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EXTINTORES DE INCÊNDIO

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1- Identificar os diferentes tipos de aparelhos extintores de incêndio (Cn);


2- Compreender o funcionamento de cada um deles (Cp); e
3- Relatar os procedimentos de operação de cada tipo de aparelho extintor (Cn).

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 03
2 CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES 03
2.1 QUANTO A PORTABILIDADE 03
2.2 QUANTO À PRESSÃO DE TRABALHO 04
2.3 QUANTO AO MODO DE PRESSURIZAÇÃO 04
3 INDICADOR DE PRESSÃO 05
4 CILINDRO DE PRESSURIZAÇÃO 05
5 AGENTE EXPELENTE 06
6 CÂMARA DE EXPANSÃO 06
7 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 06
8 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA 07
9 RÓTULO 09
10 TRANSPORTE DOS APARELHOS EXTINTORES 09
11 APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS 10
11.1 EXTINTOR DE ÁGUA 10
11.2 EXTINTOR DE DIÓXIDO DE CARBONO 13
11.3 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO 15
11.4 EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA 18
11.5 EXTINTOR DE GASES HALOGENADOS 20
12 APARELHOS EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETINHAS) 22
12.1 CARRETINHA DE ÁGUA 22
12.2 CARRETINHA DE PÓ QUÍMICO 24
12.3 CARRETINHA DE DIÓXIDO DE CARBONO 26
12.4 CARRETINHA DE ESPUMA MECÂNICA 28
13 APARELHOS EXTINTORES REBOCÁVEIS 30
13.1 APARELHOS EXTINTORES REBOCÁVEIS DE PQ 30
14 APARELHOS EXTINTORES FIXOS 31

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1 APRESENTAÇÃO

Os extintores de incêndio são aparelhos destinados a dar combate aos princípios de incêndio,
e não permitir a sua evolução.

Muitas pessoas podem imaginar que o extintor é um equipamento supérfluo e ultrapassado.


Porém estatísticas mostram que cerca de 95% dos incêndios se desenvolveram a partir de
minúsculos focos, tais como aqueles originados de curto circuitos, pontas de cigarros jogadas
inadvertidamente, etc. Se esses pequenos focos fossem combatidos de início, enquanto o fogo
estava pequeno, de fácil controle e extinção, certamente o pavoroso incêndio não ocorreria.

Os aparelhos extintores possuem as vantagens de pequeno porte, fácil manejo, localização


próxima ao fogo, baixo custo, etc. Por outro lado, sua capacidade extintora é limitada, exigindo do
operador muita eficácia para o completo êxito.

A utilização rápida e eficaz do extintor evitará que tenhamos que lançar mão de outros
recursos mais dispendiosos para o combate ao fogo, e evitará maiores prejuízos. Os extintores
possibilitam ao operador a escolha do agente extintor adequado para cada classe de fogo.

Infelizmente muitas pessoas não são treinadas para utilizarem os aparelhos extintores. Isso é
facilmente verificado, pois em muitos incêndios, os bombeiros encontram os extintores intactos nas
paredes da edificação.

OBS: Desde 1990, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) proibiu a fabricação de
extintores portáteis ou sobre rodas, cujo agente extintor fosse a espuma química. Os extintores de
espuma química existentes até então, poderiam ser recarregados e vistoriados normalmente. A
recomendação é que eles sejam substituídos gradativamente por aparelhos contendo outros agentes
extintores. Essa atitude ocorreu devido à falta de segurança no manuseio e custo de manutenção
elevado.

2 CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES

2.1 QUANTO À PORTABILIDADE


VEICULARES DE PAREDE
PORTÁTEIS SOBRE RODAS

EXTINTORES
NÃO PORTÁTEIS REBOCÁVEIS
ESTACIONÁRIOS OU FIXOS

a) Aparelhos Portáteis

Os extintores portáteis possuem peso total até 20 Kg.

b) Aparelhos Não Portáteis

Os não portáteis possuem peso total maior que 20 Kg.

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2.2 QUANTO À PRESSÃO DE TRABALHO

a) Aparelhos de Baixa Pressão

São confeccionados em chapa de aço metálico ou inoxidável, com emenda (solda), que
operam com pressão de trabalho até 30 Kgf/cm2.

b) Aparelhos de Alta Pressão

São confeccionados em tubo de aço carbono sem emenda, que operam com pressão de
trabalho maior que 30 Kgf/cm2.

2.3 QUANTO AO MODO DE PRESSURIZAÇÃO

Quanto à pressurização os extintores podem ser:

a) Aparelhos de Pressurização Direta (Pressurizados)

São aqueles que o gás expelente está em contato permanente


com o agente extintor. É caracterizado também pela presença
de indicador de pressão (exceto os extintores de alta pressão).
(Figura 01)

Figura 01

b) Aparelhos de Pressurização Indireta, ou de pressão injetável (a Pressurizar)

São aqueles que o gás expelente não se encontra em contato com o agente extintor, e sim
dentro de um cilindro de pressurização interno (figura 02) ou externo (figura 03).

Figura 02 Figura 03

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3 INDICADOR DE PRESSÃO

Indicador de Pressão é um instrumento destinado a medir pressões de gases e líquidos. É


constituído basicamente de uma caixa metálica, normalmente circular, tendo na parte frontal um
mostrador com números e um ponteiro, para proteger o ponteiro e o mostrador é colocado um visor
de vidro ou plástico de alta resistência.
Seu funcionamento se dá através da ligação da pressão interna do recipiente com o tubo de
BOURDON, que tem a forma espiral e se encontra atrás do mostrador, e deste com o ponteiro do
mostrador. Com o acréscimo de pressão no recipiente, esta chega até o tubo de BOURDON fazendo
com que o ponteiro, preso ao mesmo, se movimente no sentido horário determinando a pressão
interna do recipiente.
Faixa Vermelha - Pouca pressão, pressurizar.
Faixa Verde - Pressão adequada ao trabalho.
Faixa Amarela ou Branca - Excesso de pressão (possui pressão mais do que suficiente).

Normalmente os indicadores de pressão possuem mostradores contendo escalas em Kgf/cm 2


e MPa (Mega Pascal), sendo que 1,0 MPa equivale a 10 Kgf/cm 2 conforme a Portaria 173/2006 do
INMETRO.

Figura 04 Figura 05

4 CILINDRO DE PRESSURIZAÇÃO

São cilindros de alta pressão existentes nos aparelhos extintores


de pressão injetável, cuja finalidade é armazenar o gás expelente.
A capacidade dos cilindros de pressurização está diretamente
relacionada com a capacidade do aparelho extintor.
O cilindro de pressurização, quando localizado externamente,
deve estar instalado no aparelho extintor por meio de um dispositivo
seguro e protegido contra impactos.

Figura 06

5
5 AGENTES EXPELENTES
Também chamados de gases propelentes, são destinados a pressurizar os aparelhos
extintores fazendo com que os agentes extintores sejam expelidos. Os mais utilizados são:

Gás Carbônico – CO2; e


Nitrogênio – N2.

Pressueização Indireta
Extintor Pressurização
Água Outros*
Direta
Portátil N2 ou CO2 N2 ou CO2 N2
Não Portátil N2 ou CO2 N2 N2

* OBS: No caso dos aparelhos extintores de CO2, o próprio gás extintor é o agente expelente.

6 CÂMARA DE EXPANSÃO (OU DE PRESSURIZAÇÃO)

É o espaço que deve ser deixado dentro dos aparelhos


extintores de baixa pressão, destinado a acomodar o gás expelente.

Figura 07

7 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Qualquer que seja o tipo de pressurização do


aparelho extintor, o gás expelente ocupará a câmara de
expansão fazendo com que o agente extintor seja
pressionado contra o fundo do aparelho. Ao ser acionada a
válvula de disparo ou a pistola, o agente extintor fluirá
através do tubo sifão em direção ao meio externo.

No caso do gás carbônico, a sua própria pressão


propicia a sua expulsão através do tubo sifão.

Figura 08

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8 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Os dispositivos de segurança são componentes colocados nos aparelhos extintores que visam
à segurança das pessoas que irão utilizar ou manutenir este equipamento.
São vários os dispositivos dentre eles podemos citar: trava, lacre, dispositivo anti-recuo
(quebra-jato), manômetro, tampa com orifício ou ranhura na rosca para alívio de pressão
remanescente, dispositivo de alívio de pressão e outros.
Em nosso estudo vamos abordar a válvula de alívio de pressão, tampas com orifícios ou
ranhuras nas roscas e a válvula de ruptura.

a) Válvula de Alívio de Pressão


Dispositivo que serve para aliviar somente o excesso de pressão do extintor. Funciona
quando a pressão interna do aparelho ultrapassa uma vez e meia a pressão de trabalho. Então
ela se abre dando passagem para o excesso de pressão, quando, depois de liberado este
excesso, volta a se fechar. É geralmente encontrada nos extintores de pressão injetável.

Figura 09 Figura 10 Figura 11

b) Disco de Segurança
Dispositivo de segurança existente nos extintores de alta pressão (figura 12) e nos cilindros
de pressurização (figura 13), destinado a evitar o rompimento do extintor pressurizado.
Quando a pressão interna aumenta e atinge um nível em que a segurança do recipiente fica
comprometida, o disco de segurança se rompe dando passagem a toda a pressão interna.
Neste caso não há como impedir o vazamento total da carga.

Figura 12 Figura 13

7
Como exemplo podemos citar o disco de segurança da válvula do extintor de dióxido de
carbono, que se rompe a partir de 163 Kgf cm² até o extremo do teste hidrostático 190 ou
200 Kgf cm², ou a 45º C , que representa a faixa de temperatura de operação. É por isso que
devemos ter o cuidado quando o extintor de CO2 fica exposto a temperaturas elevadas, como
no pátio de aeronave de determinadas regiões, onde a temperatura ambiente pode facilmente
chegar a 45º.

c) Dispositivo para Alívio de Pressão Remanescente

Dispositivo de segurança que serve para aliviar a pressão remanescente dentro do extintor.
Quando o pessoal de manutenção estiver desrosqueando a tampa ou a válvula de um
extintor, antes de sua total remoção, os furos diametralmente opostos existentes na rosca das
tampas (figuras 14A e 14B), ou as ranhuras existentes na rosca das válvulas (figura 15) e em
algumas tampas (16), permitirão a saída da pressão remanescente do extintor, evitando assim
possíveis acidentes.

Figura 14A Figura 14B

Figura 15 Figura 16

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9 RÓTULO

O rótulo é um requisito obrigatório para qualquer aparelho extintor. Nele devem constar, no
mínimo, as seguintes informações:

a) Logomarca da empresa (fabricante ou de manutenção);


b) Indicação de uso nas classes de incêndio;
c) Carga nominal;
d) Capacidade extintora, e
e) Instruções de utilização.

EMPRESA A

EMPRESA B

Figura 17 Figura 18

10 TRANSPORTE DOS APARELHOS EXTINTORES


Devido ao fato de não possuírem dispositivo que impeçam a saída de água, os aparelhos
extintores podem ser transportados da maneira que mais o operador se adapte e se sinta seguro.

Figura 19 Figura 20

9
11 APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS

11.1 EXTINTOR DE ÁGUA

a) Apresentação

São extintores de baixa pressão confeccionados em chapa de aço carbono ou inoxidável.


Existe uma variedade muito grande de extintores portáteis com capacidade de 10 (dez)
litros, podendo ser de pressurização indireta (figura 23) ou direta (água pressurizada) (figura
24). Os de pressurização indireta possuem válvula de segurança para alívio de pressão.

Figura 23 Figura 24
b) Funcionamento

b.1) Extintor de Água de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização do extintor


através da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização, que pressurizará
o sistema e impulsionará a água através do tubo sifão e mangueira rígida.
1 5
4
1
2 2
2
3
3
3

Figura 25
1- Alça de Transporte 4- Tampa Volante
2- Tubo sifão 5- Válvula de Disparo
3- Cilindro de Pressurização

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b.2) Extintor de Água de Pressurização
Válvula de
Direta - Ocorre com o acionamento da Disparo
válvula de disparo, que permitirá que a água
flua através do tubo sifão e saia sob pressão
através da mangueira rígida. Alça de
Transporte

Indicador de
c) Aplicação Pressão

A água deve ser aplicada na base do fogo,


começando o combate a uma distância
inicial de 3 (três) a 4 (quatro) metros,
avançando à medida que o fogo for sendo Tubo Sifão
apagado. Colocando-se o dedo na
extremidade da mangueira rígida, obteremos
um pequeno chuveiro. Figura 26

d) Duração da Descarga

Extintor de Pressurização Indireta sem válvula de Aproximadamente 50 segundos


disparo
Extintor de Pressurização Indireta com válvula de Depende do regime de descarga
disparo imposto pelo operador
Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

e) Alcance do Jato
Acima de 4 (quatro) metros.

f) Operação
f.1) Extintor de Água de Pressurização Direta (Pressurizado)
1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do
vento;
2- Retirar o pino de segurança;
3- Empunhar a mangueira rígida;
4- Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor;
5- Iniciar o combate a partir de uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato
na base do fogo, se aproximando à medida que for apagando o fogo.

Figura 27

11
f.2) Extintor de Água de Pressurização Indireta

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Inclinar o extintor para frente segurando a mangueira rígida apontada para o fogo e
abrir o registro da ampola de pressurização, rompendo o lacre;

Extintor com Válvula de Disparo


3º- Empunhar a mangueira rígida e acionar a válvula de disparo efetuando o teste do
extintor;
4º- Iniciar o combate a partir de uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato na
base do fogo, se aproximando à medida que for apagando o fogo.

g) Perigos Oferecidos pelo Extintor

g.1) Extintor de Água de Pressurização Indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira rígida, apontando-a para a


base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (figura 28), apoiando-o no chão, pois
existe o risco da mangueira rígida chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o nosso rosto.

Figura 28

g.2) Extintor de Água de Pressurização Direta (Pressurizado)

Nenhum.

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11.2 EXTINTOR DE DIÓXIDO DE CARBONO (BIÓXIDO DE CARBONO OU GÁS
CARBÔNICO)

a) Apresentação
São extintores de alta pressão confeccionados em tubo de aço
carbono sem emenda. Os extintores portáteis de dióxido de
carbono podem ter a capacidade que variam de 1 (um) a 6 (seis)
quilos. Eles não possuem indicadores de pressão devido ao fato dos
indicadores de alta pressão tornarem o aparelho extintor
economicamente inviável.
Os difusores se destinam a direcionar o jato de CO2 que está sendo
liberado, de modo que ele se expanda e atinja o material em
chamas com a sua melhor concentração abafadora. Existem
algumas variedades de modelos, porém os maiores têm
apresentado uma maior eficiência.

Figura 29

Figura 30
b) Funcionamento
Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera a fase liquefeita do dióxido de
carbono através do tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que reduz a
força de reação provocada pela saída do gás sob pressão de maneira violenta, permitindo ao
operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira rígida e entra no
difusor, por onde é liberado. O difusor permite a aplicação do Dióxido de Carbono de
maneira suave, uniforme e compacta.
A fase líquida do CO2, ao se gaseificar, aumenta o seu volume em 450 vezes.

Quebra jato
Punho

Válvula de Disparo

Difusor Alça de Transporte

Tubo Sifão

Figura 31

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c) Aplicação
O Dióxido de Carbono deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de
aproximadamente 1,5 (um e meio) a 2 (dois) m do fogo, para dar condições de formar a
nuvem abafadora. O operador deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado,
ajudando na formação dessa nuvem, fazendo movimentos de “varredura” com o difusor,
dentro dos limites do material em chamas. Sua melhor eficiência ocorre em ambientes
fechados.

d) Duração da Descarga

Depende do regime de descarga imposto pelo operador e da capacidade do extintor.

e) Alcance do jato (com eficiência)

De 0,60 a 1,20 metros.

f) Operação

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Retirar o pino de segurança;
3- Empunhar o Difusor segurando no do Punho;
4- Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor;
5- Iniciar o combate a uma distância de 1,5 a 2 m do fogo, aplicando o CO 2 de modo
que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor (varredura), dentro
dos limites do material em chamas, se aproximando à medida que for apagando o
fogo.

Figura 32

g) Perigos Oferecidos pelo Extintor

Ele oferece o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos choques elétricos, se o operador
segurar no difusor. Deve-se segurar no punho no momento da operação.
A possibilidade de ocorrer choque elétrico é decorrente do fato da rápida expansão do CO2
líquido para o estado gasoso, que produz energia estática.
O Dióxido de Carbono produz queimaduras na pele, é irritante aos olhos e, em ambientes
fechados e em concentrações relativamente baixas (20 %), pode causar morte por asfixia.

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11.3 EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO (PQ)

a) Apresentação
São extintores de baixa pressão
confeccionados em chapa de aço carbono ou
inoxidável. Os extintores portáteis com carga
de pó químico são fabricados em diversas
capacidades que vão de 01 (um) até 12 (doze)
quilos, podendo ser de pressurização indireta
(figura 33) ou direta, também chamados de
pressurizados (figura 34). Os de 1 (um) e 2
(dois) quilos não possuem mangueira rígida.
Os de pressurização indireta possuem válvula
de segurança para alívio de pressão e tubo de
pressurização.
O tubo de pressurização dos extintores de pó
químico de pressurização indireta tem como
objetivo descompactar todo o pó que esteja no Figura 33 Figura 34
fundo do cilindro, a fim de garantir a
funcionalidade do aparelho.

b) Funcionamento

b.1) Extintor de PQ de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização do extintor


através da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização. Esse gás será
conduzido pelo tubo de pressurização até a parte de baixo do recipiente de pó. Então,
quando ele subir em direção à câmara de expansão, irá forçar o pó químico a se
descompactar. Uma vez na câmara de expansão, o gás expelente impulsionará o PQ através
do tubo sifão e pela mangueira rígida até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá a saída
do PQ.

b.2) Extintor de PQ de Pressurização Direta (Pressurizado) - Ocorre com o acionamento da


válvula de disparo, que permitirá que o PQ flua através do tubo sifão e saia sob pressão
através da mangueira rígida.
Alça de Transporte Válvula de Disparo Alça de Transporte

Tubo de Pressurização Indicador de Pressão

Cilindro de Pressurização Tubo Sifão


Tubo Sifão

Pistola
Figura 35

15
c) Aplicação

O PQ deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 3


(três) a 4 (quatro) m do fogo, para se ter condições de formar a nuvem abafadora,
avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na formação
dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

d) Duração da Descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade do extintor.

e) Alcance do Jato

Alcance eficaz é de 2 (dois) a 6 (seis) metros.

f) Operação

f.1) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Retirar o pino de segurança;
3- Empunhar a mangueira rígida (se possuir);
4- Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor;
5- Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato de PQ de
modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando a mangueira rígida ou o
extintor (varredura), dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à
medida que for apagando o fogo.

f.2) Extintor de Pressurização Indireta

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Inclinar o extintor para frente segurando a mangueira rígida e abrir o registro do
cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3- Empunhar a pistola e acionar efetuando o teste do extintor;
4- Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato de PQ de
modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando a mangueira rígida ou o
extintor (varredura), dentro dos limites do material em chamas, se aproximando à
medida que for apagando o fogo.

Figura 36

16
g) Perigos Oferecidos pelo Extintor

g.1) Extintor de Pressurização Indireta

No momento da pressurização, devemos segurar a mangueira rígida, apontando-a para a


base do fogo, e inclinar o extintor 45º para frente (figura 37), apoiando-o no chão, pois
existe o risco da mangueira rígida chicotear e o da tampa (caso mal rosqueada) sair
violentamente e acertar o nosso rosto.

Figura 37

g.2) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

Nenhum.

17
11.4 EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA

a) Apresentação

São extintores de baixa pressão


confeccionados em chapa de aço
inoxidável, aço carbono ou chapa de
alumínio. São fabricados com
capacidade de 09 (nove) e 10 (dez)
litros, podendo ser de pressurização
indireta (figura 38) ou direta,
também chamado de pressurizados
(figura 39).

Figura 39
Figura 38
b) Funcionamento

b.1) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado) - Ocorre com o acionamento da válvula


de disparo, que permitirá a saída da mistura pressurizada através do tubo sifão e da
mangueira rígida até o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
formada e lançada.

b.2) Extintor de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização da pré-mistura (água +


LGE) contida no extintor através da liberação do gás expelente contido no cilindro de
pressurização. Ao ser acionada a válvula de disparo, a mistura fluirá através do tubo sifão e
da mangueira rígida até o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
formada e lançada.

Válvula de Disparo

Alça de Transporte Alça de Transporte

Indicador de Pressão
Tubo Sifão
Cilindro de Pressurização

Esguicho Formador de Espuma

Figura 40

18
c) Aplicação

A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (3 a 4 m) de maneira a cobrir a
superfície do material em chamas. Devemos usar, nos casos de líquidos inflamáveis, um
anteparo, ou seja, direcionar o jato de espuma num anteparo de modo que ela escorra por ele
e cubra de maneira suave a superfície do líquido em chamas.

Caso não se disponha de um anteparo, lançá-la para o alto para cair como chuva em cima do
líquido.

d) Duração da Descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador.

e) Alcance do Jato

De 09 (nove) a 10 (dez) metros.

f) Operação

f.1) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Retirar o pino de segurança;
3- Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma;
OBS: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não impedir a entrada do ar
para a formação de espuma.
4- Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor;
5- Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato de espuma
num anteparo (figura 41), de modo que a espuma escorra suavemente pela superfície
do líquido em chamas. À medida que for apagando, efetue deslocamentos de modo a
aplicar o jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa
cobrir a superfície do líquido mais rapidamente.

Anteparo

Figura 41

19
f.2) Extintor de Pressurização Indireta

1- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do vento;
2- Abrir o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3- Empunhar a mangueira rígida pelo esguicho formador de espuma;
OBS: Ao empunhar o esguicho, tomar o cuidado de não impedir a entrada do ar
para a formação de espuma.
4- Acionar a válvula de disparo efetuando o teste do extintor;
5- Iniciar o combate a uma distância de 3 a 4 m do fogo, aplicando o jato de espuma
num anteparo, de modo que a espuma escorra suavemente pela superfície do líquido
em chamas. À medida que for apagando, efetue deslocamentos de modo a aplicar o
jato de espuma em outras partes do anteparo para que a espuma possa cobrir a
superfície do líquido mais rapidamente.

OBS: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas,


podem ser usadas como anteparo.

OBS: Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de
modo que a espuma caia como se fosse chuva.

g) Perigos Oferecidos pelo Extintor

g.1) Extintor de Pressurização Indireta

No momento da pressurização devemos ter cuidado, pois existe o risco da válvula (caso mal
rosqueada) sair violentamente e acertar o nosso rosto.

g.2) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)

Nenhum.

20
11.5 EXTINTOR ABC

O extintor ABC deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de
aproximadamente 3 (três) a 4 (quatro) m do fogo, para se ter condições de formar a nuvem
abafadora, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. O operador deve ajudar na
formação dessa nuvem, fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material
em chamas.

a) Duração da Descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade do extintor.

b) Alcance do Jato

21
Alcance eficaz é de 2 (dois) a 6 (seis) metros.

EXTINTOR DE INCÊNDIO ABC: RAPIDEZ EM UM SÓ EQUIPAMENTO


Para cada classe de incêndio há um extintor diferente. Muita gente não sabe disso e é muito comum cometer
erros na hora de conter o fogo. Em caso de incêndios provocados por materiais de fácil combustão, líquidos
inflamáveis e relacionados à eletricidade, o ideal é usar extintor de incêndio abc. Com esse equipamento, sua
residência ou empresa está segura no momento de extinguir um desses três tipos de incêndios, que estão entre
os mais comuns.
Contém 55% de Monofosfato de amônio de alta performance.

EXTINTOR DE INCÊNDIO ABC EXTINGUE TRÊS TIPOS DE QUEIMA


Uma norma internacional determinou a classificação dos incêndios em quatro tipos: A,B,C e D. A classificação
irá depender do tipo de material incendiado e combatê-lo também. Vamos conhecer cada um deles. Desses,
o extintor de incêndio abc extingue três tipos, como o próprio nome já informa, o extintor combate, os incêndios
de classe: A,B,C.

 Incêndio – Classe A: É ocasionado em materiais sólidos, que queima em superfície e profundidade e


deixa resíduos. Entre esses materiais estão: papel, plástico e madeira.

 Incêndio – Classe B: Neste caso, os gases e líquidos inflamáveis são os principais vilões. É um dos
mais perigosos, porque além do incêndio, pode causar explosões, provoca uma queima muito
rápida, gerando muito mais calor que o da Classe A. Materiais, como álcool, gasolina, diesel e
outros, são classificados como líquidos inflamáveis, portanto, podem provocar o incêndio de
classificação B.

 Incêndio – Classe C: Esse está ligado a eletricidade e deve-se ter muito cuidado na hora de
combater o fogo. Ficar atento de como apagar o fogo é muito importante para não provocar
acidentes ou até mesmo a morte por descargas elétricas, em quem estiver combatendo o fogo.
Nesse tipo de fogo, nada de jogar água.

 Incêndio – Classe D – Diferente das três classes de incêndios anteriores (A,B,C), esse tipo de
incêndio não pode ser contido com o extintor de incêndio abc. O fogo ocorre em metais
combustíveis, como magnésio, alumínio, sódio, lítio, potássio. A grande característica desse incêndio
é que o metal estoura que nem fogos de artifícios. Esse tipo também não pode ser apagado com
água, mas com extintor classe D.

c) Operação

1º- Levar o extintor até uma distância segura do fogo (4 m ou mais) e a favor do
vento;
2º- Retirar o pino de segurança;
3º- Empunhar a mangueira rígida (os que possuírem);
4º- Acionar a válvula de disparo para testar o equipamento;
5º- Iniciar o combate aplicando o jato de modo que a nuvem envolva a base do fogo,
movimentando a mangueira rígida (se possuir), ou o próprio extintor, de modo a
fazer uma varredura, dentro dos limites do material em chamas, se aproximando
à medida que for apagando o fogo.
22
d) Perigos Oferecidos pelo Extintor

O extintor em si não oferece riscos, porém, em ambientes fechados pode causar a asfixia.

23
2 APARELHOS EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS)

São aparelhos de grande volume. Para facilitar o seu transporte, são montados sobre rodas,
formando uma carreta. Apesar de uma pessoa bem treinada ter condições de operar um aparelho
extintor sobre rodas, devido ao seu porte, recomendamos que sejam operados por 02 (dois)
elementos, que constituem a guarnição de carreta.
O nº 01 é o chefe da linha. É ele que empunha a mangueira rígida e ataca o fogo.
O nº 02 é o auxiliar. É ele que aciona a carreta, movimentando-a de acordo com o chefe da
linha.

2.1 CARRETA DE ÁGUA

a) Apresentação

São fabricadas com capacidade de 75 a 150 litros, com 5 a 10 m de mangueira rígida,


podendo ser de pressurização direta ou pressurizada (figura 43) e de pressurização indireta
(figura 44). Algumas possuem esguichos. Outras possuem pistolas.

Figura 43

Figura 44

b) Funcionamento

b.1) Carreta de Água de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização do extintor


através da liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização, que pressurizará
o sistema e impulsionará a água através do tubo sifão e pela mangueira rígida. Ao ser
acionada a pistola, o agente extintor será expelido.

b.2) Carreta de Água de pressurização Direta (Pressurizada) – Ocorre com o acionamento da


válvula de liberação do agente extintor, que permitirá que a água flua através do tubo sifão e
pela mangueira rígida. Ao ser acionada a pistola, o agente extintor será expelido.

c) Aplicação

Devemos aplicar a água na base do fogo, começando o combate a uma distância inicial
mínima de 5 (cinco) metros, avançando à medida que o fogo for sendo apagado. Colocando-
se o dedo na extremidade da mangueira rígida, obteremos um “pequeno chuveiro”.

24
d) Duração da Descarga

d.1) Carreta de Pressurização Indireta


Aproximadamente 3 (três) minutos.

d.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)


Depende do regime de descarga imposto pelo operador.

e) Alcance do Jato
De 10 (dez) a 15 (quinze) metros.

f) Operação

f.1) Carreta de Pressurização Indireta


1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 m ou mais) e a favor do vento;
2- O Chefe da Linha estica a mangueira rígida, e
O Auxiliar abre o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3- Nas carretas com pistolas, o Chefe da Linha deve efetuar um disparo para testar o
equipamento.
Nas carretas sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 m, se
aproximando à medida que for apagando o fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

f.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)


1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5m ou mais) e a favor do vento;
2- O Chefe da Linha estica a mangueira rígida, e
O Auxiliar abre a válvula de liberação de água, rompendo o lacre;
3- Nas carretas com pistolas, o Chefe da Linha deve efetuar um disparo para testar o
equipamento.
Nas carretas sem pistolas, a água começará a sair pelo esguicho;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 m, se
aproximando à medida que for apagando o fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

g) Perigos Oferecidos pela Carreta

Além da dificuldade de manuseio devido ao grande peso e tamanho,

g.1) Carreta de Pressurização Indireta


Existe a possibilidade da soltura de tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal
rosqueada.

g.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)


Nenhum

25
2.2 CARRETA DE PÓ QUÍMICO

a) Apresentação

Encontrados com as mais diferentes capacidades, a partir de 20 (vinte) quilos, providos de 3


(três) a 10 (dez) metros de mangueira rígida com pistola, podendo ser de pressurização
indireta (figura 45) e de pressurização direta ou pressurizada (figura 46). Alguns
equipamentos possuem válvulas de abertura de linha e válvulas de limpeza de linha.

Figura 45 Figura 46

b) Funcionamento

b.1) Carreta de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização do extintor através da


liberação do gás expelente contido no cilindro de pressurização. Esse gás será conduzido
pelo tubo de pressurização até a parte de baixo do recipiente de pó. Então, quando ele subir
em direção à câmara de expansão, irá forçar o pó químico a se descompactar. Uma vez na
câmara de expansão, o gás expelente impulsionará o PQ através do tubo sifão e pela
mangueira rígida até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá a saída do PQ.

b.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada) – Ocorre com o acionamento da válvula


de liberação de PQ, que permitirá que PQ flua através do tubo sifão e pela mangueira rígida
até a pistola. Acionando-se a pistola, ocorrerá a saída do PQ.

c) Aplicação

Deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial mínima de aproximadamente 5
(cinco) m do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador deve
avançar à medida que o fogo for sendo apagado ajudando na formação dessa nuvem,
fazendo movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas.

d) Duração da Descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade da carreta.

e) Alcance do Jato

De 6 (seis) a 14 (quatorze) metros.

26
f) Operação

f.1) Carreta de Pressurização Indireta

1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 m ou mais) e a favor do vento;
2- O Auxiliar abre o registro do cilindro de pressurização, rompendo o lacre,
O Chefe da Linha estica a mangueira rígida e se posiciona a pelo menos 5 m do
fogo;
3- O Chefe da Linha efetua um disparo para testar o equipamento;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 m de distância, empunhando
a pistola, aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo,
realizando movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas, se
aproximando à medida que for apagando.
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

f.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)

1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5 m ou mais) e a favor do vento;
2- O Auxiliar abre a válvula de liberação de PQ, rompendo o lacre,
O Chefe da Linha estica a mangueira rígida e se posiciona a pelo menos 5 m do
fogo;
3- O Chefe da Linha efetua um disparo para testar o equipamento;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de 5 m de distância, empunhando
a pistola, aplicando o jato de PQ de modo que a nuvem envolva a base do fogo,
realizando movimentos de varredura, dentro dos limites do material em chamas, se
aproximando à medida que for apagando.
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

g) Perigos Oferecidos pela Carreta

Além da dificuldade de manuseio devido ao grande peso e tamanho,

g.1) Carreta de Pressurização Indireta

Existe a possibilidade da soltura de tampa por ocasião da pressurização, caso esteja mal
rosqueada.

g.2) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)

Nenhum

27
2.3 CARRETA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

a) Apresentação

Encontradas com capacidades variáveis entre 10 e 50 quilos, providas de mangueiras rígidas


com 2 (dois) a 5 (cinco) metros de comprimento e difusor. As de 10 Kg possuem apenas a
válvula de disparo na parte superior do cilindro (figura 47). As de maiores capacidades,
possuem uma válvula de liberação de CO2 na parte superior do cilindro, e uma válvula de
disparo junto ao difusor (figura 48).
Algumas carretas são providas de um prolongador (figura 49) para que o agente extintor
possa ser aplicado em locais altos, como em motores montados nas asas de aeronaves de asa
alta, como o C-130 (Hércules), por exemplo.

Figura 49
Figura 48
Figura 47

b) Funcionamento

Ocorre com o acionamento da válvula de disparo, que libera o dióxido de carbono, que está
sob pressão, através do tubo sifão. Após passar pela peça chamada “quebra-jato” (que reduz
a força de reação provocada pela saída do gás sob pressão de maneira violenta, permitindo
ao operador manter o controle direcional), o CO2 percorre a mangueira rígida e entra no
difusor, por onde é liberado. O difusor permite a aplicação do CO2 de maneira suave,
uniforme e compacta.
Nos aparelhos de maior capacidade, é necessário abrir a válvula de liberação do CO2 para
depois acionar a válvula de disparo.

c) Aplicação

O CO2 deve ser aplicado a favor do vento, a uma distância inicial de aproximadamente 2
(dois) a 3 (três) m do fogo, para dar condições de formar a nuvem abafadora. O operador
deve avançar à medida que o fogo for sendo apagado, ajudando na formação dessa nuvem,
fazendo movimentos de “varredura” com o difusor, dentro dos limites do material em
chamas.

28
d) Duração da Descarga

Depende do regime de aplicação imposto pelo operador e da capacidade da carreta.

e) Alcance do jato (com eficiência)

De 1,50 (um e meio) a 3 (três) metros.

f) Operação

f.1) Carreta sem registro de Liberação do CO2

1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 m ou mais) e a favor do vento
2- O Auxiliar retira o pino de segurança, rompendo o lacre;
- O Chefe da Linha estica a mangueira rígida e empunha o difusor através do punho;
3- A comando do Chefe da Linha, o Auxiliar aciona a válvula de disparo, realizando
um teste de operação;
4- O Chefe da Linha inicia o combate a partir de 2 a 3 m de distância, aplicando o CO2
de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor (varredura),
dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que for apagando o
fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

f.2) Carreta com válvula de Liberação do CO2

1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (3 m ou mais) e a favor do vento
2- O Auxiliar abre a válvula de liberação de CO2, rompendo o lacre;
O Chefe da Linha estica a mangueira rígida e empunha o difusor através do punho e
válvula de disparo;
3- O Chefe da Linha aciona a válvula de disparo, realizando um teste de operação;
4- O Chefe da Linha inicia o combate a partir de 2 a 3 m de distância, aplicando o CO2
de modo que a nuvem envolva a base do fogo, movimentando o difusor (varredura),
dentro dos limites do material em chamas, avançando à medida que for apagando o
fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme solicitação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

g) Perigos Oferecidos pela Carreta

O risco oferecido por este tipo de carreta é, além do seu grande peso e tamanho, e
conseqüente dificuldade de manuseio, o perigo de queimaduras nas mãos e pequenos
choques elétricos, se o operador segurar no difusor. Deve-se segurar no punho no momento
da operação.

O CO2, em ambientes fechados e em grande concentração, pode causar asfixia.

29
2.4 CARRETA DE ESPUMA MECÂNICA

a) Apresentação
Normalmente é fabricada na capacidade de 50 litros, podendo ser de pressurização direta ou
pressurizada (figura 50), e de pressurização indireta (figura 51), provida de mangueira rígida
de 5 m de comprimento, esguicho formador de espuma e válvula de disparo.

Figura 50 Figura 51

b) Funcionamento

b.1) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada) - Ocorre com o acionamento da válvula


de liberação da mistura, que permitirá que ela flua através do tubo sifão e pela mangueira
rígida. Quando a válvula de disparo é acionada, a mistura flui através do esguicho, onde o ar
é aspirado e a espuma é formada e lançada.

b.2) Carreta de Pressurização Indireta - Ocorre com a pressurização da pré-mistura (água +


LGE) contida no extintor através da liberação do gás expelente contido no cilindro de
pressurização. Ao ser acionada a válvula de disparo, a mistura fluirá através do tubo sifão e
da mangueira rígida até o esguicho formador de espuma, onde o ar é aspirado e a espuma é
formada e lançada.

c) Aplicação
A espuma deve ser aplicada a partir de uma distância segura (a partir de 5 a 6 m) de maneira
a cobrir a superfície do material em chamas. Devemos usar, nos casos de líquidos
inflamáveis, um anteparo, ou seja, direcionar o jato de espuma num anteparo de modo que
ela escorra por ele e cubra de maneira suave a superfície do líquido em chamas.
Caso não se disponha de um anteparo, lançá-la para o alto para cair como chuva em cima do
líquido.
À medida que o fogo for sendo apagado, os operadores devem se aproximar para efetuar
uma melhor distribuição da camada de espuma.

d) Duração da Descarga
Depende do regime de descarga imposto pelo operador.

30
e) Alcance do Jato
De 10 (dez) a 15 (quinze) metros.

f) Operação

f.1) Carreta de Pressurização Direta (Pressurizada)


1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5m ou mais) e a favor do vento;
2- O Chefe da Linha estica a mangueira rígida;
- O Auxiliar abre a válvula de liberação de mistura, rompendo o lacre;
3- Nas carretas com pistolas, o Chefe da Linha deve efetuar um disparo para testar o
equipamento.
- Nas carretas sem pistolas, a espuma começará a sair pelo esguicho;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 m,
avançando à medida que for apagando o fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

f.2) Carreta de Pressurização Indireta


1- Levar a carreta até uma distância segura do fogo (5m ou mais) e a favor do vento;
2- O Chefe da Linha estica a mangueira rígida;
- O Auxiliar abre o cilindro de pressurização, rompendo o lacre;
3- Nas carretas com pistolas, o Chefe da Linha deve efetuar um disparo para testar o
equipamento.
- Nas carretas sem pistolas, a espuma começará a sair pelo esguicho;
4- O Chefe da Linha inicia o combate ao fogo a partir de uma distância de 4 a 5 m,
avançando à medida que for apagando o fogo;
5- O Auxiliar movimenta a carreta conforme orientação do Chefe da Linha (avançar /
recuar).

OBS: As bordas laterais internas de um recipiente que contenha líquido em chamas,


podem ser usadas como anteparo.
OBS: Caso o líquido esteja em chamas no chão, a aplicação deverá ser feita de
modo que a espuma caia como se fosse chuva.

g) Perigos Oferecidos pela Carreta


Além da dificuldade de manuseio devido ao grande peso e tamanho.

g.1) Carreta de Pressurização Indireta


No momento da pressurização, existe o risco da mangueira rígida chicotear e o da tampa
(caso mal rosqueada) sair violentamente.

g.2) Extintor de Pressurização Direta (Pressurizado)


Nenhum

31
3 APARELHOS EXTINTORES REBOCÁVEIS

3.1 APARELHOS EXTINTORES REBOCÁVEIS DE PQ

São classificados como rebocáveis, os aparelhos montados em cima dos CCI (figuras 52, 53
e 54) ou veículos rebocados (figura 55). Atualmente são fabricados em capacidades que variam de
50 a 200 Kg de PQ, com 30 (trinta) metros de mangueira rígida. O Sistema de Contraincêndio da
Aeronáutica já possuiu viaturas com 1500 Kg de PQ.
Da mesma forma que os aparelhos extintores sobre rodas, é recomendado que a operação
desses equipamentos, seja realizada por dois operadores: um Chefe de Linha e um Auxiliar.
As características técnicas e de operação serão abordadas na apostila de superestrutura do
CCI no qual os aparelhos extintores estão montados.

Figura 52 - CCI AC-3 possui 2 P-50 Figura 53 - P-50 com 30 m de


mangotinho

Figura 55 - Carretinha Rebocável


possui 1 P-250
Figura 54 - CCI PIONEIRO II possui 2 P-750

32
4 APARELHOS EXTINTORES FIXOS

Correspondem aos sistemas fixos de extinção que utilizam gases extintores, destinados a
proteger as edificações. Podem ser utilizados os gases inertes ou os halogenados.
As características técnicas e de funcionamento serão abordadas na apostila de proteção
contraincêndio em edificações.

Figura 56

33
34

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