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Treinamento

esportivo
Fisioterapia na Saúde do Atleta
U2S1
Prof. Bruno Alves
Relembrando os 8 princípios do
treinamento esportivo...

✓O princípio da individualidade ✓O princípio da interdependência


biológica volume-intensidade
✓O princípio da adaptação ✓O princípio da especificidade
✓O princípio da sobrecarga ✓O princípio da variabilidade
✓O princípio da continuidade ✓O princípio da saúde
Treinamento esportivo

Jogos olímpicos da antiguidade (170-245 a.C.): competição e


recuperação
Periodização

✓a periodização é uma forma sistemática de organizar a


temporada de treinamento de um indivíduo. Periodização é
oferecer dentro de um sistema de organização, estímulos
diferentes em microciclos e mesociclos.
✓O termo periodização surge em 1965 com os esforços de Matveev em
melhorar a estruturação do treinamento. Ele utilizou avaliações e
análises do comportamento de atletas de vários esportes. Com o
crescimento constante do calendário de competições, houve
necessidade de intensificar os estudos sobre conhecimentos com o
objetivo de alcançar sempre o máximo de desempenho do atleta.
Periodização

É impossível se trabalhar com um corredor de rua sem ter uma


periodização de treinamento. Independente do período que seja o seu
objetivo, dividir o tempo em ciclos é muito importante para o bom
desempenho do seu aluno. E para isso existem os macrociclos,
mesociclos e microciclos. Se a periodização for anual (e o macrociclo
durar um ano), pode-se dividir em períodos e 3 u 4 meses formando
um mesociclos e depois os microciclos que são as sessões de treino
especificamente.
Síndrome de Adaptação Geral

Um dos primeiros estudos sobre estresse foi realizado em 1936, pelo


pesquisador canadense Hans Selye. Ele submeteu cobaias a estímulos
estressores e observou um padrão específico na resposta
comportamental e física dos animais. Selye descreveu os sintomas do
estresse como a Síndrome Geral de Adaptação, composto de três fases
sucessivas: alerta, resistência e exaustão, de acordo com Rocha (2000).
Fase de alerta

Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor e o


seu corpo perde o seu equilíbrio. Têm-se os seguintes sintomas,
conforme Rocha (2000):

1.Mãos e/ou pés frios; 7. Diarréia passageira;


2. Boca seca; 8. Insônia;
3. Dor no estômago; 9. Taquicardia;
4. Aumento de sudorese; 10. Respiração ofegante;
5. Tensão e dor muscular, por 11. Hipertensão súbita e passageira;
exemplo, na região dos ombros; 12. Mudança de apetite;
6. Aperto na manidíbula/ranger os 13. Agitação;
dentes ou roer unhas/ponta da 14. Entusiasmo súbito
caneta;
Fase da resistência

O corpo tenta voltar ao seu equilíbrio, por isso o organismo pode se


adaptar ao problema ou eliminá-lo. Têm-se os seguintes sintomas, ainda
de acordo com Rocha (2000):

1.Problemas com a memória; 7. Hipertensão arterial;


2. Mal-estar generalizado; 8. Cansaço constante;
3. Formigamento nas extremidades; 9. Gastrite prolongada;
4. Sensação de desgaste físico 10. Tontura;
constante; 11. Sensibilidade emotiva excessiva;
5. Mudança de apetite; 12. Obsessão com o agente
6. Aparecimento de problemas estressor;
dermatológicos; 13. Irritabilidade excessiva;
14. Desejo sexual diminuído
Fase da Exaustão

Pode haver diversos comprometimentos físicos em forma de doença.


Conforme Rocha (2000), os sintomas são:

1. Diarréias freqüentes; 10. Tontura freqüente;


2. Dificuldades sexuais; 11. Úlcera;
3. Formigamentos nas extremidades; 12. Impossibilidade de trabalhar;
4. Insônia; 13. Pesadelos;
5. Tiques nervosos; 14. Apatia;
6. Hipertensão arterial confirmada; 15. Cansaço excessivo;
7. Problemas dermatológicos 16. Irritabilidade;
prolongados; 17. Angústia;
8. Mudança extrema de apetite; 18. Hipersensibilidade emotiva;
9. Taquicardia; 19. Perda do senso de humor.
Periodização

Portanto, periodização nada mais é que o fato de planejar os aspectos do


treinamento dos atletas, durante uma temporada ou competição, com o
objetivo de alcançar o auge da performance atlética. Assim,
possibilitando um rendimento ótimo em fases decisivas nas competições.
Lembrando que o estado ótimo engloba não somente a parte física, mas
também a psíquica, bem como a parte técnica e tática.
Macro, meso e microciclos

✓Macrociclos: visam ao maior objetivo de um período longo de


treinamento.
✓Mesociclos: são mais extensas e normalmente têm duração de 2 a 6
semanas.
✓Microciclos: são caracterizadas pelas seções de treinamento,
normalmente entre 1 a 4 semanas de treinamento, variando de acordo
com a capacidade a ser trabalhada.
Adaptações
cardiovasculares
✓Adaptações agudas e crônicas ao
treinamento
✓Variam de acordo com o tipo,
intensidade e duração do exercício e
grupo muscular relacionado
✓Agudas vão atingir sedentários e
treinados
✓Crônicas estão relacionadas ao
treinamento contínuo
Adaptações cardiovasculares agudas:

✓Exercício estático (isometria): apresenta aumento da frequência


cardíaca com manutenção ou redução do volume sistólico e sútil
elevação do débito cardíaco.
✓Exercícios dinâmicos (isotônica): as contrações musculares geram
movimentação articular, o que limita o aumento da resistência vascular
periférica pela compressão que é gerada nos vasos, além da produção
de metabólicos que promovem a vasodilatação.
Hipotensão
pós-exercício

Definida como uma redução na pressão


arterial sistólica e/ou diastólica abaixo
dos níveis de controle após uma única
sessão de exercício (KENNEY e SEALS,
1993).
Adaptações cardiovasculares
crônicas:
✓FC: Quanto mais vezes o coração bate por minuto (bpm), mais sangue
ele pode bombear. São classificadas em repouso (basal), submáxima e
máxima.
A. Repouso (basal): pode diminuir acentuadamente com o treinamento
de resistência cerca de 1bpm por semana, durante o início de
treinamento.
B. Submáxima: o condicionamento aeróbico faz com que o coração se
torne mais eficiente.
C. Máxima: tende a ser estável e permanecer relativamente inalterada
após um treinamento de resistência.
Recuperação da frequência cardíaca:

✓A recuperação da frequência cardíaca pós-exercício (RecFC) é


determinada pela reativação vagal e retirada simpática. Essas respostas,
por sua vez, são reguladas pela ação integrada dos diversos
mecanismos de controle cardiovascular, como o comando central, o
mecanorreflexo muscular, o metaborreflexo muscular e a
termorregulação.
✓Ao terminar uma atividade física, a FC (Frequência Cardíaca) não volta
ao seu estado de repouso de imediato. A normalidade irá voltar
gradualmente, isto é, permanece alta por algum tempo, retornando
lentamente ao seu nível basal.
Débito cardíaco (DC):

✓Em repouso ou durante um exercício submáximo, não ocorrem


intensas variações no DC após o treinamento de resistência. No
entanto, o DC aumenta com taxas máximas de trabalho.
✓O músculo cardíaco e o músculo esquelético sofrem hipertrofia após o
treinamento. O ventrículo esquerdo é quem sofre as maiores
alterações, podendo ser distendido em até 85% de seu tamanho
normal, aumentando consideravelmente sua força de contração.
Fluxo sanguíneo e
Pressão arterial (P.A.):

✓Músculos ativos requerem maiores


quantidades de O2 e de nutrientes.
Sendo assim, o sistema cardiovascular
aumenta o fluxo sanguíneo para a
região.
✓Ocorre redução na P.A. de repouso nos
exercícios de resistência.
Adaptações neuromusculares:
Enquanto as adaptações para o treinamento de resistência são complexas
e multifacetadas, as modificações que ocorrem nos músculos ativados
são fundamentais e provavelmente garantem as alterações metabólicas e
funcionais que dão o suporte para aumentar o desempenho em
resistência observado após o treinamento. A adaptação que envolve uma
remodelação muscular (aumento no conteúdo mitocondrial e na
capilaridade) é influenciada pela duração e intensidade dos exercícios e
necessita de um longo período até atingir o estágio ótimo de equilíbrio
adaptativo e é perdido pela inatividade.
Adaptações neuromusculares:
Existe melhora no padrão de movimento e da coordenação motora, que
associada a uma consciência corporal, que é o fato de tomar consciência
do próprio corpo através dos sentidos identificando movimentos internos
e externos, e a uma biomecânica adequada tornam o movimento perfeito,
e a repetição do movimento correto leva à excelência no esporte, já a
repetição do movimento incorreto leva à lesão.
Adaptações neuromusculares:
Toda vez que realizamos um exercício físico vigoroso somos acometidos
por microtraumas no tecido muscular, o que está diretamente ligado ao
processo de hipertrofia muscular, fazendo com que apresentemos, na
manhã seguinte ou dois dias depois, dor muscular. Esse quadro doloroso
é comum não só para atletas e praticantes de exercícios físicos, mas
também para atividades recreacionais e laborais.

Essa atividade pode resultar em dores após as atividades. (que dores são
essas??????
Adaptações neuromusculares:
A dor persiste até que a intensidade da contração para restabelecer o
fluxo seja reduzida ou interrompida. Estudos recentes sobre a DOMS
comprovam, inclusive, que o ácido lático é eliminado do organismo em
duas ou três horas após o término da atividade física. A dor tardia, por
sua vez, está associada a microtraumas musculares. O esforço provoca
lesões em algumas células musculares (fibras), que por sua vez sofrem
rupturas e derramam enzimas (creatinoquinase ou CK) na corrente
sangüínea, levando a uma resposta inflamatória, causando dor e edema.
O pico da CK pode aparecer ao redor de 48 horas após o término das
sessões de exercícios.
Adaptações
neuromusculares:
✓A inflamação é acompanhada de edema e
da liberação de substâncias químicas,
responsáveis pela dor que aparece de
forma gradual e tardia. Esse processo é
conhecido como Dor Muscular de Início
Tardio (DMIT).
✓Quando uma atividade muito intensa é
realizada, a dor é quase inevitável. O que
certamente se pode ou deve fazer é
adequar a intensidade do exercício, para
evitar um dano maior. A aplicação de gelo
controla os sinais inflamatórios
• Vídeo seleção Francesa

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