- bém victimas da nossa boa fé
rem a reproducçâo de uma das costu- Servir-nos-ha esta de' ii<-ão *
O RISO

EXPEDIENTE .nome da Lei ! . . . Isto aqui não é café


cantante...
Outra voz (das galerias : — m a s . . . é
Toda a correspondência para café C. D. M. quero dizer, Canal do
Mangue... ;
"d RISO" O Presidente': - Metta a Iingua no
deverá ser remettida á sua redacçãs a s e u ! . . . Silencio !...
Introduzam o accusado, cá para
RUfl PO ROSÁRIO, 99^-Sob. dentro...
\UmajVoz (doleote).• — Quem foi que
Telephonè 3.So3. disse... que essas coisa não si deu-se ?...
O Escrivão:—Que voz, a tua.. e que
Tiragem. .I5.ooo exemplares. delírio o m e u . . .
O Presidente:';-—Vae cantar em casa da
Numero avulso... 200 réis avó, ó Calado.
Numero atrazado 300 réis
O accusado entra e abanca-se... mas,
ASSIGNATURAS eis que, de subitò, reergue-se do banco
de pinho, vociferando :
ANNO Protesto/em nome do Regimento !...
Capital. Protesto, em nome das immun... d a s . . .
103000 immunidades parlamentares...
Exterior. 12S000 Uma voz (das galerias): — Immunida-
des. .. é . . . governamental...
O Presidente . —A conversa ainda não
chegou á . . .
JURy P* "0 RISO" Muitas vozes (á una voce): — Casi-
n h a . . . reservada... necessária... pri-
SESSÃO MAGNA... CATERVA vada. ..
Presidente:— Dr. Said Aly A. Preta. O Presidente (furioso): — Seu Com-
mandante ! Mande, a toda essa gentalha,
Promotor: -r- Dr. Carlos Borromeu de evacuar...
Castro Carvalho. Muitas vozes: —Para Vossa Excellen-
Advogado da defesa: Bacharel em c i a . . . saber como...
Veterinária Deiró Júnior. O Presidente: — Como você come,
Escrivão: -Thoníey Caiado. qualquer m e r . . . cadoria!...
Badalavam, morosamente, as doze, O Dr. Deiró Júnior: — Emmerito se-
mais ou menos... entre as duas, quando nhor doutor presidente!... Digníssimos
o doutor presidente da Sessão, fazendo senhores advogados de accusaçáo :
agitar, febrilmente, 03 badalos tympanicos, O innocente accusado, é inteiramente
declarou, solemnèmente: alheio ao delicto... que se lhe imputa !..:
(Susurros nas galerias) Sim !... Ao crime
Está... aberta... a . . . assumção... que se imputa; á essa... victima imbelle
O Promotor (A' parte) Sussâo, dou- da fatal desgraça !...
tor ! . . . Sussão... v O recinto do Tribunal, quasi desaba-
O Presidente;—Orapirólas, doutor !... ante a explosão febricitante de gargalha-
Vá ensinar o senhor seu pae a fazer fi- das, homeríca3 e gostosas, e a sessão é
lhotes. suspensa . . . por um guindaste, marca
O Promotor; — E- a senhora s u a . . . Deiró.
avó! . . .
O Presidente (gravibundo); —Respei-
tem as cinzas extinctas da fornalha vene-
randa de minha avó \ ...
Uma voz (das galerias): — Torta ou jfi J-amilia 7$eltrâo
direita 1...
O Presidente: V á . . . forma outro !... Bellissimos episódios passados no seio de
Seu escrivão, toque a chamada ! . . . uma familia, que reparte sua felicidade com
O Escrivão (cantando) : os rapazes que freqüentam a casa.
—Eu, Thomey, fico... Calado... Soberbas gravuras adequadas as scenas.
Em Santa Paz do Senhor...
Não quero ser f o , . . mentado Preço 1$500 Pelo correio 2g000
Nao quefo n3o, seu d o u t o r . . . »
O Advogado de defesa. — Protesto, em Pedidos a A. Reis & C. - Rosário—99
£ V 0. RISO
grosseiro e vendo que se lhe deparava
Piadas de S. Ex. uma excéllente occasião de ticar fias boas
graças de S. Ex., perdeu o amor que ti-
nha aos patos e, procurando phrases,
Por desfastio vae o leitor levar hoje desfazendo-se em mesuras, pediu que
mais duas, perdão! levar duas é um modo S. Ex. lhe desse a subida honra de accei-
de dizer as coisas; o que o leitor vae e tal-os, como modesto preito de homena-
deliciar-se com mais duas excellentes gem e muito respeito de um humilde
«piadas;, escolhidas a dedo, ou a olho, vassallo.
como queiram, entre as innumeras da au- S. Ex. todo satisfeito, acceitou incon-
toria de S. Ex., que, como já ficou dito, tinenti a offerta, e, voltando-se para o
tem espirito p'ra burro, que é como quem seu illustre secretario, exclamou :
diz : — tem espirito p'ra S. Ex. mesmo. — Agora, isto é, quando regressar-
Ellas ahi vão. Aprecie o leitor essas mos, fica vocemecê incumbido demandar
Ulezas : fazer um patibulo para os meus patos, e
ha de também comprar um tratado de
S. Ex. pouco se dá á leitura dos jor- patologia para saber como devem ser
naes; e, não é só dos jornaes: S: Ex. não tratados os bichinhos.
se dá á leitura alguma porque não gosta Felizmente para S: Ex. só o seu se-
de ler, ou, antes, lê muito por cima.:: cretario e o offertante ali estavam naquel-
defeito esse que trouxe desde os bancos le momento.
escolares.
. Entretanto, ás vezes» para matar o
tempo, S. Ex. pega de um jornal "qual- —Quantos deputados tein Minas ?
quer e, longe de se . inteirar dos factos —Um único : Irineu Machado: "•*"
que dizem respeito á Beóciá, de que é
muito digna Magestade, S. Ex. limita-sé
a passar uma vista d'olhos pelo noticiá- — Que o Mane Reis augmeiitou o pe-
rio, inteirando-se apenas dos assassinatos ríodo presidencial.
havidos no dia anterior, dos desastres —Não ha duvida que elle tem idéas
occorridos, emfim, só pelas coisas míni- más. Isto já for proposto pelo Medeiros.
mas S. Ex. se interessa...
Assim, tendo lido certo dia, num jor-
nal que por acaso pegará, um grande
numero de mortes occasionadas por au-
tomóveis, S. Ex; ficou tão impressionada
que durante o resto do dia não pensou
noutra coisa, e, á noite, rodeado pelos
vassallos, externou os motivos da sua
funda impressão, concluindo :
— Parece incrível qué num só dia se
dêm tantas mortes automáticas !
— Como diz, Magestade? mortes
automáticas ? perguntou um do3 vassal-
los.
— Sim. Pois não foram causadas por
automóveis ? Logo, são automáticas!
Escusado será dizer que, essa piada
de S. Ex. causou um successo: de arrom-
ba no auditório !

Por um dos costumados passeios que


de vez em quando dava pelas proximida-
des da Beocia, -.abandonando muito irre-
gularmente o seu Real Palácio, teve
S. Ex. òccasiãò -de sa^jfeciar, num sitio
qualquer, um casal de: "beííissimos patos,"
admiravelmente bem criados e dignos, Sem rival nas Flores Brancas s
de factó, de serem cubiçados.
S. Ex. gabou-os tanto, teve tantos «atras neieatiag das Muioras,
VKlro grande...... S$ooo
elogios para o proprietário dos patos, que
o homemzinho, não querendo passar por vidro pequeno., 3 j 0 0 0
.*!— VgNOB--JB KW T o ç u *#.»Tf -w-w
O RISO
Outros ainda, suspiram languidamente
Films por espaço de 9 annos, fartamente satis-
feitos, ali assim no velho Senado, o n d e
em uma cadeira respeitável, e ao mesmo
Senador Gervasio t e m p o querida, desfrutam os doces bene-
fícios incalculáveis que lhes rende a sua
Ora, que mal faz ? " N e n h u m . . . posição de Senador.
T o d o o filho do Brazil tem o direito
de gozar na sua terra, (nossa) da maneira E ainda outros,Chefes de secções Sub-
que entender e achar saber, as regalia 1 c h e f e s , Directores, Sub-Djrectores, Secre-
que a Constituição da Republica confere tários, Sub-Seçretarios, Escripturarios,
a todo C i J a d ã o n a t o . Amanuenses, Escrivães, Escreventes, Con-
tínuos, Porteiros e serventes, sem fallar
L'ns gozam as delicias de um bom naquelles que andam por diversos ponto;;
Ministério, na qualidade de Ministro. Ou- do <-Estranja> — oecupando cargos im-
tros, os prazeres immensos que resultam portantes de Plenipotenciarios, e t c , etc. e
de um mandato de representante do, povo, Commissões, Commissões ; todos, afinal,
gozades na Câmara dos D e p u t a d o s . aqui, ali e acolá, filhos desta nossa bella
terra, a todos elles assiste
o direUo. de gozarem .as
regalias que a Pátria dá
aos seus filhos, do modo
que mais agrado produ-
zir.
E' uma verdade, esta,
qüe ninguém p o d e con-
testar.
Eu confesso que fui
tolo, em escolher um lo-
gar pequeno, humilde e
de p o u c o «arame», para
os meus prazeres.
Sim, eu, deveria ter
escolhido uma posição
melhor, mais elevada,
mais renunerada como
por exemplo uma pasta-
sinha de Ministro ou uma
cadeira no Congresso.
Ma-, se eu-fui tolo,
outros foram sabidos. "í
Ora, ha tanta gente
sabida n e t a terra ! !
Como amostra eu
apre ento o Exino. Sr.
Senador Gervasio, repre-
sentante tia terra do Sr.
Pires l e r r a i a , emérito
profe'sor de abraçologi.i
aguda.
< O seu G e r v a i o , já
está velho ; ha cousa de
p o u c o , annos é que elle
teve a lembrança de
aproveitar o seu direito
de Cidadão.

ÁLBUM'DE,CUSPIDOS

A' ft SCENAS INTIMAS *


2a Serie : Preço 1$000 réis
6 tf <f O RISO tf *

Viyia elle desde moço no Piauhy, A segunda, vinda


como Fazendeiro no seu Engenho, entre
os seus bois, os seus bezerros> as suas fa- Desde algumas semanas, vem o re-
vas, òs seus feijões e os seus milhos, e verendo padre Júlio Maria fazendo, n'uma
tudo o que é necessário em uma Fazenda. igreja desta capital, uma serie de sermões
Era elle, oseuGervasic, um felizardo, annunciando a próxima vinda de N. Se-
e como nascera rico, deixara de freqüen- nhor Jesus Chisto.
tar escolas, porque no dizer delle : «Eu não Não ha duvida alguma que a coisa
perciso sabe nada pra vive. Tenho meus é sensacional e não podiamos deixar
gado, meus b o d e . . . de nos occupar com ella.
Conforme o nosso habito lançamos
E assim, ia vivendo, até que o seu mão do recurso maravilhoso da entrevista
conterrâneo e amigo o heróico General e fomos ouvir o presepeiro de tão estupen-
Pires Ferreira, veio acordal-o um dia em da seriedade.
sua casa de campo : O reverendo recebeu-nos cheio de
— O' seu Gervasio, vosmeçê preciza fi- amabilidade e fez-nos sentar.
gurar na politica da nossa terra...— E ( Desejávamos, reverendo, saber como
rico, tem prestimo eleitoral... foi que o senhor veio a saber tal cousa ?
—Homi. seu Pires, eu tô munto bem — E'_muito simples. Fui pelos meios
aqui na minha roça. Deixemo de figura. normaes. Recebi ! Uma carta de Jesus em
Isto é bom pra vosmecei» qui são grande. que me annunciava a sua próxima che-
—Não, senhor, vosmeçê tem de esco- gada. Tenho-a aqui a mão e vou lel-a
lher uma posição qualquer na alta admi- ao senhor•
nistração do Paiz. Preparamo-nos para escutal-o e logo
—Virge Mâi de Deus, seu Pires, an- o padre começou : \
tonçes a gente pode escoe ? — «Meu caro Júlio. Ando bem abor-
Pode, sim, senhor ; isto é, essse direi- recido com isto aqui. O céo^está cada vez
to só é concedido a homens de sua ordem, mais insipido e o Padre mais rabugento.
ricos, prestimosos e valorosos. O Espirito Santo, de caduco deu em
fazer tolices. .j
—Tá bom, eu vou pensa e odispois eu Hontem qúiz inspirar-me a jogar no
direi a vosmeçê a minha iscoia. bicho. Não' posso mais. Breve irei por ahi.
• —Bem, então, pode contar commigo. Adeus Jesus» !
Eu quero que o Sr. seja conhecido. Fechou a carta e me disse :
— Está ahi como eu soube da cousa.
Passam-se dias e dias, e tempo de- — Que vem o homem fazer por aqui ?
pois o seu Gervasio faz a sua entrada no — Vem salvar-nos.
Palacete do mui digno,' nobre e fallecido Achamos isto bom pois estamos na
Conde dos Arcos, na qualidade de Sena- maior quebradeira deste mundo.
dor, representando a alta justiça do — Alefn do que, adduzio o reveren-
Piauhy do, vem concertar, certas^ coisas.
Como seu Gervasio, ha muitos Sena- — Quaes ?
dores e Deputados que deslumbram o Uma: a Estrada dé. Ferro Cen-
Congresso com o seu alto talento. tral. Depois que o Frontin arrebentou-a,
só Christo poderá concertal-a.
Gaumonf . — E o Lloyd ?
— Também elle se ha de occupar com
elle, mais o seu maior trabalho será con-
certar a Republica.
— De forma que se vai metter em po-
COMÍCHÕES litica ?
— Perfeitamente.
E' este o titulo de um saboroso — Será hermista.?
— Não sei; estou} porém, a apostar
livro da nossa estante, e em que se que vai fundar um partido seu.
contam cousas do arco da velha.. .E' todo — E quanto á instrucção publica.
illustrado com soberbas gravuras nitida- — Vai acabar com toda e qualquer. A
mente impressas. instrucção é um mal e põe a perder as
ovelhas do senhor.
— E os frades ?
Custa apenas S800, e pelo correio 1$200 Não nos quiz responder o reverendo
e julgando que o importunávamos, apres-
Pedidos a A. REIS & C—Rosário, 99 samos a nossa partida. ' p
O RISO

QuMnté bali um dinhairâo...


Baladilhas Ambulantes Em ôiro, i du vurdadêiru...
— Cebulêiru ! . . .
I>e n m " c e b o l e i r o ' Se te casáris cummigu,
Im antis d'um mêiz intêiru...
Currendo ais ruias - trabessas, Ai ! . . . Que, em vurdade t,o digu
Dêsti Riu, o du Janeiro ; Hais de ter um raparigu...
Ais drêitas, cômu ais abessas, —Cebulêiru ! . . .
Eu gritu saimpri* alampêure :
- Cebulêiru ! . . .
Hais di têr saimpri nai arca,
Nam tendu ais manairas tolas, Um c a r . . . balhâo de dinhêiru.. .
Tos modus d'um carrocéiru : A mais maior du qu'a varca,
Cá bou bêndêndo ais cebolas... Que bai p'ra Fôrri dai marca...
Pur um vunito dinheêirn... —Cebulêiru ! . . .
Cebulêiro!...
Currendo ais ruias, istreitas,
Eu sôi pai d'unsdêz fudêlhus... Du Riu ; o qu'é du Janêiru.
Mais, ninhum éi burdadeiru Ais tortas, cômu ais direitas,
Visnétu drêitu dus belhus... Nunqu'eu soffri dais maleitas...
Pur quelompetu é intêiru... —Cebulôiru !...
—Cebulêiro ! . . .
Pela Cinema-Cópia.
Mais, olha, qu'eu, lá no Olhão,
Tainhu um vunito terrêiru... Escaravelho.
m
tm*mmm—*mm^^0mmm** mm-\mw*Êtm^m*m*mm*mU j0*0*^m*m0*m-+**00*m*mfim*im*-*-+-* mm*-*m*+*m+m* r»i«***« n-*mt^^-mt

Elixir de Nopeiia do Pharmaceufico Silueira o o


® @ ® Cura moléstias da pelle.
tf tf O RISO tf tf •
—Eram dois, o Pedro e o Paulo.
Ao mesmo tempo —Como ?
— Elles me agarraram...
A sala da de'egacia regorgitava. Além — Quem foi, o Pedro ou o Paulo ? per-
daquelle íeu pessoal habitual, guardas guntou o delegado.
civis, secntas, soldado-, havia outros cu- —Ambos.
riosos de \ árias procedências. Quero saber qual foi o primeiro ?
O caso que chamava ao posto tão de- —Não houve primeiro...
susada concorrência era um caso sem- A velha estava muda e espantada. O
pre cômico de defloramento. delegado insistiu:
Uma pequena, ahi dos seus dezoito —Não houve primeiro ? Como é ?
annos, nem gorda nem magra, nem alta —E' que ambos foram ao mesmo tem-
nem baixa, nem feia nem bonita, era a vi- po.
ctima e queixava-se por ella a sua feroz A velha gritou furiosa:
mãe. —Não é possível! Não é possível!...
Dizia a velha ao delegado: -* A pequena explicou :
—Ah ! senhor doutor ! Que vergo- E' que, cada qual escolheu o me-
nha.. . Criei com tanto rejume esta menina lhor logar.
e ella me faz uma destas. Todos se calaram e o delegado co-
O delegado, por sua vez interrogou : meçou a meditar sobre tão estranho caso
—A senhora não desconfiava da cou- policial.
sa ? Nao percebeu que'as relações de sua
filha com o tal sujeito estavam ficando Xim.
muito intimas ?
—Não, senhor doutor ! Nunca imagi-
nei tal coisa. Sabia que èllà namorava,
mas quem não namora ? Eu também na- Se o reconhecimento da Bahia demo-
morei. .. • rasse mais t era possível que o Leão arris-
Ainnocente victima choramingava a casse,contos
á guiza de artigos de fundo, <Os
da Carochinha.»
um canto.
O delegado resolveu interrogal-a e co-
meçou :
—Minha filha, ha remédio para tudo.
A senhora deu um máo. passo, mas pôde
corrigir-se ainda. E' muito moça. —E esse negocio da Parahyba?
A prquena conti- —Ah! -Isto « ó Epitacio que está
nuava a choramingar e com a mão na «Massa».
o delegado perguntou
afinal :
—Como foi a coi-
sa ?
A pequena não n nopfl
teve animo de respon- A Moda tudo arranja e tudo inventa
der e escondeu ò rosto Marchando sempre com celeridade,
com o lenço. Mostrando assim mais uma novidade,
A Moda dia a dia mais augmenta.
A velha: interveio t

com a sua feroz auto- Agora, por exemplo, ella sustenta,


ridade : Num requinte de estúpida vaidade,
— Diga ao doutor Um chapéo que é-maior que a humanidade,
Cujo peso a mulher é quem augmenta.
delegado comofoi,Lili.
Lili suspendeu um Inda por cima eu vejo pelas ruas,
pouco o choro e reso/veu-se : Sem trazerem siquér um simples véo,
As mulheres andarem quasi htías . . .
—Foi depois de me beijar que elles...
—Como ? fez o delegado espanta- E embora, ó Moda, eu seja um tabaréo
do. Elles ! Eram dois.? Acho feias de mais as fôrmas tuas
Do molde do vestido e do chapéo.
A menina não teve duvida e confir-
mou : Keculhambofe.

Elixir de Nogueira » — : • MA E U T I C O S I L V E I R A
cura a syphllls e s u a s • #
terrlv»-. e o n e e q u . n c l a .
->.)
O RISO

Leticia e o senador
encontravam-se duas ou
três vezes ao mez em casa
de uma dessas costurei-
ras tolerantes e ahi pas-
savam algumas horas em
agradável palestra. Elle
não era velho, mas não
se podia dizer que fosce
moço. Leticia, muito nova
ainda, não se contentava
com os carinhos que seu
protector lhe propor cic-
nava e, para alimentar
seus caprichos, divertia-
se também com o Ranul-
pho, um robusto rapaz
que morava a poucos
passos de sua casa. Ra-
nulpho era quem gozava
de todas as regalias e,
digamos a verdade, era
o commandante da praça.
Leticia pouco -ligava
ao senador e as raras ve-
zes que se lembrava
d'elle era quando sentia
a bolsa vasia.
Por uma bella noite
de S. João, Leticia "e
R a n u l p h o projectaram
um passeio afim de apre-
ciarem òs festejos que
em homenagem ao glo-
rioso santo eram cele-
b r a d o s . Lembraram- e
dos subúrbios, porém
Paga duas havia um obstáculo : era que 0 senador
morava em uma das estações e por fata-
lidade poderia encontral-os. Resolveram
O senador Z. .., si bem que casado então ir á Villa Izabel ; metteram-se no
e compenetrado de sua elevada po içV>, boncl- e lá se foram. Chegaram ao fim
mantinha relações clandestinas çom a le- da linha e, como a coisa e tivesse bôa,
ticia, Uma loira e sympathica creatura, di puzeram-se a voltar no mesmo bond
cheia de vida e no fulgor de suas vinte e até a cidade.
cinco primavera-s. Era excessivamente cs- O conduetor em cada uma dasseçções
crupuloso. Nunca fora visto entrando em fazia a cobrança e os dois apaixonados
casa de sua predilecta, nem tão pouco em continuavam entretidos sem se preoecupa-
entrevistas furtivas em restaurantes retira- rem com o que por ventura pudesse s-ur-
dos da cidade. Dizia-se mesmo que o se- ceder. Por fim, chegaram á cidade e,
dador, desde.que casara, nunca conhecera como andassem sem rumo, combinaram
outra mulher que não fosse aquella que ir novamente á Villa Izabel.
recebera legalmente dentro das quatro
paredes de uma egreginha situada no in- Entraram novos passageiros e entre
terior de Sergipe. -; estes o senador. Leticia, mal o percebeu,

, , , O CHAMISCO
Já esta a uend^ 0 qwiío ^ mUm
Preço IÇ500 :: Pelo'correio 2$000
IO O RISO

cfastou-se de Ranulpho e com a perna E, sempre andando pVa fente,


chamou-lhe a attenção. Ranulpho com- Com vivo ardor, fúria insana:
prehendeu o aviso e percorrendo o bond Vae-:e á trazeira, explendente,
com os olhos deu com a cara atoleimada Do cume da "mãe Joanna..."
i!o senador. Disfarçou, puxou de um ci-
garro, accendeu-o e poz-;e a fumar. E — após galgar o alto morro,
O conductor começou a fazer a co- Com quatro pés e uma mão:
brança e por caiporismo cabia ao senador Vae-se ao Canal do Soccorro,
pagar em primeiro logar. Ranulpho e Le- Parar... em um trambulhão !..
ticia ficaram um tanto embaraçados, não
porque receiassem qualquer perversidade
do conductor, mas, porque a Leticia não No ponto, em que o mar Vermelho
trazia dinheiro e por occcasiâo de pagar Dá fundo aos grandes paquetes,
a passagem o senador havia de descobrir O reino, está de , minuettes.
a tramóia. Si bem que elle não falasse Do qual, é imperatriz,
com a rapariga, não lhe tirava entretanto De Faca, Pedra efCalháo,
os olhos de cima. Dona Alicinica Alice
Chegou finalmente a hora do senador De Cavalliére e de Páo.
pagar a passagem.
— Faz o obséquio!... disse o con- Dobrando, á esquerda da perna,
ductor sacudindo uns nickeis que trazia PVao tornozelo da mão,
na mão. De Roma — a Cidade Eterna,
— Paga duas, accrescentou o parla- Para os confins do Indostão:
mentar em voz baixa, quasi ao ouvido do Vê-se um paiz; cujo mando,
conductor. Está entregue ao Chéfão
— Duas ? . . . Seu Croné Mendo Almadâo.
— Sim, d u a s . . . eu e aqui a senhora.
O conductor percebeu o negocio e
para fazer espirito (sim, porque outra jus- Nas margens d'uma ribeira,
tificação não tem), perguntou cynicamente, Que vem direita do Rio
apontando para Ranulpho: Guadiana 30 Rio Madeira,
— E aquelle senhor ? Existe um mui reinádio
— Não o conheço. Ducado. E que é d'assobio,
— Mas está em companhia da se- Chamado: — da Paudalheira.
nhora.
— Ah ! sim ? então paga uma, disse Direitos reservados.
o senador franzindo a cara. Paga uma e
dá-me o troco. Escaravelho.
O conductor riu, riram todos os pas-
sageiros e nunca mais o senador quiz sa-
ber de sua ingrata Leticia.
Pst. Se o Maurício de Lacerda tivesse co-
nhecido a Baroneza de Carindê, toda
gente diria que elle fora seu discípulo.
Estamos a crer que, como ella, o jo-
ven deputado não diz sorvete, como o
Pontinhos de Geogtaphía Política vulgo ignaro, mas pyramide congelada.

Logo ao transpor, um paquete,


A barra do mar Vermelho, ®
O Império vê, do Cacete; ÁLBUM. SO' PARA HOMENS
Domínios d'El-rey Cheirelho...
(2.a SERIE)
Depois, virando de... banda...
Ou coisa... que o não pareça: Primorosa collecçâo de gravuras es-
— Paizes Baixos; a Hollanda... caldantes, tiradas do natural e acompa-
E' só metter a cabeça... nhadas de um texto a propósito.
Este álbum é o que de melhor tem
Seguindo as margens d'um rio.. apparecido no g e n é r o . . .
Em lamaceira, abundado:
— Convento do Lavradio; Preço lfOOO Pelo correio 1$400.
Do* ex-grande Frei Felizario... Pedidos a A. REIS & C. a - Rosário, 99
O RISO U
Eu aquerdito, seu Redatô, qui, si ella
Cartas de um Matuto aparecece aqui no Rio de Janero, não
havia mais pra meizinha um só choufê di
astromovi, nem os tá dos conduto dos
Corte do Rio de Janero, no méis de bondi zem burro.
Junho do anno de 1912. Já tinham todos elle, levado á breca.
Inlustre seu redatô. E aqui ella seria mais terrivi pruquê alem
Pra vosmeçê e toda famia é qui eu de condena o caibra a uma morte danoza,
desejo fricidade, saúde e gordura. ordenava o dipois qui o seu corpo fosse
Eu, cum a graça de Deus, vou indo queimado e mais coiza ainda.
mais mió' da tá constipadura qui quiz mi Ora, imagine vosmeçê, se lá ella con-
dirrubá im riba da cama com febrerão da- deno a morte, um homi, só pelo fato de
noso dearrenegado di quente. Mais po- tê matado um homi, que istrago ella não
rem, eu árresisti, e a bicha teve qui vortá faria aqui, qui os choufê e os conduto de
pra furn<í donde sahiu. bondi sem burro, matam 10 e 20 peçôas
Apois, ora muito bem : A minha iscri- por méis ? ! ?
vinhaçãò di hoje é sobre o negocio da Seria o istermino dessa raça mata-
Inglaterra qui sem piedade ninhuma con- dora daqui do Rio, a prezença dessa mu-
deno um nosso patriço á morte, só por- lhé, nesta Capita de São Sebestião.
que o mesmo dito e arreferido patriço Mais in fin, cumo bom brazilero qui
mato um gordado de poliça lá na Ingla- sô e cumo mi jurgo, lamento piadoza-
terra que era Inglêz. mente esse dezastre, cujo risurtado vai
A causa principá foi um astromovi. arrebata da vida esse noço infelis patriço,
O patriço não sabia anda cum o tá astro- moço e rico, e com 'um futuro tão bonito
movi, tinha pouca pratica e vai dahi an- diante de seus oio ! !
tonçes, etíe perdeu a manobra e o tá In- Fais penna, fais, divéras !
glêz poliça chamo o dito e ripitido moço Inte prá sumana. Eu aconseio a vos-
já falado, á ordi. Risurtado : o poliça deu ;,, meçê qui sinta cumo eu eça grande dis-
parte ás otoridade e o pobre do moço tico -.disgraça.
sugeito a uma sentença de morte, qui Arrespeitadô Cr.0 Ob.° Att.°
acabam, os Juis daquella fria terra, de lavra
contra o infelis paulista que afina de conta Bonifaço Sargado.
vai paga cá vida a sua farta qui se fosse
cumitida aqui no Brazi, certo nada lhi
suçidiria, im virtude da benevolença incan-
tadora das noças leizes e dos noços cele- @
bres Juis.
Lá, neça terra gelada di gelo a Justiça
é uma Coiza será.
Trunfos e Blscas
Ninguém, ninguém brinca cum ella,
purque, alem delia sé ingreza de natureza, O T r u n f o do» "Vasos"
nunca mõstrô os dente pra ninguém. O
propo Imperado de lá não qué sabe de Mui nobre e digno succcssor do Gama:
Nao tendo, embora, feito ousados feitos \
negoço cum ella. Uma veis ella o chamo Nem conquistado immorredoira fama,
ás fala pru cauza de um tá casamento No entanto, é do Dever firme aos preceitos...
qui consto qui o seu Jorge 5 fizera em çua
mocidade. Não teve geito o Rei se não Modesto, o seu valor jamais proclama,
cumparecê peranti os tribuna onde ella si No intuito de alcançar rendosos preitos.
Mas — tendo ardor no Peito, aos outros peitos,
achava repimpada e de onde priguntô ao Do Pátrio, o vivo Ardor, anima, inflamma I...
Monarca, se era verdade ou mentira a
acuzação qui pezava sobre a çua dig- Na immcnsa vastidão do Inimenso Oceano
nidade. - - Seu campo de combate — é Soberano
O Rei cumeu groço, e ella não o Supremo. E a fronte erguendo, alti — altaneira,
deixou livre inqnanto elle não provou a
Exclama, sempre; — Eu não receio a Mortel...
çua inocença. Nem temo os vis Cains; eu Abel... forte...
Ai ! bicha danada ! Ali ninguém ís- Pois, que, ante mim, no mar jamais vi... eiral...
capa. Pulo fora da raia, entra logo na Dois de Pão.s.
cotuba.
^ mtmm** .in • mvmVm—*—..**m*w
»»^»^M« * ! • • ' »'' * m* .mm r **

do PHARMACEUTICO SILVEIRA
Elixir de Nogueira Grande depuratívo do san-rue-
12 tf O RISO

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•* # I uxuozamente preparados para o Mio Sexo * 4

festas e Recepções Depois desse maxixe, cada um d° s


pares se recolheu á logares escusos e lá
trataram todos de trabalhar pelo Povoa-
Mimoseados com um amável convite mento do Solo.
para a manifestação =de_apre.ço que os ami- Pela noite em fora, no intervallp das
gos e admiradores doDr. Pedro Toledo, dansas, quasi todos os. convivas, empre-
muito digno ministro .da Agricultura, lhe gando bem os esforços e os sexos, conti-
offereciám, lá estivemos a postos. nuaram a trabalhar por tão útil insti-
Depois de ouvir- tuição.'
mos os maravilho- Em resumo: o baile do Ministério da
sos discursos de va- Agricultura concorreu immensamente pela
, rios oradores, entre prosperidade do Povoamento do Solo e
"l^pívÉ X os quaes o notável valorisou o maxixe.
tribuno, o m u i t o Ainda bem.
alto e poderoso se-
nhor Fonseca Her- (2) to*
mes, grâo-duque de Ha um meio infallivel de se fazer
Juiz de Fora, trata- popularidade literária.
mos de apreciar as - Qual é ?
dansas que logo tiveram começo. — Propor por ahi a erecçâo de uma
estatua.
***" Foram inauguradas com um reme-
xido maxixe bem repjniçado pela banda
de musica e tão remexido foi que os con- O Raphael foi reconhecido no
vivas não puderam deixar de acompa- fim...
nhal-o com assovios e castanholas. -Meu amigo: in cauda...
Sentimos muito não podermos dar
aqui os nomes dos maxixeiros, dos dois
sexos, entre os quaes havia ministros, se-
®
A Escola (de Policia do Elysio tem da-
nadores, deputados e as damas da nossa do optimos' resultados : um guarda civil
melhor sociedade. já furtou.'
jff o RISO, qg 13
sobremesa... sabbado á /noite, após á
BASTIDORES ceia, nas petisqueiras; .
Ora vamos a ver si elle também man-
da dizer isso para Lisboa...
Queixà-se a menina — Segundo con"stara Aurelia Mendes^
Amanda, do Apollo, já mandou afinar a güjtana para, no pri-
que, quando estáem meiro beneficio que houver no «Pavi-
exercício d e . . . voca- lhão», cantar o" Fado das Paulítadas»,
lisação com o Alfre- entoando as endeixias da lyria senerosa...
do, este, ao marcar — Dizem as más línguas que o Al-
os andamentos vence berto Espinafre, do Apollo, «apara jogo
muito depressa... os novo no afogador.»
compassos, de fôrma Não sabemos o que isso é, mas, já que
que dá allegros vivos o dizem...
emquanto ella está cantando moderato — Q'„ Coimbra, olha que costuma
lento... o que «lhe prejudica a voz>... haver incêndio ali no 42 da rüa.do Lavra-
Vá, seu Ruas, téntfà dó delta e faça dio, sabes ?
isso mais devagarinho, sim ? Vê se carregas para lá com toda a
—O Leal diz que, cquando a impren- corporação e estende lá a mangueira, que
sa brazileira era unânime em etogiàl-oí?!) as patroas saberão recompensar-te...
fez um beneficio que lhe rendeu apenas Isto é que é, sim senhor ! O Álva-
800$ ; e agora, que totlos o maltratam, ro d'Almeida mal poz o pé em terra teve
fez Outro que Ihè rendeu um conto e tan- logo de entrar. em uso do Mucusan, para
to; fortes.» "! curar a pingadeira arranjada.a bordo !
A'vista disto — é ainda o Leal quem O que lhe vale é que não tarda a fi-
o diz — para que precisa elle da im- car-prompto para outra...
prensa ? _•' — Depois a Maria das Neves não quer
— O' maestro". Luz, olhe que-para que lhe chamem tia...
estar a aturar 'uma cròía destas e a passar Então para que anda a menina a,que-
também tão mãos pedaços, não valia a rer por força atirar com o supplente á
pénà ter mandado passear a cégueta!... cara da Emilia Anjos?
.'.' .-^. Disse-nos o Alberto Espinafre, do 7- O' maestro, olhe que já é tempo
Apollo, qué o Coimbra Mangueira só vae de ter juizo, pois não é ?
á casa para mudar a roupa. Que diabo ! a outra não lhe serviu
Então, por onde andará elle a noite ? de lição ?
A fazer versos á Marra ? — Si o José Alves cae na patetice de
— A Branca, depois que fez as pazes defender o Leal, por occasião da zara-
còm o Chiquinho do Tico-Tico, nSo se gata, levava também a sua conta, isso
farta de ir á Pensão Theatral. levava.
-. Apanhará eíla agora o vestido ? O' Branca, quem paga 200 tam-
— Aquella «Semana dos noVe dias bém paga 250, não é verdade ?
que o-Froés nos impingiu, com quatro Parece qué ainda não é desta vez que
ministros, é de se lhe tirar o chapéo, não o Tico-Tico deixa o Paulo aguçar os
ha duvida ! dentes; hein, que dizes ?
Também, o publico soube recompen- — Que diabo foi fazer a cançoneta
sai-o com?uma ovação... d'as*obiós, que Com o meu chapéo» ali assim encaixa-
foi um regalo ! da na «Semana dos nove dias» ?
O Ghira, vendo que estava arris- Só mesmo a assobio, como de fácto
cado a perder o canastro, resolveu man- fo
dar r Amélia ontra vez para Coimbra.. — Até á ultima hora não constava
0'1?ául"o, conseguiste ou não ? que a Cordalia tivesse roubado o marido
Olha que com violências nada se conse- d'alguma das suas collegas.
gue. .. e depois, para violências tem ella Ainda bem.
muita força... .
Olha quê elle tem "três ; cautella ! Formigão.
— Di3sè-nos a Maria das Neves que
a atriz V. Santos foi apanhada um dia
destes á, fazer-se unia pívia, no theatro
Carlos Gomes, ao ensaio. AuBijoudelaMode--?^
Mas, que diabo vêm a -ser uso, o sito de calçados, pdr atacado e a varejo.-Cal-
çado nacional e estrangeiro para homens,
Maria ? ssnhora-i e crianças. Preços báratissimòs^ rua
— Q Leal é que não contava por da Carioca n. 80. Telephone 3.660.
certo còm aquelle estalo que apanhou por
14 0 RISO

Films... coloridos 0 MASSAGISTA


Smm---------m--------mmm---»---Wlm-------~m

Apenas entrou nos aposentos da ba-


Foi simplesmente estrondoso o suc- roneza Van Prout, o massagista tirou o
cesso alcançado pelos films do program- paletot, muniu-se de um avental é distri-
ma exhibido em nossa ultima «sessão*. buiu sobre a mesa a luva de crina, os
Para hoje o programma é novo e é de potes de pomada e a garrafa d'agua da
suppôr que alcance idêntico successo. colônia.
Eil-o: Já, senhor Schmitz ? perguntou
— Foram celebradas as pazes entre a mme. Van Prout.
Rosa Bocca de Sopa e a Angelina, do — São dez horas e meia, senhora ba-
S. José, resultando d'ahi as «vantagens» roneza.
que leva esta ultima, nas ceias pagas pelo Elle esperou. A criada despiu a ba-
marchante da Rosa. roneza, pol-a em posição de massagem e
— Bello film desenrolou a Trindade, retirou-se, fechando a porta. O massagis-
pedindo ao Director Geral que a tirasse ta precipitou-se sobre ella então e co-
dos coros e lhe desse um vestido de seda. briu-a de beijos. Mme. Van Prout retri-
Ao que parece, esse film queimou... buiu-lhe as caricias com o mesmo ardor.
porque o homenzinho não foi na ondia... Trocaram palavras meigas :
— Não menos interessante foi o film — Meu amor, dizia ella.
exhibido pela Dolores, ao ler aqui a noti-
cia da rifa do seu «apparelho». — Meu anjo ! exclamava elle.
Diz a Angelina que a gaja ficou tão .O massagista não era o sr. Schmitz;
raivosa que até entornou toda a «canja», era Caetano de Valmoisy, o amante da
fria... baroneza Van Prout.
— O professor de mathematicas tam
bem esteve prestes a exhibir uma furi Suzanna Van Prout casara-se muito
bunda «fita» para o novo programma de contra sua vontade com o barão Van
hoje, m a s . . . como é nosso camarada Prout ; por isso jurou enganal-o e para
ficou tudo como dantes, no quartel seu amante escolheu Caetano de Val-
d'Abrates. moisy, com quem dansara o cotillon em
Ou não fosse elle o rei do r i s o . . . uma soirée havida em casa do visconde
— O film intitulado : —«Pião á unha», Joncourt.
exhibido pela ex-Directora do «Collegio
de Senhoritas» ia resultando na exhibição O barão era de um ciúme em exces-
de outro film cujo titulo é : — «Cuspo-lhe so, e, para evitar que sua formoza esposa
na cara»... o propuzesse para sócio da aggremiáção
Si elle fosse exhibido... Valha-nos de S. Cornelio, exercia sobre ella toda a
Santa Cecília ! vigilância. Não a deixava sahir só; assim
pois era impossível á Suzanna encontrar-
— Tem havido grande falta de fitas, se com o seu Caetano que, em um ninho
pelo Rio Branco, por isso deixamos, por de seda, perfumado e florido, a esperava
hoje, descançar aquella fabrica. cheia de volúpia.
Até o gerente Tavares tem andado no
prumo ! Foi então que os dois amantes con-
— Consta que o Antonico Le Bargy ceberam um engenhoso estratagema : SM-
está agora em uso do Mucusan, para curar zana queixou-se de fadiga, dores articH-
um terrivel esfriamento que apanhou... lares e fez com que o medico lhe orde-
Este film é extra-programma. nasse o emprego de massagens. Como
— Graças á Santa Luiza exhibiremos necessitasse de um tratamento rigoroso,
em breve um interessante film intitulado : o medico recommendou-lhe o sr. Schmitz,
—«Amores de um negociante da rua dos diplomado por uma das academias sue-
Ourives cas.
Depois queremos ver si a autora da * *
fita também nos faz engulir um exemplar Caetano, de posse de alguns cheques,
d' O Riso ! correu á casa do massagista. O negocio
Operador. a principio esteve agitado, mas terminou
calmo, com grande contentamento para
Caetano que, no dia seguinte, se apre-
Diz a filha á velha : sentava em casa de Van Prout como sen-
—Não gosto muito daquelle cinema- do o massagista Sr. Schmitz. A baroneza
tographo. possuía aposentos privados, onde o bar3o
—Porque ? nã-> -?netrava sem que obtivesse permis-
—Não é muito escuro. são; não admittia que a interrompeses
O RISO 15
durante o tratamento. E assim o terrivel — Com mais força ainda.
Van Prout foi miseravelmente enganado — Mais força ?
dentro de sua própria casa. Caetano d'essa vez exasperou-se e
* * disse comsigo mesmo: tu vais vêr! E co-
O barão era muito ciumento. Dizem meçou a esfregar o barão com toda a
que os médicos não têm sexo, comtudo força que seus músculos permittiam e em
elle tinha grande desejo de conhecer o todas as direcções. Lembrou-se ainda que
sr. Schmitz. as bofetadas eram ainda um outro pro-
cesso de massagens e pespegou-lhe : al-
Um dia o barão entrou nos oposen- gumas que repercutiam atravéz das pare-
tos da baroneza, na occasião em que ella des do quarto; por fim o gratificou com
repousava debaixo de um torpor deli- uma palmada.
cioso. Pôde ver então quem era o massa- Van Prout supportava tudo quieto.
gista. Era um rapaz novo, olhos rasgados, Em quanto isso,Suzanna,tremula, ve;-
bigode loiro e lábios encarnados. tia-se apressadamente. Uma scena trági-
— Dizei-me, senhor, esse tratamento ca desenrolava-se sem duvida nos apo-
é bom, perguntou Van Prout. sentos do barão; e receiou desmaiar dian-
— O senhor barão pôde ter confian- te tamanho desencadear de bofetadas1.
ça, respondeu Caetano, respeitosamente. — Que horror! que terá acontecido!
— Qual é vosso methodo ? disse a baroneza.
— Conforme as prescripções médi- L invadiu o quarto do barão, per-
cas: ou sobre os músculos ou sobre as manecendo boquiaberta, diante do espe-
articulações... ctaculo que se offerecia a seus olhos.
— Dizei-me, senhor, tendes necessi- Van Prout afastou Caetano, chamou-á e
de de partir já ? tomando-a pelas mãos falou:
— Absolutamente... As vossas or- — Perdoai-me, minha querida, uma
dens, senhor barão. infame suspeita... E' um verdadeiro mas-
— Pois bem,precisode alguma: mas- sagista. Não tem rival! Trabalha admira-
sagens e, como não tendes pressa, come- velmente.
çaremos hoje. — Salvos! murmurou a baroneza com-
Diabólico Van Prout! Tinha desco- sigo mesma, olhando para o amante.
berto o truc. A bella baroneza, com o — Comtudo, proseguiu o barão em
rosto mergulhado no travesseiro, ouvia alta voz, é pouco decente uma mulher
tudo. Caetano via-se embaraçado. A arte se deixar massar por um homem.
do sr. Schmitz lhe era inteiramente ex- Caetano protestou:
tranha; comtudo foi forçado a respon- — A sciencia não tem reservas.
der : — Não vos zangueis, meu amigo,
— Senhor barão, a vossas ordens. vosso trabalho não será perdido. De hoje
* * em diante vireis todas as manhãs mas-
Assim que chegaram ao quarto, Van sar-me; substituirei minha mulher.
Prout despiu-se, deitou-se, tendo nos TRADUC.
olhos uma alegria perversa. Com sarcas-
mo dirigiu-se ao massagista, dizendo:
— Ahi tendes. Fazei-me uma bôa
massagem. A media de desastres na estrada de
ferro do Dr. Frontin é insignificante ;não
Caetano contemplou, pallido e pen- sobe além de 10 por dia.
sativo, as bola^ dé carney juxta-postas que
constituiam o corpo d'esse adiposo de-
mônio. Mas, que não fará um amante
para salvar sua amante? Apezar da gran- Sabemos que, no cinematographo da
de repugnância que o dominava, com as Escola de Elysio não ha bolinagem.
mãos esfregou o corpo de Van Prout, L
que se poz a gritar :
— Ai! Ai! que cócegas! Eu quero
;. ®
massagem, não quero caricias! VARIAÇÕES D'AMOR
Caetano empregou então toda sua Interessantíssimo conjuncto de aventures
energia. O pobre massagista suava extra- passadas cm familia.
ordinariamente e bufava ainda mais; e o Ornam esse estimulante livrinho, capri-
barão ordenava: chosas gravuras tiradas do natural.
Com força... com toda a força... Preço $800 Pelo correio 1$200
quero emagrecer. Pedidos á A. REIS & C. < > Rosário, 99
— Rerfeítatneníe, senhor barão.
16 O RISO

SUPREMO ABRAÇO
RCMANCE DAMOR
POR

VICTORICM DU saissav
CAPITULO I
Rainha entre as rainhas, não se pode gosar acabariam nos seus braços, doridos,
comparar com esta ou com aquella ; é o flagelados de beijos : e, quando a sentiíse
sonho, o desejo de cada um. Se quizesse, exhausta, despertar-lhe-ia, mesmo contra
seria a mulher de um príncipe belga ou a sua vontade, as ultimas voluptuosidades
de um marquez italiano. Mas detesta o ca- até fazel-a soffrer, até que a morte m'a
samento. Leontina pode comparar-se a arrebatasse. Ignoro onde nasceu, mas pos-
um lindo pássaro sempre esvoaçando no súe os esplendores da flor selvagem e que-
espaço. Não ama cousa alguma porque ria amal-a como selvagem também, can-
ama a tudo, porque ama todos aquelles sado de luxurias delicadas. Aqui, em Pa-
que lhe falam baixinho, ao ouvido, e mur- ris, neste palacete, n'este boudoir, não é o
muram palavras d'amor. Então, cerra os que deveria ser. Parece que tudo isto'tem
olhos, escuta, sorri, muito longe de quem qualquer cousa de artificial.
lhe fala, transportada, enternecida, feliz, Marcella ergueu-se, abriu um movei
como se a voz viesse de uma outra alma Império, verdadeira maravilha com in-
communicar com a sua, por entre os sua- crustaçOes de madreperola e prata. Tirou
ves perfumes de lyrios brancos ou de ro- de uma das gavetas uma caixa pequena
sa: capitosamente odoriferas... onde se achavam uma moeda de ouro,
...Achava-me junto d'ella, no seu duas rosas murchas, uma fita e uma carta,
boudoir de deusa friorenta. Falava-lhe da e disse :
vida embalsamada dos campos verdejan- —Eis tudo que amo.
tes, cheios de aromas, nos bosques som- Adivinhei que ia chorar: comtudo,
brios, nas arvores em flor, e dizia-lhe : consegui acalmar a commoçâo que a in-
—Para que fecha os olhos, esses olhos vadira :
que teem a grandeza dos céus sem estrel- —Nasci n'uma cabana, no meio dos
las ! Se conhecessse as noites maravilho- campos. Meus pães eram pobres e des-
sas dos campos silenciosos, se tivesse nas- engraçados. Um dia, fugi porque queriam
cido, como eu, n'uma aldeia pequenina, casar-me e vim ter a Paris. So, sem saber
cheia de sol durante o dia e quasi morta o que seria de mim nem o que pod eria es-
de noite, e, se tivesse ahi adormecido, perar, encontrei, uma noite, um rapaz
talvez se recordasse ainda das melodias alto, que se approxirhou e me disse que
encantadoras que se evolam das cousas. eu era formosa. A sua voz era infinita-
e lembrar-se-ia dos sonhos que teve e que mente meiga, os gestos extraordinaria-
nunca se realisaram. mente graciosos ; disse-me p seu nome,
Parece-se com uma rapariga da mi- deu-me flores, conduziu-me á sua casa ;
r.ha terra, pelo menos tem os mesmos passei ahi a noite, e foi e3se rapaz o meu
olhos : depois de a perder julguei tornar primeiro amante, Fez de mim a parisiense
encontral-a em si, e é por causa dos seus em que me tornei. Como possuía uma
olhos, que lhe falo de cousas muito sim- grande fortuna, enriqueceu-me sem eu
ples como se a amasse também. Por ve- querer. Infelizmente amava-me demasia-
zes, quando o acaso me faz pensar em si, do : um dia adoeceu, os médicos foram á
sinto o desejo de a levar nos meus bra- casa, voltaram todos os dias e ás vezes re-
ços, para muito longe, apertando bem ao petiam as visitas, até que deu a alma a De-
coração, de me embrenhar comsigo na us. Mas, antes de morrer, o meu amante
e-curidão das noites, e alcançar alguma disse-me: «Tudo o que possuo te pertence
cabànán'um,.bosqueonde a amaria até que parto; desse mundo com o coração cheio
a morte viesse. Sem uma palavra de amor, de amor. Como és a Belleza personificada
incendiaria na sua carne os meus derra- hes :'.e ter ainda amada.
deiros Ímpetos : as minhas esperanças de
(Continua).






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