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Universidade Federal do Rio Grande

Escola de Engenharia
Introdução à Pesquisa Experimental

Aula 1 – Introdução à Metrologia

Profa Sara Matte Manhabosco


Metrologia
Metron Logos

Medida Ciência

• VIM (Vocabulário Internacional de Metrologia)


2012 - metrologia é a ciência das medições e suas
aplicações.
O significado de Metrologia

• Trata de todos os aspectos teóricos e práticos inerentes ao processo


de medição;

• MEDIÇÃO: Operação de coleta de informações do objeto que está


sendo investigado.

TÉCNICAS

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO

REFERÊNCIAS DE COMPARAÇÃO
Aplicada em diversas atividades do dia-a-dia:
• Avaliação da qualidade do meio ambiente (temperatura, pressão,
umidade, poluição, qualidade da água);

• Avaliação da saúde e segurança;

• Avaliação da qualidade de alimentos – essencial para garantir


práticas seguras de comércio e a proteção ao consumidor;

• Construção civil;

• Robótica;

• Metalmecânica;

• Energia;

• Farmacêutica.
Áreas de Atuação
• De forma geral a Metrologia é dividida em 3 áreas de atuação,
que são:

* Metrologia Científica

* Metrologia Industrial

* Metrologia Legal
Ministério da Saúde – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 14, de 28 de março de 2014
O significado de metrologia

Atualmente, em um mundo amplamente globalizado, a manufatura de


produtos é caracterizada pelo uso de peças e componentes
fabricados pelo mundo inteiro.

Somente é possível se seguirem padrões rígidos, onde as grandezas e


medições envolvidas estiverem amparadas por um sistema
metrológico, que permita perfeitas condições de aceitabilidade na
montagem e encaixe destas peças nos produtos finais,
independente de sua origem.
Hierarquia do Sistema Metrológico

Unidades do SI

Padrões Internacionais

Padrões Nacionais

Padrões de referência dos laboratórios


de calibração e ensaios

Padrões de trabalho

Rastreabilidade vertical e rastreabilidade horizontal


Confiabilidade Metrológica em Laboratório
- Manutenção
Equipamentos - Calibração
- Técnicas estatísticas

- Condições ambientais
Instalações - Higiene e segurança
- Movimentação de materiais e acesso

- Organização
Aspecto humano - Treinamento e certificação
- Confidencialidade e sigilo

- Normas e especificações
- Métodos de calibração/medição/ensaios
Informações - Relatórios, certificados, etc
- Documentos de auditoria
Evolução da metrologia e dos instrumentos de medição

• Exemplo 1: Atravessar um rio sem saber a profundidade


• Exemplo 2: Medição do tempo
• Exemplo 3: Construção das pirâmides do Egito

• 1850 – paquímetros
• 1867 – micrômetros
• 1970 – microprocessadores
• Início do século XXI – Engenharia de software
Sistemas inteligentes, sistemas integrados, interface
homem-máquina
A era da tecnologia digital
Por que medir?
• Exemplo: Pão francês (unidade/peso)

• Medições primitivas – Partes do corpo humano (geralmente


referenciadas pelo corpo do rei – de um reino para outro havia diferença
nas medidas):
• Consideradas referências universais
• Assim surgiu as medidas: polegada, palmo, pé, jarda, braça e o
passo.

Palmo
Polegada


Para que medir?

MONITORAR → Observar grandezas


- Compra e venda de produtos e serviços
Ex.: Consumo de água, energia elétrica, taxímetro
- Sinais vitais
Ex.: Temperatura, pressão arterial, colesterol
- Atividades desportivas
Ex.: Desempenho, recordes

CONTROLAR → Medir, comparar, agir para manter dentro das


especificações
Ex.: Avião: Controlar a velocidade, altitude, rota

INVESTIGAR → Descobrir, compreender, dominar, evoluir


→ Pequenas diferenças nas medidas podem levar a conclusões
completamente diferentes
Metrologia na Indústria:

PROJETO PROCESSO METROLOGIA

Especificação Construção Controle


geométrica geométrica geométrico

Variações do processo: É necessário avaliar as variações


- Máquina entre o projetado e o construído
- Material
- Operador
- Método
- Ambiente
Importância da Metrologia na Indústria:

• Confiabilidade, credibilidade, universalidade e


qualidade às medidas;
• Garantir a qualidade dos produtos e serviços;

• Proteção do consumidor e do meio ambiente;

• Desenvolvimento científico e tecnológico.


Relevância Atual da Metrologia

• Implantação crescente de Normas de Sistemas de Gestão da


Qualidade e da Gestão Ambiental

ISO 9000 ISO 14000

• Código de Defesa do Consumidor


• Harmonização internacional de sistemas

Rastreabilidade
Reconhecimento mútuo entre países
Triângulo da Qualidade

NORMALIZAÇÃO Como algo deve ser


feito

METROLOGIA CERTIFICAÇÃO

Como medir corretamente Conformidade à norma


Sistema Metrológico Brasileiro:
SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial) = Entidades privadas + órgãos púbicos
(Conmetro, Inmetro, ABNT, Redes Metrológicas Estaduais, etc).

Instituído em 11 de dezembro de 1973

Função: Normalização, qualidade industrial e certificação de


conformidade.

CONMETRO Órgão normativo

SINMETRO

INMETRO Órgão executivo


Sistema Metrológico Brasileiro:

CONMETRO (Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e


Qualidade Industrial)
Função: Traçar as políticas e diretrizes nacionais da metrologia,
normalização e qualidade industrial no País

INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e


Qualidade Industrial)
Funções:
- Responsável por manter e conservar os padrões metrológicos
nacionais
- Verificar e fiscalizar a observância das normas técnicas e legais
(unidades de medida, métodos de medição, medidas
materializadas, instrumentos de medição e produtos pré-medidos)
- Executar as atividades de acreditação de laboratórios e de ensaios
Princípios de metrologia
Processo de Medição:
Medir é um procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de
uma grandeza física é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de
uma unidade, estabelecida por um padrão e reconhecida
internacionalmente
Processo de medição pode ser definido como o conjunto de atividades
necessárias para obtenção de informações de um objeto de medição.
O resultado da medição de uma grandeza é expresso por um número e uma
unidade de medida.
Exemplo de medição:
Indicação: 62,8 decibéis
Nível de ruído no ambiente

instrumento de medição:
Decibelímetro
Processo de Medição:

definição do procedimento
mensurando de medição

resultado
da medição

condições Sistema de
operador
ambientais medição
Agentes Necessários a Comparação Quantitativa:
A grandeza a medir (mensurando): Esta representa a informação a ser
obtida do objeto da medição e é descrita por um modelo matemático
apropriado.

Instrumento de medição: É o dispositivo físico que desempenha a


comparação quantitativa.

Padrão: É a realização física da unidade de medida considerada como


referência de comparação.

Método de medição: É o modo de efetuar a comparação quantitativa e


que depende dos fenômenos físicos envolvidos com o objetivo e o
instrumento de medição.

Operador: É a pessoa que supervisiona o processo de medição, opera o


instrumento e faz as leituras.
Resultado da Medição

• É a faixa de valores dentro da qual deve se situar o valor verdadeiro do


mensurando.

RM = (RB ± IM) unidade


• Resultado base é a estimativa do valor do mensurando que, acredita-se,
mais se aproxime do seu valor verdadeiro.
• Incerteza da medição é o tamanho da faixa simétrica, e centrada em
torno do resultado base, que delimita a faixa onde se situam as dúvidas
associadas à medição.
Sistema Internacional de Unidades (SI) - 1971
O sistema internacional de unidades foi criado para garantir maior
confiabilidade aos resultados das medidas e está baseado em sete
unidades de base

Consiste de 28 unidades

• 7 unidades base (escolhidas arbitrariamente, mas levando em


conta as vantagens que seu uso traz nas relações
internacionais, no ensino e na pesquisa)
→ Metro, quilograma, segundo, ampère, kelvin, mol, candela

• 2 unidades derivadas adimensionais


→ Radiano (rad) e esterradiano (sr)

• 19 unidades derivadas
Grandezas de Base e Unidades do SI

Símbolo da
Grandeza de base Nome da unidade
unidade
Comprimento Metro m

Massa Quilograma kg

Tempo Segundo s

Corrente Elétrica Ampère A

Temperatura Termodinâmica Kelvin K

Quantidade de Substância Mol Mol

Intensidade Luminosa Candela cd


Alguns Exemplos de Unidades Derivadas:

Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo

área metro quadrado m2


volume metro cúbico m3
velocidade metro por segundo m/s
aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2
velocidade angular radiano por segundo rad/s
aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s2
massa específica quilogramas por metro cúbico kg/m3
intensidade de campo magnético ampère por metro A/m
densidade de corrente ampère por metro cúbico A/m3
concentração de substância mol por metro cúbico mol/m3
luminância candela por metro quadrado cd/m2
Grandezas e Unidades

• Unidade Derivada:
Quando uma unidade é determinada a partir de 2 ou mais
unidades

• Por exemplo:
Velocidade = m/s

Comprimento dividido pelo tempo


Múltiplos e Submúltiplos das Unidades do SI

Fator Nome Símbolo Fator Nome Símbolo


101 deca Da 10-1 deci D
102 hecto H 10-2 centi C
103 quilo K 10-3 mili M
106 mega M 10-6 micro μ
109 giga G 10-9 nano N
1012 terá T 10-12 pico P
1015 peta P 10-15 femto F
1018 exa E 10-18 atto A
1021 zetta Z 10-21 zepto Z
1024 yotta Y 10-24 yocto Y
Fonte: INMETRO, 2007.
Importância do SI

• Clareza de entendimentos internacionais (técnica, científica)

• Transações comerciais

• Garantia de coerência ao longo dos anos


Padrões Fundamentais

• São dispositivos, artefatos, instrumentos ou sistemas usados para


realizar um valor de uma grandeza.

• Os resultados de instrumentos de medição dependem dos padrões.

• Eles servem para armazenar, realizar ou prover grandezas que servem


como base para medição de grandezas.

• Eles servem como referência para averiguar erros de instrumentos de


medição (referências para calibrações).

• Existe uma hierarquia de padrões de uma mesma grandeza.


Padrões Fundamentais
Padrão de Medição Blocos padrão:
 Padrão é uma referência para a - Retangular ou quadrado
medição/calibração; - Aço, metal duro ou cerâmica

 Tem seu valor e incerteza conhecidos;

 Classificação (VIM, 2012):


 Padrão primário
 Padrão secundário
 Padrão terciário
Padrões Fundamentais

 Padrão primário: é um padrão estabelecido com auxílio de um


procedimento de medição primário ou criado como artefato,
escolhido por convenção. O valor primário é aceito sem referência
a outros padrões da mesma grandeza.

 Padrão secundário: é um padrão estabelecido por meio de uma


calibração com referência a um padrão primário de uma grandeza
do mesmo tipo.

 Padrão terciário: é um padrão estabelecido por meio de uma


calibração com referência a um padrão secundário de uma
grandeza do mesmo tipo. Padrões terciários são empregados em
laboratórios metrológicos industriais, de universidades ou
prestadores de serviços de ensaios e calibrações.
Padrões Fundamentais

 Classificação (VIM, 2012):

 Padrão de Medição Internacional;

 Padrão de Medição Nacional;


 Padrão de Medição de Referência;

 Padrão de Medição de Trabalho.

 Hierarquia de padrões;
Exemplo: 1 kg possui 0,02 mg de incerteza
Calibrar outro padrão de 1kg → Incerteza será:
(0,02 ± x) mg
Padrões Fundamentais e Rastreabilidade

Padrão de Medição Internacional


• É um padrão primário;
• Reconhecido internacionalmente;
• De menor incerteza;
• Serve de referência para todas as medições do mundo.

Padrão de medição nacional


• Padrão referência de um país;
• Geralmente mantidos em Institutos Nacionais de Metrologia –
INMETRO.
Padrões Fundamentais e Rastreabilidade

Padrão de medição de referência


• Designado para realizar a calibração de outros padrões (da empresa,
laboratório, etc.).
• Esses padrões devem ser calibrados por um laboratório externo que
disponha de padrões superiores, por exemplo, o INMETRO.

Padrão de medição de trabalho


• São padrões usados na rotina do trabalho na empresa, nas tarefas do
dia-a-dia;
• Geralmente é calibrado em relação a um padrão de referência;
• Podem ser usados em calibrações de rotina ou na verificação de
instrumentos de medição;
Padrões Fundamentais e Rastreabilidade

Rastreabilidade:

• A forma mais fácil de explicar, é associar a calibração de um


instrumento de medição com os padrões de grandeza a que o
instrumento se refere.

• A vantagem da comparação com o padrão primário é que este


tem a menor incerteza (são mais caros)

• Rastreabilidade vertical e rastreabilidade horizontal


Padrões Fundamentais e Rastreabilidade

Cadeia de rastreabilidade

• É a linha que permite ligar um resultado de medição à referência


anteriormente definida.

• VIM: Sequência de padrões e calibrações utilizada para relacionar um


resultado de medição a uma referência.

• Independente de quantas calibrações um instrumento passou, se


todas elas foram realizadas por um laboratório acreditado → Podemos
assegurar a rastreabilidade da medição.
Exatidão, Precisão e Confiabilidade
• Exatidão de um instrumento

• Capacidade de um instrumento de medição para realizar leituras


próximas ao valor verdadeiro da variável medida.

• Precisão
• Variabilidade dos resultados de medições sucessivas;
Exatidão, Precisão e Confiabilidade

• Confiabilidade

• Estimativa da probabilidade de um instrumento de medição


continuar comportando-se dentro de limites especificados de
erros, durante um determinado tempo e sob condições
especificadas;

• Está intimamente relacionado com o controle de qualidade, ou


seja, a conformidade de um produto com os requisitos
preestabelecidos pela empresa.

Para isso, é necessário que se trabalhe com procedimentos,


rotinas, instruções e métodos de inspeção específicos.
Fontes de erros na medição

Fontes intrínsecas ao objeto:


• Baixo grau de homogeneidade;
• Irregularidades superficiais (rugosidade, marcas do avanço no
fresamento, corrosão, rebarbas).

Rugosidade superficial

Fonte: Andersson, 2012


Fontes de erros na medição
Fontes intrínsecas ao SM:
• Erros de geometria,

• Sobrecargas;

• Arranjo inadequado;

• Atrito interno;

• Folgas entre os elementos;

• Uso de materiais consumíveis ou deterioráveis ao longo do tempo


e uso;

• O próprio princípio de funcionamento do sistema de medição.


Fontes de erros na medição
Exemplo: Trata-se de um sistema de medição de forças baseado na
propriedade de uma mola se alongar de maneira proporcional à força
aplicada.

Fonte: Albertozzi; Souza, 2012


Fontes de erros na medição
Influências ambientais

• Temperatura
- Principal parâmetro ambiental
- Temperatura de referência para a metrologia dimensional 20 ºC
- Quase todos os materiais mudam suas dimensões em função da T

É a propriedade dos materiais modificarem


Dilatação térmica
suas dimensões em função das variações da
ΔL = α L ΔT temperatura a que estão sujeitos

- Quando um sistema de medição e a peça a ser medida são do


mesmo material ou são materiais que possuem o mesmo coeficiente de
dilatação térmica e estão na mesma temperatura,

.
A dilatação térmica não produz erros de medição
Fontes de erros na medição
Dilatação Térmica dos Sólidos:
Dilatação linear: Dilatação sofrida por um corpo apenas em uma das
suas dimensões.
Ex: Fio (dilatação do comprimento é mais relevante que a sua
espessura )
ΔL = α L ΔT
α = Coeficiente de dilatação linear (°C-1)

Dilatação superficial: Dilatação sofrida por uma superfície.


Ex: Chapa
ΔA = β A0 ΔT β=2.α
β = Coeficiente de dilatação superficial (°C-1)

Dilatação volumétrica:
Ex: Barra de ouro
ΔV = γ V0 ΔT γ=3.α
γ = Coeficiente de dilatação volumétrica (°C-1)
Fontes de erros na medição
Influências ambientais

• Umidade provoca a dilatação de materiais higroscópicos (alguns


plásticos), corrosão de metais, proliferação de fungos, etc.

• Vibrações (quando necessário, é minimizado utilizando sistemas


isoladores sob o piso ou maquinas de medir)

• pressão atmosférica, iluminação, poeira, interferência


eletromagnética, agentes biológicos, tensão de rede e ruído sonoro.

• Em geral, as medições são realizadas em condições de utilização:


. - Temperatura de 25 ±10 ºC
- Umidade relativa do ar até 90% UR
- Pressão barométrica: 80 kPa até 108 kPa
- Ausência de choques, vibrações ou de acelerações.
Fontes de erros na medição
Influência do operador no sistema de medição:
• Erros de leitura - paralaxe

• Anotar o valor errado

• Ler escalas erradas - Falta de treinamento ou treinamento


inadequado;
• Erros de operação
- Falta de habilidade tátil, ótica ou auditiva.

Exemplo: Paquímetro → Força de medição

Influência do operador no ambiente:


• Calor do corpo do observador
• Movimento brusco que provoque vento
Fontes de erros na medição
Influência do operador no objeto:
• Manuseio e montagem inadequados do objeto de medição
• Contaminação do objeto com as mãos

Influência do padrão:
• Erros e incertezas do padrão são transferidos para o sistema de
medição.

Método de medição:
• Posicionamento inadequado do sistema de medição em relação ao
objeto;
• Sistema de medição incompatível com as características do objeto;
• Não usar instrumento de medição nas mesmas condições de calibração;
• Erros nos programas ou em arredondamentos.
Fontes de erros na medição

Como reduzir os erros na medição?

• O uso de salas de medição climatizadas, fontes de tensão elétrica


estabilizadas e blindagens eletromagnéticas;

• Compensar suas influências por soluções de projeto;

• Manter constante por meio de dispositivos de controle.

Chão de fábrica → Alto custo → resultados piores


Considerações Finais

• Uma adequada calibração de componentes e equipamentos, reduz


as fontes de erro, garantindo maior produtividade e redução de
desperdícios de matéria prima;

• Garante a qualidade do produto final, que é um diferencial


tecnológico e comercial para as empresas;

• A metrologia deve estar presente, assegurando a produção de


resultados confiáveis, com base em princípios científicos e
metrológicos adequados.
Exercício 1:
A figura abaixo representa em linha cheia uma peça retangular
numa temperatura inicial. Em função do aumento da temperatura
ambiente, a peça sofre dilatação térmica, aumentando suas dimensões.
Considerando que a peça seja aço e que suas dimensões sejam b =
10,000 mm e c = 40,000 mm a uma T = 20 ºC. Após algum tempo, a
temperatura atinge T = 30 ºC. Calcule ∆b e ∆c.

ΔL = α L ΔT
α aço= 11,0.10-6 /K
b b'

c
c'

Resposta: b’= 1,15 µm e c’=4,6 µm


Exercício 2:
O diâmetro de um eixo de alumínio foi medido por um
micrômetro em um ambiente com temperatura de 32°C. Foi
encontrada a indicação de 21,427 mm. Determine a correção a ser
aplicada no valor do diâmetro para compensar o efeito da temperatura.
α aço= 11,0.10-6 /K
α Al = 23,0.10-6 /K
Caso Sistema de medição Peça a ser medida Correção devido
material Temp. material Temp. a temperatura
1 A 20°C A 20°C C=0
2 A TSM20°C A TP = TSM C=0
3 A TSM A TSM  TP C=A.L. (TSM – TP)
4 A 20°C B 20°C C=0
5 A TSM20°C B TSM = TP C=(A-B).(TSM –20°C). L
6 A TSM B TSM  TP C=[A. (TSM –20°C)- B. (TP –20°C)]. L

Resposta: -3,09.10-3 mm
Exercício 3:
Duas barras de 4 metros de aço encontram-se separadas por 8
mm à 25 °C. Qual deve ser a temperatura para que elas se encostem,
considerando que a única direção da dilatação acontecerá no sentido do
encosto?
α aço= 11,0.10-6 /K
Resposta: 115,9 °C

Exercício 4:
Uma placa de alumínio com 2,2 m2 de área à temperatura de -20
°C, foi aquecido a 176 °F. Qual foi o aumento da área da placa?
Resposta: 0,01012 m2 α Al = 23,0.10-6 /K

Exercício 5:
Com uma régua de latão aferida a 25 °C, mede-se a distância
entre dois pontos. Essa medida foi efetuada a uma temperatura acima de
25 °C, motivo pelo qual apresenta um erro de 0,06%. Qual temperatura
foi realizada essa medida? α latão = 20,0.10-6 /K
Resposta: 55 °C

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