Você está na página 1de 1

Inês Pereira

Tarefa 01/02/2022

Manual pág. 124

3. Deus escolheu o Infante para cumprir a missão de unificação da terra através do mar
como se justifica através do verso 3, “Que o mar unisse, já não separasse”. O Infante, o
visionário de Deus, inspirado, explorou, de forma progressiva (uso do gerúndio), mares
nunca antes navegados (“foste desvendando a espuma” “até ao fim do mundo”).
Predestinado para o domínio dos mares, o Infante torna-se símbolo de heroísmo e da
vontade divina.

Manual, pág. 130

1. A apóstrofe “Ó mar salgado” que introduz o poema permite identificar o interlocutor


do sujeito. Dá-se a personificação do mar e atribui-se a ele a causa para o sofrimento
dos Portugueses que os Descobrimentos trouxeram. Este mar toma relevância no
percurso e no destino de Portugal.
2. A exclamação do poeta sintetiza as desgraças que o mar causou aos portugueses (“Ó
mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!”). O sal do mar advém das
lágrimas dos portugueses. Lágrimas que simbolizam o sofrimento e a dor que os
Descobrimentos infligiram ao povo português.
3. “Lágrimas”,” choraram”, “rezaram”, “noivas ficaram por casar”, “dor”, “perigo” e
“abismo” são as expressões que se associam ao sofrimento e funcionam como
corroborantes da afirmação inicial “Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de
Portugal!”. Poderíamos referir também expressões como “Bojador” que simboliza os
perigos e os obstáculos do percurso.

Manual, pág. 140

1. Horizonte. Do ponto de vista denotativo, horizonte refere-se ao espaço da superfície


terrestre abrangido pela vista; uma esfera celeste que limita o nosso campo de visão; a
linha do horizonte dá a ilusão de contacto entre terra e céu. Conotativamente alude ao
desconhecido, à ideia de um objetivo longínquo, mas que já se vê de longe
(possibilidade de o alcançar). Figurativamente representa o futuro.
2. O tempo concentra-se no período do início das Descobertas (“Ó mar anterior a nós” e
“teus medos tinham coral e praias e arvoredos”). O espaço é inexato, impreciso, que
vai sendo progressivamente desvendado; trata-se de um espaço desejado.
3. Na terceira estrofe, o sujeito poético fala do conceito de sonho e da sua concretização.
“O sonho é ver de formas invisíveis” trata-se de um oximoro (pois não é possível ver
formas, coisas invisíveis). Este torna o sonho do eu lírico impreciso. “ver formas
invisíveis” é captar algo que não existe, algo irreal. Para os portugueses o sonho é
conhecer o que era desconhecido, numa “distância imprecisa” (está longe, mas não
sabemos quão longe) comparando-se à linha do horizonte que observamos, mas não
alcançamos. De certa forma, a “árvore”, a “praia”, a “flor”, a “ave” e a “fonte”
simbolizam uma segunda vida para nós, igualando-se ao sonho.

Você também pode gostar