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Aula 03

Direito Penal p/ TJ-PE (Analista Judiciário - Áreas Judiciária e Administrativa) - Com


videoaulas

Professores: Renan Araujo, Ricardo Schettini

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AULA 03: DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR !
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL.

SUMÁRIO
!
1. CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
GERAL ............................................................................................................... 2
1.1. Usurpação de função pública ...................................................................... 2
1.2. Resistência .............................................................................................. 3
1.3. Desobediência.......................................................................................... 4
1.4. Desacato ................................................................................................. 4
1.5. Tráfico de influência .................................................................................. 6
1.6. Corrupção ativa........................................................................................ 7
1.7. Contrabando E descaminho ........................................................................ 9
1.8. Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência ................................. 15
1.9. Inutilização de edital ou de sinal ............................................................... 16
1.10. Subtração ou inutilização de livro ou documento ...................................... 17
1.11. Sonegação previdenciária ..................................................................... 17
2. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 20
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 32
4. GABARITO ................................................................................................. 54

Olá, meus amigos!

Hoje vamos estudar os crimes praticados por PARTICULAR contra


a administração em geral.

Trata-se de um tema muito importante, com boas chances de


cair na prova!

Bons estudos!

Prof. Renan Araujo

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1.! CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A!
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Estes crimes, assim como os crimes do capítulo anterior do CP, são


crimes que possuem a administração pública como sujeito passivo,
sempre, podendo haver, ainda, casos em que, eventualmente, algum
particular também seja sujeito passivo do crime.
Naqueles crimes, no entanto, exige-se que o sujeito ativo seja
funcionário público, e tenha se valido do cargo para praticar o delito.
Diz-se, portanto, que são crimes próprios, embora seja admitido o
concurso de pessoas, respondendo o particular pelo delito, desde que
conheça a qualidade de funcionário público do agente.
Aqui, os crimes são comuns, ou seja, podem ser praticados por
qualquer pessoa.

1.1.! Usurpação de função pública


Este crime está previsto no art. 328 do CP:
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Aqui, diferentemente do que ocorre no crime de exercício funcional


ilegal, o agente não possui qualquer vínculo com a administração
pública ou, caso possua, suas funções são absolutamente
estranhas à função usurpada.1
CUIDADO! O funcionário público que exerce função na qual não fora
investido comete este crime, pois nesse caso é considerado particular, já
que a conduta não guarda qualquer relação com sua função pública.

É necessário que o agente pratique atos inerentes à função. Não


basta que apenas se apresente a terceiros como funcionário
público.2
A consumação se dá quando o agente pratica qualquer ato inerente à
função, e a tentativa é plenamente possível, uma vez que se pode
fracionar o iter criminis do delito.
O § único estabelece, ainda, uma forma qualificada do delito:
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 193
2
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 194

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A Doutrina entende que esta “vantagem” pode ser de qualquer !
natureza, não necessariamente uma vantagem financeira, podendo
ser, inclusive, um favor sexual, etc.3

1.2.! Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

A conduta punida é a resistência comissiva (ação), ou seja, aquela


na qual o agente pratica uma conduta, qual seja, o emprego de violência
ou ameaça ao funcionário que irá executar o ato legal.
Entende-se, ainda, que essa violência deve ser contra o funcionário
público, não contra coisas (chutar a viatura da polícia, por exemplo).4
Aquele que resiste à prisão em razão de estar sendo preso em
flagrante por crime que exige a violência ou grave ameaça para sua
caracterização, não responde por este crime, considerando-se a violência
aqui empregada como mero desdobramento do crime principal (posição
Doutrinária).5
O ato deve ser legal, ou seja, deve estar fundamentado na Lei ou em
decisão judicial. Assim, a decisão judicial injusta pode ser ato legal. Não
pode o particular se rebelar contra ela desta maneira, pois o meio próprio
para isso é a via recursal. Entretanto, se a prisão, por exemplo, decorre
de uma sentença que não a determinou, ou a determinou em face de
outra pessoa, o ato de prisão é ilegal, e a resistência está amparada por
uma causa de exclusão da ilicitude (ou da tipicidade, para alguns).6
E se o particular resistir à prisão em flagrante executada por
um particular (atitude permitida pelo art. 301 do CPP)? Nesse caso,
não pratica o crime em questão, pois o particular não é considerado
funcionário público7, não podendo ser realizada analogia in malam
partem.
A tentativa sempre será possível quando a resistência puder se dar
mediante fracionamento da conduta. É o caso da resistência mediante
ameaça via carta.
Se o ato não é executado, há a figura do crime qualificado, nos
termos do § 1°:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 767
4
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 200
5
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 200
6
É irrelevante se o ato é ou não manifestamente ilegal. Basta que seja ilegal para que
esteja legitimada a resistência. BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 202/203
7
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 769

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§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: !
Pena - reclusão, de um a três anos.

Além disso, o agente responde não só pelo crime de resistência, mas


responde de maneira autônoma pela violência ou ameaça:
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes
à violência.

1.3.! Desobediência
Está tipificado no art. 330 do CP:
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Aqui o agente deixa de fazer algo que lhe fora determinado ou faz
algo cuja abstenção lhe fora imposta mediante ordem de funcionário
público competente. Trata-se, portanto, de crime omissivo ou comissivo,
a depender da conduta do agente.
Esse crime não se configura quando o réu desobedece a
ordem que possa lhe incriminar, pois não está obrigado a
contribuir para sua incriminação.8
A tentativa só será admitida nas hipóteses de desobediência
mediante atitude comissiva (ação).
Diversas Leis Especiais preveem tipos penais que
criminalizam condutas específicas de desobediência. Nesses
casos, aplica-se a legislação especial, aplicando-se este artigo do CP
apenas quando não houver lei específica tipificando a conduta.

1.4.! Desacato
Nos termos do art. 331 do CP:
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

É inegável que haverá o crime quando o desacato partir de um


particular. Mas e se quem cometer o desacato for funcionário
público? Três correntes existem:
•! Não é possível – A lei determina que somente o extraneus
(particular) pode cometer este delito, pois ele se encontra no
capítulo dos crimes praticados por particular;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
8
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 774

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•! É possível, desde que o funcionário desacate seu !
superior hierárquico – Para esta corrente, se entre os
funcionários não há relação hierárquica, não há o crime em
questão;
•! É possível, em qualquer caso9 – Essa é a predominante10,
e entende que o funcionário público que desacata outro
funcionário público, é, neste momento, apenas mais um
particular, devendo responder pelo crime. Exige-se, apenas,
que o infrator não esteja no exercício de suas funções. 11

O conceito de “desacatar” pode ser definido como a falta de respeito,


a humilhação, com gestos ou palavras, vias de fato, até mesmo agressões
físicas, etc.
Entretanto, isto não significa que a mera crítica ao exercício da
função pelo servidor seja considerada desacato, desde que seja
realiza de maneira condizente com os padrões de respeito e
urbanidade.
Não se exige que o funcionário esteja na repartição ou no
horário de trabalho, mas sim que o desacato ocorra em razão da
função exercida pelo servidor.12
EXEMPLO: Se o particular desacata um Delegado de Polícia no domingo
à tarde, quando este estava na praia, em razão de ter sido preso por ele
meses antes, pratica o crime de desacato. No entanto, se um particular
ofende o mesmo Delegado, dentro da Delegacia, no horário do
expediente, mas em razão de uma rixa particular (venda de um
carro defeituoso, por exemplo), não há desacato, pois a ofensa se
dirige ao homem, à pessoa, e não à figura do funcionário público,
podendo ser o agente responsabilizado pelo crime de injúria.

Parte da Doutrina entende que o agente deve ter a intenção de


ofender a administração pública e a honra subjetiva do funcionário, e que
esta intenção não se coaduna com estado de exaltação ou ânimo. No
entanto, para a maioria da Doutrina e da Jurisprudência, o fato de
o agente estar exaltado ou irritado não descaracteriza o crime.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
9
(...) É possível a prática do crime de desacato por funcionário público contra
pessoa no exercício de função pública, pois se trata de crime comum em que a
vítima imediata é o Estado e a mediata aquela que está sendo ofendida.
(...) Ordem denegada. (HC 104.921/SP, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA
CONVOCADA DO TJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 21/05/2009, DJe 26/10/2009)

10
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 777
11
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 214.
12
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 778

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Considera-se o crime formal, pois basta que a ofensa exista, ainda !
que o resultado não ocorra (ainda que o funcionário público não se sinta
ofendido ou menosprezado pela conduta).
Quanto à tentativa, há divergência. Parte entende incabível pois,
exigindo-se que o funcionário público esteja presente no momento do
desacato, é inviável a tentativa, por se tratar de crime unissubsistente
(praticado mediante um único ato). Outra parcela entende cabível a
tentativa, embora de difícil caracterização13.
Por fim, exige-se que o ato seja praticado na presença do
funcionário público14. Além disso, entende-se que se o ofendido já
não é mais funcionário público (demitido, aposentado, etc.), o
crime de desacato não se caracteriza, ainda que praticado em razão
da função anteriormente exercida pelo funcionário.15

1.5.! Tráfico de influência

Esta é a conduta do “malandro” que pretende obter vantagem em


face de um particular, sob o argumento de que poderá influenciar na
prática de determinado ato por um servidor público. É uma espécie de
“estelionato”, pois o agente promete usar uma influência que não possui.
A Doutrina entende que o particular que paga ao agente para a
suposta intermediação NÃO É SUJEITO ATIVO, mas sujeito PASSIVO16
do delito, pois, embora sua conduta seja imoral, não é penalmente
relevante, tendo sido ele também lesado pela conduta do agente, que o
enganou.
Na verdade, entende-se que aquele que paga pelo suposto tráfico de
influência é um corruptor putativo, pois imagina que está corrompendo a
administração pública, no entanto, essa possibilidade não existe, face à
ausência de influência do agente que recebe a vantagem.
Se a influência do agente for REAL, tanto ele quanto aquele que
paga por ela são considerados CORRUPTORES ATIVOS (art. 333 do CP).
O crime se consuma quando o agente solicita, cobra ou exige
a vantagem do terceiro.
CUIDADO! Assim, a obtenção da vantagem é mero exaurimento,
sendo dispensável para a consumação do crime. No entanto, parte

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
Exemplo de possibilidade da ocorrência da tentativa se dá quando o agente é impedido
por alguém de atirar objetos sobre o funcionário público (com a intenção de ofender).
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 779
14
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 778
15
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 216
16
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 780. Em sentido contrário, BITENCOURT.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 227

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da Doutrina entende que, por haver no núcleo do tipo também o verbo!
“obter”, nessa última modalidade, o crime seria material.17

Se, por fim, o agente diz que parte da vantagem se destina ao


funcionário público que deverá praticar o ato, em razão de essa
conduta contribuir ainda mais para o descrédito da moralidade
administrativa, sua pena é aumentada, nos termos do § único do artigo
332 do CP:
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou
insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada
pela Lei nº 9.127, de 1995)

1.6.! Corrupção ativa


Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público,
para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela
Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

Este crime pode ser cometido de duas formas diferentes (é, portanto,
crime de ação múltipla): oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público.
O elemento subjetivo é o dolo, exigindo-se que o agente possua a
finalidade especial de agir consistente no objetivo de fazer com que,
mediante a vantagem oferecida ou prometida, o funcionário público aja
de tal ou qual maneira.
Aqui, não se pune a corrupção subsequente. O que seria isto?
Vejam que se exige que a promessa ou oferecimento seja anterior
à prática do ato18, não havendo o crime se o ato já fora praticado pelo
funcionário público.
Note-se que a existência da corrupção ativa independe da passiva, e
vice-versa. Assim, pode acontecer de o agente oferecer ou prometer a
vantagem e funcionário não a aceitar. Neste caso, haverá apenas
corrupção ativa.
CUIDADO! Se o funcionário público solicita a vantagem indevida e o
particular a fornece (paga uma quantia, por exemplo), o particular NÃO

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 781
18
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 783

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comete o crime de corrupção ativa, eis que o tipo somente prevê os!
verbos de OFERECER e PROMETER vantagem indevida, que pressupõem
que o particular tome a iniciativa.

A Doutrina entende que o mero pedido de favor, o famoso


“jeitinho”, não configura o crime de corrupção ativa.19
O § único estabelece, ainda, que se em razão da vantagem oferecida
ou prometida o funcionário público age da maneira que não deveria, a
pena é aumentada:
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional.

Existe, ainda, a figura da corrupção ativa em transação comercial, à


qual se aplicam as mesmas regras, inclusive no que tange à causa de
aumento de pena. Está prevista no art. 337-B do CP, e seu § único:
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem
indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
10467, de 11.6.2002)
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da
vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o
ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº
10467, de 11.6.2002)

Por fim, existe uma última modalidade de corrupção ativa especial


prevista no CP, que é a corrupção ativa de testemunha, perito, tradutor,
contador ou intérprete, que é um crime contra a administração da Justiça,
previsto no art. 343 do CP:
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação
falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº
10.268, de 28.8.2001)
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime
é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo
penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Nesse caso, a única diferença em relação ao crime de corrupção ativa


comum é que a causa de aumento da pena ocorre não quando o

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
19
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 783

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funcionário público age da maneira que não deveria, mas quando a !
corrupção ocorre no bojo de processo em que seja parte a administração
pública direta ou indireta.

1.7.! Contrabando E descaminho


Descaminho (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;
(Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; (Redação dada
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma,
utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser
produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação
fraudulenta por parte de outrem; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira,
desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos
que sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
de 26.6.2014)
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; (Incluído pela Lei
nº 13.008, de 26.6.2014)
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de
registro, análise ou autorização de órgão público competente;
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à
exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

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IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, !
utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou
industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira; (Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira.
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Incluído pela Lei nº
4.729, de 14.7.1965)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)

Existem, aqui, dois crimes distintos, cada um correspondente a um


TIPO PENAL distinto. Tratarei ambos no mesmo tópico porque facilita
nosso estudo e porque até bem pouco tempo ambos faziam parte do
mesmo tipo penal.
A figura do descaminho ocorre quando o agente ilude, no todo
em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada,
saída ou consuma da mercadoria.
O segundo crime é a conduta de importar ou exportar
mercadoria proibida. Esta é a conduta do CONTRABANDO.
No caso do contrabando, a mercadoria é ilícita, ou seja, a sua
importação ou exportação, por si só, é vedada. No caso do
descaminho, a importação, exportação ou consumo não são
ilícitos. O que se pune, no descaminho, é a burla ao sistema
tributário.
Entretanto, estas são figuras típicas genéricas. Assim, o contrabando
de substância entorpecente configura hipótese específica de contrabando,
prevista no art. 40, I da Lei 11.343/05 (Tráfico internacional de Drogas).
Havendo lei específica, aplica-se esta, e não o CP.
Ambos são crimes comuns, ou seja, podem ser praticados por
qualquer pessoa. Se algum funcionário público, valendo-se da função,
concorrer para a prática do delito, não responde por este, mas pelo crime
do art. 318 do CP (facilitação de contrabando ou descaminho), em
verdadeira exceção à teoria monista do concurso de pessoas.
O STF possui algumas decisões no sentido de que a mera
omissão em declaração ao fisco, acerca da quantidade de
mercadoria, configura o crime de descaminho.
A consumação de cada um dos delitos ocorre em momento diferente.
O contrabando se consuma quando a mercadoria ilícita ultrapassa a
barreira alfandegária, sendo liberada pelas autoridades. Se o crime é
praticado por via clandestina, exige-se, somente, que o agente ultrapasse
a fronteira do país.

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O descaminho, por sua vez, irá se consumar com a liberação na !
alfândega, sem o pagamento dos impostos devidos20. Trata-se de crime
FORMAL.
Admite-se a tentativa em ambos os crimes.
Em relação ao DESCAMINHO, a Jurisprudência entende, ainda, que
em se tratando de prejuízo inferior a ao patamar estabelecido pela
Fazenda Nacional como irrelevante para fins de execução fiscal,
temos hipótese de aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA21,
de forma a afastar a tipicidade do fato, ou seja, o fato seria atípico (por
ausência de lesividade social apta a justificar a tutela penal, já que por
esse valor a Fazenda sequer promove a execução fiscal, de modo que não
faz sentido aplicar o Direito Penal se não se aplica nem o Direito
Administrativo ao caso). Vejamos:

(...) A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando-se


todos os aspectos relevantes da conduta imputada. 2. Para crimes de descaminho,
considera-se, na avaliação da insignificância, o patamar previsto no art. 20 da

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
20
Havia divergência quanto à necessidade de constituição definitiva do crédito tributário
para a consumação do delito de descaminho. A sexta turma do STJ entendia necessária
a constituição definitiva do crédito, entendendo tratar-se de crime material. A quinta
turma do STJ, por sua vez, entendia desnecessária a constituição definitiva, por
entender que se trata de crime material. O STF, por sua vez, colocou uma pedra
sobre o assunto, decidindo que se trata de crime formal, dispensando a
constituição definitiva do crédito para sua consumação:
(...) 1. Consolidado no Supremo Tribunal Federal e neste Superior Tribunal o
entendimento de que o crime de descaminho é formal, não dependendo sua
caracterização da constituição definitiva do débito tributário.
2. O delito de descaminho "não se submete à Súmula Vinculante nº 24 do Supremo
Tribunal Federal, expressa em exigir o exaurimento da via administrativa somente em
crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº
8.137/90" (STJ, HC 270285/RS, Rel. Min. Laurita Vaz, QUINTA TURMA, DJe
02/09/2014).
(...)
(AgRg no REsp 1493968/PR, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, QUINTA TURMA, julgado
em 07/05/2015, DJe 26/05/2015)

21
Importante lembrar, ainda, que devem estar presentes os demais requisitos que
autorizam o reconhecimento da insignificância, dentre eles o fato de NÃO ser o agente
um criminoso “contumaz”. A reiteração delitiva impede o reconhecimento da
insignificância, conforme entendimento do STJ e do STF:
STF - HC 124867 AgR / PR
STJ - AgRg no REsp 1511445 / RS

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Lei 10.522/2002, com a atualização das Portarias 75 e 130/2012 do Ministério!
da Fazenda. Precedentes. (...)
(HC 123035, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 19/08/2014,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-177 DIVULG 11-09-2014 PUBLIC 12-09-2014)

CUIDADO! Isso só se aplica aos tributos federais, já que a Lei 10.522/02


foi editada dirigindo-se à Fazenda Nacional.
CUIDADO II – A Portaria MF nº 75 aumentou para R$ 20.000,00 o valor
dos créditos tributários federais considerados irrelevantes para fins de
execução fiscal, dispensando sua cobrança. Contudo, por se tratar de
mera Portaria, o STJ entendia que ele não se aplicava para fins de
caracterização do princípio da insignificância, que permaneceria
no antigo patamar de R$ 10.000,00 (estabelecido pela Lei
10.522/02).
O STF, porém (como vimos), passou a adotar o patamar de R$
20.000,00 para caracterização da insignificância em crimes
tributários22.
Assim, e para não gerar “divergência jurisprudencial”, a QUINTA
TURMA DO STJ passou a adotar a mesma tese (R$ 20.000,00):
“ (...) 1. Não obstante a compreensão até então vigente nesta Corte, a Quinta Turma
deste Sodalício, com a intenção de uniformizar a jurisprudência quanto ao
tema, passou a adotar a orientação, firmada pela Corte Suprema, que admite o
reconhecimento da atipicidade material da conduta sempre que o valor dos tributos
sonegados não ultrapassar a vinte mil reais, parâmetro previsto na Portaria n. 75/2012
do Ministério da Fazenda.
2. Tendo a Corte a quo registrado que o valor sonegado somou R$ 11.295,48, não há
como se afastar a aplicação do princípio da insignificância à hipótese dos autos.
3. O acórdão recorrido não fez qualquer referência à existência de outros registros que
pudessem indicar a contumácia delitiva impeditiva do reconhecimento da atipicidade
material.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AgRg no AgRg no REsp 1447254/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,
julgado em 04/11/2014, DJe 11/11/2014)”
Porém, existiam decisões no âmbito da SEXTA TURMA do STJ ainda
mantendo o entendimento antigo (de que o patamar seria de R$
10.000,00).
Porém, para sanar a controvérsia dentro do próprio STJ, a TERCEIRA
SEÇÃO (que engloba a QUINTA TURMA e a SEXTA TURMA), mais
recentemente, decidiu que o patamar deve ser o de R$ 10.000,00
(previsto na Lei):
(...) 3. A Terceira Seção desta Corte possui entendimento de que, no crime de
descaminho, o princípio da insignificância somente afasta a tipicidade da
conduta se o valor dos tributos elididos não ultrapassar a quantia de dez mil
reais, estabelecida no art. 20 da Lei n. 10.522/2002, sendo certo que a Portaria MF
75/2012, por não possuir força legal, não tem o condão de modificar o patamar para
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
22
Ver HC 126746 AgR / PR (Publicado em 07.05.2015)

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aplicação do princípio da insignificância. !
(EREsp 1230325/RS, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
22/04/2015, DJe 05/05/2015)
Para fins de prova, a resposta vai depender da pergunta. Se a
questão se referir ao STF, o entendimento é de que o patamar é
de R$ 20.000,00. Se exigir o entendimento do STJ, o patamar é o
de R$ 10.000,00.

Existem algumas decisões no âmbito do STF entendendo que o


pagamento do tributo devido, no caso do descaminho, antes do
recebimento da denúncia, gera a extinção da punibilidade.
O STJ até já proferiu alguns julgados nesse sentido. Entretanto, mais
recentemente vem prevalecendo o entendimento (no STJ) de que o
pagamento não pode gerar a extinção da punibilidade (no
descaminho).23
A Lei 13.008/14 alterou a disposição dos crimes de contrabando e
descaminho, previstos no CP.
Nada mudou quanto ao núcleo estrutural de cada um dos tipos
penais; Contrabando continua sendo, basicamente, a importação ou
exportação de mercadoria proibida; Descaminho continua sendo a
conduta de “tentar não pagar imposto” que incidiria pela entrada, saída
ou consumo de mercadoria.
Contudo, embora as bases estruturais de ambos os delitos tenham
permanecido inalteradas, algumas modificações interessantes foram
realizadas.
A primeira delas, já reclamada pela Doutrina há algum tempo, foi a
SEPARAÇÃO dos crimes em dois tipos penais distintos. Antes, ambos se
encontravam no tipo penal do art. 334 do CP. Com a nova redação, o
crime de descaminho permanece no art. 334 e o crime de contrabando
vai para o recém-criado art. 334-A. Vejamos:
Descaminho (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto
devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
(...)
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
23
(...) 3. Assim, o descaminho não pode ser equiparado aos crimes materiais contra a
ordem tributária, o que revela a impossibilidade de que o agente tenha a sua
punibilidade extinta pelo pagamento do tributo. (...) (RHC 43.558/SP, Rel. Ministro
JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 05/02/2015, DJe 13/02/2015)

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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº !
13.008, de 26.6.2014)!

Esta modificação, porém, não traz consequências relevantes para o


sistema jurídico-penal, eis que não houve “extinção” e “criação” de crime,
apenas continuidade típico-normativa (um delito passa a ser tratado
em outro tipo penal).
Contudo, podemos perceber a primeira alteração substancial da nova
Lei: A pena para o delito de descaminho permanece a mesma (1 a 4 anos
de reclusão), mas a pena do delito de contrabando foi AUMENTADA
para 02 a 05 anos de reclusão.
Essa alteração na quantidade da pena produz consequências negativas
para o réu (e, portanto, sabemos que NÃO IRÁ RETROAGIR). Vejamos:
•! Não cabe mais suspensão condicional do processo (a pena
mínima ultrapassa um ano)
•! Passa a admitir prisão preventiva (antes só cabia em hipóteses
excepcionais)
•! O prazo prescricional passa de 08 para 12 anos (art. 109, III
do CP)

Podemos dizer que esta tenha sido a alteração mais sensível da nova
lei.
A nova lei trouxe, ainda, algumas outras inovações.
Tanto no crime de descaminho quanto no crime de contrabando, a
redação anterior do CP considerava que a pena seria aplicada em
dobro se o delito fosse cometido mediante transporte AÉREO. Pois bem,
a nova lei estendeu esta previsão também para os transportes
marítimos ou fluviais (mares ou rios). Vejamos:
Art. 334 (...)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
(...)
Art. 334-A (...)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em
transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Em relação ao crime de CONTRABANDO, foram inseridas duas novas
formas “equiparadas”:
Art. 334-A (...)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
(...)

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II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de !
registro, análise ou autorização de órgão público competente;
(Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à
exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

Não há grandes considerações a fazer sobre estas figuras. No


primeiro caso, podemos dizer que já havia tal previsão, ainda que
“implicitamente”. Isto porque a importação ou exportação clandestina de
uma mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização do órgão
competente, na prática, é o mesmo que importar ou exportar uma
mercadoria proibida, já que sem o registro, análise ou autorização sua
importação ou exportação é vedada. De qualquer forma, isso agora está
explícito.
Um exemplo clássico em relação a esta figura é a importação de
determinados produtos alimentícios sem autorização da Vigilância
Sanitária (alguns queijos, por exemplo, que muita gente traz da
Holanda).
Em relação ao inciso III, podemos chegar à mesma conclusão, ou
seja, se a reimportação de mercadoria destinada à exportação já era
proibida, isso significa que tal conduta já estava inserida na vedação do
caput do artigo (importação de mercadoria proibida), logo, entendo como
desnecessária esta previsão.
Esta figura tem por finalidade punir aqueles que trazem de volta ao
país determinados produtos que são aqui fabricados e depois exportados
e não podem ser aqui comercializados, especialmente por questões
tributárias.
Ex.: Alguns cigarros são fabricados no Brasil e exportados para o
Paraguai. Alguns brasileiros “reimportam” de forma clandestina estes
produtos, para aqui revendê-los. Como os cigarros foram destinados à
exportação, possuem preço mais baixo, eis que o regime tributário é
diferenciado. Assim, a compra de tais produtos fora do país é
financeiramente mais vantajosa e, também, ilegal.
CUIDADO! Importação clandestina de “cigarros” pode ser tanto
descaminho quanto contrabando. Se a entrada destes produtos era
LEGAL, e houve apenas finalidade de deixar de pagar o imposto devido
pela importação, temos DESCAMINHO. Se a importação é VEDADA (no
casso de cigarros legalmente exportados e ilegalmente reimportados),
teremos CONTRABANDO.

1.8.! Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência


Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em
hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal,
ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou

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licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de !
vantagem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena
correspondente à violência.

A Doutrina entende que este artigo foi parcialmente revogado pela


Lei 8.666/93, que estabeleceu diversos crimes em processos licitatórios.
No entanto, é pacífico o entendimento de que o crime permanece
em vigor em relação à conduta referente à venda em Hasta
Pública, pois não se insere no bojo de procedimento licitatório.24
As condutas podem ser de fraude, impedimento ou perturbação
da própria venda em hasta pública, promovida pela administração federal,
ou, ainda, de tentativa de afastamento de concorrente mediante
fraude, vantagem, violência ou ameaça.
Na primeira conduta, exige-se apenas o dolo. Na segunda,
exige-se, ainda, a finalidade especial de agir, consistente na
finalidade de afastar o concorrente do certame. Na primeira, trata-
se de crime material, pois se exige que o agente efetivamente perturbe,
impeça ou fraude a venda. Na segunda, temos um crime formal, pois se
exige apenas que o agente empregue os meios narrados para afastar o
concorrente, não se exigindo que consiga, efetivamente, afastá-lo.
No entanto, o § único estabelece que se o outro concorrente se
abstiver de participar da venda em razão da VANTAGEM oferecida,
incidirá nas mesmas penas:
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou
licitar, em razão da vantagem oferecida.

Assim, MUITO CUIDADO! Se o terceiro se abstém não em razão da


vantagem, mas em razão da violência empregada pelo agente, ou ainda,
em razão de grave ameaça ou fraude, não incide nas penas relativas a
este crime.

1.9.! Inutilização de edital ou de sinal


Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital
afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal
empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público,
para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Trata-se de duas condutas diversas. A primeira consiste em inutilizar


(tornar inválido à finalidade destinada), conspurcar (sujar, de modo a
impedir a leitura) ou rasgar de edital afixado por funcionário público. Pode
ser edital judicial, administrativo, etc. Nesse caso, se o agente pratica
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
24
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 798

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a conduta após o prazo de utilidade do edital, não há este crime25!.
Assim, se um edital foi publicado pelo prazo de 30 dias, mas expirado o
prazo, lá permaneceu por seis meses, e um particular o inutilizou, não
cometeu este crime.
A segunda consiste em violação de selo ou sinal empregado por
funcionário público para identificar ou cerrar (fechar) qualquer objeto.
A Doutrina entende que não comete este crime o particular que
inutiliza o selo ou sinal empregado de maneira ilegal por funcionário
público. Exemplo: Particular que rasga cópia do mandado de despejo
afixado abusivamente na porta de sua casa, para que todos os vizinhos
vejam.
Não se exige finalidade especial de agir em nenhuma das condutas,
apenas o dolo simples.

1.10.!Subtração ou inutilização de livro ou documento


Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo
ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de
particular em serviço público:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais
grave.

A conduta pode ser tanto de subtrair quanto de inutilizar livro,


processo ou documento. A subtração e a inutilização podem ser totais
ou parciais.
Não se exige nenhuma finalidade especial de agir (dolo específico)
por parte do agente, bastando o dolo genérico.
A consumação divide a Doutrina: uns entendem que se consuma com
a subtração ou inutilização do documento, livro ou processo. Outros
entendem que deve haver prejuízo, dano ao regular desenvolvimento da
atividade administrativa.26
Se o documento, livro ou processo é restituído sem que haja
qualquer prejuízo, uns entendem que este fato (espécie de reparação do
erro) é causa que beneficia o agente na fixação da pena, e outra parte da
Doutrina entende que isso desconfigura o crime, podendo permanecer
eventual desacato.

1.11.!Sonegação previdenciária
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
25
BITENCOURT, Cezar Roberto. Op. Cit., p. 289
26
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 804/805

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I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de !
informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado,
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da
empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações
pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais
previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)

A conduta é a de suprimir ou reduzir contribuição social


previdenciária ou qualquer de seus acessórios, e pode ser praticada nas
três modalidades diferentes previstas nos incisos I, II e III do art. 337-A
do CP.
Este crime NÃO É COMUM! Trata-se de CRIME PRÓPRIO! Somente
o particular que tinha a incumbência de realizar corretamente o
lançamento de informações, etc., é quem pode cometer o crime.27 O
sujeito passivo aqui é, mais precisamente, a previdência social.
As condutas incriminadas são normas penais em branco, pois
carecem de complementação, já que a lei não diz quais são os
documentos que devem conter as informações, prazos, etc.
A Doutrina majoritária entende tratar-se de crime omissivo.
Entretanto, alguns doutrinadores (prestem atenção nisso!) entendem que
se trata de crime comissivo, pois, na verdade, quando o agente deixa de
lançar o tributo próprio, está lançando um errado. Quando omite receitas
e lucros, está declarando outros, ou seja, está prestando declaração falsa.
A Doutrina entende que este crime é material, ou seja, é
necessária a efetiva ocorrência da obtenção da vantagem relativa
à redução ou supressão da contribuição social devida. Se o agente,
mesmo praticando as condutas, não obtém êxito, o crime é tentado.28
Se antes do início da ação do fisco o agente se retrata e presta as
informações corretas, extingue-se a punibilidade (não se exige o
pagamento!). Nos termos do § 1°:
§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e
confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações
devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
27
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 806
28
CUNHA, Rogério Sanches. Op. Cit., p. 809

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ATENÇÃO! Existe outra hipótese de extinção da punibilidade para este !
delito, mas que pressupõe o PAGAMENTO INTEGRAL DO TRIBUTO ou
contribuição social (inclusive acessórios). O pagamento poderá ocorrer
mesmo depois de iniciada a ação do fisco, mas antes do recebimento
da denúncia, mas com fundamento no art. 34 da Lei 9.249/95. Muita
atenção a isso, meus amigos!
CUIDADO! O STF entende que o pagamento integral do débito,
ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO (mesmo após o julgamento),
extingue a punibilidade, com base no art. 69 da Lei 11.941/09:
“Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, acolheu embargos de declaração
e declarou extinta a punibilidade de parlamentar apenado pela prática dos crimes de
apropriação indébita previdenciária e de sonegação de contribuição previdenciária (CP,
art. 168-A, § 1º, I, e art. 337-A, III, c/c o art. 71, caput, e art. 69). O embargante
alegava que o acórdão condenatório omitira-se sobre o entendimento desta Corte
acerca de pedido de extinção de punibilidade pelo pagamento integral de débito fiscal,
bem assim sobre a ocorrência de prescrição retroativa da pretensão punitiva do Estado
— v. Informativos 650, 705 e 712. Preponderou o voto do Ministro Luiz Fux, que
deu provimento aos embargos. No tocante à assertiva de extinção da
punibilidade pelo pagamento do débito tributário, realizado após o julgamento,
mas antes da publicação do acórdão condenatório, reportou-se ao art. 69 da
Lei 11.941/2009 (“Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos no art. 68
quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento
integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive
acessórios, que tiverem sido objeto de concessão de parcelamento”). Sublinhou
que eventual inconstitucionalidade do preceito estaria pendente de exame pela Corte,
nos autos da ADI 4273/DF. Entretanto, haja vista que a eficácia do dispositivo não
estaria suspensa, entendeu que o pagamento do tributo, a qualquer tempo, extinguiria
a punibilidade do crime tributário, a teor do que já decidido pelo STF (HC 81929/RJ, DJU
de 27.2.2004). Asseverou que, na aludida disposição legal, não haveria qualquer
restrição quanto ao momento ideal para realização do pagamento. Não caberia ao
intérprete, por isso, impor restrições ao exercício do direito postulado. Incidiria, dessa
maneira, o art. 61, caput, do CPP (“Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer
extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício”). (...) AP 516 ED/DF, rel. orig. Min.
Ayres Britto, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, 5.12.2013. (AP-516) – INFORMATIVO
731 DO STF.

O § 2° prevê a possibilidade de concessão do perdão judicial ou


aplicação apenas da pena de multa, caso presentes todos os requisitos ali
enumerados:
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)
I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou
inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente,
como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Assim, são três os requisitos para o perdão judicial ou


aplicação apenas da pena de multa:

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a)! Ter o agente bons antecedentes !
b)! Ser primário
c)! O valor das contribuições não ser superior ao valor estabelecido
pela Previdência Social como o mínimo ao ajuizamento de
execuções fiscais
Isso se justifica pela mesma razão que no crime de descaminho: se a
conduta não é considerada relevante nem na seara cível ou
administrativa, não pode ser considerada penalmente relevante, pois o
Direito Penal é a ultima ratio, ou seja, só pode ser aplicado quando os
outros ramos do Direito forem insuficientes.
O STF entende que se o valor das contribuições sonegadas for
inferior a este valor, não há hipótese de perdão judicial ou aplicação da
pena de multa, mas sim ATIPICIDADE DA CONDUTA, em razão do
princípio da insignificância.
O § 3° estabelece uma espécie de crime privilegiado, quando o
sonegador não for pessoa jurídica (obviamente, então, deve ser pessoa
física ☺) e sua folha de pagamento é módica:
§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento
mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz
poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas
mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da
previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
2.! EXERCÍCIOS DA AULA

01 - (VUNESP – 2007 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A resistência qualificada consiste
A) na oposição do agente ao ato legal mediante violência.
B) na oposição do agente ao ato legal, causando considerável prejuízo à
vítima.
C) na oposição do agente ao ato legal mediante o emprego da violência
ou ameaça.
D) na vontade exteriorizada do agente de empregar violência ou usar de
ameaça contra o funcionário competente para executar o ato legal, ou
ainda, a quem lhe esteja prestando auxílio.
E) na não execução do ato legal diante da resistência do agente.
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02 - (VUNESP – 2007 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO
JUDICIÁRIO)
Assinale a alternativa que exemplifica o crime de desacato.
A) "X", de forma muito humilhante, diz a seu vizinho, funcionário público,
durante um churrasco entre amigos, que ele é a pessoa mais preguiçosa e
lenta que já conheceu.
B) "X" descumpre a ordem dada pelo juiz em audiência e continua
fotografando a vítima do crime sob julgamento.
C) "X", ao deparar-se no fórum com a escrevente "Z", dirige a ela as
seguintes palavras: que coisa mais linda, até parece um anjo!
D) "X", ao ter seu veículo apreendido pelo Delegado de Polícia "Z",
gesticula a ele de forma obscena utilizando o dedo médio da mão.
E) "X", que assiste a uma partida de vôlei, zomba de um dos jogadores:
Vejam como o nosso promotor público enfeita a quadra, até parece uma
borboleta!

03 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
São pressupostos do delito de resistência que
I. o ato ao qual se opõe seja legal;
II. a violência ou ameaça seja praticada contra o policial que executar o
ato;
III. a oposição seja praticada mediante violência ou ameaça.
Está correto o contido em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.

04 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
São pressupostos do delito de resistência que
I. o ato ao qual se opõe seja legal;
II. a violência ou ameaça seja praticada contra o policial que executar o
ato;
III. a oposição seja praticada mediante violência ou ameaça.
Está correto o contido em
a) I, apenas.

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b) II, apenas. !
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

05 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A conduta de opor-se mediante violência ou ameaça à execução de ordem
legal advinda de funcionário competente tipifica o crime de
A) desobediência.
B) desacato.
C) fraude processual.
D) resistência.
E) exercício arbitrário das próprias razões.

06 - (VUNESP – 2009 – TJ/SP – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Examine as afirmações sobre o crime de tráfico de influência.
I. Ocorre se o agente solicita para si ou para outrem vantagem a pretexto
de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
II. É praticado, ainda que sem intenção, e de forma imprudente, se o
agente exige para si ou para outrem vantagem a pretexto de influir em
ato praticado por funcionário público no exercício da função.
III. Tem a sua pena aumentada se o agente alega que a vantagem
solicitada é também destinada ao funcionário público que se deixará
influenciar.
Está correto o contido em
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.

07 - (VUNESP – 2012 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A pena prevista pelo Código Penal para o crime de "resistência" (CP, art.
329), por expressa disposição legal, é
A) de reclusão e de multa.
B) de reclusão, de seis meses a um ano.
C) maior, se o funcionário público, em razão da violência, fica afastado do
cargo.

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D) maior se o ato, em razão da resistência, não se executa. !
E) diminuída de um a dois terços se a resistência não é praticada com
violência.

08 - (VUNESP – 2013 – ITESP – ADVOGADO)


O fazendeiro de uma cidade do interior de São Paulo, que solicita aos
assentados dinheiro a pretexto de influir na atuação de funcionário do
ITESP a fim de facilitar a concessão de títulos de domínio visando a
regularização fundiária, comete o crime de:
a) corrupção passiva qualificada.
b) tráfico de influência.
c) advocacia administrativa.
d) exploração de prestígio.
e) estelionato

09 - (VUNESP – 2010 – TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO


JUDICIÁRIA)
Considere as seguintes assertivas no que pertine aos Crimes Praticados
por Particular Contra a Administração em Geral e assinale a alternativa
que corresponde ao regramento estabelecido pelo texto do Código Penal.
I. Somente comete crime de resistência aquele que age com violência ou
ameaça.
II. Quem desobedece à ordem ilegal de funcionário público não comete
crime de desobediência.
III. Apenas se configura o crime de desacato se a ação for praticada
contra funcionário no exercício da função ou em razão dela.
(A) Nenhuma assertiva é correta.
(B) Todas as assertivas são corretas.
(C) Somente II é correta.
(D) Somente III é correta.
(E) Somente II e III são corretas.

10 - (FCC - 2007 - MPU - ANALISTA – PROCESSUAL)


A respeito dos crimes contra a Administração Pública, é correto afirmar:
a) Não configura o crime de contrabando a exportação de mercadoria
proibida.
b) Constitui crime de desobediência o não atendimento por funcionário
público de ordem legal de outro funcionário público.
c) Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem indevida a
funcionário público para determiná-lo a deixar de praticar medida ilegal.

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d) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência, ao !
cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença condenatória
supostamente contrária à prova dos autos.
e) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário que o
funcionário público esteja no exercício da função ou, não estando, que a
ofensa se verifique em função dela.

11 – (FCC – 2007 – AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS DO


MUNICÍPIO DE SÃO PAULO)
No crime de corrupção ativa a vantagem indevida
a) deve ser recebida pelo funcionário público
b) deve ser concedida a funcionário público
c) pode ser oferecida a funcionário público
d) é exigida pelo funcionário público
e) é solicitada pelo funcionário público

12 - (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou
designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta
caracteriza o crime de
a) desobediência.
b) tráfico de influência.
c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.
d) advocacia administrativa.
e) usurpação de função pública.

13 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO


- ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
O crime de desobediência
A) só pode ser praticado por omissão.
B) será punido apenas com multa, se for culposo.
C) ocorre independentemente da legalidade da ordem.
D) exige violência ou grave ameaça.
E) não prescinde de dolo, ainda que eventual.

14 - (ESAF - 2004 - CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE -


ÁREA - CORREIÇÃO - PROVA 3)
Quanto ao crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), pode-se afirmar
que

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A) depende da existência da corrupção passiva para que se configure. !
B) o tipo consiste em solicitar para si ou para outrem, em razão da
função, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
C) caracteriza-se o crime se o funcionário público exige tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.
D) o tipo consiste em exigir, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função.
E) o tipo consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício.

15 - (FUNIVERSA – 2011 – SEPLAG/DF – AUDITOR FISCAL)


Durante uma fiscalização, o funcionário público responsável pela ação
recebeu de particular promessa de percepção de vantagem indevida para
não praticar ato de ofício.
Diante dessa hipótese, o particular
a) cometeu crime de corrupção passiva.
b) perpetrou crime de resistência.
c) não praticou crime, pois é um direito dele oferecer vantagem para
poder se livrar da situação.
d) praticou crime de concussão.
e) levou a efeito crime de corrupção ativa.

16 - (FCC – 2007 – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL)


Aquele que exige vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função, comete o crime de
a) tráfico de influência.
b) advocacia administrativa.
c) exploração de prestígio.
d) condescendência criminosa.
e) prevaricação.

17 - (ESAF – 2002 – RFB – AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA


SOCIAL)
No tocante ao crime de facilitação de contrabando e descaminho, pode-se
afirmar que:
a) quanto ao contrabando, deve-se remeter ao conceito previsto no art.
334 do Código Penal, qual seja, o ato fraudulento que se destina a evitar,
total ou parcialmente, o pagamento de direitos e impostos previstos pela
entrada, saída ou consumo (pagável na alfândega) de mercadorias.
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b) para a configuração do crime, o sujeito ativo não precisa estar no !
exercício de sua função.
c) quanto à figura do descaminho, inclui-se a subreptícia importação ou
exportação de mercadoria sem trânsito pela alfândega.
d) o funcionário público que participar do fato sem que esteja no exercício
de sua função responderá pelo crime de contrabando, previsto no art. 334
do Código Penal, como qualquer particular, diante da regra geral do art.
29 do mesmo diploma legal.
e) para a configuração do crime, a lei exige finalidade especial,
consistente na vantagem recebida, ou promessa de vantagem.

18 - (ESAF – 1998 – PGFN – PROCURADOR DA FAZENDA


NACIONAL)
O sujeito ativo do crime de desobediência (CP. art. 330) é:
a) funcionário público
b) particular
c) funcionário público e particular
d) funcionário público ou particular
e) funcionário público e particular em concurso necessário

19 - (FUNDAÇÃO DOM CINTRA – 2012 - ISS/BH – AUDITOR


FISCAL)
Praticado o crime de tráfico de influência, se o agente alega que a
vantagem também é destinada ao funcionário, a pena é aumentada de:
a) metade
b) um terço
c) um quarto
d) um quinto
e) dois terços

20 - (FUNDAÇÃO DOM CINTRA – 2012 - ISS/BH – AUDITOR


FISCAL)
Se uma pessoa usurpa o exercício de função pública, auferindo vantagem,
pratica crime apenado, além da multa, com:
a) detenção de um a três anos
b) reclusão de dois a cinco anos
c) detenção de um a quatro anos
d) detenção de três meses a dois anos
e) reclusão de três meses a quatro anos

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21 - (FCC – 2011 - TRF1 – ANALISTA JUDICIÁRIO) !
João, funcionário público no exercício de suas funções, em cumprimento
de mandado de citação, abordou José, o citando, ordenando-lhe que
ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor do mandado. José
recusou-se a ajoelhar-se, dizendo que ouviria de pé. Nesse caso, José
a) cometeu crime de desacato.
b) cometeu crime de desobediência.
c) não cometeu nenhum delito.
d) cometeu crime de resistência simples.
e) cometeu crime de resistência qualificada.

22 - (FCC - 2013 - TCE-SP - AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)


O crime de corrupção ativa
a) caracteriza-se mesmo que a oferta de vantagem indevida seja feita
após a prática do ato de ofício.
b) deixa de existir quando a vantagem indevida é aceita pelo funcionário
público, caracterizando-se, nesse caso, apenas o delito de corrupção
passiva.
c) caracteriza-se quando o agente coloca faixas e cartazes oferecendo
recompensa em dinheiro para quem informar o autor do furto de seu
veículo.
d) não se caracteriza quando o agente se limita a pedir ao funcionário
público que pratique, omita ou retarde ato de ofício.
e) é punido na forma culposa quando a promessa de vantagem indevida
tiver sido feita por imprudência.

23 - (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Processado por roubo cometido contra empresa pública federal, Mélvio
teve sua prisão preventiva legalmente decretada. Ao ser regularmente
cumprido o respectivo mandado por Oficial de Justiça, Mélvio resistiu com
violência à prisão e, ao final, foi absolvido da imputação de roubo, posto
que afinal reconhecida injusta. Com base somente nesses dados,
(A) inexistiu crime de resistência, qualquer que seja o fundamento técnico
da absolvição quanto ao roubo.
(B) inexistiu crime de resistência, desde que a absolvição seja pela
negativa de autoria quanto ao roubo.
(C) inexistiu crime de resistência, mas responde Mélvio, de qualquer
modo, por outro eventual crime correspondente à violência.
(D) inexistiu o crime de resistência, desde que a absolvição quanto ao
roubo tenha afirmado a inexistência ou a atipicidade do fato respectivo.
(E) caracteriza-se o crime de resistência.

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24 - (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO)
Paulo é estudante de uma determinada faculdade do Estado de Roraima,
cursando o primeiro semestre. No início deste ano de 2015 Paulo é
submetido a um trote acadêmico violento e, amarrado, é obrigado a
consumir à força bebida alcoólica e substância entorpecente. Após o trote,
Paulo, completamente embriagado e incapacitado de entender o caráter
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento por
conta desta embriaguez e do uso de droga, desloca-se até uma Delegacia
de Polícia da cidade de Boa Vista, onde tramita um inquérito contra ele
por crime de lesão corporal dolosa decorrente de uma briga em uma casa
noturna, e oferece R$ 10.000,00 em dinheiro ao Delegado de Polícia para
que este não dê prosseguimento às investigações. Paulo acaba preso em
flagrante pela Autoridade Policial. No caso hipotético exposto, Paulo
a) praticou crime de corrupção ativa e terá a pena reduzida de um a dois
terços no caso de condenação.
b) é isento de pena pelo crime cometido nas dependências da Delegacia
de Polícia.
c) praticou crime de corrupção ativa e não terá a pena reduzida no caso
de condenação pela embriaguez.
d) praticou crime de concussão e não terá a pena reduzida no caso de
condenação.
e) praticou crime de concussão e terá a pena reduzida de um a dois
terços no caso de condenação.

25 - (FCC – 2015 – SEFAZ-PE – JULGADOR TRIBUTÁRIO)


O advogado de um contribuinte mencionou que seu procedimento
administrativo poderia ter o andamento mais célere, caso efetivasse o
pagamento de uma “taxa de andamento” ao funcionário responsável pelo
encaminhamento processual, mediante o conhecimento e a amizade que
ele possuía com o referido funcionário. Efetivado o acordo, o cliente lhe
entregou os valores. A conduta do advogado está inserida no crime de
a) fato atípico pela cobrança de honorários.
b) advocacia administrativa.
c) corrupção ativa.
d) tráfico de influência.
e) estelionato.

26 - (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR)

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José ofereceu R$ 1.000,00 para João, Oficial de Justiça, deixar de citá-lo !
numa ação cível. João aceitou a oferta, mas José deixou de honrá-la.
Nesse caso, José responderá por corrupção ativa
a) consumada e João por corrupção ativa tentada.
b) tentada e João por prevaricação.
c) tentada e João por corrupção ativa consumada.
d) consumada e João por corrupção passiva consumada.
e) tentada e João por corrupção ativa tentada.

27 - (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR)


Paulo, sócio administrador de agência de turismo, ofereceu uma viagem à
Europa a Jack, agente fiscal de rendas, para determiná-lo a não autuá-lo
por sonegação de tributo estadual. Jack aceitou a oferta, viajou e, quando
voltou, foi até a empresa e lavrou auto de infração pela sonegação do
referido tributo. Nesse caso,
a) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack não responderá por
nenhum delito por ter lavrado o auto de infração.
b) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por prevaricação.
c) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack por prevaricação.
d) não há crime, porque o auto de infração foi lavrado, não tendo havido
prejuízo para a Administração pública.
e) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por corrupção ativa.

28 - (UFG – 2014 – CELG-GO – ADVOGADO)


Configura o crime de tráfico de influência a conduta do agente que
a) deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar
o fato ao conhecimento da autoridade competente
b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário
c) solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função.
d) trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional,
prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado.
e) solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de
influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça,
perito, tradutor, intérprete ou testemunha.

29 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)

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Assinale a alternativa correta sobre os crimes praticados pelo particular !
contra a Administração em geral.
(A) O crime de resistência previsto no artigo 329 do CP tem sua pena
aplicada sem prejuízo da pena correspondente à violência grave.
(B) O delito de desobediência, previsto no artigo 330, CP, é crime
comum, tendo como sujeito ativo qualquer pessoa, com exceção do
funcionário público, que mesmo quando não está no exercício da função,
não perde essa condição para efeitos penais.
(C) O crime de falso testemunho ou falsa perícia (art. 342, CP) admite
retratação do agente que poderá ser manifestada em qualquer instância e
grau de jurisdição, ocasionando a extinção da punibilidade.
(D) O delito de desacato (art. 331, CP), dado o objeto material (o
funcionário público e sua honra), tem como sujeito passivo apenas o
funcionário público humilhado.
(E) O crime de coação no curso do processo (art. 344, CP) não admite
violência, mas apenas ameaça por parte do agente, que busca favorecer
interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte ou qualquer outra
pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial, administrativo ou em juízo arbitral.

30 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Antônio foi abordado por Policiais Militares na via pública e, quando
informado que seria conduzido para a Delegacia de Polícia, pois era
“procurado” pela Justiça, passou a desferir socos e pontapés contra um
dos policiais. Sobre a conduta de Antônio, pode-se afirmar que
(A) praticou o crime de desacato, previsto no artigo 331 do Código Penal.
(B) praticou o crime de resistência, previsto no artigo 329 do Código
Penal.
(C) praticou o crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código
Penal.
(D) não praticou nenhum crime, pois todo cidadão tem direito à sua
autodefesa.
(E) praticou o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do Código
Penal, pois pretendeu, com sua reação, corromper o funcionário público a
não cumprir ato de ofício.

31 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Sobre o delito de corrupção ativa, pode-se afirmar que
(A) é crime próprio.
(B) tem como objeto jurídico a honestidade do funcionário público.
(C) é crime formal.
(D) é crime de concurso necessário.

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(E) admite forma culposa. !

32 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


José solicita e recebe dinheiro de um empresário que participará de uma
licitação pública a pretexto de ajudá-lo a vencer o certame, sob o
argumento de que tem muitos amigos no comando da Administração
Pública. Sobre a conduta de José, está correto afirmar que
(A) praticou o crime de usurpação da função pública (art. 328, Código
Penal).
(B) praticou o crime de corrupção ativa (art. 333, Código Penal).
(C) praticou o crime de impedimento, perturbação ou fraude concorrência
(art. 335, Código Penal).
(D) praticou o crime de tráfico de influência (art. 332, Código
Penal).
(E) não praticou nenhum crime (fato atípico), pois quem decide o
resultado de licitação é o agente público e não o particular.

33 - (VUNESP – 2015 – PREF. ARUJA/SP – ASSISTENTE


JURÍDICO)
Deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da
empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços são condutas que caracterizam
o crime de (art. 337-A)
(A) falso reconhecimento de firma ou letra.
(B) subtração ou inutilização de livro ou documento.
(C) emissão de título ao portador sem permissão legal.
(D) sonegação de contribuição previdenciária.
(E) falsidade material de atestado ou certidão.

34 - (VUNESP – 2015 – PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP –


AUDITOR)
Cidadão solicita a poda de uma árvore que se encontra no passeio público
em frente a sua residência, ao agente público municipal, responsável por
atividades de zeladoria urbana. Tal agente afirma que tal serviço
demorará de 2 a 3 meses, mas que se o cidadão quiser maior rapidez,
pode lhe pagar R$ 100,00, que enviará a equipe para realizar o serviço no
dia seguinte. O interessado paga a quantia e recebe o serviço, conforme
combinado. Nesse caso, as condutas do agente público municipal e do
cidadão são crimes contra a Administração Pública, respectivamente
previstos como
(A) corrupção passiva e corrupção ativa.

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(B) corrupção ativa e peculato. !
(C) peculato e corrupção passiva.
(D) concussão e peculato.
(E) corrupção ativa e concussão.

35 - (ESAF – 2005 – TRT7 – JUIZ DO TRABALHO)


Augusto, servidor autárquico, alardeando prestígio, visando a obter
vantagem econômica (dinheiro), convence Bernardo a entregar-lhe
determinada quantia, a pretexto de influenciar um determinado
funcionário da justiça, no exercício da função, a deferir a pretensão
exposta.
Na hipótese, a conduta de Augusto configura:
a) peculato mediante erro de outrem.
b) crime de corrupção ativa.
c) crime de corrupção passiva.
d) advocacia administrativa.
e) crime de tráfico de influência.

36 - (ESAF – 2012 – RFB – AUDITOR FISCAL - ADAPTADA)


O crime de Resistência (art. 329 do CP) é crime praticado por funcionário
público que exerce o poder de polícia.

37 - (ESAF – 2012 – RFB – AUDITOR FISCAL - ADAPTADA)


O crime de Desobediência (art. 330 do CP) e o crime de Desacato (art.
331 do CP) são tipos culposos.

3.! EXERCÍCIOS COMENTADOS

01 - (VUNESP – 2007 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A resistência qualificada consiste
A) na oposição do agente ao ato legal mediante violência.
B) na oposição do agente ao ato legal, causando considerável
prejuízo à vítima.
C) na oposição do agente ao ato legal mediante o emprego da
violência ou ameaça.
D) na vontade exteriorizada do agente de empregar violência ou
usar de ameaça contra o funcionário competente para executar o
ato legal, ou ainda, a quem lhe esteja prestando auxílio.
E) na não execução do ato legal diante da resistência do agente.

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Comentário: Tal delito se caracteriza, na forma qualificada, quando o ato !
não é executado em razão da resistência do agente. Vejamos:
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

02 - (VUNESP – 2007 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
Assinale a alternativa que exemplifica o crime de desacato.
A) "X", de forma muito humilhante, diz a seu vizinho, funcionário
público, durante um churrasco entre amigos, que ele é a pessoa
mais preguiçosa e lenta que já conheceu.
B) "X" descumpre a ordem dada pelo juiz em audiência e continua
fotografando a vítima do crime sob julgamento.
C) "X", ao deparar-se no fórum com a escrevente "Z", dirige a ela
as seguintes palavras: que coisa mais linda, até parece um anjo!
D) "X", ao ter seu veículo apreendido pelo Delegado de Polícia
"Z", gesticula a ele de forma obscena utilizando o dedo médio da
mão.
E) "X", que assiste a uma partida de vôlei, zomba de um dos
jogadores: Vejam como o nosso promotor público enfeita a
quadra, até parece uma borboleta!
Comentário: O delito de desacato está previsto no art. 331 do CP.
Vejamos:
Desacato
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
O crime de desacato deve ser praticado contra o funcionário público NO
EXERCÍCIO DA FUNÇÃO (quando estiver exercendo a função) ou EM
RAZÃO DELA (mesmo fora do local do exercício da função, mas em razão
da função).
No caso em tela, somente a alternativa D traz uma hipótese de
caracterização do delito de desacato.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

03 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
São pressupostos do delito de resistência que

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I. o ato ao qual se opõe seja legal; !
II. a violência ou ameaça seja praticada contra o policial que
executar o ato;
III. a oposição seja praticada mediante violência ou ameaça.
Está correto o contido em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
COMENTÁRIO: O delito de resistência está previsto no art. 329 do CP:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
Assim, vemos que o ato ao qual se opõe deve ser LEGAL. A violência ou
ameaça deve ser praticada contra o funcionário competente para praticar
o ato, e não necessariamente um policial. Por fim, A oposição ao ato deve
ser praticada necessariamente com violência ou ameaça.
Assim, as afirmativas I e III estão corretas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

04 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
São pressupostos do delito de resistência que
I. o ato ao qual se opõe seja legal;
II. a violência ou ameaça seja praticada contra o policial que
executar o ato;
III. a oposição seja praticada mediante violência ou ameaça.
Está correto o contido em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
COMENTÁRIO: O delito de resistência está previsto no art. 329 do CP:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:

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Pena - detenção, de dois meses a dois anos. !
Assim, vemos que o ato ao qual se opõe deve ser LEGAL. A violência ou
ameaça deve ser praticada contra o funcionário competente para praticar
o ato, e não necessariamente um policial. Por fim, A oposição ao ato deve
ser praticada necessariamente com violência ou ameaça.
Assim, as afirmativas I e III estão corretas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

05 - (VUNESP – 2006 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A conduta de opor-se mediante violência ou ameaça à execução
de ordem legal advinda de funcionário competente tipifica o crime
de
A) desobediência.
B) desacato.
C) fraude processual.
D) resistência.
E) exercício arbitrário das próprias razões.
COMENTÁRIO: A conduta descrita caracteriza o delito do art. 329 do CP,
ou seja, crime de RESISTÊNCIA. Vejamos:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes
à violência.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

06 - (VUNESP – 2009 – TJ/SP – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Examine as afirmações sobre o crime de tráfico de influência.
I. Ocorre se o agente solicita para si ou para outrem vantagem a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função.
II. É praticado, ainda que sem intenção, e de forma imprudente,
se o agente exige para si ou para outrem vantagem a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da
função.
III. Tem a sua pena aumentada se o agente alega que a vantagem
solicitada é também destinada ao funcionário público que se
deixará influenciar.

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Está correto o contido em !
A) I, somente.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.
COMENTÁRIO:
I - CORRETA: Esta é a redação do tipo penal previsto no art. 332 do CP,
caracterizando o delito de tráfico de influência;
II - ERRADA: O crime somente é punido a título de dolo, não havendo
previsão de forma culposa;
III - CORRETA: Esta é a causa de aumento de pena prevista no art. 332,
§ único do CP, aumentando-se a pena em metade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

07 - (VUNESP – 2012 – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO


JUDICIÁRIO)
A pena prevista pelo Código Penal para o crime de "resistência"
(CP, art. 329), por expressa disposição legal, é
A) de reclusão e de multa.
B) de reclusão, de seis meses a um ano.
C) maior, se o funcionário público, em razão da violência, fica
afastado do cargo.
D) maior se o ato, em razão da resistência, não se executa.
E) diminuída de um a dois terços se a resistência não é praticada
com violência.
COMENTÁRIO: A resposta é a letra D.
Para resolvermos a questão é necessária a transcrição do art. 329 do CP,
que define o tipo penal do delito de resistência. Vejamos:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
Vemos, então, que a pena, em regra, é de detenção, de dois meses a dois
anos.
Contudo, caso o ato não se execute em razão da resistência, a pena será
maior, e será de reclusão, de um a três anos.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

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08 - (VUNESP – 2013 – ITESP – ADVOGADO)
O fazendeiro de uma cidade do interior de São Paulo, que solicita
aos assentados dinheiro a pretexto de influir na atuação de
funcionário do ITESP a fim de facilitar a concessão de títulos de
domínio visando a regularização fundiária, comete o crime de:
a) corrupção passiva qualificada.
b) tráfico de influência.
c) advocacia administrativa.
d) exploração de prestígio.
e) estelionato
COMENTÁRIOS: A conduta do fazendeiro caracteriza o delito de tráfico
de influência, nos termos do art. 332 do CP:
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou
insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada
pela Lei nº 9.127, de 1995)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

09 - (VUNESP – 2010 – TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO


JUDICIÁRIA)
Considere as seguintes assertivas no que pertine aos Crimes
Praticados por Particular Contra a Administração em Geral e
assinale a alternativa que corresponde ao regramento
estabelecido pelo texto do Código Penal.
I. Somente comete crime de resistência aquele que age com
violência ou ameaça.
II. Quem desobedece à ordem ilegal de funcionário público não
comete crime de desobediência.
III. Apenas se configura o crime de desacato se a ação for
praticada contra funcionário no exercício da função ou em razão
dela.
(A) Nenhuma assertiva é correta.
(B) Todas as assertivas são corretas.
(C) Somente II é correta.
(D) Somente III é correta.

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(E) Somente II e III são corretas. !
COMENTÁRIOS:
I – CORRETA: Item correto, pois é necessário que o agente resista à
ordem legal utilizando-se de violência ou grave ameaça, nos termos do
art. 329 do CP.
II – CORRETA: Para que tal crime se configure é necessário que a ordem
do funcionário público seja LEGAL, nos termos do art. 330 do CP.
III – CORRETA: É indispensável, no delito de desacato, que o funcionário
desacatado esteja no exercício da função ou, pelo menos, que o desacato
se dê em razão da função, nos termos do art. 331 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

10 - (FCC - 2007 - MPU - ANALISTA – PROCESSUAL)


A respeito dos crimes contra a Administração Pública, é correto
afirmar:
a) Não configura o crime de contrabando a exportação de
mercadoria proibida.
ERRADA: O crime de contrabando é, por definição, a exportação ou
importação de mercadoria proibida, nos termos do art. 334 do CP;
b) Constitui crime de desobediência o não atendimento por
funcionário público de ordem legal de outro funcionário público.
ERRADA: O crime de desobediência é um crime que só pode ser
praticado pelo particular. Se praticado pelo funcionário público pode, no
entanto, configurar o crime de prevaricação, nos termos dos arts. 329 e
319 do CP;
c) Comete crime de corrupção ativa quem oferece vantagem
indevida a funcionário público para determiná-lo a deixar de
praticar medida ilegal.
ERRADA: Cuidado com a pegadinha! Se a medida que o funcionário
público ia praticar era ilegal, não há crime de corrupção ativa, pois se
exige que o ato que o funcionário público iria praticar seja legal, nos
termos do art. 333 do CP:
d) Pratica crime de resistência quem se opõe, mediante violência,
ao cumprimento de mandado de prisão decorrente de sentença
condenatória supostamente contrária à prova dos autos.
CORRETA: O fato de a sentença judicial que embasa o mandado de
prisão ser considerada injusta não desconfigura o crime, pois o modo
correto para o agente questionar a sentença é a via recursal. Nesse caso,
o ato praticado pelo funcionário público (oficial de justiça) é plenamente
legal, pois se fundamenta em decisão judicial válida, que pode, no
entanto, ser atacada pela via do recurso.

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e) Para a caracterização do crime de desacato não é necessário !
que o funcionário público esteja no exercício da função ou, não
estando, que a ofensa se verifique em função dela.
ERRADA: É necessário que a ofensa seja proferida, em qualquer caso,
em razão da função pública, esteja ou não o funcionário público no
exercício da função no momento do crime.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

11 – (FCC – 2007 – AUDITOR -FISCAL DE TRIBUTOS DO


MUNICÍPIO DE SÃO PAULO)
No crime de corrupção ativa a vantagem indevida
a) deve ser recebida pelo funcionário público
b) deve ser concedida a funcionário público
c) pode ser oferecida a funcionário público
d) é exigida pelo funcionário público
e) é solicitada pelo funcionário público
COMENTÁRIOS: No crime de corrupção ativa, a vantagem é oferecida ou
prometida a um funcionário público por um particular, não sendo exigida
pelo funcionário público, o que caracterizaria o crime de concussão (art.
316 do CP). Também não é solicitada pelo funcionário público, o que
caracterizaria crime de corrupção passiva (art. 317 do CP). A vantagem,
por sua vez, não necessita ser concedida ou recebida, pois no crime de
corrupção ativa, há um crime formal, em que a ocorrência do resultado
(obtenção da vantagem) é mero exaurimento, não sendo necessário à
configuração do delito. Por fim, a vantagem pode ser oferecida a
funcionário público, pois esta não é a única conduta descrita no núcleo do
tipo, que incrimina também a conduta de prometer vantagem.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

12 - (FCC - 2007 - TRF-4R - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
Túlio assumiu o exercício de função pública sem ser nomeado ou
designado, executando ilegitimamente ato de ofício. Tal conduta
caracteriza o crime de
a) desobediência.
b) tráfico de influência.
c) exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado.
d) advocacia administrativa.
e) usurpação de função pública.
COMENTÁRIOS: Como Túlio não possuía qualquer vínculo com a
administração pública, o exercício da função pública, neste caso,
configura o crime de usurpação de função pública, nos termos do art. 328

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do CP. O crime de exercício funcional ilegalmente antecipado só se !
configuraria se Túlio tivesse sido nomeado mas ainda não empossado no
cargo, o que não ocorreu.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

13 – (FCC - 2009 - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO


- ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS)
O crime de desobediência
A) só pode ser praticado por omissão.
B) será punido apenas com multa, se for culposo.
C) ocorre independentemente da legalidade da ordem.
D) exige violência ou grave ameaça.
E) não prescinde de dolo, ainda que eventual.
COMENTÁRIOS: O crime de desobediência só é punível na modalidade
dolosa, motivo pelo qual a existência desse elemento subjetivo do tipo é
INDISPENSÁVEL.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

14 - (ESAF - 2004 - CGU - ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE -


ÁREA - CORREIÇÃO - PROVA 3)
Quanto ao crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), pode-se
afirmar que
A) depende da existência da corrupção passiva para que se
configure.
B) o tipo consiste em solicitar para si ou para outrem, em razão da
função, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
C) caracteriza-se o crime se o funcionário público exige tributo ou
contribuição social que sabe ou deveria saber indevido.
D) o tipo consiste em exigir, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função.
E) o tipo consiste em oferecer ou prometer vantagem indevida a
funcionário público para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício.
COMENTÁRIOS: O crime de corrupção ativa consiste em oferecer ou
prometer vantagem INDEVIDA a funcionário público para que este faça ou
deixe de fazer algo com infração a dever funcional. Nos termos do art.
333 do CP:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público,
para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela
Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

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Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da !
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional.

Portanto, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

15 - (FUNIVERSA – 2011 – SEPLAG/DF – AUDITOR FISCAL)


Durante uma fiscalização, o funcionário público responsável pela
ação recebeu de particular promessa de percepção de vantagem
indevida para não praticar ato de ofício.
Diante dessa hipótese, o particular
a) cometeu crime de corrupção passiva.
b) perpetrou crime de resistência.
c) não praticou crime, pois é um direito dele oferecer vantagem
para poder se livrar da situação.
d) praticou crime de concussão.
e) levou a efeito crime de corrupção ativa.
COMENTÁRIOS: A conduta do particular se amolda perfeitamente ao
tipo penal do crime de CORRUPÇÃO ATIVA, previsto no art. 333 do CP.
Vejamos:
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público,
para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Este crime já se consumou com o mero oferecimento da vantagem,
independentemente de o funcionário público aceitá-la ou não.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

16 - (FCC – 2007 – ISS/SP – AUDITOR-FISCAL)


Aquele que exige vantagem, a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função, comete o crime de
a) tráfico de influência.
b) advocacia administrativa.
c) exploração de prestígio.
d) condescendência criminosa.
e) prevaricação.
COMENTÁRIOS: A conduta de exigir vantagem a pretexto de influir em
ato a ser praticado por funcionário público pode caracterizar o delito de
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA. Vejamos o art. 332 do CP:
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

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Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, !
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº
9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela
Lei nº 9.127, de 1995)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

17 - (ESAF – 2002 – RFB – AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA


SOCIAL)
No tocante ao crime de facilitação de contrabando e descaminho,
pode-se afirmar que:
a) quanto ao contrabando, deve-se remeter ao conceito previsto
no art. 334 do Código Penal, qual seja, o ato fraudulento que se
destina a evitar, total ou parcialmente, o pagamento de direitos e
impostos previstos pela entrada, saída ou consumo (pagável na
alfândega) de mercadorias.
b) para a configuração do crime, o sujeito ativo não precisa estar
no exercício de sua função.
c) quanto à figura do descaminho, inclui-se a subreptícia
importação ou exportação de mercadoria sem trânsito pela
alfândega.
d) o funcionário público que participar do fato sem que esteja no
exercício de sua função responderá pelo crime de contrabando,
previsto no art. 334 do Código Penal, como qualquer particular,
diante da regra geral do art. 29 do mesmo diploma legal.
e) para a configuração do crime, a lei exige finalidade especial,
consistente na vantagem recebida, ou promessa de vantagem.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: A afirmativa descreve o conceito do delito de descaminho,
que é a manobra cuja finalidade é evitar o pagamento de tributo, total ou
parcialmente, relativo à entrada ou saída de mercadorias do território
nacional ou pelo seu consumo, nos termos do art. 334 do CP;
B) ERRADA: O sujeito ativo que facilita o contrabando ou descaminho
deve se encontrar no exercício de suas funções, nos termos do art. 318,
já que se exige que o crime seja praticado com infração a dever
funcional;
C) ERRADA: Sub-reptício é algo desleal, ilícito, fora dos padrões legais. Se
o descaminho nesse caso é praticado sem trânsito pela alfândega, não há
como se falar em "facilitação" de contrabando ou descaminho, eis que não
há participação do agente público;
D) CORRETA: Como o art. 318 (crime de facilitação de contrabando ou
descaminho) exige que o funcionário público atue no exercício de suas
funções, caso isso não ocorra, este funcionário público deverá ser

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considerado como um partícipe do crime de contrabando ou descaminho !
(conforme o caso), nos termos do art. 29 do CP;
E) ERRADA: A lei exige apenas a conduta dolosa, consiste em ajudar
alguém a praticar o crime de contrabando ou descaminho, não se
exigindo qualquer finalidade específica.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

18 - (ESAF – 1998 – PGFN – PROCURADOR DA FAZENDA


NACIONAL)
O sujeito ativo do crime de desobediência (CP. art. 330) é:
a) funcionário público
b) particular
c) funcionário público e particular
d) funcionário público ou particular
e) funcionário público e particular em concurso necessário
COMENTÁRIOS: O crime de desobediência está previsto no art. 330 do
CP, no capítulo referente aos crimes praticados por PARTICULAR contra a
administração em geral. Vejamos:
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

19 - (FUNDAÇÃO DOM CINTRA – 2012 - ISS/BH – AUDITOR


FISCAL)
Praticado o crime de tráfico de influência, se o agente alega que a
vantagem também é destinada ao funcionário, a pena é
aumentada de:
a) metade
b) um terço
c) um quarto
d) um quinto
e) dois terços
COMENTÁRIOS: O crime de tráfico de influência está previsto no art.
332 do CP, e se caracteriza quando um particular, ou um funcionário
público que não esteja se valendo de sua função, solicita, cobra, ou de
qualquer outra forma requer ou obtém vantagem indevida de outra
pessoa, alegando que, em troca da vantagem, poderá influenciar na
prática de algum ato por determinado funcionário público. Vejamos:
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº
9.127, de 1995)

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Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela !
Lei nº 9.127, de 1995)
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou
insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada
pela Lei nº 9.127, de 1995)

Percebam, ainda, que se o agente afirma que parte da vantagem é


destinada ao funcionário público (supostamente corrupto), a pena é
aumentada de METADE.
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA A.

20 - (FUNDAÇÃO DOM CINTRA – 2012 - ISS/BH – AUDITOR


FISCAL)
Se uma pessoa usurpa o exercício de função pública, auferindo
vantagem, pratica crime apenado, além da multa, com:
a) detenção de um a três anos
b) reclusão de dois a cinco anos
c) detenção de um a quatro anos
d) detenção de três meses a dois anos
e) reclusão de três meses a quatro anos
COMENTÁRIOS: O crime de usurpação de função pública está previsto
no art. 328 do CP. Vejamos:
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Como se vê, a pena deste crime varia de três meses a dois anos de
DETENÇÃO.
No entanto, se a pessoa aufere VANTAGEM com essa prática, a pena
aumenta. Vejamos o § único:
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Percebam, ainda, que pena passou de detenção para RECLUSÃO.
Portanto, a alternativa CORRETA É A LETRA B.

21 - (FCC – 2011 - TRF1 – ANALISTA JUDICIÁRIO)


João, funcionário público no exercício de suas funções, em
cumprimento de mandado de citação, abordou José, o citando,
ordenando-lhe que ajoelhasse no chão para ouvir a leitura do teor
do mandado. José recusou-se a ajoelhar-se, dizendo que ouviria
de pé. Nesse caso, José
a) cometeu crime de desacato.
b) cometeu crime de desobediência.

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c) não cometeu nenhum delito. !
d) cometeu crime de resistência simples.
e) cometeu crime de resistência qualificada.
COMENTÁRIOS: José, neste caso, não cometeu qualquer delito, pois a
ordem do funcionário público não foi legal, ou seja, não possuía qualquer
amparo legal, de forma que foi plenamente válida a conduta de José.
Inclusive, vejamos o tipo penal do crime de desobediência:
Desobediência
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
Vê-se, assim, que sendo ilegal a ordem emanada do funcionário público,
inexigível seu cumprimento.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

22 - (FCC - 2013 - TCE-SP - AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS)


O crime de corrupção ativa
a) caracteriza-se mesmo que a oferta de vantagem indevida seja
feita após a prática do ato de ofício.
b) deixa de existir quando a vantagem indevida é aceita pelo
funcionário público, caracterizando-se, nesse caso, apenas o
delito de corrupção passiva.
c) caracteriza-se quando o agente coloca faixas e cartazes
oferecendo recompensa em dinheiro para quem informar o autor
do furto de seu veículo.
d) não se caracteriza quando o agente se limita a pedir ao
funcionário público que pratique, omita ou retarde ato de ofício.
e) é punido na forma culposa quando a promessa de vantagem
indevida tiver sido feita por imprudência.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: O item está errado, pois é necessário que a oferta ou
promessa de vantagem indevida seja anterior à prática do ato, pois o tipo
penal exige que ela seja feita “para” ocasionar a falta funcional, e não em
decorrência dela;
B) ERRADA: Em sendo aceita a oferta, o particular responde pela
corrupção ativa e o funcionário público responde pela corrupção passiva;
C) ERRADA: O item está errado, pois a oferta de vantagem deve ser
dirigida a um funcionário público especificamente e deve ser vantagem
indevida, o que não ocorre no caso;
D) CORRETA: Neste caso, o particular que apenas solicita ao funcionário
público um “jeitinho” (sem nada oferecer em troca), não pratica crime. O
funcionário público, entretanto, caso atenda ao pedido, pratica crime de
corrupção passiva privilegiada, nos termos do art. 317, §2º do CP:

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Art. 317 (...) !
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
E) ERRADA: Não há previsão de punição na forma culposa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

23 - (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Processado por roubo cometido contra empresa pública federal,
Mélvio teve sua prisão preventiva legalmente decretada. Ao ser
regularmente cumprido o respectivo mandado por Oficial de
Justiça, Mélvio resistiu com violência à prisão e, ao final, foi
absolvido da imputação de roubo, posto que afinal reconhecida
injusta. Com base somente nesses dados,
(A) inexistiu crime de resistência, qualquer que seja o
fundamento técnico da absolvição quanto ao roubo.
(B) inexistiu crime de resistência, desde que a absolvição seja
pela negativa de autoria quanto ao roubo.
(C) inexistiu crime de resistência, mas responde Mélvio, de
qualquer modo, por outro eventual crime correspondente à
violência.
(D) inexistiu o crime de resistência, desde que a absolvição
quanto ao roubo tenha afirmado a inexistência ou o atipicidade do
fato respectivo.
(E) caracteriza-se o crime de resistência.
COMENTÁRIOS: Neste caso restou PLENAMENTE caracterizado o delito
de resistência, pois o agente, mediante violência, resistiu ao cumprimento
de ato legal por parte de funcionário público. Vejamos:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
O fato de, posteriormente, o acusado ser absolvido da acusação criminosa
(em relação ao delito que gerou o mandado de prisão) não torna ilegal a
prisão realizada e, portanto, não afasta o delito de resistência.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

24 - (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Paulo é estudante de uma determinada faculdade do Estado de
Roraima, cursando o primeiro semestre. No início deste ano de
2015 Paulo é submetido a um trote acadêmico violento e,
amarrado, é obrigado a consumir à força bebida alcoólica e
substância entorpecente. Após o trote, Paulo, completamente

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embriagado e incapacitado de entender o caráter ilícito do fato ou !
de determinar-se de acordo com esse entendimento por conta
desta embriaguez e do uso de droga, desloca-se até uma
Delegacia de Polícia da cidade de Boa Vista, onde tramita um
inquérito contra ele por crime de lesão corporal dolosa decorrente
de uma briga em uma casa noturna, e oferece R$ 10.000,00 em
dinheiro ao Delegado de Polícia para que este não dê
prosseguimento às investigações. Paulo acaba preso em flagrante
pela Autoridade Policial. No caso hipotético exposto, Paulo
a) praticou crime de corrupção ativa e terá a pena reduzida de um
a dois terços no caso de condenação.
b) é isento de pena pelo crime cometido nas dependências da
Delegacia de Polícia.
c) praticou crime de corrupção ativa e não terá a pena reduzida no
caso de condenação pela embriaguez.
d) praticou crime de concussão e não terá a pena reduzida no caso
de condenação.
e) praticou crime de concussão e terá a pena reduzida de um a
dois terços no caso de condenação.
COMENTÁRIOS: Paulo praticou a conduta típica prevista no art. 333 do
CP, ou seja, em tese teria praticado o delito de corrupção ativa.
Contudo, a questão deixa claro que ele se encontrava inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com este entendimento, situação decorrente de embriaguez
ocasionada por FORÇA MAIOR. Assim, Paulo é inimputável e, segundo o
CP, isento de pena (afasta a culpabilidade), nos termos do art. 28, §1º do
CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

25 - (FCC – 2015 – SEFAZ-PE – JULGADOR TRIBUTÁRIO)


O advogado de um contribuinte mencionou que seu procedimento
administrativo poderia ter o andamento mais célere, caso
efetivasse o pagamento de uma “taxa de andamento” ao
funcionário responsável pelo encaminhamento processual,
mediante o conhecimento e a amizade que ele possuía com o
referido funcionário. Efetivado o acordo, o cliente lhe entregou os
valores. A conduta do advogado está inserida no crime de
a) fato atípico pela cobrança de honorários.
b) advocacia administrativa.
c) corrupção ativa.
d) tráfico de influência.
e) estelionato.

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COMENTÁRIOS: A conduta do agente, aqui, configura o delito de tráfico !
de influência, previsto no art. 332 do CP:
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

26 - (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR)


José ofereceu R$ 1.000,00 para João, Oficial de Justiça, deixar de
citá-lo numa ação cível. João aceitou a oferta, mas José deixou de
honrá-la. Nesse caso, José responderá por corrupção ativa
a) consumada e João por corrupção ativa tentada.
b) tentada e João por prevaricação.
c) tentada e João por corrupção ativa consumada.
d) consumada e João por corrupção passiva consumada.
e) tentada e João por corrupção ativa tentada.
COMENTÁRIOS: José responderá por corrupção ATIVA CONSUMADA
(pois o mero oferecimento já consuma o delito), nos termos do art. 333
do CP. João, por sua vez, responderá pelo delito de corrupção PASSIVA
CONSUMADA, pois a mera aceitação da vantagem já consuma o delito,
nos termos do art. 317 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

27 - (FCC – 2015 – TCM-GO – AUDITOR)


Paulo, sócio administrador de agência de turismo, ofereceu uma
viagem à Europa a Jack, agente fiscal de rendas, para determiná-
lo a não autuá-lo por sonegação de tributo estadual. Jack aceitou
a oferta, viajou e, quando voltou, foi até a empresa e lavrou auto
de infração pela sonegação do referido tributo. Nesse caso,
a) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack não responderá
por nenhum delito por ter lavrado o auto de infração.
b) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por
prevaricação.
c) Paulo responderá por corrupção ativa e Jack por prevaricação.
d) não há crime, porque o auto de infração foi lavrado, não tendo
havido prejuízo para a Administração pública.
e) Jack responderá por corrupção passiva e Paulo por corrupção
ativa.

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COMENTÁRIOS: Paulo responderá por corrupção ATIVA CONSUMADA !
(pois o mero oferecimento já consuma o delito), nos termos do art. 333
do CP. Jack, por sua vez, responderá pelo delito de corrupção PASSIVA
CONSUMADA, pois a mera aceitação da vantagem já consuma o delito.
Contudo, a “corrupção passiva” que Jack praticou não foi a do art. 317 do
CP, pois quando se trata de aceitação de vantagem indevida por
funcionário da administração tributária, cuja finalidade é o não
lançamento de tributo ou lançamento parcial (contrariamente à Lei),
teremos uma modalidade especial de corrupção passiva, que é a
“corrupção passiva tributária”, prevista no art. 3º, II da Lei 8.137/90.
A resposta da questão poderia ter sido mais completa, de forma a não dar
margem para anulação.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

28 - (UFG – 2014 – CELG-GO – ADVOGADO)


Configura o crime de tráfico de influência a conduta do agente que
a) deixar, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte
competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade
competente
b) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante
a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário
c) solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função.
d) trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever
profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe
é confiado.
e) solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a
pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
COMENTÁRIOS: O crime de tráfico de influência irá se configurar quando
o agente “solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,
vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato
praticado por funcionário público no exercício da função”, nos termos do
art. 332 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

29 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Assinale a alternativa correta sobre os crimes praticados pelo
particular contra a Administração em geral.

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(A) O crime de resistência previsto no artigo 329 do CP tem sua !
pena aplicada sem prejuízo da pena correspondente à violência
grave.
(B) O delito de desobediência, previsto no artigo 330, CP, é crime
comum, tendo como sujeito ativo qualquer pessoa, com exceção
do funcionário público, que mesmo quando não está no exercício
da função, não perde essa condição para efeitos penais.
(C) O crime de falso testemunho ou falsa perícia (art. 342, CP)
admite retratação do agente que poderá ser manifestada em
qualquer instância e grau de jurisdição, ocasionando a extinção da
punibilidade.
(D) O delito de desacato (art. 331, CP), dado o objeto material (o
funcionário público e sua honra), tem como sujeito passivo
apenas o funcionário público humilhado.
(E) O crime de coação no curso do processo (art. 344, CP) não
admite violência, mas apenas ameaça por parte do agente, que
busca favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a
intervir em processo judicial, policial, administrativo ou em juízo
arbitral.
COMENTÁRIOS:
A) CORRETA: Item correto, nos termos do art. 329, §2º do CP:
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
(...)
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes
à violência.
B) ERRADA: O funcionário público pode praticar o delito de desobediência,
na qualidade de particular, quando estiver fora do exercício das funções.
C) ERRADA: A retratação do agente, no crime de falso testemunho,
somente extingue a punibilidade se o agente a realiza antes da sentença
no processo em que ocorreu o fato, nos termos do art. 342, §2º do CP.
D) ERRADA: O Estado também sujeito passivo deste delito.
E) ERRADA: Item errado, pois tal delito também pode ser praticado por
meio de violência, nos termos do art. 344 do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

30 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Antônio foi abordado por Policiais Militares na via pública e,
quando informado que seria conduzido para a Delegacia de
Polícia, pois era “procurado” pela Justiça, passou a desferir socos

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e pontapés contra um dos policiais. Sobre a conduta de Antônio, !
pode-se afirmar que
(A) praticou o crime de desacato, previsto no artigo 331 do Código
Penal.
(B) praticou o crime de resistência, previsto no artigo 329 do
Código Penal.
(C) praticou o crime de desobediência, previsto no artigo 330 do
Código Penal.
(D) não praticou nenhum crime, pois todo cidadão tem direito à
sua autodefesa.
(E) praticou o crime de corrupção ativa, previsto no artigo 333 do
Código Penal, pois pretendeu, com sua reação, corromper o
funcionário público a não cumprir ato de ofício.
COMENTÁRIOS: Neste caso o agente praticou o delito de resistência,
previsto no art. 329 do CP:
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando
auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

31 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Sobre o delito de corrupção ativa, pode-se afirmar que
(A) é crime próprio.
(B) tem como objeto jurídico a honestidade do funcionário
público.
(C) é crime formal.
(D) é crime de concurso necessário.
(E) admite forma culposa.
COMENTÁRIOS: O crime de corrupção ativa é COMUM (pode ser
praticado por qualquer pessoa) e tem como objeto (bem jurídico) a
moralidade e a probidade da administração pública. Além disso, é crime
de concurso EVENTUAL e não admite forma culposa. Por fim, trata-se de
crime FORMAL, pois se consuma com a mera prática da conduta,
independentemente de o agente obter o resultado pretendido.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

32 - (VUNESP – 2015 – MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


José solicita e recebe dinheiro de um empresário que participará
de uma licitação pública a pretexto de ajudá-lo a vencer o
certame, sob o argumento de que tem muitos amigos no comando

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da Administração Pública. Sobre a conduta de José, está correto !
afirmar que
(A) praticou o crime de usurpação da função pública (art. 328,
Código Penal).
(B) praticou o crime de corrupção ativa (art. 333, Código Penal).
(C) praticou o crime de impedimento, perturbação ou fraude
concorrência (art. 335, Código Penal).
(D) praticou o crime de tráfico de influência (art. 332, Código
Penal).
(E) não praticou nenhum crime (fato atípico), pois quem decide o
resultado de licitação é o agente público e não o particular.
COMENTÁRIOS: José praticou o delito de tráfico de influência, previsto
no art. 332 do CP:
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)!
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

33 - (VUNESP – 2015 – PREF. ARUJA/SP – ASSISTENTE


JURÍDICO)
Deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados
ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços são
condutas que caracterizam o crime de (art. 337-A)
(A) falso reconhecimento de firma ou letra.
(B) subtração ou inutilização de livro ou documento.
(C) emissão de título ao portador sem permissão legal.
(D) sonegação de contribuição previdenciária.
(E) falsidade material de atestado ou certidão.
COMENTÁRIOS: Tal conduta configura o delito de sonegação de
contribuição previdenciária, nos termos do art. 337-A, II do CP:
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer
acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
(...)
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da
empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)!

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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. !

34 - (VUNESP – 2015 – PREF. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP –


AUDITOR)
Cidadão solicita a poda de uma árvore que se encontra no passeio
público em frente a sua residência, ao agente público municipal,
responsável por atividades de zeladoria urbana. Tal agente afirma
que tal serviço demorará de 2 a 3 meses, mas que se o cidadão
quiser maior rapidez, pode lhe pagar R$ 100,00, que enviará a
equipe para realizar o serviço no dia seguinte. O interessado paga
a quantia e recebe o serviço, conforme combinado. Nesse caso, as
condutas do agente público municipal e do cidadão são crimes
contra a Administração Pública, respectivamente previstos como
(A) corrupção passiva e corrupção ativa.
(B) corrupção ativa e peculato.
(C) peculato e corrupção passiva.
(D) concussão e peculato.
(E) corrupção ativa e concussão.
COMENTÁRIOS: Questão polêmica. É pacífico na Doutrina que se o
agente apenas cede ao pedido do funcionário público e dá a vantagem
indevida solicitada, não pratica o delito de corrupção ativa, pois o tipo
penal do art. 333 do CP não abarca este verbo (pagar ou dar).
Contudo, a questão deixa claro que o funcionário público não solicitou a
verba, apenas esclareceu como funcionava o “esquema”. O particular, por
livre e espontânea vontade, ofereceu a vantagem indevida,
caracterizando o delito de corrupção ativa.
O funcionário público, por sua vez, praticou o delito de corrupção passiva
ao aceitar a vantagem.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

35 - (ESAF – 2005 – TRT7 – JUIZ DO TRABALHO)


Augusto, servidor autárquico, alardeando prestígio, visando a
obter vantagem econômica (dinheiro), convence Bernardo a
entregar-lhe determinada quantia, a pretexto de influenciar um
determinado funcionário da justiça, no exercício da função, a
deferir a pretensão exposta.
Na hipótese, a conduta de Augusto configura:
a) peculato mediante erro de outrem.
b) crime de corrupção ativa.
c) crime de corrupção passiva.
d) advocacia administrativa.
e) crime de tráfico de influência.
COMENTÁRIO: No caso citado, o agente praticou o delito de tráfico de
influência, previsto no art. 332 do CP. Vejamos:
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Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem !
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por
funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127,
de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei
nº 9.127, de 1995)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

36 - (ESAF – 2012 – RFB – AUDITOR FISCAL - ADAPTADA)


O crime de Resistência (art. 329 do CP) é crime praticado por
funcionário público que exerce o poder de polícia.
COMENTÁRIOS: O crime de resistência é um crime COMUM, podendo ser
praticado por qualquer pessoa, não sendo exigida a qualidade de
funcionário público, nos termos do art. 329 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

37 - (ESAF – 2012 – RFB – AUDITOR FISCAL - ADAPTADA)


O crime de Desobediência (art. 330 do CP) e o crime de Desacato
(art. 331 do CP) são tipos culposos.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois tais delitos só são puníveis na forma
dolosa, eis que os tipos penais dos arts. 330 e 331 não trazem previsão
de punição na forma culposa. Um crime só pode ser punido a título de
CULPA quando há expressa previsão legal nesse sentido.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

4.! GABARITO

1.! ALTERNATIVA E
2.! ALTERNATIVA D
3.! ALTERNATIVA D
4.! ALTERNATIVA D
5.! ALTERNATIVA D
6.! ALTERNATIVA C
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA B

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9.! ALTERNATIVA B !
10.! ALTERNATIVA D
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA E
13.! ALTERNATIVA E
14.! ALTERNATIVA E
15.! ALTERNATIVA E
16.! ALTERNATIVA A
17.! ALTERNATIVA D
18.! ALTERNATIVA B
19.! ALTERNATIVA A
20.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA C
22.! ALTERNATIVA D
23.! ALTERNATIVA E
24.! ALTERNATIVA B
25.! ALTERNATIVA D
26.! ALTERNATIVA D
27.! ALTERNATIVA E
28.! ALTERNATIVA C
29.! ALTERNATIVA A
30.! ALTERNATIVA B
31.! ALTERNATIVA C
32.! ALTERNATIVA D
33.! ALTERNATIVA D
34.! ALTERNATIVA A
35.! ALTERNATIVA E
36.! ERRADA
37.! ERRADA

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